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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Secretaria de Defesa Agropecuária

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Secretaria de Defesa Agropecuária

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Departamento de Saúde Animal Brasília, outubro de 2008

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Secretaria de Defesa Agropecuária

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Relatório do Departamento de Saúde Animal sobre as atividades de vacinação oficial de bovídeos contra febre aftosa e recadastramento de propriedades rurais realizados em seis municípios localizados na calha do Rio Amazonas, no Estado do Amazonas, como parte das ações do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa – PNEFA.

Departamento de Saúde Animal Brasília, outubro de 2008

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1.INTRODUÇÃO

O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) tem como estratégia principal a implantação progressiva e manutenção de zonas livres da doença, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

A primeira zona livre de febre aftosa com vacinação no Brasil foi reconhecida em maio de 1998. Nos anos seguintes, o país conviveu com um processo de ampliação da zona livre, alternado com reintroduções do vírus da febre aftosa. Na Figura 1 está demonstrada a evolução geográfica do processo de implantação de zonas livres de febre aftosa no País, no período de 1998 a 2008.

A última reintrodução do vírus da febre aftosa na área livre do Brasil, em 2005, levou à suspensão, pela Organização Mundial de Saúde Animal, do reconhecimento de zona livre de febre aftosa com vacinação dos Estados do Mato Grosso do Sul e do Paraná, onde foram registrados focos da doença. Juntamente com o Estado do Mato Grosso do Sul, foi suspenso o reconhecimento dos Estados da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins, e com o Estado do Paraná, foi suspenso o reconhecimento de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e do Distrito Federal.

Concluído o saneamento das regiões atingidas pelo vírus da febre aftosa em 2005 e 2006, com base nas diretrizes do Código Terrestre, em 2008 o MAPA obteve a restituição da condição sanitária de zona livre de febre aftosa com vacinação para os estados brasileiros mencionados acima, consolidando como zona livre de febre aftosa 59% do território nacional que abriga 89% do rebanho bovino brasileiro.

Dando continuidade à execução do PNEFA, o MAPA vem desenvolvendo ações que visam expandir a zona livre de febre aftosa para as regiões Norte e Nordeste do País. As atividades apresentadas neste documento, de vacinação oficial e recadastramento de propriedades rurais em seis municípios da calha do Rio Amazonas, fazem parte das estratégias atuais do Departamento de Saúde Animal, de agir diretamente em áreas que necessitam de apoio, buscando implantar e consolidar o PNEFA, com o objetivo de erradicar a doença em todo o território brasileiro.

Figura 1. Representação esquemática da evolução geográfica do processo de implantação de zona livre de febre aftosa no Brasil.

1998

• Reconhecimento da primeira zona livre de febre aftosa com vacinação, constituída pelos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

2000

• Reintrodução da febre aftosa no estado do Rio Grande do Sul, com suspensão da condição sanitária de zona livre de febre aftosa com vacinação para o referido Estado e Santa Catarina.

• Reconhecimento da zona livre de febre aftosa com vacinação, constituída pelo estado do Paraná e Distrito Federal e por parte dos estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo.

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2001

• Ampliação da zona livre de febre aftosa com vacinação, com reconhecimento dos estados da Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe, Tocantins e parte de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo.

2002 • Restituição da condição sanitária de zona livre de febre aftosa com vacinação para os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

2003 • Ampliação da zona livre de febre aftosa com vacinação, com reconhecimento do estado de Rondônia.

2005

• Maio: ampliação da zona livre de febre aftosa com vacinação, com reconhecimento do Estado do Acre mais dois municípios do estado do Amazonas.

• Outubro: reintrodução do vírus da febre aftosa no Mato Grosso do Sul e Paraná, com suspensão da condição sanitária de zona livre de febre aftosa com vacinação para esses dois estados mais Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

2007 • Reconhecimento do estado de Santa Catarina como zona livre de febre aftosa sem vacinação e da região centro-sul do estado do Pará como zona livre de febre aftosa com vacinação.

2008

• Maio: restituição do reconhecimento de zona livre de febre aftosa para os Estados da Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

2008

• Julho: restituição do reconhecimento de zona livre de febre aftosa para o Estado de Mato Grosso do Sul.

• Restabelecimento completo da área suspensa em 2005.

Zona livre sem vacinação

Zona livre com reconhecimento suspenso

Zona livre com

vacinação Zona infectada

Legenda

Zona Tampão

Zona livre de febre aftosa sem vacinação (Santa Catarina) Zona livre de febre aftosa com vacinação Zona tampão e de alta vigilância Zona não livre

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2. Caracterização geográfica do estado do Amazonas

O Estado do Amazonas ocupa 18,5% do território nacional (1.570.745,68 km²) distribuídos em 62 municípios. A bacia hidrográfica do Amazonas abriga a maior floresta equatorial do planeta e possui mais de 20 mil quilômetros de vias navegáveis. Seus principais rios são Amazonas, Negro, Solimões, Purus, Juruá e Madeira.

