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Analise de sementes em processo de fiscalização no Laboratório Oficial de Análise de Sementes (LASO), Santa Catarina

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

ANÁLISE DE SEMENTES EM PROCESSO DE FISCALIZAÇÃO NO

LABORATÓRIO OFICIAL DE ANÁLISE DE SEMENTES (LASO),

SANTA CATARINA

Florianópolis - SC 2014

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Juliana Macari

ANÁLISE DE SEMENTES EM PROCESSO DE FISCALIZAÇÃO NO

LABORATÓRIO OFICIAL DE ANÁLISE DE SEMENTES (LASO),

SANTA CATARINA

Relatório de Estágio Obrigatório apresentado ao curso de Graduação em Agronomia, do Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheira Agrônoma.

Orientadora: Profa. Dra. Roberta Sales Guedes

Supervisor: Dra. Angélica Polenz Wielewicki

Instituição: MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento)

Florianópolis - SC 2014

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Juliana Macari

ANÁLISE DE SEMENTES EM PROCESSO DE FISCALIZAÇÃO NO

LABORATÓRIO OFICIAL DE ANÁLISE DE SEMENTES (LASO),

SANTA CATARINA

Banca examinadora

Profa. Dra. Roberta Sales Guedes Orientadora - FIT/CCA/UFSC

Adi Mário Zanuzo Examinador - MAPA

Doutoranda Marília Shibata Examinador - FIT/CCA/UFSC

Florianópolis-SC 2014

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AGRADECIMENTOS

À minha mãe Iracema, meu pai Edgar, meus irmãos Adriana e Edgar por sempre me apoiarem em todas as minhas decisões, e por me proporcionar boas condições de estudo.

Ao meu namorado Matheus por compartilhar de momentos felizes e principalmente, por estar presente nas ocasiões mais difíceis

À família Cadore, de Jaborá, a qual me acolheu no estágio de vivência, momento mais decisivo da minha graduação, onde realmente pude perceber que estava cursando a faculdade certa.

A Professora Roberta Sales Guedes pela orientação, paciência e apoio. A Adi e Marília por aceitarem participar da minha banca e assim contribuir com um melhor trabalho.

A Universidade Federal de Santa Catarina e ao Centro de Ciências Agrárias e professores pela incrível oportunidade de estudar em uma das universidades mais renomadas do país e por me proporcionar todo o conhecimento necessário para a minha formação.

Ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e ao LASO (Laboratório Oficial de Análise de Sementes), na pessoa da Dra. Angélica Polenz Wielewichi pela supervisão e aprendizado. Aos colegas de trabalho, David, Luís, Mauricio, Ariana, André e Camila pela paciência com os ensinamentos por todo o período de estágio.

Aos amigos da turma 2009.2, que sempre demonstraram grande companheirismo e apoio, em especial aos amigos Suelen, Valéria, Danielle, Viviane, Jonas, Fábio, Maicon, Rocklerson, Débora, Eline.

Aos amigos Leonardo, Rodrigo, Mariane, Suelen e Bárbara que estiveram ao meu lado durante o processo de fundação da primeira empresa júnior das Ciências Agrárias do estado de Santa Catarina, a Analize, que sempre será motivo de grande orgulho.

À Florianópolis, cidade que me acolheu de braços abertos e que hoje amo muito.

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ANÁLISE DE SEMENTES EM PROCESSO DE FISCALIZAÇÃO NO LABORATÓRIO OFICIAL DE ANÁLISE DE SEMENTES (LASO), SANTA

CATARINA RESUMO

A semente é o ponto de partida de toda a produção agrícola, desta forma manter e garantir a sua qualidade é de grande importância para todos. Visando manter essa qualidade, é que existe o serviço de fiscalização agropecuário o qual tem por objetivo fiscalizar tanto os campos de produção como a comercialização. Esse serviço de fiscalização é vinculado ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), que garante a qualidade de sementes e mudas em todo o país, através da Lei de Sementes n° 10.711 de 2003. No presente relatório, são descritas as atividades desenvolvidas no estágio de conclusão de curso de Agronomia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), realizado no segundo semestre de 2014, no Laboratório Oficial de Análise de Sementes (LASO). No período de estágio, foi possível analisar espécies de grande importância comercial para o país como a Glycine max (L.) Merr. (soja), Oryza

sativa (L.) (arroz), Phaseolus vulgaris (L.) (feijão), Pennisetum glaucum (L.) R. Br.

(milheto) e Sorghum sudanense (Piper) Stapf (capim sudão), através de análises qualitativas e quantitativas, para desta forma saber se determinados lotes estão dentro do padrão de qualidade pré estabelecidos pelo MAPA. Dessa maneira o estágio proporcionou colocar na pratica todo o conhecimento adquirido durante toda a graduação.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 7

2. DESCRIÇÃO DA INSTITUIÇÃO ... 9

2.1. Histórico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA .9 2.2. Estrutura Organizacional do MAPA ...9

2.3. Estrutura Organizacional doLaboratório Nacional Agropecuário - LANAGRO ... 10

2.4. Infraestrutura do Laboratório Oficial de Análise de Sementes - LASO ... 11

3. OBJETIVOS ... 15

Objetivo geral ... 15

Objetivos Específicos ... 15

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 16

4.1. Aferição e Controle dos Equipamentos... 17

4.2. Recebimento e Protocolo das Amostras ... 18

4.3. Homogeneização das amostras ... 20

4.4. Análise de Pureza ... 21

4.5. Determinação de Outras Sementes por Número ... 23

4.6. Exame de sementes infestadas ... 24

4.7.Teste de Germinação ... 24

4.3. Emissão dos Resultados ... 32

4.4. Reanálise ... 33

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 34

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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por finalidade relatar o Estágio Obrigatório do Curso de Agronomia, da Universidade Federal de Santa Catarina. O estágio foi realizado no Laboratório Oficial de Análise de Sementes (LASO), do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), na cidade de São José, em Santa Catarina, no período de 20 de agosto a 10 de novembro totalizando 360 horas de trabalho. A supervisão do estágio foi de responsabilidade da Engenheira Agrônoma Dra. Angélica Polenz Wielewicki, Fiscal Federal Agropecuária (FFA) e Responsável Técnica (RT) pelo LASO.

