UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM INSTITUTO DE NATUREZA E CULTURA - INC
EDILSON BINDÁ BRAULIO
BENJAMIN CONSTANT - AM 2020
ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DO IGARAPÉ
ESPERANÇA NO MUNICÍPIO DE BENJAMIN CONSTANT-AM
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM INSTITUTO DE NATUREZA E CULTURA - INC
EDILSON BINDÁ BRAULIO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do Título de Bacharel em Administração pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM no Instituto de Natureza e Cultura - INC.
Orientador: Prof. Francisco Olímpio de Souza, MSc.
BENJAMIN CONSTANT - AM 2020
ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DO IGARAPÉ
ESPERANÇA NO MUNICÍPIO DE BENJAMIN CONSTANT-AM
Termo de Aprovação
EDILSON BINDÁ BRAULIO
ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DO IGARAPÉ ESPERANÇA DO MUNICÍPIO DE BENJAMIN CONSTANT-AM
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do Título de Bacharel em Administração pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM no Instituto de Natureza e Cultura - INC.
Aprovado em: ___/___/_____
BANCA EXAMINADORA
Prof. MSc. Francisco Olímpio de Souza – Orientador/Presidente Universidade Federal do Amazonas
Prof. Márcio Gleick Félix de Oliveira – Membro Universidade Federal do Amazonas
Prof. MSc. Ciderjânio Farling Salvador da Costa – Membro Universidade Federal do Amazonas
Benjamin Constant – AM
2020
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho,
Primeiramente a Deus,
A minha querida Mãe, e Família!
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ser meu criador, e ter me dado oportunidades da vida, me fortalecido com muita saúde, e sabedoria.
A minha mãe Francisca Cavalcante Bindá, e ao meu pai Ercílio Bráulio da Silva por incentivarem meus estudos desde a mais tenra idade.
A minha esposa Jociane Lucas Maciel pela parceria e compreensão
A minhas filhas Esthefannya, Esthefany, Eliana e ao meu filho Edgar a quem espero ser inspiração para que busquem a formação e a qualificação profissional, mesmo frente as intempéries da vida;
A toda minha Família Bindá Bráulio por acreditar que esse sonho seria possível;
Ao laboratório Municipal de Vigilância em saúde de Benjamin Constant, pela contribuição nas análises microbiológicas, em nome do senhor, Walmir Reis de Castro/ Téc. Em Saneamento Ambiental/ Coordenador do programa VIGIAGUA-BC.
Ao laboratório da COSAMA, pelas Análises Físico– Química em nome da senhora, Sabrina Barbosa Rodrigues/ Gerente da COSAMA-BC.
Ao Senhor Moisés Solimões Paiva Pinheiro, Coordenador da Vigilância Sanitária em saúde (SVS-BC).
Ao senhor Elcirlei Bindá Bráulio pelo apoio dos Serviços Técnicos Geo-geográfico dos pontos, trechos e mapas do Igarapé Esperança.
A senhora Gleissimar Castelo Branco pelo apoio de liberação de acesso e autorização de pesquisa dentro de sua propriedade (Terreno).
Ao meu Amigo Raimundo Adalgizio Santos por me incentivar constantemente nessa caminhada;
Aos professores do Curso de Administração pelos ensinamentos durante esses quatro anos de estudo no Instituto de Natureza e Cultura;
E ao professor Francisco Olímpio de Souza pelas contribuições a este
Trabalho de Conclusão de Curso, durante à orientação ao TCC.
“Felizes os que confiam no senhor [ ... ] São como árvores plantadas as margens de um rio, cujas raízes alcançam águas profundas. Tais árvores não são afetadas pelo calor nem se preocupam com longos meses de seca. Suas folhas permanecem verdes e produzem Frutos Deliciosos.”
(Jeremias 17.7,8;NLT)
RESUMO
Este trabalho de conclusão de curso com o tema: Análise da qualidade da água do Igarapé Esperança, no município de Benjamin Constant - AM, foi realizado com objetivo geral de Analisar a qualidade da água do Igarapé Esperança, através das análises Bacteriológico e Físico Químico, tendo como objetivos específicos: a) Avaliar os padrões da qualidade da água do igarapé; b) Identificar as principais causas de contaminação do igarapé; c) Oferecer um diagnóstico sobre a situação da qualidade da água do igarapé. Um dos fatores que induziram a fazer este trabalho de pesquisa de campo foi a identificação da problemática do aumento de moradias irregulares as margens do igarapé, conforme a Legislação vigente do atual Código Florestal, Lei n 12.651/12. Art.12 que trata das Áreas de Preservação Permanentes APPs, e seus impactos ambientais como cita o CONAMA (2005), em consequência, percebe-se o aumento do acúmulo de resíduos domésticos descartados ás margens do Igarapé. A justificativa se dá pela razão da importância do controle de lançamento de efluentes domésticos em corpos d’água. Os instrumentos de pesquisa utilizados no trabalho foram levantamentos bibliográficos, e coleta de amostras de água de diferentes trechos do Igarapé. As principais fontes bibliográficas usadas no trabalho foram Tundise (2003), CONAMA n 357/05, e Oliveira (1978). Durante o processo da pesquisa, o que se observou nas avaliações das visitas pela margem do trecho do igarapé em diferentes bairros da cidade, é que as atividades domésticas constituem grande importância no fator de poluição ambiental no igarapé, devido ao crescimento da urbanização, e sobretudo pela falta do saneamento básico e locais desprovidos de rede de esgoto. Os resultados da pesquisa demonstram que todas as análises da qualidade da água dos trechos do Igarapé Esperança encontram-se, comprometido pela poluição. A depuração do igarapé é limitado, insuficiente, e uma grande quantidade de esgotos das residências são despejadas diretamente dentro do Igarapé.
Palavras-chaves: Água, Políticas Públicas, Qualidade da Água, Igarapé.
RESUMEN
Este trabajo de conclusión del curso con el tema: Análisis de la calidad del agua de Igarapé Esperança, en la ciudad de Benjamin Constant - AM, se realizó con el objetivo general de Analizar la calidad del agua de Igarapé Esperança, a través de los análisis bacteriológicos y físico-químicos, teniendo como objetivos específicos: a) Evaluar los estándares de calidad del agua del igarapé; b) Identificar las principales causas de contaminación del arroyo; c) Ofrecer un diagnóstico sobre la situación de la calidad del agua del arroyo. Uno de los factores que motivó la realización de esta investigación de campo fue la identificación del problema del aumento de viviendas irregulares en las márgenes del arroyo, de acuerdo con la legislación vigente del Código Forestal vigente, Ley N ° 12.651 / 12. Art.12 que trata de las APP de Áreas de Preservación Permanente, y sus impactos ambientales según lo citado por CONAMA (2005), como consecuencia, se incrementa la acumulación de desechos domésticos desechados en las riberas del Igarapé. La justificación se da por la importancia de controlar la descarga de efluentes domésticos en cuerpos de agua.
