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Perda auditiva referida por idosos atendidos em ambulatório de memória no sul do Brasil e fatores associados

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA

MARIA EDUARDA PINHEIRO HÜTTNER FEIJÓ

PERDA AUDITIVA REFERIDA POR IDOSOS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE MEMÓRIA NO SUL DO BRASIL E FATORES ASSOCIADOS

FLORIANÓPOLIS 2019

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MARIA EDUARDA PINHEIRO HÜTTNER FEIJÓ

PERDA AUDITIVA REFERIDA POR IDOSOS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE MEMÓRIA NO SUL DO BRASIL E FATORES ASSOCIADOS

Projeto apresentado na disciplina FON 7707 ao curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito inicial para elaboração e apresentação do trabalho de conclusão de curso. Orientadora: Profª. Drª. Karina Mary de Paiva. Coorientadora: Profª. Drª. Mª Isabel d´Ávila Freitas.

FLORIANÓPOLIS 2019

PERDA AUDITIVA REFERIDA POR IDOSOS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE MEMÓRIA NO SUL DO BRASIL E FATORES ASSOCIADOS

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HEARING LOSS REPORTED BY THE ELDERLY ATTENDED AT A MEMORY AMBULATORY IN THE SOUTH OF BRAZIL AND ASSOCIATED FACTORS

PERDA AUDITIVA REFERIDA POR IDOSOS E FATORES ASSOCIADOS

Maria Eduarda Pinheiro Hüttner Feijó– Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis – Santa Catarina – Brasil;

Karina Mary Paiva– Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis – Santa Catarina – Brasil;

Maria Isabel d´Ávila Freitas– Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis – Santa Catarina – Brasil;

ENDEREÇO: Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Campus Universitário– Trindade– Florianópolis– Santa Catarina – Brasil. E-MAIL: kmvianna@gmail.com. NÚMERO DO TELEFONE: (48) 99611-6762

Palavras-Chave: Envelhecimento; cognição; perda auditiva; memória; epidemiologia.

Número de palavras: 3332.

Número de tabela: 1.

Tipo de manuscrito: Artigo original. RESUMO

Objetivo: Verificar a prevalência de perda auditiva referida por idosos atendidos em

um ambulatório do sul do Brasil e fatores associados. Métodos: Estudo transversal com análise de dados coletados nos prontuários de idosos (60 anos e mais)

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atendidos em Ambulatório de Memória entre os anos de 2017 e 2018. Foram coletadas informações referentes às variáveis perda auditiva referida, características sociodemográficas, estilo de vida, saúde geral, cognição e capacidade funcional. Foi conduzido o teste de hipóteses qui-quadrado de Pearson, com nível de significância de 5%. Resultados: Foram analisados 257 prontuários. Verificou-se prevalência de 13,23% de perda auditiva referida, 82,19% de comprometimento cognitivo leve (CCL) e 6,6% referiram zumbido. Foi verificada associação estatisticamente significativa entre perda auditiva referida e idade mais avançada (p<0.001), menor escolaridade (p=0.028) e queixa de zumbido (p=0.005). Discussão: A prevalência de perda auditiva referida foi estimada baseada em relatos espontâneos dos idosos com queixa de memória acompanhados no ambulatório. Destaca-se a importância de estudos voltados à relação entre perda auditiva e declínio cognitivo.

Palavras-chave: Envelhecimento; cognição; perda auditiva; memória; epidemiologia.

ABSTRACT

Objective: Verify the prevalence of hearing loss reported by the elderly attended at

an ambulatory in southern Brazil and associated factors. Methods: Cross-sectional study with analysis of data collected from medical records of elderly (60 years and over) treated at a Memory Ambulatory between 2017 and 2018. Information regarding the variables referred hearing loss, sociodemographic characteristics, lifestyle, general health, cognition and functional capacity were collected. Pearson's chi-square hypothesis test was conducted, with a significance level of 5%. Results: We analyzed 257 medical records. There was a prevalence of 13.23% of reported

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hearing loss, 82.19% of mild cognitive impairment (MCI) and 6.6% reported tinnitus. There was a statistically significant association between reported hearing loss and older age (p <0.001), lower education (p = 0.028) and tinnitus complaint (p = 0.005).