Com o grande aumento da comercialização de sementes, a necessidade de fiscalização tornou-se cada vez mais importante para impedir que produtores não adulterassem as sementes e, desta forma, garantissem a qualidade destas. A partir dessa necessidade de regulamentação do comércio e da definição de padrões de qualidade, originou-se a análise das sementes (LIMA JUNIOR, 2010). Conforme menciona o mesmo autor é através das análises físicas e fisiológicas que conhecemos a qualidade de um lote de sementes, as quais representam uma garantia para produtores, comerciantes e agricultores, pois garante a aquisição de sementes com qualidade conhecida.

Diante a importância da qualidade das sementes para toda a agricultura brasileira, é fundamental que ocorra uma fiscalização da adequação dos produtores à Lei 10.711 de 5 de agosto de 2011. O MAPA é o órgão responsável pela fiscalização de pessoas físicas e jurídicas que produzam, beneficiem, analisem, embalem, reembalem, amostrem, certifiquem, armazenem, transportem, importem, exportem, utilizem ou comercializem sementes ou mudas.

No LASO ocorrem as análises laboratoriais das amostras de fiscalização de sementes e a supervisão de 40 laboratórios dos Estados de Santa Catarina e Paraná. Na produção, as sementes para análise são fiscalizadas pelo SEFIA (Serviço de Fiscalização de Insumos Agrícolas) e no comércio pela CIDASC (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina).

No período de estágio foi realizado o acompanhamento das atividades diárias do laboratório, como recebimento de amostras fiscais, o encaminhamento das mesmas para o início das análises desde a homogeneização e separação

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de germinação. Com estas análises e testes é gerado o Boletim Oficial de Análise de Sementes (BOAS) com a aprovação ou não dos lotes de sementes na produção ou comercialização. Para ser aprovado o lote deve apresentar um percentual mínimo de germinação, o qual varia de acordo com cada espécie, assim como sua pureza e análise de outras sementes que para cada espécie apresenta uma quantidade máxima de impurezas e sementes de outras espécies.

O BOAS correspondem a um laudo de toda a qualidade das sementes e são muito importantes para o produtor de sementes, pois são através deles que se consegue a certificação e com ela a liberação para a comercialização, garantindo também qualidade e segurança para o comprador.

Portanto, compreender todo o processo que certifica um lote de sementes é de grande relevância para a formação de um engenheiro agrônomo, pois elas são à base de toda a produção de alimentos.

Durante o período do estágio, foi possível acompanhar análises qualitativas

Glycine max (L.) Merr. (soja), Oryza sativa (L.) (arroz), Phaseolus vulgaris (L.)

(feijão), Pennisetum glaucum (L.) R. Br. (milheto) e Sorghum sudanense (Piper) Stapf (capim sudão).

(9)

2.

DESCRIÇÃO DA INSTITUIÇÃO

2.1. Histórico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA

A História do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) teve início em 1860, quando tinha o nome de Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, após 32 anos suas atividades passam a ser incorporadas pelo Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas. Apenas em 1909 é criado o Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio e em 1930 passa a fazer parte da estrutura governamental da República. A partir de 1980 temas como reforma agrária e recursos florestais e pesqueiros são de excluídos da competência deste Ministério.

Em 1990 a Medida Provisória nº 150, foi convertida na Lei nº 8.028 a qual dispõe de uma reestruturação dos órgãos da administração federal e determina que o Ministério assuma a função de execução e coordenação da reforma agrária e irrigação (BRASIL, 2003a). Foi através da Medida Provisória nº 103, convertida na Lei nº 10.683 em 2003, que os temas sobre a pesca foram novamente excluídos das atribuições da pasta e direcionados a Secretaria Especial da Aquicultura e Pesca da Presidência da República (BRASIL, 1990). Em 2005 o Ministério passou a ser responsável pelos assuntos agrícolas internacionais.

Com o passar dos anos o Ministério modernizou sua estrutura organizacional e criou câmaras setoriais das diversas cadeias produtivas do agronegócio para através delas o setor privado e publico debater politicas publicas para o agronegócio brasileiro (http://www.agricultura.gov.br/ministerio).

2.2. Estrutura Organizacional do MAPA

O MAPA apresenta uma estrutura interna bem consolidada e organizada, que conta com seis níveis de organização:

Órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado: Gabinete do Ministro; Assessoria de Gestão estratégica; Ouvidoria; Secretaria executiva; Subsecretária de Planejamento, Orçamento e Administração, e Consultoria Jurídica.

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Órgãos Específicos e Singulares: Secretária de Defesa Agropecuária; Secretária de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo; Secretaria de Politica Agrícola; Secretária de Produção e Energia; Secretária de Relações Internacionais do Agronegócio; Comissão Executiva do Plano de Lavoura Cacaueira e o Instituto Nacional de Meteorologia.