Los instrumentos de investigación utilizados en el trabajo fueron levantamientos bibliográficos y recolección de muestras de agua de diferentes tramos del Igarapé.
Las principales fuentes bibliográficas utilizadas en el trabajo fueron Tundise (2003), CONAMA n 357/05 y Oliveira (1978). Durante el proceso de investigación, lo que se observó en las evaluaciones de visitas por la margen del arroyo en diferentes barrios de la ciudad, es que las actividades domésticas son de gran importancia en el factor de contaminación ambiental en el arroyo, debido al crecimiento de la urbanización, y sobre todo debido a la falta de saneamiento básico y lugares sin red de alcantarillado. Los resultados de la investigación muestran que todos los análisis de la calidad del agua de los tramos del Igarapé Esperança están comprometidos por la contaminación. La depuración del igarapé es limitada, insuficiente y una gran cantidad de aguas residuales de las casas se vierten directamente al Igarapé.
Palabras clave: Agua, Políticas Públicas, Calidad del Agua, Igarapé.
LISTAS DE TABELA
TABELA 1 . Demontram as informações referentes as variações das APPs, de
acordo com a largura do curso d´agua do
Igarapé... ... 27
LISTAS DE QUADROS
QUADRO 1: Cita as referências de cada ponto de coletas, destacando suas
localidades, em diferentes bairros da
cidade
...33
QUADRO 2: Demonstra os resultados das Análises microbiológica da Água...39
QUADRO 2: Apresenta os resultados das Análises Físico-químico das águas do
Igarapé...
39LISTAS DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1: Imagens do trecho do igarapé no ponto 2 de coleta... ... 20
FIGURA 2: Imagem do trecho do Igarapé no ponto 3 de coleta
...21
FIGURA 3: Imagem no trecho do igarapé no ponto 5 de
coleta...30
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO………...13 CAPITULO I...16 1 REFERENCIAL TEÓRICO...16
1.1 ABORDAGEM GERAL SOBRE A ÁGUA
...16
1.2 A ÁGUA NO
BRASIL...17
1.3 A ÁGUA NA
AMAZÔNIA...18
1.4 POLUIÇÃO DAS
ÁGUAS...19
1.5 SANEAMENTO BÁSICO DIREITO ASSEGURADO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ...21
1.6 QUALIDADE DA ÁGUA
...22
1.7 MARCADORES FÍSICO, QUÍMICO E MICROBIOLÓGICOS
...23
1.7.1 MARCADORES FÍSICOS
...23
1.7.2 MARCADORES QUÍMICOS (pH, acidez e alcalinidade) ...24
1.7.3 MARCADORES MICROBIOLÓGICOS ...
25
1.7.4 BACTÉRIAS COLIFORMES ...
26
1.8 POLITICAS PÚBLICAS - ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP) ...26
1.9 DEFINIÇÃO DE
IGARAPÉ...27
1.10 IMPACTOS AMBIENTAIS DEVIDO A OCUPAÇÃO INDEVIDA DAS
APPS...28
CAPITULO II ...29
2 METODOLOGIA………...29
2.1 LOCAL DE ESTUDO ...29
2.2 NATUREZA DA PESQUISA ...30
2.3 INSTRUMENTOS DE PESQUISA ...32
2.4 UNIVERSO DA AMOSTRAGEM DA PESQUISA ...33
2.5 APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PESQUISA ...35
2.6 TÉCNICAS DE COLETAS ...36
2.7 AS DIFICULDADES DA APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DA PESQUISA ...37
2.8 TABULAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS DADOS ...37
CAPÍTULO III...38
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO………..………...38
3.1 QUANTITATIVO DA AMOSTRAGEM...38
3.2 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...38
3.2.1 ANÁLISE DOS PARÃMETROS MICROBIOLÓGICOS...40
3.2.2 ANÁLISE FÍSICO-QUIMICO...40
CONSIDERAÇÕES FINAIS...………42
REFERÊNCIAS...………...…...44
APÊNDICES……….………..49
ANEXO...56
INTRODUÇÃO
A agua é um elemento vital, e indispensável a sobrevivência de todos os organismos vivos, além disso, é extremamente importante para a manutenção do clima na terra, podendo apresentar qualidades variáveis, dependendo do local e das condições de sua origem.
A água é um recurso essencial para todas as formas de vida existentes no planeta, por estar presente em diversos processos, físicos, químicos, e biológicos (TUNDISI, 2003), e sua disponibilidade é um dos fatores mais importantes a moldar e sustentar os ecossistemas (BRAGA, et al., 2009).
É fato que o consumo de água no mundo tende a crescer e, simultaneamente,
a pressão para se ter um recurso hídrico de qualidade não está apenas nos
mananciais, mas também sobre todos os recursos ambientais. Portanto, dentro
deste contexto, em relação aos recursos hídricos, estabeleceram-se legislações- como o CONAMA 357/05 - (Conselho Nacional do Meio Ambiente) para que se possam estabelecer padrões para o lançamento de efluentes e mitigar, ou prevenir, as alterações nas características deste recurso.
No Brasil a questão da qualidade da água ganhou evidência com a sanção da Lei Federal n 9.433, de 8 de Janeiro de 1997, que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, tendo como um dos fundamentos gerir tais recursos, proporcionando uso múltiplo, com objetivos que assegurem, a atual e as futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidades adequados aos respectivos usos.
A Amazônia é uma região que se destaca pela sua imensa disponibilidade hídrica, que pode variar, dependendo da Unidade da Federação, da ordem de 100.000 m³ hab⁻¹ ano⁻¹ a 1.000.000 m³ hab⁻¹ ano⁻¹, enquanto que a média nacional brasileira situa-se próximo de 50.000 m³ hab⁻¹ ano⁻¹ (Goulding, et al, 2003).
O Igarapé Esperança é localizado no Município de Benjamin Constant, é um município do interior do estado do Amazonas fica localizado na microrregião do alto Solimões, região norte do Brasil, com uma população de 43.484 habitantes de acordo com dados do Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE) em 2020.
A distância de Benjamin a capital do estado Manaus, é equivalente a 1.120 Km em linha reta.
Este trabalho tem o como objetivo geral Analisar a qualidade da água do Igarapé Esperança, através das análises Bacteriológico e Físico Químico no Município de Benjamin Constant. Para tal, estabeleceram-se três objetivos específicos, os quais são: a) avaliar os padrões da qualidade da agua do igarapé Esperança; b) identificar as principais causas de contaminação do igarapé, e; c) Oferecer um diagnóstico sobre a situação da qualidade da água do igarapé Esperança, possibilitando subsidiar decisões nas políticas públicas que sirvam de parâmetros para futuras pesquisas acadêmicas.
Nesta perspectiva a problemática levantada, aponta para aumento de
moradias irregulares as margens do igarapé, conforme legislação vigente do atual
Código Florestal, Lei n 12.651/12. Art.12 que trata das Áreas de Preservação
Permanentes - APPs, e seus impactos ambientais como cita o CONAMA, em
consequência, percebe-se o aumento do acúmulo de resíduos domésticos
descartados às margens do igarapé.
