Plano de Ensino
Processo nos tribunais
Da formação e estabilidade da jurisprudência.
Da ordem dos processos nos tribunais.
Incidente de assunção de competência.
Incidente de arguição de inconstitucionalidade.
Conflito de competência.
Homologação de decisão estrangeira.
Incidente de resolução de demandas repetitivas.
Reclamação
Da formação e estabilidade da jurisprudência
Objeção ao sistema de jurisprudência vinculante: só a lei pode obrigar a todos,
genérica e abstratamente (CF, art. 5º, II)
V
ALORIZAÇÃO DAJ
URISPRUDÊNCIA“os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la
estável, íntegra e coerente” (CPC, 926, caput)
A súmula identificará a ratio decidendi, que serviu de fundamento dos diversos casos - a tese nuclear que conduziu à conclusão do acolhimento ou rejeição da
pretensão deduzida em juízo, receberá o tratamento de fundamento da decisão
judicial.
Verificada a existência de
jurisprudência dominante, entre seus julgamentos, os tribunais “editarão enunciados de SÚMULA”
(CPC, 926, § 1º)
A jurisprudência – harmonizando os enunciados abstratos
da lei com os quadros fáticos – apresenta-se útil para o
aos enunciados de súmulas do STF e do STJ
(CPC, 927, IV) aos acórdãos em incidentes de
assunção de competência ou de resoluções de demandas repetitivas e
em julgamentosde recursos extraordinário e especial repetitivos
(CPC, 927, III)
Da formação e estabilidade da jurisprudência
às decisões do STF em matéria de controle concentrado de
constitucionalidade e de súmulas vinculantes (CPC, 927, I e II)
V
ERTICAL- que vincula todos os juízes ou tribunais inferioresH
ORIZONTAL- que decorre a sujeição do tribunal à sua própria jurisprudência, de modo que os órgãos fracionários fiquem comprometidos com a observância dosprecedentes estabelecidos pelo plenário ou órgão especial (CPC, 927, V)
A força que o CPC confere à jurisprudência, manifesta-se
em dois planos:
S
ÚMULA
C
OMUM
- assume força obrigatória (CPC, 927, V) e persuasiva, que
vincula todos os juízes ou tribunais inferiores
- sua autoridade é protegida pela via recursal
Da formação e estabilidade da jurisprudência
S
ÚMULA
V
INCULANTE
- assume força vinculativa que ultrapassa a esfera judicial
- tem efeito vinculante em relação aos
demais órgãosdo Poder Judiciário (administração pública direta e indireta,
federal, estadual e municipal)
- é protegida pela Reclamação (CPC, 988, IV) (CF, 103-A)
A diferença entre a súmula comum e a súmula vinculante reside em que a autoridade desta se protege por meio de Reclamação (CPC, 988, IV), em qualquer
tempo, enquanto aquela, não conta com uma tutela específica (CPC, 927, V)
S
ÚMULA
V
INCULANTE
: aquela aprovada por decisão de 2/3
dos membros do STF, em matéria constitucional
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Processo nos tribunais
Da formação e estabilidade da jurisprudência.
Da ordem dos processos nos tribunais.
Incidente de assunção de competência.
Incidente de arguição de inconstitucionalidade.
Conflito de competência.
Homologação de decisão estrangeira.
Incidente de resolução de demandas repetitivas.
