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Figurino e moda: considerações sobre os aspectos visuais do figurino e sua aplicação no desenvolvimento de uma coleção de moda

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Academic year: 2021

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MARCELY CAROLLINE SAES E SILVA

FIGURINO E MODA: CONSIDERAÇÕES SOBRE OS ASPECTOS

VISUAIS DO FIGURINO E SUA APLICAÇÃO NO

DESENVOLVIMENTO DE UMA COLEÇÃO DE MODA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO .

APUCARANA 2016

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FIGURINO E MODA: CONSIDERAÇÕES SOBRE OS ASPECTOS

VISUAIS DO FIGURINO E SUA APLICAÇÃO NO

DESENVOLVIMENTO DE UMA COLEÇÃO DE MODA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II, do Curso Superior de Tecnologia do Design de Moda da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, como requisito parcial para obtenção do título de Tecnólogo em Design de Moda.

Orientadora: Profa. Me. Gabriela Martins de Camargo

APUCARANA 2016

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CODEM – Coordenação do Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda

TERMO DE APROVAÇÃO

Título do Trabalho de Conclusão de Curso Nº 214

O figurino como elemento de construção da identidade da personagem e sua aplicação no desenvolvimento de uma coleção de moda

por

MARCELY CAROLLINE SAES E SILVA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado aos vinte e nove dias do mês de novembro do ano de dois mil e dezesseis, às dezenove horas, como requisito parcial para a obtenção do título de Tecnólogo em Design de Moda, linha de pesquisa Processo de Desenvolvimento de Produto, do Curso Superior em Tecnologia em Design de Moda da UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. A candidata foi arguida pela banca examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a banca examinadora considerou o trabalho aprovado.

______________________________________________________________ PROFESSOR(A) GABRIELA MARTINS DE CAMARGO – ORIENTADOR(A)

______________________________________________________________ PROFESSOR(A) MARCIO ROBERTO GHIZZO – EXAMINADOR(A)

______________________________________________________________ PROFESSOR(A) TAMISSA JULIANA BARRETO BERTON – EXAMINADOR(A)

“A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso”. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

PR

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Agradeço, da forma mais intensa e repleta de amor, meus pais: A fé, o amor, a compreensão e o carinho que incondicionalmente depositam em mim e no meu trabalho. Marli Saes e Marcelo Silva, vocês são os grandes responsáveis por florescer a coragem e a esperança para seguir nos momentos que nada parece ser possível de alcançar.

Agradeço apaixonadamente à minha namorada e artista visual Carolina Cianca por todo amor, paciência e dedicação na realização desse projeto. Acima de tudo, agradeço por seu olhar sensível manifestado na captura das fotos do editorial e todo apoio presente desde o primeiro momento.

Grandiosamente agradeço à minha orientadora Gabriela Martins de Camargo por seus ensinamentos, confiança e amizade que acompanharam o decorrer da minha formação acadêmica.

À minha irmã e meu cunhado. Manoely Saes e Guilherme Lopes, agradeço por toda paciência, colaboração e incentivo. Ao designer, grande amigo, companheiro de casa, dos bons e dos maus momentos Márcio Magalhães e pela oportunidade que juntos tivemos de aprender coisas novas e desenvolver nossas habilidades nesse trabalho.

Aos profissionais e incentivadores Elieser Gomes e Neia Domezi que com muita paciência ajudaram a materializar meus primeiros rabiscos. Gostaria de agradecer também ao trabalho impecável desempenhado pela artista visual Danni Jordan durante as filmagens e edição do making of.

Ao meu grande amigo e incentivador Rodrigo Zampronio pelas nossas longas conversas e muitas risadas. Ao amigo Luiz Fernando Akira pelos numerosos auxílios e ensinamentos.

Aos maravilhosos modelos e amigos: Amanda Pógere, Antonio Zani, Giovanna Mendes, Giovanna Orsioli, Jennifer Bordignon, Pedro Guizilini e Wesley Kennedy. À equipe do Clube Melissa Londrina, em especial à Mikaele Moura, por apoiar essa ideia antes mesmo de vê-la saindo do papel.

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SILVA, Marcely Carolline Saes e. Figurino e Moda: Considerações sobre os aspectos visuais do figurino e sua aplicação no desenvolvimento de uma coleção de moda. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Apucarana - PR, 2016.

O presente estudo investiga as influências que os elementos da moda exercem sobre a formação da identidade da personagem de teatro que são compreendidos através de estudos linguísticos. Inicialmente analisam-se os conceitos sobre comunicação e moda com a finalidade de evidenciar a transformação dos objetos textuais em conteúdos visuais. Na sequência, com base nos elementos da história do teatro, o figurino é apresentado como um veículo de comunicação que busca auxiliar no processo de construção da personagem e sua aplicação no desenvolvimento de uma coleção de moda.

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SILVA, Marcely Carolline Saes e. Costume design and fashion: considerations on the visual aspects of costume design and its application in the development of a fashion collection. Term paper, Federal Technologic University of Parana, Apucarana - PR, 2016.

This study investigates the influences that fashion elements have on the formation of the identity of the drama character understood by linguistic research. Firstly, it's analyzed the concepts of communication and fashion in order to show the transformation of textual elements into visual content. Furthermore, based on historical theatre elements, the costume is shown as a communication vehicle that aims to have a role onto the character building process and its application in the development of a fashion collection.

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Figura 1 – Diferentes etapas do desenvolvimento de produto ... 21

Figura 2 – Estudo ou formação dos entrevistados ... 22

Figura 3 – Hobbies dos entrevistados ... 22

Figura 4 –Resposta do entrevistado 01 ... 23

Figura 5 – Resposta do entrevistado 05 ... 23

Figura 6 – Resposta do entrevistado 06 ... 23

Figura 7 – Resposta do entrevistado 14 ... 23

Figura 8 – Logo da marca ... 25

Figura 9 – Cartão de visita ... 27

Figura 10 – Embalagem 30 cm x 33 cm ... 28

Figura 11 – Tag ... 28

Figura 12 – Público-alvo ... 29

Figura 13 – Referência visual de macrotendência ... 30

Figura 14 – Referência visual de microtendência ... 31

Figura 15 – Adaptação de Romeu e Julieta para o cinema em 1968, Cidade de Verona na Itália, Varandas renascentistas em Verona na Itália ... 34

Figura 16 – Linha A, linha reta e linha saco ... 34

Figura 17 – Painel semântico ilustrado digitalmente com técnicas de recortes e colagens ... 35

Figura 18 – Cartela de cores ... 36

Figura 19 – Estampa conceito R+J//17 com aplicação em fundo branco ... 37

Figura 20 – Estampa conceito R+J//17 com aplicação em fundo preto ... 37

Figura 21 – Cartela de tecidos ... 38

Figura 22 – Cartela de outros materiais utilizados ... 38

Figura 23 – Look 01 ... 39 Figura 24 – Look 02 ... 39 Figura 25 – Look 03 ... 40 Figura 26 – Look 04 ... 40 Figura 27 – Look 05 ... 41 Figura 28 – Look 06 ... 41 Figura 29 – Look 07 ... 42 Figura 30 – Look 08 ... 42 Figura 31 – Look 09 ... 43 Figura 32 – Look 10 ... 43 Figura 33 – Look 11 ... 44 Figura 34 – Look 12 ... 44 Figura 35 – Look 13 ... 45 Figura 36 – Look 14 ... 45 Figura 37 – Look 15 ... 46 Figura 38 – Look 16 ... 46 Figura 39 – Look 17 ... 47

