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Superior Tribunal de Justiça

RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 35.459 - MT (2013/0031482-6)

RELATORA : MINISTRA LAURITA VAZ

RECORRENTE : MARCOS SAMPAIO ALVES FERREIRA ADVOGADOS : DIVANIR MARCELO DE PIERI E OUTRO(S)

RODRIG0 RIBEIRO ARAÚJO

RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO EMENTA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS.

TRANCAMENTO DE INVESTIGAÇÃO INSTAURADA NO ÂMBITO DO MINISTÉRIO PÚBLICO VISANDO A APURAR A PRÁTICA DOS CRIMES DE TORTURA, ABUSO DE AUTORIDADE, LESÕES CORPORAIS, HOMICÍDIO TENTADO, HOMICÍDIO QUALIFICADO, PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO, DISPARO DE ARMA DE FOGO EM LUGAR PÚBLICO E CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, POR PARTE DE DELEGADO DA POLICIA CIVIL.

AFASTAMENTO DO CARGO. PEDIDO DE RECONDUÇÃO À REFERIDA FUNÇÃO PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE

CONSTRANGIMENTO À LIBERDADE AMBULATORIAL DO

RECORRENTE. TESES DE INCONSTITUCIONALIDADE DO PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO CRIMINAL INSTAURADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO E EXCESSO DE PRAZO. IMPROCEDÊNCIA.

RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA EXTENSÃO, DESPROVIDO.

1. Não cabe, na via do writ , a análise da medida cautelar que impôs ao Investigado o afastamento de cargo público, pois inexiste, no ponto, qualquer efetiva ou possível coação à sua liberdade ambulatorial. Vale inclusive relembrar, no ponto, o entendimento sedimentado na súmula n.º 694/STF: "[n]ão cabe habeas corpus contra imposição da pena de exclusão de militar ou perda de patente ou função pública ", que se aplica, mutatis mutandis , à espécie.

2. A Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, na mesma linha do entendimento do Supremo Tribunal Federal, firmou-se no sentido de que a competência para presidir o inquérito policial, exclusiva da polícia judiciária, não impede o Ministério Público, titular da ação penal, de promover diligências investigatórias para obter elementos de prova que considere indispensáveis à formação da sua opinio delicti.

3. Na hipótese, a função pública de Autoridade Policial do Recorrente, a gravidade dos crimes a ele imputados e a inexistência de inquérito policial autorizam a investigação pelo Ministério Público Estadual, não existindo, assim, qualquer irregularidade quanto a tal tocante.

4. Conforme entendimento dos Tribunais Pátrios, os prazos para a

conclusão do Inquérito Policial previstos no art. 10 do Código de Processo

Penal não são peremptórios. Mesma inteligência deve ser estendida aos

procedimentos investigatórios realizados pelo Ministério Público, mormente

diante do art. 12, caput , da resolução n.º 13 do Conselho Nacional do

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Superior Tribunal de Justiça

Ministério Público, o qual, ao mesmo tempo que prevê que "[o] procedimento investigatório criminal deverá ser concluído no prazo de 90 (noventa) dias", dispõe que são "permitidas, por igual período, prorrogações sucessivas, por decisão fundamentada do membro do Ministério Público responsável pela sua condução ".

5. In casu, não há ilegal excesso de prazo, pois é razoável a demora na conclusão da fase investigatória, mormente por ser extenso o rol dos crimes supostamente praticados por todos envolvidos.

6. Recurso ordinário em habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa extensão, desprovido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, conhecer parcialmente do recurso e, nessa parte, negar-lhe provimento. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Marco Aurélio Bellizze, Moura Ribeiro e Regina Helena Costa votaram com a Sra. Ministra Relatora.

Brasília (DF), 05 de dezembro de 2013 (Data do Julgamento)

MINISTRA LAURITA VAZ

Relatora

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Superior Tribunal de Justiça

RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 35.459 - MT (2013/0031482-6)

RECORRENTE : MARCOS SAMPAIO ALVES FERREIRA ADVOGADOS : DIVANIR MARCELO DE PIERI E OUTRO(S)

RODRIG0 RIBEIRO ARAÚJO

RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO RELATÓRIO

A EXMA. SRA. MINISTRA LAURITA VAZ (RELATORA):

Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus , interposto por MARCOS SAMPAIO ALVES FERREIRA – investigado pela suposta prática dos crimes de tortura, abuso de autoridade, lesões corporais, homicídio tentado, homicídio qualificado, porte ilegal de arma de fogo, disparo de arma de fogo em lugar público e crimes contra a Administração Pública –, contra acórdão proferido nos autos do HC n.º 42612/2012 pelo Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso, assim ementado (fls. 202/203):

"HABEAS CORPUS - PRELIMINAR DE OFÍCIO - NÃO CONHECIMENTO - INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA - ARTIGO 5º, INCISOS LXVIII E LXIX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - PRETENSÃO QUE NÃO DIZ RESPEITO À LIBERDADE AMBULATORIAL DO BENEFICIÁRIO - PRETENSA ILEGALIDADE DA MEDIDA CAUTELAR E PRETENDIDO RETORNO AO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PÚBLICA DE DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL - MÉRITO - ALEGADA INCONSTITUCIONALIDADE DO PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO PROCEDIDO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO - INOCORRÊNCIA - ATUAÇÃO SUBSIDIÁRIA - PARTICULARIDADES DO CASO CONCRETO QUE EVIDENCIA NÃO RECOMENDÁVEL A REALIZAÇÃO DA INVESTIGAÇÃO PELA POLÍCIA - PEDIDO DE "TRANCAMENTO DO PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO POR EXCESSO DE PRAZO" - INVIABILIDADE - ATRASO QUE NÃO SE ENCONTRA EM NENHUMA DAS HIPÓTESES QUE AUTORIZA A MEDIDA EXCEPCIONAL -

CONSTRANGIMENTO ILEGAL INOCORRENTE - ORDEM

PARCIALMENTE CONHECIDA E NESSA EXTENSÃO DENEGADA.

O afastamento da função pública, ainda que fundado no artigo 319,

inciso VI, do Código de Processo Penal, não afeta a liberdade ambulatorial

do funcionário público, de modo que o habeas corpus não é a via inadequada

para analisá-lo, admitindo-se, para tanto, a utilização do mandado de

segurança, o qual se presta a proteger direito liquido e certo não amparado

pelo writ constitucional.

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Superior Tribunal de Justiça

Têm-se entendido ser lícito ao Ministério Público investigar de maneira subsidiária, quando não for possível ou recomendável que se efetivem pela própria policia.

O excesso de prazo não se encontra em nenhuma das hipóteses autorizadoras do trancamento do inquérito policial, quais sejam: falta de justa causa para sua tramitação em razão da atipicidade da conduta, da extinção da punibilidade ou da absoluta ausência de elementos indiciários demonstiativos da autoria da prova da materialidade "

Colhe-se nos autos que o Ministério Público Estadual requereu a prisão preventiva do Recorrente em 1.º de março de 2012. Contudo, em decisão proferida no dia 06 do mesmo mês, o Juízo processante indeferiu tal pretensão. Porém, decretou, como medidas cautelares, o afastamento do Réu da Delegacia de Policia Civil da cidade de Jaciara/MT, a suspensão de suas funções inerentes ao cargo de Delegado e o recolhimento de sua arma.

Contra tal decisão, foi impetrado habeas corpus no Tribunal de origem, o qual restou parcialmente conhecido e nessa extensão denegado.

Interpôs-se, então, o presente recurso, em que se alega, em suma, a incompetência do Parquet para promover investigação criminal, a necessidade do trancamento do inquérito penal por excesso de prazo e a ausência de fundamento legal para a medida cautelar imposta ao Recorrente.

Pugna-se, assim, pelo trancamento do procedimento investigatório criminal e a recondução do Réu à função de Delegado da Polícia Civil da cidade de Jaciara.

Razões às fls. 227/259.

Contrarrazões às fls. 264/271;

Admissibilidade às fls. 273/274.

O Ministério Público Federal manifestou-se às fls. 285/289, pelo desprovimento do recurso ordinário em habeas corpus .

É o relatório.

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Superior Tribunal de Justiça

RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 35.459 - MT (2013/0031482-6)

EMENTA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS.

TRANCAMENTO DE INVESTIGAÇÃO INSTAURADA NO ÂMBITO DO MINISTÉRIO PÚBLICO VISANDO A APURAR A PRÁTICA DOS CRIMES DE TORTURA, ABUSO DE AUTORIDADE, LESÕES CORPORAIS, HOMICÍDIO TENTADO, HOMICÍDIO QUALIFICADO, PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO, DISPARO DE ARMA DE FOGO EM LUGAR PÚBLICO E CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, POR PARTE DE DELEGADO DA POLICIA CIVIL.