Reclamação
Nota: os Tribunais de Justiça usam o termo Câmara, enquanto os Tribunais Federaisusam o termo Turma
Da ordem dos processos nos tribunais
O Regimento Interno, por sua vez, determina o sistema de processamento e julgamento dos feitos perante cada órgão
do tribunal A Lei de Organização Judiciária
fixa a competência do Pleno, das Câmaras/Turmase do Grupo de
Câmaras/Turmas
C
OMPOSIÇÃOComo regra é composto pelo
Pleno, Câmaras ou Turmas e
Grupo de Câmaras ou de Turmas
Tribunais são órgãos colegiados do segundo grau de jurisdição
que exercem sua competência em (i)
recursos
; (ii)
reexame
necessário
e (iii)
processos de competência originária
Ó
RGÃOC
OLETIVOO modo de julgar será a conjugação das opiniões dos
Da ordem dos processos nos tribunais
dar provimento ao recurso se a decisão for contrária a súmula do
STF, STJ ou do próprio tribunal e decisões em recursos repetitivosou
de assunção de competência
(CPC, 932, V) negar provimento a recurso que for
contrário a súmula do STF, STJ ou do próprio tribunal e decisões em recursos
repetitivosou de assunção de competência (CPC, 932, IV)
não conhecer de recurso
inadmissível, prejudicadoou que não tenha impugnado
especificamente os fundamentos da decisão (CPC, 932, III)
apreciar o pedido de tutela provisórianos recursos e nos
processos de competência originária (CPC, 932, II)
O Relator
Membro do colegiado, escolhido por distribuição, que
assume a
direção do feito
, inclusive à coleta das provas
decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, se instaurado
Da ordem dos processos nos tribunais
O relator sorteado para o primeiro recurso protocolado no tribunal torna-se
preventopara os subsequentes no mesmo processo ou em processo conexo
(CPC 930, par. único) Os autos serão enviados ao relator,
para a elaboração do relatório(30 dias) e do voto (CPC 931). A divulgação do
votodar-se-á após a leitura do relatório Registro e distribuição observando-se o critério da alternatividade, o sorteio eletrônicoe a publicidade (CPC 930, caput)
Da ordem dos processos nos tribunais
P
ROCLAMAÇÃOProferidos os votos, o presidente anuncia o resultado do julgamento,
encerrando a possibilidade de retratação dos demais juízes
(CPC, 941, § 1º)
O julgamento da causa no Tribunal
Após a lavratura o acórdão será
publicado no órgão oficial em 10 dias (CPC 943, § 2º), iniciando-se
Não sendo unânime o resultado da
apelação, o julgamento não se encerrará com a coleta dos votos de
três juízes.
A mesma técnica se aplica à ação rescisória, quando o resultado for
de rescisão da sentença e ao agravo de instrumento quando
reformar decisão parcial do mérito (CPC 942, § 3º, I e II)
Da ordem dos processos nos tribunais
O julgamento da apelação e do agravo de instrumento será realizado apenas por três juízes
(CPC, 941, § 2º)
Terá prosseguimento em nova sessão
(ou na mesma) para a qual serão convocados outros julgadores, em número suficiente para “garantir a possibilidade de inversão do resultado
inicial” (CPC, 942)
O julgamento
não unânime
da causa no Tribunal
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Processo nos tribunais
Da formação e estabilidade da jurisprudência.
Da ordem dos processos nos tribunais.
Incidente de assunção de competência.
Incidente de arguição de inconstitucionalidade.
Conflito de competência.
Homologação de decisão estrangeira.
Incidente de resolução de demandas repetitivas.
Reclamação
(c) o incidente ocorre sobre questão que não se repete ainda em múltiplos processos
P
RESSUPOSTOS
(CPC, 947):
(a) o processo deverá se encontrar em estágio de julgamento em cursoTem objetivo semelhante ao do
incidente de resolução de demandas repetitivas, ressaltando que a assunção
ocorre em caráter preventivo, quando ainda não se instalou a pluralidade de
entendimentos em decisórios de diferentes processos (CPC, 947, in fine)
Incidente de Assunção de Competência
(b) a divergência haverá de ser apenas entre órgãos do próprio
tribunal Trata-se de um deslocamento
interno de competência, para que o órgão colegiado especial, julgue o processo com força vinculativa a
todos osjuízes e órgãos fracionários a ele ligados
É o incidente destinado à
prevenir
a divergência entre os
órgãos internos do tribunal em torno de questões de
Negada a ocorrência, o processo retornará ao órgão fracionário
primitivo para julgamento
Incidente de Assunção de Competência
O relator que decidirá sobre o
cabimento e a conveniênciada assunção
Iniciativa: as partes; o
Ministério Público; a Defensoria Pública; o relator
(CPC, 947, § 1º)
O Procedimento do Incidente
Concorde o relator,encaminhar-se-á ao órgão maior, que decidirá sobrea
ocorrência ounão do interesse público na assunção de competência
proposta e, se reconhecida, julgará o recurso (CPC, 947, § 2º).