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Figura 43 – Look 21 ... 49

Figura 44 – Look 22 ... 49

Figura 45 – Look 23 ... 50

Figura 46 – Look 24 ... 50

Figura 47 – Look 25 ... 51

Figura 48 – Justificativa look 03 ... 52

Figura 49 – Justificativa look 07 ... 53

Figura 50 – Justificativa look 09 ... 54

Figura 51 – Justificativa look 11 ... 55

Figura 52 – Justificativa look 13 ... 56

Figura 53 – Justificativa look 14 ... 57

Figura 54 – Justificativa look 15 ... 58

Figura 55 – Justificativa look 17 ... 59

Figura 56 – Justificativa look 20 ... 60

Figura 57 – Justificativa look 21 ... 61

Figura 58 – Justificativa look 22 ... 62

Figura 59 – Justificativa look 24 ... 63

Figura 60 – Ficha técnica WTR17/001 - Parte 1 de 3 ... 64

Figura 61 – Ficha técnica WTR17/001 - Parte 2 de 3 ... 65

Figura 62 – Ficha técnica WTR17/001 - Parte 3 de 3 ... 66

Figura 63 – Ficha técnica WTR17/002 - Parte 1 de 3 ... 67

Figura 64 – Ficha técnica WTR17/002 - Parte 2 de 3 ... 68

Figura 65 – Ficha técnica WTR17/002 - Parte 3 de 3 ... 69

Figura 66 – Ficha técnica WTR17/003 - Parte 1 de 3 ... 70

Figura 67 – Ficha técnica WTR17/003 - Parte 2 de 3 ... 71

Figura 68 – Ficha técnica WTR17/003 - Parte 3 de 3 ... 72

Figura 69 – Ficha técnica WTR17/004 - Parte 1 de 3 ... 73

Figura 70 – Ficha técnica WTR17/004 - Parte 2 de 3 ... 74

Figura 71 – Ficha técnica WTR17/004 - Parte 3 de 3 ... 75

Figura 72 – Ficha técnica WTR17/005 - Parte 1 de 3 ... 76

Figura 73 – Ficha técnica WTR17/005 - Parte 2 de 3 ... 77

Figura 74 – Ficha técnica WTR17/006 - Parte 1 de 3 ... 78

Figura 75 – Ficha técnica WTR17/006 - Parte 2 de 3 ... 79

Figura 76 – Ficha técnica WTR17/006 - Parte 3 de 3 ... 80

Figura 77 – Ficha técnica WTR17/007 - Parte 1 de 3 ... 81

Figura 78 – Ficha técnica WTR17/007 - Parte 2 de 3 ... 82

Figura 79 – Ficha técnica WTR17/008 - Parte 1 de 3 ... 83

Figura 80 – Ficha técnica WTR17/008 - Parte 2 de 3 ... 84

Figura 81 – Ficha técnica WTR17/008 - Parte 3 de 3 ... 85

Figura 82 – Ficha técnica WTR17/009 - Parte 1 de 3 ... 86

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Figura 87 – Ficha técnica WTR17/010 - Parte 3 de 3 ... 91

Figura 88 – Ficha técnica WTR17/011 - Parte 1 de 3 ... 92

Figura 89 – Ficha técnica WTR17/011 - Parte 2 de 3 ... 93

Figura 90 – Ficha técnica WTR17/011 - Parte 3 de 3 ... 94

Figura 91 – Ficha técnica WTR17/012 - Parte 1 de 3 ... 95

Figura 92 – Ficha técnica WTR17/012 - Parte 2 de 3 ... 96

Figura 93 – Ficha técnica WTR17/012 - Parte 3 de 3 ... 97

Figura 94 – Ficha técnica WTR17/013 - Parte 1 de 3 ... 98

Figura 95 – Ficha técnica WTR17/013 - Parte 2 de 3 ... 99

Figura 96 – Prancha 01 ... 100 Figura 97 – Prancha 02 ... 100 Figura 98 – Prancha 03 ... 101 Figura 99 – Prancha 04 ... 101 Figura 100 – Prancha 05 ... 102 Figura 101 – Prancha 06 ... 102

Figura 102 – Look confeccionado 01 ... 103

Figura 103 – Look confeccionado 02 ... 103

Figura 104 – Look confeccionado 03 ... 104

Figura 105 – Look confeccionado 04 (dupla face) ... 104

Figura 106 – Look confeccionado 05 ... 105

Figura 107 – Look confeccionado 06 ... 105

Figura 108 – Simulação de navegação pelo site ... 106

Figura 109 – Catálogo impresso ... 106

Figura 110 – Making of: Beleza do editorial R+J//17 ... 107

Figura 111 – Looks 1, 2 e 3 ... 108

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1 INTRODUÇÃO ... 12 1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ... 12 1.2 OBJETIVOS ... 13 1.2.1 Objetivo geral ... 13 1.2.2 Objetivos específicos... 13 1.3 JUSTIFICATIVA ... 13

2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS ASPECTOS VISUAIS DA LINGUAGEM ... 15

2.1.1 A segunda pele ... 16 2.1.2 A personagem ... 17 2.2 FIGURINO E MODA ... 17 2.2.1 O figurino e a personagem ... 18 3 METODOLOGIA ... 20 3.1 TIPOS DE PESQUISA ... 20

3.2 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS ... 21

3.2.1 Pesquisa virtual ... 21 4 DIRECIONAMENTO MERCADOLÓGICO ... 24 4.1 EMPRESA ... 24 4.1.1 Porte ... 24 4.2 MARCA ... 24 4.2.1 Conceito da marca ... 25 4.2.2 Segmento ... 25 4.2.3 Distribuição ... 26 4.2.4 Concorrentes... 26 4.2.5 Sistema de Vendas ... 26 4.2.6 Ponto de Vendas ... 26 4.2.7 Preços Praticados... 27 4.2.8 Marketing e Promoção ... 27 4.3 PLANEJAMENTO VISUAL ... 27 4.3.1 Cartão de visita ... 27 4.3.2 Embalagem ... 28 4.3.3 Tag ... 28 4.4 PÚBLICO-ALVO ... 28

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4.5.2 Microtendências (Estéticas) ... 31

5 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ... 32

5.1 NECESSIDADES A SEREM ATENDIDAS ... 32

5.2 COLEÇÃO ... 32 5.2.1 Nome da coleção ... 32 5.2.2 Conceito da coleção ... 32 5.2.3 Referência da coleção ... 33 5.2.4 Formas e estruturas... 34 5.2.5 Tecnologias ... 34 5.2.6 Mix de coleção ... 35 5.3 PAINEL SEMÂNTICO ... 35 5.4 CARTELA DE CORES ... 36 5.5 ESTAMPA ... 36 5.6 CARTELA DE MATERIAIS ... 38 5.7 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ... 39

5.8 ANÁLISE E SELEÇÃO JUSTIFICADA DAS ALTERNATIVAS ... 52

5.9 FICHAS TÉCNICAS ... 64

5.10 PRANCHAS DOS LOOKS ... 100

5.11 LOOK BOOK ... 103

5.12 PLANEJAMENTO VISUAL DE DIVULGAÇÃO DA MARCA ... 106

5.13 PLANEJAMENTO DE DESFILE ... 107

5.13.1 Make up e hair ... 107

5.13.2 Sequência de desfile ... 108

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1 INTRODUÇÃO

Desde seus primórdios o homem buscou formas de comunicação a fim de se afirmar como agente transformador do seu meio social. Nesse sentindo, a imagem é considerada um importante veículo de representação pela sociedade, um imprescindível instrumento de comunicação que visa à transmissão de conteúdos visuais centrados entre um emissor e um receptor.

