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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS E FLORESTAIS CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL HOHANA LISSA DE SOUSA MEDEIROS

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Academic year: 2021

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PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS E FLORESTAIS CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

HOHANA LISSA DE SOUSA MEDEIROS

SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA E CONDICIONAMENTO FISIOLÓGICO EM SEMENTES DE Mimosa caesalpiniifolia Benth.

MOSSORÓ 2019

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HOHANALISSA DE SOUSA MEDEIROS

SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA E CONDICIONAMENTO FISIOLÓGICO EM SEMENTES DE Mimosa caesalpiniifolia Benth.

Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-Árido como requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Florestal.

Orientadora: Profª. Dra. Clarisse Pereira Benedito

MOSSORÓ 2019

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HOHANA LISSA DE SOUSA MEDEIROS

SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA E CONDICIONAMENTO FISIOLÓGICO EM SEMENTES DE Mimosa caesalpiniifolia Benth.

Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-Árido como requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Florestal.

Defendida em: _____ / _____ / 2 __________.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________

Profª. Dra. Clarisse Pereira Benedito (UFERSA) Presidente

_________________________________________

Profª. Dra. Rejane Tavares Botrel (UFERSA) Membro Examinador

_________________________________________

Profª. Dra. Narjara Walessa Nogueira de Freitas (UFERSA) Membro Examinador

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter me dado saúde, força e determinação para superar as dificuldades encontradas ao longo de todo o curso.

À UFERSA pela oportunidade de conquistar esta graduação.

À equipe de professores que fizeram parte desta caminhada, que tanto conseguiram transmitir conteúdos e ensinamentos.

À minha orientadora, professora Dra. Clarisse Pereira Benedito, que tanto contribuiu para a realização deste trabalho, dando-me total suporte do início ao fim, por tantas correções, incentivos e todo o aprendizado adquirido.

À Jorge Ricardo e Lohany Sthefany, por tanta parceria e ajuda ao longo de todo o curso. O apoio diário de vocês foi fundamental.

À equipe do Laboratório de Análise de Sementes (UFERSA) pelo apoio no desenvolvimento desta pesquisa.

À minha família por todo o amor, carinho, incentivo e apoio diante das dificuldades que encontrei até aqui.

E aos meus amigos que de forma direta ou indiretamente contribuíram na minha formação.

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RESUMO

As sementes de sabiá (Mimosa caelsapiniifolia Benth.) apresentam dormência tegumentar, dificultando a absorção de água, consequentemente afetando a germinação. Diante disto, o uso de métodos para superação de dormência juntamente com o condicionamento fisiológico têm sido sugerido para acelerar e uniformizar a germinação e o crescimento das plântulas.

Dessa forma, objetivou-se avaliar métodos para superação de dormência e a eficiência do condicionamento fisiológico na germinação e vigor de sementes de sabiá. Para isto, foram colhidas sementes de sabiá em aproximadamente vinte árvores, localizadas no município de Lagoa Nova, RN, no mês de julho de 2017. Estas sementes foram beneficiadas e permaneceram armazenadas em tubo tipo falcon em câmara seca (21 °C; 45% UR) até a realização do experimento, que foi executado no Laboratório de Análise de Sementes da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), campus de Mossoró – RN, no período de março a maio de 2018. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial 4x5 (quatro métodos de superação de dormência x cinco tipos de condicionamento fisiológico), constituindo 20 tratamentos e quatro repetições de 25 sementes.

Os métodos de superação de dormência utilizados foram o desponte, água quente 100 °C por 3 minutos; ácido sulfúrico por 10 minutos e as sementes intactas (testemunha). Após isto, as sementes foram submetidas ao condicionamento fisiológico em papel umedecido com soluções de manitol nos potenciais de -0,2 MPa (16 horas), -0,4 MPa (24 horas) e -0,6 MPa (36 horas); hidrocondicionamento (0,0 MPa) e sementes sem o condicionamento. As variáveis analisadas foram primeira contagem de germinação, germinação, comprimento de raiz, comprimento da parte aérea e massa seca de plântulas. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Foi constatado que os tratamentos com água quente, desponte e ácido sulfúrico são eficientes na superação de dormência de sementes de sabiá. Além disso, verificou-se que o condicionamento fisiológico proporciona efeitos positivos sobre a germinação e o vigor das sementes, quando pré-tratadas com ácido sulfúrico.

Palavras-chave: Fabaceae. Caatinga. Sementes florestais. Germinação e vigor. Priming.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Plântulas de sabiá originadas a partir de sementes submetidas a superação de dormência com ácido sulfúrico e sem o condicionamento (A); sementes submetidas ao ácido sulfúrico e condicionamento osmótico a -0,4 MPa (B);

sementes submetidas ao ácido sulfúrico e condicionamento osmótico a -0,6

MPa (C). Mossoró-RN, UFERSA,

2019...…...………….……… 24

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resumo da análise de variância para primeira contagem (PC), germinação (G), comprimento de raiz (CR), comprimento da parte aérea (CPA) e massa seca de plântulas (MSP) de Sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) submetidas ao condicionamento fisiológico e métodos de superação de dormência. Mossoró- RN, UFERSA, 2019...………...…. 19 Tabela 2 – Primeira contagem de germinação de sementes de sabiá (Mimosa

caesalpiniifolia Benth.) submetidas a diferentes métodos de condicionamento

e superação de dormência. Mossoró-RN, UFERSA

2019...……….………... 20 Tabela 3 – Porcentagem de germinação de sementes de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth) submetidas a diferentes métodos de condicionamento e superação de dormência. Mossoró-RN, UFERSA, 2019. ...22 Tabela 4 – Efeito isolado dos métodos de condicionamento fisiológico sobre o comprimento da raiz de plântulas de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth).