O acórdão proferido pelo órgão colegiado competente vinculará
todos os juízos e órgãos fracionários
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Processo nos tribunais
Da formação e estabilidade da jurisprudência.
Da ordem dos processos nos tribunais.
Incidente de assunção de competência.
Incidente de arguição de inconstitucionalidade.
Conflito de competência.
Homologação de decisão estrangeira.
Incidente de resolução de demandas repetitivas.
Reclamação
Incidente de Arguição de Inconstitucionalidade
Leis, Emenda à Constituição,
Constituições estaduais, decreto-lei, decreto legislativo, resolução, e
decreto ou outro ato normativo de órgão do poder público (CPC, 948)
Exceção: se anteriormente já houver pronunciamento do Pleno
do STF sobre a questão da inconstitucionalidade (CPC, 949, parágrafo único)
Tribunais de Justiça muito numerosos - as atribuições do Pleno podem ser exercidas por um
Órgão Especial
Importante: a parte arguir a inconstitucionalidade a qualquer
momento desde a inicial até a sustentação oral, na sessão de
julgamento
Por disposição da CF, a
inconstitucionalidade de lei ou ato
do poder público
pode ser declarada pelo
voto da maioria
Incidente de Arguição de Inconstitucionalidade
A arguição é feita perante o órgão encarregado do julgamento
(Turma ou Câmara)
Iniciativa: às partes, inclusive aos assistentes;Ministério Público; o
relator ou por outros juízes do tribunal atuantes na causa
A Arguição do Incidente
Ser for acolhida a arguição, a questão será submetida ao plenário do tribunal ou ao seu órgão especial
(CPC, 949, II), com a eventual oitiva do Ministério Público
“se a arguição for rejeitada, prosseguirá o julgamento” da
causa (CPC, art. 949, I)
A decisão é irrecorrível
É possível a manifestação do
amicus curiae, se o relator admitir
Incidente de Arguição de Inconstitucionalidade
É indispensável que haja votos
homogêneos pela inconstitucionalidade superior à metade do total dos membros
(CF, 97) O julgamento é puramente de
direito, em torno da questão controvertida(a arguição de
inconstitucionalidade)
Compete ao Tribunal Pleno, ou ao
Órgão Especial
, julgar a
questão prejudicial
de inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do
poder público
A decisão do Pleno ou do órgão equivalente, que acolhe a arguição
de inconstitucionalidade, é irrecorrível
(Súmula nº 513 do STF) O julgamento do incidente
figurará como “premissa inafastável” da solução que a
Turma ou Câmara que o acolheu
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Processo nos tribunais
Da formação e estabilidade da jurisprudência.
Da ordem dos processos nos tribunais.
Incidente de assunção de competência.
Incidente de arguição de inconstitucionalidade.
Conflito de competência.
Homologação de decisão estrangeira.
Incidente de resolução de demandas repetitivas.
Reclamação
Conflito de Competência
Conflito Negativo
Dois ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro
a competência (CPC, 66, II)
Conflito Positivo
Dois ou mais juízes se declaram competentes
(CPC, 66, I)
É o incidente previsto para a solução da divergência entre
juízos no tocante à competência
Importante:
Para o conflito positivo, não é necessário que haja decisão
expressa, pois basta que os diferentes juízes pratiquem atos
em causa idêntica
Conexão e Continência
Entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ouseparação de processos (CPC, 66, III)
Conflito de Competência
T
RIBUNAIS
F
EDERAIS
se a divergência for entre juízes a ele vinculados, ou entre tribunal e juízes a
ele vinculados
T
RIBUNAIS
E
STADUAIS
se a divergência for entre juízes a ele vinculados, ou entre tribunal ejuízes a ele vinculados
A competência para julgar o conflito é do
Tribunal
hierarquicamente superior
aos juízes conflitantes
STF
Se a divergência for entre o STJ e qualquer outro Tribunal, ou entre
Tribunais Superiores (TST, TSE e STM), ou ainda entre Tribunal Superior e qualquer outro Tribunal
(CF, 102, I, “o”)
STJ
Se a divergência for entre
tribunais, ou entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes
vinculados a tribunais diversos
Conflito de Competência
D
ISTRIBUIÇÃO
Ao Tribunal competente petição/ofício
(CPC, 953, I), instruído com os documentos necessários à prova do conflito para a designação do Relator
L
EGITIMAÇÃO
ao juiz; à parte; ao Ministério Público(CPC, 951)
Procedimento do conflito
Oitiva do juiz/dos juízes em conflito no prazo designado pelo
relator (CPC, 954 par. Ún.)