O Estado do Amazonas está situado no centro da Região Norte do Brasil, limitando-se ao norte com o Estado de Roraima, Venezuela e Colômbia; a leste com o Estado do Pará; a sudeste com o Estado do Mato Grosso; ao sul com o Estado de Rondônia e a sudoeste com o Estado do Acre e o Peru.

O clima é tropical quente e úmido, com temperatura média de 31,4 o C. A estação das chuvas é de dezembro a maio. A cheia do rio Negro tem seu ponto máximo em meados do mês de junho e a maior vazante no mês de setembro. A pluviosidade média mensal na capital é de 210 mm.

Seu relevo caracteriza-se pela ocorrência de terras firmes e terras baixas. As maiores elevações são encontradas nos limites com o Estado de Roraima e a Venezuela, onde se verifica a presença do Pico da Neblina (3.014 m), ponto mais alto do Brasil.

A planície Amazônica é formada de várzeas, igapós (planície de inundação) e terras firmes. A vegetação é densa e de grande biodiversidade recobrindo 90% da superfície da área do estado. São vários os tipos de vegetação da Amazônia: floresta de terra firme, floresta de várzea, floresta pantanosa (igapó), campina e savana.

A floresta de terra firme ocupa 95% da área Amazônica, compreendendo as terras altas e não alagáveis caracterizada pela baixa fertilidade do seu solo. As características mais marcantes da região são as altas temperaturas, pluviosidade e radiação solar o que possibilitam condições ótimas de proliferação animal e vegetal.

O rebanho bovino e bubalino do estado é de aproximadamente 1,46 milhões de animais (0,73% do rebanho nacional), distribuído em 18,5 mil propriedades (média de 79 cabeças/propriedade), havendo maior concentração na região sul do estado nas fronteiras com os Estados do Acre, Rondônia e Mato Grosso e na calha do Rio Amazonas, conforme pode ser observado na Fig. 2.

A região denominada calha do Rio Amazonas (destacada em amarelo na Fig. 3) se estende da junção do Rio Negro com o Rio Solimões, formando o Rio Amazonas, até a sua foz, onde divide os Estados do Pará e Amapá. A calha do Rio Amazonas se caracteriza por uma floresta de várzea e representa cerca de 3% do solo amazônico, entretanto se estende por uma área de aproximadamente 50.000 km2. Situa-se em solo que é periodicamente alagado. O período das cheias normalmente dura em média seis meses. Durante o período de vazante a sedimentação de nutrientes enriquece o solo, permitindo à vegetação de várzea um novo ciclo reprodutivo. Isto significa grande suporte alimentar para os rebanhos.

As características geográficas e climáticas da região determinam um sistema de produção pecuário distinto da maioria das regiões brasileiras. No período das cheias, caracteriza-se por grande concentração dos rebanhos na terra firme, que reduz acentuadamente as áreas de pastejo, sendo comum o deslocamento dos rebanhos para outros municípios, em busca de áreas drenadas e de pastagens ou sua manutenção em currais flutuantes (marombas).

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No período de vazante, os rebanhos que se deslocaram, retornam às áreas de origem, porém há grande dispersão dos mesmos nas terras de várzea, por não haver divisões de pastagens ou mesmo de propriedades.

É grande o número de pequenos produtores que utilizam a pecuária como subsistência ou como reserva de patrimônio, com mínimo uso de tecnologia, explorando as condições naturais da região. Esse baixo nível tecnológico se reflete em um rebanho de baixa qualidade genética, com desempenho produtivo, condições de manejo e instalações deficientes.

Tabela 1. Área geográfica e rebanho bovino e bubalino do Amazonas e do Brasil, 2007.

Área (km2)

Amazonas 1.570.745 18.508 19.904 1.389.114 75.945 1.465.059

Brasil 8.514.877 2.750.971 2.868.501 199.393.193 1.121.939 200.515.132

% 18,45% 0,67% 0,69% 0,70% 6,77% 0,73%

UF

População Bovídea Propriedades Produtores

População Bovinos

População Bubalinos

Fonte: IBGE, MAPA e CODESAV/SEPROR/AM

Figura 2. Distribuição geográfica da população bovídea por município no estado do Amazonas.

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Figura 3. Mapas da região Amazônica, destacando a topografia e parte da calha do Rio Amazonas. Foto de ecossistema típico de criação de bovinos na região.

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3. Situação da febre aftosa na calha do Rio Amazonas

As últimas ocorrências de febre aftosa na região Norte do Brasil foram registradas na região da calha do Rio Amazonas. Em junho de 2004, houve ocorrência do vírus tipo O no município de Monte Alegre, no Baixo Amazonas do Estado do Pará e, em setembro de 2004, foi isolado o vírus tipo C em quatro propriedades na localidade de Careiro da Várzea, no Estado do Amazonas.