Mossoró-RN, UFERSA, 2019...….……... 23 Tabela 5

Tabela 6

Tabela 7

Efeito isolado dos métodos de superação de dormência sobre o comprimento da raiz de plântulas de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth). Mossoró-RN, UFERSA, 2019...23 Comprimento da parte aérea de plântulas de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth) submetidas a diferentes métodos de condicionamento e superação de dormência. Mossoró, RN, UFERSA, 2019...25 Massa seca de plântulas de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) submetidas a diferentes métodos de condicionamento e superação de dormência. Mossoró, RN, UFERSA, 2019...26

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ………...………. 8

2 REVISÃO DE LITERATURA ...………... 10

2.1 Considerações gerais sobre a espécie ...………... 10

2.2 Germinação e dormência …...………... 11

2.3 Condicionamento fisiológico ..…...……….. 13

3 MATERIAIS E MÉTODOS ...………..……… 16

3.1 Local do experimento ...…...………..……... 16

3.2 Aquisição das sementes .………..……...…….. 16

3.3 Determinação do teor de água ..………...……... 16

3.4 Delineamento experimental e tratamentos ...……... 16

3.5 3.6 3.7 3.8 3.9 Preparo das soluções osmóticas .………...…... Métodos para superação de dormência ... Condicionamento das sementes ... Variáveis analisadas ... Análise estatística ... 16 17 17 18 18 4 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... CONSIDERAÇÕES FINAIS ………..………... 19 27 REFERÊNCIAS ………...……….... 28

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1 INTRODUÇÃO

A multiplicação de espécies nativas tem sido mais valorizada nos últimos tempos, devido a uma maior preocupação com a conservação do meio ambiente e da biodiversidade.

Dessa forma, espécies nativas vêm sendo cada vez mais utilizadas na recuperação de áreas degradadas e na recomposição de paisagens.

Dentre as espécies nativas potenciais para as atividades citadas anteriormente, destaca- se a Mimosa caesalpiniifolia Benth., popularmente conhecida como sabiá, unha-de-gato ou sansão-do-campo, pertencente à família Fabaceae e de ocorrência natural nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e outras regiões do Nordeste (MAIA, 2012). A árvore apresenta características ornamentais, e sua madeira é utilizada em ambientes externos na forma de estacas, cercas vivas e também na produção de lenha e carvão. As folhas são usadas como forragem para o gado, devido ao alto teor protéico (CALDAS et al., 2010). Além disso, a espécie é recomendada para o uso em reflorestamento de áreas degradadas (MAIA, 2012).

A exploração do potencial desta espécie é prejudicada pelo fato das sementes apresentarem estado de dormência (COSTA et al., 2018), dificultando a absorção de água e consequentemente retardando sua germinação (SILVA et al., 2012). Do ponto de vista ecológico, a dormência é favorável, pois permite que as sementes fiquem sem germinar por um período suficiente para que as condições ambientais sejam melhores ao seu desenvolvimento, favorecendo também uma dispersão a maiores distâncias. No entanto, sob o ponto de vista da produção de mudas, deve-se garantir germinação mais rápida e homogênea possível, tornando necessária a prática da superação da dormência das sementes. O método escolhido dependerá do tipo de dormência que a semente apresenta (MENDONÇA et al., 2005), mas, também deve-se considerar a praticidade, quantidade de sementes e custo do método escolhido.

Em geral, quando se trata de dormência tegumentar, recomenda-se utilizar a escarificação mecânica (desponde ou abrasão com lixas), química (ácido sulfúrico) ou física (imersão em água quente) (MONTANHA et al., 2018). No entanto, cada espécie requer um tratamento específico, pois fatores como manuseio, tempo de execução, concentração e intensidade de dureza do tegumento podem influenciar nos resultados. Para sementes de M.

caesalpiniifolia, Brasil (2013) recomenda o desponte na região oposta ao hilo. Porém, para grandes quantidades de sementes este método torna-se invável.

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Sendo assim, além dos tratamentos pré-germinativos mencionados anteriormente, o uso de outras técnicas aplicadas nas sementes têm sido sugerido para beneficiar a germinação e a emergência das plântulas, dentre eles, o condicionamento fisiológico que envolve a absorção de água pela semente, sob condições controladas, incentivando o metabolismo das sementes durante as fases I e II da embebição, sem ocorrer a protrusão da raiz primária (MARCOS-FILHO, 2015). Esta técnica tem sido utilizada, principalmente, com o objetivo de aumentar a velocidade de germinação e uniformidade de plântulas de sementes pequenas de hortaliças ou flores, sendo ainda pouco estudada para sementes de espécies florestais.

O condicionamento pode ser feito através do hidrocondicionamento (com uso de água para hidratação das sementes) e do condicionamento osmótico (emprego de soluções de polietilenoglicol, manitol e sais) (KUBALA et al., 2015). Fatores como agente osmótico, concentração, temperatura e período podem influenciar diretamente na eficiência do tratamento. Em trabalho realizado por Pellizzarro et al. (2011) com sementes de amendoim- bravo (Pterogyne nitens Tul.), foi verificado que a escarificação das sementes com lixa ou ácido sulfúrico seguida do condicionamento osmótico em manitol à -0,41 MPa, proporcionou maiores porcentagens de germinação comparando as sementes não-condicionadas.

Pereira et al. (2014), Silva et al. (2012) e outros autores já avaliaram métodos para superação de dormência em sementes de M. caesalpiniifolia. No entanto, não foram encontrados trabalhos que avaliassem também os efeitos do condicionamento fisiológico para esta espécie. Sendo assim, objetivou-se avaliar métodos de superação de dormência e os efeitos do condicionamento fisiológico sobre a germinação e vigor de sementes de sabiá.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Considerações gerais sobre a espécie

A posição taxonômica da espécie Mimosa caesalpiniifolia Benth., segundo o Sistema de Classificação de APGIII (2009), segue a seguinte hierarquia: Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae); classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae); ordem: Fabales; família: Fabaceae (Subfamília: Mimosoideae); gênero: Mimosa e espécie: Mimosa caesalpiniifolia Benth. O gênero Mimosa vem do grego mimein, o qual significa fazer movimento, e meisthal, que significa imitar, em referência a várias espécies cujas folhas e folíolos se fecham ou se contraem ao se tocarem entre si, ou por qualquer corpo estranho (BURKART, 1979).

Popularmente, esta espécie é conhecida como unha-de-gato, sansão-do-campo ou sabiá, cujo nome foi dado pela cor da casca da espécie, a qual se assemelha com a plumagem do pássaro de mesmo nome vulgar. É uma árvore característica da Caatinga, muito precoce, de crescimento rápido, decídua, heliófila, pioneira, seletiva xerófila, que cresce no geral em todos os tipos de solo, com exceção dos alagados, encontrada naturalmente nos estados do Rio Grande do Norte, Piauí, Ceará e em outras regiões do Nordeste (MAIA, 2012). Além disso, se desenvolve bem em regiões úmidas no Estado do Rio de Janeiro e de São Paulo (HOLANDA et al., 2015).