J
ULGAMENTO
O tribunal declarará qual o juízo competente, pronunciando-se também sobre a validade dos atos
do juízo incompetente (CPC, 957)
Oitiva do membro do MP no prazo de 5 dias
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Da formação e estabilidade da jurisprudência.
Da ordem dos processos nos tribunais.
Incidente de assunção de competência.
Incidente de arguição de inconstitucionalidade.
Conflito de competência.
Homologação de decisão estrangeira.
Incidente de resolução de demandas repetitivas.
Reclamação
Homologação de decisão estrangeira
S
EM
R
EVISÃO DE
M
ÉRITO
o Estado “não indaga da justiça ou injustiça da sentença estrangeira”R
EGULARIDADE
quanto à forma, à autenticidade, à competênciado órgão prolator
J
UÍZO DE
D
ELIBAÇÃO
a sentença estrangeira deve ser submetida a ele para que possagozar de eficácia no País
Para ter eficácia no Brasil a
decisão estrangeira
reclama
sua
homologação
em ação própria dirigida ao
STJ
S
UBSTÂNCIA DA
S
ENTENÇA
para apurar se, frente ao direito nacional, não houve ofensaà ordem pública e aosHomologação de decisão estrangeira
estar acompanhada de tradução oficial, salvo dispensa em
tratado
(CPC, 963, V)
não conter manifesta ofensa à ordem pública
(CPC, 963, VI)
não ofender a coisa julgada brasileira
(CPC, 963, IV)
ser eficazno país em que foi proferida
(CPC, 963, III)
ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia
(CPC, 963, II)
a haver sido proferida por juiz competente
(CPC, 963, I)
Os requisitos exigidos pelo CPC são, em sua essência, os
mesmos previstos no art. 15 da LINDB
C
ONTESTAÇÃO
/
I
MPUGNAÇÃO
a Corte Especial decidirá por decisão colegiada ou o Relator monocraticamente (precedente)
Homologação de decisão estrangeira
A
RQUIVAMENTO
Homologação liminarmente negada (ofensa à coisa julgada brasileira, à
ordem pública ou à competência exclusiva da justiça nacional)
S
EM
R
ESISTÊNCIA
o Presidente decidirá por decisão monocrática
C
ITAÇÃO E
A
NDAMENTO
Réu será citado para contestar em 15 dias (inexistência dos requisitos
legais), com réplica e tréplica (5 dias) e manifestação do Ministério
Público (10 dias)
R
EQUERIMENTO
Cópia da decisão estrangeira traduzida oficialmentee chancelada pela autoridade
consular brasileira
Procedimento da Homologação
H
OMOLOGAÇÃO
D
ISPENSADA
A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil,
dispensando a homologação pelo Superior Tribunal de Justiça
(CPC, art. 961, § 5º)
Homologação de decisão estrangeira
M
EDIDAS DE
U
RGÊNCIA
A execução de decisão estrangeira que concede medida de urgência, deve ser
feita por meio de carta rogatória (CPC, 962)
C
OMPETÊNCIA
O processamento da execução será da competência, em primeiro
grau de jurisdição, dos juízes federais (CF, 109, X), observado o
Juízo Federal competente (CPC, 965)
T
ÍTULO
E
XECUTIVO
Com o juízo de delibação cria-se um título executivo judicial
(CPC, art. 515, VIII)
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Processo nos tribunais
Da formação e estabilidade da jurisprudência.
Da ordem dos processos nos tribunais.
Incidente de assunção de competência.
