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Percepção dos egressos sobre o curso de Ciências Contábeis na Unijuí

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DACEC – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM CONTROLADORIA E GESTÃO TRIBUTÁRIA

MARIA HELENA GUIOTTO

PERCEPÇÃO DOS EGRESSOS SOBRE O CURSO DE

CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA UNIJUÍ

Ijuí (RS), 2014

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MARIA HELENA GUIOTTO

PERCEPÇÃO DOS EGRESSOS SOBRE O CURSO DE

CIÊNCIAS CONTÁBEIS NA UNIJUÍ

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pós-Graduação lato sensu em Controladoria e Gestão Tributária, Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômi-cas e da Comunicação (Dacec), da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), requisito parcial para obtenção do Grau de Especialista em Controladoria e Gestão Tributária.

Orientadora: Ms. Maria Margarete Baccin Brizolla

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Dedico este estudo à minha família, que sempre esteve presente em todos os momentos importantes da minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Ao meu esposo, Vanderlei Guiotto, e aos meus filhos, Gabriel e Lucas, pelo incentivo, compreensão e ajuda, essenciais para a conclusão deste trabalho.

Aos meus pais, Raul e Santina, pelo incentivo e investimento nesta especialização que contribui para a minha formação pessoal e profissional.

À professora coordenadora do curso de pós-graduação, Ms. Euselia P. Vieira, pelo apoio, transmissão de conhecimento e atenção dedicada.

À professora orientadora, Ms. Maria Margarete Baccin Brizolla, por sua atenção, contribuição e orientação no desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso de Pós-Graduação. Aos egressos do Curso de Ciências Contábeis, pelo retorno do instrumento de pesquisa.

À Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul – Unijuí, pela estrutura disponibilizada.

A Deus, pela inspiração, coragem, dedicação e fé para conclusão desta importante etapa de minha vida.

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“Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer”.

(Mahatma Gandhi)

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RESUMO

Tendo em vista as inúmeras mudanças econômicas, sociais, legislativas e tecnológicas, o profissional contábil precisa estar qualificado para competir e desenvolver habilidades que o mercado de trabalho exige, atendendo assim a demanda e as necessidades das empresas. Este trabalho objetivou diagnosticar a percepção do Curso de Ciências Contábeis da Unijuí na visão dos egressos do referido curso, no período compreendido entre 2009 a 2012. Para sua realização, a pesquisa abordou um breve estudo da contabilidade, a profissão contábil, o ensino de Ciências Contábeis e suas Diretrizes Curriculares, o ensino de Ciências Contábeis na Instituição Unijuí, o Projeto Pedagógico do Curso, Sistemas de Avaliação, o Exame de Suficiência e o Mercado de Trabalho para o Contador. O estudo realizado é de natureza aplicada, através de pesquisa descritiva, com procedimentos técnicos baseados na pesquisa bibliográfica e de levantamento, com abordagem quantitativa e qualitativa. Os dados foram obtidos através da aplicação de um questionário encaminhado aos egressos por e-mail, contendo 64 questões aos 186 egressos, obtendo-se um retorno de 20%. Após o retorno dos questionários, as respostas foram analisadas e tabeladas, onde foi possível evidenciar indicadores importantes, atendendo os objetivos específicos. Estudos neste sentido colaboram no atendimento das necessidades de atualização das instituições de ensino às novas mudanças que o mercado de trabalho impõe aos profissionais contábeis. O resultado da pesquisa mostrou as áreas de potencialidades ou fragilidades do Curso de Ciências Contábeis para os egressos do curso na Unijuí.

Palavras-chave: Egressos. Perfil. Desempenho. Qualidade. Potencialidades. Fragilidades.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Sexo dos egressos... 36

Tabela 2. Ano de conclusão do curso de Ciências Contábeis ... 37

Tabela 3. Realização do Exame de Suficiência... 37

Tabela 4. Registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC)... 38

Tabela 5. Conhecimentos adquirido no curso de Graduação na Unijuí... 38

Tabela 6. Formação de Graduação Adicional... 39

Tabela 7. Local da Graduação Adicional... 39

Tabela 8. Curso de Pós-Graduação concluído... 40

Tabela 9. Referente ao nível de Especialização... 40

Tabela 10. Egressos que estão cursando Pós-Graduação... 40

Tabela 11. Referente ao nível de Especialização... 41

Tabela 12. Motivos para os egressos fazer Pós-Graduação... 41

Tabela 13. Atuação profissional na área de formação... 42

Tabela 14. Em que tipo de organização os egressos atuam... 43

Tabela 15. Refere-se a cargos e funções na área de formação... 43

Tabela 16. Quanto ao grau de satisfação com a atividade profissional... 44

Tabela 17. Dificuldade em acompanhar as transformações e/ou inovações.. 44

Tabela 18. Dificuldade enfrentada na contratação e/ou execução da profissão... 45

Tabela 19. Dificuldades para atuar no mercado de trabalho... 45

Tabela 20. Fonte de renda... 46

Tabela 21. Outras fontes de renda... 46

Tabela 22. Faixa salarial mensal bruta... 47

Tabela 23. Participação em congressos científicos... 47

Tabela 24. Frequência de participação em congressos científicos... 48

Tabela 25. Leitura frequente de revista científica... 48

Tabela 26. Assinatura de periódicos científicos... 48

Tabela 27. Quanto a utilizar na estrutura da Unijuí... 49

Tabela 28. Algumas estruturas que os egressos utilizam na Unijuí... 49

Tabela 29. Desenvolvimento de conteúdos... 50

Tabela 30. Avaliações em diferentes momentos da formação... 50

Tabela 31. Quanto ao ensino com a pesquisa e extensão... 51

Tabela 32. Quanto à adequação dos procedimentos didáticos à pesquisa.... 51

Tabela 33. Resultados das avaliações e esclarecimento das dúvidas... 52

Tabela 34. Relação professor/aluno... 52

Tabela 35. Campos de estágios... 53

Tabela 36. Estratégia de supervisão... 53

Tabela 37. Aprendizado proporcionado... 53

Tabela 38. Quanto ao tempo e duração... 54

Tabela 39. Método de avaliação... 54

Tabela 40. Quanto ao conhecimento do conteúdo e clareza na sua exposição... 55

Tabela 41. Estímulo aos alunos em manter o interesse, participação e senso crítico... 55

Tabela 42. Quanto à pontualidade e assiduidade do corpo docente... 55

Tabela 43. Disponibilidade para esclarecer dúvidas... 56

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Tabela 45. Atividades acadêmicas complementares... 57

Tabela 46. Tempo de duração do curso... 57

Tabela 47. Áreas mais privilegiadas... 58

Tabela 48. Quais as áreas mais privilegiadas... 58

Tabela 49. Áreas menos privilegiadas... 59

Tabela 50. Quais áreas menos privilegiadas... 60

Tabela 51. Papel relevante das disciplinas do curso de Ciências Contábeis.. 61

Tabela 52. Quanto ao currículo, em relação à formação para atuar no ensino... 62

Tabela 53. Quanto a manter contato com a Unijuí... 63

Tabela 54. Quanto aos contatos com a Unijuí... 64

Tabela 55. Quanto à indicação do curso de Ciências Contábeis... 64

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LISTA DE SIGLAS

ABRASCA – Associação Brasileira de Companhias Abertas

APIMEC – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais

BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo CES – Câmara de Educação Superior CFC – Conselho Federal de Contabilidade CNE – Conselho Nacional de Educação CONSU – Conselho Universitário