Discussion: The prevalence of reported hearing loss was estimated based on

spontaneous reports of elderly with memory complaints followed at the outpatient clinic. The importance of studies focusing on the relationship between hearing loss and cognitive decline is highlighted.

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INTRODUÇÃO

O perfil populacional brasileiro tem mudado de forma acelerada em virtude da transição demográfica e epidemiológica, caracterizando o fenômeno chamado envelhecimento populacional. Atualmente, o envelhecimento saudável tem sido destaque em função da necessidade em se priorizar a qualidade de vida e a preservação da capacidade funcional (Santiago, Graça, Rodrigues, & Santos, 2016).

O declínio da função sensorial e cognitiva tem sido associado ao envelhecimento. Lessa e Costa (2016) afirmam que as pessoas com deficiência sensorial alocam mais recursos relacionados à atenção para processar a informação sensorial e, com isso, disponibilizam menor reserva cognitiva para outras tarefas.

Dentre as perdas sensoriais que ocorrem com o envelhecimento, destaca-se a Presbiacusia, perda auditiva (PA) gradual e progressiva, caracterizada pela diminuição da sensibilidade auditiva, principalmente em altas frequências, pela inteligibilidade de fala, especialmente em ambientes ruidosos, e pelo comprometimento do processamento central dos estímulos acústicos, sendo este último aspecto muito relevante quando se trata do declínio cognitivo em idosos (Fonseca, Santos, & Souza, 2014).

A cognição pode ser definida como um conjunto de habilidades mentais, incluindo tomada de decisões, memória, atenção e resolução de problemas, as quais servem para adquirir conhecimento e interagir com o ambiente. Mudanças graduais nessa função podem ser definidas como envelhecimento cognitivo (Shen, Anderson, Arehart, & Souza, 2016).

A relação entre presbiacusia e comprometimento cognitivo em função do envelhecimento já é objeto de estudo e evidências pontuam a necessidade de se esclarecer esta relação (Fortunato, et al., 2016). Atualmente, a avaliação da

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cognição tem priorizado a detecção do comprometimento cognitivo leve (CCL), caracterizado como um estado de transição entre o envelhecimento cognitivo normal e a demência, representando uma importante ferramenta para prevenção da instalação de quadros demenciais (Dumas, 2017).

A alta prevalência de demência e o envelhecimento populacional representam um importante desafio econômico e de saúde pública, sendo essencial o desenvolvimento de ações de prevenção, diagnóstico e intervenção precoces (Bialystok, Abutalebi, Bak, Burke, & Kroll, 2016). Assim, a identificação de fatores associados ao declínio cognitivo, com detecção do comprometimento cognitivo leve nesta população torna-se prioridade (Bernardes, Machado, Souza, Machado, & Belaunde, 2016).

Da mesma forma, a perda auditiva em função do envelhecimento necessita compor a agenda de planejamento em saúde. A obtenção de indicadores por meio de estudos epidemiológicos costuma representar um entrave, em função de dificuldades logísticas para a avaliação da audição por meio da audiometria tonal. Portanto, destaca-se a validade do uso da perda auditiva auto-referida nestes estudos (Ferrite, Santana, & Marshall, 2011).

A associação entre presbiacusia e fatores de risco ainda não está claramente esclarecida, contudo destaca-se achados relativos à associação entre PA e nível de escolaridade, DM, HAS, zumbido e tabagismo, além disso, entre as causas de PA em idosos está o aumento da idade (Livingston, et al., 2017). A PA gera impacto na qualidade de vida dos idosos, levando a prejuízos na conversação, tendência ao isolamento social e depressão (Caruso, Mármora, & Delgado, 2018). Assim, o desempenho da comunicação em idosos com perda auditiva pode ser afetado pela co-ocorrência de outras condições de saúde (Pichora-fuller, 2015).

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Diante deste contexto, o objetivo deste trabalho foi verificar a prevalência de perda auditiva referida por idosos atendidos em Ambulatório de Memória no sul do Brasil e os fatores associados.

