Inovação em TI
As 10 tecnologias que mudam a
experiência digital
Um pequeno grupo de recursos tecnológicos
está mudando o formato e a utilidade dos
produtos
existentes
nas
lojas. Alguns
são
antigos e só desabrocharam nos últimos anos.
Os sistemas de GPS e das telas sensíveis ao
toque,
por
exemplo.
Outros,
como
a
nanotecnologia, mal deixaram os laboratórios.
Todos se encaixam na definição de Carl Sagan
para as tecnologias de ponta: "funcionam
como mágica"
As 10 tecnologias que mudam a
experiência digital
1. Nova forma de lidar com as máquinas
TOUCH SCREEN
As primeiras telas sensíveis ao toque surgiram
nos anos 70. Mas só no meio do ano de 2007,
com o lançamento do iPhone, teve-se a exata
dimensão de seu enorme potencial.
O touch screen provocou uma revolução na
interface entre o homem e a máquina. Botões
tornaram-se obsoletos. No celular e no iPod
Touch, da Apple, uma foto pode ser ampliada num
movimento natural com as pontas dos dedos.
Um estudo da consultoria americana Strategy
Analytics prevê que quatro em cada dez telefones
móveis adotarão telas desse tipo nos próximos
quatro anos. A Microsoft, que já aplicou essa
tecnologia numa espécie de mesa, agora testa
seu uso em monitores de notebooks.
2. Aparelhos sensíveis ao movimento
ACELERÔMETRO
O acelerômetro é um sensor que identifica e mede
a vibração e o movimento de um objeto.
É
o
responsável,
por
exemplo,
pelo
funcionamento instantâneo do airbag do carro.
Também é o princípio de funcionamento do
console Wii, da Nintendo.
É a sensibilidade do acelerômetro a movimentos
que permite que o console do jogo seja usado
como uma raquete de tênis ou um taco de golfe.
Quem informa o iPhone para horizontalizar uma
imagem é o acelerômetro. Em alguns notebooks,
o acelerômetro desliga o disco rígido se perceber
que a máquina levou um tombo. Dessa forma,
previne danos aos arquivos.
3. Telas finas, finíssimas
OLED
Desenvolvido pela Kodak no início da década de 80,
organic light emitting diode (diodo orgânico emissor
de luz), ou Oled, permite produzir telas de televisores mais finas e leves que as de cristal líquido (LCD) ou Plasma.
Só agora chega às lojas o primeiro televisor com essa tecnologia. O aparelho, produzido pela Sony, tem uma tela de 11 polegadas e espessura de apenas 3 milímetros (foto). É só um pouquinho mais larga do que uma moeda de 1 real.
Os monitores de Oled usam materiais plásticos à base de moléculas de carbono que emitem luz quando estimulados por uma corrente elétrica. No LCD, a imagem é criada por uma luz de fundo, que ocupa maior espaço. A imagem Oled também é melhor.
4. Sem perder o rumo
GPS
O
global
positioning
system
(GPS)
foi
desenvolvido
no
fim
dos
anos
70
pelo
Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Desde 1980, tem uso civil. Mas só se popularizou
recentemente.
Além de painéis de carros, está equipando os
celulares. Neste ano foram vendidos 35 milhões
de
aparelhos
com
essa
tecnologia,
cujo
funcionamento exige uma enorme infra-estrutura.
Há 24 satélites (mais quatro sobressalentes) na
órbita da Terra dedicados ao sistema GPS.
Distribuem-se de tal maneira que cada pessoa
com um aparelho com GPS, em qualquer ponto
do globo, está sendo monitorada ao mesmo
tempo por, no mínimo, quatro satélites.
5. Revolução simples e silenciosa
USB
O universal serial bus (USB) é um padrão criado pela indústria para a conexão entre diferentes aparelhos eletrônicos, como o computador e um MP3.
Foi desenvolvido por um consórcio de empresas formado por Microsoft, HP, NEC, Intel e Agere. O USB simplificou o mundo dos eletrônicos de tal forma que, entre outros feitos, impulsionou a proliferação dos pen drives.
