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A utilização do laboratório de informática educativa como ferramenta educacional na Escola Municipal de Ensino Fundamental Intendente Manoel Ribas no Município de Santa Maria - RS

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO. Caroline Renner Mallmann. A UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA EDUCATIVA COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL INTENDENTE MANOEL RIBAS NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA - RS. Santa Maria, RS 2019.

(2) Caroline Renner Mallmann. A UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA EDUCATIVA COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL INTENDENTE MANOEL RIBAS NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA - RS. Artigo de conclusão de curso apresentado ao Curso de Especialização em Mídias na Educação (EaD), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção de título de Especialista em Mídias na Educação.. Orientador: Prof. Dr. Andre Zanki Cordenonsi. Santa Maria, RS 2019.

(3) Caroline Renner Mallmann. A UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA EDUCATIVA COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL INTENDENTE MANOEL RIBAS NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA - RS. Artigo de conclusão de curso apresentado ao Curso de Especialização em Mídias na Educação (EaD), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção de título de Especialista em Mídias na Educação.. Aprovado em 12 de março de 2019.. Andre Zanki Cordenonsi , Prof. Dr. (UFSM) (Presidente/Orientador). Giliane Bernardi, Prof. Drª (UFSM). Lisandra Manzoni Fontoura Prof. Drª (UFSM). Santa Maria, RS 2019.

(4) A UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA EDUCATIVA COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL NA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL INTENDENTE MANOEL RIBAS NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA - RS1 THE USE OF THE EDUCATIONAL COMPUTER LABORATORY AS AN EDUCATIONAL TOOL IN THE MUNICIPAL SCHOOL OF FUNDAMENTAL TEACHING MANOEL RIBAS IN THE MUNICIPALITY OF SANTA MARIA - RS Autora: Caroline Renner Mallmann 2 Orientador: Andre Zanki Cordenonsi 3 RESUMO Este trabalho aborda como tema a utilização do laboratório de informática educativa no processo de ensino – aprendizagem na turma multisseriada de 1º e 2º ano de Anos Iniciais do Ensino Fundamental na escola Municipal de Ensino Fundamental Intendente Manoel Ribas ( EMEFIMR) localizada no distrito de Santo Antão no município de Santa Maria/RS. O objetivo do trabalho é mostrar a importância que as tecnologias tem na escola e quais são as suas contribuições na aprendizagem dos alunos. O trabalho tem como metodologia uma pesquisa bibliográfica e o relatório da aplicação das aulas e atividades realizadas no laboratório de informática educativa. Como resultado, percebeu-se que as tecnologias são muito importantes na vida acadêmica, influenciam muito os alunos e tem um papel importante na aprendizagem. Palavras-chave: Tecnologia, escola, educação do campo, laboratório de informática educativa e aprendizagem. ABSTRACT This work deals with the utilization of the educational computer lab in the learning-teaching process in a multileveled 1st and 2nd year class of Primary School’s early grades in Escola municipal de Ensino Fundamental Intendente Manoel Ribas (EMEFIMR). The school is located in Santa Maria/RS city, Santo Antão district. The main goal is to show the importance that the technologies have in school and what are its contributions in student’s learning. The adopted methodology is a bibliographic research and the report of the classes and activities implementation performed in the educational computer lab. As a result, it was observed that technologies are very important to the academic life, strongly influencing on students and presenting an important role in learning. Keywords: Technology, school, countryside education, educational computer lab and learning. 1. Artigo apresentado ao Curso de Especialização em Mídias na Educação da Universidade Federal de Santa Maria, como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Mídias na Educação. 2 Aluna do curso de Especialização em Mídias na Educação da Universidade Federal de Santa Maria. 3 Professor Orientador, Doutor, Universidade Federal de Santa Maria..