MÉTODOS

Estudo observacional transversal retrospectivo, com análise de prontuários dos usuários atendidos em um Ambulatório de Memória situado no sul do Brasil, entre os meses de janeiro de 2017 e dezembro de 2018.

O Ambulatório de Memória acontece semanalmente e visa atender e acompanhar usuários com queixa de memória. Os usuários agendados passam por um atendimento inicial para avaliação da memória e avaliação da saúde geral (avaliação de queixas, presença de doenças crônicas, uso de medicamentos, intervenção cirúrgica, depressão e capacidade funcional). A avaliação da memória ocorre por meio de uma ferramenta de triagem cognitiva breve, com o objetivo de detectar declínio cognitivo e prevenir o desenvolvimento da demência. Para isso, é proposto um acompanhamento no ambulatório e em caso de identificação de comprometimento cognitivo, os mesmos são convidados a participar da Oficina da Lembrança, um projeto que visa estimulação da memória e prevenção de demência. A coleta de dados envolveu a análise de informações contidas nos prontuários dos usuários, com idade igual ou superior a 60 anos, atendidos nos anos estabelecidos no estudo. Foram coletadas como variáveis independentes informações referentes às características sociodemográficas (idade, sexo, escolaridade, raça, ocupação), presença de doenças crônicas (HAS, obesidade, depressão, diabetes mellitus, insuficiência de vitamina D, demência), estilo de vida (tabagismo, sedentarismo) e pontuações referentes aos instrumentos aplicados

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referentes à cognição, depressão e capacidade funcional. Foram ainda levantados dados sobre relatos de perda auditiva e zumbido. A perda auditiva, variável dependente, foi relatada espontaneamente pelos usuários, sem haver questionamentos, sendo a mesma registrada pelos residentes segundo o Código Internacional de Doenças (CID-10) como H90 e H91 (Hipoacusia).

O teste cognitivo aplicado é o Montreal Cognitive Assessment - MOCA, utilizado para rastrear a presença de comprometimento cognitivo leve (CCL), com alta sensibilidade e especificidade. O teste totaliza 30 pontos e pontuações menores que 25 pontos indicam CCL, segundo Nasreddine, et al. (2005).

Além disso, é realizada a avaliação dos sintomas depressivos, por meio da Escala de Depressão Geriátrica - Versão Reduzida (GDS-15). A escala GDS-15 envolve 15 questionamentos com respostas dicotômicas (sim/não) a respeito da última semana do idoso. Categorizou-se como normal (menor que seis respostas positivas) e suspeita de depressão (maior ou igual a seis – Almeida & Almeida, 1999), para fins de análise construiu-se uma variável dicotômica depressão (sim/não).

Para a avaliação da capacidade funcional, por meio do questionário de Atividade de Vida Diária (BOMFAQ-OARS modificado), o idoso é questionado quanto à dificuldade (com/sem) para realização de 15 atividades do dia-a-dia. Pontua-se o total de AVDs que o paciente referir dificuldade para realizar, ou seja, as atividades comprometidas. Esta variável foi categorizada de acordo com Rosa, Benício, Latorre, e Ramos (2003), sendo considerado que dependência para quatro ou mais atividades de vida diária indicava comprometimento da capacidade funcional.

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coletadas e investigada a relação entre perda auditiva referida e fatores associados através do teste de hipóteses qui-quadrado de Pearson, com nível de significância adotado de 5%.

O presente projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina, aprovado sob o parecer 3.494.953 e essa aprovação foi encaminhada à área responsável pela liberação dos dados para pesquisa no Ambulatório de Memória, pertencente à outra instituição.

RESULTADOS

Foram analisados prontuários de 257 idosos atendidos no Ambulatório de Memória. A média de idade dos idosos foi 74 (dp = 8,14) anos, com idade mínima de 60 e máxima de 96 anos. A população é predominantemente do sexo feminino (70,43%), sendo a maioria de raça branca (92,22%), seguida pela raça negra (6,61%). O estado civil da maioria é casado (46,30%), seguida pelos viúvos (29,18%) e divorciados (17,51%). Em relação aos anos estudados, a média foi 5 (dp = 3,68) anos, sendo que mais da metade possui escolaridade até 5 anos. A maioria referiu não possuir ocupação profissional (86,77%), o qual incluía pessoas pensionistas, do lar e aposentadas (Tabela 1).

