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CUIDADO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL E PSIQUIATRIA. AULA 02: Reforma Psiquiátrica, reabilitação psicossocial e políticas de saúde mental

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(1)

CUIDADO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL E PSIQUIATRIA

AULA 02: Reforma Psiquiátrica, reabilitação psicossocial e políticas de saúde mental

PROFESSOR LEILSON LIRA

2015.2

(2)

O que veremos hoje?

 Discussão do Filme;

 Apresentação de vídeo;

 Discussão do vídeo;

 Aula 02: Exposição dialogada sobre Reforma Psiquiátrica e reabilitação psicossocial;

 Aula 02: Aproximações com as políticas de assistência em saúde mental;

 Orientações para atividade da próxima aula.

(3)

Conteúdos e objetivos

explorados na aula de hoje:

Reforma Psiquiátrica e reabilitação psicossocial

Políticas de saúde mental

(3). Compreender as políticas de assistência em saúde mental no âmbito do SUS e a influência da Reforma Psiquiátrica na organização dos modelos, serviços e práticas de enfermagem em saúde mental

Ba ses para o cuidad o em saúde mental

(4)
(5)

Resgate da aula passada

O que você sabe sobre o processo saúde-doença em

saúde mental?

Como ele foi compreendido no decorrer da história

da humanidade?

Fale-me um pouco sobre a história da

psiquiatria.

Como surgiu o internamento? Você

lembra de Philippe Pinel?

(6)

Como tudo começa...

 Lembremos de que com Pinel nasce a psiquiatria de observação;

 Antes não havia contato da medicina com as pessoas com transtornos mentais

 Contudo, essas medidas fazem com que o sujeito com adoecimento mental vire mero objeto;

 As práticas da psiquiatria são desenvolvidas com base no tratamento moral, centrada no sintoma e em procedimentos.

Pinel retira as correntes das pessoas com adoecimento mental

NÃO É AVANÇO!!!

(7)

Como tudo começa...

 Essas práticas perduraram durante muitos anos;

 No pós-guerra, países conheceram os horrores nos campos de concentração, encontrando semelhanças com os hospícios;

 Movimentos diferentes:

– Corrente reformista - o hospital precisa de reformas, mas é necessário como recurso terapêutico fundamental;

– Corrente desinsittucionalizadora - não só hospital, mas o próprio dispositivo médico psiquiátrico e as instituições e dispositivos terapêuticos a ele relacionados precisam ser repensados.

Reino Unido, França e EUA

(8)

O CONTEXTO HISTÓRICO DOS MOVIMENTOS DE REFORMAS

 Sentido terapêutico dos hospitais;

 Paradigma psiquiátrico;

 Movimentos internacionais de reforma psiquiátrica :

o Psiquiatria de setor – França, década de 1940

o Comunidade terapêutica – Inglaterra, década de 1950 o Psiquiatria Preventiva e Comunitária – EUA, década de

1960

o Psiquiatria Democrática – Itália, década de1970

Reino Unido, França e EUA

(9)

Como tudo começa...

 E no Brasil?

(10)

O CONTEXTO HISTÓRICO DOS MOVIMENTOS DE REFORMAS

Reforma Clemente Pereira - década de 1850. Regência trina e maioridade de D. Pedro II. Objetivo: preventivo- isolar da cidade os que possam perturbar (era de ouro dos asilos);

Reforma Teixeira Brandão década de 1890. Proclamação das República (era de ouro da colônias). Objetivo: os excluídos devem produzir;

Reforma Adauto Botelho – década de 1940. Objetivo:

atender abandonados sociais e criar espaços de atendimento para os previdenciários (era de ouro dos hospitais estaduais);

 Reforma Leonel Miranda – década de 1960 (Golpe militar e estratégia de privatização). Objetivo: Ampliar rede hospitalar até a obtenção de 01 leito para cada mil habitantes.

(11)

Como tudo começa...

 Após isso:

o Em 1970 um grupo de residentes insatisfeitos com as condições de trabalhos e de atendimento aos pacientes decide realizar um manifesto ao DISAM;

o Surge então o MTSM o qual deu origem ao Movimento de Luta Antimanicomial;

o Tais movimentos ganharam a adesão não só de médicos, mas também dos outros trabalhadores de saúde e da população;

MTSM

Interesses corporativos Qualificação

assistência

Perspectivas de ordem social, econômica e política

(12)

Como tudo começa...

 Culminou com a crise do DISAM e demissão de 260 profissionais, o que desencadeou uma greve nacional;

 Um dos pilares do Movimento de Reforma Psiquiátrica no Brasil será a luta pela desinstitucionalização;

 Em 1990, surge a preocupação em criar serviços alternativos ao hospital psiquiátrico no SUS;

 Os dois movimentos possuem pontos de origem comuns, mas apresentaram sensíveis diferenças;

 Quais são?