As folhas são compostas bipinadas, alternas, geralmente apresentam seis pinas opostas, sendo cada pina provida de quatro a oito folíolos glabros, opostos e discolores, lisos e com a nervação semi-imersa na parte inferior, mais claros e com nervuras bastante proeminentes, apresentando uma barba composta de pêlos em suas axilas basais, os quais são visíveis com o auxílio de lupa; seu pecíolo mede entre 2 e 5 cm. Suas flores são bissexuais, brancas, pequenas, dispersas em inflorescências do tipo espigas cilíndricas, medindo entre 5 e 10 cm de comprimento, axilares e ordenadas em panículas de tipo terminais, e levemente perfumadas. Essa espécie é monóica e tem como principal polinizador a abelha africanizada Apis mellifera e diversos insetos pequenos. Seus ciclos de crescimento e reprodução ocorrem durante o período chuvoso, com floração de abril a junho, frutificação entre maio e outubro e queda dos frutos a partir de setembro. No entanto, o comportamento fenológico da espécie faria conforme as características edafoclimáticas da região, podendo ter floração irregular ao longo dos anos, ocorrendo precocemente a partir dos 2 anos de idade e produzindo anualmente uma grande quantidade de sementes viáveis. A dispersão de frutos e sementes ocorre de forma autocórica, por gravidade (CARVALHO, 2007; RIBASKI et al., 2003).

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O fruto de sabiá é do tipo legume plano que divide-se em 5 a 9 artículos quadrangulares, presos a dois cordéis fibrosos laterais, que permanecem mesmo após a queda dos artículos. Cada artículo contém uma pequena semente lisa, dura, leve e em forma de disco, a qual apresenta um tegumento de cor castanho-claro a marrom e superfície lisa lustrosa (MAIA, 2012).

As árvores podem atingir até 10 m de altura e 30 cm de diâmetro à altura do peito (DAP) na idade adulta. No geral, as plantas desta espécie possuem acúleos no caule, por ser um caráter dominante, no qual há a perda de espinhos à medida que a casca engrossa. No entanto, existem alguns genótipos sem acúleos, os quais facilitam o manejo e a exploração da espécie em condições naturais (CARVALHO, 2007).

Esta espécie possui alta capacidade de regeneração e resistência à seca, além de ser fixadora de nitrogênio (MARTINS et al., 2015). Por isso, é recomendada para o reflorestamento de áreas degradadas em regiões secas do Nordeste brasileiro e também na formação de cercas vivas (MAIA, 2012). Possui grande importância para a extração de madeira, a qual serve como fonte de estacas, mourões e também de uso energético (lenha e carvão vegetal), em função de sua alta densidade básica da madeira e do teor de carbono fixo de aproximadamente 75% (RIBASKI et al., 2003). Também pode ser empregada na alimentação animal, apresentando alto teor de proteína bruta e sendo bastante selecionada pelos animais durante o pastejo (CALDAS et al., 2010), dos quais os indivíduos sem acúleos são mais indicados para o uso da espécie como forragem, favorecendo a melhor circulação de animais, máquinas e equipamentos nos piquetes (CARVALHO et al., 1990).

2.2 Germinação e dormência

Os conceitos de germinação variam de acordo com o foco que é dado ao processo. Nos Laboratórios de Análise de Sementes, consideram como germinada aquela semente que produz uma plântula normal e saudável, com características específicas de cada espécie e definida pelas Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 2009) como tal, sendo considerado como conceito tecnológico. De outra forma, do ponto de vista botânico, a germinação é um processo que inicia com a hidratação e finaliza com a protrusão radicular (BORGES;

TOOROP, 2015).

No processo de germinação há o consumo de energia, que é resultado do processo de respiração da semente que, mesmo com baixo teor de água, não deixa de respirar, apenas diminui a sua intensidade. As atividades metabólicas da semente são aceleradas à medida que

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a semente, quando em substrato apropriado, absorve água por diferença no potencial hídrico entre as células da semente e o meio ambiente, resultando na produção de grande quantidade de energia, a qual será utilizada em uma série de reações bioquímicas que irão facilitar a expansão celular e desencadear a protusão da radícula (CARVALHO; NAKAGAWA, 2012).

Para caracterizar as etapas de absorção de água durante a germinação, Bewley e Black (2013) definiram um modelo trifásico de absorção de água das pelas sementes, no qual durante a fase I ocorre absorção de água apenas devido a diferença de potencial hídrico, em um processo físico-químico, que ocorre em qualquer semente, mesmo que ela esteja dormente ou não viável. Na fase II, a embebição se mantém constante, onde ocorrem eventos metabólicos necessários ao desenvolvimento do embrião, até que haja a emergência da raiz primária. A fase III ocorre quando o tegumento é rompido e a semente volta a absorver água, ocorrendo assim o alongamento da raiz primária.

A velocidade, porcentagem e uniformidade de germinação de uma amostra de sementes são influenciadas por condições externas e internas. A disponibilidade de água, temperatura e oxigênio são considerados os principais fatores externos essenciais e exercem influência direta sobre a germinação. Os principais fatores intrínsecos são: genótipo, vitalidade, viabilidade, longevidade, grau de maturidade, sanidade, integridade morfológica e dormência (MARCOS-FILHO, 2015).

Dessa forma, algumas sementes não germinam, mesmo que as condições ambientais estejam favoráveis, pois se encontram dormentes, ou seja, há incapacidade de germinação do embrião, devido às condições inerentes à semente. Dentre essas condições, destacam-se:

tegumento impermeável e restrições intrínsecas, como embrião imaturo ou presença de substâncias inibidoras que foram produzidas durante a formação das sementes. Entre as espécies com sementes dormentes, podem ser enquadradas aquelas pertencentes às Fabaceae, que geralmente apresentam tegumento duro e impermeável à água, dificultando a germinação (SERT et al., 2009).