Unidades Descentralizadas: Laboratórios Nacionais Agropecuários (LANAGROS) e Superintendências Federais de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA).

Órgãos Colegiados: Comissão Coordenadora de Criação de Cavalo Nacional; Comissão Especial de Recursos; Conselho Deliberativo da Política do Café; Conselho Nacional de Política Agrícola.

Empresas Públicas: Companhia Nacional de Abastecimento e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

Sociedades de Economia Mista: Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S.A.; Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais e a Companhia

de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo

(http://www.agricultura.gov.br/ministerio).

2.3. Estrutura Organizacional doLaboratório Nacional Agropecuário - LANAGRO

O MAPA possui seis Laboratórios Nacionais Agropecuários (LANAGRO) sediados nos estados de Pernambuco, Goiás, Rio Grande do Sul, São Paulo, Pará e Minas Gerais. Cada um desses laboratórios conta com os Serviços Laboratoriais Avançadas (SLAV). O Laboratório Avançado do LANAGRO do Rio Grande do Sul encontra-se na cidade de São José, no estado de Santa Catarina, o qual possui seis setores: Seção de Atividades Gerais (SAG); Laboratório de alimentos e Medicamentos para Animais (ALA); Laboratório de Análise para Classificação Vegetal (LACV); Laboratório de Produtos de Origem Animal (POA); Unidade de Recepção e Conservação de Amostras (REC) e o Laboratório Oficial de Análise de Sementes (LASO) (http://www.agricultura.gov.br/ministerio).

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2.4. Infraestrutura do Laboratório Oficial de Análise de Sementes - LASO

É necessária uma infraestrutura mínima e adequada às normas específicas e ao volume de sementes analisado, para a instalação de um laboratório de sementes. O LASO (Figura 1) também segue este padrão e é composto por:

Figura 1: Infraestrutura externa do Laboratório

Oficial de Análise de Sementes - LASO. (Fonte: Silva, D.O. 2014).

Sala dos Técnicos: É o local onde a responsável técnica e mais dois funcionários recebem as amostras fiscais, emitem o boletim de análise e controlam a qualidade dos laboratórios credenciados (Figura 2).

Figura 2: Infraestrutura do Laboratório

Oficial de Análise de Sementes - LASO, sala dos técnicos, onde são emitidos

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os boletins e recebimento das amostras fiscais.

Sala da Pureza: Local onde são realizadas as análises de pureza (Figura 3). Possui quatro mesas de trabalho cada um com uma lupa de 8X, um armário com a sementoteca, livros para consulta, balança analítica e de precisão, soprador de sementes.

Figura 3: Infraestrutura do Laboratório Oficial de Análise de

Sementes (LASO); (A) Sala de Pureza; (B) Balança de precisão; (C) Balança analítica.

Sala da Germinação: Local onde é realizado o teste de germinação (Figura 4), desde a instalação do teste até a leitura final e possui duas mesas de trabalho, prensas, pHmetro, tabuleiros de semeadura, destilador de água e geladeira que é usada para armazenar produtos químicos e para quebra de dormência para espécies específicas.

Figura 4: Infraestrutura do Laboratório Oficial de Análise de Sementes - LASO: (A):

Sala de Germinação; (B): Destilador de água; (C): prensa grande (D): prensa pequena e tabuleiros de plantio.

Sala de Esterilização: Local onde os materiais são lavados e esterilizados (Figura 5) possui: duas cubas uma para lavagem e outra para enxágue do material, duas estufas comuns e uma de envelhecimento acelerado, bombonas com areia esterilizada, armários com materiais.

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Figura 5: Infraestrutura do Laboratório Oficial de Análise de Sementes - LASO, (A):

Sala de Esterilização; (B): Estufas; (C): Areia esterilizada.

Sala de Divisão: Local onde ocorre a homogeneização e divisão da amostra de trabalho possui divisor centrífugo tipo Gamet e balanças analíticas e de precisão (Figura 6).

Figura 6: Infraestrutura do Laboratório Oficial de

Análise de Sementes - LASO. (A): Balanças; (B): Divisor Centrífugo.

Câmara seca: Local onde as amostras fiscais e de trabalho ficam armazenadas, em condições de umidade e temperatura especiais para assim garantir um bom armazenamento, possui ar condicionado, desumidificador, estantes, amostras fiscais e de trabalho, caixas com papeis toalha de germinação (Figura 7).

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Figura 7: Infraestrutura do Laboratório Oficial de Análise de Sementes -

LASO. (A) Câmara Seca porta de entrada; (B) Interior da Câmara Seca; (C) Prateleiras no interior da Câmara Seca, com as amostras prontas para análise.

Sala de Germinação: Local com temperatura e umidade controladas, possibilitando desta forma o funcionamento adequado das câmaras de germinação. Nesta sala encontra-se um ar condicionado e câmaras de germinação reguladas em diferentes temperaturas (Figura 8).

Figura 8: Infraestrutura do Laboratório Oficial de Análise de Sementes - LASO.

(A): Sala de germinação; (B): Interior da sala de germinação com os germinadores e BOD.

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3. OBJETIVOS

Objetivo geral

Acompanhar e desenvolver atividades de análises de sementes em processo de fiscalização junto ao Laboratório Oficial de Análise de Sementes (LASO), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de Santa Catarina.