CPC – Comitê de Procedimentos Contábeis CRC – Conselho Regional de Contabilidade DCS – Departamento de Ciências Sociais DEAd – Departamento de Administração DECon – Departamento de Contabilidade DePe – Departamento de Pedagogia FAL – Faculdade América Latina

FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras

IASB – International Accounting Standards Board

IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil IES – Instituições de Ensino Superior

IFRS – International Financial Reporting Standarts

LDB – Lei de Diretrizes e Bases PPC – Projeto Pedagógico de Curso

SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 11

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 13

1.1 ÁREA DO CONHECIMENTO CONTEMPLADA ... 13

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ... 14 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ... 15 1.4 OBJETIVOS ... 15 1.4.1 Objetivo geral ... 16 1.4.2 Objetivos específicos ... 16 1.5 JUSTIFICATIVA ... 16 2 REVISÃO LITERÁRIA ... 18 2.1 CONTABILIDADE ... 18 2.2 PROFISSÃO CONTÁBIL ... 19

2.3 O ENSINO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ... 20

2.3.1 Diretrizes curriculares... 22

2.3.2 O ensino de Ciências Contábeis na Unijuí ... 23

2.4 PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO (PPC) ... 24

2.5 SISTEMAS DE AVALIAÇÃO ... 27

2.5.1 Exame de Suficiência ... 29

2.6 O MERCADO DE TRABALHO PARA O CONTADOR ... 30

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS... 32

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 32

3.1.1 Quanto à natureza da pesquisa ... 32

3.1.2 Quanto aos objetivos da pesquisa ... 33

3.1.3 Quanto aos procedimentos técnicos ... 33

3.1.4 Tipologia quanto à abordagem do problema ... 34

3.2 DEFINIÇÃO DA POPULAÇÃO E AMOSTRA ... 34

3.3 COLETA DE DADOS ... 35

3.4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 35

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 36

4.1 INFORMAÇÕES PESSOAIS DO ALUNO EGRESSO ... 36

4.1.1 Sexo ... 36

4.2 INFORMAÇÕES ACADÊMICAS ... 37

4.2.1 Ano de conclusão do curso de Ciências Contábeis na Unijuí ... 37

4.2.2 Quanto à realização do Exame de Suficiência ... 37

4.2.3 Quanto ao registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC) ... 38

4.2.4 Sentimentos quantos aos conhecimentos adquiridos na graduação ... 38

4.2.5 Quanto à formação de graduação adicional ... 38

4.2.6 Formação de pós-graduação ... 39

4.2.7 Opção da pós-graduação ... 41

4.3 INFORMAÇÕES PROFISSIONAIS ... 41

4.3.1 Quanto à atuação profissional ... 42

4.4 DIFICULDADES EM ACOMPANHAR TRANSFORMAÇÕES E/OU INOVAÇÕES ... 44

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4.5 MERCADO DE TRABALHO ... 44

4.6 QUANTO À RENDA ... 46

4.7 FAIXA SALARIAL MENSAL BRUTA (EM SALÁRIOS MÍNIMOS) ... 46

4.8 PARTICIPAM DE CONGRESSOS CIENTÍFICOS ... 47

4.9 COM QUAL FREQUÊNCIA PARTICIPA DE CONGRESSOS CIENTÍFICOS ... 47

4.10 LEITURAS FREQUENTES A REVISTAS CIENTÍFICAS ... 48

4.11 ASSINATURAS PERIÓDICOS CIENTÍFICOS DA ÁREA ... 48

4.12 VÍNCULO COM A UNIJUÍ ... 49

4.13 INFORMAÇÕES SOBRE O CURSO REALIZADO ... 50

4.13.1 Quanto ao processo de ensino aprendizagem ... 50

4.13.2 Atividades práticas de campo/trabalho de conclusão de curso ... 52

4.13.3 Quanto ao corpo docente ... 54

4.13.4 Participação em atividade acadêmicas complementar durante o curso ... 56

4.13.5 Duração do curso ... 57

4.13.6 Privilégio de áreas no curso ... 57

4.13.7 Disciplinas ... 61

4.13.8 Currículo do seu curso em relação à atuação profissional e no ensino ... 62

4.13.9 Sugestões de melhoria na formação do profissional de sua área ... 62

4.14 INFORMAÇÕES ADICIONAIS ... 63

4.14.1 Contatos com a Unijuí ... 63

4.14.2 Você indica o curso de Ciências Contábeis da Unijuí ... 64

CONCLUSÃO ... 67

REFERÊNCIAS ... 69

(12)

INTRODUÇÃO

A atuação do profissional contábil vem evoluindo sob a forte influência das inúmeras mudanças econômicas, sociais, legislativas e tecnológicas. A competitividade entre as organizações exige profissionais cada vez mais qualificados. Sendo assim, o Contador, precisa desenvolver suas habilidades e competências para atender às necessidades do mercado de trabalho.

Os egressos dos cursos de graduação em Ciências Contábeis enfrentam, no seu cotidiano de trabalho, situações complexas que os levam a confrontar as competências desenvolvidas durante o curso com as requeridas na prática do exercício profissional. A partir disso, podem avaliar a adequação da estrutura pedagógica do curso que foi vivenciado, bem como sugerir mudanças que podem intervir nesse processo, de forma a favorecer o resultado de uma formação acadêmica capaz de responder às necessidades da profissão.

O estudo da percepção dos egressos sobre o Curso de Ciências Contábeis da Unijuí tem como finalidade verificar se o profissional contábil possui uma formação geral adequada nas diversas áreas da contabilidade, com capacidade de utilização de novas alternativas nos campos conceitual e prático da contabilidade e de implementação de sistemas de informações contábeis e gerenciais para proporcionar a tomada de decisões em diversas entidades, adotando uma visão ética e senso crítico em relação à necessidade de permanente atualização profissional.

No desenvolvimento deste trabalho destacam-se as seguintes etapas: inicialmente a introdução do trabalho, a área do conhecimento contemplada, a caracterização da organização, o tema a ser estudado e sua problematização, os objetivos gerais e específicos e a justificativa da realização do mesmo.

Em relação à revisão literária, o estudo apresenta, desde a conceituação da contabilidade, a profissão contábil, os cursos de Ciências Contábeis no Brasil, no Estado e na Unijuí, as diretrizes curriculares e suas infraestruturas, como: laboratório contábil, estágios e escritório modelo e a metodologia determinada e necessária para obter um trabalho completo e útil à entidade estudada.

Os procedimentos metodológicos utilizados no estudo são de natureza aplicada, através de pesquisa descritiva, com procedimentos técnicos baseados na pesquisa bibliográfica e de levantamento, com abordagem quantitativa e qualitativa.

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Para a coleta de dados foi enviado um questionário autoaplicado a 186 alunos egressos do curso de Ciências Contábeis da Unijuí.

Na sequência o estudo apresenta a análise dos resultados, onde foram tabuados e descritos os resultados dos questionários respondidos por uma população de 37 egressos e, por fim, a conclusão do estudo e as referências bibliográficas consultadas.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

1.1 ÁREA DO CONHECIMENTO CONTEMPLADA

As instituições de ensino precisam estar atentas para promover as adaptações necessárias em seu modelo de ensino tornando-se capazes de preparar os alunos para as novas exigências do mercado conhecendo o perfil do egresso.