(5) 1.. INTRODUÇÃO. As tecnologias estão cada vez mais presentes no nosso dia-a-dia, seja em casa, no trabalho ou qualquer outro lugar. Utilizamos as tecnologias para qualquer momento, seja para conversar com um amigo ou colega, para pesquisar informações e notícias, estudar, entre outras inúmeras possibilidades que as tecnologias nos oferecem. Além disto, cada vez mais cedo as crianças estão tomando conhecimento de alguma forma tecnológica. Nas escolas, a tecnologia está bastante presente, seja para passar um filme explicativo sobre a matéria ou pesquisar algum conteúdo para a aula. Porém, com toda a globalização que está acontecendo nas tecnologias, muitos professores estão ficando desatualizados e não aproveitando essa nova era. Ainda temos aqueles professores tradicionais que preferem o giz, o quadro e até mesmo os livros, mas e por que não os recursos tecnológicos, se estão presente cada vez mais na vida dos alunos? As Tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC's) estão chegando à vida do professor para auxiliá-lo em suas aulas, mas aí começam os grandes problemas das escolas: a falta do laboratório de informática educativa ou a falta de infraestrutura e um professor capacitado para trabalhar no laboratório de informática educativa, pois muitos professores não tem formação continuada na área das tecnologias. Conforme Castells (2000), a tecnologia é o principal motor da sociedade contemporânea, denominada. “sociedade da informação”, “sociedade do. conhecimento” e “sociedade em rede”. É consenso que o computador e a internet transformaram a geografia mundial, ao aproximar territórios e pessoas, quebrando barreiras: “as barreiras ao conhecimento”, “da participação” e “da oportunidade econômica” (ONU, 2001). O século XX foi marcado pela inserção das TDICs conectadas em rede, em diferentes setores sociais, e no século XXI vivenciamos, de forma mais intensa, o uso das TDICs que nos colocam em constante interação, por meio de espaços, virtuais que a comunicação ocorre em lugares não fixos,.

(6) registrando fatos e informações no instante em que eles acontecem, uma intensa imersão nas culturas digitais (LUCENA, 2016). Introduzir as TDICs nas práticas pedagógicas implica em mudanças e envolvimento, tanto técnicas como na formação dos educadores e demais indivíduos que atuam na escola no intuito de prepará-los para uso das tecnologias como instrumento de auxílio à construção do conhecimento, e ao educando, na aprendizagem (OLIVEIRA, 2009). Neste trabalho, o principal objetivo do trabalho é mostrar a importância que as tecnologias tem na escola e quais são as suas contribuições na aprendizagem dos A escola do campo prepara seus educandos para a vida numa perspectiva de mundo globalizado. Assim, incluir o uso das TDICs no processo de ensino aprendizagem poderá proporcionar aos educandos, que na maioria são sujeitos do campo, conhecimentos que poderão contribuir para o desenvolvimento intelectual, social, econômico e político. Desta forma, faz-se necessário que a escola do campo habilite seus educadores e educandos para utilizar as TDICs (FONTOURA, 2004). A educação do campo propõe aos seus indivíduos a possibilidade de uma educação diferenciada, permitindo-lhes a sensação de representatividade (FREIRE, 1997). Ainda, Freire (1997) retrata que o conhecimento referente a educação do campo construído seja útil para a sua formação humana e política, ou seja, descobrindo-se e conquistando-se como sujeito da sua própria destinação histórica. A abordagem do parágrafo acima refere-se à educação do campo. Esta, por sua vez, deve incluir em sua aprendizagem educacional as teorias pedagógicas e a inserção das TDICs na sala de informática educativa como complemento das aulas teóricas. Trazer o entendimento do aluno associado com seu cotidiano faz com que o aprendizado esteja mais próximo de sua realidade, incluindo neste meio os espaços de moradia, de lazer, efetivando um exercício de fala e escuta, intercedendo com o conhecimento científico para buscar a superação desta realidade procurando espaços de convivência mais dignos e humanos (NICOLETTI; SEPEL; VESTENA, 2016)..

