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Conselho da União Europeia Bruxelas, 15 de setembro de 2015 (OR. en)

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(1)

Conselho da União Europeia

Bruxelas, 15 de setembro de 2015 (OR. en)

11907/15

LIMITE CCG 25 ENV 559 ENER 324 Dossiê interinstitucional:

2015/0155 (NLE)

ATOS LEGISLATIVOS E OUTROS INSTRUMENTOS

Assunto: DECISÃO DO CONSELHO relativa à posição a adotar, em nome da União

Europeia, no âmbito dos comités de crédito à exportação da Organização

de Cooperação e de Desenvolvimento Económicos sobre alterações do

Convénio relativo aos Créditos à Exportação que beneficiam de Apoio

Oficial (centrais elétricas a carvão)

(2)

DECISÃO (UE) 2015/… DO CONSELHO de …

relativa à posição a adotar, em nome da União Europeia, no âmbito dos comités de crédito à exportação

da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económicos sobre alterações do Convénio relativo aos Créditos à Exportação que beneficiam de Apoio Oficial

(centrais elétricas a carvão)

O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nomeadamente o

artigo 192.º, n.º 1, e o artigo 207.º, n.º 4, primeiro parágrafo, em conjugação com o artigo 218.º, n.º 9,

Tendo em conta a proposta da Comissão Europeia,

(3)

Considerando o seguinte:

(1) É essencial dispor de um enquadramento internacional que permita a utilização adequada dos créditos à exportação para criar condições de concorrência equitativas a nível mundial e para facilitar o comércio internacional. Tal enquadramento tem de ser atualizado

regularmente a fim de ter em conta a evolução e as necessidades tecnológicas e societais, como acontece na atualização do corrente ano, referente às centrais elétricas a carvão e à luta contra as alterações climáticas.

(2) Na sua Declaração Ministerial de 6 e 7 de maio de 2014 sobre alterações climáticas, , o Conselho da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económicos (OCDE) comprometeu-se a prosseguir os debates sobre o modo como os créditos à exportação podem contribuir para o objetivo comum de combater as alterações climáticas.

(3) As medidas propostas visam objetivos das políticas da União ligados tanto ao comércio

como ao ambiente. O primeiro objetivo primordial é regulamentar as trocas comerciais

através das medidas propostas em matéria de créditos à exportação, a fim de criar

condições equitativas de concorrência entre a União e os países terceiros. O segundo

objetivo primordial é a luta contra as alterações climáticas através das medidas propostas

em matéria de créditos à exportação. Ambos os objetivos que se pretende alcançar através

das medidas propostas são essenciais, indissociáveis e de igual importância.

(4)

(4) Em 2014 e 2015, realizaram-se debates aprofundados sobre os créditos à exportação e as alterações climáticas nos comités de crédito à exportação da OCDE ("Grupo de Trabalho sobre Créditos à Exportação e Garantias de Crédito" e " Grupo de Participantes no

Convénio relativo aos Créditos à Exportação que beneficiam de Apoio Oficial"). A fim de facilitar um compromisso, em 7 de abril de 2015 foi distribuído aos membros dos comités de crédito à exportação um documento intitulado "Proposta revista do Presidente para um acordo sobre créditos à exportação e alterações climáticas" ("a Proposta").

(5) As regras a acordar deverão ser implementadas através de alterações ao Convénio da OCDE relativo aos Créditos à Exportação que beneficiam de Apoio Oficial ("o

Convénio"). Estas alterações deverão ser adotadas a tempo para a 21.ª Conferência das Partes na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.

(6) As alterações ao Convénio têm efeitos jurídicos na União por força do artigo 2.º do Regulamento (UE) n.º 1233/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho 1 , que estabelece que "a Comissão adota atos delegados nos termos do artigo 3.º para alterar o anexo II na sequência de alterações às diretrizes acordadas pelos Participantes no Convénio".

1 Regulamento (UE) n.º 1233/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho,

de 16 de novembro de 2011, sobre a aplicação de certas diretrizes para créditos à exportação

que beneficiam de apoio oficial e que revoga as Decisões 2001/76/CE e 2001/77/CE do

Conselho, JO L 326 de 8.12.2011, p. 45.

(5)

(7) É, por conseguinte, conveniente estabelecer a posição a adotar, em nome da União, no âmbito dos comités de crédito à exportação da OCDE sobre as alterações ao Convénio.

(8) Uma vez que a Proposta pode também remeter para o conceito de melhores técnicas disponíveis, as consequentes alterações ao Convénio não deverão prejudicar a legislação em vigor da União, nomeadamente o documento de referência sobre as melhores técnicas disponíveis no domínio das grandes instalações de combustão no âmbito da Diretiva 2010/75/UE do Parlamento Europeu e do Conselho 1 .

(9) A fim de assegurar a eficácia das medidas nela previstas, a presente decisão deverá entrar em vigor imediatamente,

ADOTOU A PRESENTE DECISÃO:

1 Diretiva 2010/75/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010,

relativa às emissões industriais (prevenção e controlo integrados da poluição) (JO L 334

de 17.12.2010, p. 17).

(6)

Artigo 1.º

1. A posição a adotar, em nome da União, no âmbito dos comités de crédito à exportação da OCDE consiste em apoiar e adotar uma alteração de compromisso ao Convénio da OCDE relativo aos Créditos à Exportação que beneficiam de Apoio Oficial ("o Convénio) no que respeita ao apoio do crédito à exportação a centrais elétricas a carvão baseado nas

orientações de base fixadas na Proposta revista do Presidente para um acordo sobre créditos à exportação e alterações climáticas ("a Proposta").