Segundo Marion (2001), “a universidade (ou qualquer instituição de ensino superior) é o local adequado para a construção de conhecimento, para a formação da competência humana”. O ensino da contabilidade deve ter o objetivo de formar cidadãos participativos responsáveis e comprometidos, porém o simples fato de cursar uma universidade não garante que o profissional tenha adquirido as características necessárias durante sua formação.

Neste sentido Marion (2001, p. 11) comenta:

As instituições deveriam ser verdadeiras usinas geradoras de “desenvolvimento contábil”, de construção de conhecimento, de competência contábil e, por que não dizer, da excelência contábil. Em outras palavras, faltam pesquisas. É comum dizer que a pesquisa é a alma da universidade.

As mudanças surgem frente à necessidade de inovação do conhecimento, buscam-se alternativas para disponibilizar aos alunos, uma formação atualizada utilizando métodos modernos de aprendizagem. Para (SÖTHE et al., 2012, p. 53):

Conhecer os fatores que atraem e mantêm os estudantes no ensino superior tem sido um dos maiores desafios para as instituições de ensino superior. A necessidade da avaliação dos níveis de satisfação dos acadêmicos durante o curso e a compreensão dos fatores motivadores da desistência são fundamentais para a manutenção dos cursos e instituições de ensino superior.

Nesse sentido, o presente estudo tem a finalidade de elaborar uma análise descritiva da percepção do curso de graduação em Ciências Contábeis da Unijuí por egressos.

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1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A história da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio grande do Sul (Unijuí) inicia com a busca pela qualificação e habilitação legal para o trabalho pedagógico e a atuação no ensino secundário, com a mobilização da Ordem dos Frades Franciscanos (Capuchinos) do Rio Grande do Sul, e a comunidade de Ijuí e região, foi implantado o ensino superior. Desse movimento constitui-se, em 1956, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí (FAFI), sendo pioneira no ensino superior da região noroeste do estado.

Em 1969, o patrimônio da FAFI passa à Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Fidene), hoje mantenedora da Unijuí, do Museu Antropológico Diretor Pestana, do Centro de Educação Básica Francisco de Assis e Rádio Educativa Unijuí.

Em 1993, após a formalização do caráter regional e multicampi, transforma-se na Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS (Unijuí), ampliando posteriormente seu reconhecimento regional com os campi de Ijuí, Panambi, Santa Rosa e Três Passos, e por meio dos Núcleos Universitários de Tenente Portela, além das unidades de apoio e polos de atendimento da educação à distância.

Com mais de 50 anos de história, a Unijuí se consolida como uma universidade que oferece, aos seus mais de 10 mil alunos, uma educação atualizada e continuada com o objetivo de qualificar e preparar seus alunos para o mercado de trabalho, através de cursos de graduação presenciais e a distância, programas de Pós-graduação lato e stricto sensu, dentre os quais se destacam quatro programas de Mestrado, reconhecidos e recomendados pelo Ministério da Educação, e um programa de Doutorado implantado em 2010.

O Curso de Ciências Contábeis da Unijuí iniciou em 1975, o seu reconhecimento ocorreu em 21/09/79 através da Portaria Ministerial nº 929, de 14/09/79. Atualmente, o curso conta com 283 alunos e tem como objetivo preparar o profissional para trabalhar, gerenciar, programar, coordenar, analisar e controlar todo o processo de informações no mundo dos negócios, atuando nas entidades com a técnica e o conhecimento da sua profissão.

O Curso de Ciências Contábeis dispõe de laboratório de contabilidade informatizado, o qual permite aos alunos fazer o estágio obrigatório do curso, praticar registros contábeis e participar do banco de dados com currículos dos

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alunos, os quais, através de convênios com empresas, bancos, cooperativas, prefeituras, possibilitam a inserção no mercado de trabalho.

O bacharel em Ciências Contábeis pode atuar em diferentes áreas, para tanto, conta com um corpo docente de 11 professores especializados nas diferentes áreas que o curso oferece, como: contabilidade fiscal, societária, gerencial, de custos, bem como em auditorias internas e externas e na perícia contábil.

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

Atualmente as avaliações dos cursos têm sido bem rigorosas, visando o aprimoramento dos mesmos, um curso bem conceituado leva a uma procura maior dos alunos que pretendem se aperfeiçoar na sua área de conhecimento.

Os processos de mudança na legislação e exigências impostas às empresas estão exigindo um profissional de contabilidade mais ágil e atualizado. Na Unijuí não existe clareza se os egressosdo Curso de Ciências Contábeis estão se atualizando, perante as mudanças ocorridas no segmento contábil, destacando-se a importância do estudo deste tema na universidade e para o Curso de Ciências Contábeis, pois a universidade está preocupada em atender as exigências do mercado de trabalho e a demanda das empresas contratantes, diante das constantes alterações na legislação fiscal e contábil.

O comportamento dos egressos e seu monitoramento são fundamentais para que instituições como universidades e conselho de classe revisem e aperfeiçoe seus processos de educação continuada, considerando o atendimento ao cliente/aluno egresso como um dos aspectos principais de suas atividades. A identificação dos anseios, expectativas e necessidades precisa ser levada em consideração na construção da estratégia de formação humana, ética e profissional.

Diante do exposto, questiona-se: Qual a percepção dos egressos do Curso de Ciências Contábeis da Unijuí em relação ao referido curso?

1.4 OBJETIVOS

Segundo Marion, Dias e Traldi (2002, p. 36), “o objetivo da pesquisa é a situação que se deseja obter ao final do período de duração do projeto mediante a aplicação dos recursos e da realização das ações previstas”.

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Os objetivos deste estudo estão classificados em objetivo geral e específicos, conforme descritos a seguir:

1.4.1 Objetivo geral

Diagnosticar a percepção dos egressos do Curso de Ciências Contábeis da Unijuí em relação ao referido curso.

1.4.2 Objetivos específicos

̶ Fundamentar teoricamente o estudo referente à Contabilidade, à Profissão Contábil e ao Mercado de Trabalho, ao Ensino de Ciências Contábeis e suas Diretrizes Curriculares, ao Projeto Político-Pedagógico do Curso de Ciências Contábeis, aos Sistemas de Avaliação e ao Exame de Suficiência;

̶ diagnosticar a percepção dos egressos do Curso de Ciências Contábeis;

̶ identificar em que áreas os egressos estão trabalhando;

̶ verificar os pontos fortes e fracos de formação na visão dos egressos.

1.5 JUSTIFICATIVA

Justifica-se o estudo a respeito da percepção dos egressos do Curso de Ciências Contábeis da Unijuí, por ser uma ferramenta importante para subsidiar a atuação na educação e formação continuada na instituição Unijuí. A potencialidade de um profissional qualificado permite confiabilidade e credibilidade para atender a demanda das empresas no atual mercado de trabalho.

As Instituições de Ensino precisam estar atentas às mudanças e atualizações que estão acontecendo na contabilidade: novas legislações, tendências internacionais, mudanças das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCS), exame de suficiência, diretrizes curriculares, as exigências do mercado de trabalho por um profissional qualificado, capaz de atender a demanda da profissão.