Objetivos Específicos

Acompanhar e compreender a rotina do LASO, em Santa Catarina;

 Auxiliar nas análises de qualidade física, fisiológica e sanitária das sementes que se encontram em processo de fiscalização;

 Conhecer os procedimentos burocráticos para análise de sementes para fins de fiscalização;

(16)

4.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Para analisar a qualidade de sementes é preciso ter o conhecimento de sua estrutura fisiológica e como é formada, a semente é um óvulo desenvolvido após a fecundação e é constituída pelo embrião, reservas nutritivas e o tegumento ou casca (VIDAL & VIDAL, 2003). Quando o ambiente estiver propício a semente irá germinar e assim resultará em uma nova planta (FERREIRA & BORGHETTI, 2008). Pode ocorrer desta nova planta não ser normal, ou não germinar mesmo com um ambiente adequado. A determinação da qualidade de um lote de sementes verifica quanto ele está apto a se desenvolver de forma normal.

A única maneira segura de conhecer a qualidade real de um lote de sementes é através da análise física e fisiológica, bem como saber das peculiaridades de cada espécie para poder interpretar corretamente os resultados

(LIMA JÚNIOR, 2010). No Brasil, a qualidade das sementes que são

comercializadas é assegurada pela Lei n° 10.711 de 05 de agosto de 2003, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Sementes e Mudas - SNSM, e pelo Decreto n° 5.153, de 23 de julho de 2004. Objetivando cumprir a legislação vigente o MAPA organizou as Regras para Análise de Sementes - RAS, que tem como finalidade disponibilizar métodos para análise de sementes, sendo estes de uso obrigatório nos Laboratórios de Análise de Sementes credenciados no MAPA.

Todas as atividades que são desenvolvidas no LASO seguem a Regra de Análise de Sementes (RAS) e lei nº 10711 de 5 agosto 2003 e pelas instruções normativas nº 9, de 2 de junho de 2005, nº 40 de 30 de novembro de 2010, nº 45 de 17 de setembro de 2013 e a nº 46 de 24 de setembro de 2013.

Durante o período do estágio, foi possível acompanhar análises qualitativas, fisiológica e sanitária de soja (Glycine max), arroz (Oryza sativa), feijão (Phaseoluos vulgaris), milheto (Pennisetum glaucum) e sorgo (Sorghum

sudanense). E também como funciona o processo de fiscalização de sementes.

A seguir, portanto serão descritas as etapas que foram realizadas e observadas durante o estágio no LASO.

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4.1. Aferição e Controle dos Equipamentos

Diariamente todos os equipamentos devem ser aferidos para garantir resultados mais confiáveis. Todas as balanças que serão usadas devem ser aferidas (Figura 9), seguindo as recomendações da Tabela 1. Se o valor encontrado não estiver no intervalo exigido a balança deverá ser separada para manutenção.

Figura 9: Aferição diária das balanças com o

auxílio dos pesos contidos na caixa, os valores devem ser anotados na ficha de controle.

Tabela 1: Tolerâncias para aferição de balanças, com mínimo e máximo permitido para

que se tenham resultados mais confiáveis.

Peso (g) Mínimo (g) Máximo (g)

10,00 09,99 10,01 50,00 49,95 50,05 100,00 99,90 100,10 200,00 199,80 200,20 500,00 499,50 500,50 Fonte: BRASIL, 2009.

Os termômetros das estufas, geladeiras, câmara de germinação e seca devem ser checados duas vezes ao dia, e suas temperaturas máximas e mínimas anotadas em fichas de controle.

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4.2. Recebimento e Protocolo das Amostras

A amostragem é uma porção de sementes que constitui uma amostra representativa de campo ou de lote definido, e só poderá ser realizada por uma pessoa física credenciada pelo MAPA (BRASIL, 2003b).

As amostras que chegam ao LASO são do SEFIA, responsável pela fiscalização da produção e da CIDASC responsável pela fiscalização de comercialização. O SEFIA e a CIDASC coletam duas amostras de sementes, uma é encaminhada para análise no LASO e a outra permanece nestes órgãos caso haja a necessidade de reanálise.

Após ser realizada a amostragem e obtenção das amostras médias, as mesmas são lacradas em caixas de papelão e identificadas pelo fiscal e enviadas ao LASO acompanhadas do Termo de Coleta de Amostra (TCA) (Figura 10).

Figura 10: Embalagem oficial lacrada e identificada para remessa

de amostras ao Laboratório Oficial de Análise de Sementes - LASO (A); Informações registradas pelo fiscal (data, espécie, cultivar, categoria, número do lote, safra e peso da amostra) (B).

Todas as amostras recebidas possuem o número de inscrição no Registro Nacional de Sementes e Mudas (RENASEM), que tem por objetivo cadastrar as pessoas físicas e jurídicas que exerçam as atividades previstas no Sistema Nacional de Sementes e Mudas que foi instituído pela Lei n º 10.711.

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No recebimento das amostras é conferido os dados de identificação das amostras, como número de inscrição RENASEM, espécie, categoria, safra, data da coleta, número do lote, identificação e assinatura do responsável pela amostragem. Também foi checado se as amostras encontravam-se devidamente lacradas e se havia a quantidade necessária para as análises, respeitando o peso mínimo exigido pela legislação.

Ao ser recebida, a amostra é armazenada até o início da análise na câmara seca, a qual apresenta um ambiente controlado para manter a integridade da amostra. Todos os dados das análises são anotados na Ficha de Análise (Figura 11).

Figura 11: Ficha de Análise de sementes onde

serão anotados dados de todas as análises realizadas com a amostra no Laboratório Oficial de Análise de

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4.3. Homogeneização das amostras

A amostra média que foi recebida no LASO deve ser homogeneizada e dividida para se obter a amostra de trabalho conforme recomendações das Regras para Análise de Sementes (RAS). É muito importante que essa homogeneização e redução sejam feitas com especial atenção e cuidado, a fim de que as amostras de trabalho sejam realmente representativas do lote de sementes em análise (BRASIL, 2009).