(7) Deste modo intensifica que para uma educação que apresente melhorias constantes, deve estar associada com a educação formal aquela que deve ser apresentada dentro da escola, e atuar de forma conjunta com a educação informal representada pela educação fora da sala de aula, podendo ser em casa, com a família, amigos, entre outros. Em tempos de globalização é clara a percepção que o avanço das tecnologias digitais está cada vez mais presente, porém ainda de forma informal, por isso, é necessário que ela também seja incluída no ambiente formal escolar. Entretanto, o conjunto professor, aluno, escola e comunidade, deve estar entrelaçado em seus atos pedagógicos, sendo interdisciplinar e contextualizado nos conteúdos teóricos e práticos relacionados às linguagens no contexto da educação formal e informal, sendo trazidos os conteúdos para o aluno de fácil compreensão e associados com o seu dia-a-dia. O estudo em questão desenvolveu-se na escola do campo denominada Escola Municipal. de. Ensino. Fundamental. Intendente. Manoel. Ribas. (EMEFIMR),. pertencente ao Distrito de Santo Antão, do município de Santa Maria RS. A escola atua buscando uma educação de qualidade, respeitando as peculiaridades da escola do campo (EMEFIMR; PPP, 2018), e com base nas Diretrizes Operacionais para a Educação do Campo (MEC, 2002). Com isso, neste trabalho buscamos alternativas de como conciliar as aulas teóricas com as aulas práticas no laboratório de informática educativa, a fim de aprimorar o conhecimento e alfabetização dos alunos.. 2.. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Para o embasamento teórico deste trabalho, buscou-se como referência as escolas do campo, a educação e as tecnologias e a utilização do laboratório de informática educativa no processo de ensino aprendizagem dos alunos na escola do campo. 2.1. AS ESCOLAS DO CAMPO. A Educação do campo, por atender um público específico, necessita de formas diferenciadas de abordagem de conteúdos, que precisam se adequar.

(8) com a realidade rural, visando atender as especificidades dos educandos que vivem neste meio (FREIRE, 1997). De acordo com a Resolução CNE/CEB 1 de 2002, as propostas pedagógicas das escolas rurais, respeitadas as peculiaridades e o direito à igualdade, levarão em conta a diversidade do campo em todos os seus âmbitos: sociais, culturais, políticos, econômicos, de gênero, geração e etnia. Ainda conforme a Resolução CNE/CEB 1 de 2002 Art. 7º: § 2° As atividades constantes das propostas pedagógicas das escolas, preservadas as finalidades de cada etapa da educação básica e da modalidade de ensino prevista, poderão ser organizadas e desenvolvidas em diferentes espaços pedagógicos, sempre que o exercício do direito à educação escolar e o desenvolvimento da capacidade dos alunos de aprender e de continuar aprendendo assim o exigirem. A educação é repleta de uma grandiosa essencialidade dentro do processo histórico e constitutivo do ser humano. Através dela, é possível entender a função da educação na sociedade de classes, pois a educação do indivíduo é o resultado da ação do meio ambiente, se o homem transforma o ambiente, então deve transformar a educação (TRINDADE; VENDRAMINI, 2011). A Escola do Campo se caracteriza pela ideia de prover ao cidadão uma formação de modo mais alinhado possível com a realidade do campesinato. No ensino formal brasileiro, podem-se evidenciar, ao longo de sua história, algumas iniciativas para efetivação de uma escola inclusiva e comprometida com a formação integral do ser humano (SCHLOTTFELDT, 2018). No que tange à educação no campo e para o campo, o conceito de educar no campo vem se modificando ao longo das gerações e, atualmente, sua característica está ligada a um novo paradigma onde o enfoque principal torna-se a valorização do trabalho no campo e os sujeitos trabalhadores, suas particularidades, contradições, cultura e prática dentro do ambiente do campo (SCHLOTTFLEDT, 2018). Portanto, o campo é compreendido como lugar de moradia, trabalho, sociabilidade, lazer, identidade, um lugar de construção de novas.

(9) possibilidades, onde contribuir para o desenvolvimento integral dos estudantes, estimulando-os a tornarem-se protagonistas de sua aprendizagem, preparando-os para identificarem oportunidades e planejarem seu futuro por meio de atitudes empreendedoras. Assim, as escolas do campo não evidenciam apenas o lugar, mas seus sujeitos e suas atividades da vida diária. A educação formal é a forma de aprender formalmente representada pela escola, faculdade, cursos profissionalizantes, e a informal caracteriza-se de modo informalmente, podendo ser exemplificado pelo ensino aprendido na comunidade, sociedade, família. A união da educação formal e informal visa transformar e valorizar o aprendizado do aluno, tornando-se uma prática contínua, pois o saber ocorre em diversos locais. Cada aluno tem um método de desenvolvimento da aprendizagem do qual é capaz de apreender os sentidos e significados expressos dos conteúdos estudados, o professor é o agente responsável por estimular cada aluno tornado esse processo mais fácil e de melhor compreensão (CERICATO, 2017). De acordo com Gohn (2006) apud Anschau et al : A princípio podemos demarcar seus campos de desenvolvimento: a educação formal é aquela desenvolvida nas escolas, com conteúdos previamente demarcados; a informal como aquela que os indivíduos aprendem durante seu processo de socialização - na família, bairro, clube, amigos etc., carregada de valores e culturas próprias, de pertencimento e sentimentos herdados; e a educação nãoformal é aquela que se aprende "no mundo da vida", via processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivos cotidianas. (GOHN, 2006 apud ANSCHAU et al ). Deste modo, os professores juntamente com a escola desempenham um papel fundamental para cumprir o estímulo do conhecimento no aluno. Este estímulo ocorre mais facilmente quando está associado com o aprendizado informal, o qual é relacionado juntamente com o contexto de vida do aluno. Utilizar a teoria formal com as vivências informais dentro do contexto do aluno é uma metodologia que destaca a importância do professor em qualquer período escolar, que por meio de seus ensinamentos e didáticas desenvolve grandes alunos..