Pressupõe-se que a falta de registros sobre a provável ocorrência da doença na região em anos anteriores era devido à inexistência de um serviço de defesa sanitária animal e falta de participação do setor privado para informar as ocorrências.

As ações para contenção da doença e eliminação da circulação viral na região foram adotadas com sucesso nos dois casos. Em Careiro da Várzea, as propriedades envolvidas estavam localizadas em uma ilha formada pelo rio Amazonas e um dos seus braços. Na época, foram deslocadas para o município equipes de médicos veterinários do MAPA e da CODESAV para execução das atividades que envolveram a instalação de postos fiscais com restrições ao trânsito de animais susceptíveis, inspeção clínica de animais, cadastramento em propriedades rurais da região, vigilância sanitária e investigação epidemiológica. Após o encerramento do foco, os esforços foram concentrados na melhoria da cobertura vacinal dos rebanhos e recadastramento das propriedades rurais da região.

Desde então, não se registra casos de febre aftosa na região Norte do Brasil, porém a estrutura de defesa sanitária animal na região ainda não reúne as condições necessárias para garantir a rápida detecção e contenção da doença.

Neste contexto, a operação de vacinação oficial e recadastramento de propriedades rurais da região da calha do Rio Amazonas marca uma nova etapa de ações na região que visam eliminar definitivamente qualquer possibilidade de manutenção do agente viral, estruturar os serviços de defesa sanitária animal e alavancar o processo de erradicação da febre aftosa, com ampliação da zona livre de febre aftosa com vacinação do Brasil.

Figura 4. Localização dos municípios da Amazônia com registros de febre aftosa, 1998 a 2004.

Último foco registrado na região centro-sul (1998) Municípios com focos de febre aftosa em 1999 Municípios com focos de febre aftosa em 2000 Municípios com focos de febre aftosa em 2001 Municípios com focos de febre aftosa em 2004

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4. Vacinação contra febre aftosa no Amazonas

No Brasil, a vacinação dos rebanhos bovino e bubalino contra a febre aftosa, com vacinas aprovadas pelo MAPA, e seu registro junto aos serviços veterinários estaduais são obrigatórios, com exceção do Estado de Santa Catarina, onde não se pratica a vacinação. No caso de descumprimento, o proprietário estará sujeito à multa e à proibição da comercialização de animais, podendo a vacinação ser realizada sob acompanhamento oficial.

As vacinações são de responsabilidade dos próprios produtores, que podem se utilizar de trabalhadores treinados ou de vacinadores autorizados pelos serviços veterinários. Em algumas áreas, especialmente em regiões estratégicas e de risco, a vacinação é efetuada por vacinadores oficiais. Usualmente os custos de aquisição e de aplicação da vacina são do produtor, havendo casos de doação de vacinas por parte dos órgãos governamentais a pequenos produtores e em situações de risco específico.

No estado do Amazonas, a vacinação é realizada regularmente em duas etapas, nos meses de maio e novembro, quando se vacina todos os bovinos e bubalinos. A vacina contra febre aftosa é adquirida pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Produção Rural do Governo do Estado do Amazonas (SEPROR). O IDAM, mediante sua estrutura de escritórios distribuídos pelo estado, comercializa a vacina ao produtor com preço subsidiado. Na etapa de maio de 2008, o preço praticado foi R$ 0,60 (sessenta centavos de real).

As atividades de defesa sanitária animal e vegetal são desempenhadas pela Comissão Executiva Permanente de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (CODESAV), também vinculada à SEPROR. A fiscalização e o registro das vacinações, a manutenção dos cadastros das propriedades e produtores rurais, e as ações de vigilância veterinária são realizadas pela CODESAV, dentro de sua capacidade atualmente implantada, que é deficitária.

A seguir são apresentados os resultados obtidos nas etapas de vacinação dos últimos três anos. Os percentuais de cobertura obtidos registraram índices globais muito altos, mas devido às deficiências estruturais do serviço veterinário no estado, não se pode garantir que os números são precisos.

Tabela 2. Índices de vacinação contra febre aftosa no estado do Amazonas, 2005 a 2008

Envolvida Cobertura Vacinal

na etapa %

mai/05 1,250,006 1,213,927 97.11

nov/05 1,351,073 1,327,129 98.23

mai/06 1,339,850 1,336,269 99.73

nov/06 1,405,387 1,399,268 99.56

mai/07 1,436,080 1,430,910 99.64

nov/07 1,477,504 1,465,059 99.16

mai/08 1,384,549 1,366,497 98.69

População bovina e bubalina Vacinada

Etapas de vacinação contra a febre aftosa em bovinos e

bubalinos no Amazonas 2005 a 2008

Fonte: CODESAV_SEPROR_AM

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5. Importância da operação de vacinação oficial na calha do Rio Amazonas

As características geoclimáticas e do sistema agroprodutivo da calha do Rio Amazonas, somadas à estrutura deficitária do serviço veterinário oficial na região, dificultam as atividades de defesa sanitária animal e colocam a região como uma área de risco de ocorrência de febre aftosa. O Departamento de Saúde Animal, visando atender às metas de erradicação da febre aftosa no Brasil, concentra esforços nas regiões de maior risco mediante ações planejadas e direcionadas ao fortalecimento dos serviços veterinários estaduais e à mitigação dos riscos de reintrodução da doença.