Decorrente ao seu caráter estético e como parte do processo de comunicação, a imagem e seus signos podem ser compreendidos de maneira global, podendo até mesmo gerar várias interpretações de duplicidades que dificultam a precisão na concepção de determinados contextos, visto que não possui a linguagem falada como complemento para sua complexidade.

“Efetivamente, a imagem é relacionada ao fenômeno de linguagem, usado com frequência de modo metafórico para toda espécie de comunicação, ou – o que é mais grave – para toda espécie de expressão” (BARTHES, 2005, p. 88). A imagem, quando tratada como linguagem, constitui-se de um conjunto de diferenças dotadas de significações que se tornam imprecisas e estudadas entre os contemporâneos nas mais variadas áreas do conhecimento humano.

Nesse contexto, o presente trabalho propõe um estudo acerca da influência que os elementos da moda, tais como: cores, tecidos, formas, texturas, volumes e modelagens, exercem sobre a construção das impressões transmitidas pelo figurino como parte principal do conjunto de características imagéticas que compõem a personagem de teatro. Em seguida, as características visuais das personagens presentes na criação artística da peça Romeu e Julieta escrita por Willian Shakespeare é utilizada como conceito no desenvolvimento de uma coleção de moda voltada para jovens homens e mulheres que buscam expandir as fronteiras entre o feminino e o masculino através da pluralidade de gêneros.

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A problemática desse estudo se contextualiza em responder: como os elementos da moda podem colaborar no processo de criação de figurinos e como suas características visuais podem ser aplicadas no desenvolvimento de uma coleção de moda?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

Compreender as influências que os elementos da moda exercem sobre a formação da personagem de teatro e sua aplicação no desenvolvimento de uma coleção de moda.

1.2.2 Objetivos específicos

• Apresentar os conceitos sobre imagem e linguagem;

• Reconhecer a influência que o figurino exerce sobre a criação da personagem; • Verificar como a moda pode colaborar no processo de desenvolvimento do figurino;

• Desenvolver uma coleção de moda inspirada em uma peça de teatro.

1.3 JUSTIFICATIVA

Tratando-se de um fenômeno sociocultural, a arte influência diretamente o comportamento dos seres humanos a partir de emoções, ideias e percepções. Logo, por ser o figurino um elemento de caráter plural e pouco explorado, é de interesse da autora realizar o estudo proposto como forma de contemplar a parte artística da moda.

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De acordo com Barthes (2005, p. 91 – 92), “uma imagem irradia sentidos diferentes e nem sempre se sabe como dominar esses sentidos”, portanto, é compromisso do designer de moda no papel de criador artístico saber expor e trabalhar a arte através da roupa.

Assim, sendo o teatro considerado uma das principais manifestações artísticas, se justifica a importância em analisar a construção visual da personagem e como isso afeta diretamente o consumidor de moda.

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2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS ASPECTOS VISUAIS DO FIGURINO

Historicamente, atribui-se ao homem primitivo os primeiros registros sobre imagem: Os indivíduos da Pré-História manifestavam seus acontecimentos cotidianos e suas crenças através de pinturas com materiais pigmentados nas paredes das cavernas como forma de comunicação. O filósofo Platão, precursor ao defender o conceito de belo, atribui a imagem como uma idealização estética projetada de nossas ideias, onde “a semelhança entre o modelo e a cópia era a garantia de reprodução, pois representava a essência morfológica, sem a qual nada poderia ser reproduzido” (FABRIS; BASTOS, 2006, p. 17).

Em seu caráter natural, a imagem é considerada uma linguagem capaz de representar múltiplos signos de origem verbal ou não verbal aos quais Santaella (1983, p. 15) defende semiologicamente como sendo “a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno como fenômeno de produção de significação e de sentido”.

Com a finalidade de auxiliar as interpretações que se referem aos signos sociais através de estudos de linguagens, a semiótica pode ser considerada uma ciência abstrata por não preencher de forma imediata o entendimento do senso comum. Embora existam variadas definições, Pierce estruturaliza os fenômenos da semiologia em: primeiridade, secundidade e terceiridade.

A primeiridade se manifesta em tudo o que mantiver relação com o acaso, o sentimento, a qualidade pura, ou seja, a impressão imediata e mais óbvia dos elementos sem que haja nenhuma interpretação dos mesmos, como, por exemplo, a cor azul. A secundidade refere-se ao conflito, à surpresa, à causa e à consequência, ou seja, onde na primeiridade não havia reação alguma, agora há a reação àquele elemento da primeiridade, como, por exemplo, o céu, que é azul, ou o “sentir” do azul. E a terceiridade está ligada a generalidade, a continuidade e a inteligência, como, por exemplo, a associação do azul com o céu (CIANCA, 2011, p. 13).

A imagem tratada como signo é apreciada como uma das principais linguagens não verbais dentre os meios de comunicação da contemporaneidade que irradia diferentes sentidos devido ao seu caráter polissêmico (BARTHES, 2005). Relativamente, o signo linguístico é apresentado de modo dicotômico pelo linguista Ferdinand Saussure em que elucida a língua pelo ponto de vista social a qual independe do indivíduo para criá-la, e,

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a fala como um ato essencialmente individual. Contudo, ambas as definições se encontram interligadas de modo que “não há língua sem fala e não há fala fora da língua” (BHARTES, 2006, p. 19).

Assim, Barnard (2003, p. 55) enfatiza que “a produção de significados é o resultado da negociação entre remetentes”, levando a compreensão de que a leitura da imagem é dependente de caracteres culturais para a produção de interpretações e entendimento das informações transmitidas para o receptor.

2.1.1 A segunda pele

Semiologicamente, o sistema de signos acredita na existência de um sentido para tudo. Na moda, “mesmo que a intenção do estilista ou do usuário não atinja o receptor, este sempre dará um jeito de construir um sentido para a peça de vestuário” (BARNARD, 2003, p. 53). Partindo da dicotomia de Saussure, Barthes (2006, p. 28 – 29) discorre a existência do vestuário escrito pautado como uma execução social da moda inserida sistematicamente no conjunto de signos, onde a língua se comunica através da indumentária e a fala por meio da comunicação verbal.

Logo, compreende-se que, enquanto no sistema da moda, o vestuário é utilizado para construir uma estética pontuada em valores e significados sociais com o intuito de falar sobre status, pertencimento, identidade, entre outros. Em uma analogia à moda, o figurino constrói uma aparência para apresentar e representar as características criadas para o personagem a fim de transpor uma comunicação que é destinada a terceiros.

Similar à capacidade de construção da identidade do indivíduo através do vestuário, o figurino é responsável pela constituição das características que compõem a personagem de teatro. Assim, como produtor de sentidos, o figurino é entendido como uma linguagem representativa das estruturas do vestuário que se utiliza das particularidades do ator para consolidar o entendimento das informações que intervém no espaço cênico, atribuindo sentido e capacidade de significação do traje em cena sobre o corpo do intérprete para o receptor.