Quanto ao estilo de vida, 12,06% da população referiu ser tabagista e ex-tabagista, enquanto 20,23% relatou sedentarismo. Acerca das doenças crônicas as com maior prevalência foram HAS (73,93%), obesidade (44,36%) e depressão (39,69%). Em relação ao uso de Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI), observou-se que 2,33% da população referiu utilizá-lo. (Tabela 1)

Foram coletadas também as pontuações dessa população referentes aos instrumentos de avaliação aplicados no ambulatório. No que tange à avaliação

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cognitiva, o escore médio encontrado com a aplicação do MOCA foi de 17.7 (dp= 6.7). Assim, identificou-se prevalência de comprometimento cognitivo leve (CCL) igual a 82,19%. Em relação à avaliação subjetiva de depressão, obteve-se com a escala GDS a pontuação média de 4.8 (dp = 3.57), portanto, 45,42% da população em questão apresentou suspeita de depressão. Através do questionário de Atividade de Vida Diária foi encontrado que 92,02% da população possui dependência para realizar tarefas do dia-a-dia (Tabela 1).

A prevalência de perda auditiva referida foi de 13,23% (n=34) e 6,6% (n=17) referiram zumbido. A perda auditiva foi mais prevalente para a faixa etária de 80 a 96 anos (55,88%), com significância estatística (p<0.001). Escolaridade e zumbido também apresentaram relação estatisticamente significante com a perda auditiva referida, (p=0.028) e (p=0.005), respectivamente. No entanto entre aqueles que referiram perda auditiva, houve maior proporção de indivíduos sem zumbido (82,35%). Já a relação entre perda auditiva referida e CCL (p=0.067) não estatisticamente significativa (Tabela 1).

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Tabela 1 – Distribuição das características sociodemográficas, de saúde e estilo de vida dos idosos atendidos no Ambulatório de Memória, segundo perda auditiva referida. Palhoça, SC, 2017-2018.

Variáveis

Perda auditiva referida

População Geral p Não Sim n % N % N % Idade <0.001* 60-69 83 37,22 6 17,65 89 34,63 70-79 85 38,12 9 26,47 94 36,58 80-96 55 24,66 19 55,88 74 28,79 Sexo 0.443 Masculino 64 28,70 12 35,29 76 29,57 Feminino 159 71,30 22 64,71 181 70,43 Escolaridade 0.028* Até 5 anos 138 84,15 26 93,98 164 66,40 6 anos e mais 78 15,85 5 6,02 83 33,60 Raça 0.657 Branca 205 91,93 32 94,12 237 92,22 Outra 18 8,07 2 5,88 20 7,78 Ocupação 0.787 Sem 193 86,55 30 88,24 223 86,77 Com 30 13,45 4 11,76 34 13,23 Estilo de vida Tabagismo 0.283 Não 198 88,79 28 82,35 226 87,94 Sim/ Ex 25 11,21 6 17,65 31 12,06 Sedentarismo 0.153 Não 181 81,17 24 70,59 205 79,77 Sim 42 18,83 10 29,41 52 20,23 Doenças Crônicas HAS 0.954 Não 58 26,01 9 26,47 67 26,07 Sim 165 73,99 25 75,53 190 73,93 Obesidade 0.689

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Não 123 55,16 20 58,82 143 55,64 Sim 100 44,84 14 41,18 114 44,36 Depressão 0.571 Não 136 60,99 19 55,88 155 60,31 Sim 87 39,01 15 44,12 102 39,69 DM 0.790 Não 139 62,33 22 64,71 161 62,65 Sim 84 37,67 12 35,29 96 37,35 Insuficiência de Vitamina D 0.283 Não 143 64,13 25 73,53 168 65,37 Sim 80 35,87 9 26,47 89 34,63 Demência 0.477 Não 182 81,61 26 76,47 208 80,93 Sim 41 18,89 8 23,53 49 19,07 Zumbido 0.005* Não 212 95,07 28 82,35 240 93,39 Sim 11 4,93 6 17,65 17 6,61 CCL ** 0.067 Não 42 95,45 2 4,55 44 16,81 Sim 173 80,47 30 14,78 203 82,19 Dependência *** 0.356 Não 16 8,65 1 3,57 17 7,98 Sim 169 91,35 27 69,43 196 92,02 Risco de depressão**** 0.883 Não 115 54,76 16 53,33 131 54,58 Sim 95 45,24 14 46,67 109 45,42