Através do trabalho foi possível apontar melhorias no que tange a formação acadêmica do profissional, visando ofertar serviços com qualidade e eficiência, contribuindo para que a formação acadêmica no Curso de Ciências Contábeis da

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Unijuí possa trazer satisfação profissional, absorção no mercado de trabalho e melhoria no ensino.

O trabalho também é uma ótima oportunidade de aprofundar os conhecimentos da autora com relação ao conteúdo teórico abordado, e ainda propiciar este material aos colegas, professores, a Instituição Unijuí e a comunidade, servindo de fonte de pesquisa para a melhoria do Curso de Ciências Contábeis e os profissionais da área.

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2 REVISÃO LITERÁRIA

A revisão bibliográfica consiste na fundamentação teórica, construída por meio de consultas à bibliografia de vários autores relevantes sobre os assuntos que envolvem o contexto do estudo.

2.1 CONTABILIDADE

A contabilidade é um instrumento necessário e de grande importância para toda e qualquer empresa, independente do seu porte, segmento e de sua forma de tributação, tendo como objetivo fornecer informações econômicas e financeiras para usuários internos e externos como, por exemplo: Administradores, Diretores, Investidores, Fornecedores, Bancos, Governo, Sindicatos, Funcionários e todas as pessoas envolvidas com a empresa, principalmente na tomada de decisões.

Conforme Sá (1999, p. 42), “contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos, em relação á eficácia funcional das células sociais”. Enquanto que Basso (2011, p. 22) aborda a contabilidade sob o aspecto patrimonial, quantitativo e qualitativo:

Entendemos Contabilidade, como um conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e método de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar formações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico-financeira.

A cada ano a contabilidade vem evoluindo proporcionando aos seus usuários informações com mais precisão através dos sistemas de contabilidade, desenvolvidos para coletar dados, mensurando-os, registrando-os e sumariando-os em forma de relatórios, os quais contribuem os gestores na tomada de decisão. A escolha de padrões contábeis capazes de definir a forma mais adequada para o reconhecimento, mensuração e divulgação das informações econômico-financeiras ao usuário constitui um dos grandes desafios da comunidade contábil.

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Neste sentido, Marion (1990, p. 20) acrescenta: “A contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa”.

A harmonização das Normas Internacionais de Contabilidade vem ganhando importância no meio contábil, a demanda de informações em âmbito mundial, tanto qualitativa, quanto quantitativa está exigindo que os países apresentem Demonstrações Contábeis de fácil entendimento e evidenciação, motivo pelo qual a análise dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e da Estrutura Conceitual da Contabilidade se torna relevante, pois representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade.

2.2 PROFISSÃO CONTÁBIL

A profissão contábil e seus usuários, nos últimos anos, vêm buscando novas alternativas para enfrentar a globalização. E esta diferença deverá ser apresentada tanto no processo de formação como na continuação da educação do futuro profissional em todas as áreas de sua atuação, seja, econômica, financeira, tributária e social.

Para Franco (2000 apud SILVA, 2005, p. 2):

O Contador tornou-se um consultor profissional confiável, cujo aconselhamento é solicitado para uma ampla gama de assuntos. Para ser bem-sucedidos, precisam ser treinados de forma diferente. Além dos conhecimentos técnicos essenciais, o Contador da atualidade precisa desenvolver habilidades relativas à comunicação, às relações humanas e à administração, criando um balanceamento adequado entre a formação teórica e a experiência prática, baseado na educação inicial e na educação continuada.

A Regulamentação Contábil exerce importante papel na conduta técnica e profissional do Contador, entre as alterações, a mais relevante é a obrigatoriedade do profissional passar pelo Exame de Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), de acordo com a Lei 12.249/2010. Este exame trata-se de uma prova aplicada ao recém-formado, caso ele seja aprovado no exame, ele está apto a emitir sua carteira do Conselho Regional de Contabilidade e obter a permissão para exercer a atividade profissional.

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No conceito de Sobrinho e Cruz (2011, p. 4):

O Exame de Suficiência é uma prova de qualificação destinada a avaliar os conhecimentos técnicos dos Contabilistas que pretendam exercer a profissão, visto que se constitui em um requisito obrigatório para a obtenção ou restabelecimento de registro profissional em CRC. É uma prova de equalização destinada a comprovar a posse de conhecimentos médios, consoante os conteúdos programáticos desenvolvidos no Bacharelado em ciências contábeis e no curso técnico em contabilidade, e constitui condição para o registro profissional.

A Lei de Convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade para os padrões internacionais, Lei 11.638/2007, que passou a vigorar a partir de 01.01.2008, reformulando parte da Lei 6.404/7 (Lei das S/A), está acelerando o processo de mudanças na qualificação dos profissionais que atuam nesta área, o perfil profissional dos contadores tornou-se assunto de muita discussão e curiosidade nas instituições de ensino, pois a busca do desenvolvimento da profissão no atendimento às exigências do mercado de trabalho é de grande relevância tornando o conhecimento, o Capital Intelectual, as grandes decisões importantes e fundamentais no segmento empresarial brasileiro e mundial.

O Conselho Federal de Contabilidadediz que:

As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) constituem-se num conjunto de regras e procedimentos de conduta que devem ser observados como requisitos para o exercício da profissão contábil, bem como os conceitos doutrinários, princípios, estrutura técnica e procedimentos a serem aplicados na realização dos trabalhos previstos nas normas aprovadas por resolução emitidas pelo CFC. (Introdução as Normas Brasileiras de Contabilidade).

Diante deste novo perfil, os contadores podem compreender melhor os aspectos sistêmicos que envolvem a gestão organizacional, a gestão de negócios, o que certamente vai possibilitar a eles o desenvolvimento de habilidades necessárias para melhor compreender e contribuir na busca da eficácia e continuidade das organizações.

2.3 O ENSINO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

A partir da perspectiva global profissional o Curso de Ciências Contábeis reforça a importância de desenvolvimento contínuo da educação, em razão das acentuadas transformações na profissão, com efeito sobre requisitos de conhecimento, habilidades e atitudes do Contador nas diversas áreas da contabilidade.

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O artigo terceiro da Resolução CNE nº 10/2004 estabelece que o curso graduação em Ciências Contábeis deve ensejar condições para que o futuro contabilista seja capacitado a:

I – compreender as questões científicas, técnicas, sociais, econômicas e financeiras, em âmbito nacional e internacional e nos diferentes modelos de organização;

II – apresentar pleno domínio das responsabilidades funcionais envolvendo apurações, auditorias, perícias, arbitragens, noções de atividades atuariais e de quantificações de informações econômicas, financeiras, patrimoniais e governamentais, com a plena utilização de inovações tecnológicas;

III – revelar capacidade crítico-analítica de avaliação quanto às implicações organizacionais com o advento da tecnologia da informação. (UNIJUÍ, PPC, 2010).

A Lei de Diretrizes e Bases (LDB), nº 9.394/1996, estabelece como um dos objetivos da educação superior à inserção profissional dos graduados, conforme destaca o art. 43, inciso II:

II – formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;

Logo após a criação da LDB, iniciou-se um conjunto de mudanças na educação superior brasileira, os números de instituições de ensino aumentaram significativamente e, por consequência, o número de graduação e pós-graduação, porém o art. 52 da LDB determina:

Art. 52. As instituições de educação superior credenciadas como universidades, ao deliberar sobre critérios e normas de seleção e admissão de estudantes, levarão em conta os efeitos desses critérios sobre a orientação do ensino médio, articulando-se com os órgãos normativos dos sistemas de ensino.