Reformas Psiquiátrica e Sanitária!

(13)

Como tudo começa...

 I Conferência Nacional de Saúde Mental, em 1987, marca o distanciamento da reforma psiquiátrica do sanitarismo em decorrência da opção prioritária pela estratégia da desinstitucionalização e da desconstrução/invenção;

 Mas o distanciamento das duas reformas será sempre relativo, uma vez que ambas inevitavelmente estarão interligadas pelo SUS

Fechamento da Casa de Saúde Anchieta e implementação de uma ampla rede territorial de serviços de saúde mental;

Portarias ministeriais que viabilizaram a organização e o financiamento dos serviços substitutivos;

Leis (e projetos) e CF de 1988;

Conferências Nacionais de Saúde e de Saúde Mental;

CAPS Prof. Luiz da Rocha Cerqueira – São Paulo;

NAPS de Santos.

(14)

Mas o que compreende a

Reforma Psiquiátrica, mesmo hein?!...

 Lembra que eu pedi para vocês guardarem isso?

 Por que será que eu pedi? O que vocês acham? Vejam as palavras do quadro!

Perspectivas de ordem social, econômica e política

(15)

Reforma Psiquiátrica

 Pois bem, a Reforma Psiquiátrica articulada questões ligadas à economia, política e sociedade;

 De antemão, quero esclarecer a vocês que não se trata apenas de uma reorganização dos serviços...

 Tampouco uma humanização das práticas;

 Conceito de reforma;

 Entretanto, uma reforma pode não ser algo conservador – pode- se avançar no sentido de uma reforma estrutural com expressivo núcleo de subversão da relação saúde-Estado;

Não é uma modernização das técnicas terapêuticas!

(16)

Reforma Psiquiátrica

 Há ainda o termo revolução;

 Contudo, vocês podem utilizar o termo Reforma. Por quê?

 Envolve processo – processo social- processo social complexo;

Transformação radical

(17)

Reforma Psiquiátrica

 A reforma compreende um campo heterogêneo, envolvendo a clínica, a política, o social, o cultural e o jurídico;

 Processo social complexo – configura-se na e pela articulação de várias dimensões que são simultâneas e intrerrelacionadas, que envolvem movimentos atores, conflitos e uma compreensão do objeto de conhecimento.

(18)

Reforma Psiquiátrica

A reforma envolve quatro dimensões:

Epistemológica Técnico- assistencial

Jurídico-

política Sociocultural

Reforma

(19)

Epistemológica

 Produção dos saberes;

 Reflexão sobre a Ciência;

 Envolve:

Alienação

Isolamento terapêutico

Doença

Degeneração

Tratamento moral

Normal e anormal

Terapêutica e cura

(20)

Epistemológica

 Desinstitucionalização seus significados;

 Curso natural da doença;

 Alienação mental e terapêutica;

 Desconstrução e desconstrução da clínica;

 O que você entende por clínica?

 Envolve:

Observar Paciente Doença- objeto

(21)

Técnico-assistencial

 Modelo assistencial. Lembram?

 O que tínhamos antes. Basta lembrar do filme...

 O louco não decide!

Tutela

Ordem

Punição Vigilância

Disciplina

Custódia Reeducação

Restituição da Cidadania

(22)

Jurídico-político e sociocultural

 Psiquiatria e seus conceitos;

 Relações sociais e civis, direitos humanos e sociais;

 Na sociocultural cabem o senso-comum, imaginário social;

 Objetivo maior da Reforma

É estratégico. Por quê?

(23)

Reforma Psiquiátrica – ainda saliente...

 Superação dos especialismos;

 Nascimento da clínica;

 Importância de Pinel;

 Doença como algo natural e objetivo;

 Superar os conceitos e práticas da psiquiatria;

 Necessidade de colocar a doença entre parênteses e não o sujeito;

 Atenção: NÃO SE TRATA DE NEGAR A DOENÇA!!!

 Reinventar a clínica como construção de possibilidades;

 Responsabilização;

 Cuidado no território;

 Novas práticas!

CUIDAR X ISOLAR COMO?

(24)

Resumindo...

(25)

CUIDADO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL E PSIQUIATRIA

Políticas de saúde mental

PROFESSOR LEILSON LIRA

2015.1

(26)

Legislação

Leis

Leis são atos normativos que emanam do poder legislativo, e são sancionadas pelo poder executivo.

Portarias

São documentos emitidos por autoridades administrativas

(Ministros, Secretários de Governo ), que publicam instruções

sobre a aplicação de leis, sobre a organização e o cadastramento de serviços, etc.

Resoluções e Deliberações

São documentos com diretrizes ou soluções emanadas de órgãos colegiados ( Conselhos, por exemplo ) ou Assembleias ou

Congressos.

Decretos

São atos administrativos do poder executivo.