(10) A instituição escola é o espaço onde se dão os encontros entre professores e alunos, entre currículos, materiais de ensino e processos formativos, os quais nos permitem compreender como as práticas de ensino de Biologia se articulam como os diversos elementos sócio históricos que os constituem (MARANDINO; SELLES; FERREIRA, 2009, p.23). Contudo, ensinar é um processo ininterrupto que engloba o ambiente de convívio do aluno e requer propostas didáticas em todos esses ambientes, pois o aluno aprende tanto formalmente como informalmente, representadas pelas habilidades de observação, escuta diálogo entre outros procedendo com novos saberes e fazeres. 2.2. A. SALA. DE. INFORMÁTICA. NO. PROCESSO. DE. ENSINO–. APRENDIZAGEM Antes de chegar às escolas, as crianças já tem contato com diversos tipos de tecnologias de acesso a internet, principalmente os celulares. Nos dias atuais, as tecnologias estão muito presentes na vida dos estudantes e professores, seja em casa, na rua e até mesmo nas escolas, o que faz com que as escolas precisem adaptar e conciliar as aulas com os laboratórios de informáticas educativas para trazer uma aula mais expositiva. A nova era das tecnologias só veio a favorecer as escolas, pois os professores têm mais materiais e os alunos podem pesquisar mais assuntos. Sabemos que em muitas escolas ainda não existe uma infraestrutura adequada para a implementação de laboratórios de informática educativa, e se existe, não há professor capacitado para a função. Com isso, os alunos estão perdendo diversas oportunidades de aprimorarem os seus estudos. Utilizar o laboratório de informática educativa no processo de ensinoaprendizagem dos alunos faz com que eles se sintam mais motivados a estudar, pois eles têm outras formas de pesquisas e as tecnologias têm muito a nos ensinar. Outro motivo para se utilizar o laboratório de informática educativa é que ele pode ajudar a superar as dificuldades dos alunos, pois está trabalhando com a prática. Além disso, o professor deve preparar o aluno para as novas possibilidades do mundo globalizado. Antigamente, muitas escolas não tinham acesso à internet, principalmente as do campo, devido a sua localização. Na EMEFIMR, o.

(11) acesso à internet ainda é um pouco restrito, pois depende muito de como está o tempo. Inserir as tecnologias numa escola do campo é contribuir para a formação do aluno, que muitas vezes conhece só a sua comunidade. Para Moran (2004), a escola pode ampliar seu espaço virtual até os limites do Universo. Assim, a incorporação das TDCIs deve ajudar a escola do campo a transformar-se em um espaço democrático e estimulador de ações educativas que ultrapassem a sala de aula (QUEVEDO, apud MORAN, 2004). O processo de ensino-aprendizagem dos alunos vai muito além da sala de aula, pois muitos já chegam nas escolas reconhecendo letras. Com isso, MORAN, (2008, p.5) afirma que “alfabetizar-se não consiste só em conscientizar os códigos da língua falada e escrita, mas dos códigos de todas linguagens do homem atual e da sua interação. Por isso, é muito importante o professor da turma utilizar o laboratório de informática educativo ou outro médio das tecnologias, para o aluno melhorar o seu desempenho e conhecimento. No laboratório de informática educativa, o aluno só tende a aumentar o seu conhecimento, pois a internet está cada vez mais presente na vida do homem, mas muitos ainda utilizam de forma incorreta. A tecnologia, em especial, tem sido a grande promessa de uma nova revolução para o ensino, mas muita pesquisa ainda precisa ser feita sobre a eficácia das mídias e tecnologias na aprendizagem, para se aplicar esse recurso de melhor maneira possível no campo educacional. Além de toda a questão física para a utilização do laboratório de informática educativa, os professores também precisarão receber cursos preparatórios de como utilizar o LIE e como melhorar a preparação de suas aulas.. 3. CONTEXTO DA INVESTIGAÇÃO Nesta seção, serão descritos o local em que se obteve o estudo e a. população que fez parte do estudo. O estudo foi realizado na escola do campo localizada no Município de Santa Maria, chamada de Escola Municipal de Ensino Fundamental Intendente Manoel Ribas (EMEFIMR). Está estabelecida no 10º distrito chamado de Santo Antão ao.

