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1. ALGO QUE APRENDI SOBRE CRIATIVIDADE

“O

POSSÍVEL

,

FAZEMOS AGORA

. O

IMPOSSÍVEL DEMORA UM POUCO MAIS

”.

(L

EMA DA

W

ALT

D

ISNEY

C

O

.)

T

ROCAR A COR DO NOSSO CÉU

,

POR QUE NÃO

?

Quem nos dera conservar sempre em nós a criatividade de menino e sair pela nossa vida pintando de cores diversas, diferentes, de cores desconexas o nos- so mundo interior.

Se pudéssemos mudar a cor de nosso céu e pintá-lo de verde, e as flo- restas de azul.

Por que não?

Pintar o sol de branco e a lua de amarelo.

Ou pintar o nosso coração com uma tinta transparente e nossos mons- tros de palhaços.

E assim, quem sabe, nos tornássemos livres para brincar com a vida, então, seríamos felizes porque estaríamos alegres.

Seríamos carentes porque estaríamos sendo amados. Seríamos huma- nos porque estaríamos eternos.

Se pudéssemos trocar de vez em quando as funções de nossos órgãos.

Pensaríamos com o coração, e amaríamos com nossas mentes.

Por que não?

2. ALGO QUE APRENDI SOBRE ENCONTROS E DESENCONTROS.

“A

VIDA É A ARTE DO ENCONTRO

,

APESAR DE HAVER TANTOS DESENCONTROS PELA VIDA

”.

(V

INICIUS DE

M

ORAES

)

T

ODOS OS NOSSOS ENCONTROS SÃO REFLEXOS DE NOSSA ALMA

. Todas as nossas conquistas multiplicam o nosso espírito.

Ninguém pode nos fazer feliz (podem apenas contribuir para aumentar a nossa felicidade), somos nós quem tem que aprender a sê-lo.

Ninguém pode amar no nosso lugar, nem ser livre por nós, nem apren- der para nos transmitir experiência (podemos partilhar as nossas lições, mas nunca nosso aprendizado).

Essa é a mais bela e eterna solidão, do ser humano frente a si mesmo.

Só somos donos do que conquistamos com nosso esforço, com a nossa dedicação.

Só seremos donos de nós mesmos, se tomarmos posse da nossa solitu-

de interior, e libertarmos a vida, e cada pessoa para que vivam suas solidões

particulares.

(2)

2

2

3. ALGO QUE APRENDI SOBRE ESTUDAR

O

VERDADEIRO LÍDER É COMPARÁVEL A UM PESCADOR DE PÉROLAS

.

“Se alguém não sabe para onde vai, nenhum vento lhe é favorável.”

(S

ÊNECA

)

A

FALSA COMPETÊNCIA DO SER

A criança quando cresce quer dominar o mundo.

O adulto quando envelhece volta a ser criança.

Um ser humano quando não amadurece acredita que é dono da verda- de.

A grande maioria dos seres humanos acredita que nasce sabendo quase tudo sobre a vida. Acredita que somente viver, deixar o tempo correr o fará amadu- recer, compreender os mistérios e manias da vida. Aposta tudo o que lhe é possível em qualquer pensamento mágico que lhe passa pela mente, sem um mínimo de análise crítica. Adotamos um comportamento compulsivo: acredita- mos em qualquer sentimento e pensamento que inocentemente passeiam pela nossa alma. (Não percebemos que os sentimentos, pensamentos e emoções têm vida própria – e podem nos aprisionar).

Acreditamos que somos os mais competentes seres (até que a vida nos prove o contrário). Damos conselhos (mas não os aplicamos). Resolvemos os problemas de todos (menos os nossos). Somos sábios! (O problema é que não tivemos oportunidades na vida – não percebemos que também não as cria- mos). Acreditamos que a vida e as pessoas são sempre injustas com relação a reconhecer o nosso valor. (Muitas vezes nós somos os primeiros a não reco- nhecer o nosso próprio valor – na maioria das vezes porque não tivemos gran- des recompensas financeiras: o que definitivamente não quer dizer que não sejamos um sucesso como ser humano).

Somente quando compreendemos que precisamos aprender a viver, a amar, a conviver com a diferença das pessoas, que precisamos aprender a arte e ciência da compreensão é que estamos começando a nos humanizar. So- mente quando aprendemos a separar e a aceitar nossas limitações e incompe- tências é que estaremos preparados para começar nossa longa e interminável viagem rumo a competência em, simplesmente, sermos o melhor ser humano que nos é possível (sem comparações com os outros, sem fantasiarmos ser- mos super-humanos). Basta-nos ser humanos no sentido mais puro da palavra (o que já é extremamente difícil, e produto de um trabalho árduo de nós mes- mos e de nossas relações).

A

CEITAR QUE NÃO SOMOS COMPETENTES EM TUDO É NOS LIBERTAR DOS GRI- LHÕES DO PRECONCEITO DE SERMOS SUPER

-

HUMANOS

.

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3

3

Não é repugnante sermos, por vezes, incompetentes – em amar, em ser amigo, em ser um gênio. Mediocridade é quando acreditamos que a incompe- tência é sempre dos outros!

A

MAIOR COMPETÊNCIA DO SER É TORNAR

-

SE LIVRE PARA APRENDER

! A

PREN- DER A AMAR

,

A CONVIVER

,

A SER COMPETENTE

!

P

LANO DE

A

ÇÃO

:

A

PROVEITAR TODA E QUALQUER OPORTUNIDADE PARA APRENDER A SER UM LÍDER IN- TELIGENTE

,

SOCIALMENTE E EMOCIONALMENTE

.

Colocar em prática os princípios da liderança ideal:

Depois, multiplicar esse ensinamento ao mundo!

4. ALGO QUE APRENDI SOBRE SORRIR.

“M

EU CORAÇÃO É UM

A

RCO DO

T

RIUNFO

”.

(F

ERNANDO

P

ESSOA

)

UM SORRISO ABRE AS PORTAS DE QUALQUER CORAÇÃO.

Para os tímidos o sorriso pode servir para tudo:

Para ocultar ou revelar um sentimento; para dizer que ama; para saudar alguém que passa; para demonstrar afeição, para fazer carinho.

Alguns em estado mais crônico chegam a fazer um pacto com o sinistro e insólito sorriso.

Para os tímidos é uma arma saber cultivar as várias formas de sorriso:

Tem o sorriso cínico que diz ‘estou de olho em você’; tem o sorriso mali- cioso que revela ‘eu quero você para mim’; tem o sorriso afetuoso que diz ‘gos- to de tê-lo como amigo’; tem ainda o sorriso irado que revela ‘não gostei do que você me fez’.

Assim como os intelectuais usam as palavras, os emocionais usam os sentimentos, os tímidos usam o sorriso.

5. ALGO QUE APRENDI SOBRE TRABALHAR EM EQUIPE

“Nenhum de nós é tão inteligente quanto todos nós juntos.”

(Provérbio Japonês)

Vencemos mais uma etapa. Fomos um sucesso. Não desistimos diante dos obstáculos. Fomos humildes para reconhecer os nossos erros – ensinamos e aprendemos o valor da compreensão. Não quisemos ser super-homens nem supermulheres. Fomos humanamente imperfeitos, e fomos belos na nossa im- perfeição.

Não nos rendemos à apatia, nem a indiferença. Fizemos tudo o que es-

tava ao nosso alcance para transformar pessoas em seres humanos melhores.