AFASTAMENTO DO CARGO. PEDIDO DE RECONDUÇÃO À REFERIDA FUNÇÃO PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE

CONSTRANGIMENTO À LIBERDADE AMBULATORIAL DO

RECORRENTE. TESES DE INCONSTITUCIONALIDADE DO PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO CRIMINAL INSTAURADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO E EXCESSO DE PRAZO. IMPROCEDÊNCIA.

RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA EXTENSÃO, DESPROVIDO.

1. Não cabe, na via do writ , a análise da medida cautelar que impôs ao Investigado o afastamento de cargo público, pois inexiste, no ponto, qualquer efetiva ou possível coação à sua liberdade ambulatorial. Vale inclusive relembrar, no ponto, o entendimento sedimentado na súmula n.º 694/STF: "[n]ão cabe habeas corpus contra imposição da pena de exclusão de militar ou perda de patente ou função pública ", que se aplica, mutatis mutandis , à espécie.

2. A Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, na mesma linha do entendimento do Supremo Tribunal Federal, firmou-se no sentido de que a competência para presidir o inquérito policial, exclusiva da polícia judiciária, não impede o Ministério Público, titular da ação penal, de promover diligências investigatórias para obter elementos de prova que considere indispensáveis à formação da sua opinio delicti.

3. Na hipótese, a função pública de Autoridade Policial do Recorrente, a gravidade dos crimes a ele imputados e a inexistência de inquérito policial autorizam a investigação pelo Ministério Público Estadual, não existindo, assim, qualquer irregularidade quanto a tal tocante.

4. Conforme entendimento dos Tribunais Pátrios, os prazos para a

conclusão do Inquérito Policial previstos no art. 10 do Código de Processo

Penal não são peremptórios. Mesma inteligência deve ser estendida aos

procedimentos investigatórios realizados pelo Ministério Público, mormente

diante do art. 12, caput , da resolução n.º 13 do Conselho Nacional do

Ministério Público, o qual, ao mesmo tempo que prevê que "[o] procedimento

investigatório criminal deverá ser concluído no prazo de 90 (noventa) dias",

dispõe que são "permitidas, por igual período, prorrogações sucessivas, por

decisão fundamentada do membro do Ministério Público responsável pela sua

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Superior Tribunal de Justiça

condução ".

5. In casu, não há ilegal excesso de prazo, pois é razoável a demora na conclusão da fase investigatória, mormente por ser extenso o rol dos crimes supostamente praticados por todos envolvidos.

6. Recurso ordinário em habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa extensão, desprovido.

VOTO

A EXMA. SRA. MINISTRA LAURITA VAZ (RELATORA):

Inicialmente, o pedido de reconhecimento de ilegalidade no afastamento do Recorrente do cargo de Delegado da Polícia Civil não pode ser conhecido. Isso porque, quanto a tal tocante, inexiste efetiva ou possível ameaça de coação à liberdade ambulatorial do Investigado.

Nesse sentido, deste Superior Tribunal de Justiça:

"HABEAS CORPUS ORIGINÁRIO. ART. 1º, II, DO DECRETO-LEI 201/71. 1. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. INÉPCIA DA INICIAL E AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA (FALTA DE INDÍCIOS DE AUTORIA).

SUPERVENIÊNCIA DE ACÓRDÃO CONDENATÓRIO.

PREJUDICIALIDADE. 2. AFASTAMENTO CAUTELAR DO CARGO DE PREFEITO. PLEITO DE RECONDUÇÃO. INVIABILIDADE DE ANÁLISE NA VIA DO HABEAS CORPUS. INEXISTÊNCIA DE AMEAÇA OU OFENSA DIRETA À LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO. NECESSIDADE DE RACIONALIZAÇÃO DO WRIT. EXAME EXCEPCIONAL. DECISÃO CONCRETA E SUFICIENTEMENTE MOTIVADA. REITERAÇÃO DE CONDUTAS SIMILARES ÀQUELA QUE ENSEJOU A PERSECUÇÃO PENAL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO VERIFICADO. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA EXTENSÃO, DENEGADA, CASSADA A LIMINAR.

1. A extinção da ação penal por meio da via estreita do habeas corpus consiste em medida excepcional, justificando-se quando despontar, fora de dúvida, a atipicidade da conduta, causa extintiva da punibilidade ou ausência de indícios de autoria.