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2.1.2 A personagem

Nos tempos mais remotos, quando o homem primitivo registrava os primeiros indícios sobre a comunicação através das imagens depositadas nas paredes das cavernas, de forma inconsciente, o ato teatral era exercitado. Os rituais pré-históricos consistiam em um conjunto de representações onde os indivíduos se recobriam com máscaras de cera para reproduzir o rosto dos mortos, caracterizando-se de fato como uma personagem (FABRIS; BASTOS, 2006).

Na Grécia Antiga, os atores se recobriam com máscaras, e ao entrar em cena, o espectador facilmente identificava as personagens. Com esse feito, o ramo da semiótica define a personagem de acordo com as características psicológicas através de um processo narrativo que atribui às propriedades que permitam constituí-lo como um persona (GREIMAS; COURTÉS, 2008).

Nesse direcionamento, Muniz afirma que:

O ator se sente nu diante daquele ser que deverá interpretar. E além de suas falas, das indicações do diretor e da relação sensível com a malha de emoções que envolve o seu papel, o ator conta com o figurino como a grande pista material de quem é o outro que ele será no palco. Ao vestir-se é que o intérprete se paramenta para entrar definitivamente na personagem e concretizar o mistério do fazer teatral (MUNIZ, 2004, p. 44).

Com base no disposto, a personagem é considerada um ser da realidade ficcional que intervém diretamente numa obra de arte com a finalidade de impulsionar as ações de um espetáculo artístico. Assim, dentro do espaço cênico, o ator é complementado pelo figurino que atua como um mediador na construção da linguagem e das imagens estabelecidas na obra com base nos elementos textuais, a fim de consolidar e compreensão para com o espectador.

2.2 FIGURINO E MODA

“A roupa é sempre um retrato de uma época, um traço indissociável da sociedade que a produz e a veste, sendo imposta ao indivíduo desde os primeiros suspiros e acompanhando-o mesmo após o fim do seu ciclo vital” (GONÇALVES, 2012, p. 15).

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Dessa forma, possuindo como função primária a proteção do corpo contra fatores externos, com o passar dos tempos a roupa se transformou em moda. De acordo com Barthes (2005, p 285), “a história da indumentária só começou realmente com o romantismo, e entre os teatrólogos; como os atores quisessem representar seus papéis em trajes de época”.

A moda é responsável por expressar valores e acontecimentos socioculturais, já que através das roupas fornece ao indivíduo diversas possibilidades na criação da identidade e possui uma das mais importantes funções como linguagem não verbalizada, pois “influenciam, determinam, constroem fatos, cenas, personagens, realidades, imaginações” (PINHEIRO; NEVES, 2010).

Por sua vez, o figurino é considerado um elemento primordial da encenação teatral com a função de vestir o ator fisicamente e simbolicamente de concepção estética de acordo com a linguagem do espetáculo. Segundo Costa (2002), o figurino é a composição de todas as roupas e acessórios dos personagens, selecionados pelo figurinista, conforme a demanda do roteiro e da direção.

Na moda, o estilista que trabalha com a criação cênica, alia seus conhecimentos técnicos, tais como: desenho, modelagem, corte, costura, noções sobre história da indumentária e matérias primas têxteis, com os estudos sobre as artes cênicas para assim desenvolver seu universo artístico.

Portanto, a moda e o figurino possuem igual capacidade no âmbito de construção da identidade do indivíduo e da personagem, pois são elementos de caráter plural com o objetivo de falar sobre história, cultura, status, grupos sociais, entre outros.

2.2.1 O figurino e a personagem

A construção da personagem é considerada um feito puramente artístico, onde os profissionais responsáveis pelo processo de desenvolvimento do figurino adotam procedimentos particulares de acordo com sua dinâmica de criatividade para a realização de uma abordagem peculiar sobre a proposta a ser desenvolvida para o ambiente cênico.

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O figurino pode ser entendido como um ornamento de relação íntima com o corpo do ator que possui como função específica a contribuição na elaboração da personagem, sendo constituído por formas e cores que integram o espaço cênico (ROUBINE, 1998, p.146). Nesse sentido, a função primigênia do figurino consiste em auxiliar o ator no seu processo de personificação agindo como elemento significador da narrativa. Para tanto, o figurino é entendido como um conjunto de elementos visuais que Pereira define:

Desde as peças de vestuário propriamente ditas até as máscaras, cabeleiras, maquiagem e acessórios diversos, como joias e armas, trabalhado pelo figurinista de acordo com as necessidades do texto dramático, da direção do espetáculo teatral e da proposta estética estabelecida para este último (PEREIRA, 2010, p. 12).

Com base no disposto, a elaboração da personagem se inicia com a leitura e análise dos elementos textuais aliados às exigências da direção da peça e parte em comando à concepção estética para o intérprete. “De todo modo, é pelo figurino que o espetáculo moderno instaura da maneira mais profunda a sua relação com a realidade” (MUNIZ, 2004, p. 22).

Assim sendo, o figurino interfere e integra-se ao espaço cênico de forma harmônica com a função de orientar a visão e interpretação do espectador.

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3 METODOLOGIA

3.1 TIPOS DE PESQUISA

O presente trabalho propõe um estudo acerca das impressões que o figurino transmite como parte principal do conjunto de características visuais que compõem a personagem de teatro, com referências extraídas de materiais impressos e meios eletrônicos.

De acordo com Marconi; Lakatos (2006), a metodologia se constitui como um conjunto de práticas sistemáticas em que o alcance dos objetivos válidos é medido através das trajetórias e decisões realizadas pelo pesquisador. A pesquisa em questão é classificada como bibliográfica, a qual é qualificada com “base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos” (GIL, 2009, p. 44).

Partindo deste método, inicialmente a imagem é compreendida com base nas teorias iniciais do filósofo Platão que apresenta a idealização estética como uma projeção perfeita do mundo inteligível. A fim de fortalecer os conceitos sobre imagem, participarão alguns autores atuais evidenciando a necessidade de compreender as particularidades da imagem e sua função como comunicadora no cotidiano social.

Em seguida, sendo o teatro considerado um dos mais importantes meios de comunicação artístico da atualidade, o figurino é apresentado como uma linguagem representativa, o qual possui como função primordial a construção da identidade da personagem com base nas estruturas do vestuário de moda. A linguagem visual integra parte do projeto, pois é necessário para assim evidenciar o contexto em que a caracterização da personagem se encontra.

O processo de criação da coleção de moda inspirada no figurino da peça Romeu e Julieta com autoria de William Shakespeare se consolidará com a aplicação da metodologia de Baxter (1998) que visa abranger todos os aspectos técnicos de desenvolvimento de novos produtos, partindo da pesquisa mercadológica em direção à projeção conceitual, interpretando as necessidades, desejos, valores e expectativas do consumidor.

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Desse modo, o desenvolvimento de produto se iniciou a partir da carência de mercado para o vestuário sem gênero encontrada durante a pesquisa virtual, a qual foram conceituadas diferentes configurações durante esse processo e aplicadas de forma estruturada conforme apresenta a figura 1.

Figura 1 – Diferentes etapas do desenvolvimento de produto Fonte: Mike Baxter, 1998, p. 16.

