PONTO 1: Crime, Delito e Contravenção PONTO 2: Conceito de Crime
PONTO 3: Fato Típico PONTO 4: Conduta PONTO 5: Do Resultado DIREITO PENAL
PONTO 6: Nexo Causal ou relação de Causalidade TEORIA GERAL DO CRIME
PONTO 1
1. Crime, Delito e Contravenção
No Brasil adota-se a Teoria dicotômica:
Infração Penal Crime (delito)
Contravenção
Não há diferença ontológica entre crime e contravenção penal. É uma opção do legislador.
PENAS
CRIME CONTRAVENÇÃO
- Apenados com reclusão ou detenção: art.
1º, LICP (Lei Introdução ao CP)
- Prisão Simples 1º, LICP (Lei Introdução ao CP)
- Pena máxima: 30 anos - Pena máxima: 5 anos
- SURSIS (art. 77, CP): período de prova=
2 a 4 anos (etário ou humanitário)
- SURSIS período de prova= 1 a 3 anos - Tentativa punível - Regra - Não é punível a tentativa
- Extraterritorialidade: art. 7º, CP e 2º, LCP - Não é cabível extraterritorialidade - Erro de proibição: art. 21, CP- Se
escusável, exclui a culpabilidade
- Erro de direito: art. 8º, LCP- Perdão Judicial- se escusável.
1º, LICP- Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente.
Art. 77, CP - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que:
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso;
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício;
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no Art. 44 deste Código.
Art. 7º, CP - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;
II - os crimes
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
Erro Sobre a Ilicitude do Fato
Art. 21, CP - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
Art. 2º, LCP- A lei brasileira só é aplicável à contravenção praticada no território nacional.
Art. 8º, LCP- No caso de ignorância ou de errada compreensão da lei, quando escusaveis, a pena pode deixar de ser aplicada.
OBS: art. 28, I a III, L. 11.343/06 (drogas) – Não seria crime e nem contravenção.
Seria infração penal “sui generis”, considerado por Luiz Flávio Gomes.
STF: “Não se opera a descriminalização do art. 28, mas a sua despenalização.”
Na opinião do professor, o STF quis dizer: descarcerização, pois a PSC é pena criminal. Ninguém será preso pelo art. 28.
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
REXT 430.105
PONTO 2
2. Conceito de Crime – art. 1º, LICP
a) Conceito Legal: 1º, LICP- Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente.
b) Conceito Formal: Mera violação da norma penal.
c) Conceito Material: Comportamento humano que ofende ou expõe a perigo concreto bens ou interesses penalmente tutelados.
d) Conceito Analítico/ Dogmático/Doutrinário: Depende da Teoria adotada.
Teoria da Causalidade: Crime é fato típico, ilícito e culpável Teoria Finalista: Tripartida (preferida) Fato típico
Ilícito
Culpável Bipartida Fato típico ou Finalismo
Dissidente Brasileiro Ilícito
Sendo a culpabilidade mero pressuposto para aplicar a pena.
PONTO 3 3. Fato Típico
Comportamento humano previsto em lei como criminoso ou contravencional.
a) Conduta
b) Resultado naturalístico Tipicidade Formal c) Nexo causal
d)Tipicidade
e) Resultado Jurídico Relevante Tipicidade Material f) Imputação Objetiva da Conduta
g) Imputação Objetiva do Resultado
h) Imputação Subjetiva Penal Tipicidade Subjetiva
Só haverá tipicidade penal
Tipicidade penal= Tipic. Formal+ Tipic. Material+Tipic. Subjetiva Crimes dolosos
Tipicidade penal= Tipic. Formal+ Tipic. Material Nos crimes culposos vai até a letra “g”.
PONTO 4
4. Conduta- Teorias Ação ou Omissão
a) Teoria Causalista/Naturalística/Clássica: Ligada a Von Liszt. Comportamento humano e voluntário que modifica o mundo exterior. Dolo e culpa estão dentro da culpabilidade.
b) Teorias pós-Finalistas:
1. Funcionalismo 1.1 Moderado 1.2 Radical 1.3 Reducionista
1.1 Funcionalismo Moderado: Do prof. Roxim, a força do direito penal administrar a vida em sociedade.
1.2 Funcionalismo Radical ou Normativista de Jakobs: Força do direito penal é reafirmar a vigência da norma. O Estado pode tratar o delinqüente como inimigo- Direito Penal do Inimigo. Direito Radical que restringe e até limita as garantias. Direito Penal do Inimigo é a 3ª velocidade do Direito Penal, segundo o prof. Silva Sánchez.
As velocidades:
1ª Velocidade 1ª característica- pena de prisão por excelência.
2ª característica- respeito as garantias constitucionais.
2ª Velocidade 1ª característica- substituição da PPL por PRD.
2ª característica- flexibilização, relativização das garantias constitucionais. Ex. Lei do Jecrim pela transação penal.