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4

4

Não ficamos restritos a informações. Às vezes, nos cansamos. Outras vezes, pensamos em desistir. Lidamos com as frustrações e decepções.

Sobrevivemos. Cumprimos nossa missão. Estamos maiores, mais pre- parados para o futuro. Demos a mão aqueles que têm muitas dificuldades.

Demos atenção aos que tinham dores. Nós nos alegramos com os que conse- guiram aprender.

É hora de celebrar o que conseguimos. Tivemos encontros e desencon- tros, mas trabalhamos por um único objetivo.

É hora de aprender onde falhamos. Tiraremos grandes lições, se não considerarmos nossos erros como derrotas. A luta não acabou, e por felicidade não acabará nunca.

Novos desafios virão. Novos aprendizados estarão à nossa disposição.

Novos desafios teremos o privilégio de encarar. Novos seres humanos depen- derão do nosso trabalho em equipe.

Vamos continuar levando muito a sério esta grande brincadeira que é transformar meninas em mulheres e meninos em homens preparados para es- se dragão que é a vida profissional.

Somos artistas desta sublime arte da (trans)formação!

6. ALGO QUE APRENDI SOBRE DESLUMBRAMENTO Descobrindo o deslumbramento.

“Uma luz excessivamente forte fere meu olhar.”

(Jean Starobinski)

TODOS NÓS QUEREMOS SER VENCEDORES.

Muito poucos descobrem como vencer. O que acontece com muita frequência é que queremos alcançar a vitória sem aprender a arte da batalha, sem viven- ciar cada passo dado rumo a nossa conquista. Já que temos de lutar, vamos desvendar o deslumbramento que há em construir nosso próprio mundo com nossas próprias mãos, encontrando satisfação em cada tijolo que colocamos em nosso castelo de esperança.

É muito mais fácil caminhar sabendo onde vamos chegar, sem pressa, como se tivéssemos a eternidade para alcançar o nosso objetivo. O que não pode acontecer é nos acomodarmos. É esperarmos que caia ouro dos céus, que um raio transforme o nosso sonho em realidade.

O deslumbramento da vida está exatamente em plantarmos, em regarmos nos- sos corações e sonhos, em nos extasiarmos em cada momento vivido. Apren- dendo com o sofrimento e não se deixando enganar pela felicidade absoluta.

7. ALGO QUE APRENDI SOBRE O SUCESSO

Sucesso tem a ver com quem você é, e não com o que você tem.

“Barzinho perdido na noite fria, estrela e guia na turbação...”

(Mário Quintana)

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Algumas pessoas buscam o sucesso não importando o que tem de fazer. Sin- ceramente isso não é sucesso, é derrota.

Durante a nossa vida temos de tomar decisões todos os dias. Algumas peque- nas, outras importantes. Algumas afetarão a vida a curto prazo, outras terão um efeito duradouro sobre a vida inteira. Para tomarmos decisões que afetarão positivamente o nosso futuro, temos de pensar nos nossos valores, no que vale a pena, no que deixaremos como legado.

Se alguém decide ter um filho, este é um projeto para a vida inteira.

O que atrapalha no processo de tomar decisões é o modo como lidamos com as nossas emoções. Há uma ideia que diz: ‘a razão é conselheira, a emo- ção é que é o rei’.

Algumas pessoas realizam trapaças para conseguir aquilo que desejam no momento. Elas esquecem que terão algo que não lhes pertence, e que um dia a vida lhes cobrará de volta. Se querem ter fama desesperadamente, com certeza conseguirão – mas não pelo o que elas são. A vida tem leis invioláveis.

E um dia serão cobradas pelo seu fracasso: que pode ser a solidão, que pode ser a baixa autoestima, que pode ser uma vida vazia, ou amigos interesseiros.

Quando temos a coragem de enfrentar ‘pequenas derrotas’ é que somos um sucesso. Quando temos de encarar que ‘não conseguimos’, mas que de modo algum afeta quem nós somos. Quando olhamos ‘o tempo talvez perdido’

como uma oportunidade para aprender, para aprimorar a nossa personalidade é que somos um verdadeiro sucesso. Mesmo quando olhamos para a nossa vitória como apenas um degrau para outras batalhas que virão estamos nos tornando genuínos vencedores.

Cada crise que enfrentamos é uma oportunidade para desenvolvermos qualidades permanentes em nossa personalidade.

Sucesso é encarar a vida de frente, não fugir dos obstáculos, dar o má- ximo do que somos capazes para sermos aprovados na prova final do viver!

8. COISAS QUE APRENDI SOBRE DIZER O QUANTO SE AMA

“Quando olho para mim não me percebo”.

(F

ERNANDO

P

ESSOA

)

Ah! Essas frases de amor – ridículas e tão essenciais, tolas e tão sábias, difí- ceis de ser ditas e fundamentais para serem ouvidas.

É engraçado como temos coragem de agredir, de ferir, mas quando te- mos de amar, sentimos vergonha, como se o amor fosse uma doença contagi- osa, como se dizer o quanto se ama estivesse fora de moda.

É tão fácil pensar no amor, difícil é agir com amor. Para isso, é preciso trocar a cor do céu inalcançável pela cor da terra palpável.

9. ALGO QUE EU APRENDI SOBRE RECOMEÇOS

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“Se ama alguém, deixe-o livre. Se voltar, será seu. Se não voltar, nunca foi.”

(Provérbio americano)

‘BRIGAMOS FEIO E TERMINAMOS, E AGORA?’

Há um caractere chinês que tem dois significados, dependendo do contexto.

Pode significar ‘crise’ ou ‘oportunidade’.

Em cada crise que enfrentamos podemos nos perguntar:

Esta é uma fase necessária para que eu possa refletir sobre a minha vida?

Este é um período que a longo prazo vai contribuir para o meu crescimento?

Já estávamos distantes no coração?

É apenas uma oportunidade para redefinir o nosso grau de intimidade?

Era a pessoa que eu queria passar o resto da minha vida?

Preciso enfrentar esta ‘dor para aprender a ser feliz’?

Vamos separar cuidadosamente as atitudes: ‘Brigamos feio’.

Brigas podem ser apenas diferenças de opiniões. Há uma frase que diz o seguinte: ‘Se duas pessoas concordam sempre, uma é dispensável’. Discor- dar faz parte do relacionamento íntimo e maduro.

Brigas feias são sinais de alerta. Se feio quer dizer que ofendemos seri- amente um ao outro, isso pode indicar que não existe mais respeito. Sem res- peito, não é possível que o amor cresça e apareça.

Vamos considerar a segunda atitude: ‘Terminamos’.

A briga foi apenas a gota da água que faz o copo transbordar. O relacio- namento já não era interessante, já não contribuía para o meu crescimento como pessoa.

Qual o tipo de relacionamento desfrutávamos?

- O tipo parasita, quando apenas um se beneficia.

- O tipo possessivo, quando um é anulado para que o outro brilhe.

- O tipo imaturo, quando não há trocas de afeições significativas.

Podemos considerar que a briga feia apenas revelou o que ninguém queria considerar: Não existe mais afeição verdadeira!

Vamos considerar a terceira questão: ‘E agora?’

Estou me sentindo como se tivesse que sobreviver a uma perda irrecu- perável ou estou me sentindo leve, como se tivesse retirado um peso das mi- nhas costas?

Este fim não é definitivo, é apenas um recomeço?

Percebemos agora, que não vivemos um sem o outro?

Será que estava na hora de reestabelecer os limites de nossa convivên-

cia?