3.2 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS

3.2.1 Pesquisa virtual

A pesquisa virtual foi aplicada por meio da plataforma Google com um total de 14 perguntas. A divulgação ocorreu através das redes sociais:

Inicialmente foram questionados a idade, gênero, formação acadêmica e profissão dos entrevistados. De acordo com as respostas obtidas, se concluiu que o público-alvo são jovens com idade entre 20 e 25 anos, trabalham em variadas áreas e

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estão iniciando ou concluindo a carreira acadêmica com preferência relacionada as artes em geral, design ou comunicação.

Figura 2 – Estudo ou formação dos entrevistados Fonte: A Autora (2016).

Em seguida, com a finalidade de conhecer o cotidiano desses jovens, foram aplicadas questões sobre lugares e tipicidades artísticas apreciadas. As respostas obtidas continham como hobbie a visita à bares, casas noturnas, cafés, cinema, festivais musicais, mostras culturais, museus, pubs, teatro, etc. Filmes e pipoca compuseram a alternativa para ficar em casa.

Figura 3 – Hobbies dos entrevistados Fonte: A Autora (2016).

Decorrente ao cotidiano desses jovens apresentar numerosas atividades relacionadas as artes questionou-se a usabilidade de roupas de caráter artístico com temáticas relacionadas a peças de teatro com respectiva opinião sobre o assunto.

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Figura 4 –Resposta do entrevistado 01 Fonte: A Autora (2016).

Figura 5 – Resposta do entrevistado 05 Fonte: A Autora (2016).

Posteriormente foi questionado o posicionamento perante o vestuário sem gênero, as possíveis influências para o vestir e as dificuldade em encontrar roupas que adequem o estilo desejado. O total dos 63 entrevistados se posicionaram a favor da quebra de paradigmas da sociedade através do vestuário como forma de transpor suas ideologias, visto que as questões socioculturais exercem forte influência sobre seus gostos. Nesse momento foi encontrada a necessidade de adaptação das medidas das modelagens aos corpos masculino e feminino.

Figura 6 – Resposta do entrevistado 06 Fonte: A Autora (2016).

Figura 7 – Resposta do entrevistado 14 Fonte: A Autora (2016).

As últimas perguntas foram realizadas de forma objetiva e afirmaram que a maioria dos entrevistados se conectam com frequência as mídias que veiculam informações de moda, prezam pela responsabilidade social nas marcas que consomem e apontaram que os fatores ergonômicos e estéticos são elementos indispensáveis ao adquirir uma peça de roupa.

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4 DIRECIONAMENTO MERCADOLÓGICO

4.1 EMPRESA

A empresa identificada pela razão social MC SAES CONFECÇÕES MEI e inscrita sob o CNPJ 00.000.000/0001-00, atende pelo nome fantasia SAES e possui como ramo de atividade o comércio e a confecção de vestuário.

Localizada na cidade de Londrina-PR o espaço físico realiza 70% da confecção de seus produtos, onde ocorrem atividades de criação e desenvolvimento com atendimento agendado ao cliente, administração e financeiro, estoque de matérias-primas, marketing e propaganda e alguns processos de produção, como por exemplo, modelagem, risco, corte, limpeza, revisão, embalagem e expedição. 30% da produção são terceirizadas, a qual inclui serviços de costura, estamparia e acabamento.

Inicialmente sua capacidade produtiva é de aproximadas 40 peças/mês e dispõe de um empregado.

4.1.1 Porte

A marca SAES é uma Microempresa Individual (MEI) classificada pelo SEBRAE conforme a Lei Complementar nº 128/2008 do Simples Nacional com receita bruta anual auferida em até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais).

4.2 MARCA

Ao longo da produção e dos resultados obtidos neste trabalho, a marca foi desenvolvida para os jovens da baixa classe média que buscam transmitir sua identidade e valores através do vestuário. Como parte do processo de criação, cada coleção possui inspiração em elementos textuais e estéticos presentes no teatro.

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4.2.1 Conceito da marca

Conscientização, expressão e liberdade de escolha.

A SAES é inspirada pelos jovens que buscam através da pluralidade de gêneros expandir as fronteiras entre o feminino e o masculino propondo novas formas de se pensar nos antigos rótulos presentes na moda. A excentricidade presente no conjunto visual da marca afirma a conquista democrática na libertação dos preconceitos estabelecidos pela sociedade.

Nossas coleções são movidas pela magia dos palcos de teatro conectando o universo cênico com a moda das ruas de modo a transformar a estética vivenciada no dia-a-dia.

Figura 8 – Logo da marca Fonte: A Autora (2016).

4.2.2 Segmento

O segmento da SAES se concentra na liberdade do streetwear ora combinado com referências do sportwear e propostas minimalistas.

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4.2.3 Distribuição

Os produtos da SAES são comercializados por meio da loja virtual, os quais são distribuídos por correios via Sedex ou PAC – Encomenda Econômica.

4.2.4 Concorrentes

Com base no perfil do consumidor, os concorrentes indiretos serão marcas como Zara, Another Place, Das Haus e João Pimenta. Em Londrina, concorrerá diretamente com a Conto do Vigário e Ruah.

4.2.5 Sistema de Vendas

O sistema de vendas é realizado inicialmente via e-commerce. As formas de pagamento podem ser por meio de cartão de débito, cartão de crédito e dinheiro.

4.2.6 Ponto de Vendas

A SAES prioriza as vendas pelo e-commerce, entretanto é possível adquirir os produtos diretamente no espaço físico da designer localizado no calçadão de Londrina – PR mediante o agendamento de horário.

Assim, o cliente possui acesso à área de criação com a finalidade de agregar ideias, conceitos e também aprender um pouco mais sobre o processo de produção dos produtos que estão adquirindo. O layout é projetado de modo que as pessoas se sintam confortáveis com o ambiente por meio de uma decoração criativa e bastante aconchegante.

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4.2.7 Preços Praticados

A faixa de preços praticados pela SAES varia entre R$ 79,90 e R$ 399,90. Os valores são justificados pela priorização na qualidade das matérias primas e os processos na fabricação de seus produtos.

4.2.8 Marketing e Promoção

A SAES utiliza o Facebook e o Instagram como principais canais de comunicação para se conectar aos seus consumidores. Para tanto, as plataformas Facebook ADS e Google ADS se apresentam como ferramentas essenciais na execução da publicidade e propaganda de seus produtos. Através da loja virtual é possível realizar o cadastro para receber notícias, novidades, promoções e cupons de descontos por e-mail. Ao final de cada coleção, a SAES promove uma grande liquidação com o objetivo de eliminar os produtos finais e promover novos lançamentos.

4.3 PLANEJAMENTO VISUAL

4.3.1 Cartão de visita

Figura 9 – Cartão de visita Fonte: A Autora (2016).

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4.3.2 Embalagem Figura 10 – Embalagem 30 cm x 33 cm Fonte: A Autora (2016). 4.3.3 Tag Figura 11 – Tag Fonte: A Autora (2016). 4.4 PÚBLICO-ALVO

Livres, plurais e democráticos. O público-alvo designado são jovens com idades aproximadas entre 20 e 25 anos com renda média mensal que varia de R$ 1.000,00 à R$ 2.000,00. Possuem diferentes ocupações profissionais e estão iniciando ou concluindo a

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carreira acadêmica cuja preferência está relacionada às áreas de artes, design ou comunicação.

Frequentam bares, casas noturnas, cafés, cinema, festivais musicais, mostras culturais, museus, pubs, teatro, etc. Às vezes preferem simplesmente o aconchego de ficar em casa e contemplar um bom filme.