2. Na hipótese, a superveniência de acórdão condenatório torna

superado o pedido de extinção da ação penal não só em relação à alegação de

inépcia da denúncia - o que é pacífico na jurisprudência desta Corte -, como

também em relação à ausência de justa causa, pois esse argumento foi

formulado com base na afirmativa de que o Parquet não teria apontado na

inicial acusatória "elemento indiciário demonstrativo da autoria do delito

imputado ao paciente". Ora, tanto havia indícios mínimos de autoria que a

acusação foi julgada procedente, após toda a instrução processual e colheita

de provas, para condenar o paciente pelo crime descrito na inicial acusatória

- art. 1º, II, do Decreto-Lei nº 201/67.

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Superior Tribunal de Justiça

3. O pleito de recondução ao cargo de prefeito sequer poderia ser enfrentado na via do habeas corpus, em virtude do afastamento cautelar da função pública imposto pelo Tribunal de origem não ensejar ameaça ou ofensa direta à liberdade de locomoção do paciente. Contudo, considerando que existe nos autos liminar deferida e que a perda definitiva do cargo, declarada no acórdão condenatório, apenas passará a vigorar após o trânsito em julgado da condenação, nos moldes disciplinados no art. 1º, § 2º, do Decreto-Lei nº 201/67, reputa-se prudente proceder ao exame da continuidade ou não do exercício do cargo até a condenação definitiva.

4. Na espécie, ao contrário do alegado, os fatos que ensejaram o afastamento da função pública estão intrinsicamente relacionados àquele que motivou a propositura da ação penal, o que demonstra a necessidade de acautelamento dos bens e serviços públicos, a fim de que a reiteração da conduta ilícita não ocasione a dilapidação do patrimônio coletivo, que deveria estar, até mesmo por imperativo moral, a serviço dos munícipes daquela localidade.

5. Habeas corpus conhecido em parte e, nessa extensão, denegado, cassando-se a liminar anteriormente deferida. " (HC 204.169/MG, Rel.

Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 23/10/2012, DJe 30/10/2012 – grifei.)

Vale relembrar, no ponto, o entendimento sedimentado na súmula n.º 694 do Supremo Tribunal Federal, que se aplica, mutatis mutandis , à espécie.

Confira-se:

"Não cabe 'habeas corpus' contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou de função pública. "

Já quanto ao pedido de trancamento do procedimento investigatório realizado pelo Parquet , o recurso não pode ser provido.

O Tribunal de origem, ao julgar o writ lá impetrado, consignou, no voto condutor do acórdão, o que se segue, in verbis (fls. 213/220):

"Emerge dos autos que, em 1º de março de 2012, o Ministério Público instaurou procedimento investigatório criminal em desfavor de Marcos Sampaio Alves Ferreira, ora beneficiário, Valdeir Zelis dos Santos e Fabio Domingos, os quais, supostamente, estariam cometendo diversos delitos, a saber: usurpação da função pública, porte ilegal de arma de fogo, disparo de arma de fogo em via pública, abuso de autoridade, tortura, lesões corporais, homicídio tentando e homicídio qualificado, e dos crimes contra a administração pública, notadamente, prevaricação e possivelmente concussão, capitulados no Código Penal e legislação especial, cuja tipificação ainda não foi definida.

Inicialmente, quanto à possibilidade de o Ministério Público

promover investigações de natureza penal, trata-se de questão não pacificada

no ordenamento jurídico pátrio, estando pendente de exame pelo Supremo

Tribunal Federal no habeas corpus de n.º 84.548-7/SP, e com repercussão

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Superior Tribunal de Justiça

geral reconhecida (STF, RE 593727 RG, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, julgado em 27/08/2009, DJe- 181 DIVULG 24-09-2 09 PUBLIC 25-09-2009 EMENT VOL-02375-07 PP-0 1929 ). E, enquanto não sobrevier decisão estabelecendo os exatos contornos e limites dessa atividade, têm-se entendido ser lícito ao Ministério Público investigar de maneira subsidiária, quando não for possível ou recomendável que se efetivem pela própria polícia

[...]

Como segundo ponto de irresignação, o impetrante sustenta que o

"procedimento investigativo deve ser trancado em razão do excesso injustificado de prazo para o seu Início e término".

