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O IMPACTO DOS AGROTÓXICOS À SAÚDE E AO MEIO AMBIENTE, UMA ABORDAGEM EM CAMPINHO, DISTRITO DE ICONHA - ES

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ARAUJO, Luana Salucci1 BELMOCH, Flávia Aparecida Lima2

PAULA, Isabelle Barroso de3 TEIXEIRA, Cíntia Cristina Lima4

RESUMO

A utilização dos agrotóxicos na produção agrícola é responsável por gerar sérios danos para o meio ambiente e para a saúde humana. Desta forma, este trabalho objetivou-se em diagnosticar como ocorre a utilização dos agrotóxicos pelos agricultores do Distrito de Campinho, localizado no Município de Iconha, Espírito Santo. O diagnóstico ocorreu por meio de observações das propriedades agrícolas da região, relatos dos agricultores e registros fotográficos. Como medida de Educação Ambiental foi realizada uma palestra para os agricultores da Comunidade de Campinho, como também na Escola de Ensino Fundamental Isabelo Fontana, localizada no Distrito de Duas Barras, visto que muitos alunos da escola moram na zona rural e seus familiares são agricultores.Os resultados obtidos demonstraram que muitos agricultores da região sabem dos impactos da utilização dos agrotóxicos para a saúde e o meio ambiente, porém mesmo tendo essas informações, armazenam e descartam as embalagens dos produtos incorretamente e apresentam resistência para a utilização dos EPIs. Conclui-se que a importância de investigar a percepção das pessoas em relação aos agrotóxicos e as práticas de Educação Ambiental é de grande relevância por possibilitar a mudança de atitudes favorecendo transformações no ambiente e na sociedade.

Palavras-chave: Agrotóxicos; Embalagens; Saúde; Ambiente; Educação Ambiental.

1 Graduanda do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicasdo Centro Universitário são Camilo-ES, luanaaraujosalucci@gmail.com.

2 Graduanda do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Centro Universitário são Camilo-ES, flaviabelmoch@gmail.com.

3 Graduanda do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Centro Universitário são Camilo-ES, Isabelleebarroso@gmail.com.

4 Professor orientador: Doutora em Produção Vegetal, com experiência de pesquisa na área de Meio Ambiente e Pedagogia, Centro Universitário São Camilo-ES, cintiateixeira@saocamilo-es.br.

Cachoeiro de Itapemirim – ES, dezembro de 2017.

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INTRODUÇÃO

A sociedade moderna está inserida em um meio onde o uso de agrotóxicos se tornou uma prática frequente, perigosa e muito discutida na agricultura, porém pouco trabalhada. A implantação e adoção generalizada destas substâncias, assim como o descarte de suas embalagens, representam um reflexo do capitalismo, que faz com que o lucro e as lutas por poder sejam pautados, ao invés de qualidade e saúde (SOGLIO;

KUBO, 2009).

Assim, destaca-se que os agrotóxicos, também conhecidos como pesticidas, praguicidas, remédios de plantas, defensivos agrícolas ou veneno, são considerados substâncias químicas utilizadas no controle ou prevenção de agentes patogênicos que possam interferir na produção agrícola, seja ela animal ou vegetal (PERES; MOREIRA;

DUBOIS, 2003).

Dados da ANVISA (2006) apontam que o Brasil é o país que mais consome agrotóxicos no mundo. Neste contexto, Velleda (2017), concorda que desde 2008, o Brasil é o país que mais consome agrotóxico, sendo que mais da metade dos elementos constituintes destes produtos, adotados nas lavouras brasileiras são proibidas em diversos países.

Percebe-se que a relação entre agricultura e saúde sempre foi acentuada, seja na questão de atender a demanda de alimentos ou pelos riscos oferecidos tanto para a saúde do homem como para o meio ambiente, provocados pelo uso de agroquímicos (VEIGA, 2007). Cizenando (2012), completa que os riscos do uso inadequado de agrotóxicos geram contaminação difusa, o trabalhador diretamente ligado a aplicação, a família, o consumidor, a fauna e microfauna, bem como a flora são prejudicados pelo uso intensivo desses produtos. O uso demasiado de tais substâncias, assim como o descarte inadequado das embalagens, contribui para poluição do solo e corpos hídricos, podendo ter atividade mutagênica (VIANNA, 2015).