Quanto à origem, as sementes podem apresentar dois tipos de dormência: natural ou primária e induzida ou secundária. A dormência natural é uma característica da espécie, ocorrendo sempre que as sementes são produzidas, um fenômeno geneticamente programado, que se instala na fase de maturação da semente. Já a dormência induzida, nem sempre ocorre, mas, quando ocorre é por efeito de uma condição ambiental especial, como altas temperaturas

e baixa umidade relativa do ar (CARVALHO; NAKAGAWA, 2012).

Em espécies florestais nativas é muito comum a presença de sementes que apresentam dormência primária e necessitam de quebra de dormência para que a germinação aconteça,

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mesmo estando em condições ambientais aparentemente favoráveis (OLIVEIRA et al., 2012).

Essa prática possibilita ainda que a germinação ocorra de forma mais rápida e homogênea, o que é interessante na prática florestal, onde é desejada uma maior homogeneidade no tamanho e no tempo de formação das mudas, de forma a diminuir custos e facilitar o calendário dos plantios (MENDONÇA et al., 2005). Para isto, variados tratamentos têm sido empregados, destacando-se: escarificações mecânica (desponte ou abrasão com lixas) e química (ácido sulfúrico), além da imersão das sementes em água quente (MONTANHA et al., 2018). A aplicação e a eficiência desses tratamentos é alterada em função do grau de dormência, que é variável entre diferentes espécies, procedências e anos de coleta (SILVA et al., 2012).

Dessa forma, alguns trabalhos têm sido desenvolvidos para definir a melhor metodologia de superação de dormência para cada espécie, como por exemplo a escarificação mecânica com lixa e química com ácido sulfúrico (98% p.a.) durante 15 a 45 min para Parkia platycephala Benth (NASCIMENTO et al., 2009), imersão em ácido sulfúrico por 20, 25 e 30 minutos para Piptadenia moniliformis Benth. (AZEREDO et al., 2010), choque térmico (estufa a 80ºC), imersão das sementes em água quente a 80ºC até o resfriamento e escarificação química durante 1 minuto para Apeiba tibourbou Aubl (PACHECO; MATOS, 2009), imersão em ácido sulfúrico por 22 minutos ou abrasão com lixa durante 20 segundos para Adenanthera pavonina L. (RODRIGUES et al., 2009) e escarificação mecânica com lixa para Enterolobium contortisiliquum (ALEXANDRE et al., 2009).

Trabalhos com superação de dormência em sementes de sabiá já foram realizados por alguns autores. No entanto, com divergências nos resultados, porque alguns fatores como intensidade de dormência, maturação, procedência dos lotes, armazenamento, dentre outros, podem influenciar os resultados obtidos. Por exemplo, em trabalho realizado por Silva et al.

(2012), houve maior eficiência na superação de dormência desta espécie, quando fez a imersão das sementes em água quente (100ºC) por 3 minutos, imersão em ácido sulfúrico 10 min ou escarificação mecânica com um corte na extremidade oposta ao hilo. Já Garcia et al.

(2002) recomendam o uso do ácido sulfúrico por um período de cinco a quinze minutos para superação de dormência das sementes.

2.3 Condicionamento fisiológico

O condicionamento fisiológico de sementes (seed priming, osmoconditioning, osmoprimings, osmotic priming) consiste na hidratação controlada das sementes, o suficiente para promover a ativação das fases iniciais da germinação (fases I e II) sem que ocorra a

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protrusão da raiz primária (fase III) (NASCIMENTO; COSTA, 2009). Esta técnica permite a síntese de macromoléculas, aumento da atividade de várias enzimas, aumento do poder germinativo e do vigor ou até mesmo a superação da dormência (MARCOS- FILHO, 2015), de forma a acelerar e uniformizar a germinação.

Segundo Khan (1992) e Smith e Coob (1992), a embebição lenta permite um maior tempo para a reparação ou reorganização das membranas, permitindo um desenvolvimento mais ordenado dos tecidos e reduzindo os riscos de danos ao eixo embrionário. Por isso, têm sido verificados também maiores pesos médios de matéria seca e fresca por plântula osmocondicionada (VIEIRA; CARVALHO, 1994; DURAN, 1998).

A hidratação controlada pode ser feita pela embebição direta em água (hidrocondicionamento) ou em soluções osmóticas (MASETTO et al., 2014), com o uso de soluções com diferentes potenciais osmóticos, sendo estas soluções com potencial osmótico suficiente para evitar a protrusão da raiz primária, mas ainda capaz de promover a embebição, podendo estimular as atividades metabólicas que acontecem nas fases preparatórias do processo de germinação (KHAN, 1992), como o desdobramento das substâncias de reserva e a síntese de compostos que são necessários no processo germinativo, resultando em uma germinação mais rápida e uniforme, mesmo sob condições de estresse (KHAN, 1978).

O osmocondicionamento apresenta maior precisão e comodidade quando comparado ao hidrocondicionamento, por não haver a necessidade de um controle rígido do tempo de embebição, visto que a concentração da solução osmótica garante a hidratação das sementes apenas até o nível desejado, até que o potencial hídrico das sementes se equilibra com o da solução osmótica (BRADFORD, 1995).

Quando favorável, o condicionamento osmótico em sementes estimula a mobilização de reservas, a síntese de determinadas enzimas e o início e aumento da síntese de DNA e RNA, ou seja, a síntese de macromoléculas. Esses processos podem ser os responsáveis por remover determinados agentes inibidores da germinação, como, por exemplo, o ácido abscísico (ABA), ou ainda por produzir fatores promotores, como o ácido giberélico (JELLER; PEREZ, 2003).

Os principais fatores que influenciam no sucesso do condicionamento osmótico são o período de exposição das sementes a um agente osmótico, a temperatura de condicionamento, o potencial osmótico, natureza do agente osmótico, o estado de deterioração e tamanho da semente, a aplicação de elementos nutritivos, tóxicos ou estimulantes às sementes, o grau de hidratação alcançado, da luminosidade presente, da secagem após o tratamento, da presença de contaminação microbiana e também da disponibilidade de oxigênio (LARS, 2000;

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ROVIERI JOSÉ et al., 1999). No priming são utilizados agentes osmóticos orgânicos ou inorgânicos. Dentre os mais utilizados, destacam-se o NaCl, KNO3 e MgSO4 da classe dos orgânicos, e na classe dos inorgânicos o polietilenoglicol (PEG), manitol e sacarose (KISSMANN et al., 2010).