É cediço que o trancamento de investigação criminal só admissível em situações excepcionais quando se observa a falta de justa causa para sua tramitação em razão da atipicidade da conduta, da extinção da punibilidade ou da absoluta ausência de elementos indiciários demonstrativos da autoria e da prova da materialidade. Isso porque na fase inquisitorial prevalece o princípio do indubio pro societate, sendo suficiente para a instauração e trâmite da investigação a probabilidade de procedência dos fatos a serem apurados.

Diante das considerações expendidas, verifica-se que o impetrante se equivocou ao pleitear o trancamento do procedimento investigatório em razão de excesso de prazo, uma vez que este, quando realmente configurado, é capaz de ensejar apenas o relaxamento da prisão, o que sequer é possível no caso vertente, pois o beneficiário se encontra em liberdade, tendo-lhe sido aplicada tão-somente a medida cautelar de afastamento das suas funções de delegado.

Ademais, ainda que se entendesse de forma diversa, configuração do excesso de prazo para o término da instrução criminal não deve ser apurado exclusivamente com a soma dos prazos estabelecido em lei, mas sim com base no princípio a razoabilidade, levando-se em conta as particularidades emanadas ao caso concreto.

No caso vertente, o procedimento investigatório se iniciou em 1º de março de 2012, portanto, não se verifica nenhuma demora até o momento e, se realmente tivesse ocorrido, seria perfeitamente justificável pela complexidade do caso, o qual possui 03 (três) acusados, dentre eles um delegado, ora beneficiário, e se apura a prática de diversos delitos: usurpação da função pública, porte ilegal de arma de fogo, disparo de arma e fogo em via pública, abuso de autoridade, tortura, lesões corporais, homicídio ,tentando e homicídio qualificado, e dos crimes contra a administração pública, notadamente, prevaricação e possivelmente concussão, capitulados no Código Penal e legislação pericial, cuja tipificação ainda não foi definida.

Por todo o exposto, conheço parcialmente o habeas corpus impetrado em favor de Marcos Sampaio Alves Ferreira, e nesta extensão denego a ordem, com a consequente cassação da liminar que fora concedida pelo Des.

Manoe1 Ornellas de Almeida, Relator em Substituição Legal (fls. 128 TJ/MT).

É como voto. "

Com efeito, mostra-se correta tal conclusão, pois a jurisprudência do Superior

Tribunal de Justiça assentou-se no sentido de que a competência para presidir o inquérito

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Superior Tribunal de Justiça

policial, exclusiva da polícia judiciária, não impede o Ministério Público, titular da ação penal, de promover diligências investigatórias para obter elementos de prova que considere indispensáveis à formação da sua opinio delicti.

Mais. Já se concluiu, em julgamento do Pretório Excelso que, nas hipóteses específicas de "[l]esão ao patrimônio público, excessos cometidos pelos próprios agentes e organismos policiais como tortura, abuso de poder, violências arbitrárias, concussão ou corrupção,ou, ainda nos casos em que se verificar uma intencional omissão da Polícia na apuração de determinados delitos ou se configurar o deliberado intuito da própria corporação policial de frustrar, em função da qualidade da vítima ou da condição do suspeito, a adequada apuração de determinadas infrações penal " (HC 89.837/DF, Rel.

Ministro CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJe 20/11/2009), o Parquet pode instaurar procedimentos investigatórios, mesmo que não haja inquérito policial instaurado.

Dessa forma, no presente caso, a função pública de autoridade policial do Recorrente, a gravidade dos crimes a ele imputados e a inexistência de inquérito policial autorizam a investigação pelo Ministério Público Estadual.

Nesse sentido:

""HABEAS CORPUS' - CRIMES DE TRÁFICO DE DROGAS E DE CONCUSSÃO ATRIBUÍDOS A POLICIAIS CIVIS - POSSIBILIDADE DE O MINISTÉRIO PÚBLICO, FUNDADO EM INVESTIGAÇÃO POR ELE PRÓPRIO PROMOVIDA, FORMULAR DENÚNCIA CONTRA REFERIDOS AGENTES POLICIAIS - VALIDADE JURÍDICA DESSA ATIVIDADE INVESTIGATÓRIA - CONDENAÇÃO PENAL IMPOSTA AOS POLICIAIS - LEGITIMIDADE JURÍDICA DO PODER INVESTIGATÓRIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO - MONOPÓLIO CONSTITUCIONAL DA TITULARIDADE DA AÇÃO PENAL PÚBLICA PELO "PARQUET" - TEORIA DOS PODERES IMPLÍCITOS - CASO "McCULLOCH v. MARYLAND"