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E agora? Agora é hora de recomeçar. Agora é hora de crescer além dos meus limites, de olhar para o horizonte, de tirar as vendas dos olhos, de perceber que a minha felicidade depende de mim e não do outro.

Agora é o momento de fazer da minha vida um lugar de paz, de assumir as responsabilidades sobre o que eu quero do futuro. É hora de renascer para ir ao encontro do outro completo. É hora de desfazer os nós, de refazer os ca- minhos, de me desfazer dos atalhos construídos para fugir das batalhas.

E agora? Agora sigo em frente. Se houver um reencontro, será novo. Se houver um recomeço, será por escolha – não apenas uma opção qualquer.

Agora é o momento de tirar as teias de aranha da alma, de jogar fora o que já não tem valor. É hora de abrir os braços e abraçar o mundo.

Vamos chorar uma saudade boa. Vamos festejar a alegria dos bons momentos vividos. Vamos crescer com as lições vividas.

Tudo no mundo tem um fim, somente o amor permanece.

10. COISAS QUE APRENDI SOBRE O QUE REALMENTE IMPORTA.

EM BUSCA DA AULA PERFEITA...

“É possível prever minhas reações.”

(Jean Starobinski)

Eu trabalhava na UNISUL em Santa Catarina, e naquele semestre eu estava lecionando Administração de Recursos Humanos para uma turma do 8º perío- do de Administração no campus de Araranguá, uma cidade quase fronteira com o Rio Grande do Sul.

Em uma noite que eu falava sobre técnicas de treinamento, e quis ilus- trar aplicando uma técnica de sensibilização. Pedi aos alunos que saíssem da sala e procurassem no campus algo de grande valor para eles e trouxessem para a sala de aula.

Um aluno me trouxe uma garrafa de cerveja e disse que seus melhores momentos ele dividia com seus amigos nas mesas dos bares de sua cidade.

Um outro aluno me trouxe uma pedra e falou que seus melhores mo- mentos ele usufruía quando estava em contato com a natureza, e que tinha grande prazer em fazer trilhas pelas florestas.

Já quase no final da apresentação, entra uma aluna trazendo uma outra jovem. Ficamos todos parados esperando que ela falasse o que significava aquilo. Ela respondeu: “Meu pai tem uma outra família. E tem outros filhos des- sa outra família. Há 18 anos atrás ele teve uma filha desse novo casamento, e eu nunca quis falar com ela. Hoje quando recebi a tarefa de busca algo que realmente tinha valor para mim, me encontrei com essa moça linda. E percebi então sobre o que realmente importa. E a trouxe para vocês conheceram a mi- nha irmãzinha, filha do segundo casamento do meu pai.” (Silêncio total).

Nunca esqueçam: Pessoas são mais importantes que papéis!

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11. ALGO QUE APRENDI SOBRE INDIFERENÇA DANE-SE A INDIFERENÇA!

Indiferentes estudamos, sem nos importar se aprendemos.

"Quem me dera, ao menos uma vez, provar que quem tem mais do que precisa ter quase sempre se convence que não tem o bastante, e fala demais por não ter nada a dizer."

(Renato Russo)

Indiferentes compramos, sem nos importar se precisamos. Construímos um mundo de indiferença, e vendemos nas televisões e cartazes e discursos vazi- os.

Indiferentes vivemos, sem nos importar em deixar um legado. Vivemos como os animais, e nos contentamos com isso. A vida passa por nós como uma chu- va fina e nunca nos molhamos.

Indiferentes falamos, sem nos importar se queremos dizer alguma coisa. Usa- mos as palavras ou como arma ou como passatempo. As palavras passam por nós como o vento que tanto precisamos, e não paramos para sentir a sua exis- tência.

Indiferentes ouvimos, sem nos importar com o valor do que escutamos. Ouvi- mos músicas que não dizem nada. Lemos livros que não nos ensinam nada.

Ouvimos apenas barulho, lemos apenas lixo, e simplesmente não nos impor- tamos.

Indiferentes estudamos, sem nos importar se o conhecimento está nos trans- formando. Queremos o diploma, e esquecemos que um pedaço de papel não nos tornará alguém melhor.

Indiferentes queremos ganhar um bom salário, sem nos importar eu trabalhar para merecê-lo. Trabalho é comprometimento. Indiferentes esquecemos de nos comprometermos. Comprometimento sequestra o nosso coração.

Indiferentes dizemos que temos amigos, sem nos importar em estabelecer vín- culos. A intimidade é que é amizade. Importar-se é que amizade.

Indiferentes queremos ser felizes, sem nos importar com a felicidade dos ou- tros. Felicidade ilumina. Não é possível ser feliz no escuro.

Dane-se a indiferença!

Dane-se a alegria efêmera. Queremos sorrir porque estamos alegres no cora- ção. Queremos a felicidade que não se desfaz rapidamente.

Dane-se a apatia. Queremos nos importar. Queremos usar o nosso tempo para

aprender. Queremos uma formação que desenvolva em nós habilidades genuí-

nas.

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Dane-se a superficialidade. Queremos os vínculos de amizade verdadeira.

Queremos a intimidade de sermos companheiros dessa viagem talvez eterna que se chama vida!

12. AMO NO OUTRO O MEU REFLEXO

Amar no outro o que vejo de bom também em mim.

“Quem ama, ama só a igual, porque o faz igual com amá-lo.”

(Fernando Pessoa)

Odeio no outro a diferença, esqueço que isso me enriquece.

Revelou que a amava, mas que não a faria feliz porque ele próprio não con- seguia ser.

13. QUALQUER VIRTUDE EM MIM

Qualquer dom que tenha nascido comigo me torna maldito.

“Hoje, mais que em outro tempo, qualquer privilégio é um castigo.”

(Fernando Pessoa)

Qualquer coisa de belo que eu tenha faz de mim objeto de inveja.

Maldita inveja humana, desumana.

14. QUE PESSOA PENSA QUE É DONA DO MUNDO?

Tolos são aqueles que acreditam que dominam o mundo.

“Hoje, mais que nunca, se sofre a própria grandeza.”

(Fernando Pessoa)

Tolas são as pessoas que acreditam no poder.

O poder não pertence a ninguém.

No máximo, ele usa as pessoas no seu interesse.

15. JUNTE AS SOBRAS DA VIDA

Junte os pedaços da vida e haverá muito mais a viver.

“No término de tudo, ao fim lá estou, nessa ida que afinal é um regresso.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Junte cada pequeno presente da vida é no haverá onde guardá-los.

Serão seu rico mundo interior, acima das leis financeiras.

Acima da ferrugem, das nódoas, das traças, do mofo.

16. CORAÇÕES SÃO DOCES E AMARGOS ACHADOS NOS CAMINHOS DO VIVER

Por vezes, esquecemos que a vida é fértil.

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“Meu coração é inerte e infecundo, e o que sou é um sonho que está tris- te.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Por vezes, esquecemos que a vida é bela.

Olhamos as nuvens negras, as violentas tempestades.

Esquecemos que o arco íris está a caminho, alguns metros depois.

17. SERÁ QUE EU NUNCA VOU ESQUECER ESSE AMOR?

Será que eu nunca farei de ti a minha princesa encantada?

“A Arte significou sempre a definitiva grandeza, acima de todos os apa- ziguamentos possíveis, acima da própria vida.”

(Alexei Bueno)

Quando sua mão encostava na dele, sentia um arrepio na alma.

Ela feriu lhe o peito dizendo que ele não a amava, que não amava ninguém, nem a si mesmo.