Apesar da importância das atividades agrícolas, há pouco interesse no estudo de aspectos da saúde e segurança na agricultura. Há um interesse maior em desenvolver tecnologias para aumento da produção na agropecuária, geralmente sem levar em consideração os impactos à saúde e à segurança do trabalhador (FRANK et al., 2004).

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Ainda, segundo Veiga (2007) a contaminação por agrotóxico pode ser agravada em pequenas comunidades rurais por consequência da deficiência nas condições sanitárias e no sistema de saúde local, ausência de infraestrutura da população por apresentarem baixas condições socioeconômicas, como também a falta ou deficiência do nível de instrução dos trabalhadores ligados ao processo. Além disso, ressalta-se que a leitura dos rótulos e o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) são ações pouco praticadas no momento de preparo e aplicação do produto. (SIQUEIRA;

KRUSE, 2008). Sendo esse um fator contribuinte para os impactos na saúde humana.

As informações sobre agrotóxicos disponíveis ao agricultor são, ainda, inteiramente dependentes de uma série de interesses (econômicos, principalmente) que criam “necessidades”, objetivando legitimar o uso destes agentes químicos (PERES;

MOREIRA, 2007). Muitos agricultores, principalmente por falta de informação, acabam reutilizando ou descartando de forma inadequada as embalagens vazias de agrotóxicos.

Segundo Soglio e Kubo (2009), é importante repensar a agricultura, garantindo a participação das comunidades e a troca de conhecimentos acerca do uso de agrotóxicos e descarte adequado das embalagens, assim como é fundamental formar mercados consumidores sensíveis a saúde e ao meio ambiente. Diante desta realidade faz-se necessário desenvolver pesquisas que busquem identificar e solucionar as questões relacionadas à temática, questões essas que envolvem principalmente os produtores rurais.

Sendo assim o objetivo do estudo foi diagnosticar a situação dos agricultores de Campinho em relação ao uso de agrotóxicos e informar acerca dos impactos na saúde e no meio ambiente, assim como apresentar formas de prevenção.

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METODOLOGIA

Área de estudo

O estudo foi desenvolvido no Distrito de Campinho, localizado no Município de Iconha, estado do Espírito Santo, cujas coordenadas são 20°42’12.1”S 40°51’11.2”W (Figura 1). Na comunidade de Campinho de Iconha, as propriedades são mais antigas e familiares, com forte traço cultural devido a sua formação como “colônia de imigrantes”, o que ressalta o traço de pertencimento territorial característico desse tipo de comunidade (CARNEIRO 1998; LACERDA 2005).

A região contém aproximadamente 380 habitantes sendo esses, em sua maioria, pequenos agricultores familiares que se dedicam, principalmente, a agricultura convencional com a produção de café e banana. Para ADL et al (2011) esse sistema convencional de agricultura é altamente dependente de insumos externos como a utilização dos agrotóxicos.

Figura 1: Localidade de Campinho, Distrito de Iconha, ES.

Fonte: Google Maps (2017).

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Diante da dependência do uso de agrotóxicos pelos agricultores do Distrito de Campinho, dos impactos provocados pelos produtos no ambiente e na saúde humana, assim como a carência de informações relacionada ao problema mencionado, escolheu-se a área para a realização do projeto.

Coleta de dados

O trabalho caracterizou-se por meio de compilação de dados abordados em literatura científica, como também através de um estudo descritivo e analítico realizado na área de pesquisa. Foi mencionada a utilização de agrotóxicos, os danos que podem ocasionar a saúde humana e ao meio ambiente, assim como o descarte de embalagens e formas de minimizar tais impactos.

Inicialmente procedeu-se a busca por informações conceituais, com base em dados científicos em que são apresentados autores de 1985 a 2017 que abordaram a temática em discussão no intuito de estabelecer pressuposto teórico para discutir sobre os impactos gerados pelo uso dos agrotóxicos.

Para a obtenção de maiores informações foi feito na região uma observação da área e o diagnóstico do problema no decorrer dos meses de setembro e outubro de 2017 sendo possível, com a autorização dos proprietários conhecer as lavouras, suas práticas e a forma de descarte de embalagens dos agrotóxicos. A coleta de dados deu- se por intermédio de fotografias, na qual dará fortes dados descritivos para poder compreender algo relativo ao sujeito (BOGDAN, 1994), e conversas informais sobre o tema com os agricultores.