Neste sentido, estão previstas ações conjuntas do MAPA com o serviço veterinário estadual do Amazonas, para estruturação e capacitação do sistema defesa sanitária animal por implementação de convênios e disponibilização de recursos financeiros da ordem de R$ 8.000.000,00 (oito milhões de reais) pelo MAPA ainda em 2008 e com a contrapartida do Estado do Amazonas em contratar por concurso público recursos humanos adequados (médicos veterinários, auxiliares técnicos e administrativos) até julho de 2009.

A operação de vacinação oficial contra febre aftosa dos rebanhos da calha do Rio Amazonas surgiu após entendimentos entre representantes do DSA, da Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Amazonas (SFA/AM), da CODESAV e do IDAM, como forma de acelerar o processo de erradicação da doença na região, possibilitando a ampliação da atual zona livre de febre aftosa.

Em março de 2008, os serviços veterinários oficiais da região Norte mais o Estado do Maranhão reuniram- se em Manaus e estabeleceram novas estratégias para erradicação da febre aftosa em toda região Norte, entre elas a vacinação oficial na calha do Rio Amazonas. Para a primeira operação de vacinação oficial e recadastramento na calha do Rio Amazonas, o serviço veterinário oficial do Amazonas selecionou seis municípios (Autazes, Careiro da Várzea, Itacoatiara, Manaus, Parintins e Urucurituba), fundamentando-se na importância epidemiológica e localização geográfica desses municípios.

A Tabela 3 mostra os dados dos municípios envolvidos nos trabalhos, evidenciando a pequena área geográfica abrangida (2,5% do território do estado) e a concentração dos rebanhos nesta região, já que 22,28 % dos animais do estado estão localizados nesta reduzida área sob influência do Rio Amazonas e seus afluentes. A figura 5 destaca os seis municípios envolvidos nos trabalhos.

A vacinação oficial dos bovinos e bubalinos contra a febre aftosa garante a imunização dos rebanhos susceptíveis da região, eliminando a possibilidade de manutenção do vírus da febre aftosa na região e permite o recadastramento das propriedades rurais, criando condições para as ações de vigilância e fiscalização do serviço veterinário, e no futuro, para a realização de estudos soroepidemiológicos.

Tabela 3. Dados de área geográfica e código do IBGE dos municípios trabalhados na operação de vacinação oficial.

Fonte: IBGE, MAPA e CODESAV/SEPROR/AM

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Figura 5. Localização geográfica dos seis municípios da Calha do Rio Amazonas onde se realizou a vacinação oficial contra a febre aftosa. (“Software Google Earth”)

6. Objetivos da operação:

Dentre os objetivos da operação de vacinação oficial e recadastramento dos rebanhos de seis municípios na calha do Rio Amazonas citamos:

• vacinar com “agulha oficial” todos os bovinos e bubalinos, garantindo a condição imunitária do rebanho bovídeo dos seis municípios envolvidos;

• recadastrar todas as propriedades e produtores rurais da região;

• georreferenciar e editar mapas com a localização das propriedades rurais;

• conhecer a realidade sócio-econômica e o sistema agroprodutivo da região;

• avaliar a ocorrência de sinais clínicos de doenças vesiculares nos animais vacinados;

• capacitar técnicos locais e de outras regiões em ações de vigilância veterinária;

• identificar áreas ou grupos de propriedades pecuárias de risco;

• reorganizar e padronizar os procedimentos nos escritórios do serviço veterinário estadual;

• integrar as atividades das instituições envolvidas na defesa sanitária animal no estado.

Autazes Manaus

Itacoatiara

Urucurituba

Parintins

Careiro

da

Várzea

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7. Descrição da operação de vacinação oficial e recadastramento:

7.1. Planejamento

Foi realizada uma reunião inicial na SFA/AM com a presença de representantes da DT/SFA/AM e equipes técnicas do SEDESA/SFA/AM e da CODESAV/SEPROR, no dia 8 de abril de 2008, quando foram detalhadas responsabilidades de cada instituição envolvida na operação, conforme descrito abaixo:

Responsabilidades da SFA/AM/MAPA:

• aluguel de 10 barcos de apoio, com disponibilidade de barcos rápidos (voadeiras), alimentação e combustíveis;

• fornecimento de combustíveis para as atividades, exceto dos barcos locados;

• disponibilização de servidores da SFA/AM e viabilização e organização para a participação de médicos veterinários dos serviços veterinários oficiais de outros estado.