18. QUE ME MATE ESSA DOR DE UMA ÚNICA VEZ!

Peço-lhe que não me mate lentamente.

“Sou simplesmente uma vítima da época, nada mais...”

(Mário de Sá-Carneiro)

Ela, na verdade, achava-se perdida, sem rumo.

Sabia disso, e não se conformava.

19. LUTO PARA SER EU

(De uma maneira livre e momentânea).

“O meu espírito é aventuroso e investigador por excelência.”

(Mário de Sá-Carneiro) Brigo bravamente.

Enfraqueço de tanto cansaço.

O mundo quase me vence. A vida quase me derrota. O medo me paralisa.

Não aprendi a ser eu!

20. INVENTO HISTÓRIAS

Falo de mim como se não fosse eu.

“Detenho-me às vezes na torrente das coisas geniais em que medito.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Revelo-me como se não me conhecesse.

Crio personagens. Apenas eu não acredito neles.

Fantasio. Fantasias de intimidade. Fantasias afetivas. Fantasias amorosas.

Fantasias profissionais.

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Que nunca se realizam! (Que me adoecem!) Que se tornaram uma prisão para mim!

21. ENLOUQUEÇO

Já não separo a realidade da ilusão da mentira.

“O que devemos é saltar na bruma, correr no azul à busca da beleza.”

(Mário de Sá-Carneiro)

(Acredito nas minhas próprias desculpas).

Não acreditava em méritos, apenas em situações.

22. DIGO QUE EU AMO Sem muita convicção.

“Eu dou-me todo neste fim de tarde.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Seu pai era um homem rude, sem diálogo, que via apenas a si mesmo – por isso não aprendera a revelar seus sentimentos.

Não tinha coragem de revelar que a amava (muito)!

23. CAMINHO, CAMINHO, CAMINHO Nunca chego a lugar nenhum.

“Sou labirinto.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Penso que talvez não haja um lugar para chegar.

Que o meu lar seria este chão!

24. SEJA ABENÇOADA A MINHA FRAQUEZA Seja perdoável o meu vício!

(Quão pobres são esses meus hábitos, minha morada!).

“A cor já não é cor – é som e aroma!”

(Mário de Sá-Carneiro)

Vício meu de alcançar o prazer até no ato de respirar.

Vício de desejar que o fim chegue mesmo sem ser convidado.

Que ele faça uma festa para a minha despedida!

25. DO AMOR TALVEZ SINCERO

A cada gota de ódio é preciso adicionar duas de amor.

“O meu destino é outro – é alto e é raro.”

(Mário de Sá-Carneiro)

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A cada sentimento de medo é preciso combater com toda a coragem que nos é possível.

Sentia que não ganharia nada naquele lugar.

Sua cidade não era aquela.

26. SE...

Nosso coração será ocupado com aquilo que colocamos dentro dele.

“A minha alma perdida não repousa.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Eu teria uma vida perfeita se pudesse realizar um terço dos meus sonhos.

Esperara a vida inteira por uma chance.

Agora precisava com urgência fazer algo com aquela oportunidade tão al- mejada e tão dolorosa.

27. SE SOMOS SERES NEGATIVOS

Se somos seres negativos nunca devemos nos enganar que colheremos afeição e vitórias.

“Nada tendo, decido-me a criar.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Decidiu se mudar e aceitar o risco de provar algo novo, desconhecido.

Tentava esconder-se atrás de seu olhar sem saber que ele era transparen- te.

28. QUANDO ALGUÉM NÃO AMA

Quando alguém não ama torna-se fraco, enfraquecido, um inimigo em po- tencial para quem quer que dele se aproxime.

“Onde existo que não existo em mim?”

(Mário de Sá-Carneiro)

Sentira-se abandonado pela vida.

Ela tornara-se fria e amarga.

29. QUEM NÃO SE ARRISCA

Quem não arrisca-se na coragem de amar, não é capaz de saber para quê todos nós respiramos, nos movemos e sonhamos.

“Numa incerta melodia toda a minha alma se esconde.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Quem não ama desiste de sua natureza humana e se torna um mero ani- mal.

Seus sentimentos estavam confusos.

(13)

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Não sabia como encontrar-se na bagunça do seu coração.

30. O VERDADEIRO AMOR

O verdadeiro amor começa com a afeição para com as pequenas coisas até aprender a amar tudo que conseguir, quem sabe, até o universo.

“Corro em volta de mim sem me encontrar...”

(Mário de Sá-Carneiro) A vida sempre lhe exigia muito.

Agora sentia-se cansado.

31. ONDE QUER QUE ANDARES...

Lembra-te:

Nada dói mais do que a afeição não correspondida.

“Tudo oscila e se abate como espuma.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Ameaçou dizer alguma coisa reveladora.

Não passou de uma ameaça.

32. PARA APRENDER A AMAR

Um ser humano para aprender a amar de um modo maduro precisa apren- der primeiro a suportar frustrações e decepções.

Segundo, nunca desistir de cultivar a determinação e perseverança.

“Manhã tão forte que me anoiteceu.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Terceiro, dedicar-se a ele como se fosse a última coisa a ser realizada na vida.

Murmurou que a amava, mas nem mesmo ele escutava.

33. POR UM POUCO DE AFEIÇÃO

Ao deixar-me impregnar por um pouco de afeição, abro a minha mente, der- rubo todas as barreiras, aumento os limites do meu mundo, para abrigar tu- do o que valer a pena.

“Arranquem-me esta grandeza!”

(Mário de Sá-Carneiro)

Se ele pudesse, se tivesse coragem, lhe proporia que tentasse amá-lo - pe- lo menos tentasse.

Não temos o poder de mudar ninguém:

As pessoas mudam a si mesmas!

34. ESSE ESTRANHO SENTIMENTO CHAMADO AMOR

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14

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Não existe um único sentimento amor, quer brando quer exigente ao qual todos devam obedecer.

“Para mim é sempre ontem.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Ao partir, deu-lhe uma pequena esperança de que nunca poderia esquecer o que tinha vivido.

Talvez fosse feliz se fosse um pássaro, pois um pássaro não sabe o que é felicidade.

35. O AMOR SERÁ O QUE NÓS SOMOS

Se formos pessoas mesquinhas, assim será o nosso amor.

“Perdi-me dentro de mim porque eu era labirinto.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Não havia segredos, e assim não havia proteções.

Dos amigos levo apenas o abraço.

A amizade o tempo se encarrega de levar.

36. SEMPRE SEREI EU

Nos momentos tristes e alegres, serei eu.

Na aprovação e no desprezo, serei eu.

“O tempo que aos outros foge, cai sobre mim feito ontem.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Serei eu nas virtudes e nos enganos.

Serei eu no amor e no ódio.

37. AMAR NÃO É

Amar não é anular-se, ao contrário, é ir de encontro a si mesmo para livrar- se do egoísmo, da solidão e do isolamento.

“Se me olho a um espelho, erro – não me acho no que projeto.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Seus olhares os deixavam nus diante um do outro.

Eu definitivamente não sei quem eu sou.

Frequentemente eu apenas reconheço em mim quem eu não sou.

38. DAS POSSIBILIDADES DE AMAR

Quanto mais livre for um relacionamento afetivo, maior será a possibilidade de ele tornar-se uma escolha consciente.

“Como eu tenho saudades dos sonhos que não sonhei!...”

(Mário de Sá-Carneiro)

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O que mais reluzia nela eram as expressões de seu rosto meio menina meio mulher.

Foi bom te ver de novo.