Na elaboração da matriz curricular do Curso de Ciências, a Resolução do Conselho Nacional de Educação CNE/CES nº 10/2004 define as Diretrizes Curriculares a serem observadas pelas Instituições de Ensino Superior (IES) na elaboração da matriz curricular do Curso de Ciências Contábeis. A Resolução trata do perfil desejado do formado, das competências e habilidades desejadas, e dos conteúdos curriculares, de forma a atender às necessidades e demandas dos alunos, do mercado e da sociedade.

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I - conteúdos de Formação Básica: estudos relacionados com outras áreas do conhecimento, sobretudo Administração, Economia, Direito, Métodos Quantitativos, Matemática e Estatística;

II - conteúdos de Formação Profissional: estudos específicos atinentes às Teorias da Contabilidade, incluindo as noções das atividades atuariais e de quantificações de informações financeiras, patrimoniais, governamentais e não governamentais, de auditorias, perícias, arbitragens e controladoria, com suas aplicações peculiares ao setor público e privado;

III - conteúdos de Formação Teórico-Prática: Estágio Curricular Supervisionado, Atividades Complementares, Estudos Independentes, Conteúdos Optativos, Prática em Laboratório de Informática utilizando softwares atualizados para Contabilidade.

2.3.1 Diretrizes curriculares

A Unijuí, como instituição de ensino superior, está preocupada com a necessidade de avaliar o ensino da contabilidade com o mercado de trabalho, pois o ensino é a ponte entre a sociedade e o profissional.

A Resolução nº 10, de 16 de dezembro de 2004 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação instituem as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Ciências Contábeis, bacharelado, conforme o art.1º: “A presente Resolução institui diretrizes Curriculares nacionais para o Curso de graduação em Ciências Contábeis, bacharelado, a serem observadas pelas Instituições de Educação Superior”.

Para o desenvolvimento gradativo da capacidade profissional, a instituição busca a educação continuada, através de cursos de pós-graduação, mestrado. O parecer CNE/CES nº 67/2003 do Conselho Nacional da Educação e Câmara de Educação Superior define as diretrizes curriculares nacionais de todos os cursos, incluindo Administração e Ciências Contábeis, de acordo com os seguintes objetivos:

Quanto aos paradigmas das Diretrizes Curriculares Nacionais, cumpre, de logo, destacar que eles objetivam servir de referência para as instituições na organização de seus programas de formação, permitindo flexibilidade e priorização de áreas de conhecimento na construção dos currículos plenos. Ademais, devem também induzir à criação de diferentes formações e habilitações para cada área do conhecimento, possibilitando ainda definir múltiplos perfis profissionais, garantindo uma maior diversidade de carreiras, promovendo a integração do ensino de graduação com a pós-graduação, privilegiando, no perfil de seus formandos, as competências intelectuais que reflitam a heterogeneidade das demandas sociais. (CNE/CES, 2003, p. 4).

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No caminho da continuidade, o Curso de Ciências Contábeis através da Resolução nº 10, de 16 de dezembro de 2004, no seu art. 2º, exige a organização curricular da instituição através do Projeto Pedagógico e define alguns aspectos:

Art. 2º. As Instituições de Educação Superior deverão estabelecer a organização curricular para cursos de Ciências Contábeis por meio de Projeto Pedagógico, com descrição dos seguintes aspectos:

I – perfil profissional esperado para o formando, em termos de competências e habilidades;

II – componentes curriculares integrantes;

III – sistemas de avaliação do estudante e do curso; IV – estágio curricular supervisionado;

V – atividades complementares;

VI – monografia, projeto de iniciação científica ou projeto de atividade – com Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – como componente opcional da instituição;

VII – regime acadêmico de oferta;

VIII – outros aspectos que tornem consistente o referido Projeto.

As diretrizes curriculares, de modo geral, determinam como elaborar o Projeto Pedagógico do Curso, para que o mesmo atenda as necessidades do aluno em conformidade com a legislação.

2.3.2 O Ensino de Ciências Contábeis na Unijuí

O Curso de Ciências Contábeis na Unijuí teve seu início no ano de 1975. A autorização para funcionamento do curso aconteceu através do Decreto nº 76.482 de 21/10/75, sendo que a primeira turma prestou vestibular no segundo semestre daquele mesmo ano e seu reconhecimento ocorreu em 21/09/79, pela Portaria Ministerial nº 929 de 14/09/79 sendo ministrado no regime regular noturno. Atualmente, o curso oferece habilitações em Bacharelado em Ciências Contábeis, com carga horária de 3.000 horas/aulas, com disponibilidade de 55 vagas, no turno da noite com duração de 8 semestres ou 4 anos.

A equipe de professores do Curso de Ciências Contábeis conta com 11 profissionais, ainda fazem parte desta equipe, o Técnico do Laboratório de Contabilidade, alunos do Curso que fazem trabalhos voluntários no Laboratório de Contabilidade e alunos bolsistas Pibex. Algumas atividades desenvolvidas atendem solicitações de Entidades assistidas pela Incubadora de Economia Solidária, como ações do projeto de Extensão e Pesquisa desenvolvido conjuntamente entre DECon, DEAd, DePe e DCS.

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Conforme descrito no Projeto Pedagógico do Curso (PPC), versão 2010/1, os objetivos gerais da instituição de ensino Unijuí é:

Formar o bacharel em Ciências Contábeis com profundos conhecimentos da ciência, das técnicas e das práticas contábeis, capacitado a atuar técnica e eticamente responsável no gerenciamento e controle de empreendimentos e no processo de geração, análise e comunicação de informações contábeis gerenciais.

O PPC do Curso de Ciências Contábeis segue as Diretrizes Curriculares Nacionais aprovadas pela Resolução nº 10 de 16 de dezembro de 2004 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação e também atende as regulamentações internas da UNIJUÍ, constituindo-se em um curso flexível e atento às realidades regionais.

2.4 PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO (PPC)

O Projeto Pedagógico do Curso de Ciências Contábeis da Unijuí foi aprovado pelo Parecer CONSU nº 19/2009 em 12 de novembro de 2009.

O PPC foi revisado e está em vigor na versão 2010/1, o conteúdo do curso de graduação visa à formação de um Contador apto ao exercício profissional, pois dá direcionamento ao processo de ensino e de aprendizagem, definindo o perfil profissiográfico do aluno. Os conteúdos de cada um dos componentes curriculares contribuem para determinar os qualificativos do egresso, ou seja, do futuro profissional.

Os indicadores do perfil profissiográfico do Bacharel em Ciências Contábeis, são definidos através de consulta à legislação; normas profissionais; reuniões, estudos, discussões realizadas entre professores, alunos, profissionais, egressos do curso, empresários; experiências de outros cursos e ainda da análise de trabalhos e publicações em revistas especializadas no assunto.

A alteração da Lei das Sociedades Anônimas e a harmonização das Normas Internacionais de Contabilidade com as Normas Nacionais e também com o intuito de aperfeiçoar o currículo que está em vigência fez-se necessário uma revisão curricular, tanto nos conteúdos ministrados como em alguns componentes. O curso de Ciências Contábeis modalidade presencial dispõe atualmente de 48 disciplinas e

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ainda 60 horas de atividades complementares, enquanto que na modalidade semipresencial e a distância são ofertadas seis disciplinas.