Após a fase de observação e diagnóstico, os agricultores e demais moradores da região foram convidados para uma apresentação teórica, na tentativa de promover a educação ambiental, intitulada de “O impacto dos agrotóxicos na saúde e no meio ambiente” contendo informações obtidas com a pesquisa visando informar sobre as consequências negativas dos agroquímicos, a importância dos cuidados durante o manuseio e as medidas adequadas de descarte dos recipientes oriundos da utilização desses produtos. A palestra aconteceu no dia 11 de outubro de 2017 na antiga Escola Família Agrícola do Distrito de Campinho (MEPES- Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo) ás 15:00 horas.

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Finalizada esta etapa, uma nova palestra abordando o mesmo assunto foi ministrada no dia 27 de novembro de 2017 tendo início às 12:30 horas para os alunos do 6º e 8º ano da Escola Municipal Pluridocente de Ensino Fundamental Isabelo Fontana, localizada no Distrito de Duas Barras, Município de Iconha, estado do Espírito Santo, sendo devidamente autorizada pela pedagoga e diretora do ambiente escolar.

Visto que a escola se localiza em uma comunidade rural do município e recebe discentes de outras comunidades rurais próximas, incluindo alunos do Distrito de Campinho, sendo esses, na sua maioria, filhos de agricultores. A apresentação foi efetuada com o propósito de incentivar a educação ambiental para esses estudantes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram visitadas 20 propriedades, selecionadas com base no diagnóstico obtido ao longo das observações do local. As informações coletadas durante a visita procederam-se através de conversa informal sobre o referido assunto, momento este em que houve o registro fotográfico de vestígios do uso de agrotóxicos, com a permissão dos proprietários.

A análise da palestra ministrada na comunidade de Campinho foi realizada por meio dos depoimentos de agricultores ao longo da apresentação, sendo que se fizeram presentes 10 moradores, dos quais 1 trabalha com a agricultura orgânica e 3 não costumam utilizar agrotóxicos (Figura 2). Dados que demonstra o desinteresse de parte considerável da população em relação ao assunto retratado, assim como a preocupação em conhecer mais sobre o tema por 4 pessoas que não usam o produto.

Em relação à palestra na escola os alunos presentes demonstraram interesse ao tema abordado visto que a utilização dos agrotóxicos é comum por parte de seus familiares. A análise da palestra também se deu por meio do diálogo e depoimentos expostos pelos alunos ao decorrer da apresentação.

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Figura 2: Palestra ministrada na comunidade de Campinho.

Fonte: O Autor (2017).

Destino das embalagens vazias de agrotóxicos

Ao longo da pesquisa foram encontradas 38 embalagens de agrotóxicos vazias, descartadas no meio ambiente ou no próprio local onde os produtos foram utilizados.

Dentre os registros, observa

de agrotóxicos ainda contém resíduos do produto, em que 2 delas foram encontradas próximas a corpos hídricos (Figura 3), e as demais

áreas de solo com pouca vegetação (Figura 4).

Moro (2008), afirma que nas propriedades rurais é comum

embalagens de agrotóxicos descartadas em locais inadequados (rios, matas, campos, açudes). Os resíduos químicos tóxicos presentes em embalagens de agrotóxicos e afins, quando abandonados no ambiente ou descartados em aterros e lixões, sob ação da chuva, podem migrar para águas superficiais e subterrâneas, contaminando o solo e lençóis freáticos, o que representa um risco para a saúde (CEMPRE, 2000).

Agricultores afirmaram que devido coleta mais próximo a co

agroquímico como suporte de água para o próprio consumo e para alimentar animais, ou ainda, descartam na natureza, dado confirmado também peloINPEV (2006).

Figura 2: Palestra ministrada na comunidade de Campinho.

Destino das embalagens vazias de agrotóxicos

Ao longo da pesquisa foram encontradas 38 embalagens de agrotóxicos vazias, descartadas no meio ambiente ou no próprio local onde os produtos foram utilizados.

Dentre os registros, observa-se o risco de contaminação, visto que embalagens vazias cos ainda contém resíduos do produto, em que 2 delas foram encontradas próximas a corpos hídricos (Figura 3), e as demais se encontram

áreas de solo com pouca vegetação (Figura 4).