No LASO a homogeneização e redução da amostra ocorrem na sala de divisão, onde a amostra que é recebida pela fiscalização é pesada (Figura 12) e em seguida são colocadas no homogeneizador centrífugo do tipo Gamet (Figura 12) e são misturadas por duas vezes para desta forma se obter uma completa homogeneização. Em seguida começa a divisão das amostras de trabalho, e amostras para análise de outras sementes (Figura 12), as quais a quantidade varia de acordo com cada espécie (Tabela 2).

Assim que as amostras são obtidas estas são armazenadas em recipientes de plástico, devidamente identificados com o número do lote e a letra P para a amostra de trabalho e OS para a amostra de outras sementes (Figura 12). Por fim estas são guardadas na câmara seca até o início de suas análises.

Figura 12: Homogeneização da amostra média para

obtenção de amostra de trabalho no Laboratório Oficial de Análise de Sementes. (A) Pesagem da amostra inicial; (B) Homogeneização com homogeneizador do

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tipo centrífugo Gamet; (C) Amostras já homogeneizadas, amostra de trabalho para realização da análise de pureza e amostra para determinação de outras sementes.

Tabela 2: Quantidade de sementes que se deve obter nas amostras de pureza e

determinação de outras sementes por número, após a homogeneização.

Espécie Amostra de para análise

de pureza(g)

Amostra para determinação de outras sementes (g) Sorghum sudanense 25 250 Pennisetum glaucum 15 75 Glycine max 500 1000 Oryza sativa 70 700 Phaseolus vulgaris 700 1000 Fonte: BRASIL (2009) 4.4. Análise de Pureza

O objetivo da análise de pureza é de determinar a composição percentual por peso das sementes puras e a identidade das diferentes espécies de sementes que deverão ser classificadas em cultivadas, silvestres, nocivas proibidas ou nocivas toleradas e do material inerte da amostra e por inferência a do lote de sementes (BRASIL, 2009). Com a determinação da pureza da amostra é possível definir a qualidade das sementes e prevê possíveis perdas no campo, já que o uso de lotes com baixo porcentual de pureza quando semeados devem resultar na formação de uma lavoura não homogênea dando prejuízos na produtividade final.

O procedimento de análise de pureza ocorre na sala da pureza e inicia-se com a pesagem da amostra de trabalho e logo em seguida inicia-se a análise de pureza, onde a amostra passa por catação manual e identificação das sementes puras, outras sementes e material inerte. Posteriormente efetua-se a pesagem do material inerte e sementes puras, este peso final deve ser comparado com o inicial. É possível que ocorra uma variação do peso, devido à umidade, ou perda de material, caso essa diferença seja maior ou menor que 3% a análise deverá ser refeita. Se caso encontrar sementes de outras espécies, estas devem ser devidamente identificadas e classificadas em sementes nocivas ou silvestres. Todos os dados gerados na análise de pureza são anotados na ficha de análise e posteriormente inseridos no Sistema Integrado para Laboratórios de Análise de

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os cálculos automaticamente e posteriormente gera o Boletim Oficial de Análise de Sementes.

Para as amostra de sementes de G. max e P. vulgaris são considerados materiais inertes, sementes com tegumento completamente removido, tegumentos, insetos e possíveis grãos de terra. Para o P. vulgaris é comum encontrar sementes de outros cultivares, e se tal fato ocorrer deve ser anotado na ficha de análise.

Já para o S. sudanense (Figura 13), P. glaucum e O. sativa são considerados materiais inertes, cariopses com tamanho menor do que o exigido, lemas e palhas, insetos e grãos de terra. E as sementes puras são o antécio fértil, envolvendo um cariopse com endosperma ou pedaços se sementes maiores do que a metade de seu tamanho original.

Figura 13: Análise de pureza do Sorghum

sudanense. (A) Sementes puras.

(B) Material inerte e outras sementes.

Para O. sativa primeiramente realiza-se a análise de pureza com a semente ainda com casca e depois é necessário que se faça o complemento, que se trata de descascar a mesma amostra de sementes, pois assim é possível identificar outros cultivares de O. sativa, como o vermelho e o preto (Figura 14). O

O. sativa vermelho a partir da safra de 2013/2014 é considerado uma espécie

cultivada pela IN no 45 de 17/09/2013. Mesmo após esse decreto há a necessidade de se verificar na análise do O. sativa, o aparecimento do O. sativa vermelho ou preto pois no padrão essa semente não é tolerada.

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Figura 14: Análise complementar

com o Oryza sativa descascado para identificar outros cultivares.

De acordo com a Instrução Normativa nº45, de 17 de setembro de 2013 a análise de pureza para sementes de O. sativa, P. vulgaris e S. sudanense devem apresentar 98% de pureza e para a G. max 99% para todas as categorias (BRASIL, 2013). E para as amostras de P. glaucum, deve-se obter 95% de pureza (BRASIL, 2008).

4.5. Determinação de Outras Sementes por Número

As sementes de outras espécies nocivas toleradas são sementes que até determinada quantidade não irá causar prejuízos na produção. Já as nocivas proibidas são as sementes que se encontradas na amostra, o fiscalizado será notificado e poderá pedir reanálise. Para o O. sativa é necessário fazer o complemento do teste, com a semente descascada, para assim poder certificar se há O. sativa vermelho ou preto.