39. UM AMOR IMPOSSÍVEL DE IGNORAR

Um amor morre sufocado quando alimenta-se somente de si mesmo.

É noutro que ele nasce novo, refaz-se de suas rugas e cicatrizes.

“A tristeza das coisas que não foram na minha alma desceu veladamen- te.”

(Mário de Sá-Carneiro)

O outro é o maior motivo que encontramos para continuar amando.

Fico triste sem você.

40. DE UM AMOR DE VERDADE

Um amor de verdade é um comprometimento em facilitar a felicidade do ser amado.

“Já não estremeço em face do segredo.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Um amor de verdade aceita as suas obrigações e as realiza de modo gene- roso.

Enquanto sonhavas, eu morria de desejos...

41. DA OBRIGAÇÃO DE AMAR

A obrigação de amar para conquistar a felicidade não é um peso:

Cumpri-la nos dará prazer e nos fará livres para tomar decisões.

“A vida corre sobre mim em guerra.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Quando olharam-se um para o outro, instantaneamente, perceberam que poderiam amar-se.

Olhar travesso, o meu, que gosta de passear por outros olhares carentes, solitários, para depois sair correndo sem nada prometer.

42. DOS LIMITES HUMANOS

Cada ser humano tem o seu próprio limite, seu potencial ímpar, sua neces- sidade pessoal e intransferível de realização.

“Um pouco mais de sol – eu era brasa.”

(Mário de Sá-Carneiro)

É imperativo aceitar as pessoas como elas são, para conquistar o poder de

amá-las.

(16)

16

16

Essa timidez, minha indesejável e constante companheira!

Fez-me perder os momentos mais deliciosos da vida com suas amarras in- visíveis.

43. DA MODÉSTIA HUMANA

É difícil para qualquer ser humano aceitar que tem limites, que não sabe amar infinitamente, que precisa aprender a se tornar um mante de verdade.

“Se me vagueio, encontro só indícios...”

(Mário de Sá-Carneiro)

Procurava alguma forma de auto punir-se por sua infelicidade.

Uma parte de mim se esvai a cada dia, que me percebo amarelando na es- tante inútil...

44. AMAR COMO SE AMAR FOSSE O ÚNICO MODO DE RESPIRAR

Somente as pessoas felizes são capazes de amar, por que são capazes de se entregar, de olhar para o outro e ver um ser humano (não alguém sim- plesmente com potencial para fazê-la feliz quando ela mesma não é capaz).

“Hoje, em mim, só resta o desencanto das coisas que beijei mas não vi- vi...”

(Mário de Sá-Carneiro)

Tinha raiva de se deixar enganar que tudo pode ser belo.

Define-me a mim mesmo, por favor, que eu mesmo não consigo me enten- der.

45. A MANEIRA MADURA DE AMAR

Não sufoca, não acaba com a privacidade, com as amizades do outro, que reconheça os espaços vazios, a insegurança, a imperfeição e deixe o ser amado livre para preencher sua vida com sua própria maneira de ser feliz.

“Não sou amigo de ninguém.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Um impulso maior o dominava, e lançava-o nos braços dela.

Dá-me teu sorriso como alguém que oferece uma rosa de consolação a um coração partido.

46. DA CONSCIÊNCIA HUMANA DE AMAR

Quando nos abrimos ao amor precisamos estar conscientes de que enfren- taremos decepções, ilusões, fantasias não realizáveis, abandonos e soli- dões – sem que isso torne o amor algo impossível de se suportado e vivido.

“Fartam-me até as coisas que não tive.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Não queria abrir a porta.

(17)

17

17

Um sonho me trouxe de volta a você...

Uma emoção me trouxe de volta a transpiração dos teus sonhos...

47. DAS INGENUIDADES DE AMAR

Pede-se tanto amor quando não se pode suportar as frustrações, quando ingenuamente acreditarmos que encontraremos um amor maduro já pronto – embrulhado para presente.

“Vencer às vezes é o mesmo que tombar.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Quando a conquistou, percebeu que era o dono da situação, então, vieram as cobranças.

Por mais que o nosso olhar não se encontre jamais...

Nossos corações nunca poderão se separar!

48. DO RENASCIMENTO QUE O AMOR PROVOCA

Quando eu amo, quero brotar de novo, quero renascer, quero descobrir o mundo, partilhar-me e ser partilhado pelo mundo, para mostrar o quanto podemos crescer em nossa beleza interior.

“Tenho medo de mim.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Chegou-se como quem não exige nada.

Mesmo que mores do outro lado do mundo, mesmo assim não estarias tão longe de mim, pois estás guardada profundamente em mim!

Nas minhas células...

49. UM SONHO QUE SE MATERIALIZOU

Dividir é a parte mais difícil do aprende a amar!

“Vem de Outro tempo a luz que me ilumina.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Sinto-me um tanto quanto um idiota.

D

A LUA

,

EU QUERO O BRILHO PARA DAR AOS TEUS OLHOS

.

Do sol, quero o calor; da manhã, o orvalho; da noite, o sereno.

Da chuva, quero a vontade das crianças de deixar-se molhar por seus pin- gos.

50. DAS MÁSCARAS E MUROS DE AMAR

A afeição que nutrimos por alguém faz com que liberte dentro de nós, nosso

potencial de amar, quebramos os muros e destruímos as máscaras que nos

(18)

18

18

impediam de crescer por não deixar que mostrássemos quem realmente somos.

“Eu não sou eu nem sou o outro.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Perco a coragem pensando que é preciso seguir sempre haja o que houver.

Me satisfaço com um sorriso, que tem sua beleza quando vem junto com um longo silêncio e um olhar tímido.

51. O AMOR NOS TORNA ÚNICOS

O primeiro indício de um amor é que ele nos torna únicos, inventores de no- vas maneiras de gastar juntos a vida e o tempo livre (de novos modos de enroscar-se um na carne do outro).

“Não sei aonde vou, nem vejo o que persigo...”

(Mário de Sá-Carneiro)

Escondia que somente se magoava consigo mesmo.

T

RAGO DENTRO DE MIM

,

UM SENTIMENTO

,

UMA FORÇA

,

QUE NASCE COM AS FLO- RES

.

Trago dentro de mim um vulcão adormecido pronto a entrar em erupção.

52. DO DAR E RECEBER DO AMAR

O amor é o conjunto de atos de dar e receber, de aceitar muitas vezes dar mais do que receber, e outras vezes não poder dar nada de si e somente receber.

“Hoje a luz para mim é sempre meia luz...”

(Mário de Sá-Carneiro)

Andava magoado com todos – pais, amigos, amores.

Levarei de ti o medo de ser amada por mim ou será o medo de ser amado por ti...

53. DOS CAMINHOS FÁCEIS PARA A INFELICIDADE

Quando escolhemos o caminho mais fácil na vida, geralmente encontramos, no final, mais rapidamente a infelicidade.

“A última ilusão foi partir os espelhos.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Esqueço que a vida pode se tornar um nada, e tento tirar dela tudo que possa me dar.

Não se consegue conter um olhar apaixonado.

54. UM CANTO AO HUMANO QUE EU SOU

(19)

19

19

Será o amor algo a ser dado por favor?

“Eu mesmo fui trancar todas as portas.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Vejo-a entusiasmada por minha tristeza, talvez veja uma razão para amar- me – nem que seja por pena de mim.

N

OS MEUS OLHOS SEMPRE É VERÃO

,

MESMO CEGOS

.

São os olhos do meu coração, onde sempre é primavera.