São jovens espirituosos com forte tendência política e social. Vivem em constante busca para afirmarem o direito das minorias perante a sociedade e conseguem transpor suas ideologias através do vestuário.

Antenados, acompanham as tendências do mundo da moda. Fazem valer a pena as visitas aos brechós, lojas de departamento e as longas horas navegadas pelo e-commerce.

Figura 12 – Público-alvo

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4.5 PESQUISA DE TENDÊNCIAS

4.5.1 Macrotendências (Socioculturais)

Create Tomorrow ou Crie o Amanhã é o tema das macrotendências para 2017 divulgadas pela WGSN (Worth Global Style Network):

ReMaster sintoniza o antigo e o novo, vislumbrando um mundo que conecta

nosso passado com o futuro. Materiais antigos aparecem em formatos futuristas e com toques tecnológicos e inusitados. O contemporâneo encontra uma certa dose de drama e símbolos de outras épocas se fundem com os atuais. Aqui, há a certeza de que o que era fantasia pode virar realidade e o que era inimaginável se torna tangível. O desejo por experiências inusitadas e mágicas, resultam em um novo olhar para o futuro. (STUDIO W, 2015).

De acordo com Peret (2014), as limitações histórico-geográficas e socioculturais da leitura transgressora de Shakespeare ainda permeiam a sociedade atual com relação à sexualidade, comportamento e gênero. A partir disso, ReMaster foi selecionada para o desenvolvimento da coleção outono/inverno R+J//17 da SAES que têm como inspiração a peça de teatro Romeu e Julieta, cujas referências estéticas contemporâneas aparecem de forma harmônicas com o cenário da Renascença.

Figura 13 – Referência visual de macrotendência

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4.5.2 Microtendências (Estéticas)

As estampas florais são usadas frequentemente como sinônimo para os dias mais quentes. Os chamados unfinished florals (florais inacabados) são aplicados na coleção outono/inverno R+J//17 da SAES em contraste com tonalidades neutras, bordados e texturas.

Em essência, a tendência captura o aspecto “em andamento”, transmitindo uma sensação de descoberta ou mistério. Em alguns aspectos, as padronagens realmente acabam por apresentar o processo de desenvolvimento real de uma estampa, mostrando diferentes camadas e etapas que fazem parte da criação. (LUNELLI, 2016).

O uso de modelagem simétrica com referências arquitetônicas de Verona aparece gradualmente na coleção aliada à variedade de tecidos.

Figura 14 – Referência visual de microtendência

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5 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

5.1 NECESSIDADES A SEREM ATENDIDAS

Através do design diferenciado a SAES visa atender as necessidades e desejos do seu público prezando pela qualidade, satisfação e originalidade em seus produtos.

Tendo em vista a carência do vestuário sem gênero no mercado de moda, as funções práticas têm por objetivo garantir com conforto e praticidade a fácil adaptação das modelagens aos corpos masculino e feminino, dispensando a necessidade de ajustes. As funções estético-simbólicas são evidenciadas a partir de estampas e texturas, diferenciadas a cada coleção com temas relevantes entre os jovens consumidores.

5.2 COLEÇÃO

5.2.1 Nome da coleção

R+J//17.

5.2.2 Conceito da coleção

A coleção outono/inverno 2017 da SAES faz uma romântica viagem pela Verona renascentista através da literatura de Shakespeare. “Romeu e Julieta” contempla a história de amor mais famosa do mundo vivida pela rivalidade entre as famílias Montecchio e Capuleto.

Intitulada R+J//17 a coleção é inspirada pela arquitetura do cenário italiano e pelo figurino dos palcos de teatro da época, a coleção é composta por modelagens e estampas que fazem alusão ao romantismo que acompanha a tragédia.

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5.2.3 Referência da coleção

Presente nas mais diversas civilizações, o ato de representação surgiu com a ausência de linguagem verbal entre os homens no tempo das cavernas. Seus corpos eram meio para expressar sentimentos, contar histórias e louvar deuses – ato que em diversas comunidades é atribuído como um ritual sagrado. A partir disso, acredita-se que o teatro teve sua origem na Grécia durante as festas dionisíacas do século IV a.C., realizadas em homenagem ao deus Dionísio, deus do vinho, da fertilidade e do teatro (BERTHOLD, 2004).

O figurino cênico – elemento primordial da encenação teatral – têm como função específica a contribuição na construção da identidade da personagem, podendo a moda – um dos alicerces na história do teatro – colaborar em sua concepção com auxílio das ferramentas de cores, tecidos, formas, texturas, volumes, modelagens, corte, costura e processo criativo.

Nesse contexto, a escolha da peça Romeu e Julieta escrita por Willian Shakespeare se deve como subsídio artístico para o desenvolvimento de produtos de moda e, também como elemento de reflexivas questões políticas e sociais presentes contexto social que acompanham a contemporaneidade.

Como referência visual para o desenvolvimento desse projeto, a história da moda no Renascimento expressa as características do figurino de Romeu e Julieta como inspiração para compor as estampas e texturas das roupas. O cenário de Verona é usado para constituir os shapes da coleção remetendo a organicidade no conjunto visual do projeto.

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Figura 15 – Adaptação de Romeu e Julieta para o cinema em 1968, Cidade de Verona na Itália, Varandas renascentistas em Verona na Itália

Fonte: Adaptado de http://hubpages.com/entertainment/Rhyme-Time, http://www.sarah-tucker.com/letters-to-juliet/, http://www.touritalynow.com/blog/italy-travel-seven-must-sees-and-see-what-happens-in-verona/

5.2.4 Formas e estruturas

As estruturas da coleção outono/inverno R+J//17 da SAES são formadas a partir de uma mescla de linhas estreitas na parte de cima e finalizadas de forma ampla, linhas retas sem marcação e linhas soltas e largas.

Figura 16 – Linha A, linha reta e linha saco Fonte: A Autora (2016).

5.2.5 Tecnologias

A principal tecnologia presente na coleção outono/inverno R+J//17 da SAES consiste na estamparia desenvolvida por processo digital aplicado diretamente em tecido de algodão.

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5.2.6 Mix de coleção

A coleção é composta por 25 looks sendo 40% top – partes de cima, 20% bottom – partes de baixo, 20% outwear – peças de sobreposição, 12% one piece – peças únicas, e 8% complemento – acessórios em geral.

5.3 PAINEL SEMÂNTICO

Figura 17 – Painel semântico ilustrado digitalmente com técnicas de recortes e colagens Fonte: A Autora (2016).

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5.4 CARTELA DE CORES

Figura 18 – Cartela de cores Fonte: A Autora (2016).

5.5 ESTAMPA

A estampa da coleção outono/inverno R+J//17 da SAES foi desenvolvida em parceria com o designer Márcio Magalhães tendo como inspiração o mapa das ruas de Verona e a flor Brunfelsia uniflora, popularmente conhecida como Romeu e Julieta.

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Figura 19 – Estampa conceito R+J//17 com aplicação em fundo branco Fonte: Márcio Magalhães para SAES (2016).

Figura 20 – Estampa conceito R+J//17 com aplicação em fundo preto Fonte: Márcio Magalhães para SAES (2016).

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5.6 CARTELA DE MATERIAIS

Figura 21 – Cartela de tecidos Fonte: A Autora (2016).

Figura 22 – Cartela de outros materiais utilizados Fonte: A Autora (2016).

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5.7 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Figura 23 – Look 01 Fonte: A Autora (2016).