Incidente de arguição de inconstitucionalidade.
Conflito de competência.
Homologação de decisão estrangeira.
Incidente de resolução de demandas repetitivas.
Reclamação
Ação rescisória.
Incidente de resolução de demandas repetitivas
O teor da decisão do Tribunal é [apenas] ponto de partida para que os juízos singularesdecidam
seus processos
(i) racionalizar o tratamento judicial das causas repetitivas
(CPC, 976; 980 a 984)
Seu objetivo é apenas estabelecer a tese de direitoa ser aplicada em
outros processos
(ii) formar precedente de
observância obrigatória(CPC, 985) Cumpre-se, por seu intermédio,
duplo objetivo:
É destinado a produzir
eficácia pacificadora de múltiplos
litígios
, mediante estabelecimento de tese aplicável a todas as
Incidente de resolução de demandas repetitivas
(ii) configurar-se “risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica” (i) ocorrer “efetiva
repetição de processosque contenham controvérsia
sobre a mesma questão unicamente de direito”
(iii) inexistir afetação da mesma questão em recursos
especial ou extraordinário repetitivos
R
EQUISITOS DOI
NCIDENTECPC (
ART. 976):
O acórdão pronunciado pelo tribunal no IRDR
não faz coisa
julgada material
, terá, porém,
força vinculativa
erga omnes,
fazendo com que a tese de direito
assentada seja
uniformemente aplicada a todo aquele que se envolver em
litígio similar ao retratado no caso padrão
(b) pelo relator, quando o processo, por força de recurso, estiver em andamento perante
o tribunal
Incidente de resolução de demandas repetitivas
(a) pelo juiz da causa, quando o processo ainda tramita no primeiro grau de jurisdição;
IMPORTANTE: uma vez instaurado o incidente, “a desistência ou o abandono do processo não impede o exame de mérito
do incidente” (CPC, 976, § 1º)
Instauração do Incidente
(c) pelas partes, em qualquer grau de jurisdição (podendo uma só delas
tomar a iniciativa)
(d) pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública
(b) aos casos futuros que versem
idêntica questão de direitoe que venham a tramitar no território de
competência do tribunal (CPC, 985, II)
(a) a todos os processosindividuais ou coletivos que versem sobre idêntica questão de direito e que tramitem na área do tribunal, inclusive àqueles que
tramitem nos juizados especiais” (CPC, 985, I)
Incidente de resolução de demandas repetitivas
O art. 985 do CPC determina, de forma imperativa, que a tese
jurídicaproclamada no julgado em foco “será aplicada”:
Força vinculante da decisão do incidente
R
ECLAMAÇÃOSerá o remédio enérgico para corrigir as decisões que se
insurjam contra a tese de direito assentada no incidente
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Conflito de competência.
Homologação de decisão estrangeira.
Incidente de resolução de demandas repetitivas.
Reclamação
Reclamação
À míngua de natureza
recursal é admitido o seu
manejo concomitante com o
remédio recursal
Doutrina e Jurisprudência é
negam à reclamação a
natureza de recurso
,
qualificando-a como
ação
Trata-se da mesma reclamação constitucional concebida
como instrumento de
defesa da competência e autoridade
Reclamação
(d) garantir a observância de
acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas
repetitivasou de incidente de assunção de competência(inciso IV)
Defende a autoridade das decisões de observância necessária,
emanadas de qualquer tribunal
(b) garantir a autoridade das decisões do tribunal (inciso II);
(c) garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e
de decisão do STF em controle concentrado de constitucionalidade
(inciso III)
Ou seja, em ação direta de inconstitucionalidade; ou em ação declaratória de constitucionalidade;
ou, em ação de descumprimento de preceito fundamental
(a) preservar a competência do tribunal (inciso I);
Reclamação
A “parte interessada” - pessoa prejudicada pela decisão que
usurpou a competência do Tribunal, ou desrespeitou sua
autoridade
Legitimidade Ativa
Quem praticou o ato impugnado por meio da reclamação, que, nos termos do art. 103-A, § 3º,
da CF, poderá ser:
Ministério Público, porque sempre estará em jogo questão
de ordem pública autoridade judicial (juiz ou tribunal)
Legitimidade Passiva
autoridade administrativaPlano de Ensino
Processo nos tribunais
Da formação e estabilidade da jurisprudência.