55. DO FUNDO DO CORAÇÃO

Por que é tão difícil amar e ser amado?

“A minha Alma é água fria.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Não me preocupo muito com quem eu sou

Preocupo-me apenas me sinto bem diante da vida.

56. DA NUDEZ DE AMAR

Em que momento na vida nos despimos das nossas máscaras?

“Aonde irei neste sem fim perdido...?”

(Mário de Sá-Carneiro) Não conheço o homem que sou!

Eu quis te ensinar a voar, mas preferes rastejar.

57. DAS FLORES ARTIFICIAIS

Cada ser humano tem um modo de ser o que (per)segue por toda a vida.

“A ponte era falsa – e derradeira.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Amar esta mulher me deixa tonto, febril, indisposto para a morte.

Me sinto indefeso ao teu lado.

58. A DIFÍCIL ACEITAÇÃO DA REJEIÇÃO

Temos apenas uma vaga ilusão (ou visão) do significado real de ser huma- no.

“Por sobre o que Eu não sou há grandes pontes.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Minha força reside na minha fragilidade.

Estou cansado de mim:

Cansado do meu ser mal amado!

(20)

20

20

59. A VIDA É UMA RUA DE MÃO DUPLA:

Somos amantes e amados, réus e vítimas (ao mesmo tempo).

“Água fria e clara numa noite azul, água, devia ser o teu amor por mim...”

(Mário de Sá-Carneiro)

Já estou no melhor lugar para a minha alma viver!

S

OU VICIADO EM PESSOAS

.

Viciado em jogar conversa fora junto com os amigos.

60. MONÓLOGOS E CONVERSAS

Transformar nossas palavras de monólogo em uma mensagem aos outros é o primeiro desafio na arte de dialogar.

“Que poeira de ouro, os meus desejos...”

(Mário de Sá-Carneiro)

Meu desejo é eterno, assim como a minha insaciável fome de viver.

Não quero morrer nunca!

61. PARA QUE AMAR UM OUTRO SER HUMANO?

Para dar mais sentido à vida?

“Eu fui alguém que se enganou e achou mais belo ter errado...”

(Mário de Sá-Carneiro)

Não desejo incomodar-te, mas não consigo fugir de ti.

És para mim um eterno tormento!

62. CONTINUO, MESMO SEM RUMO Falo, ainda que ninguém me escute.

“Cinja-me de novo a grande esperança.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Espero, ainda que esperar seja inútil.

Sinto, mesmo que as emoções sejam sem valor.

63. QUANDO ESTAMOS PERDIDOS

Quando estamos perdidos formamos um labirinto em volta de nosso ser que impede qualquer pessoa de nos encontrar (inclusive nós mesmos).

“Atapetemos a vida.”

(Mário de Sá-Carneiro) Torno-me terno quando amo.

Quando não amo, torno-me cruel.

(21)

21

21

64. ARRISCAMOS COMO UM JOGADOR Tudo pelo presente!

Quando, na verdade, deveríamos imitar a perseverança de um agricultor, a paciência de um navegador, e a esperança de um ser apaixonado.

“Quero ser eu plenamente.”

(Mário de Sá-Carneiro) Traí a minha alma.

Tornei-me um nômade – um homem sem terra sem face sem identidade.

65. QUANTAS COISAS NOS OCULTAM DE NÓS MESMOS!

Quantas coisas nos isolam dos outros!

(A principal é o nosso Complexo de Sol).

“- Para mim o longe é mais perto do que o presente lugar.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Um dia fui abandonado pelos amigos porque não tinha nada para dar mate- rialmente.

Tinha somente a mim mesmo, mas acho que é pouco.

66. POUCAS FORAM AS CORRENTES QUE ME DETERAM Alguma coisa inesperada sempre acontece ao coração!

“Não me embaraço em prisões.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Aventuro-me, vou ao máximo da inconsequência, e mesmo assim não pas- so de um sonhador.

E

RGUEU

-

SE UM ABISMO DENTRO DE MIM

.

Impediu-me de alcançar o outro lado da vida, onde se encontrava a maturi- dade, a razão, a lógica.

67. SE POR ACASO

Apenas as loucuras são belas.

“Só a beleza redime.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Busco uma mulher que seja capaz de fazer de mim um homem.

H

ERÓI

...

Herói não é aquele que cheio de armas enfrenta os inimigos – indefesos ou não.

Herói é aquele ser humano que é capaz de agir em prol da paz, mesmo que

isso signifique sacrifícios e prejuízos.

(22)

22

22

68. UM PUNHADO DE PALAVRAS Poucas coisas são insolúveis.

“Nada há que se não dome.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Sou um aventureiro nesta vida, sem raízes, sem um lugar de repouso, sem um ombro amigo.

À

S VEZES SOU REALISTA ÀS VEZES SONHADOR

...

Quem são os realistas:

Aqueles que somente acreditam no que podem provar?

Quem são os sonhadores:

Aqueles que usam a fantasia para fugir da realidade?

Nem um nem outro...

Realista é aquele ser sonhador que sabiamente percebe que a vida é muito mais do que o que podemos provar, e que os sonhos são muito mais do que fugas – podem ser o sentido do real de nossas vidas fúteis e materialis- tas.

69. COLÔNIA DE LOUCOS

Determinação é uma palavra distraída.

“Nada nos pode deter.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Amei de modo que pudesse ser feliz, mas esqueci que ninguém é feliz amando sozinho.

O

QUE CHAMAMOS DE REALIDADE

?

São os sonhos que se concretizaram...

70. FUI UM NÃO SEI QUÊ NA VIDA

Fui vivendo como se viver fosse um caminho banal.

“Fui um barco de vela que parou.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Dou-me ao máximo para conquistar as pessoas, mas sempre acabo absolu- tamente sozinho...

S

ERÁ QUE AO AUMENTAR A REALIDADE AUMENTA A MATURIDADE

?

Um ser maduro não é aquele que tem mais tempo de vida, é aquele que aprendeu com ela – não importa o seu tempo de viver.

Maturidade não é algo automático, instantâneo, natural.

(23)

23

23

A maturidade vem do esforço em compreendermos os caminhos tortuosos de cada dia...

71. CAIU O PANO E O SHOW NUNCA TERMINA Caiu o sonho e a realidade nunca germina.

“- Caiu-me a Alma ao meio da rua.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Não queria ser odiado, mesmo que não fosse amado.

O

QUE SÃO OS SONHOS

?

É a realidade que ainda não se concretizou...

72. MINHAS IDEIAS TÊM NOME E SOBRENOME Meus encantos têm sabores e cores.

“Minha cidade com rosto...”

(Mário de Sá-Carneiro)

Basta de gritos e acusações, para que ficar sorrindo no meio dessa confu- são?

O

QUE TEM MAIS FORÇA

:

O prazer de ouvir ou o prazer de falar?

O prazer de falar advém da necessidade de extravasarmos os nossos sen- timentos, revelar o que sentimos tentando ser compreendidos.

O prazer de ouvir advém do gosto de podermos compreender nossos ami- gos, e de percebermos como somos seres comuns...

73. COMO UM PALHAÇO NÃO RIO Faço os outros rir.

“Um novo freguês que entra é novo ator no tablado.”

(Mário de Sá-Carneiro) Ela não é uma simples mulher:

É uma fêmea!

74. QUERIA ANDAR SEM RUMO NESSA VIDA Afinal, qual é o rumo dessa vida?

“Eu fui herói de novela que autor nenhum empregou...”