Esses mecanismos de armazenamento, por sua vez, revolucionaram o transporte de dados. Conectar-se via porta USB tornou-se característica de uma infinidade de aparelhos. Até TVs ganharam entradas USB. Em setembro, a Intel apresentou um protótipo, o USB 3.0, que usa fibra óptica e é dez vezes mais rápido que os atuais. A versão 3.0 deve chegar às lojas em dois anos.
6. Mais poder para os PCs
NANOTECNOLOGIA
A manipulação de átomos, numa escala minúscula – a do nanômetro, 80.000 vezes mais fino que um fio de cabelo –, tem sido empregada sobretudo na biologia, na química e na medicina. Logo estará em todas as áreas da pesquisa.
Na eletrônica já produz feitos notáveis: os chips menores e mais potentes. O processador Power 6 (foto), da IBM, que emprega recursos da nanotecnologia, bateu um recorde e conseguiu reunir 790 milhões de transistores num processador do tamanho de uma caixa de fósforos. O Prêmio Nobel de Física deste ano foi concedido a Albert Fert e Peter Grünberg, estudiosos da nanotecnologia aplicada à eletrônica. Graças à dupla, hoje se guarda em um MP3 o que dez anos atrás exigiria o espaço de um PC.
7. A nova vida dos celulares
3G
As redes de terceira geração (3G) para celulares
estão em processo de ampliação no Brasil. No
Japão e na Coréia, 3G já é o padrão da telefonia
móvel.
A tecnologia oferece conexões mais rápidas,
similares à banda larga, entre telefones e a
internet. Hoje, para baixar um arquivo de música
da web para o celular, gastam-se três minutos.
Com os sistemas 3G, esse tempo é de apenas
trinta segundos.
Essa
velocidade
permite
que
os
telefones
executem com maior eficiência funções hoje
aborrecidamente lentas: baixar um filme inteiro ou
fazer teleconferência.
8. Máquinas mais enxutas
MEMÓRIA FLASH
A memória flash é a tecnologia de armazenamento de dados empregada na maioria dos cartões de memória, pen drives, celulares e aparelhos de MP3.
Ela substitui os discos rígidos com grande vantagem: ocupa menor espaço, é de acesso mais rápido e menos sujeita a danos em caso de pancada. Graças a esse tipo de memória, os notebooks vão ficar ainda mais fininhos. O Portégé R500 (foto), da Toshiba, o laptop mais leve do mundo, com 780 gramas de peso, trocou o HD pela memória flash.
Uma das principais barreiras para a proliferação dessa tecnologia é o preço. Mas não por muito tempo. Pesquisa da consultoria americana Semico mostra que 1 gigabyte de memória flash custava 1.900 dólares há sete anos. Em 2009 custará apenas 9 dólares.
9. Fale com o computador
RECONHECIMENTO DE VOZ
A tecnologia de reconhecimento de voz está se tornando padrão nos celulares. O iPAQ (foto), da HP, smartphone lançado em agosto, reconhece vinte comandos de voz. Ainda é pouco, mas entender a fala contínua das pessoas é um desafio para as máquinas. Primeiro, é preciso converter as vibrações que a voz
produz no ar em um dado digital – em bits, a língua dos computadores. Depois, é necessário comparar essa informação com os fonemas existentes em um idioma.
O mais complicado é compreender o contexto em que os sons foram empregados. Variações de timbre e da velocidade com que as pessoas falam também dificultam o processo. Nesse campo, avança-se lentamente, mas os primeiros sinais de sucesso já estão nas prateleiras das lojas.
10. Conectividade total
RFID
Desenvolvidas durante a II Guerra, as etiquetas de
radio frequency identification device (RFID) são bastante usadas. São elas, por exemplo, que permitem a passagem automática de carros pelos pedágios.
É pouca coisa, se colocada na perspectiva de seu potencial de aplicação em uma infinidade de coisas. A Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, estuda formas de integrar o sistema RFID às redes de telefonia móvel. Dessa forma, qualquer produto – ou mesmo uma vitrine – poderá enviar mensagens automáticas para celular anunciando promoções. Os aeroportos de Las Vegas e de Hong Kong usam RFID para monitorar a circulação de malas. Em supermercados, a comunicação entre os produtos e o caixa permite o cálculo automático e antecipado da conta.