*p<0.050; **Investigado pelo Moca categorizado de acordo com Nasreddine, et al. (2005); ***Avaliado com por meio do Questionário Brasileiro de Avaliação Funcional Multidimensional adaptado do questionário OldAmericansResourcesand Services (BOMFAQ/OARS) categorizado de acordo com Rosa, Benício, Latorre, e Ramos (2003) ****Investigado por meio da Escala de Depressão em Geriatria GDS categorizado de acordo com Almeida e Almeida (1999).

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DISCUSSÃO

Diante dos resultados obtidos, pôde-se verificar prevalência de 13,23% de perda auditiva referida espontaneamente pelos idosos e 82,19% dos idosos atendidos foram identificados com Comprometimento Cognitivo Leve (CCL). A maioria da população era do sexo feminino, na faixa etária de 70 a 79 anos e de baixa escolaridade (menos de cinco anos de estudo). A grande maioria destes idosos apresenta Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e dependência em atividades de vida diária (AVD). Observou-se, também, associação estatisticamente significativa da perda auditiva referida e aumento da idade, baixa escolaridade e relatos de zumbido.

Estudos voltados ao envelhecimento populacional tornam-se essenciais tendo em vista o novo panorama demográfico e epidemiológico no cenário mundial (Giulioli & Amieva, 2015). Atualmente, os idosos representam 12% da população mundial e é esperado que esse cenário dobre até 2050 e triplique até 2100 (Tavares, Jesus, Machado, Braga, Tocantins, & Merighi, 2017). Observa-se que esse processo tem peculiaridades nos países em desenvolvimento, como no Brasil, tendo em vista que tem ocorrido de forma acelerada e tardia. Estima-se que em 2025 o Brasil seja o sexto país em número de idosos no mundo (Santiago, Graça, Rodrigues, & Santos, 2016).

Observou-se no presente estudo prevalência do sexo feminino, corroborando a afirmação de Sousa, Lima, Cesar, e Barros (2018), a respeito do processo mundial de envelhecimento populacional, para o qual existe uma feminização da velhice, isto é, maior proporção de mulheres em relação aos homens na população idosa, especialmente, em idades mais avançadas.

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Cabe ressaltar que o envelhecimento é um processo biológico natural, dinâmico e irreversível que apresenta características biopsicossociais, com efeitos sobre a pessoa e a sociedade (Costa, Fedosse, & Lefèvre, 2014). No que se refere ao envelhecimento saudável, o aumento da prevalência das doenças crônicas pode comprometer a autonomia e a qualidade de vida dos idosos, o que sugere a importância da reorganização dos serviços de saúde e das políticas públicas em atender esta nova e crescente demanda (Barreto, Carreira, & Marcon, 2015). Corroborando com este achado, verificou-se, neste estudo, que os idosos atendidos no Ambulatório de Memória apresentam como doenças crônicas mais prevalentes a HAS, obesidade, depressão e diabetes mellitus (DM). Destaca-se ainda, que as doenças crônicas mais frequentes em idosos são a HAS e o DM, as quais podem ter ligação com alterações auditivas (Rolim, et al., 2018).

Este fenômeno pode ainda predispor a uma variedade de doenças em função de condições metabólicas, às quais resultam de uma deterioração das funções fisiológicas, que podem levar a doenças típicas como presbiacusia e a demência, sendo o declínio cognitivo um dos maiores sintomas da demência (Huh, 2018).