Moro (2008), afirma que nas propriedades rurais é comum

embalagens de agrotóxicos descartadas em locais inadequados (rios, matas, campos, açudes). Os resíduos químicos tóxicos presentes em embalagens de agrotóxicos e afins, quando abandonados no ambiente ou descartados em aterros e lixões, sob ação chuva, podem migrar para águas superficiais e subterrâneas, contaminando o solo e lençóis freáticos, o que representa um risco para a saúde (CEMPRE, 2000).

Agricultores afirmaram que devido à falta de fiscalização e de um ponto de coleta mais próximo a comunidade, alguns moradores utilizam a embalagem do agroquímico como suporte de água para o próprio consumo e para alimentar animais, ou ainda, descartam na natureza, dado confirmado também peloINPEV (2006).

Ao longo da pesquisa foram encontradas 38 embalagens de agrotóxicos vazias, descartadas no meio ambiente ou no próprio local onde os produtos foram utilizados.

se o risco de contaminação, visto que embalagens vazias cos ainda contém resíduos do produto, em que 2 delas foram encontradas se encontram descartadas em

Moro (2008), afirma que nas propriedades rurais é comum encontrar embalagens de agrotóxicos descartadas em locais inadequados (rios, matas, campos, açudes). Os resíduos químicos tóxicos presentes em embalagens de agrotóxicos e afins, quando abandonados no ambiente ou descartados em aterros e lixões, sob ação chuva, podem migrar para águas superficiais e subterrâneas, contaminando o solo e lençóis freáticos, o que representa um risco para a saúde (CEMPRE, 2000).

falta de fiscalização e de um ponto de munidade, alguns moradores utilizam a embalagem do agroquímico como suporte de água para o próprio consumo e para alimentar animais, ou ainda, descartam na natureza, dado confirmado também peloINPEV (2006).

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Figuras 3 e 4: Embalagens encontradas próxima a corpo hídrico (a esquerda) e no meio da vegetação (a direita).

Fonte: O Autor (2017).

De acordo com a lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989 os usuários de agrotóxicos deverão efetuar a devolução das embalagens vazias dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, no prazo de até um ano, contado da data de compra, podendo a devolução ser intermediada por postos ou centros de recolhimento.

A lei prevê que as embalagens deverão ser submetidas pelo usuário à operação de tríplice lavagem e que as empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, são responsáveis pela destinação das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e comercializados, após a devolução pelos usuários.

Quanto aos agrotóxicos utilizados por eles, constam inseticidas, herbicidas e fungicidas, sendo os tipos mais encontrados durante as observações, confirmando os estudos de Alves Filho (2002).

Armazenamento correto e seguro dos agrotóxicos

Em relação ao armazenamento dos agroquímicos, verificou-se que são guardados, em sua maioria, no solo a céu aberto (Figura 5), ou no chão de depósitos

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sem ventilação (Figura 6). Quando armazenados sob paletes (Figura 7) há irregularidade quanto à

domésticos e por também acondicionar garrafa pet com sobras de veneno.

Conforme informações da

armazenamento de tais substâncias em depósitos isolados a mais de 30 metros de habitações, corpos d’água, alimentos, etc. O espaço deve ser amplo, seco e bem ventilado, sendo que os produtos não devem ser colocados diretamente no chão, devem ser utilizados estrados, pallets ou chapas de volume.

Figura 5, 6 e 7: Armazenamento de agrotóxicos no solo a céu aberto garagem (ao meio) e em paletes

Fonte: O Autor (2017).

O uso do equipamento

Verificou-se que nem sempre os agricultores fazem o uso adequado de todos os equipamentos, podendo se restringir apenas ao uso de botas e chapéu durante o trabalho, fato esse também abordado

8).

A justificativa dos trabalhadores rurais d foi o desconforto em carregar

locomoção, calor excessivo

estes que também foram relatados no trabalho de Soares et al (2003).

sem ventilação (Figura 6). Quando armazenados sob paletes (Figura 7) há à localização desses por estarem próximos de animais ésticos e por também acondicionar garrafa pet com sobras de veneno.

informações da ANDEF e do COGAP (2006)

armazenamento de tais substâncias em depósitos isolados a mais de 30 metros de habitações, corpos d’água, alimentos, etc. O espaço deve ser amplo, seco e bem ventilado, sendo que os produtos não devem ser colocados diretamente no chão,

dos estrados, pallets ou chapas de volume.