O PPC de 2010/1 prevê os componentes de estágio: Estágio em Contabilidade I e Estágio em Contabilidade II. O regulamento do estágio aprovado em reunião do Colegiado do Curso de Ciências Contábeis em 29 de junho de 2009, objetiva normatizar os componentes curriculares. Conforme descrito no PPC, estágio significa:

Considera-se estágio as atividades de interação com o campo de atuação profissional constituindo-se em espaços essenciais no processo de formação profissional a fim de explicar o saber e o fazer, contribuindo para desenvolvimento de conhecimentos e de habilidades de forma associativa.

E ainda seus objetivos:

Propiciar ao estagiário o estabelecimento da relação entre os conhecimentos teóricos e práticos vivenciados nos diferentes espaços de sua formação, de forma que os seus conhecimentos e habilidades aconteçam articulados com o processo de formação.

Possibilitar aos estagiários momentos de análise crítica das atividades realizadas nos campos de estágio, de modo a despertar o interesse pela pesquisa no âmbito da ciência contábil e pela sua atuação.

Propiciar experiências pré-profissionais, que permitam um crescimento amplo e gradativo, formando, assim, um profissional seguro e capaz de realizar diversas atividades nos mais diferentes níveis de complexidade, envolvidas na prática profissional.

Na sequência, fazem parte do processo de estágio as seguintes etapas: frequência e avaliação do aluno, responsabilidade dos docentes e acadêmicos envolvidos no estágio, sobre as atividades de ensino desenvolvidas.

O Curso de Ciências Contábeis conta ainda com as atividades complementares, as quais foram aprovadas em reunião do Colegiado do Curso em 29 de Julho de 2009, e visa atender às exigências da Resolução nº 10 de 16 de dezembro de 2004 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, sendo implantado no 1º semestre de 2010, no currículo acadêmico.

As atividades complementares são compostas de no mínimo de 60 horas obrigatórias, onde o aluno, de preferência, poderá cumprir proporcionalmente durante os quatro anos regularmente previstos para a conclusão do curso.

Conforme descrito no PPC, no art. 3º: “Consideram-se atividades complementares para os efeitos previstos neste regimento”:

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I – Atividades de Ensino: Trabalhos voluntários, estágios extracurriculares remunerados, monitoria, participação como ouvinte em bancas de apresentação de trabalhos de conclusão de curso e Componente(s) Curricular(es) cursado(s) em outros cursos da UNIJUÍ ou de outras instituições de ensino superior, anteriormente ao ingresso no curso de Ciências Contábeis da UNIJUÍ.

II – Atividades de Pesquisa e Extensão: apresentações, publicações, bolsista de iniciação científica ou extensão, participação em eventos, participação em comissão de promoção de eventos, simpósios, promovidos pelo colegiado de coordenação e/ou estudantes do curso e estudos de empresas e viagens de estudos.

O aluno tem a possibilidade de escolher quais atividades complementares serão desenvolvidas, dentre as oferecidas pelo curso, desde que a atividade esteja descrita no regimento. A Avaliação destas atividades será realizada pelo colegiado de coordenação do curso de graduação em ciências contábeis, e dar-se-á segundo o art.7ºdo regulamento das atividades complementares do PPC:

Art. 7º. Semestralmente a secretaria da coordenação do curso de graduação em ciências contábeis receberá dos alunos os documentos comprobatórios das atividades complementares desenvolvidas e os enviará à secretaria acadêmica no semestre da formatura para arquivamento. Na hipótese do aluno pretender formar-se no final do semestre deverá entregar os comprovantes das atividades complementares até o final das aulas.

Com a participação de professores da área contábil e de um contador o Curso de Ciências Contábeis da Unijuí conta com Laboratórios de Contabilidade, os quais foram implantados em 2001, tendo como objetivo principal institucionalizar a interação teórico/prática. As atividades propostas estão relacionadas com o acompanhamento técnico contábil de Entidades sem fins lucrativos, com a participação dos professores envolvidos no projeto, são oportunizadas oficinas de treinamentos de atividades de controle e organização de documentos. Os laboratórios estão localizados nas salas oito e nove do prédio L. Este laboratório atende os projetos de extensão do curso, possui quatro computadores, onde os alunos podem utilizá-lo na parte da tarde de segunda-feira à sexta-feira para pesquisas e à noite os acadêmicos podem desenvolver atividades complementares como trabalhar voluntariamente junto ao escritório modelo e o outro Laboratório está localizado na sala sete do prédio K, que no período noturno atende exclusivamente as atividades de ensino do curso, como por exemplo: aulas prevista no currículo acadêmico: Laboratório Contábil I e II.

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O trabalho realizado no escritório modelo vem atender entidades sem fins lucrativos e conveniadas entre Fidene/Unijuí e entidades assistidas, associações, CPMs, diretórios acadêmicos, templos religiosos. Os acadêmicos que estão cursando Ciências Contábeis e não trabalham na área, tem a oportunidade de conhecer os procedimentos contábeis, software, documentos, rotinas dos escritórios de contabilidade, estruturação contábil.

O trabalho voluntário dos alunos no laboratório contábil vem contribuir, no sentido de obter experiência e conhecimento das rotinas de um escritório contábil e consequentemente o mercado de trabalho absorve estas pessoas que se prontificam a estudar além do que é exigido pelo curso.

2.5 SISTEMAS DE AVALIAÇÃO

O Sistema de Avaliação dos cursos da educação superior é um instrumento que permite obter informações de caráter qualitativo e quantitativo. Significa avaliar uma ação ou atribuir valor a alguma coisa através de questionamentos, críticas, métodos de investigação, pensamentos divergentes, neste sentido, o (SINAES, 2006, p. 10) define avaliação:

A avaliação da formação acadêmica e profissional é entendida como uma atividade estruturada que permite a apreensão da qualidade do curso no contexto da realidade institucional, no sentido de formar cidadãos conscientes e profissionais responsáveis e capazes de realizar transformações sociais.

O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) foi instituído pela Lei 10.861 de 14 de abril de 2004. O art. 4º da referida Lei define que a “avaliação dos cursos de graduação tem por objetivo identificar as condições de ensino oferecidas aos estudantes, em especial as relativas ao perfil do corpo docente, às instalações físicas e à organização didático-pedagógica”. A exigência de qualidade dos cursos depende de muitos aspectos: do quadro docente, dos projetos pedagógicos, do corpo técnico-administrativo, da infraestrutura física e logística, do ambiente educacional e principalmente a preocupação constante da instituição em melhorar o desempenho dos cursos. A interação da instituição de ensino com os acadêmicos e egressos é muito importante, pois é através deste contato que se obtém informações sobre a percepção e satisfação do formando com o Curso de Ciências Contábeis.

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O Curso de Ciências Contábeis dispõe de seu projeto pedagógico, o PPC, as especificidades da área de atuação, assim como as referências das ações e decisões do curso na área do conhecimento. A partir da elaboração do PPC, são definidos os currículos, tendo como orientação básica as Diretrizes Curriculares Nacionais, para a Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (2006 p. 11) os currículos são instituídos “como um conjunto de elementos que integram os processos de ensinar e de aprender num determinado tempo e contexto, garantindo a identidade do curso e o respeito à diversidade”.