Responsabilidades da CODESAV/SEPROR:

• fornecimento de alimentação para servidores da SEPROR, pessoal das prefeituras e auxiliares de campo contratados, exceto as equipes instaladas nos barcos alugados;

• disponibilização de instalações e fornecimento de materiais de consumo diversos (escritórios nos municípios, formulários, kits de reposição de pistola, pilhas, pistolas, GPS, etc);

• execução da vacinação oficial nas propriedades, em conjunto com o pessoal contratado ou disponibilizado pelas outras instituições envolvidas na operação.

Responsabilidades do IDAM/SEPROR:

• fornecimento da vacina contra febre aftosa necessária nos municípios, para ser adquirida pelos produtores rurais com custo subsidiado;

• disponibilização de pessoal técnico para colaborar na execução da vacinação oficial.

Nesta fase de planejamento, antes de ser iniciada a operação, forma promovidas reuniões com autoridades e profissionais locais, bem como, com os profissionais enviados por outros estados que colaboraram com a operação. Formou-se uma coordenação central, sediada em Manaus, e foram criadas coordenações locais, sediadas em cada município envolvido.

O planejamento também envolveu um levantamento e organização das informações sobre os municípios, os recursos disponíveis e necessários em pessoal, materiais e equipamentos. Foram elaborados os formulários e planilhas de controle necessários para o cadastramento e a vacinação, além do estabelecimento do tipo, via e fluxo de informações.

7.2. Liberação de recursos financeiros e licitações

A SFA/AM encaminhava ao DSA/MAPA planilhas com Programações Orçamentárias para descentralização de recursos financeiros, e, após análise da área técnica, os recursos eram disponibilizados prontamente à medida que solicitados, de acordo com as programações enviadas e as necessidades adicionais apresentadas.

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O maior volume de recursos utilizados pela SFA/AM foi para a contratação de prestação de serviços de transporte fluvial, efetuada por meio de licitação modalidade Pregão Eletrônico, com publicação do Aviso de Licitação Pregão nº 13/2008 e do Extrato de Contrato nº 13/2008 no Diário Oficial da União de 30 de abril de 2008 e 21 de julho de 2008, respectivamente. A empresa NÁUTICA VELHO ARTHUR COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA foi a vencedora pelo valor inicial de R$ 950.000,00 (novecentos e cinqüenta mil reais), conforme Nota de Empenho. Pelos serviços prestados, a empresa recebeu os valores de R$ 475.000,00 (quatrocentos e setenta e cinco mil reais) em junho e R$ 442.775,60 (quatrocentos e quarenta e dois mil setecentos e setenta e cinco reais e sessenta centavos) em julho deste ano, totalizando R$ 917.775,60 (novecentos e dezessete mil e setecentos e setenta e cinco reais sessenta centavos).

As embarcações locadas para servir as equipes nos seis municípios foram: Spectros, Pescador e Miss Bebel em Parintins; Comandante Wal-de-Mar, Nandas e Urariá em Itacoatiara; Marcopollo em Careiro da Várzea; Madame em Autazes e Dolly em Urucurituba e Meu Garoto em Manaus. Devido atrasos no processo licitatório, os barcos locados iniciaram seus trabalhos dia 21 de maio de 2008.

A embarcação Boto Tucuxi da SFA/PA participiou da operação em tempo integral com tripulação e equipe de vacinadores da SFA/PA, no município de Parintins, com uso de combustíveis adquiridos pela SFA/AM.

7.3. Treinamentos e coordenação das atividades

Para a condução das atividades, foi constituída uma coordenação central formada por técnicos da SFA/AM, da CODESAV, do IDAM e Fiscais Federais Agropecuários enviados pelo DSA. Esta coordenação central, com sede na SFA/AM em Manaus, ficou encarregada do planejamento e coordenação da operação. Foi estabelecida uma freqüência de duas reuniões semanais da coordenação central em Manaus, com registros em atas, para acompanhar o andamento dos trabalhos e fazer as intervenções necessárias para garantir o cumprimento das metas estabelecidas.

A coordenação central realizou treinamentos, para uso de aparelho GPS aplicado ao cadastramento de propriedades rurais e suas vias de acesso, dirigido a profissionais dos seis municípios envolvidos na operação e municípios vizinhos a Manaus indicados pela CODESAV e IDAM. Além disto, os funcionários dos escritórios locais dos municípios foram treinados para organização, lançamento e arquivamento dos dados de cadastramento e geoprocessamento dos dados de campo.