A justificativa se dá pela importância do controle de lançamento de efluentes domésticos em corpos d’água, visto que o aumento da urbanização tem influenciado na dispersão de dejetos influenciadores de contaminação ambiental. Outro fator de relevância deste trabalho baseia-se na ideia de que o suprimento de agua doce de boa qualidade é essencial para o desenvolvimento econômico, para a qualidade de vida das populações humanas e para a sustentabilidade dos ciclos dos nutrientes no planeta (Tundisi, 2003).
É importante também para avaliar se um determinado corpo d’água apresenta condições satisfatórias para assegurar os seus usos potenciais, conforme a classificação do CONAMA n. 357/05, é necessário efetuar a caracterização físico- química e bacteriológica da água, ou seja, avaliar a sua qualidade.
Essa monografia está organizado em três capítulos, sendo o primeiro capítulo
o Referencial Teórico o qual destaca principais obras autores e referências
bibliográficas que sustentam este trabalho. Segundo capitulo é a metodologia, onde
a mesma demonstra a abordagem e o método científico bem como os instrumentos
e modelos de organização de coleta de dados levantados. O Capítulo três é Analise
e discursão de resultados, aonde apontam os principais pontos índices, e números
que oferecem uma análise mais próxima da realidade. Seguido das considerações
finais, à qual oferece uma análise dos dados e sugere alternativas na direção da
problemática estudada.
CAPITULO I
1 REFERENCIAL TEÓRICO
Muitos estudos vêm sendo realizados sobre as problemáticas ambientais no planeta, dentre elas, a questão da poluição das fontes de água doce potável, um elemento fundamental à todos os seres vivos, e por isso, vital à pessoa humana.
Para contribuir com reflexões sobre a importância dos recursos hídricos no planeta e fornecer subsídios teóricos para compreensão da condição atual do igarapé Esperança no município de Benjamin Constant, Amazonas, o primeiro capítulo desta monografia aborda a importância da água em âmbito planetário, nacional e regional;
a poluição dos recursos hídricos e as principais fontes de sua contaminação; a qualidade da água e seus marcadores físico, químico e microbiológicos, bem como as políticas públicas de preservação das fontes de água potável no país.
1.1 ABORDAGEM GERAL SOBRE A ÁGUA
A água constitui-se um elemento indispensável a sobrevivência de todos os organismos vivos, além disso, é extremamente importante para a manutenção do clima na terra. A água pode apresentar qualidades variáveis, dependendo do local e das condições de sua origem. O suprimento de água doce de boa qualidade é essencial para o desenvolvimento econômico, para a qualidade de vida das populações humanas e para a sustentabilidade dos ciclos dos nutrientes no planeta (Tundisi, 2003).
A água é um dos recursos naturais mais importantes no planeta e até bem
pouco tempo era considerado como um bem infinito. O aumento da população e
todos os fatores atrelados com este crescimento têm ocorrido em detrimento da
degradação dos recursos hídricos por causa de seus usos múltiplos, destacando
entre elas a agricultura, o abastecimento público, a pecuária, a indústria, a geração
de energia, o saneamento básico, a recreação e o lazer (Zhang et. al, 2010; FAO,
2015). Embora a maior parte da superfície da terra esteja ocupada de águas dos
rios, lagos, biomassa entre outros. O restante da água doce está no subsolo e nas calotas polares sendo estas duas de difícil acesso (Esteves, 2011).
É fato que o consumo de água no mundo tende a crescer e, simultaneamente, a pressão para se ter um recurso hídrico de qualidade não está apenas nos mananciais, mas também sobre todos os recursos ambientais. Portanto, dentro deste contexto, em relação aos recursos hídricos, estabeleceram-se legislações- como o CONAMA 357/05- (Conselho Nacional do Meio Ambiente) para que se possam estabelecer padrões para o lançamento de efluentes e mitigar, ou prevenir, as alterações nas características deste recurso.
A água é um elemento encontrado em abundância em nosso planeta terra, entretanto, apenas uma pequena parcela desse recurso é apropriada para consumo humano. Segundo Tundisi (2003) somente 3% da água do planeta está disponível como água doce. Deste 3%, cerca de 75% estão congelados nas calotas polares, em estado sólido, 10% estão confinados nos aquíferos e, portanto, a disponibilidade dos recursos hídricos no estado liquido é de aproximadamente 15% destes 3%.
Pelas comparações dos dados percebe-se que a água é um recurso extremamente reduzido.
Considerando a disponibilidade da água em estado líquido, tem-se que apenas uma parcela é apropriada para consumo humano. Para Barros e Amim (2008) a água para consumo tem se tornado escasso, pois apesar de haver uma pequena parcela disponível, há de se considerar as adequações das características físicas, químicas, para torna-la potável.
1.2 A ÁGUA NO BRASIL
Ao se falar do Brasil, que apesar de possuir em torno de 12% de toda água
doce superficial do mundo, muita gente ainda não têm acesso a este bem. De
acordo com dados Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), revela que
14,2 milhões de pessoas sem água canalizada, 34,5 milhões sem esgoto por rede
ou fossa séptica e 4,4 sem coleta de lixo, apenas na áreas urbanas do Brasil, em
2006 a região norte sofria com déficit de 59,5% na falta de saneamento básico
(IPEA, 2008). O Estado de Rondônia coleta apenas 6% do seu esgoto corretamente,
sendo um dos piores indicadores do Brasil.
Como muitas cidades Brasileiras, Benjamin Constant vem em um crescimento acentuado em seus poucos anos de instalação, o que elevou a ocupação de áreas de encostas, áreas essas ambientalmente protegidas como as margens de igarapés, que não é bem vista pela esfera ambiental, pois, segundo Silva et. al (2005), “a ocupação dessas áreas pela população pode causar uma perda na qualidade dos recursos hídricos, desmatamento de matas ciliares e consequentemente perda de biodiversidade.”
A gestão de recursos hídricos no Brasil esteve por longo tempo reduzida a avaliação quantitativa das reservas hídricas (MUÑOZ, 2000). Somente nas décadas de 1970 e 1980 foi consolidado o Plano Nacional de Saneamento (PLANASA), que enfatizou o atendimento por sistemas de abastecimento de água, mas que, em contrapartida, não contribuiu para diminuir o déficit de coleta e tratamento de esgoto (LEONETI et. al.,2011).
As leis estaduais de recursos hídricos publicadas na década de 1990 e, posteriormente, a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), instituída pela lei 9.433/97, ao incorporarem o princípio do aproveitamento múltiplo e integrado dos recursos hídricos, afirmaram a opção brasileira por um modelo de gestão de águas que abrangesse os aspectos quantitativos e qualitativos (LIBÂNIO et al., 2005).