: Armazenamento de agrotóxicos no solo a céu aberto (a esquerda), no fundo de garagem (ao meio) e em paletes.

de proteção individual (EPIs)

se que nem sempre os agricultores fazem o uso adequado de todos os equipamentos, podendo se restringir apenas ao uso de botas e chapéu durante o trabalho, fato esse também abordado por Castro et al (2011) e Silva et al (2001)

justificativa dos trabalhadores rurais de Campinho em não utilizarem foi o desconforto em carregar a grande quantidade de utensílios

calor excessivo, além do desperdício de tempo e dinheiro ram relatados no trabalho de Soares et al (2003).

sem ventilação (Figura 6). Quando armazenados sob paletes (Figura 7) há localização desses por estarem próximos de animais ésticos e por também acondicionar garrafa pet com sobras de veneno.

ANDEF e do COGAP (2006)recomendam-se o armazenamento de tais substâncias em depósitos isolados a mais de 30 metros de habitações, corpos d’água, alimentos, etc. O espaço deve ser amplo, seco e bem ventilado, sendo que os produtos não devem ser colocados diretamente no chão,

(a esquerda), no fundo de

se que nem sempre os agricultores fazem o uso adequado de todos os equipamentos, podendo se restringir apenas ao uso de botas e chapéu durante o Silva et al (2001) (figura

e Campinho em não utilizarem os EPIs a grande quantidade de utensílios, dificuldade de , além do desperdício de tempo e dinheiro, argumentos ram relatados no trabalho de Soares et al (2003).

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Figura 8: Agricultor de Campinho aplicando agrotóxico sem proteção adequada.

Fonte: O Autor (2017).

A ausência da utilização correta dos equipamentos de EPI aumenta o contato desses produtos expondo a saúde do agricultor, uma vez que a vestimenta desses trabalhadores é permeável, não havendo proteção respiratória e o uso de luvas. Silva (2006) confirma que a falta de utilização de equipamentos de segurança e o uso inadequado dos agrotóxicos vêm sendo apontados como a principal causa dos problemas de intoxicação. As situações de risco e a probabilidade de os agricultores adoecerem decorrem da toxicidade dos produtos e do tempo de exposição.

De uma maneira geral, durante a aplicação de defensivos, um EPI adequado para segurança do trabalhador deve ser composto de luvas, botas, máscara, viseira, touca árabe, avental, calça e camisa com proteção hidro-repelente (NUNES, 2010).

Percepção quanto o uso de agrotóxico e a influência na saúde

Segundo Jobim et al (2010), cada vez mais casos de pessoas contaminadas diretamente por agrotóxicos no meio rural são relatados. Assim como na região houve muitos casos de reação alérgica imediata do corpo após o uso de agrotóxico.

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Ao que aborda Peres e Moreira(2003), a exposição a agentes químicos, dentre deles os agrotóxicos, é também uma das condições potencialmente associadas ao desenvolvimento do câncer, o que foi presenciado no depoimento de um senhor que está em tratamento devido ao câncer no pâncreas, relatando que a diagnose do médico sobre sua situação era advinda do uso de agrotóxicos, apesar deste configurar o caso de um agricultor que não faz uso de tais substâncias (Figura 9).

Figura 9: Agricultor vítima de câncer no pâncreas, segundo ele, devido à exposição aos agrotóxicos.

Fonte: O Autor (2017).

De acordo com Garcia e Almeida (1991), a exposição aos agrotóxicos pode se dar através de inúmeras formas, que incluem a aplicação dos produtos, o trabalho na colheita, a lavagem de roupas contaminadas, a manipulação de embalagens vazias.

Assim como pela ingestão de alimentos e água contaminados, bem como o simples fato de transitar ou residir próximo ao local onde os agrotóxicos são aplicados.

Além disso, foi relatado por outro agricultor que sua esposa teve um aborto espontâneo após períodos de exposição ao agrotóxico, fato este também descrito no trabalho de Fehlberg, Lutz e Moreira (2003). Nesta pesquisa vale ressaltar que em relação ao aspecto reprodutivo que das 15 mulheres entrevistadas, 20% tiveram abortos espontâneos, sendo que 13% abortaram mais de uma vez.