(12) norte do município, distante 11 km do marco zero da sede, possui um território de 51,33 km. Foi fundada em 02 de maio de 1953 e acredita-se que a origem se deu devido à necessidade que a região apresentava em se desenvolver educacionalmente, os movimentos que levaram a construção da escola ainda é uma questão a ser desvendada, pois, no Projeto Político Pedagógico (PPP) é apresentado um breve relato a partir de seu ano de fundação, 1953. A filosofia da escola, segundo seu PPP, se dá por meio ao desenvolvimento de uma educação integral, baseada no resgate de autoestima, e na descoberta das aptidões individuais de cada educando. A EMEFIMR possui no total 110 educandos. Desses, 30 educandos são da Educação Infantil, 50 educandos nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e 30 educandos nos Anos Finais do Ensino Fundamental. Destes, 104 educandos são moradores do campo, 06 alunos são moradores da zona urbana. A escola atende nos turnos manhã e tarde. A escolha funciona em turno integral. Algumas turmas ficam diariamente os dois turnos na escola e outras turmas às vezes têm projetos no turno oposto das aulas.. 3.1. População Para este estudo, a turma que foi escolhida para realizar as atividades são os. alunos do 1º e 2º ano, a turma é multisseriada. A turma consta com 20 (vinte) alunos.. 4.. METODOLOGIA A metodologia deste trabalho é baseada em uma abordagem metodológica de. estudo de campo e com base nos procedimentos, tem caráter descritivo. Procedimentos descritivos buscam relatar as características de determinada população ou fenômeno, no caso desta pesquisa buscou-se.

(13) retratar a aplicação do uso de tecnologias na educação do campo conforme (QUEVEDO, apud GIL, 2008). A abordagem metodológica de estudo de campo, tende a utilizar técnicas de observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar suas explicações e interpretações do que ocorre no grupo (QUEVEDO, apud GIL, 2008). A pesquisa foi realizada na escola do campo Intendente Manoel Ribas, uma escola municipal de Ensino Fundamental localizada no distrito de Santo Antão na cidade de Santa Maria. A experiência obtida se dá através de um estágio voluntário realizado por meio do curso de Licenciatura em Educação. do Campo pela. Universidade Federal de Santa Maria na modalidade a distância, do qual se observou a aplicação de atividades para as turmas do 1º e 2º anos do Ensino Fundamental. A motivação pela pesquisa se adquiriu depois que se observou a importância de unir a teoria com atividades diferenciadas para a construção da alfabetização dos alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Nessa construção, o aluno vivência e pratica técnicas inovadoras para o seu processo de conhecimento, e com isso, o aluno se torna um agente no processo de conhecimento.. 4.1. ATIVIDADES Os jogos foram escolhidos com base nas aulas teóricas dos alunos e pela. questão de que nem sempre a escola tem acesso à internet. Outro motivo pela escolha desses jogos é que oferece atividades de alfabetização. Todas as atividades realizadas com as turmas do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental foram realizadas no Linux educacional 3.0, através dos jogos educacionais que já estão instalados nesse sistema operacional. Esses jogos podem ser baixados para outros sistemas operacionais. Foi utilizado o GCcompris, que é um dos aplicativos para crianças de 2 a 10 anos de idade e conta com atividades para diferentes níveis de idade. Como a escola conta com apenas 05 (cinco) computadores, a turma era sempre dividida em 04 (quatro) grupos para realizarem as atividades..