1.3 A ÁGUA NA AMAZÔNIA
A Amazônia é uma região que se destaca pela sua imensa disponibilidade hídrica, que pode variar, dependendo da Unidade da Federação, da ordem de 100.000 m³ hab⁻¹ ano⁻¹ a 1.000.000 m³ hab⁻¹ ano⁻¹, enquanto que a média nacional brasileira situa-se próximo de 50.000 m³ hab⁻¹ ano⁻¹ (Goulding, et al 2003).
A bacia hidrográfica da Amazônia corresponde a 40% do total existente em território brasileiro e 60% da disponibilidade hídrica do país (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – SECRETARIA DE RECURSOS HIDRICOS – MMA/SRH, 2006). De acordo com Junk (1983), a Amazônia Central, devido a rede de pequenos igarapés, constitui-se também na mais densa região hidrográfica do mundo.
A abundância de água na Amazônia, traz a reflexão sobre o acesso desse
recurso pela população, visto que apesar dos avanços na implantação de Políticas
Estadual de Recursos Hídricos, como execução de outorgas, criação de Sistemas
de Informação de recursos hídricos e dentre outros avanços, ainda tem-se municípios limitados no acesso a essas ferramentas. As implantações de normas e políticas públicas vem melhorando as condições de vida da população, onde podemos referenciar Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e suas ferramentas de gestão, considerada um marco na gestão das águas no Brasil, assim como CONAMA, portarias, leis, decretos e regulamentos em escala Federal, Estadual e Municipal.
Na América Latina o Brasil se destaca por deter cerca de 13% da água doce disponível do planeta, além de possuir a maior bacia hidrográfica, bacia Amazônica, detentora de 81% dos 13% disponível no país (TUCCI; HISPANHOL; CORDEIRO NETTO, 2000 P.40)
Apesar do potencial hídrico do Brasil, há graves problemas no que diz respeito ao acesso (captação e tratamento) e uso das águas. Em determinadas regiões do país há a falta de recurso, como na região do nordeste e sudeste, visto que a distribuição de água não se dá de maneira uniforme, enquanto que nas regiões mais privilegiadas, como a região Amazônica o problema está na ausência de gestão efetiva do recurso, sendo a implantação das políticas públicas um grande desafio para a região.
1.4 POLUIÇÃO DAS ÁGUAS
Entende-se por poluição da água e alteração de suas características por quaisquer ações ou interferências, sejam elas naturais ou provocadas pelo homem.
Essas alterações podem produzir impactos estéticos, fisiológicos, ou ecológicos. O conceito de poluição da água tem-se tornado cada vez mais amplo em função de maiores exigências com relação a conservação e ao uso racional dos recursos hídricos (BRAGA et al, 2005).
Esgoto é o termo usado para as águas que, após a utilização humana, apresentam as suas características naturais alteradas. Conforme o uso predominante: comercial, industrial ou doméstico. Essas águas apresentam características diferentes e são genericamente designadas de esgoto, ou água servida (MANUAL DO SANEAMENTO BÁSICO, 2012).
A poluição por esgotos é uma das principais fontes de contaminação no Brasil quanto no mundo. Os esgotos contaminam a água que consumimos principalmente pela falta de sistemas adequados para sua capitação, transporte e tratamento. Eles são despejados, sem nenhum cuidado, nas proximidades das casas, de onde são arrastados pelas chuvas para os córregos, igarapés, rios e mares, assim contaminando esses corpos hídricos. Os esgotos contém, além de fezes humanas, resto de alimentos, sabões e detergentes, sendo consideradas o principal fator poluente das águas em regiões densamente povoados (MAGOSSE, LUIS ROBERTO, 2003).
Fonte: Fotografia obtida na pesquisa de campo, 2019.
Segundo Oliveira e Carvalho (2003), os esgotos são compostos de diversos tipos de despejos:
Água residuárias: líquidos ou efluentes do sistema doméstico ou industrial.
Despejos doméstico ou industrial: despejos líquidos da habitações, estabelecimentos comerciais, instituições e edifícios públicos;
Águas imundas: águas residuárias que contem dejetos (matéria
fecal);
Águas de infiltração: parcela das águas do subsolo que penetra nas canalizações de esgoto
Fonte: Fotografia obtida na pesquisa de campo, 2019.
1.5 SANEAMENTO BÁSICO DIREITO ASSEGURADO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
Um dos problemas em âmbito nacional dos gestores público tem dificuldade em solucionar é o saneamento básico, no Brasil o saneamento básico é um direito assegurado pela constituição e definido pela Lei n 11.445/2007 “como conjunto dos serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejo de resíduos sólidos e de águas pluviais”. A organização mundial da saúde (OMS) define saneamento como:
Saneamento é o controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem estar físico, mental e social.
É o conjunto de medidas adotadas em um local para melhorar a vida e a saúde dos
habitantes, impedindo que fatores físicos de efeitos nocivos que possam prejudicar
as pessoas no seu bem-estar físico, mental e social (OMS, 2013).
No meio ambiente existem basicamente duas formas de poluentes que podem atingir um corpo d’água, segundo Sperling 2005, que são Poluição pontual e poluição difusa:
Na poluição pontual, os poluentes atingem o corpo d’água de forma concentrada no espaço. Um exemplo é o da descarga em rios de um emissário transportando esgoto de uma comunidade. Na poluição difusa, os poluentes adentram o corpo d’água distribuídos ao longo de uma parte de extensão. Este é caso típico da poluição vinculada pela drenagem pluvial, a qual é descarregada no corpo d’água de uma forma distribuída, e não concentrada em um único ponto (SPERLING,2005 p.49).
1.6 QUALIDADE DA ÁGUA
Para avaliar se um determinado corpo d’água apresenta condições satisfatórias para assegurar os seus usos potenciais, conforme a classificação do CONAMA n. 357/05, é necessário efetuar a caracterização físico-química e bacteriológica da água, ou seja, avaliar a sua qualidade.
No Brasil o setor de saneamento básico é um dos principais usuários dos recursos hídricos, representando cerca de 22% do total (SINAN, 2000), cujo principal insumo é a água superficial ou subterrânea. Esta utilização se reveste de uma particularidade importante, na medida em que implica mudança substancial na qualidade deste insumo, devido a baixa percentagem de tratamento após a utilização desta água.
Nas últimas décadas, a queda acentuada da qualidade das águas de superfície que cortam cidades de qualquer poste induz os esforços para equacionar a questão do saneamento básico nas áreas urbanas brasileiras. Este aspecto ambiental vem ocupando lugar de destaque na imprensa e passou a ser um dos grandes desafios do poder público. A intensidade dos problemas se correlaciona diretamente com o aumento da densidade populacional e com a ocupação desordenada dos aglomerados urbanos (PALAMULENI, 2002).