Observou-se também que parte desses agricultores possui informações dos riscos do uso dos agrotóxicos para a saúde, visto que houve relatos de proprietários

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que pagam outras pessoas para pulverizar suas lavouras, na tentativa de evitar esses danos.

Notou-se também que muitos agricultores não realizam a leitura dos rótulos e afirmam ter conhecimento das formas de manejo dos produtos por experiência, afirmando que a própria vivência dos trabalhadores é também apontada como importante fonte de informação sobre o manejo do agrotóxico.

A análise revela que a informação que estes indivíduos detêm passa pelo crivo de sua experiência de família, fato este também registrado por Fonseca et al (2007).

Para o autor citado, observa-se a ideia de que as bulas dos agrotóxicos exageram os efeitos negativos dos produtos e as necessidades de cuidados. Além da difícil compreensão das informações fornecidas nos rótulos e pelos especialistas, dificulta e impede o manejo correto prescrito.

Diagnose sobre agrotóxicos e meio ambiente

Semelhante ao que foi relatado, era do conhecimento dos agricultores que a ação de descartar e armazenar agrotóxicos próximo a rios e nascentes favorecia a poluição do ambiente. Porém, isso não descartou a presença de pessoas que utilizavam a água corrente para lavar roupas que foram antes usadas na aplicação do produto, considerando que a lavagem é feita sem proteção adequada. Assim como utilizam essa água para higienização de instrumentos usados na preparação e pulverização do agroquímico (Figura 10).

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Figura 10: Higienização do pulverizador em rede hídrica doméstica.

Fonte: O Autor (2017).

Os agricultores ponderam a necessidade de reconhecimento da profissão, por meio da sociedade, do trabalho realizado por eles para que assim seja valorizado o processo de produção do alimento, causando um estímulo aos produtores a trocar o uso de agrotóxicos por tipos de culturas que minimizem pragas e agentes destruidores da lavoura sem prejudicar o meio ambiente.

Segundo o Artigo 225 da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1888), todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras gerações, levando assim a prática do uso de agrotóxicos uma infração à lei.

Destaca-se o fácil acesso que os agricultores têm para adquirir os defensivos agrícolas que, apesar das exigências dos receituários agronômicos, esses não são exigidos durante a efetuação da compra. Apesar de existir um plano chamado

“receituário agronômico”, o qual é um instrumento de controle do uso de agrotóxicos no País, o mesmo encontra-se falido, pois prevalece o lucro com o aumento na venda de pesticidas, em detrimento da preocupação com o meio ambiente e até mesmo com a

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integridade da saúde de quem os usa, e de quem ingere os alimentos enxertados com esses produtos (ABRAMOVAY, 2001).

Percepção dos alunos em relação ao tema

Em relação à palestra ministrada na Escola Municipal Pluridocente de Ensino Fundamental Isabelo Fontana (Figura 11), nota-se que os alunos possuem o conhecimento da utilização dos agrotóxicos, sendo estes conhecidos por eles como veneno. Essas informações vão de acordo com os estudos de Pereira (2013) que ao questionar alguns alunos se possuíam algum conceito sobre o que é agrotóxico, grande parte afirmou que sim, indicando um grande universo de alunos com conhecimento.

Figura 11: Palestra ministrada aos alunos da Escola Municipal Pluridocente de Ensino Fundamental Isabelo Fontana.

Fonte: O Autor (2017).

É importante considerar os problemas da comunidade em que o aluno vive na escolha do tema social, fazendo com que a problemática a ser discutida seja mais significativa e envolva o aluno no processo de busca de soluções. Nesse sentido, os alunos afirmam que “agrotóxicos” é uma temática relevante, enfatizando o trabalho com este tipo de produto, além da transmissão do que foi aprendido aos familiares (ZAPE;

BRAIBANTE, 2015).

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Muitos alunos citaram que seus pais ou outros familiares utilizam agrotóxicos nas lavouras, porém não utilizam os equipamentos de EPI ficando expostos aos agrotóxicos, mas ao ser apresentado sobre a importância desses equipamentos, os alunos disseram que é de extrema importância. No entanto, a análise dos dados mostra que frequentemente o equipamento de proteção individual é negligenciado ou é usado inadequadamente, fato este também registrado por (Fonseca et al, 2007). De acordo com resultados abordados por Zape e Braibante (2015) mesmo que a postura dos pais dos alunos não mude em relação a uso de EPI a concepção dos alunos pode mudar por possuírem o conhecimento sobre a importância desses equipamentos para a segurança.