Para acompanhamento e controle dos trabalhos nos seis municípios envolvidos foram elaboradas planilhas eletrônicas que eram transmitidas até a coordenação central por meio de quatro equipamentos de

“Autotrac”, três cedidos pelo IDARON/RO e um pela SFA/MT. O uso dessa tecnologia possibilitou o envio de informações em tempo real entre a coordenação central e embarcações situadas em locais de difícil acesso e com dificuldades de comunicação.

O Sistema de Proteção à Amazônia (SIPAM) forneceu fotos impressas de satélite com delimitação dos municípios, cobertura vegetal, hidrografia, rodovias, localização das sedes e das comunidades de cada município envolvido na operação.

A coordenação central realizava supervisões quinzenais em todos os municípios, reunindo-se com as coordenações locais e as equipes de campo, registrando em atas os avanços e entraves, para avaliação dos trabalhos e das estratégias em cada município.

As coordenações locais, constituídas nos seis municípios, mantinham contato diário com as equipes de campo, atendendo solicitações e necessidades diversas. Além disto, mantinham contato regular com a coordenação central, apresentando informações e solicitações para o bom desempenho das atividades.

Nos barcos de apoio havia coordenadores de equipes e médicos veterinários que se responsabilizavam

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7.4. Alojamento e trabalho das equipes

Devido à necessidade de complementar o número de médicos veterinários para a operação, o DSA convocou voluntários dos serviços veterinários estaduais e das Superintendências Federais de Agricultura nos outros estados. Cinqüenta e nove médicos veterinários de diversos estados se candidataram, sendo convocados 29 participantes. As equipes de campo eram constituídas de pelo menos duas pessoas, que utilizavam vestimentas para serem identificados como pertencentes ao serviço veterinário oficial.

Devido às grandes dificuldades e distâncias para deslocamento via fluvial, as equipes se alojaram em dez barcos de apoio contratados pela SFA/AM, um cedido pela SFA/PA e três cedidos pela SEPROR (CODESAV/IDAM). Os barcos se deslocaram de Manaus levando as equipes e barcos rápidos (“voadeiras”), e se posicionaram em pontos estratégicos para dar apoio às equipes de campo. Com a evolução dos trabalhos, os barcos de apoio foram se deslocando para novas localidades. Os deslocamentos das equipes dos barcos às propriedades eram realizados em “voadeiras”, que, devido à condição de enchente do Rio Amazonas, possibilitou amplo acesso às propriedades localizadas às suas margens, de seus braços e lagos. Em propriedades com acesso por terra firme foram utilizados veículos traçados devido às condições precárias de algumas estradas.

O trabalho das equipes consistiu em localizar as propriedades com ajuda de auxiliares da região, realizar a vacinação contra febre aftosa e a conferência do numero de animais em cada faixa etária, preenchimento da ficha cadastral da propriedade e do produtor rural e da notificação de vacinação e registro das coordenadas geográficas por meio dos aparelhos de GPS.

7.5. Comunicação com a comunidade

A comunicação com as comunidades envolvidas foi determinante para o sucesso da operação. Por meio de rádios difusoras regionais, palestras em escolas, cartazes, faixas, folhetos informativos e contatos pessoais nas propriedades, as atividade eram anunciadas e explicadas, destacando-se a importância da vacinação de todos os bovinos e bubalinos nas propriedades e a necessidade de serem providenciadas instalações adequadas para a contenção e manejo dos animais. Esta abordagem permitiu que muitos produtores que não dispunham de instalações fizessem melhorias e adequações com antecedência, possibilitando o manejo dos animais de forma segura e eficiente na maior parte do tempo.

7.6. Transmissão e processamento dos dados

Os dados dos trabalhos realizados pelas equipes de campo eram agrupados nas coordenações locais ou nos barcos de apoio e periodicamente enviados à coordenação central via fax ou “Autotrac” nos formulários e planilhas previamente elaborados. Os dados eram processados na coordenação central em planilhas específicas, analisados e discutidos, visando avaliar o desempenho da operação e auxiliando na tomada de decisões.

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8. Recursos empregados:

A realização das atividades propostas contou com a integração das estruturas de recursos humanos, materiais e financeiros do DSA/MAPA, SFA/AM e CODESAV/IDAM /SEPROR.

Além destas instituições, outras SFAs e serviços veterinários de outros estados disponibilizaram recursos humanos e materiais, conforme apresentado nas Tabelas 4 e 5. Foram ainda contratados serviços e materiais de terceiros.