(1819) - MAGISTÉRIO DA DOUTRINA (RUI BARBOSA, JOHN MARSHALL, JOÃO BARBALHO, MARCELLO CAETANO, CASTRO NUNES, OSWALDO TRIGUEIRO, v.g.) - OUTORGA, AO MINISTÉRIO PÚBLICO, PELA PRÓPRIA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, DO PODER DE CONTROLE EXTERNO SOBRE A ATIVIDADE POLICIAL - LIMITAÇÕES DE ORDEM JURÍDICA AO PODER INVESTIGATÓRIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO -

"HABEAS CORPUS" INDEFERIDO. NAS HIPÓTESES DE AÇÃO PENAL

PÚBLICA, O INQUÉRITO POLICIAL, QUE CONSTITUI UM DOS

DIVERSOS INSTRUMENTOS ESTATAIS DE INVESTIGAÇÃO PENAL, TEM

POR DESTINATÁRIO PRECÍPUO O MINISTÉRIO PÚBLICO. - O inquérito

policial qualifica-se como procedimento administrativo, de caráter

pré-processual, ordinariamente vocacionado a subsidiar, nos casos de

infrações perseguíveis mediante ação penal de iniciativa pública, a atuação

persecutória do Ministério Público, que é o verdadeiro destinatário dos

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elementos que compõem a "informatio delicti". Precedentes. - A investigação penal, quando realizada por organismos policiais, será sempre dirigida por autoridade policial, a quem igualmente competirá exercer, com exclusividade, a presidência do respectivo inquérito. - A outorga constitucional de funções de polícia judiciária à instituição policial não impede nem exclui a possibilidade de o Ministério Público, que é o "dominus litis", determinar a abertura de inquéritos policiais, requisitar esclarecimentos e diligências investigatórias, estar presente e acompanhar, junto a órgãos e agentes policiais, quaisquer atos de investigação penal, mesmo aqueles sob regime de sigilo, sem prejuízo de outras medidas que lhe pareçam indispensáveis à formação da sua "opinio delicti", sendo-lhe vedado, no entanto, assumir a presidência do inquérito policial, que traduz atribuição privativa da autoridade policial. Precedentes.

A ACUSAÇÃO PENAL, PARA SER FORMULADA, NÃO DEPENDE,

NECESSARIAMENTE, DE PRÉVIA INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO

POLICIAL. - Ainda que inexista qualquer investigação penal promovida pela

Polícia Judiciária, o Ministério Público, mesmo assim, pode fazer instaurar,

validamente, a pertinente "persecutio criminis in judicio", desde que disponha,

para tanto, de elementos mínimos de informação, fundados em base empírica

idônea, que o habilitem a deduzir, perante juízes e Tribunais, a acusação

penal. Doutrina. Precedentes. A QUESTÃO DA CLÁUSULA

CONSTITUCIONAL DE EXCLUSIVIDADE E A ATIVIDADE

INVESTIGATÓRIA. - A cláusula de exclusividade inscrita no art. 144, § 1º,

inciso IV, da Constituição da República - que não inibe a atividade de

investigação criminal do Ministério Público - tem por única finalidade

conferir à Polícia Federal, dentre os diversos organismos policiais que

compõem o aparato repressivo da União Federal (polícia federal, polícia

rodoviária federal e polícia ferroviária federal), primazia investigatória na

apuração dos crimes previstos no próprio texto da Lei Fundamental ou, ainda,

em tratados ou convenções internacionais. - Incumbe, à Polícia Civil dos

Estados-membros e do Distrito Federal, ressalvada a competência da União

Federal e excetuada a apuração dos crimes militares, a função de proceder à

investigação dos ilícitos penais (crimes e contravenções), sem prejuízo do

poder investigatório de que dispõe, como atividade subsidiária, o Ministério

Público. - Função de polícia judiciária e função de investigação penal: uma

distinção conceitual relevante, que também justifica o reconhecimento, ao

Ministério Público, do poder investigatório em matéria penal. Doutrina. É

PLENA A LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO PODER DE

INVESTIGAR DO MINISTÉRIO PÚBLICO, POIS OS ORGANISMOS

POLICIAIS (EMBORA DETENTORES DA FUNÇÃO DE POLÍCIA

JUDICIÁRIA) NÃO TÊM, NO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO, O

MONOPÓLIO DA COMPETÊNCIA PENAL INVESTIGATÓRIA. - O poder de

investigar compõe, em sede penal, o complexo de funções institucionais do

Ministério Público, que dispõe, na condição de "dominus litis" e, também,

como expressão de sua competência para exercer o controle externo da

atividade policial, da atribuição de fazer instaurar, ainda que em caráter

subsidiário, mas por autoridade própria e sob sua direção, procedimentos de

investigação penal destinados a viabilizar a obtenção de dados informativos,

de subsídios probatórios e de elementos de convicção que lhe permitam

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formar a "opinio delicti", em ordem a propiciar eventual ajuizamento da ação penal de iniciativa pública. Doutrina. Precedentes: RE 535.478/SC, Rel. Min.

ELLEN GRACIE - HC 91.661/PE, Rel. Min. ELLEN GRACIE - HC 85.419/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO - HC 89.837/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO. CONTROLE JURISDICIONAL DA ATIVIDADE INVESTIGATÓRIA DOS MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO: OPONIBILIDADE, A ESTES, DO SISTEMA DE DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS, QUANDO EXERCIDO, PELO "PARQUET", O PODER DE INVESTIGAÇÃO PENAL. - O Ministério Público, sem prejuízo da fiscalização intra--orgânica e daquela desempenhada pelo Conselho Nacional do Ministério Público, está permanentemente sujeito ao controle jurisdicional dos atos que pratique no âmbito das investigações penais que promova "ex propria auctoritate", não podendo, dentre outras limitações de ordem jurídica, desrespeitar o direito do investigado ao silêncio ("nemo tenetur se detegere"), nem lhe ordenar a condução coercitiva, nem constrangê-lo a produzir prova contra si próprio, nem lhe recusar o conhecimento das razões motivadoras do procedimento investigatório, nem submetê-lo a medidas sujeitas à reserva constitucional de jurisdição, nem impedi-lo de fazer-se acompanhar de Advogado, nem impor, a este, indevidas restrições ao regular desempenho de suas prerrogativas profissionais (Lei nº 8.906/94, art. 7º, v.g.). - O procedimento investigatório instaurado pelo Ministério Público deverá conter todas as peças, termos de declarações ou depoimentos, laudos periciais e demais subsídios probatórios coligidos no curso da investigação, não podendo, o "Parquet", sonegar, selecionar ou deixar de juntar, aos autos, quaisquer desses elementos de informação, cujo conteúdo, por referir-se ao objeto da apuração penal, deve ser tornado acessível tanto à pessoa sob investigação quanto ao seu Advogado. - O regime de sigilo, sempre excepcional, eventualmente prevalecente no contexto de investigação penal promovida pelo Ministério Público, não se revelará oponível ao investigado e ao Advogado por este constituído, que terão direito de acesso - considerado o princípio da comunhão das provas - a todos os elementos de informação que já tenham sido formalmente incorporados aos autos do respectivo procedimento investigatório. " (STF, HC 87.610/SC, Rel. Mininstro CELSO DE MELLO, SEGUNDA TURMA, julgado em 27/10/2009, DJe 04/12/2009.)

"PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. TORTURA E ABUSO DE AUTORIDADE. PODER INVESTIGATÓRIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. SÚMULA Nº 234/STJ.

I - Na esteira de precedentes desta Corte, malgrado seja defeso ao Ministério Público presidir o inquérito policial propriamente dito, não lhe é vedado, como titular da ação penal, proceder investigações. A ordem jurídica, aliás, confere explicitamente poderes de investigação ao Ministério Público - art. 129, incisos VI, VIII, da Constituição Federal, e art. 8º, incisos II e IV, e § 2º, e art. 26 da Lei nº 8.625/1993 (Precedentes).

II - Por outro lado, o inquérito policial, por ser peça meramente

informativa, não é pressuposto necessário à propositura da ação penal,

podendo essa ser embasada em outros elementos hábeis a formar a opinio

delicti de seu titular. Se até o particular pode juntar peças, obter declarações,

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etc., é evidente que o Parquet também pode. Além do mais, até mesmo uma investigação administrativa pode, eventualmente, supedane

ar uma denúncia.

III - "A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia." (Súmula nº 234/STJ).

IV - Na hipótese, trata-se de procedimento administrativo de investigação deflagrado no âmbito da 3ª Promotoria de Justiça de Itumbiara/GO, tendo em vista que a vítima ali noticiou a suposta prática dos delitos de tortura e abuso de autoridade pelos recorrentes. Assim, não há que se falar em usurpação de função da polícia judiciária, já que não se trata de inquérito policial.