É através da determinação de outras sementes por número que se identifica as sementes de outras espécies que se encontram na amostra. Há um valor máximo de outras sementes tolerado por cada espécie para que o lote seja aprovado. Nesta análise também são separadas as sementes de outras espécies entre nocivas e nocivas toleradas. As sementes consideradas nocivas são aquelas que são de difícil controle a campo, podendo prejudicar a produção. Elas

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são separadas entre toleradas a quais são permitidas dentro de um limite máximo e a proibida que não é permitida dentro da amostra. Esta análise pode ser limitada na qual a verificação de outras sementes ocorre na amostra de trabalho com um número determinado de outras sementes por número, sendo este uma a algumas espécies (BRASIL, 2005).

A análise reduzida-limitada é feita com uma amostra reduzida de sementes do que o usual recomendado e também se trata de uma análise limitada a algumas espécies.

4.6. Exame de sementes infestadas

Para algumas espécies, como P. vulgaris e Zea mays é necessário fazer a análise de sementes infestadas para assim garantir a qualidade sanitária da semente. De acordo com Brasil (2009) são consideradas sementes infestadas quando as mesmas contenham ovo, larva, lagarta, pupa, inseto adulto e as outras que tenham orifício de saída do inseto.

Para o P. vulgaris são utilizadas duas repetições de 100 sementes cada, sendo inicialmente analisadas externamente para avaliar se há orifícios que indiquem a saída de insetos. Depois essas repetições permanecem em embebição diretamente em água por 24h para que assim facilite o corte das sementes, para que elas sejam avaliadas no interior (Figura 15). Ao fim dessas análises é necessário registrar o resultado na ficha de análise para assim obter o numero total de sementes infestadas por insetos.

4.7. Teste de Germinação

O teste de germinação é um parâmetro essencial a ser avaliado para a verificação do potencial de germinação de um lote em condições favoráveis; os dados obtidos através do teste podem ser utilizados para a comercialização e comparação de lotes (CARVALHO & NAKAGAWA, 2012). Para contabilizar a porcentagem de sementes germinadas deve-se avaliar e registrar as plântulas normais que são as que mostram o potencial para continuar seu desenvolvimento e originar a plantas normais em condições adequadas de desenvolvimento. Já as plântulas anormais são aquelas com baixo potencial de desenvolvimento No teste de germinação também são identificadas e contabilizadas as sementes duras,

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que são as que não germinaram e permanecem sem absorver água sementes dormentes, que são as que absorveram água, mas não germinaram (BRASIL 2009).

Figura 15: Exame de sementes

infestadas de Phaseolus

vulgaris.

Para o P. glaucum, S. sudanense e O. sativa, por serem de germinação hipógea, são consideradas plântulas normais quando a parte aérea está bem desenvolvida e formada por epicótilo bem desenvolvido, mesocótilo alongado, devem apresentar um coleóptilo reto e bem desenvolvido, com uma folha verde, a plúmula, que se estende até o ápice (BRASIL, 2009).

Já a G. max e o P. vulgaris, com germinação epígea, nas plântulas normais devem ser encontradas parte aérea bem desenvolvida e formada por hipocótilo reto, geralmente delgado e alongado. Para o sistema radicular ser considerado de uma plântula normal para todas as espécies anteriores, ele deve apresentar, raiz primária longa e delgada e terminando numa extremidade afilada, e raízes secundárias (Figura 17 A).

Abaixo são descritos o processo para análise de germinação realizada no estágio no LASO:

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- Germinação de Glycine max: Para que uma semente germine, é necessária que o meio forneça água suficiente, permitindo a ativação das reações químicas relacionadas ao metabolismo e, com isto, a retomada do processo do desenvolvimento do embrião (BECKERTET et al., 2000). As sementes de G. max antes de serem colocadas para germinar, passam por um processo chamado de pré-condicionamento, que se trata de uma técnica de hidratação controlada para sementes altamente sensíveis aos danos durante a embebição rápida e tem por objetivo melhorar o desempenho destas (POWELL, 1998).

No pré-condicionamento 400g de semente de G. max são distribuídos sobre tela de aço, que se encontra suspensa no interior de uma caixa gerbox, que conm 40ml de água. A seguir a caixa deve ser fechada e armazenada na estufa com temperatura de 25°C por 24 horas. Este método não está descrito nas Regras de Análise como sendo obrigatório para germinação de G. max, porém como diversas pesquisas, realizadas pelo próprio LASO. já constataram a eficiência deste processo, ele foi incluso na metodologia do LASO.

Para instalar o teste de germinação foi inicialmente preparado o substrato papel toalha, o qual foi colocado em uma bandeja plástica e o emergia totalmente em água e posteriormente era retirado o excesso de umidade com a prensa. No LASO não é utilizado a metodologia descrita pela RAS, o qual indica que o volume de água a ser adicionado deve ser equivalente a 2,0 - 3,0 vezes o peso do papel. Tal metodologia utilizada no LASO pode ter afetado por muitas vezes o teste de germinação, pois o papel não tinha a umidade adequada, pois o excesso ou a falta de umidade pode resultar em efeito negativo sobre a germinação (CARVALHO & NAKAGAWA, 2012).

Após o papel ser umedecido deve-se posiciona-los na mesa de trabalho, previamente limpa com álcool 70%, e com o auxílio do tabuleiro contador distribuir 50 sementes (Figura 16). Posteriormente as sementes eram cobertas por mais duas folhas de papel, finalizando duas com a formação de rolo de papel. Neste processo são feitas 8 subamostras, as quais são identificadas e embaladas em sacos plásticos para assim serem armazenadas na câmara de germinação com temperatura de 25°C. A primeira contagem ocorre no quinto dia após a semeadura e a última contagem no oitavo dia para avaliar as plântulas (Figura 17).