Tabela 4. Recursos humanos envolvidos na operação de vacinação oficial nos seis municípios da calha do Rio Amazonas

Auxiliares Técnicos

MAPA/SFA/AM 7 - 1 5 5 18

MAPA/SFA/PA 1 - - 10 3 14

MAPA/SFA/MT 1 - - - - 1

MAPA/SFA/SP 1 - - - - 1

MAPA/DSA 2 - - - - 2

CODESAV/AM 6 - 7 12 31 56

IDAM/AM 5 1 2 33 12 53

SEAPA/RS 11 - - - - 11

IDARON/RO 4 - - - - 4

IDAF/AC 3 - - - - 3

INDEA/MT 2 - 1 - - 3

AGRODEFESA/GO 3 - - - - 3

TOTAL 46 1 11 60 51 169

Outros

Total por Instituição Instituição cedente

Médicos

Veterinários Zootecnistas

Engenheiros Agrônomos

Fonte: MAPA/SFA/AM, CODESAV e IDAM

Tabela 5. Recursos materiais envolvidos na Operação de vacinação oficial nos seis municípios da Calha do Rio Amazonas

Instituição

cedente Barcos de apoio Barcos pidos (voadeiras) Vculos trados Vculos comuns Equipamentos Autotrac Equipamentos de GPS Computadores Doses de Vacina Pistolas de vacinão Gasolina (litros) Óleo Diesel (litros) Óleo Lubrificante (litros) Kits de vestuário

MAPA/SFA/AM 10 21 4 5 - 6 6 13 17.422 11.425 413 280

CODESAV/IDAM/AM 3 20 4 6 - 32 18 364.611 92 27.371 15.807 317 -

MAPA/SFA/PA 1 - - - - - - - - - - -

MAPA/SFA/ MT - - - - 1 1 - - - - - - -

SEAPA/RS - - - - - 10 - - - - - - -

IDARON/RO - - - - 3 4 - - - - - - -

IDAF/AC - - - - - 1 - - - - - - -

INDEA/MT - - - - - 1 - - - - - - -

AGRODEFESA/GO - - - - - 3 - - - - - - -

TOTAL 14 41 8 11 4 58 24 364.611 105 44.793 27.232 730 280

Fonte: MAPA/SFA/AM, CODESAV e IDAM

O detalhamento dos recursos financeiros aplicados pelo DSA/MAPA nesta operação pode ser analisado na tabela a seguir. Adicionalmente aos recursos federais, a CODESAV aplicou R$ 121.680,00 e o IDAM R$

45.402,00. As vacinas contra a febre aftosa, adquiridas pelo IDAM e vendidas ao produtor pelo valor de R$

0,60 (sessenta centavos de reais) custaram aos cofres estaduais R$ 659.944,00.

Tabela 6. Destinação de recursos financeiros liberados pelo SFA/AM/MAPA na campanha de vacinação oficial contra

(16)

Detalhamento de gastos Elemento de despesa Recursos financeiros (R$) Percentual

Aluguel de Barcos 3390-33 917.775,60 70,7%

Combustíveis 3390-30 105.512,70 8,1%

Diárias servidor 3390-14 99.022,43 7,6%

Passagens 3390-33 71.732,74 5,5%

Diárias colaborador eventual 3390-36 80.315,45 6,2%

Serviços pessoa Juridica 339039 11.857,00 0,9%

Material de Consumo

SFA/AM 6.762,50 0,5%

SFA/PA 4.814,00 0,4%

TOTAL 1.297.792,42 100%

3390-30

Fonte: SFA/AM

9. Cronograma

A vacinação contra febre aftosa no Estado do Amazonas ocorre normalmente em duas etapas, nos meses de maio e novembro, vacinado-se todos os bovinos e bubalinos dentro do período de 30 dias. A operação de vacinação oficial e recadastramento ocorreu na primeira etapa de 2008.

A etapa de vacinação oficial nos seis municípios foi inicialmente programada para ser realizada do dia 1o de maio até o dia 15 de junho, devido à necessidade de extensão do período, justificada pelas condições locais e capacidade das equipes implantadas. Na maioria dos municípios os trabalhos se iniciaram a partir do dia 21 de maio de 2008 devido a atrasos no processo licitatório dos barcos e aquisição de materiais. O período foi prorrogado até o dia 30 de junho de 2008. Ainda assim, em alguns municípios, os trabalhos somente foram concluídos em 10 de julho de 2008.

10. Resultados

Os resultados das atividades de vacinação e recadastramento dos rebanhos nos seis municípios seguem descritos nas tabelas e figuras abaixo.

Ao final da operação constataram-se falhas no georreferenciamento de algumas propriedades rurais, na edição de mapas e no preenchimento de formulários e planilhas de síntese do cadastramento. Estas falhas aconteceram principalmente nos municípios de Autazes, Careiro da Várzea e Urucurituba, os quais merecerão maior atenção nas próximas atividades.

Tabela 7. Resultados da operação de vacinação oficial e recadastramento das propriedades rurais em seis municípios da calha do Rio Amazonas, durante sua etapa regular (01 de maio a 30 de junho de 2008).