(14) Percebeu-se que no início do projeto muitos alunos estavam com dificuldades em manusear os computadores, mas como eram poucos alunos por vez, foi possível assessorá-los. Todos os jogos realizados com a turma envolviam atividades de alfabetização e cada grupo ficava em torno de 50 minutos. As atividades vistas e trabalhadas no laboratório de informática educativas tinham como objetivo auxiliar os alunos numa melhor compreensão do conteúdo. O seguinte cronograma foi utilizado com a turma, o qual apresenta o que foi desenvolvido por semana durante o último trimestre do ano letivo. Tabela 1 – Cronograma mensal das atividades desenvolvidas Mês. Descrição da atividade. Setembro. Jogos. de. descobrir. as. partes. periféricas de um computador Outubro. Jogos de alfabetização e matemática. Novembro. Jogos de alfabetização e matemática. Dezembro. Jogos de descobertas. No mês de setembro, os alunos tiveram acesso aos jogos para descobrirem as partes periféricas de um computador (teclado e mouse). Nos jogos de teclados, buscamos ocupar os jogos de letras cadentes, palavras cadentes e o de número com dados. No primeiro jogo – letras cadentes: o objetivo do jogo é digitar a letra que está aparecendo na imagem. Nas palavras cadentes, o aluno precisa digitar a palavra que está aparecendo na tela do computador e no jogo de número com dados, o aluno deve digitar o número que está aparecendo na tela. Todos os jogos trabalham habilidades, pois o aluno deve ser rápido, deve conhecer as letras. Esses jogos trabalham a coordenação motora..

(15) Figura 1Imagem dos jogos da parte periférica do computador Fonte: autor. No mês de outubro e novembro, os jogos utilizados foram de alfabetização e matemática. Nesses meses os jogos trabalhados foram os de envolviam dinheiro, de ligar os números, jogo da memória com numeração, de ouvir a letra e digitar qual é, o jogo da memória de número por extenso, o jogo da letra desaparecida, praticar a leitura, e o jogo do nome da imagem, cálculos de adição e subtração. O objetivo dos jogos é de trabalhar a contagem, reconhecer as letras e palavras, trabalhar a memorização e o raciocínio lógico, desenvolver a adição e subtração, a concentração, a percepção, realizar o cálculo mental, identificar e reconhecer a ordem crescente e decrescente.. Figura 2 Imagem dos jogos de alfabetização Fonte: autor.

(16) Figura 3 Imagem dos jogos de matemática Fonte: autor. Podemos observar que na figura 2 e 3 está se referindo aos jogos de matemática e alfabetização. Durante as aulas, todos os jogos foram utilizados. No mês de dezembro trabalhamos com os jogos de labirintos, quebracabeças, o jogo do horário e atividades de jogo da memória. Para realizar essas atividades precisava de muita atenção e ser ágil devido o tempo.. Figura 4 Alunos na sala de informática Fonte: autor.

(17) A imagem acima refere se a alguma das aulas no laboratório de informática educativa.. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES. Durante o período da aplicação das atividades, pudemos observar que os alunos tiveram um grande avanço e que as aulas no laboratório de informática educativa foram fundamentais no processo de ensino– aprendizagem dos alunos de 1º e 2º ano. A parte negativa da aplicação das atividades é que a turma era dividida em grupos pela falta de computadores. Temos aquele ditado “é brincando que se aprende”. Esse ditado tem muito a dizer sobre o trabalho que foi realizado com a turma, pois ao mesmo tempo em que estavam revendo conteúdos vistos na sala de aula, estavam jogando e aumentando o conhecimento. Além das observações feitas durante a aplicação das atividades, temos o relato da professora regente da turma: “Eu tenho muita dificuldade em trabalhar com as tecnologias. Desde que foi inserido o laboratório de informática educativa, estou tentando me adaptar e aprender a trabalhar para poder trazer a atividade diferenciada para a minha turma. Percebi um grande avanço dos alunos. As aulas puderam influenciar bastante o que eu estava trabalhando em sala de aula e os alunos estavam sempre motivados para ir até o laboratório de informática educativa”. Como estagiária voluntária no projeto, percebi que os alunos estavam bastante envolvidos e gostando das aulas no laboratório de informática educativa e que fez uma grande diferença no aprendizado. Como as atividades estavam focando no raciocínio, coordenação motora, agilidade, percepção, percebi que os alunos tiveram um avanço. A maioria dos alunos não tem computador em casa e com isso, o envolvimento dos alunos para aprender foi maior.. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Para finalizar, é possível observar que é fundamental a inserção das tecnologias na escola, pois desenvolve muito o conhecimento dos alunos,.