(27)

Declaração de CARACAS

14 de Novembro de 1990

Legislação Federal

Legislação Estadual

Ceará

(28)

Declaração de Caracas – Conferência Regional para

reestruturação da Assistência Psiquiátrica nas Américas

 Objetivo:

o reestruturação da atenção à assistência psiquiátrica na América Latina, com apoio da OMS/OPS – Venezuela, 1990);

 Crítica ao papel hegemônico e centralizador do hospital;

 Importância da conferência:

o Superação do hospital psiquiátrico como serviço central;

o Comprometer-se a torná-lo local de tratamento e não de sofrimento;

o Construir uma rede diversificada e ampliada de assistência sanitária, acessível , efetiva e eficiente.

(29)

Legislação

Brasileira

(30)

Lei nº 9.867, de 10 de novembro de 1999

Dispõe sobre a criação e o funcionamento de Cooperativas Sociais, visando à integração social dos cidadãos conforme

específica.

 Desenvolvimento de programas de suporte psicossocial para os pacientes psiquiátricos em acompanhamento nos serviços

comunitários.

 “Empresas sociais” da experiência de reforma psiquiátrica italiana.

 O projeto original é de iniciativa do deputado Paulo Delgado (PT- MG).

(31)

Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001

Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em

saúde mental.

A lei redireciona o modelo da assistência psiquiátrica, regulamenta cuidado especial com a clientela internada por longos anos e prevê possibilidade de punição para a internação involuntária

arbitrária ou desnecessária.

Esse texto, aprovado em última instância no plenário da Câmara Federal, reflete o consenso possível sobre uma lei nacional para a

reforma psiquiátrica no Brasil.

(32)

Lei nº 10.708, de 31 de julho de 2003

Institui o auxílio-reabilitação psicossocial para pacientes acometidos de transtornos mentais egressos de

internações.

Lei do Programa De Volta Para Casa. Estabelece um novo patamar na história do processo de reforma psiquiátrica

brasileira, impulsionando a desinstitucionalização de pacientes com longo tempo de permanência em hospital psiquiátrico, pela

concessão de auxílio reabilitação psicossocial e inclusão em programas extrahospitalares de atenção em saúde mental.

(33)

33

Programa de Volta para Casa

 Lei 10.708 (2003);

 Reinvindicação do MRPB;

 Egressos de hospitais psiquiátricos ou de custódia;

 Auxílio financeiro;

 Estratégia de acompanhamento na rede de atenção à saúde mental.

(34)

Legislação Ceará - Lei nº

12.151, de 29 de julho de 1993

Dispõe sobre a extinção progressiva dos hospitais psiquiátricos e sua substituição por outros recursos assistenciais, regulamenta a

internação psiquiátrica compulsória, e dá outras providências.

Art. 1o - Fica proibido no território do Estado do Ceará, a construção e ampliação de hospitais psiquiátricos, públicos ou privados, e a

contratação e financiamento, pelos setores estatais, de novos leitos naqueles hospitais.

Guarda relação com a 8ª. CNS – Municipalização dos serviços de saúde.

(35)

Portaria 106, 11 de fevereiro de 2000 – Residências

Terapêuticas

35

 Serviços residenciais terapêuticos (SRT)

 Componente da política de SM do MS

 Desinstitucionalização

 Casas do espaço urbano comum

 Pessoas com transtornos mentais oriundas de hospitais

psiquiátricos ou não

 Reintegração à comunidade

 Referenciada a um CAPS

 Ceará (4)

(36)

36

(37)

Portaria GM nº 336, de 19 de fevereiro de 2002

Acrescenta novos parâmetros aos definidos pela Portaria no 224/92 para a área ambulatorial, ampliando a abrangência dos SERVIÇOS SUBSTITUTIVOS de atenção diária, estabelecendo

portes diferenciados a partir de critérios populacionais, e direcionando novos serviços específicos para área de álcool e

outras drogas e infância e adolescência;

Cria, ainda, mecanismo de financiamento próprio, para além dos tetos financeiros municipais, para a rede de CAPS.

(38)

Portaria GM nº 336, de 19 de fevereiro de 2002

 Centros de Atenção Psicossocial poderão constituir-se nas

seguintes modalidades de serviços: CAPS I, CAPS II e CAPS III definidos por ordem crescente de porte/complexidade e

abrangência populacional;

 Os CAPS deverão constituir-se em serviço ambulatorial de atenção diária que funcione segundo a lógica do território;

 Somente os serviços de natureza jurídica pública poderão

executar as atribuições de supervisão e de regulação da rede de serviços de saúde mental;

 Só poderão funcionar em área física específica e independente de qualquer estrutura hospitalar (psiquiátrica).

(39)

CAPS

(40)
(41)
(42)
(43)
(44)
(45)
(46)

Atividade para próxima aula:

Fichamento de texto

(47)

Obrigado

Referências

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