O planejamento e a construção de um sistema de esgotamento sanitário
eficiente numa cidade seja ela de pequeno, médio ou grande porte é um desafio
para os administradores. O investimento em saneamento básico aponta para um
índice extremamente favorável dentro da área da saúde pública e para a consequente melhoria da qualidade de vida da população. Dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 70% das internações hospitalares da rede pública estão relacionadas com doenças de veiculação hídrica que, por sua vez, estão diretamente ligadas a ausência de tratamento de esgotos domésticos. Estes mesmos estudos mostram que cada dólar investido em saneamento proporciona a economia de cinco outros na área da saúde (FNO,1998).
Segundo Von Sperling (2007), a qualidade da água está determinada por fenômenos naturais e antrópicos exercidas na bacia hidrográfica. A água é o solvente universal, transportando gases, elementos e substâncias, e compostos orgânicos dissolvidos que são a base da vida no planeta (Tundisi e Matsumura- Tundisi, 2008).
De acordo com a legislação, a definição da qualidade da água faz referência ao tipo de uso ao qual se destina, e estipula os padrões de qualidade na resolução 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) de 2005 e suas modificações nas resoluções 410 de 2009 e 430 de 2011. Os parâmetros são definidos em limites aceitáveis das substancias presentes de acordo com o uso da água.
1.7. MARCADORES FÍSICO, QUÍMICO E MICROBIOLÓGICOS.
A avaliação da qualidade da água segue normas de análise pré-estabelecidas pelos órgãos competentes de acordo com a finalidade á qual ela se destina (YASSUDA & NOGAMI, 1978; TERPSTRA,1999), sendo que a água pra o consumo humano deve ser adequada á manutenção da saúde e seguir as normas de potabilidade (OLIVEIRA,1978; BRASIL, 2000). Essas normas representam as quantidades limítrofes dos diversos elementos que podem ser tolerados nas águas (OLIVEIRA, 1978).
1.7.1 MARCADORES FÍSICOS
A temperatura é uma variável ambiental crítica nos ecossistemas de água
doce, por ser fator determinante das taxas metabólicas dos organismos e processos
ecossistêmicos, podendo ser medida em graus Celsius (°C) (ESTEVES,1998;
ALLAN & CASTILHO, 2007). Além disso, ela condiciona as influências de uma série de variáveis físicas e químicas, como tensão superficial, constante de ionização, pressão de vapor e solubilidade de gases (ESTEVES, 1998; CETESB, 2009;
BRÕNMARK & HANSSON, 2010,). Variações de temperatura são parte do regime climático normal e corpos de água naturais apresentam variações sazonais e diurnas, bem como estratificação vertical (BRÕNMARK & HANSSON, 2010,).
Sabor e odor: Para o Ministério da Saúde, sua origem está associada tanto a presença de substância químicas ou gases dissolvidos, quanto a atuação de alguns micro-organismos, especificamente as algas. Neste último caso, são obtidos odores que podem até serem agradáveis (cheiro de terra molhada, por exemplo) além daqueles considerados repugnantes (odor de ovo podre, por exemplo).
(BRASIL,2014).
Cor: Conforme a SABESP (2015) define-se por cor “é um dado que indica a presença de substâncias dissolvidas na água. Assim como a turbidez, a cor é um parâmetro de aspecto estético de aceitação ou rejeição do produto”.
Turbidez: De acordo com Sperling (2005) a turbidez representa o grau de interferência com a passagem da luz através da água, conferindo uma aparência turva, mesma sua origem natural se da por partículas de rocha, argila e Silte, algas e outros micro-organismos e sua origem antropogênica por meio de despejos domésticos, despejos industriais, micro-organismos e erosão.
1.7.2 MARCADORES QUÍMICOS (pH, acidez e alcalinidade)
O potencial hidrogenionico (pH) é outro importante fator abiótico e representa a intensidade das condições ácidas ou alcalinas do meio liquido (log[1H]) (BRÕNMARK & HANSSON, 2010,). O valor do pH influi na distribuição das formas livre e ionizada de diversos compostos químicos, influencia na solubilidade de substancias e define o potencial de toxicidade de vários elementos (BRASIL, 2006).
As alterações de pH podem ter origem natural (dissolução de rochas, fotossínteses) ou antropogênica (despejos domésticos e industriais) (WETZEL, 2001).
A acidez é a medida da capacidade da água em resistir as mudanças de Ph
causada pelas bases. É devida principalmente a presença de gás carbônico livre
que resulta em valor de pH abaixo de 4,5 (WETZEL, 2001).
A alcalinidade é um termo referente a capacidade de tamponamento do sistema carbonato na água (WETZEL, 2001). Composto alcalinos na água como bicarbonatos, carbonatos e hidróxidos removem os H+ e diminuem a acidez da água. A medida da alcalinidade é importante na determinação da habilidade dos córregos em neutralizar a poluição ácida e uma das melhores medidas da acidificação da água (APHA,1999).
Existem determinados elementos e compostos químicos que, mesmo em baixas concentrações, conferem a água características de toxicidade, são os micropoluentes (BRASIL,2006).
Os micropoluentes inorgânicos mais tóxicos são os metais pesados (por exemplo, arsênio, cádmio, cromo, mercúrio, etc.), que se dissolvem na água e ainda se acumulam no ambiente aquático, aumentando sua concentração na biomassa dos organismos na passagem de cada nível trófico da cadeia alimentar (VON SPERLING, 2009).
Já os micropoluentes orgânicos caracterizam-se por composto orgânicos resistentes a biodegradação, que podem permanecer por muito tempo no ambiente e se bioacumular nos tecidos dos seres vivos, não interagindo com os ciclos biogeoquímicos. Entre estes destacam-se os defensivos agrícolas, alguns detergentes e compostos organossintéticos (BRASIL,2006).
1.7.3 MARCADORES MICROBIOLÓGICOS
Os microrganismos aquáticos desenvolvem, na água, suas atividades biológicas e metabólicas, provocando modificações de caráter químico e ecológico no próprio ambiente. Já os microrganismos patogênicos, que são introduzidos na água pelo despejo de esgoto doméstico (material fecal), têm caráter transitório nesse ambiente (BRAGA et al.2009).
O exame microbiológico da água é utilizado mundialmente para monitorar e
controlar a qualidade e segurança da água para diversos usos. É inviável analisar
amostras buscando por patógenos em potencial, já que muitos organismos
patogênicos podem estar associados à agua, por isso vários organismos indicadores
têm sido usados como marcadores de risco a saúde humana (por exemplo,
coliformes fecais) (BARRELL & NICHOLS, 2000; BRASIL, 2006).
1.7.4 BACTÉRIAS COLIFORMES
Os coliformes são classificados em: coliformes totais, coliformes fecais e Escherichia coli. A maioria dos coliformes totais são patogênicos e possuem ampla distribuição em ambientes aquáticos, podendo ser representados por espécies dos gêneros Enterobacter e Escherichia (BERGER et al. 2009; HORAM, 2003).