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Figura 16: Teste de germinação de

sementes de Glycine Max.

Figura 17: Teste de germinação de sementes de

Glycine Max. (A) Plântulas normais. (B)

Plântulas anormais.

Para poder ser produzida e comercializada as sementes de G. max devem apresentar uma porcentagem mínima de germinação, sendo 75% para as básicas e 80% para as categorias C1, C2, S1 e S2, conforme IN n° 45 de 17 de setembro de 2013 (BRASIL 2013). Para a G. max e P. vulgaris quando a porcentagem de germinação é muito baixa realiza-se um reteste de germinação em areia (Foto 18), nesta situação a plântula se desenvolve melhor, pois no rolo de papel os fungos ficam muito concentrados ao contrário do que ocorre com a areia.

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Foto 18: Reteste de germinação das

sementes de Phaseolus vulgaris (A) e Glycine max; (D)

Amostra pronta para o armazenamento.

- Germinação de Phaseolus vulgaris: Para o teste de germinação das sementes de P. vulgaris é seguida a mesma metodologia de preparação do substrato descrita anteriormente para G. max. Em cada rolo de papel são dispostas 25 sementes e são feitas 16 subamostras (Figura 19) que são identificadas, embaladas e armazenadas na câmara de germinação com temperatura de 20-30°C. A primeira contagem ocorre no quinto e a última no nono dia e devem ser avaliadas as sementes normais, anormais e duras (Figura 20).

A porcentagem mínima de germinação para a produção e comercialização é de 70% para a básica e 80% para as C1, C2, S1 e S2, conforme estabelecido pela IN n° 45 de 17 de setembro de 2013 (BRASIL, 2013).

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Figura 19: Subamostras de Phaseolus vulgaris,

prontas após a semeadura, cada letra representa uma amostra diferente, sendo que cada amostra possui 4 subamostras.

Figura 20:Plântulas de Phaseolus

vulgaris. (A) Raiz primária e hipocótilo bem desenvolvidos. (B) Plântula anormal com rachadura no hipocótilo. (C) Plântula anormal.

- Germinação de Sorghum sudanense: Segue a metodologia de preparação de papel anteriormente descrita. Em cada repetição são dispostas 50 sementes (Figura 21) e são feitas 8 subamostras que são identificadas, embaladas e armazenadas na geladeira, com temperatura de 5 a 10°C por 5 dias para superar a dormência da sementes, após esse período as amostras vão para a câmara de germinação com temperatura de 20 - 30°C. A primeira contagem de plântulas normais (Figura 22) ocorre no quarto dia e a última no décimo dia.

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A dormência ocorre em algumas espécies como mecanismo de sobrevivência e perpetuação, permitindo que as mesmas sobrevivam a condições adversas de temperatura, umidade. Quando essa condição é superada, o metabolismo da semente volta a aumentar assim permitindo que ela germine (DE MENDES, 2009)

Figura 21: Plantio de Sorghum sudanense

utilizando o tabuleiro de semeadura.

Figura 22: Teste de germinação de sementes de Sorghum

sudanense. (A) Plântulas normais; (B) Plântulas anormais.

Para comercialização e produção, a porcentagem mínima de germinação é de 60% para as categorias básicas, C1, C2, S1 e S2, todas as categorias (IN n°33 de 4 de novembro de 2010).

- Germinação de Oryza sativa: As sementes de O. sativa apresentam dormência e para superar isso é utilizado o método de quebra de dormência por embebição, que consiste em separar 400 sementes em um recipiente com água e colocar no

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estufa previamente aquecida a 41°C por 48 horas (Figura 23). Após esse período inicia-se o plantio em papel toalha, são dispostas 50 sementes (Figura 23) e são feitas 8 subamostras que são identificadas, embaladas e armazenadas na câmara de germinação com temperatura entre 20-30°C. A primeira contagem ocorre no quinto dia e a contagem final no décimo quarto dia para avaliação das plântulas normais (Figura 24).

Figura 23: (A) Amostra de Oryza sativa com água para

quebra de dormência. (B) Plantio do Oryza

sativa com o auxilio do tabuleiro de semeadura.

Figura 24: Plântulas de Oryza sativa (a)plântula

normal; (B)plântulas anormais.

A porcentagem mínima de germinação para produção e comercialização, para as categorias 75% básica e 80% C1, C2, S1 e S2 de acordo com a IN n°45 de 17 de setembro de 2013.

- Germinação de Pennisetum glaucum: Primeiramente o papel é umedecido conforme descrito na germinação da G. max em seguida os coloca na prensa com marcação de espaço para o plantio, coloca-se os papéis toalha na caixa gerbox, e

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inicia-se o plantio, em cada caixa são dispostas 100 sementes (Figura 25) e são feitas 4 subamostras e posteriormente são tampadas e armazenadas em câmara de germinação de 20-30°C. A primeira contagem (Figura 26) ocorre no terceiro dia e a última no sétimo.

Figura 25:Teste de germinação

de sementes de

Pennisetum glaucum.

em caixa gerbox, com substrato de papel mata-borrão.

Figura 26: Plântulas de Pennisetum glaucum. (A) Plântulas

normais;(B) plântulas anormais.

As amostras devem apresentar um mínimo de 60% de germinação para todas as categorias básica, C1, C2, S1 e S2 para poderem ser produzidas e comercializadas, conforme a IN n°30 de 20 de maio de 2008..