Da ordem dos processos nos tribunais.
Incidente de assunção de competência.
Incidente de arguição de inconstitucionalidade.
Conflito de competência.
Homologação de decisão estrangeira.
Incidente de resolução de demandas repetitivas.
Reclamação
Ação Rescisória
Corrupção passiva: "solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta
ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em
razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem“.
(art. 317 do Código Penal)
Prevaricação: “retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de
ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei para satisfazer interesse ou sentimento
pessoal”.
(art. 319 do Código Penal) Concussão: “exigir para si ou para
outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida”.
(art. 316 do Código Penal)
SE VERIFICAR QUE FOI
PROFERIDA
POR FORÇA DE
PREVARICAÇÃO
,
CONCUSSÃO
OU
CORRUPÇÃO
DO
JUIZ; (CPC, 966, I)
A
decisão
de mérito, transitada em julgado,
Ação Rescisória
FOR PROFERIDA POR JUIZ
IMPEDIDO
OU POR JUÍZO
ABSOLUTAMENTE INCOMPETENTE
;
(CPC, 966, II)
A
decisão
de mérito, transitada em julgado,
Simulação: é a mentira bilateral, que cria uma aparência diferente
da realidade para daí extrair algum benefício.
Ação Rescisória
Dolo: é o engano voluntariamente causado que tenha levado prejuízo à
parte contrária.
RESULTAR DE
DOLO
OU
COAÇÃO
DA PARTE VENCEDORA EM
DETRIMENTO DA PARTE VENCIDA OU, AINDA, DE
SIMULAÇÃO
OU
COLUSÃO
ENTRE AS PARTES, A FIM DE FRAUDAR A LEI;
(CPC, 966, III)
A
decisão
de mérito, transitada em julgado,
pode ser rescindida quando:
Colusão: é a fraude bilateral para obter uma decisão judicial da qual uma delas ou ambas objetivam um
proveito
Coação: é o fundado temor de mal injusto e grave incutido pela parte
sobre qualquer outro sujeito processual, capaz de influenciar na
Ação Rescisória
Importante: enquanto não se der a rescisão da sentença violadora para o restabelecimento da sentença anterior, violada, prevalecerá a que se
formou por último, tendo em vista que o trânsito em julgado permite sua execução ou
cumprimento
OFENDER A COISA JULGADA;
(CPC, 966, IV)
A
decisão
de mérito, transitada em julgado,
Jurisprudência: a Súmula 343 não se aplica: (i) em matéria constitucional;
(ii) se a controvérsia se instaurou posteriormente ao acórdão rescindendo; (iii) se a interpretação
era controvertida ao tempo da prolação da decisão rescindenda,
mas depois se tornou pacífica
Ação Rescisória
Importante: Súmula 343 STF "não cabe ação rescisória por ofensa à literal disposição de lei quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos
tribunais"
VIOLAR MANIFESTAMENTE
NORMA JURÍDICA;
(CPC, 966, V)
A
decisão
de mérito, transitada em julgado,
Ação Rescisória
Importante: a prova falsa deve ser indispensável para suportar a conclusão do julgamento, sendo
incabível a rescisória se houver outros elementos bastantes
FOR FUNDADA EM PROVA CUJA FALSIDADE TENHA SIDO
APURADA EM PROCESSO CRIMINAL OU VENHA A SER
DEMONSTRADA NA PRÓPRIA AÇÃO RESCISÓRIA;
(CPC, 966, VI)
A
decisão
de mérito, transitada em julgado,
Ação Rescisória
Importante: é necessário que o documento já existisse ao tempo do trânsito em julgado, e que
a impossibilidade de utilização decorra de circunstâncias alheias à vontade do autor da
rescisória
OBTIVER O AUTOR, POSTERIORMENTE AO TRÂNSITO EM
JULGADO, PROVA NOVA CUJA EXISTÊNCIA IGNORAVA OU
DE QUE NÃO PÔDE FAZER USO, CAPAZ, POR SI SÓ, DE LHE
ASSEGURAR PRONUNCIAMENTO FAVORÁVEL;
(CPC, 966, VII)
A
decisão
de mérito, transitada em julgado,
Há erro de fato quando a decisão rescindendaadmitir fato inexistente ou
quando considerar inexistente fato
efetivamente ocorrido, sendo indispensável, em ambos os casos, que o fato não
represente ponto controvertidosobre o qual o juiz deveria ter se pronunciado.