Os coliformes fecais (termotolerantes) são um sub-conjunto dos coliformes totais que colonizam os intestinos humanos e de outros animais de sangue quente (USEPA,2010). Dessa forma, havendo contaminação da água por esgotos domésticos, é grande a chance de se encontrar coliformes fecais em qualquer amostras de água. Estão incluídos nesse grupo a Escherichia coli e algumas outras cepas de Klebsiella sp., Citrobacter sp. e Enterobacter sp. (BERGER et al., 2009;
DOYLE & ERICKSON, 2006). Eles possuem a capacidade de crescimento as altas temperaturas e fermentação de lactose a 35° C em 24 a 48 horas, com a produção de ácidos e gás. Essa é uma característica fundamental que permite a distinção entre os coliformes totais e fecais nas amostras de água (APHA,1999).
1.8 POLÍTICAS PÚBLICAS - ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP)
As APPs se destinam a protegemos solos, as matas ciliares, este tipo de vegetação, cumpre a função de proteger os rios e reservatórios de assoreamento e na diminuição no volume de água dos corpos d’água. Segundo Santos et. al (2003, p.66), “essas matas apresentam grande importância ecológica para os cursos d’água no que diz respeito a proteção dos leitos contra a erosão, a manutenção de microclima estável e a produção de alimentos e abrigos aos organismos aquáticos e terrestres”. De acordo com o atual código Florestal, Lei n° 12.651/12. Art. 30, para efeitos desta lei entende-se por:
Área de Preservação Permanente-APP: área protegida, coberta ou não por
vegetação nativa, com a função ambiental de Preservar os recursos hídricos, a
paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de
fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar da população humanas;
As faixas marginais consideradas como APP variam de acordo com a largura do curso d’água, medida a partir da borda da calha de seu leito regular, conforme mostra no quadro a seguir.
LARGURA DA APP CURSOS D’ÁGUA
30m Com menos de 10m
50m De 10m a 50m
100m De 50m a 100m
200m De 200m a 600m
500m Com mais de 600m
QUADRO 1: Quadro de medidas do curso de água Fonte: Código Florestal, 2012
Santos (et.al.,2003), acrescenta que: “As matas ciliares, as reservas legais e todas as formas de sistemas encontradas na natureza possuem um papel fundamental a cumprir, todavia em alguns momentos, a ação antrópica interferindo no seu desenvolvimento pode causar desequilíbrio, que desencadeiam consequências, na maioria das vezes trágicas”.
1.9 DEFINIÇÃO DE IGARAPÉ
Igarapé é um termo indígena que significa “caminho de canoa”, igara= canoa e pé= trilha, caminho (GUERRA, ANTÔNIO,1975). Igarapés são pequenos cursos d’água que segundo Sioli (1991) podem ser de águas brancas que foram observadas na região do Acre, os de águas claras dominam a região central da Amazônia, típicos de terra firmes, e os de águas pretas que provêm de áreas com solo arenoso, vegetação peculiar diferente da floresta alta, as “caatingas amazônicas”, chamadas campinas observadas pelo autor na proximidades de Manaus, no igarapé do Tarumanzinho.
Segundo o autor os igarapés, nome regional para rios de pequeno ordem, são
componentes importantes da floresta (LIMA; GASCON,1999). Eles mantém uma
fauna diversa que é sustentada principalmente pelo material orgânico proveniente
das florestas adjacentes (HENDERSON; WALKER,1986)
Conforme (SILVA, 2005) a elevada pluviosidade na Amazônia contribui para a existência de uma densa rede de igarapés que, oriundos dos sedimentos arenosos terciários, apresentam leitos constituídos praticamente de areia ou pedras com pH baixo e água ácida (SILVA, 2005).
O desenvolvimento urbano se acelerou com a concentração da população em espaço reduzido, produzindo grande competição pelos mesmos recursos naturais (solo e água), destruindo parte da biodiversidade natural (TUCCI, 2008).
Conforme o ponto de vista do autor notou-se grande número de construção de moradias em torno do Igarapé Esperança, construídas de forma desordenada em área de encostas sem qualquer restrição de alerta sobre possíveis danos decorrentes dessa apropriação irregular.
1.10 IMPACTOS AMBIENTAIS DEVIDO A OCUPAÇÃO INDEVIDA DAS APPs
A ocupação urbana é extremamente modificado no ambiente natural afetando
principalmente as propriedades do solo, ocasionando impactos ambientais
relevantes, iniciando-se pelo desmatamento nas margens de rios e igarapés o que
potencializa o transporte dos sedimentos eroditos até esses corpos d’água e
posteriormente a impermeabilização da superfície do solo em grande áreas,
modificando o balanço hídrico. O impacto ambiental segundo a Resolução CONAMA
é “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente causada por qualquer forma de matéria energia resultante das atividades
humanas” (BRASIL, 2002). Portanto, entende-se que como impacto ambiental qual
quer ação humana que venha interferir no desenvolvimento natural do ambiente,
como: enchentes, assoreamento, desmatamento, incêndios florestais entre outros
CAPÍTULO II
2 METODOLOGIA
Neste capítulo serão apontadas as abordagens metodológicas utilizadas nesta pesquisa, bem como os instrumentos aplicados para a coleta e organização dos dados, locais de pontos de coleta, tipo de pesquisa para que desta forma possa alcançar o objetivo deste estudo, como também apresentar as principais dificuldades encontradas na execução do cronograma deste trabalho.
De acordo com Oliveira (2004), metodologia trata do conjunto de processos pelos quais se torna possível conhecerem uma determinada realidade, produzir determinado objeto ou desenvolver certos procedimentos ou comportamentos.
2.1 LOCAL DE ESTUDO
Este trabalho foi realizado no Igarapé Esperança localizado no Município de
Benjamin Constant, é um município do interior do estado do Amazonas fica
localizado na microrregião do alto Solimões, região norte do Brasil, com uma
população de 39.484 habitantes de acordo com dados do Instituto Brasileiro de
geografia e Estatística (IBGE) em 2015. A distância de Benjamin a capital do estado
Manaus, é equivalente a 1.120 Km em linha reta.
Figura 1: Trecho do igarapé Esperança no ponto 5 de coleta no bairro da Colônia I.
Fonte: Fotografia obtida na pesquisa de campo, 2019.
2.2 NATUREZA DA PESQUISA
Segundo Marconi e Lakatos (2009), a “pesquisa é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento cientifico e se constitui no caminho para reconhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”.
Sendo assim, é de uma importância a coleta de dados significativos que
visem demonstrar com mais clareza as respostas inerentes aos objetivos propostos
neste estudo. Desta forma, primeiramente foram realizados levantamentos
bibliográficos que auxiliaram no melhor conhecimento do objeto de estudo abordado,
além, de ter possibilitado um embasamento teórico referente o mesmo. Além das
bibliografias especificas, utilizou-se também pesquisas de internet, artigos,
dissertações, sites governamentais, como fonte de complemento.