O período de embebição requerido para as sementes varia em função da espécie, da temperatura e outros fatores. Períodos muito curtos podem não ser suficientes para o sucesso do tratamento e períodos muito longos podem até favorecer a germinação ainda durante o tratamento, prejudicando assim o vigor das sementes (NASCIMENTO, 2004).

De modo geral, a técnica do condicionamento tem sido mais empregada em sementes pequenas, como hortaliças e flores. No entanto, alguns trabalhos mostraram a eficiência do condicionamento sobre a germinação e vigor de sementes de algumas espécies florestais, como em mutamba (Guazuma ulmifolia Lam.) (BRANCALION et al., 2010), barbatimão (Stryphnodendron obovatum Benth. e Stryphnodendron polyphyllum Mart.) (KISSMANN et al., 2010), aroeira (Myracrodruon urundeuva Fr. All) (VIRGENS et al., 2012), paineira (Chorisia speciosa St. Hil.) (MASETTO et al., 2014), faveira (Dimorphandra mollis Benth.) (MASETTO et al., 2014) e eucalipto (Eucalyptus urophylla) (MARTINS et al., 2017).

Outros trabalhos também retratam a eficiência do condicionamento osmótico na qualidade fisiológica de sementes florestais em condições restritas, como em faveleira (Cnidoscolus juercifolius Pax & Hoffam.) para sementes com baixo vigor (SILVA et al., 2005) e cássia-do nordeste (Cassia excelsa Schrad.) sob estresse hídrico e estresse térmico (JELLER; PEREZ, 2003).

O uso dessa técnica em espécies florestais nativas ainda é muito limitado, sendo necessária a realização de novos estudos que venham definir a melhor metodologia a ser aplicada a cada espécie, de forma a favorecer a velocidade e uniformidade da germinação mesmo em condições adversas, melhorando a qualidade fisiológica de sementes, para contribuir na produção de mudas de maior qualidade, em programas de reflorestamento de áreas degradadas e também na recomposição de florestas nativas (JELLER; PEREZ, 2003).

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Local do experimento

O experimento foi realizado no Laboratório de Análise de Sementes, pertencente ao Departamento de Ciências Agronômicas e Florestais da Universidade Federal Rural do Semi- Árido, campus de Mossoró - RN, no período de março a maio de 2018.

3.2 Aquisição das sementes

As sementes utilizadas nesse trabalho foram obtidas a partir de frutos maduros, coletados em aproximadamente 20 árvores, localizadas no município de Lagoa Nova, Rio Grande do Norte (06°05’45,6” de latitude sul e 36°28’08,4” de longitude oeste), no mês de julho de 2017. Após a coleta, foram beneficiadas manualmente e ficaram armazenadas em ambiente controlado (17°C; 55% UR), acondicionadas em garrafa plástica, até a realização do experimento.

3.3 Determinação do teor de água

Após o beneficiamento, determinou-se o grau de umidade das sementes pelo método da estufa a 105 °C ± 3, por 24 horas, conforme as Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 2009), com duas repetições de 25 sementes. Os resultados foram expressos em porcentagem.

3.4 Delineamento experimental e tratamentos

O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial 4 x 5 (quatro métodos de superação de dormência x cinco tipos de condicionamento fisiológico), totalizando 20 tratamentos. Os tratamentos para a superação de dormência das sementes foram: ácido sulfúrico, água quente, desponte e intactas (testemunha). Para o condicionamento fisiológico, foram utilizados os tratamentos de hidrocondicionamento, condicionamento osmótico com soluções de manitol a -0,2 Mpa, -0,4 MPa e -0,6 MPa e sem condicionamento (testemunha).

3.5 Preparo das soluções osmóticas

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As soluções osmóticas foram preparadas com o agente osmótico manitol e água destilada nos potenciais -0,2; -0,4 e -0,6 MPa para temperatura de 25°C. Para cálculo da quantidade de manitol em gramas, utilizou-se a equação de Van’t Hoff: Ψ osm = - RTC, onde:

Ψ osm = potencial osmótico (atmosfera), R = constante geral dos gases = 0,082 atm L mol-1

°k-1, T = temperatura (ok), C = concentração molal (mols de soluto/ 1000 g de água).

3.6 Métodos para superação de dormência

Antes de realizar o condicionamento, procedeu-se a superação de dormência das sementes com os seguintes métodos:

1 – Desponte: efetuando o corte com alicate de unha na região oposta ao hilo;

2 – Imersão em água quente: 300 mL de água foram levados ao fogo até atingir 100

°C, em seguida a água foi transferida para um bécker contendo as sementes e permaneceram por 3 minutos;

3 – Imersão em ácido sulfúrico: as sementes foram colocadas em bécker e totalmente imersas no ácido sulfúrico por 10 minutos e posteriormente foram colocadas em uma peneira com malha de ferro e lavadas em água corrente até sair totalmente o produto e em seguida enxaguadas com água destilada;

4 - Testemunha, constituída por sementes intactas.

3.7 Condicionamento das sementes

Para determinação do tempo de condicionamento em cada tratamento, realizou-se testes preliminares. Após a aplicação dos métodos de superação de dormência, realizou-se o condicionamento das sementes por meio dos seguintes métodos:

a) Hidrocondicionamento: consistiu em colocar duas repetições de 50 sementes entre duas folhas de papel filtro previamente umedecidas com quantidade de água igual a 2,5 vezes o peso seco dos papéis, acondicionadas em Placa de Petri, durante 12 horas a 25°C, com fotoperíodo de 12 horas.

b) Condicionamento osmótico: consistiu em colocar duas repetições de 50 sementes entre duas folhas de papel filtro previamente umedecidas com as soluções osmóticas com quantidade igual a 2,5 vezes o peso seco dos papéis, acondicionadas em Placa

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de Petri, com 12 horas de luz, a 25 °C. Para o potenciais -0,2 MPa, -0,4 MPa e -0,6 MPa, os tempos de condicionamento foram de 16, 24 e 36 horas, respectivamente.