2. Neste contexto, as alterações ao Convénio relativas ao apoio do crédito à exportação a

centrais elétricas a carvão não altera de forma alguma o Acordo Setorial relativo aos

réditos à exportação para projetos nos domínios das energias renováveis, da atenuação das

Alterações Climáticas e adaptação às mesmas e dos Recursos Hídricos (Acordo Setorial

sobre as Alterações Climáticas).

(7)

3. Na medida do possível, a União deve envidar esforços para reforçar ainda mais a Proposta com fundamento nos seguintes elementos:

a) O apoio do crédito à exportação a novas centrais elétricas a carvão é regulado do seguinte modo:

i) nos países de rendimento elevado e nos países de rendimento médio (tal como definidos pelo Banco Mundial), para as centrais com tecnologia

ultrassupercrítica (centrais com os seguintes parâmetros de funcionamento do ciclo do vapor: pressão superior a 240 bar e temperatura igual ou superior a 580° C ) que sejam adequadas 1 para a futura aplicação da tecnologia de captura e armazenamento de dióxido de carbono ou utilizem tecnologias de atenuação que obtenham resultados equivalentes em termos de redução das emissões, o prazo máximo de reembolso é de 12 anos;

ii) nos países de baixo rendimento (tal como definidos pelo Banco Mundial), para as centrais com tecnologia ultrassupercrítica (centrais com os seguintes

parâmetros de funcionamento do ciclo do vapor: pressão superior a 240 bar e temperatura igual ou superior a 580° C) , o prazo máximo de reembolso é de 12 anos;

1 Uma central elétrica a carvão adequada para a futura aplicação da tecnologia de captura e

armazenamento de dióxido de carbono é definida no artigo 33.º da Diretiva 2009/31/CE

como uma central elétrica que reúne todas as seguintes condições: i) disponibilidade de

locais de armazenamento de CO 2 adequados; ii) viabilidade técnica e económica de meios

de transporte; iii) viabilidade técnica e económica da adaptação a posteriori para captura de

CO 2; ; e iv) disponibilidade, no local da instalação, de espaço adequado para o equipamento

utilizado na captura e na compressão de CO 2 .

(8)

iii) nos países de rendimento elevado e de rendimento médio não deverá ser possível qualquer apoio do crédito à exportação para as centrais com tecnologia supercrítica (centrais com os seguintes parâmetros de

funcionamento do ciclo do vapor: pressão superior a 221 bar e temperatura de, aproximadamente, 550° C) e com tecnologia subcrítica (centrais com pressão inferior a 221 bar);

iv) nos países de baixo rendimento, para as centrais com tecnologia supercrítica (centrais com os seguintes parâmetros de funcionamento do ciclo do vapor:

pressão superior a 221 bar e temperatura de, aproximadamente, 550° C), o prazo máximo de reembolso é de 10 anos;

v) nos países de baixo rendimento, não deverá ser possível qualquer apoio de crédito à exportação para as centrais com tecnologia subcrítica (centrais com pressão inferior a 221 bar);

vi) não obstante o que precede, nos países de rendimento médio e de baixo rendimento, pode ser concedido apoio de crédito à exportação para projetos com capacidade elétrica instalada igual ou inferior a 400 MWe, sendo de 10 anos o prazo máximo de reembolso;

vii) para efeitos do Acordo sobre Créditos à Exportação e Alterações Climáticas, um país só pode mudar de classificação se se tiver mantido durante dois anos consecutivos na mesma categoria definida pelo Banco Mundial;

b) O apoio de crédito à exportação para todas as atuais centrais elétricas a carvão,

incluindo a reabilitação e a modernização, deverá beneficiar de prazos máximos de

reembolso fixos, na aceção do artigo 12.º do Convénio (5 ou 8,5 anos para os países

da OCDE de elevado rendimento, 10 anos para os restantes países);

(9)

c) O apoio de crédito à exportação só pode ser concedido se o projeto em causa for compatível com a política e a estratégia oficiais do país para a atenuação das alterações climáticas. Por razões de transparência, em relação às novas centrais elétricas a carvão deverá ser efetuada e apresentada, no âmbito de um pedido de autorização de crédito à exportação, uma avaliação das opções alternativas comparáveis com menor intensidade de carbono;

d) Deverão ser assegurados de forma adequada o acompanhamento e a prestação de informações no que respeita às operações de crédito à exportação que envolvam centrais elétricas a carvão, bem como um reexame, até 1 de janeiro de 2019, após o primeiro período de três anos de aplicação a contar da data de entrada em vigor. . O Secretariado da OCDE deverá acompanhar a implementação das alterações ao Convénio e apresentar anualmente um relatório. Deverá ser efetuado um estudo analítico sobre o impacto dos créditos à exportação nas alterações climáticas, a fim de preparar este reexame de uma forma otimizada;

e) Os prazos definidos nas alíneas a) a d) são aplicáveis a todos os projetos cujos compromissos definitivos 1 sejam assinados em 1 de janeiro de 2017 ou depois dessa data.

Qualquer alteração ao Convénio com base nas principais orientações da Proposta,

incluindo alterações sobre certos pontos que não alteram essas orientações principais e/ou os elementos acima referidos, pode ser aceite pelos representantes da União nos comités de crédito à exportação da OCDE, sem uma nova decisão do Conselho.

1 Compromisso definitivo: no que respeita a uma operação de crédito à exportação (quer sob a

forma de uma operação isolada, quer de uma linha de crédito), existe um compromisso

definitivo quando o Participante se compromete a especificar e completar as modalidades e

condições financeiras por intermédio de um acordo recíproco ou de um ato unilateral.

(10)

Artigo 2.º A presente decisão entra em vigor na data da sua adoção.

Artigo 3.º

A destinatária da presente decisão é a Comissão.

Feito em Bruxelas, em

Pelo Conselho

O Presidente

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