(Mário de Sá-Carneiro)

Meu espírito encontra-se na sagacidade de seus pelos felinos.

T

RAGO O TEU OLHAR NO MEU PEITO

...

(24)

24

24

Gravado em mim está o teu olhar como uma pedra preciosa, única, que somente a mim pertence, e que somente eu possuo o dom de entendê-la.

Arraigado em mim estão os desejos dos teus olhos, que mesmo tímidos, fa- zem-me confidências que somente o meu coração sabe interpretar.

75. MINHA VIDA É ESPERAR

De tudo esperei um pouco, de tudo sempre fiquei a esperar.

“Nos cafés espero a vida que nunca vem ter comigo.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Inconvenientes são para mim as pessoas que querem ser minhas amigas, e não fazem nada para merecerem a minha amizade.

M

EU AMOR NÃO NASCEU AMOR

...

Meu amor nasceu incerteza, quase abandono.

Nasceu desânimo, desesperança, dúvidas.

Meu amor nasceu quase morto, quase traição, quase decepção, mas soube acreditar mesmo nas quase mentiras...

76. QUE CORRERIA É ESSA, MEU AMIGO?

Corro tanto, e nunca chego a lugar algum.

“O tempo passa em corrida.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Vi no seu próprio rosto uma alegria disfarçada pela minha presença.

É

VERDADE QUE EU TE AMO

!

É verdade que eu te respeito, mas não penses que é fácil para mim – exige esforço, e uma certeza absoluta de te amar...

77. ALGUMAS COISAS NA VIDA SIMPLESMENTE NÃO FAZEM SENTIDO As outras também...

“A minha vida sentou-se e não há quem a levante.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Irônica é a vida que abre o nosso peito para apunhalá-lo depois.

É

VERDADE QUE EU TE ESCOLHI PARA VIVER AO MEU LADO

! Há momentos em que desejo a solidão.

Não para fugir de ti, e sim para revigorar as minhas forças para não te ma- chucar, quando me decepciono comigo mesmo.

78. DERAM-ME FLORES QUE NÃO ERAM PARA MIM

(25)

25

25

Deram-me sorrisos que não fiz por merecer.

“Deram-me beijos sem os ter pedido...”

(Mário de Sá-Carneiro)

Enlouqueço nas manhãs de domingo ensolaradas e solitárias.

É verdade que existiram outras mulheres, mas tu foste a única cúmplice...

79. SOU SEMPRE BEM VINDO QUANDO SOU VISITANTE Gosto de visitar lugares e pessoas que não conheço.

“À entrada sempre me sorriram...”

(Mário de Sá-Carneiro)

Quero a paz dos seres que se satisfazem com a vida que têm.

E

U QUERO ALGUÉM PARA MIM ASSIM

...

Com esse teu jeito ingênuo de ser mulher!

80. TANTAS MENTIRAS SAÍRAM PELO MUNDO AFORA

Tantas tolices foram compradas como ouro quando não valiam absoluta- mente nada.

“Tanto segredo no destino de uma vida...”

(Mário de Sá-Carneiro)

Ela despertou em mim uma vontade maior de penetrar no núcleo do viver.

Q

UERO ALGUÉM

...

Para mim que saiba perdoar quando eu me distanciar, percebendo que não é de si, é de mim!

81. MUITO DEVO A TI PELA MINHA ESPERANÇA Devo a ti as dores contra quais sobrevivi.

“Se me dói hoje o bem que me fizeste, é justo, porque muito te devi.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Dependo da vida lá fora, dos sorrisos, do barulho, da multidão.

Q

UERO ALGUÉM

...

Que compreenda as palavras rudes, que elas não significam ódio.

São apenas restos da dor e do sofrimento que levam anos de insônia e de- sespero para nos abandonar.

82. O AMIGO QUE ME PROCUROU EU NUNCA OUVI

(26)

26

26

A saudade do amigo que me procuro foi o que eu senti.

“Quem me metam entre cobertores, e não me façam mais nada...”

(Mário de Sá-Carneiro) Envolvi-me com meus sonhos.

Eles amadureceram em mim, e hoje eu já não vivo sem sonhar.

83. A MIM, NUNCA NINGUÉM PROTEGEU A mim, nunca ninguém deslumbrou.

“Que a porta do meu quarto fique para sempre fechada.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Tenho esperança de um dia possuir um mundo meu, onde eu possa abrigar os quem eu amo.

Q

UERO ALGUÉM

...

Que entenda que quando silencio é mais por medo das palavras, do que por não ter o que falar!

84. NÃO NASCI PARA FOGOS DE ARTIFÍCIOS Não sobrevivi festejando a vida.

“Não fui feito para festas.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Tenho procurado a minha paz interior, pois a exterior eu sei que é impossí- vel.

C

OMO DÓI EM MIM ESTA MISÉRIA HUMANA

,

SUBLIME MISÉRIA HUMANA

. Seres desumanos, podres seres desumanos.

Decadência humana, lixo humano.

Como dói a sedução do refugo humano!

85. ESTOU PRECISANDO DE SILÊNCIO Cansei de palavras sem conteúdo.

“Larguem-me! Deixem-me sossegar...”

(Mário de Sá-Carneiro)

Trago uma suspeita engatada na garganta, de que em breve descobrirei quem eu sou.

O

QUE QUERES DE MIM MULHER PROIBIDA

! Maldito seja o teu corpo inesperado.

Maldita seja a sedução do corpo insano.

(27)

27

27

86. HYPOCRISIAS

Onde foi para toda a delicadeza deste mundo?

“Quem posso eu esperar, com a minha delicadeza?...”

(Mário de Sá-Carneiro) Não sei se sou realista.

Pensado bem acho me um insensato sonhador...

87. MYTHOS, LOGOS E PSYKHÉ

Imaginação é o que todos estamos precisando.

“Deixa-te de ilusões.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Assemelhava os homens aos animais, que andam em bando sem vontade própria.

S

OZINHO EU ENTRISTEÇO

. Eu me calo.

Tenho muito o que falar.

Eu choro.

Tenho muitas razões para rir.

Eu, às vezes, me arrependo de ter nascido (mas não me arrependo de ter vivido).

88. ROMANCES

Esperança e ansiedade são filhas da mesma mãe.

“Desistamos. A nenhuma parte a minha ânsia me levará.”

(Mário de Sá-Carneiro) Sabia bem o que queria.

G

OSTARIA DE DESCOBRIR UMA MANEIRA MAIS NOBRE DE EXALTAR O AMOR

TÃO VULGARIZADO

,

SEM CREDIBILIDADE

...

Uma maneira racional, lógica, que talvez até possa dar lucro, pois quem sa- be assim as pessoas voltem a acreditar nele, e procurá-lo.

Eu acredito que o amor é tão imenso que é capaz de conter em si (quase) todas as possibilidades de nossa mente.

(Somente não sei como).

89. PASSO A PASSO EU POSSO ALCANÇAR O INFINITO.

Guardo em ser uma semente.

“Pra que hei de então andar aos tombos, numa inútil correria?”

(Mário de Sá-Carneiro)

Não havia razão para que ele desejasse todas as mulheres.

(28)

28

28

Atrevo-me a sonhar quando o mundo faz apologia a realidade, a sobrevi- vência pura.

90. NÃO SINTAS CIÚMES DOS AMORES QUE EU TIVE Que juiz já condenou a si mesmo?

“Tenham dó de mim.”

(Mário de Sá-Carneiro) Ela era os seus sonhos.