3.8 Variáveis analisadas

As variáveis analisadas foram:

a) Teste de germinação: realizado com quatro repetições de 25 sementes por tratamento, as quais foram distribuídas sobre duas folhas de papel tipo germitest e cobertas com uma terceira folha e organizados em forma de rolo, previamente esterilizado em estufa a 105 °C durante uma hora, posteriormente umedecido com quantidade de água igual a 2,5 vezes o peso dos papéis seco, sendo dispostos em germinador a 25°C.

b) Primeira contagem: contabilizada o número de plântulas normais no quinto dia após a instalação do teste, conforme Brasil (2013).

c) Germinação: adotou-se o critério de plântulas normais, cuja contagem foi feita aos 10 dias e os resultados expressos em porcentagem com uma casa decimal (BRASIL, 2013).

d) Comprimento da parte aérea e da raiz: foram mensurados com auxílio de uma régua graduada em milímetros, considerando o comprimento da parte aérea desde a inserção do colo até o ápice da plântula e para raiz, desde a inserção do colo até a extremidade da raiz principal, ambos os resultados expressos em cm. plântula-1.

e) Massa seca de plântulas: as plântulas normais foram postas para secar em estufa com circulação forçada de ar, a 65 ºC até atingir massa constante. Posteriormente, as mesmas foram pesadas em balança analítica de três casas decimais. Os resultados foram expressos em g.plântula-1.

3.9 Análise estatística

Para os resultados obtidos foi realizada a análise de variância, através do teste F e, quando este foi significativo, as comparações entre as médias dos tratamentos foram efetuadas pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade (variáveis qualitativas), utilizando-se o software estatístico Sisvar (FERREIRA, 2011).

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19

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O grau de umidade médio das sementes de sabiá foi de 9,2%. Este teor de água está dentro da faixa encontrada para a maioria das espécies vegetais (BEWLEY; BLACK, 2013), além disso, sementes com conteúdo de água entre 5 a 10% de sua massa fresca são denominadas ortodoxas e níveis de umidade inferiores ao citado causam danos irreversíveis às sementes, tornando-as inviáveis (SERT; BONATO e SOUZA, 2009).

De acordo com a análise de variância, houve interação significativa entre os métodos de condicionamento e superação de dormência para a maioria das variáveis analisadas, exceto para o comprimento de raiz, que apresentou apenas efeito isolado para ambos os fatores (Tabela 1).

Tabela 1 - Resumo da análise de variância para primeira contagem (PC), germinação (G), comprimento de raiz (CR), comprimento da parte aérea (CPA) e massa seca de plântulas (MSP) de Sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) submetidas ao condicionamento fisiológico (C) e métodos de superação de dormência (SD). Mossoró-RN, UFERSA, 2019.

Fontes de variação GL PC G CR CPA MSP

Condicionamento (C) 4 6,79* 8,12* 27,14* 9,31* 6,61*

Superação de dormência (SD) 3 507,02* 435,64* 9,20* 6,25* 19,24*

C x SD 12 5,096* 4,51* 0,249n.s 2,22* 2,49*

CV 9,91 9,78 17,14 9,43 14,68

Média 69 71,0 3,47 4,67 0,2378

* Significativo a 5% de probabilidade pelo teste “F”.n.s não-significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.

CV: Coeficiente de variação.

Analisando os resultados da primeira contagem, verificou-se eficiência em todos os métodos de superação de dormência utilizados em comparação as sementes intactas, uma vez que, apresentaram médias estatisticamente superiores. Estes resultados confirmam a presença de dormência tegumentar nas sementes de sabiá, pois as sementes intactas apresentaram menores médias (Tabela 2). Nascimento et al. (2009), utilizando diversos tratamentos para superação de dormência em sementes de Parkia platycephala Benth., verificaram que os tratamentos mais eficientes em romper o tegumento das sementes foram escarificação mecânica com lixa e imersão em ácido sulfúrico (15 a 45 min), apresentando maiores médias na primeira contagem. Nogueira et al. (2013) avaliaram métodos para superação de dormência em sementes de sabiá e verificaram que o desponte das sementes permitiu a abertura de

(21)

fissuras no tegumento, possibilitando uma maior absorção de água pelas sementes, consequentemente, proporcionou maior porcentagem de germinação na primeira contagem.

Tabela 2 - Primeira contagem de germinação de sementes de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) submetidas a diferentes métodos de condicionamento e superação de dormência.

Mossoró-RN, UFERSA, 2019.

Primeira contagem (%) Condicionamento Métodos de superação de dormência

Intactas Água quente

Ácido sulfúfico

Desponte

Sem condicionamento 13 aC 87 aA 74 bB 86 abAB

Hidrocondicionamento 19 aC 83 aB 97 aA 98 aA

Manitol -0,2 MPa 21 aB 88 aA 91 aA 87 abA

Manitol -0,4 MPa 13 aC 69 bB 91 aA 83 bA

Manitol -0,6 MPa 24 aC 67 bB 94 aA 99 aA

* Médias seguidas da mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Também observou-se que nas sementes intactas não houve diferença estatística entre os diferentes métodos de condicionamento para a primeira contagem, mostrando que os métodos utilizados para o condicionamento fisiológico não tiveram influência para superar a dormência das sementes. Para as sementes tratadas com água quente e desponte, também não houve diferença estatística entre as sementes sem condicionamento, hidrocondicionadas e no manitol -0,2 MPa. No entanto, para as sementes com pré-tratamento na água quente e submetidas ao condicionamento nos potenciais -0,4 e -0,6 MPa, houve redução nos valores da primeira contagem (Tabela 2).

Provavelmente o tratamento com água quente pode ter causado algum tipo de dano térmico nas sementes e isto pode ser percebido quando foram osmocondicionadas em potenciais mais negativos, pois houve redução nos valores da primeira contagem. Com isso, houve um acréscimo no período da fase II do processo de germinação (BEWLEY; BLACK, 2013), no qual o aumento da tensão osmótica da solução inibiu síntese de alfa amilase, reduzindo assim o metabolismo nas células da camada de aleurona, conforme encontrado por Pellizzaro et al. em P. nitens Tul. (2011), no qual concentrações acima de -0,41 MPa de manitol para o condicionamento das sementes resultaram em uma redução na porcentagem de germinação das sementes.