Além disso, destaca-se a tendência de ocorrer a perda de várias habilidades dependentes do lobo frontal, como as funções executivas e a velocidade psicomotora (Lopes & Argimon, 2016). Ademais, o perfil neuropsicológico de indivíduos com CCL inclui histórico de declínio na memória e de outros domínios cognitivos, incluindo a linguagem (Mueller, Hermann, Mecollari, & Turkstra 2018), uma vez que as habilidades cognitivas desempenham um papel essencial para a independência e manutenção da capacidade funcional dos idosos (Klimova, Valis, & Kuca, 2017).

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Bourscheid, Mothes, e Irigaray (2016), relatam que a percepção dos idosos acerca de sua própria memória tem sido apresentada como um possível preditor do declínio cognitivo, fator de grande relevância na prática clínica, representando um importante indicador de risco para pacientes com relatos de perda na qualidade e na acurácia de sua memória. A identificação da prevalência de CCL é essencial quando se trata do caráter preventivo, com ações voltadas para impedir a instalação de um quadro de demência.

Entre os indivíduos que referiram perda auditiva, houve maior proporção de CCL (14,78%) e embora não exista significância estatística, vale destacar a importância deste dado, visto que a literatura busca esclarecer a relação entre estas variáveis, declínio cognitivo e perda auditiva (Fonseca, Santos, & Souza, 2014). No geral, ambas diminuem com a idade (Na, Kim, Kim, Han, & Kim, 2017). Igualmente Wayne e Johnsrude (2015), apontam a existência de evidências entre perda auditiva relacionada à idade e declínio cognitivo, apesar de sua relação não ser clara e ter implicações críticas para a prevenção, reabilitação e criação de políticas de saúde.

Vale ressaltar que a perda auditiva, segundo Peracino (2014), pode acelerar o declínio cognitivo relacionado à idade, e a reabilitação auditiva precoce pode

retardar o declínio cognitivo e a demência. Enquanto audiologistas têm reconhecido

que fatores cognitivos podem interferir no desempenho auditivo, além do impacto no processamento da linguagem (Lessa & Costa 2016).

Com o envelhecimento populacional, a prevalência da presbiacusia pode aumentar aliada ao déficit do processamento cognitivo, com impacto na velocidade do processamento de informações, memória e atenção, o que implica na necessidade de discussões acerca desta causalidade reversa (Fortunato, et al., 2016).

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Neste estudo poucos idosos relataram o uso de Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). Segundo Crispim e Ferreira (2015), embora a prevalência de perda auditiva seja alta e haja limitações funcionais decorrentes do convívio com as mesmas, a reabilitação auditiva ainda é restrita e o uso de AASI representa uma importante estratégia neste processo, estimulando as habilidades auditivas e minimizando os prejuízos decorrentes das limitações impostas em função da perda auditiva.

Constatou-se associação entre o aumento da idade e relatos de perda auditiva. Segundo Kopper, Teixeira e Dorneles (2009), a incidência e a gravidade da perda de audição esta significantemente associada ao aumento da idade, eles afirmam que a perda auditiva afeta aproximadamente um terço dos idosos entre 61 e 70 anos, passando para 80% naqueles acima de 85 anos, configurando-se como terceira doença mais prevalente nesta população.

Destaca-se a associação encontrada entre zumbido e perda auditiva referida, na literatura autores afirmam que o zumbido é um sintoma que frequentemente acompanha a presbiacusia e costuma ser mais perturbador que a surdez (Ferreira, Júnior, & Mendes, 2009). Destaca-se também que as prevalências de perda auditiva e de zumbido aumentam com o passar dos anos (Pinto, Sanchez, & Tomita, 2010). Esteves, Brandão, Siqueira, e Carvalho (2012), ainda acrescentam que o incômodo com o zumbido pode afetar funções mentais normais, como o raciocínio, memória e concentração.

Verificou-se também associação estatisticamente significante entre perda auditiva referida e baixa escolaridade (até cinco anos de estudo). Resultados semelhantes foram observados em um estudo, no qual idosos com perda de audição eram mais velhos e menos escolarizados em relação àqueles com audição normal.

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Contudo, justificam que essa diferença seja em função do viés de seleção da amostra, a qual os idosos com perda auditiva eram usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), além de destacarem o fato dos idosos de hoje serem de uma época que o acesso à educação era precário (Lima & Miranda-Gonsalez, 2016).