Total

Com registro de

vacinação Existente Vacinada Existente Vacinada Existente Vacinada

Autazes 945 943 932 55.381 55.157 14.091 13.891 69.472 69.048

Careiro da Várzea 672 670 786 39.393 39.223 3.489 3.487 42.882 42.710

Itacoatiara 1.263 1.216 1.250 63.763 60.466 12.549 12.543 76.312 73.009

Manaus 356 352 318 9.376 9.291 783 729 10.159 10.020

Parintins 1.101 960 1.305 103.044 95.208 12.486 10.990 115.530 106.198

Urucurituba 453 405 448 13.319 11.993 1.175 1.175 14.494 13.168

TOTAL 4.790 4.546 5.039 284.276 271.338 44.573 42.815 328.849 314.153

94,9% 95,5%

Propriedades rurais com

bovídeos População bovina População bubalina População bovídea

Produtores Município

Fonte: CODESAV_ SEPROR_ AM

Tabela 8. Vacinação oficial e recadastramento de propriedades rurais em seis municípios da calha do Rio Amazonas, após sua etapa regular (01 a 15 de julho de 2008).

(17)

Total

Com registro

de vacinação Existente Vacinada Existente Vacinada Existente Vacinada

Autazes 02 02 02 218 218 186 186 404 404

Careiro da Várzea 2 2 2 40 40 - - 40 40

Itacoatiara 51 51 69 1.578 1.578 191 191 1.769 1.769

Manaus 4 4 4 24 24 54 54 78 78

Parintins 141 141 192 7.636 7.636 1.418 1.418 9.054 9.054

Urucurituba 25 25 25 867 867 0 0 867 867

TOTAL 225 225 294 10.363 10.363 1.849 1.849 12.212 12.212

População bovídea Município

Propriedades rurais

com bovídeos

Produtores

População bovina População bubalina

Fonte: CODESAV_SEPROR_ AM

Figura 6. Imagem de mapa utilizando o software “TrackMaker” mostrando a localização geográfica de todas as propriedades trabalhadas nos seis municípios.

Figura 7. Imagem de mapa utilizando o software “TrackMaker” mostrando a localização geográfica em detalhes no município de Itacoatiara.

Figura 8. Imagem de satélite com localização georreferenciada de propriedades rurais cadastradas durante a operação

(18)

10. Conclusões:

Os objetivos propostos foram em grande parte alcançados. A vacinação oficial contra a febre aftosa nos seis municípios da calha do Rio Amazonas permitem garantir que a população susceptível desta região foi efetivamente vacinada, propiciando elevada cobertura imunitária do rebanho, condição imprescindível para interromper a circulação do vírus da febre aftosa. Durante os trabalhos, médicos veterinários do serviço veterinário oficial inspecionaram mais de 4.500 propriedades rurais e cerca de 330 mil bovídeos, sem constatar nenhuma ocorrência de sinais clínicos de doença vesicular, indicando que não há manifestações da febre aftosa na região.

Os trabalhos também propiciaram maior conhecimento de realidade sócio-ecônomica e do sistema agro produtivo dessa região e a construção de uma base de dados para atender futuras demandas do processo de obtenção da condição de zona livre de febre aftosa. As informações levantadas e a integração alcançada entre as instituições governamentais envolvidas serão determinantes para o desenvolvimento conjunto de novas estratégias do PNEFA, a serem aplicadas nesta região tão singular do Brasil.

Baseado nesta experiência, o trabalho será ampliado e aplicado na etapa seguinte a 12 municípios do Amazonas (os seis apresentados aqui e outros seis também sob influência do Rio Amazonas) e três no estado do Pará, aumentando a área de cobertura das atividades. Considerando a necessidade de ajustes

(19)

na estratégia, a segunda etapa dos trabalhos não será realizada em novembro de 2008 e sim em fevereiro de 2009, garantindo o acesso às propriedades rurais, já que a situação de vazante encontrada durante o mês de novembro inviabilizaria as atividades

Apesar do grande esforço de todos, existiram falhas no cadastramento, lacunas no georreferenciamento das propriedades, na edição dos mapas e no preenchimento das fichas de cadastros. Dificuldades que deverão ser sanadas nas próximas etapas do trabalho.

O DSA pretende manter esta região sob intenso controle, realizando pelo menos mais duas etapas de vacinação oficial, o que proporcionará avanços rápidos e significativos para o status sanitário do Estado do Amazonas e de todo o País. Entretanto, além dessas ações específicas, é imprescindível que o serviço veterinário estadual seja plenamente implantado, visando à execução das atividades de vigilância e fiscalização que permitirão atestar a condição sanitária da região.

.

Ministério da Agricultura, Pecuária e AbastecimentoSecretaria de Defesa Agropecuária

DEPARTAMENTO DE SAÚDE ANIMALESPLANADA DOS MINISTÉRIOS – BLOCO ANEXO A - SALA 30570.043-900 BRASÍLIA DF - BRASILTEL 00 55 61 218 2701FAX 00 55 61 226 3446

Email: pnefa@agricultura.gov.br

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