Figura 24 – Look 02 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 25 – Look 03 Fonte: A Autora (2016).

Figura 26 – Look 04 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 27 – Look 05 Fonte: A Autora (2016).

Figura 28 – Look 06 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 29 – Look 07 Fonte: A Autora (2016).

Figura 30 – Look 08 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 31 – Look 09 Fonte: A Autora (2016).

Figura 32 – Look 10 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 33 – Look 11 Fonte: A Autora (2016).

Figura 34 – Look 12 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 35 – Look 13 Fonte: A Autora (2016).

Figura 36 – Look 14 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 37 – Look 15 Fonte: A Autora (2016).

Figura 38 – Look 16 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 39 – Look 17 Fonte: A Autora (2016).

Figura 40 – Look 18 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 41 – Look 19 Fonte: A Autora (2016).

Figura 42 – Look 20 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 43 – Look 21 Fonte: A Autora (2016).

Figura 44 – Look 22 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 45 – Look 23 Fonte: A Autora (2016).

Figura 46 – Look 24 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 47 – Look 25 Fonte: A Autora (2016).

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5.8 ANÁLISE E SELEÇÃO JUSTIFICADA DAS ALTERNATIVAS

Figura 48 – Justificativa look 03 Fonte: A Autora (2016).

LOOK 03 – Essa proposta (Figura 47) foi desenvolvida com a finalidade de

assegurar a fácil movimentação do corpo proporcionando a sensação de liberdade. Inteiramente estampado em processo digital, o vestido possui uma modelagem ampla aliada à confortabilidade do material composto em 100% algodão egípcio. A escolha da peça é justificada por possuir rapidez no processo de sua produção, viabilidade financeira e apreço estético-simbólico relacionado diretamente ao tema da coleção.

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Figura 49 – Justificativa look 07 Fonte: A Autora (2016).

LOOK 07 – Conforto e beleza, esse look (Figura 48) é composto por uma calça em moletom com recorte na parte frontal e uma camiseta em suedine estampado em processo digital e tela nos recortes da lateral. A escolha desse look se justifica pela viabilidade financeira em seu processo de produção.

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Figura 50 – Justificativa look 09 Fonte: A Autora (2016).

LOOK 09 – A praticidade e o conforto propostos pelo look 09 (Figura 49) são justificados pela modelagem ampla da camisa confeccionada em malha de algodão acompanhada de uma calça em moletom. Sua simplicidade é compensada pelos detalhes e pela estampa conceito da coleção aplicada sobre a proposta

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Figura 51 – Justificativa look 11 Fonte: A Autora (2016).

LOOK 11 – Esse look (Figura 50) é composto por uma blusa manga longa em moletom com estampa aplicada por processo digital, um shorts médio em moletom e uma segunda pele em tela de suplex. A escolha desse conjunto se justifica pela funcionalidade no processo de produção, a confortabilidade proporcionada pela modelagem ampla, a simbologia remetida pelas cores do produto no contexto social do público-alvo e sua fácil aceitação no mercado.

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Figura 52 – Justificativa look 13 Fonte: A Autora (2016).

LOOK 13 – Esse look (Figura 51) é uma alternativa para aqueles que buscam por praticidade. Composto por um vestido em moletom com estampa localizada próximo à barra e no capuz, esse look acompanha uma segunda pele desenvolvida em tela de suplex, garantindo o conforto térmico para os dias mais frios.

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Figura 53 – Justificativa look 14 Fonte: A Autora (2016).

LOOK 14 – O look 14 (Figura 52) oferece a sensação de liberdade por meio de uma produção confortável. A praticidade sugerida pelo look 14 é composta por calça em moletom combinada com a maleabilidade do peach vision estampado em processo digital com aplicação da tela de poliamiada na blusa. Juntos sugerem leveza e favorecem os dias de temperaturas instáveis.

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Figura 54 – Justificativa look 15 Fonte: A Autora (2016).

LOOK 15 – O look 15 (Figura 53) apresenta uma proposta básica, porém, com grande impacto visual. O vestido estilo “camisetão” possui uma modelagem ampla com estampa localizada aplicada sobre o recorte em processo digital. A fim de garantir o conforto nas instabilidades presentes nos dias de inverno o look acompanha uma meia-calça fabricada em tela de suplex.

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Figura 55 – Justificativa look 17 Fonte: A Autora (2016).

LOOK 17 – Com simplicidade, esse look (Figura 54) é combinado por uma blusa de manga longa com camadas em peach vision e uma calça com recorte estampado acima do joelho. Sua escolha é justificada por conter elementos como sobreposição de tecidos, texturas e recortes essenciais na estética do público-alvo.

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Figura 56 – Justificativa look 20 Fonte: A Autora (2016).

LOOK 20 – O look 20 (Figura 55) é composto por uma calça em moletom com recorte entre as pernas, uma camiseta em tela com detalhe em moletom e uma jaqueta dupla face. O conjunto é uma aposta para os dias mais frios e possui versatilidade em seu uso.

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Figura 57 – Justificativa look 21 Fonte: A Autora (2016).

LOOK 21 – A composição desse look (Figura 56) propõe uma estética moderna e confortável, formado por uma blusa em moletom com estampa localizada na região dos cotovelos e do gorro e uma saia em moletom com sobreposição de crochê a partir de fio ecológico. Além disso, seu processo de produção se torna viável

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Figura 58 – Justificativa look 22 Fonte: A Autora (2016).

LOOK 22 – Esse look (Figura 57) traduz praticidade para o dia-a-dia. Feito em material de moletom, a blusa apresenta estampa corrida em processo digital combinada com uma saia média na cor preta sobreposta de crochê com linha ecológica.

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Figura 59 – Justificativa look 24 Fonte: A Autora (2016).

LOOK 24 – Composto por duas camadas, esse vestido longo (Figura 58) remete as principais características conceituais presentes na coleção. A primeira camada sugere a confortabilidade em material de algodão com estampa corrida realizada a partir de técnica digital, com linhas retas sem marcação iniciadas de forma estreita e finalizada um pouco mais ampla. A segunda camada segue a mesma modelagem da primeira, porém, realizada de forma manual com linha ecológica de crochê.

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5.9 FICHAS TÉCNICAS

Figura 60 – Ficha técnica WTR17/001 - Parte 1 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 61 – Ficha técnica WTR17/001 - Parte 2 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 62 – Ficha técnica WTR17/001 - Parte 3 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 63 – Ficha técnica WTR17/002 - Parte 1 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 64 – Ficha técnica WTR17/002 - Parte 2 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 65 – Ficha técnica WTR17/002 - Parte 3 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 66 – Ficha técnica WTR17/003 - Parte 1 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 67 – Ficha técnica WTR17/003 - Parte 2 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 68 – Ficha técnica WTR17/003 - Parte 3 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 69 – Ficha técnica WTR17/004 - Parte 1 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 70 – Ficha técnica WTR17/004 - Parte 2 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 71 – Ficha técnica WTR17/004 - Parte 3 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 72 – Ficha técnica WTR17/005 - Parte 1 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 73 – Ficha técnica WTR17/005 - Parte 2 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 74 – Ficha técnica WTR17/006 - Parte 1 de 3 Fonte: A Autora (2016)