3ª Velocidade 1ª característica- resgata-se a pena de prisão por excelência.
2ª característica- são relativizadas as garantias constitucionais
4ª Velocidade ou Neopunitivismo (não há no Brasil)- Os réus que no passado ostentaram força de chefe de Estado e, como tal, violaram gravemente tratados que versam sobre direitos humanos terão reduzidas suas garantias penais e processuais quando réus nas Cortes Internacionais.
1.3 Funcionalismo Reducionista: Zaffaroni. Teoria da Tipicidade Conglobante- engloba fato como ilícito. Contraria o direito ou não o contraria.
Tipicidade penal= Tipicidade formal
Tipicidade penal Tipicidade formal- forma de crime. Ex.art. 23, III, CP(não é típico só porque consta em lei).
+
Tipicidade Conglobante conduta antinormativa
Não é imposta pelo Estado, nem incentivada.
+
Tipicidade material
Conteúdo do crime. Princ. Insignificância
Atualmente o STJ/STF dizem que o princípio da insignificância é causa de descaracterização da tipicidade material.
OBS: Alguns autores ligados a Escola Paulista, tratam este princípio como causa supralegal (o que não está na lei) de exclusão da ilicitude.
PONTO 5 5. Do Resultado
Teoria Normativa ou Jurídica- resultado é a ofensa ou a exposição a perigo de bens ou interesses protegidos pela norma penal. Para esta teoria, todos os crimes possuem resultado.
Teoria Naturalística- Resultado é a efetiva modificação do mundo exterior. OBS: Nem todos os crime possuem resultado para essa teoria.
PONTO 6
6. Nexo Causal ou relação de Causalidade
Teoria da equivalência dos antecedentes causais conditio sine qua non.
Causa: todo antecedente lógico sem o qual o crime não teria ocorrido como ocorreu- art. 13, CP.
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa.
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido
Processo hipotético de eliminação- (Thyren) Permite regresso amplo até o infinito. Ex. Pune o pai e a mãe por terem tido um filho criminoso. Pune os avós por terem tido filhos que geraram seu neto um criminoso... seguindo até Adão e Eva.
Limitadores à Teoria da conditio sine qua non:
a) Art. 13, §1º, CP § 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
b) Imputação Objetiva da conduta do resultado c) Imputação Subjetiva
Concausas dependentes- não extrapolam a previsibilidade do nexo.
Independentes- extrapolam a previsibilidade.
Desdobramento anormal do nexo causal.
Absolutas: Não se origina da conduta do agente. Sempre responde pelo crime que praticou. Todas as absolutamente independentes serão resolvidas com a tentativa de homicídio, desde que presente o animus necanti do agente.
Relativamente Independentes: Se origina da conduta do agente.
Art. 13§1º-por si só produziu o resultado (desdobramento anormal).ex. Infecção hospitalar não produz o resultado por si só.
Ex. 2) Dei uma facada para matar. A vítima vai para o hospital só para levar uns pontos e morre de infecção hospitalar. Responde por homicídio consumado.
b) Teoria da Imputação Objetiva
- Criação ou incremento (aumento) de risco proibido- Beck;
- Princípio da confiança- expectativa da sociedade. As pessoas vão se comportar conforme o padrão esperado de comportamento. Ex. Sinal do semáforo vermelho, os carros devem parar.
Quando a vítima se auto coloca em risco, quebra o princípio da imputação;
- Resultado deve se situar no âmbito de proteção da norma. Ex. mãe caminha, de mãos dadas, com o filho pequeno e este se solta e vai para o meio da rua. Um terceiro se atira para salvar e morre. A mãe da criança não responde pela morte do 3º. Mãe é garante do filho apenas.
O 3º se auto colocou em risco. (Teoria pró-réu. A regra: conditio sine qua non).
c) Imputação Subjetiva- art. 18, I, CP- dolo.
Art. 18 - Diz-se o crime:
Crime Doloso
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
Preterdolo: dolo no antecedente e culpa no conseqüente.
ILÍCITUDE
- Requisito subjetivo- É preciso reconhecimento para que nós não homologuemos práticas criminosas. Art. 24, CP. Ex. matador de aluguel, que só enxerga a vítima da cintura para cima, se prepara para atirar. Quando dispara, atinge a cabeça da vítima e, quando vai ver, esta estava prestes a matar outra pessoa que estava no chão. Assim, o matador de aluguel salvou a vida dessa pessoa.
Art. 24, CP - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
- Causa supralegal (não está na lei) de exclusão- consentimento do ofendido só cabe quando o bem jurídico é disponível. Ex. Vende-se as córneas. É nulo de pleno direito, pois é um bem indisponível.
O patrimônio e a honra são bens disponíveis por excelência. Só até a consumação do crime, depois não cabe mais.
- Causas legais de exclusão: art. 23, CP Art. 23 - Não há crime quando o Agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
I - em estado de necessidade- pressupõe conflito entre bens. Não há agressão (conflito) a dois bens ilícitos. Entre eles um será sacrificado, porque só assim, o outro sobrevive. Ex. Furto famérico (furta/rouba para se alimentar).