A

GITAMO

-

NOS QUANDO PERCEBEMOS QUE SOMOS AMADOS

. Acomodamo-nos quando nos encontramos solitários.

91. ESTE AMOR QUE HÁ EM MIM Inútil essa vida de faz de conta.

“Nada a fazer.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Absorvera em si a sua realidade.

Refresco-me nas asas da paixão.

92. UM DIA OS SONHOS ACABARÃO, E O QUE RESTARÁ ENTÃO?

Toda pele é um pedaço de emoção.

“Tudo o mais acabou.”

(Mário de Sá-Carneiro)

As pessoas que passavam por ali, via-se em seus rostos que estavam can- sadas e desiludidas.

Sento-me para aguardar o amanhã.

93. ÀS VEZES, EU QUERIA SIMPLESMENTE ENTRISTECER Quando acordei para a vida já estava anoitecendo.

“Gostava tanto de mexer na vida.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Gostava de ser distante, porque isso o protegia.

T

ENHO A MANIA DE SER HUMANO

.

Abandonamos nossos sonhos antes mesmo de lutar por eles.

‘Em completo abandono me encontro quando temo enfrentar a mim mesmo e aos meus monstros.’

94. SER FELIZ É SER AMADO

(29)

29

29

Não há visível em mim que seja realidade.

“Tudo em mim é fantasia alada.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Os outros tornaram-se figurantes em sua vida.

O

AMOR É UM SENTIMENTO RIDÍCULO

.

Por isso a maioria da humanidade não chega a amar:

Querem ser sérios demais.

95. ROMANCES PERDIDOS

Não sei onde este caminho me levará.

“A escada é suspeita e é perigosa.”

(Mário de Sá-Carneiro) Decidira-se por si mesmo.

A

PAIXÃO É O AMOR TEM ALGO EM COMUM

: Todos os dois podem ser passageiros!

(O masoquista é aquele que não acredita no amor quem sabe eterno).

96. FILOSOFIAS DO CAOS DE AMAR

Não haverá amanhã para mim se eu me esconder da vida.

“É no ar que ondeia tudo! É lá que tudo existe!...”

(Mário de Sá-Carneiro) O que será a vida?

Será somente estar vivo?

97. ADMINISTRAÇÃO DO CAOS DE AMAR

Quando deixei minha cidade tornei-me um estranho em todos os lugares.

“Sereno. Em minha face assenta-se um estrangeiro.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Tornara-se um irresponsável por seu destino.

N

ÃO SINTO O MÍNIMO PRAZER EM FALAR DE MIM

: Já existe gente suficiente fazendo isso!

98. SOU UM BREVE ARTESÃO DAS PALAVRAS.

Um artista amador das ideias.

“Nunca em meus versos poderei cantar.”

(Mário de Sá-Carneiro) Havia recebido tudo da vida.

Não se preocupava em buscar, em procurar.

(30)

30

30

99. A MÍSTICA DE SER HUMANO

A mentira morde com um veneno quase incurável.

“Não nos criemos mais ilusões.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Dedicara-se incondicionalmente aos outros, esquecendo-se totalmente de si mesmo.

O

RISO DÁ MAIS TRABALHO QUE A DOR

. A dor faz parte da sorte.

O riso faz parte da vida.

100. A ARTE DE SER IMPERFEITO

Desfaz-se diante dos meus olhos meus tesouros obstinados.

“...De repente a minha vida sumiu-se pela valeta...”

(Mário de Sá-Carneiro)

Ele havia construído uma barreira contra o mundo.

P

OSSUO UM VÍCIO DE VIVER INESGOTAVELMENTE

.

Sou dominado por um vício de amar desavergonhadamente.

Sou escravo de um nascer todos os dias embrião.

101. DA DOR DE AMAR, EU SEI SENTIR.

Da dor de viver, eu sei disfarçar.

“(Se eu apagasse as lanternas para que ninguém jamais me visse, e a minha vida fugisse com o rabinho entre as pernas?...)”

(Mário de Sá-Carneiro)

Não havia jeito de ela penetrar no meu ser.

T

ODO SONHO É UM POUCO DE AUDÁCIA

. Todo sonhador é audaz.

102. FACES OCULTAS DO COTIDIANO

Queria contar uma história como ninguém jamais contou.

“Eu queria ser mulher pra me poder estender ao lado dos meus amigos, nas ‘banquettes’ dos cafés.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Queria falar de um sentimento como ninguém jamais falou.

Q

UANDO ESTOU SOZINHO ESTOU LIVRE

.

(31)

31

31

Quando sou sozinho estou aprisionado.

103. DIÁLOGOS

Que ventos são esses que derrubam nossas vidas?

“A tempestade é horrível não há nada mais medonho.”

(Mário de Sá-Carneiro)

A vida é feita de ventanias e cumplicidades.

A

ESPERANÇA É UM CASTELO

. Castelo que abriga e conforta.

104. MONÓLOGOS

Quando me visto e saio para trabalhar é que a vida faz sentido.

“Amor é chama que mata, sorriso que desfalece, madeixa que se desata, perfume que se esvaece.”

(Provérbio português)

A vida só tem sentido quando agimos.

Alegria de criança é sentimento puro, sem contaminação.

105. METÁFORAS

Tristes são os olhos de quem não ama.

“O amor é um sorriso.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Triste é a solidão que não tem afeto.

A vida se renova a cada instante.

106. AMAR É LIBERTAR-SE.

Não existe amor onde existe opressão.

“O amor não é um bem: Quem ama sempre padece.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Nem a maior mágoa nem a maior tortura seriam capazes de fazê-lo desistir de seus ideais.

Anos da juventude são anos de aprendizagem.

107. QUEM AMA TEM UM CHEIRO PECULIAR.

Quem ama exala vida.

“O amor é um perfume.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Percebia ela que ele não era apenas um homem (era um ser humano tam-

bém).

(32)

32

32

Um amor jovem é uma semente.

108. QUE CHEIRO É ESSE QUE NÃO ENCONTRO NAS PERFUMARIAS?

Que cor é essa que não encontro nas papelarias?

“O ar está puro, a estrada é larga.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Abraçava o mundo no seu coração, mas não era capaz de assumir.

Não há vida genuína sem liberdade verdadeira.

109. FUTURO NÃO É UM LUGAR, É UMA CONDIÇÃO Hoje não é um dia, é uma sensação.

“O futuro espectro mascarado que anda sempre, sempre ao nosso lado chama-se amanhã.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Tinha se preocupado de ser a vida inteira somente o que os outros queriam que ele fosse.

Será que o mundo é exatamente assim como eu vejo?

110. IMAGINAÇÃO NÃO COMBINA COM REALIDADE Agora não combina com depois.

“Amanhã é o futuro e o futuro somente!”

(Mário de Sá-Carneiro)

Misturava o que sentia com o que os outros diziam que ele sentia.

Um olhar é bonito que é sincero, quando vem livre de manipulações e arti- manhas.

111. MALDADE E BONDADE SÃO DUAS FACES DA MESMA MOEDA A bondade, infelizmente, está fora de moda.

“Eu nunca me portei maldosamente...”

(Mário de Sá-Carneiro)

Aparentemente sentia-se realizado (apenas aparentemente)!

A vida é simples como os pequenos gestos de carinho.

112. MEU CORAÇÃO ESTÁ COM MEDO DE VOAR Minhas asas foram quebradas.

“O meu coração está ferido.”

(Mário de Sá-Carneiro)

Oprimia lhe suas virtudes, pois ninguém lhe dava o valor que supunha pos-

suir.

Referências

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