Neste sentido Marconi e Lakatos (2009), afirmam que:
A pesquisa bibliográfica é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importâncias, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema. As fontes mais utilizadas para este tipo de pesquisa são as publicações periódicas como jornais e revistas e os livros que são fontes bibliográficos por excelência devido as importantes informações neles contidas e forma como são utilizados.
Nesse sentido, a pesquisa bibliográfica corresponde a todo material de fonte secundária que permite ao pesquisador analisar as contribuições teóricas, em relação a uma tema ou problema exposto, sendo fator primordial em toda pesquisa.
Figueiredo e Souza (2008), destacam que adotar um método cientifico, é adotar uma determinada forma de tratar o objeto em estudo. Rampazzo (2011), por sua vez, nos mostra que o método cientifico se divide em diversas etapas ou passos que devem ser dados para solucionar um problema.
Sendo assim, os métodos utilizados para a realização deste estudo foram os método dedutivo, e exploratório. Método dedutivo, que de acordo com Figueiredo e Souza (2008), “[...] parte do geral para o particular, isto é, através de uma cadeia de raciocínio descendente com base em teorias ou leis, chega-se a uma conclusão”.
Já porém, o método exploratório segundo Gil (2006) afirma que:
O método de pesquisa exploratório tem como finalidade proporcionar maiores informações sobre determinados assuntos, facilita a delimitação de um tema de trabalho. Normalmente constituem a primeira etapa de uma investigação mais ampla. Desenvolve-se com o objetivo de proporcionar uma visão geral, de tipo aproximativo, a cerca de determinado fato. É realizada especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis.
A pesquisa exploratória permite definir objetivos ou formular as hipóteses de uma pesquisa mais ampla, descobrir novo enfoque para o tema, avaliar a possibilidade de se desenvolver uma boa pesquisa sobre determinado tema. Envolve, habitualmente, levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de casa. Procedimentos de amostragem e técnica quantitativas de coleta de dados, não são costumeiramente aplicados nesse tipo de pesquisa.
Quanto a abordagem adotada, optou-se em utilizar a abordagem quali-
quantitativa, que de acordo com Figueiredo e Souza, (2008, p.100).
Em relação a abordagem quali-quantitativa, há metodologias que admitem a integração dos métodos qualitativos e quantitativos. A necessidade de trabalhar com dados estatísticos e informação não mensuráveis dependem da questão problema levantada. Na, verdade, não existem regras rígidas. O mais importante é que haja flexibilidade nos procedimentos metodológico, desde que, sejam adequados ao objeto que se pretende conhecer e ao problema que se quer responder.
“Certo é que parte do problema pode ser esclarecida na perspectiva quantitativa, e outra parte na ótica qualitativa, esse tipo de procedimento favorece o cruzamento das informações e, consequentemente, dá ao pesquisador maior confiabilidade em suas conclusões à medida que amplia o horizonte do objeto de estudo” (FIGUEIREDO E SOUZA, 2008).
“A abordagem ou paradigma de pesquisa mista está se tornando cada vez mais articulada e já é reconhecida como a terceira principal, sucedendo às de pesquisa qualitativa e quantitativa” (JOHNSON; ONWUEGBUZIE; TURNER, 2007).
Pode-se dizer que a “pesquisa mista consiste em uma metodologia que mistura as abordagens quantitativa e qualitativa a fim de ampliar e aprofundar seu entendimento e corroboração” (CRESWELL, CLARK, 2015;
JOHNSON, ONWUEGBUZIE, TURNER, 2007).
Nesse sentido knechtel (2014), afirma que a modalidade de pesquisa quali- quantitativa “interpreta as informações quantitativas por meio de símbolos numéricos e os dados qualitativos mediante a observação, a interação participativa e a interpretação do discurso dos sujeitos (semântica)”.
2.3 INSTRUMENTOS DE PESQUISA
De acordo com Marconi e Lakatos (2009, p.176) “Técnicas é um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma Ciência ou arte é a habilidade para usar esses preceitos ou normas, a parte pratica”.
Nesse sentido será utilizada a técnica de pesquisa documental, que de
acordo com Figueiredo; Souza (2008, p.103). “Na pesquisa documental a fonte de
coleta de dados restringe-se a documentos escritos ou não, constituindo o que se
denomina de fontes primarias”.
Também será utilizada a técnica de pesquisa bibliográfica na internet usando as palavras chaves como Água, Políticas Públicas, Qualidade da Água, e Igarapé.
Que segundo Marconi e Lakatos (2009), afirmam que: “A pesquisa bibliográfica é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importâncias, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema”.
Para realizar a análise Bacteriológico e Físico Químico da água foram escolhidos 7 (sete) locais estratégicos no Igarapé Esperança para que se pudesse demonstrar contrastes, de pontos aparentemente mais preservados, como também pontos em locais visivelmente vulneráveis à contaminação antrópicas. Esses pontos foram analisados previamente através de visitas ao local de coleta em diferentes bairros da cidade.
2.4 UNIVERSO DA AMOSTRAGEM DA PESQUISA
Os pontos de coleta das amostragens foram escolhidos estrategicamente em 7 (sete) locais nos trechos do igarapé Esperança, para que se pudéssemos comparar e demostrar as diferenças entre um bairro e outros da cidade, destacando- as suas diferenças. Os pontos de coletas de amostras foram distribuídos na seguinte forma:
PONTO LATITUDE LONGITUDE ENDEREÇO E/OU REFERÊNCIA
P1 FOZ -04°22’29.17” -70°01’31.76”
BAIRRO COIMBRA – REFERÊNCIA - Bueira próxima a ESCOLA ESTADUAL CORONEL RAIMUNDO CUNHA
P2 -04°22’42.49” -70°01’29.51”
BECO PORTUGAL (final do beco por trás das casas dos moradores) – COIMBRA
P3 -04°22’50.03” -70°01’33.83”
RUA CASTELO BRANCO – CENTRO – Referência – Descida da CASA ALBINO
P4 -04°23’09.23” -70°01’40.11”
RUA GENERAL CARROUMBERT – COLÔNIA II – Referência – Em frente ao BAR VAI QUE COLA
P5 -04°23’07.74” -70°01’51.62”
RUA 1° DE MAIO – COLÔNIA I –
Referência – Banho Esperança
P6 -04°23’19.54” -70°02’04.21”
ESTRADA CARDOSO SENTIDO UFAM – Referência - Bueira em frente ao terreno do JOÃO DO BOI
P7 -04°23’20.50” -70°02’36.20”
ESTRADA CARDOSO – Referência – PONTE DO BANHO
OBS: Entre os Pontos P1 e P7, temos um percurso de fluxo de água do igarapé compreendido em 4.222 metros em linha Reta.
TABELA 1: Geo-Referênciamento dos pontos de coleta FONTE: ELCIRLEI BINDA BRAULIO, CREA 12621/TD/AM
MAPA- 1: Trecho do igarapé Esperança entre o P.7 de coleta (ponte da estrada Cardoso) e sua foz.