Teorias do Estado de Necessidade T. diferenciadora Est. Necessid. Exculpante CPM Est. Necessid. Justificante 39 e 43
T. Unitária – Est. Necessid. Justificante-24, CP
Adotada no Brasil. É regra, salvo o CPM (Cód. Penal Militar) que adota a T. diferenciadora.
T. diferenciadora exculpante: o bem sacrificado é de maior ou igual valor que o preservado. Exclui culpabilidade;
T. diferenciadora justificante: O bem sacrificado é de menor valor que o preservado. Exclui a ilicitude;
T. Unitária justificante: O bem sacrificado é de menor ou igual valor que o preservado. Exclui a ilicitude.
LEGÍTIMA DEFESA-art. 23, II e 25, CP
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Art. 23 - Não há crime quando o Agente pratica o fato:
II - em legítima defesa;
a) Agressão injusta, atual ou iminente.
Cabe em crime culposo e em fato típico.
Furto de uso é fato atípico- pode ter legítima defesa.
Omissão- cabe quando, por exemplo, um preso recebe o alvará de soltura e o agente não o solta.
Atual ou iminente: ameaça futura não cabe, nem em ameaça passada.
b) Direito próprio ou alheio, atacado ou posto em risco de agressão. Ex. cabe legítima defesa da honra, não vale matar para legitimar a defesa da honra.
c) Reação com os meios necessários- é o que o agente dispõe no momento para fazer cessar a agressão.
OBS: Se o agente dispõe de vários meios, deve optar pelo menor lesivo.
d) Uso moderado de tais meios- proporção entre agressão e reação.
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Natureza jurídica das duas: Regra- São causas legais de exclusão da ilicitude.
OBS: se o examinador falar em Zaffaroni ou T. da tipicidade Conglobante, as duas teses configuram causas de atipicidade.
CULPABILIDADE
Juízo de censura sobre o réu.
T. Normativa Pura- adotada, porque dolo e culpa foram para o tipo.
Elementos: Imputabilidade
Potencial Consciência da Ilicitude Exigibilidade de Conduta Diversa
OBS: Excludente da ilicitude: causa de justificação.
Excludente da culpabilidade: causa dirimente ou exculpante.
IMPUTABILIDADE
- Capacidade Intelectiva: entender o caráter ilícito do fato.
Volitiva: auto-determinação, controle diante do entendimento anterior.
- Causas de exclusão da culpabilidade: art. 26, CP
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
a) Doença mental
b) Desenvolvimento mental incompleto menor de 18 anos silvícolas
c) Desenvolvimento mental retardado
d) Embriaguez acidental completa (art. 28§1º, CP)
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE
Erro Sobre a Ilicitude do Fato
Art. 21, CP - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
Art. 65, CP - São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
II - o desconhecimento da lei;
- Completo desconhecimento= ignorância - Conhecimento equivocado= erro
Erro Tipo/Fato- é o que incide sobre o elemento constitutivo do tipo. Art. 20, CP.
Efeito: exclui dolo e culpa
(Escusável)
Erro de proibição: art. 21, CP- incide sobre o caráter proibitivo da norma penal:
Se escusável exclui culpabilidade: isenção de pena.
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
Exclui a inexigibilidade:
Causas de exclusão Legais: Coação moral irresistível Obediência hierárquica
Supra legais: - Estado de Necessidade Exculpante - Excesso causal ou acidental Excesso exculpante
- Inexigibilidade de conduta diversa strictu sensu
Coação moral irresistível Física- (vis absoluta) Moral – Irresistível
(vis relativa/
compulsiva) Resistível
Coação Moral irresistível Física: Não há vontade e nem conduta do coato (coagido). Exclui a conduta.
Coação Moral Irresistível Moral Irresistível: Só responde pelo crime o coator, pois o coato (coagido) terá excluída a sua culpabilidade. Art. 22, CP.
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Coação Moral Irresistível Moral Resistível: Ambos, coator/ coato respondem pelo mesmo crime em concurso de pessoas.
Obediência Hierárquica: Deve haver uma relação de Direito Público (funcionário público). Só responde pelo crime o superior hierárquico, já que o subordinado terá excluída a sua culpabilidade. Art. 22, CP.
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Excesso causal ou acidental: Caso fortuito ou força maior.
Excesso exculpante: decorre da perturbação de ânimo, medo ou susto do agente.
Inexigibilidade de conduta diversa strictu sensu- entendimento majoritário:
muito utilizada nos crimes tributários. S. 68, TRF4º.
SÚMULA 68- A prova de dificuldades financeiras, e conseqüente inexigibilidade de outra conduta, nos crimes de omissão no recolhimento de contribuições previdenciárias, pode ser feita através de documentos, sendo desnecessária a realização de perícia.