Para as sementes pré-tratadas com ácido sulfúrico e sem o condicionamento, observou-se germinação menor do que 80%, no entanto, quando submetidas aos métodos de

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21

condicionamento, houve aumento na primeira contagem, com valores acima de 90% (Tabela 2). Resultados contrários foram obtidos por Silva et al. (2012), cujo tratamento com ácido sulfúrico por 10 minutos em sementes de sabiá, promoveu mais de 90% de germinação, sugerindo que a intensidade de dormência pode variar entre sementes de uma mesma espécie.

De acordo com Santana et al. (2015), parte das sementes de algumas espécies dispersa e germina prontamente, enquanto outra parte é dispersa com o tegumento impermeável revelando intensidades distintas de dormência e esse mecanismo interfere na eficiência dos tratamentos pré- germinativos, especialmente nos métodos para superação da dormência.

Sendo assim, provavelmente, o tempo de imersão no ácido (10 minutos) pode ter ocasionado danos nas sementes. Resultados contrários ao deste trabalho, foram obtidos por Costa et al. (2018) com sementes de sabiá, verificaram que a imersão das sementes no ácido sulfúrico por 30, 40 e 60 minutos, promoveram 100% de germinação. Dessa forma, o hidrocondicionamento e condicionamento osmótico no manitol pode ter contribuído para um possível reparo nas sementes, como encontrado por Masetto et al. (2013) e Bittencourt et al.

(2004) em Sesbania virgata a (Cav.) Pers e Asparagus officinalis L. utilizando soluções de PEG.

Em geral, tem sido verificado que os benefícios do condicionamento são atribuídos principalmente à atuação de mecanismos de reparo, que conduz em reorganização do sistema de membranas. Além disso, favorece a mobilização de reservas utilizadas na germinação. A mobilização de carboidratos, lipídios e proteínas e a síntese de enzimas a partir do inicio da embebição prepara as sementes para a rápida germinação pouco depois que é reiniciada a embebição pós-condicionamento. A concentração de componentes mobilizados permite a redução do potencial hídrico das sementes, facilitando a absorção de água assim que são expostas à hidratação e determinando a rápida germinação (MARCOS-FILHO, 2015).

Na porcentagem de germinação, os tratamentos apresentaram resultados semelhantes à primeira contagem, na qual comparando os métodos de superação de dormência em relação as sementes intactas, observou-se mais uma vez que a germinação das sementes intactas foi baixa, independente do tipo de condicionamento, ou seja, os métodos usados para o condicionamento não apresentaram efeito para sementes intactas (Tabela 3).

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Tabela 3 - Germinação de sementes de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) submetidas a diferentes métodos de condicionamento e superação de dormência. Mossoró-RN, UFERSA, 2019.

Germinação (%)

Condicionamento Métodos de superação de dormência Intactas Água

quente

Ácido sulfúfico

Desponte

Sem condicionamento 18 abB 87 aA 75 bA 86 aA

Hidrocondicionamento 23 abB 87 aA 97 aA 99 aA

Manitol -0,2 MPa 30 aB 92 aA 92 aA 89 aA

Manitol -0,4 MPa 16 abC 71 bB 91 aA 86 aA

Manitol -0,6 MPa 28 abC 69 bB 94 aA 99 aA

* Médias seguidas da mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade.

As sementes pré-tratadas com água quente tiveram elevada germinação para as sementes sem condicionamento, hidrocondicionadas e osmocondicionadas a -0,2MPa, porém também apresentaram redução na germinação final, quando submetidas ao osmocondicionamento no manitol -0,4 MPa e -0,6MPa (Tabela 3). Isto indica que as sementes submetidas ao tratamento com água quente podem ter sofrido algum dano térmico que tenha causado uma redução em seu vigor e assim se tornaram menos resistentes quando submetidas a condições de baixo potencial, reduzindo os valores da germinação final. Masetto et al.

(2014) também verificou em seu trabalho que conforme aumentou a concentração das soluções osmóticas, houve uma redução da absorção de água pelas sementes e menor porcentagem de germinação.

Da mesma maneira, observou-se novamente que as sementes pré-tratadas no ácido sulfúrico sem condicionamento tiveram menor germinação quando comparadas as pré- tratadas com água quente e desponte, porém quando foram hidrocondicionadas ou osmocondicionadas (manitol -0,2; -0,4 e -0,6 MPa), essas sementes conseguiram elevar os valores da germinação, mostrando mais vez que, nesse tratamento, todos os condicionamentos foram favoráveis para aumentar as médias dessa variável (Tabela 3).

Por outro lado, para as sementes despontadas, não houve diferenças estatísticas entre os tratamentos do condicionamento, ou seja, após o desponte não há necessidade de realizar o condicionamento nas sementes de sabiá. Embora o desponte ofereça baixo custo e risco no manuseio, esse método requer maiores quantidades de mão-de-obra quando se trata de grandes quantidades de sementes, pois deve ser realizado em cada semente individualmente, dificultando a homogeneidade na aplicação deste tratamento. Mendonça et al. (2005) e Pereira

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23

et al. (2012) encontraram resultados semelhantes em sementes de Triplaris americana L. e Solanum sessiliflorum Dunal., respectivamente, no qual o condicionamento osmótico não influenciou no percentual de germinação.

Analisando o efeito isolado dos métodos de condicionamento sobre o comprimento de raiz, verificou-se que o hidrocondicionamento teve efeito positivo quanto ao crescimento radicular das plântulas, sendo superior aos demais tratamentos (Tabela 4). O crescimento radicular das plântulas é uma característica que está relacionada com o vigor inicial das sementes, sendo assim, verificou-se que as sementes inicialmente hidrocondicionadas apresentaram maior vigor que as sementes dos demais tratamentos.

Tabela 4 - Efeito isolado dos métodos de condicionamento fisiológico sobre o comprimento da raiz de plântulas de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.). Mossoró-RN, UFERSA, 2019.