Os alunos demonstraram dúvidas em relação ao descarte das embalagens dos agrotóxicos e alguns relataram que seus pais descartam essas embalagens em lixo comum e que já encontraram embalagens jogadas ao meio ambiente ou em rios após os períodos de enchentes.

Notou-se também que muitos alunos não conheciam os graves impactos dos agrotóxicos para o meio ambiente e para a saúde, porém outros já relataram casos de pessoas conhecidas que foram diagnosticadas com intoxicação pela utilização de agrotóxicos.

A exposição aos agrotóxicos pelos estudantes éevitada por parte dos pais, pois segundo os discentes do 6º e 8º ano os seus pais sempre pedem para eles se afastarem durante a preparação da calda e da pulverização dizendo que “o veneno é perigoso e que pode fazer mal” e por esse motivo muitos disserem ter medo dos agrotóxicos.

As crianças são expostas aos agrotóxicos por vias ambientais, em suas casas, escolas, gramados e jardins, assim como pela alimentação e água contaminadas, e por vias ocupacionais, durante sua participação nas atividades laborais da família e através do contato com os pais, após terem lidado com estes agentes químicos durante as atividades de trabalho. (SARCINELLI, 2003).

Para o mesmo autor, as crianças podem ser expostas aos agrotóxicos de diferentes maneiras podendo ser mais ou menos sensíveis do que os adultos em

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relação à toxicidade dos agroquímicos. Dessa forma o contato das crianças com os agrotóxicos deve ser evitado.

Nesse contexto, entende-se que a escola representa um local de excelência para tais atividades, diante do potencial que possui para a geração e difusão do conhecimento a respeito do assunto, uma vez que a educação deve manter o compromisso permanente com a qualidade do ambiente e da vida no planeta (LIMA, 2010).

Assim como, a Educação Ambiental desempenha um papel importante na capacitação de estudantes de zona rural para atuarem como multiplicadores, pois estes convivem direta ou indiretamente com a agricultura, na maioria das vezes trabalham na plantação e na colheita, porém não tem o hábito de questionar a forma pela quais estas são realizadas (GREGOLIS et al., 2012).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A oportunidade de realizar a pesquisa em uma região em que a principal economia encontra-se no cultivo de banana e café permitiu verificar que as práticas desenvolvidas pelos agricultores de Campinho são pautadas sobre o uso inadequado dos agrotóxicos.

O problema foi diagnosticado, sendo que o tema em questão se faz presente na realidade dos mencionados agricultores, e a tentativa de informar os impactos dos agrotóxicos na saúde e no meio ambiente, e sobre as medidas que cabível para se evitar os danos foi em tese bem sucedida apesar de certa resistência em torno dos problemas, em vista da negligência por parte dos moradores na abordagem do assunto.

A condição de exposição aos agroquímicos às quais os moradores estão sujeitos representa uma situação preocupante, uma vez que o veneno compromete o meio e a saúde dos trabalhadores rurais, principalmente na etapa de aplicação do agrotóxico nas lavouras de banana e café. Vale ressaltar que os resultados encontrados ao decorrer da pesquisa, sejam aqueles registrados por meio de fotos ou aqueles relatados pelos

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próprios agricultores, foi informações confirmadas pelos dados coletados na literatura científica, o que evidenciam a relevância da iniciativa do presente estudo.

Analisando-se os resultados apresentados conclui-se com o presente estudo, que mesmo com tecnologias projetadas para evitar os riscos durante o preparo e aplicações, com o surgimento da consciência ambiental por parte da comunidade, aliadas às ações da prática do cultivo orgânico desenvolvidas por parte dos agricultores da região, o tema ainda carece de estudos e aplicações metodológicas de Educação Ambiental que visem à conscientização, na tentativa de conter o processo de banalização do uso dos agrotóxicos.

Faz-se necessário a realização de pesquisas utilizando métodos diferentes e mais eficazes que contribuam no diagnóstico da exposição, como exames laboratoriais que envolvam a observação e análise de alterações cromossômicas, assim como estudos relacionados à verificação química do solo, da água e alimentos consumidos pelos agricultores da região.

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