Fonte: PROGRAMA TRACK MAKER, 2019.
O programa GPS TRACK MAKER, foi desenvolvido pela empresa Geo Studio
Tecnologia Ltda, lançado a primeira versão no ano de 1999, sendo capaz de baixar
e tratar dados de GPS gratuito, em pouco tempo o programa se tornou referência
para usuários de GPS. Após anos de desenvolvimento no programa, a empresa Geo
Studio Tecnologia Ltda decidiu não mais depender de equipamentos de terceiros e
começaram a fabricar os próprios equipamentos GPS a partir de 2004, com nova
tecnologia de rastreamento.
O mapa abaixo demonstra o mesmo trajeto do Igarapé esperança, utilizando outra ferramenta de coleta, o GOOGLE EARTH, 2019.
MAPA- 2: Mapa do igarapé Esperança com os 7 pontos de coleta de água- 2019.
Fonte: PROGRAMA GOOGLE EARTH, 2019.
Google Earth é um programa de computador desenvolvido e distribuído pela empresa estadunidense do Google cuja função é apresentar um modelo tridimensional do globo terrestre, construído a partir de mosaico de imagens de imagens de satélite obtidas de fontes diversas, imagens aéreas (fotografadas de aeronaves) e GIS 3D. Desta forma, o programa pode ser usado simplesmente como um gerador de mapas bidimensionais e imagens de satélites ou como um simulador das diversas paisagens presentes no Planeta Terra.
Nota-se, que para título de compreensão, foram assinalados os sete pontos coletados, para fins de elucidar ainda mais os instrumentos de coleta desta pesquisa.
2.5 APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PESQUISA
Foram encaminhados documentos, tipo ofício para organizações que pudessem corroborar com a coleta e análise mais precisa da qualidade da água do Igarapé Esperança (ver apêndices). Vale registrar que em seus horários de folga como almoço e/ou após o expediente, este trabalho recebeu a contribuição direta de profissionais das organizações que foram solicitadas, como VIGIAGUA e COSAMA.
O trabalho de campo foi realizado no mês de Abril a Junho de 2019, a priori iniciamos um estudo sobre a situação de todo trecho do igarapé Esperança, analisando alguns impactos ambientais causados pela geração de efluentes domésticos, em segundo momento classificamos e escolhemos os locais a serem coletados as amostras, e por fim no dia 19 de Junho de 2019, pelo período da manhã realizamos todas as coletas de água nos locais determinados. A coleta foi realizada pela equipe da VIGIAGUA de Benjamin Constant, juntamente com a equipe da COSAMA e Vigilância Sanitária do município. É importante frisar que sem essas parcerias, seria impossível realizar o trabalho de análise da agua do igarapé.
2.6 TÉCNICAS DE COLETAS
Para realizar as coletas das amostras e análises da água do Igarapé Esperança, os procedimentos de campo e laboratoriais foram baseados nas técnicas e normas da “Standard Methods for the Examination of Waterand Wastewater”. As amostras foram condicionadas em caixa térmica e, encaminhadas aos Laboratório Municipal de Vigilância- VIGIAGUA e ao Laboratório da COSAMA, para serem analisadas os parâmetros Bacteriológico, Físico Químico (pH, COR aparente, e Turbidez). Com o objetivo de comparar os resultados obtidos com os valores limites mencionados pela legislação do Conselho Nacional do Meio Ambiente- CONAMA Resolução 357 de 17 de Março de 2005.
Lista de materiais usados na coleta das Amostras da Água.
Caixa Térmica com Termômetro
Gelox
Papel Absorvente
Álcool 70%
Luvas de Procedimento Descartáveis
Gaze Estéril
Frasco de Polietileno
Sacos Plástico de Coleta “Whirl-PaK”
Mascaras Descartáveis
2.7 As dificuldades da aplicação dos instrumentos da pesquisa
As principais dificuldades apresentadas na execução do cronograma de trabalho, no projeto de pesquisa foram, falta de alguns matérias laboratoriais, reduzido os tipos de analises para poder fazer uma maior avaliação. Outro grande problema foram as chuvas constantemente na região, planejávamos em coletar as amostras de agua nos pontos de coleta, no dia seguinte chovia, com isso ficávamos aguardando dias para baixar o nível do igarapé, até a água ficar no curso normal de poder coletar, e analisar com maior eficiência as amostras da agua do igarapé Esperança.
2.8 Tabulação e Organização dos dados
Após a fase de coleta dos dados, passou-se à etapa tabulação, que para
tanta foi feito o uso de ferramentas do world, que contribuí-o para demonstrar com
precisão os dados organizados e sistematizados. Primeiramente organizando a
localização de cada um dos sete pontos do igarapé que foram analisados; em
seguida separando o material coletado em cada ponto e levando para a análise de
laboratório, posteriormente anotando os resultados das análises da água de cada
ponto em tabela especifica, ou seja, tabela do resultado da análise microbiológica,
da analise físico-químico.
CAPÍTULO III
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Este capítulo vem apresentar a análise da qualidade da água do Igarapé Esperança, no Município de Benjamin Constant. Para melhor apresentação dos resultados da coleta de dados e das análises realizadas ao longo do texto será apresentado o quantitativo da amostragem como as técnicas de análises utilizadas e, principalmente, os resultados do estudo realizado, apontando a avaliação da qualidade da água do igarapé Esperança, as principais causas das implicações na qualidade da água e os fatores que determinam a forma de gestão da agua do igarapé
3.1 Quantitativo da Amostragem (fórmula usada)
Realizada a etapa de tabulação dos dados, passou-se para análise e discussão entre teoria (aquelas supracitadas em seu referencial teórico) e a prática (a realidade encontrado a partir dos dados dos resultados obtidos.
3.2 Análise e discussões dos Resultados
Parâmetro Metodologia Valor limite
P. 1 P. 2 P. 3 P. 4 P. 5 P. 6 P. 7
Coliformes Totais
Cromogenia Ausência em 100 ml
Presença Presença Presença Presença Presença Presença Presença
Escherichia Coli
Cromogenia Ausência em 100 ml
Presença Presença Presença Presença Presença Presença Presença
Bactéria heterotróficas
Cromogenia 500UFC/
ML
NR NR NR NR NR NR NR
QUADRO 2: Análise Microbiológica Fonte: VIGIAGUA-2019
Parâmetro Metodologia Valor limite
P. 1 P. 2 P. 3 P. 4 P. 5 P. 6 P. 7
Ph Potenciometria 6,0 a 9,5
6.75 6.62 6.89 6.63 4.90 6.62 6.36
Turbidez Nefelometria Máximo de 5 NTU³
55.7 24.9 14.9 32.10 16.05 16.05 15.42
Cor Calorimetria Máximo de 15 Uh
349.54 0.00 185.85 32.07 121.98 126.74 114.57
QUADRO 3: Análise Físico- Químico Fonte: COSAMA- 2019