Recurso desprovido. " (STJ, RHC 22.727/GO, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 18/12/2008, DJe 22/06/2009) Por fim, in casu, não é possível o trancamento do procedimento investigatório pela demora em sua conclusão.

O art. 10, caput , do Código de Processo Penal, rege o prazo para conclusão do Inquérito Policial. A propósito, confira-se o teor da referida regra, in verbis :

"Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias , quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela." (grifei).

Porém, conforme entendimento dos Tribunais Pátrios, tais prazos não são peremptórios. Portanto, nada impede que mesma inteligência seja estendida aos procedimentos investigatórios realizados pelo Ministério Público, mormente diante do art. 12, caput , da resolução n.º 13 do Conselho Nacional do Ministério Público, o qual, ao mesmo tempo que prevê que "[o] procedimento investigatório criminal deverá ser concluído no prazo de 90 (noventa) dias ", dispõe que são "permitidas, por igual período, prorrogações sucessivas, por decisão fundamentada do membro do Ministério Público responsável pela sua condução " (grifei).

Daí, cabe referir que se trata de procedimento instaurado pelo Parquet no dia 1.º de março de 2012, cujo objeto de investigação é extenso rol de crimes supostamente praticados por três investigados. Assim, considerada a complexidade dos fatos a serem apurados, o lapso temporal transcorrido, até então, é razoável.

Nesse sentido, mutatis mutandis :

"AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS

(13)

Superior Tribunal de Justiça

CORPUS. EXCESSO DE PRAZO NA CONCLUSÃO DE INQUÉRITO POLICIAL. RECORRENTE EM LIBERDADE. INEXISTÊNCIA DE LESÃO À LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO. RAZOABILIDADE DO PRAZO.

DIVERSIDADE DE FATOS E PESSOAS INVESTIGADAS. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

1. De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o tempo despendido para a conclusão do inquérito assumiria relevância, caracterizando, de fato, constrangimento ilegal, se o recorrente estivesse preso durante o curso das investigações ou se o prazo prescricional tivesse sido alcançado nesse interregno e, ainda assim, a ação penal continuasse em andamento. No entanto, nenhuma dessas hipóteses se fez presente.

2. De mais a mais, a complexidade da causa justifica um maior cuidado na condução dos trabalhos de investigação e, por conseguinte, a dilatação dos prazos, nos termos do art. 10, § 3º, do Código de Processo Penal. No caso, trata-se de investigação destinada a apurar "uma imensa pluralidade (passe a redundância) de fatos, aparentemente envolvendo quadrilha ou bando - para não falarmos em organização criminosa - integrado por mais de 20 (vinte) pessoas, em diferentes locais da Federação".

3. Agravo regimental a que de nega provimento." (AgRg no RHC 28.133/DF, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 21/06/2012, DJe 28/06/2012).

Ante o exposto, CONHEÇO PARCIALMENTE do recurso e, nessa extensão, NEGO-LHE PROVIMENTO.

É como voto.

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Superior Tribunal de Justiça

CERTIDÃO DE JULGAMENTO QUINTA TURMA

Número Registro: 2013/0031482-6 RHC 35.459 / MT

MATÉRIA CRIMINAL

Números Origem: 0056040012012 1170432012 426122012

EM MESA JULGADO: 05/12/2013

Relatora

Exma. Sra. Ministra LAURITA VAZ Presidente da Sessão

Exmo. Sr. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE Subprocurador-Geral da República

Exmo. Sr. Dr. HAROLDO FERRAZ DA NOBREGA Secretário

Bel. LAURO ROCHA REIS

AUTUAÇÃO RECORRENTE : MARCOS SAMPAIO ALVES FERREIRA ADVOGADOS : DIVANIR MARCELO DE PIERI E OUTRO(S)

RODRIG0 RIBEIRO ARAÚJO

RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO ASSUNTO: DIREITO PROCESSUAL PENAL - Prisão Preventiva

CERTIDÃO

Certifico que a egrégia QUINTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:

"A Turma, por unanimidade, conheceu parcialmente do recurso e, nessa parte, negou-lhe provimento."

Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Marco Aurélio Bellizze, Moura Ribeiro e Regina Helena Costa votaram com a Sra. Ministra Relatora.

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