(CPC, 966, § 1º)
Ação Rescisória
OBTIVER FOR FUNDADA EM ERRO
DE FATO VERIFICÁVEL DO EXAME
DOS AUTOS;
(CPC, 966, VIII)
A
decisão
de mérito, transitada em julgado,
pode ser rescindida quando:
Importante: o erro, no caso relevante, é o que
passou desapercebido pelo juiz, o qual deu como
existente um fato inexistente ou vice-versa
III - o Ministério Público :
a) se não foi ouvido no processoem que lhe era obrigatória a intervenção;
b) quando a decisão rescindenda decorre de simulação ou de colusão
das partes;
c) em outros casos em que deva atuar; (CPC, 967, I)
O terceiro juridicamente interessado
(CPC, 967, II)
Ação Rescisória
Quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou
singular (CPC, 967, I)
Legitimidade
Aquele que não foi ouvido no processo em que lhe
era obrigatória a intervenção. (CPC, 966, IV)
Depósito inaplicável: Entes Públicos Ministério Público Defensoria Pública Beneficiário da Gratuidade (CPC, 968, § 1º) Depósito da importância de 5% sobre o valor da causa,
limitado a 1.000 SM, passível de conversão em multase inadmissível ou improcedente por unanimidade (CPC, 968, II, e § 2º)
Ação Rescisória
Conforme o art. 319 do CPC, devendo cumular ao pedido de rescisão o de novo julgamento,se for o caso (CPC, 968, I)
Procedimento – Petição Inicial
A petição inicial será
indeferidaquando não efetuado o depósito
O relator poderá delegar a produção da prova ao órgão que proferiu a decisão rescindenda, no prazo de 1 a 3
meses (CPC, 972)
A escolha de relator recairá, sempre que possível, em juiz
que não haja participado do julgamento rescindendo
(CPC, 971, par. ún.§ 1º)
Ação Rescisória
O relatorordenará a citação do réu para apresentar resposta (15 a 30 dias), observando no que couber, o procedimento comum, inclusive com
a possibilidade de concessão de tutela provisória
(CPC, 969 e 970)
Procedimento - Roteiro
Procedente o pedido, o tribunal
rescindirá a decisão, proferirá, se for o caso, novo julgamentoe
restituirá o depósito de 5% (CPC, 966, IV)
Concluída a instrução, razões finais, sucessivamente, pelo
prazo de 10 dias (CPC, 973)
Ação Rescisória
Se fundada em prova nova (CPC, 966, VII) o prazo será de 5 anos, contado da data da sua descoberta
(CPC, 975, § 2º)
Prazo Decadencial Atípico
Prorroga-se até o primeiro dia útil subsequente quando expirar em
data sem expediente forense (CPC, 975, § 1º)
Simulação ou colusão das partes:
o prazo começa a contar, a partir do momento em que se têm ciência do ato, para o terceiro
prejudicado e para o MP
(CPC, 975, § 3º) O direito à rescisão se extingue em
2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão
proferida (CPC, 975)
Ação Rescisória
Os atos de disposição de direitos (ex.: homologação de transação), praticados pelas partes ou por outros participantes do processo e
homologados pelo juízo, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei
(CPC, 968, § 4º)
A ação rescisória pode ter por objetoapenas um
capítulo da decisão (CPC, 966, § 3º) Princípio da primazia no
conhecimento do mérito (CPC, 139, IX) Na rescisória interposta perante juízo incompetente, o autor será intimado para emendar a petição inicial, a fim de adequar o objeto da ação rescisória
(CPC, 968, § 5º)