Cabe reconhecer como limitação deste estudo, o fato de serem utilizados dados secundários, por meio de coleta de prontuários, não envolvendo avaliação auditiva. A perda auditiva foi referida pelos usuários de forma espontânea, ou seja, sem ocorrer um questionamento específico sobre a presença de dificuldade auditiva. O exame padrão ouro para a detecção da perda auditiva é a audiometria, porém, sua realização em pesquisas populacionais se torna complexa e onerosa, pois, exige equipamentos e profissionais treinados. Diante disto, realizou-se um estudo visando definir a validade do uso de três perguntas para definir a perda auditiva referida (SR-HL) e obteve-se boa sensibilidade e especificidade (Ferrite, Santana, & Marshall, 2011). Assim, vale destacar que questionamentos direcionados podem levar a uma prevalência maior de perda auditiva referida.

Por outro lado, esta avaliação da perda auditiva através de auto-referência depende da percepção do idoso quanto à presença deste déficit e envolvem questões gerais como, o contexto em que se está inserido, experiência de vida, cultura, escolaridade, além da presbiacusia e suas características (Crispim & Ferreira, 2015). Citam, ainda, um estudo que compara a queixa auditiva com a pesquisa objetiva dos limiares auditivos na qual se constatou que, 46% dos idosos que não referiram queixa, apresentavam perda auditiva.

Isto posto, destaca-se a importância de questionar a respeito da perda auditiva em um ambulatório de memória ou em grupos de idosos, além de que estudos com pesquisas auto-declaradas sobre a condição auditiva podem fornecer

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pistas sobre tendências temporais na prevalência de perda auditiva, contribuindo para a identificação de grupos de maior risco. Contudo, estudos populacionais sobre a prevalência de deficiência auditiva ainda são escassos, principalmente, com a população brasileira e, quando disponíveis, apresentam metodologias diferentes, aspecto que dificulta a comparação entre os achados (Soares, Oenning, Ziegelmann & Goulart, 2018).

CONCLUSÃO

Este estudo teve por objetivo verificar a prevalência de perda auditiva referida nos idosos atendidos em um Ambulatório de Memória e fatores associados. Visto que a perda auditiva é inerente ao processo natural de envelhecimento esta representa atualmente um problema de saúde pública universal, sua identificação precoce e manejo adequado podem melhorar a qualidade de vida do idoso, reduzindo o impacto geral do processo de envelhecimento, todavia esta ainda recebe pouca atenção (Servidone & Conterno, 2018).

Ademais outro problema de saúde pública que pode ter impactos significativos na vida independente e envelhecimento saudável, segundo o Institute of Medicine (2015), é a queixa de perda de memória em idades mais avançadas, a qual é frequentemente equiparada a um declínio na cognição. A realização de um rastreamento periódico da percepção subjetiva da memória na atenção primária à saúde representa uma ação de integralidade do cuidado em busca do monitoramento da cognição e prevenção de declínio cognitivo (Bernardes, Machado, Souza, Machado & Belaunde, 2016).

Fundamentando-se no exposto, é possível concluir que dados epidemiológicos sobre a magnitude e severidade da perda auditiva podem apoiar o

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surgimento de políticas de prevenção (Wellset al. 2019; Ferrite & Santana, 2014). Desta forma, o uso de dados auto-referidos em pesquisas populacionais para cálculo de prevalência de perda auditiva, por meio de questionário simplificado, representam uma alternativa e tem comprovado sua validade (Soares, Oenning, Ziegelmann & Goulart, 2018).

REFERÊNCIAS

Almeida, O. P., & Almeida, S. A. (1999). Confiabilidade da versão brasileira de Escala de Depressão em Geriatria (GDS) versão reduzida. Arquivos de Neuropsiquiatria , 421-426.

Barreto, M. d., Carreira, L., & Marcon, S. S. (2015). Envelhecimento populacional e doenças crônicas: Reflexões sobre os desafios para o Sistema de Saúde Pública. Revista Kairós Gerontologia , 325-339.

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