Condicionamento Comprimento de raiz (cm)

Sem condicionamento 2,67 c

Hidrocondicionamento 4,67 a

Manitol -0,2 MPa 3,11 c

Manitol -0,4 MPa 3,00 c

Manitol -0,6 MPa 3,89 b

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Os resultados do efeito isolado do métodos de superação de dormência sobre o comprimento de raiz, mostram que as plântulas oriundas de sementes tratadas com desponte, ácido sulfúrico ou água quente, obtiveram maior crescimento de raiz em comparação as sementes intactas, ou seja, confirmando mais uma vez a necessidade de superação de dormência das sementes desta espécie, contribuindo também para o crescimento radicular (Tabela 5). Resultado semelhante foi encontrado por Pacheco e Matos (2009), quando concluíram que todos os tratamentos utilizados para superar a dormência de Apeiba tibourbou Aubl., proporcionaram um bom desenvolvimento radicular de suas plântulas, quando comparado à testemunha.

Tabela 5 - Efeito isolado dos métodos de superação de dormência sobre o comprimento da raiz de plântulas de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth). Mossoró-RN, UFERSA, 2019.

Superação de dormência Comprimento de raiz (cm)

Intactas 2,85 b

Desponte 3,57 a

Ácido Sulfúrico 3,71 a

Água quente 3,73 a

Médias seguidas da mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade.

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Embora não tenha ocorrido interação significativa para o comprimento de raiz, percebeu-se visualmente que as sementes pré-tratadas com ácido sulfúrico e sem o condicionamento, originaram plântulas com raiz pouco desenvolvida e com aspecto de queima (Figuras 1A), enquanto que, quando submetidas ao condicionamento osmótico nos potenciais -0,4 e -0,6 MPa, houve maior crescimento das raízes (Figuras 1B e 1C ).

Figura 1 - Plântulas de sabiá originadas a partir de sementes submetidas a superação de dormência com ácido sulfúrico e sem o condicionamento (A); sementes submetidas ao ácido sulfúrico e condicionamento osmótico a -0,4 MPa (B); sementes submetidas ao ácido sulfúrico e condicionamento osmótico a -0,6 MPa (C). Mossoró-RN, UFERSA, 2019.

No comprimento da parte aérea, em relação as sementes sem condicionamento, apenas as sementes com desponte originaram plântulas estatisticamente superiores. Para as sementes pré-tratadas com água quente e desponte, não houve diferenças entre os métodos de condicionamento. Por outro lado, quando pré-tratadas com ácido sulfúrico, o

Raiz pouco desenvolvida com

aspecto de queima Raízes mais

desenvolvidas

(A) (B)

(C)

(26)

25

osmcondicionamento no manitol -0,2 MPa proporcionou maior crescimento da parte aérea, em relação as sementes sem condicionamento (Tabela 6), portanto, mais uma vez ocorreu um efeito positivo do condicionamento fisiológico para as sementes submetidas ao tratamento com ácido sulfúrico. Esses resultados divergem dos encontrados por Silva et al. (2012), também para sabiá, que verificou a inexistência de influência da dormência no comprimento das plântulas. De modo geral, durante o condicionamento osmótico ocorrem processos metabólicos adequados ao início da divisão e da expansão celular, acelerando a germinação, o crescimento das plântulas e, consequentemente, maior acúmulo de biomassa (DELL ÁQUILA e TARANTO, 1986; SMITH e COBB, 1991).

Tabela 6 - Comprimento da parte aérea de plântulas de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) submetidas a diferentes métodos de condicionamento e superação de dormência. Mossoró, RN, UFERSA, 2019.

Comprimento da parte aérea (cm) Condicionamento Métodos de superação de dormência

Intactas Água quente

Ácido sulfúfico

Desponte Sem condicionamento 3,73 bB 4,15 aAB 4,16 bAB 4,83 aA Hidrocondicionamento 4,25 bB 4,86 aAB 4,85 abAB 5,09 aA Manitol -0,2 MPa 4,14 bB 4,82 aAB 5,12 aA 4,65 aAB Manitol -0,4 MPa 5,42 aA 5,02 aA 4,94 abA 5,18 aA Manitol -0,6 MPa 4,39 b AB 4,21 aB 4,38 abAB 5,18 aA

* Médias seguidas da mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Com relação à massa seca de plântulas, as sementes responderam positivamente aos tratamentos com água quente, ácido sulfúrico e desponte em relação as sementes intactas.

Analisando os efeitos do condicionamento em cada método de superação de dormência, verificou-se que nas sementes intactas e com desponte, não houve efeitos dos diferentes métodos de condicionamento, uma vez que, as médias das sementes sem condicionamento foram estatisticamente iguais aos demais tratamentos. Para as sementes pré-tratadas com água quente, estas apresentaram redução na massa seca de plântulas, quando as sementes foram osmocondicionadas no manitol -0,6 MPa, em contrapartida, quando pré-tratadas com ácido sulfúrico e osmocondicionadas em manitol -0,2 e -0,6 MPa, houve incrementos nos valores da massa seca de plântulas (Tabela 7).

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Tabela 7 - Massa seca de plântulas de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) submetidas a diferentes métodos de condicionamento e superação de dormência. Mossoró, RN, UFERSA, 2019.

Massa seca total de plântulas (g)

Condicionamento Métodos de superação de dormência Intactas Água

quente

Ácido sulfúfico

Desponte Sem condicionamento 0,064 aB 0,284 abA 0,245 cA 0,301 aA Hidrocondicionamento 0,0817 aB 0,293 abA 0,332 aA 0,335 aA Manitol -0,2 MPa 0,0980 aB 0,309 aA 0,318 abA 0,299 aA Manitol -0,4 MPa 0,055 aB 0,227 bcA 0,262 bcA 0,282 aA Manitol -0,6 MPa 0,090 aC 0,213 cB 0,321 abA 0,341 aA

* Médias seguidas da mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade.

De uma maneira geral, todos os tratamentos usados apresentam pontos positivos e negativos, no entanto, no momento da escolha, deve ser considerado o custo efetivo e sua facilidade de execução. Além disso, as sementes de um mesmo lote podem apresentar diferentes intensidades de dormência, dessa forma, o método escolhido deve ser eficiente na superação da dormência, sem prejudicar as sementes com dormência menos intensa.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os tratamentos com água quente, desponte e ácido sulfúrico são eficientes na superação de dormência de sementes de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.). O condicionamento fisiológico proporciona efeitos positivos sobre a germinação e o vigor das sementes, quando pré-tratadas com ácido sulfúrico.

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