4.3. Emissão dos Resultados

Todos os dados obtidos em todas as análises são anotados na ficha de análise (Figura 12) e quando as análises são finalizadas os dados devem ser

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transcritos para o programa SILAS, o qual calcula todos os percentuais necessários levando em consideração as tabelas de tolerância das RAS e em seguida é gerado o Boletim Oficial de Análise de Sementes e é encaminhado ou para o SEFIA (Serviço de Fiscalização de Insumos Agrícolas) ou CIDASC (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina).

4.4. Reanálise

Quando uma amostra é rejeitada no LASO, os requerentes (CIDASC e/ou SEFIA) podem solicitar a reanálise, a qual é realizada com dia e hora marcada, podendo ou não ter a presença do responsável técnico da empresa das amostras em questão. Para a O. sativa uma reanálise muito comum é em relação a análise de pureza e outras sementes, onde algumas amostras são rejeitadas por conterem sementes do O. sativa vermelho ou preto. Se após a reanálise as amostras forem rejeitadas as mesmas são reprovadas e os boletins são encaminhados para SEFIA e CIDASC para que as penalidades sejam aplicadas.

(34)

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante o período de estágio foi possível, vivenciar a rotina de um laboratório e compreender a seriedade de um processo de fiscalização e de um laboratório oficial, o qual deve seguir inúmeras regras para que o resultado final seja o mais confiável possível.

Em todo o processo de análises das amostras foi possível compreender melhor a finalidade de cada teste e a sua importância principalmente para o agricultor que adquire a semente contando que ela tenha, por exemplo, um porcentual X de germinação e assim é feito todo o cálculo de estande da sua lavoura, se essa porcentagem de germinação não for confiável irá afetar toda a produção.

Foi possível identificar espécies diferentes no teste de pureza e saber por que umas eram classificadas como nocivas proibidas e nocivas toleradas e quanto isso afeta a produção a campo. Pude aprender a analisar culturas que eu nunca tinha trabalhado antes e elas apresentam uma importância comercial muito grande no Brasil.

A realização deste estágio foi de grande relevância para minha formação, onde pude colocar na prática meu conhecimento adquirido durante a graduação e também pude aprender bastante.

Nós estudantes do curso de agronomia sentimos como principal dificuldade de se cursar a faculdade em um grande centro urbano, a falta de oportunidades de estágio durante a graduação e o MAPA seria uma oportunidade fantástica, mas para isso deveria haver um contato mais intenso dos laboratórios do MAPA com o Centro de Ciências Agrárias.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BECKERT, Osmar Paulo; MIGUEL, Marcelo Hissnauer; MARCOS FILHO, J.

Absorção de água e potencial fisiológico em sementes de soja de diferentes tamanhos. Scientia Agrícola, v. 57, n. 4, p. 671-675, 2000.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Secretaria de Defesa Agropecuária. - Brasília : M 2009. BRASIL. a Medida Provisória nº 103, de 1º de janeiro de 2003, convertida na Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003. Dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1ºde janeiro de 2003.

BRASIL. b Lei nº 10.711, de 5 de agosto de 2003. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Sementes e Mudas e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 6 ago. 2003. P1.

BRASIL. Medida Provisória nº 150, de 15 de março de 1990, convertida na Lei nº 8.028, de 12 de abril de 1990. Dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 abr. 1990.

BRASIL. Instrução Normativa nº 9, de 02 de junho de 2005. Normas para Produção, Comercialização e Utilização de Sementes. Brasília: Diário Oficial da União, 10 jun. 2005.

BRASIL. Instrução Normativa nº 30, de 21 de maio de 2008. Normas e padrões para produção e comercialização de sementes de espécies forrageiras de clima tropica. Brasília: Diário Oficial da União, 23 maio. 2008.

BRASIL. Instrução Normativa nº 33, de 19 de ago de 2013. Normas de produção de sementes de espécies forrageiras de clima temperado. Brasília: Diário Oficial da União, 05 nov 2010.

BRASIL. Instrução Normativa nº 40, de 30 de nov de 2010. Modelos de boletins para Análise de Sementes. Brasília: Diário Oficial da União, 01 dez, 2010.

BRASIL. Instrução Normativa nº 45, de 17 de setembro de 2013. Padrões para a Produção e a Comercialização de Sementes. Brasília: Diário Oficial da União, 20 set. 2013.

BRASIL. Instrução Normativa nº 46, de 24 de set de 2013. Lista de Sementes Nocivas Toleradas. Brasília: Diário Oficial da União, 25 set. 2013.

FERREIRA, A. G.; BORGHETTI, F. Germinação: do básico ao aplicado. Porto Alegre: Artmed, 2004. 323 p.

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CARVALHO, N.M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 5ed. Jaboticabal: FUNEP, 2012, 590p.

DE MENEZES, NILSON LEMOS; PIVOTTO, SIMONE MEDIANEIRA FRANZIN2 E. RAFAEL. Dormência em sementes de arroz: causas e métodos de

superação. Revista de Ciência Agro-Ambientais, Alta Floresta, v.7, n.1, p.35 – 40,

2009

LIMA JUNIOR, M. J. V. (Ed.). Manual de procedimentos para análise de sementes florestais. Manaus: UFAM, 2010. 146 p.

POWELL, A.A. Seed improvement by selection and invigoration.Scientia Agricola, v.55, p.126-133, 1998.Número especial.

VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Botânica - organografia: quadros sinóticos ilustrados de fanerógamos - 4. ed. Viçosa, 2003. Editora UFV. p.124.

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