(18) principalmente de alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, já que estão na fase de alfabetização. A tecnologia veio para auxiliar o professor na sala de aula. Apesar de a informática ser fundamental na vida dos alunos, sabemos que ainda o seu acesso é restrito e isso ocorre principalmente nas escolas do campo, devido a sua localização e muitas vezes devido a falta de infraestrutura. Mesmo sendo fundamental e importante para os alunos, ela ainda está sendo deixada de lado, sendo que traz uma aula mais dinâmica e emocionante. Concluo que para as turmas do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental na Escola Municipal de Ensino Fundamental Intendente Manoel Ribas as aulas no laboratório de informática educativa foram importantes, pois facilitou a aprendizagem dos alunos e todos estavam tendo uma participação bem ativa. Portanto, nas escolas com difícil acesso às tecnologias, o professor deve trazer outras formas, além do livro didático para estimular o aluno a estudar. Esse ano, o estágio continuará na escola, pois traz uma vivência diferenciada para os alunos de escola do campo. As aulas do laboratório de informática educativa vão além de apenas uma aula diferenciada, ela trabalha uma forma de envolver os alunos no mundo globalizado.. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. CASTELLS, M. A era da informação: economia, sociedade e cultura. In: A Sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2000. v.1. EMEFIMR, PPP. Projeto Político Pedagógico: Escola Municipal de Ensino Fundamental Intendente Manoel Ribas. 2018. 20 pgs. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra. 1997. LUCENA, S. Culturas Digitais E Tecnologias Móveis Na Educação. Educ. Rev. Curitiba , n. 59, p. 277-290, Mar. 2016 . ONU. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. (2001). Relatório do desenvolvimento humano 2001: novas tecnologias e desenvolvimento humano. Lisboa: <http://www.Trinova.pid=S010019652003000100004&script=sci_abstract&tlng=pt> Acesso: 10 nov. 2018..

(19) BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Institui Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo - Resolução CNE/CEB n.º 3 abr.2002. Disponível. em:. <http://portal.mec.gov.br/escola-de-gestores-da-. educacao-basica/323-secretarias-112877938/orgaos-vinculados- 82187207/13200resolucao-ceb-2002> Acesso em: 20 out. 2018. FONTOURA, M. S. A Escola Do Campo Enquanto Lugar De Valorização Do Sujeito. Da. Terra.. UFSM,. 2004:. <http://coral.ufsm.br/sifedocregional/images/Anais/Eixo%2004/Mirieli%20da%2 0Silva%20Fontoura.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2018. GOHN; ANSCHAU, C. et al. A Prática Pedagógica Em Espaços Não Escolares: Uma. Nova. Perspectiva. De. Atuação.. Disponível. em:. <http://eventos.seifai.edu.br/eventosfai_dados/artigos/semic2016/381.pdf> Acesso em: 20 nov. 2018.. MARANDINO, M., SELLES, S. E.; FERREIRA, M.F. Ensino de Biologia: histórias e práticas em diferentes espaços educativos. São Paulo: Cortez, 2009. MORAN, J.M. As mídias na educação. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/tecnologias_eduacacao/midias_ed uc.pdf Acesso em: 25 nov.2018 NICOLETTI, E. R.; VESTENA, R. F.; CARLAN, F. A. Trabalhando o ciclo de vida através de diferentes atividades práticas. CCNExt - Revista de Extensão, v. 3, p. 1143-1148, 2016. QUEVEDO, L. M. N. As mídias e suas tecnologias na educação do campo. Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2018. Disponível em: <https://repositorio.ufsm.br/handle/1/13495> Acesso em: 30 de nov 2018. TRINDADE, G. A.; VENDRAMINI, C. R. A Relação Trabalho e Educação na Pedagogia da Alternância. Revista Histedbr On-line. Campinas, n.44, p.32-46, dez. 2011. SCHLOTTFELDT, M. L. Oficinas Temáticas e o Ensino de Ciências da Natureza em uma Escola do Campo do Município de Santa Maria, Rio Grande Do Sul. Universidade Franciscana – UFN, Santa Maria, 2018..

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