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Figura 75 – Ficha técnica WTR17/006 - Parte 2 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 76 – Ficha técnica WTR17/006 - Parte 3 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 77 – Ficha técnica WTR17/007 - Parte 1 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 78 – Ficha técnica WTR17/007 - Parte 2 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 79 – Ficha técnica WTR17/008 - Parte 1 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 80 – Ficha técnica WTR17/008 - Parte 2 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 81 – Ficha técnica WTR17/008 - Parte 3 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 82 – Ficha técnica WTR17/009 - Parte 1 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 83 – Ficha técnica WTR17/009 - Parte 2 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 84 – Ficha técnica WTR17/009 - Parte 3 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 85 – Ficha técnica WTR17/010 - Parte 1 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 86 – Ficha técnica WTR17/010 - Parte 2 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 87 – Ficha técnica WTR17/010 - Parte 3 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 88 – Ficha técnica WTR17/011 - Parte 1 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 89 – Ficha técnica WTR17/011 - Parte 2 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 90 – Ficha técnica WTR17/011 - Parte 3 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 91 – Ficha técnica WTR17/012 - Parte 1 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 92 – Ficha técnica WTR17/012 - Parte 2 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 93 – Ficha técnica WTR17/012 - Parte 3 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 94 – Ficha técnica WTR17/013 - Parte 1 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 95 – Ficha técnica WTR17/013 - Parte 2 de 3 Fonte: A Autora (2016).

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5.10 PRANCHAS DOS LOOKS

Figura 96 – Prancha 01 Fonte: A Autora (2016).

Figura 97 – Prancha 02 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 98 – Prancha 03 Fonte: A Autora (2016).

Figura 99 – Prancha 04 Fonte: A Autora (2016).

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Figura 100 – Prancha 05 Fonte: A Autora (2016).

Figura 101 – Prancha 06 Fonte: A Autora (2016).

(103)

5.11 LOOK BOOK

Figura 102 – Look confeccionado 01 Fonte: Carolina Cianca (2016).

Figura 103 – Look confeccionado 02 Fonte: Carolina Cianca (2016).

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Figura 104 – Look confeccionado 03 Fonte: Carolina Cianca (2016).

Figura 105 – Look confeccionado 04 (dupla face) Fonte: Carolina Cianca (2016).

(105)

Figura 106 – Look confeccionado 05 Fonte: Carolina Cianca (2016).

Figura 107 – Look confeccionado 06 Fonte: Carolina Cianca (2016).

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5.12 PLANEJAMENTO VISUAL DE DIVULGAÇÃO DA MARCA

Figura 108 – Simulação de navegação pelo site Fonte: A Autora (2016).

Figura 109 – Catálogo impresso Fonte: A Autora (2016).

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5.13 PLANEJAMENTO DE DESFILE

5.13.1 Make up e hair

A beleza da maquiagem e do cabelo trazem como referência a tendência ReMaster apresentada pela WSGN para 2017 que foi utilizada no desenvolvimento da coleção R+J//17 da SAES.

Para o make up: Pele com textura impecável, olhos com delineado preto e grosso aplicado nas pálpebras. Nos lábios, variação de tons claros escuros complementam o visual.

Para o hair: Cabelos escovados, presos ou soltos, levemente desfiados em contraste com fios com caimento tendendo para o solo.

Figura 110 – Making of: Beleza do editorial R+J//17 Fonte: Carolina Cianca (2016).

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5.13.2 Sequência de desfile

Figura 111 – Looks 1, 2 e 3 Fonte: Carolina Cianca (2016).

Figura 112 – Looks 4, 5 e 6 Fonte: Carolina Cianca (2016).

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Presente nas mais diversas civilizações, as ações artísticas acompanham os seres humanos influenciando, diretamente, seu comportamento. Esse comportamento é expresso através de emoções, ideias e percepções.

Desde muito cedo o homem conseguiu desenvolver de forma gradativa seus modos de comunicação e expressão. Considerado o primeiro deles, a encenação gradativamente deu origem ao teatro e assim algumas funções começaram a ser executadas na construção de uma peça. Dentre essas funções, o figurinista exerce a concepção da indumentária dos atores de acordo com o roteiro estabelecido.

A realização desse projeto teve como objetivo compreender a formação da identidade da personagem de teatro através do figurino e aplicar suas funções estéticas em uma coleção de moda voltada para o vestuário genderless. Para tanto, a fundamentação teórica originou reflexões sobre a dramaturgia e o figurino, considerando a possibilidade de representar através de cortes e estampas um conceito.

A dramaturgia escolhida à partir de discussões serviu para nortear o processo de produção, tornando possível uma análise para compreender as sensações que a narrativa propõe e aplicá-las num novo figurino, a fim de levar história para as ruas.

Entende-se, portanto, o figurino como um elemento de comunicação responsável por auxiliar na transmissão de uma determinada história. No mesmo âmbito, a moda é considerada um elemento comunicador de valores e acontecimentos socioculturais tendo o estilista como mediador desses elementos com a sociedade.

Em caráter de proximidade, a moda e o figurino exercem funções parecidas e ambos são capazes de se influenciar, seja na formação da identidade da personagem de teatro através dos elementos da moda ou no desenvolvimento de uma coleção de moda com referências artísticas do figurino.

(110)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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GONÇALVES, Marcos F. Roupa de ver Deus: Cotidiano e Vestimenta em Salvador (1958 – 1968). 2012. 224 f. Dissertação (Mestrado em História Regional e Local) – Universidade do Estado da Bahia, Santo Antônio de Jesus, 2012.

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LUNELLI. Florais assumem versões artísticas inacabadas para o inverno 2017. Disponível em: <http://lunelli.com.br/blog/florais-assumem-versoes-artisticas-inacabadas-para-o-inverno-2017/>. Acesso em: 30 jun. 2016.

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APÊNDICE A - Questionário da Pesquisa

• Idade: ____

• Gênero: __________

• Formação acadêmica: _______________

• Quais lugares você costuma frequentar?

Ex: Bares, cafés, cinema, festivais musicais, mostras culturais, pubs, teatro, etc.

• No quesito artístico quais são as tipicidades que você aprecia?

Ex: Artes plásticas, artes cênicas, cinema, fotografia, literatura, música, etc.

• Qual seu posicionamento perante o vestuário sem gênero? Realiza a procura por marcas que proporcionem essas peças? Quais são elas?

• Suas roupas sofrem influência acerca de seus artistas preferidos, determinada época ou movimentos culturais? De que forma isso acontece?

• Usaria roupas de caráter artístico com temáticas relacionadas à peças de teatro? Discorra.

• Possui facilidade em encontrar roupas que adequem ao seu estilo? Em caso negativo, de que forma essa problemática poderia ser solucionada?

• Se mantém conectado com as mídias que veiculam informações de moda? ( ) Não

( ) Sim

• Você julga importante a forte presença da responsabilidade social em uma marca?

( ) Não ( ) Sim

(113)

( ) R$ 50,00 à R$ 100,00 ( ) R$ 101,00 à R$ 200,00 ( ) R$ 201,00 à R$ 300,00 ( ) Acima de R$ 301,00

• Quais elementos são indispensáveis na caracterização de uma peça de roupa? ( ) Botões

( ) Estampa

( ) Modelagem diferenciada ( ) Textura

( ) Outro: _______________

• Em relação à adesão de produtos para o vestuário, quais fatores você considera indispensáveis? ( ) Design diferenciado ( ) Conforto ( ) Praticidade ( ) Preço ( ) Qualidade ( ) Simbologia ( ) Outro: _______________

Referências

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