Para entender melhor a avaliação do curso de Educação Superior, segue abaixo um esquema que representa a matriz orientadora do processo e suas categorias no instrumento de avaliação de cursos de graduação:

Figura 1 – Instrumento de avaliação de curso de graduação

Fonte: Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação (SINAES, 2006, p. 13).

CONCEITO FINAL

Categoria 1

Organização didático-pedagógica

Categoria 2

Corpo docente, corpo discente e corpo técnico-administrativo. Categoria 3 Instalações Físicas Grupos de indicadores: 1. Administração Acadêmica: coordenação e colegiado do curso. 2. Projeto Pedagógico do Curso: concepção, currículo e avalição. 3. Atividades Acadêmicas Articuladas à Formação: prática profissional e/ou estágio, TCC e atividades

complementares. 4. Enade

Grupo de indicadores:

1. Corpo Docente: perfil docente e atuação nas atividades acadêmicas. 2. Corpo Discente: atenção aos discentes. 3. Corpo Técnico-Administrativo: atuação no âmbito do curso. Grupo de indicadores: 1. Biblioteca 2. Instalações especiais e laboratórios específicos: cenários/ambiente/ laboratórios para: a formação geral e básica; a formação profissionalizante/ específica; a prática profissional e prestação de serviços à comunidade.

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Apesar das avaliações dos cursos serem realizadas a partir de uma matriz orientadora, é importante salientar que os critérios adotados podem ser flexíveis, pois cada instituição tem sua identidade e diversidade institucional, exigindo dos avaliadores uma análise equilibrada, sensata, voltada para o reconhecimento da instituição no âmbito educacional.

2.5.1 Exame de Suficiência

A obrigatoriedade do Exame de Suficiência foi instituída pela Lei Complementar nº 12.249 de 11 de junho de 2010 que altera o Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, o qual regulamenta a profissão contábil em nosso país. Em conformidade com a Lei Complementar, ficam obrigados a fazer o exame de suficiência os graduados como Bacharelado em Ciências Contábeis. O art. 12 da referida Lei determina:

Art. 12. Os profissionais a que se refere este Decreto-Lei somente poderão exercer a profissão após a regular conclusão do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, reconhecido pelo Ministério da Educação, aprovação em Exame de Suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade a que estiverem sujeitos.

Para os profissionais contábeis foi uma grande conquista, pois a partir da promulgação da lei Complementar, somente profissionais aprovados no Exame de Suficiência poderão obter o registro profissional e então exercer a profissão contábil. Tais modificações visam modernizar a profissão contábil e adequá-la ao mercado de trabalho, que está cada vez mais exigente. Em 28 de setembro de 2010 foi publicada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) a Resolução CFC 1.301/2010 que posteriormente foi substituída pela Resolução CFC 1.373/2011, a qual, em seu texto regulamenta: “o Exame de Suficiência como requisito para obtenção ou restabelecimento de Registro Profissional em Conselho Regional de Contabilidade (CRC)”.

A Resolução CFC 1.373/2011 estabelece os conteúdos das provas que serão aplicadas aos Técnicos em Contabilidade e diferentemente para os Bacharéis em Ciências Contábeis, conforme descrito abaixo:

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O Exame de Suficiência será composto de uma prova para os Técnicos em Contabilidade e uma para os Bacharéis em Ciências Contábeis, obedecidas às seguintes condições e áreas de conhecimentos:

I - Técnicos em Contabilidade: a) Contabilidade Geral; b) Contabilidade de Custos; c) Noções de Direito; d) Matemática Financeira;

e) Legislação e Ética Profissional;

f) Princípios de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade; g) Língua Portuguesa.

II – Bacharel em Ciências Contábeis: a) Contabilidade Geral;

b) Contabilidade de Custos;

c) Contabilidade Aplicada ao Setor Público; d) Contabilidade Gerencial;

e) Controladoria;

f) Teoria da Contabilidade; g) Legislação e Ética Profissional;

h) Princípios de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade; i) Auditoria Contábil;

j) Perícia Contábil; k) Noções de Direito;

l) Matemática Financeira e Estatística; m) Língua Portuguesa.

As provas devem ser elaboradas com questões objetivas, múltipla escolha, podendo-se a critério do CFC, incluir questões para respostas dissertativas. Os conteúdos programáticos das respectivas áreas serão sempre publicados em edital pelo Conselho Federal de Contabilidade.

O Exame de Suficiência visa avaliar os conhecimentos técnicos dos contabilistas, com o objetivo de lançar no mercado de trabalho profissionais capacitados em atender a demanda de serviços e oportunidades que surgem, tanto no mercado nacional, quanto internacional, principalmente após as mudanças que estão ocorrendo em todo o contexto contábil.

2.6 O MERCADO DE TRABALHO PARA O CONTADOR

A preocupação com as demandas do mercado de trabalho na área contábil, no cenário brasileiro, justifica-se pelas constantes alterações no ambiente de negócios do país, considerando, ainda, sua atual posição econômica no contexto mundial. Dentre essas alterações, destaca-se, no âmbito acadêmico e corporativo, o processo de convergência aos padrões internacionais de Contabilidade, apoiado nas Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09, além dos Pronunciamentos Técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), a partir de 2008.

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No Brasil, o Conselho Federal de Contabilidade criou, em 2005, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), a partir da Resolução 1.055/05. O Comitê surgiu a partir da união de esforços e comunhão de objetivos das seguintes entidades: Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA), Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (APIMEC), Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI) e Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON).

O objetivo do CPC é o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais.

No entanto, apesar do CPC ter sido criado em 2005, o início efetivo do processo de convergência no Brasil ao padrão contábil internacional só veio eclodir a partir de 2008, para as sociedades abertas e demais empresas de grande porte, conforme determinado pela Lei nº 11.638/07. Esta última surgiu da revogação dos dispositivos da Lei 6.404/76 e Lei 6.385/76 vigentes até então, trazendo a partir de sua promulgação uma convergência com os padrões das International Financial Reporting Standarts (IFRS), normas as quais são emitidas pelo IASB. (OLIVEIRA et al., 2012, p. 4). O processo de convergência vem influenciar os usuários da contabilidade, e também toda a sociedade, pois está exigindo maior transparência e credibilidade das informações divulgadas pelas entidades. Investidores de qualquer parte do mundo podem ter acesso às informações de empresas locais optando pela melhor alternativa, portanto, os profissionais da área contábil estão sendo observados e tratados com profissionais de grande importância nas empresas.

Para Dagostin (2000, p. 7):

As entidades que representam, defendem e fiscalizam o exercício das atividades profissionais tem o dever de reivindicar a incorporação, no ensino, dessas necessidades, integrando, assim, o futuro profissional com o mercado de trabalho. As escolas têm de formar profissionais com o campo de trabalho muito bem definido, para que saibam com precisão quais são os seus compromissos profissionais. As entidades de classe precisam oferecer suas sugestões ao Governo para que este introduza na legislação mecanismos para a formação de profissionais que cumpram com a função social da contabilidade.

O mercado de trabalho exige um profissional contábil diferenciado, aquele que está disposto a participar ativamente na administração da empresa, aquele que valoriza o trabalho e conhece as variáveis da entidade para a tomada de decisão. A preocupação com a qualidade dos dados fornecidos pelo contador faz com que o profissional desenvolva um trabalho integrado com outros setores, obtendo uma visão global das atividades desenvolvidas, por isso é necessária a atualização constante e o aprimoramento da sua formação.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia da pesquisa no trabalho desenvolvido seguiu os passos definidos em um cronograma de atividades. A pesquisa tem um papel importante no embasamento e conhecimento do assunto estudado.

Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema. (GIL, 2010, p. 1).

A metodologia do trabalho se constituiu em um estudo descritivo, através da aplicação de um questionário aos egressos do curso de Ciências Contábeis.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Esta etapa proporciona detalhar a metodologia de pesquisa para elaboração do estudo, com o objetivo de fundamentar as teorias estudadas, e a partir delas aplicar o conhecimento a realidade da população questionada. Existem várias formas de classificar a pesquisa. As formas clássicas de classificação são apresentadas na sequencia.

3.1.1 Quanto à natureza da pesquisa

A natureza da pesquisa classifica-se em pesquisa básica e pesquisa aplicada, caracterizam-se respectivamente, em gerar conhecimentos novos, envolvendo verdades e interesses universais; aplicar práticas para solução de problemas específicos, envolvendo verdades e interesse locais.

Para Marconi e Lakatos (1996, p. 19), a natureza da pesquisa se apresenta das seguintes formas:

Pesquisa básica, pura ou fundamental. É aquela que procura o progresso

cientifico, a ampliação de conhecimento teórico, sem a preocupação de utilizá-los na prática. É a pesquisa formal, tendo em vista generalização, princípios, leis. Tem por meta o conhecimento pelo conhecimento.

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Pesquisa aplicada. Como o nome indica, caracteriza-se por seu interesse

prático, isto é, que os resultados sejam aplicados ou utilizados, imediatamente, na solução de problemas que ocorrem na realidade.

Neste estudo, a natureza da pesquisa classifica-se como aplicada, sendo que foi aplicado um questionário aos egressos do curso de Ciências Contábeis da Unijuí. Para alcançar o objetivo e responder a questão proposta, desenvolveu-se uma pesquisa aplicada, utilizando como procedimento técnico uma pesquisa de campo que se destinou a conhecer a percepção quanto ao curso, na solução de possíveis problemas existentes.

3.1.2 Quanto aos objetivos da pesquisa

As pesquisas podem ser classificadas, em relação aos objetivos em pesquisas exploratória, descritiva e explicativa. Para este estudo foi usada a pesquisa descritiva.

Segundo Gil (2010, pp. 27-28):

As pesquisas descritivas têm como objetivo a descrição das características de determinada população. Podem ser elaboradas também com a finalidade de identificar possíveis relações entre variáveis. São em grande número as pesquisas que podem se classificadas como descritivas e a maioria das que são realizadas com objetivos profissionais provavelmente se enquadra nesta categoria.

Trata-se de uma pesquisa descritiva, pois se deseja descrever os resultados obtidos, a partir das respostas contidas no questionário que foi aplicado aos egressos do Curso de Ciências Contábeis da Unijuí, com o objetivo de identificar e proporcionar as relações e soluções do problema.

3.1.3 Quanto aos procedimentos técnicos

Neste tópico destacam-se os procedimentos técnicos de pesquisa que foram utilizados no trabalho desenvolvido: pesquisa bibliográfica e de levantamento. Na concepção de Furasté (2006, p. 33), a pesquisa bibliográfica:

Baseia-se fundamentalmente no manuseio de obras literárias, quer impressas, quer capturadas via internet. É o tipo mais largamente utilizado. Quanto mais completas e abrangentes forem as fontes bibliográficas consultadas, mais rica e profunda será a pesquisa.

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A pesquisa de levantamento de dados, conforme Beuren (2010, p. 85), “se caracterizam pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer”. Foram levantados os dados através de um questionário enviado aos egressos do ano de 2009 a 2012 do Curso de Ciências Contábeis da Unijuí, no entendimento de que as entidades de ensino precisam obter informações de seus egressos de como o ensino oferecido pela universidade está auxiliando no cotidiano destes profissionais.

3.1.4 Tipologia quanto à abordagem do problema

Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, Silva e Menezes (2005, p. 20) definem duas formas de pesquisa:

Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que

significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.).

Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o

mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem.

No trabalho realizado foram utilizadas as pesquisas quantitativa e qualitativa, pois as respostas obtidas no questionário foram analisadas e informadas quantitativamente e de modo descritivo.

3.2 DEFINIÇÃO DA POPULAÇÃO E AMOSTRA

Foram alvo desta pesquisa os egressos do período compreendido entre 2009 a 2012 do Curso de Ciências Contábeis da Unijuí, totalizando 186 egressos. A amostra foi composta pelos questionários que retornaram respondidos, totalizando 37 questionários.

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3.3 COLETA DE DADOS

Com a intenção de responder os objetivos propostos neste trabalho, no que se refere à percepção dos egressos do Curso de Ciências Contábeis na Unijuí, este tópico visa detalhar os métodos de coleta de dados utilizados na pesquisa.

A coleta de dados foi realizada de duas maneiras, a pesquisa bibliográfica, para Marconi e Lakatos (1996, p. 24), “a pesquisa bibliográfica é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema”, e a pesquisa de campo utilizada com o objetivo de obter informação a respeito do problema o qual se procura responder (MARCONI; LAKATOS, 1996).

Para a coleta de dados foi utilizado um questionário autoaplicado, o qual foi remetido aos alunos egressos do Curso de Ciências Contábeis, por e-mail.

O questionário é uma técnica de coleta de dados que consiste em um rol de questões propostas por escrito às pessoas que estão sendo pesquisadas, Nesse sentido, pode-se falar em dois tipos de questionário: o autoaplicado, que é entregue ao pesquisado para ser respondido de próprio punho; e o aplicado com entrevista, no qual o registro das respostas é feito pelo pesquisador. (GIL, 2000, p. 134).

O questionário contemplou questões essenciais para detectar como o Curso de Ciências Contábeis da Unijuí é visto pela população identificada.

3.4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Para Gil (2000, p. 150), a análise dos dados “tem como objetivo organizar e sumariar os dados de tal forma que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação”.

No entendimento de Beuren (2010, p. 136), “analisar dados significa trabalhar com todo o material obtido durante o processo de investigação, ou seja, com os relatos de observação, as transcrições de entrevistas, as informações dos documentos e outros dados disponíveis”.

A análise dos dados foi realizada a partir das respostas obtidas nos questionários que retornaram, as quais foram tabuladas e quantificadas em percentuais.

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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Este capítulo consiste na descrição dos resultados da pesquisa realizada através de análise qualitativa e quantitativa referente as respostas obtidas na aplicação do questionário aos egressos do Curso de Ciências Contábeis, no período compreendido entre 2009 a 2012, o qual demonstra o perfil destes egressos.

Os dados referentes aos egressos foram fornecidos pelo Departamento de Ciências Contábeis da Unijuí, a população é composta por 186 egressos, sendo encaminhado um questionário por meio eletrônico para cada egresso, retornando 37 questionários respondidos, sendo estes a amostra não probabilística.

A partir da aplicação dos questionários foram obtidas informações que possibilitam levantar os dados pessoais, acadêmicos, profissionais, sobre a realização de outros cursos e informações adicionais, as quais são apresentadas através de tabelas e suas descrições.

4.1 INFORMAÇÕES PESSOAIS DO ALUNO EGRESSO

Quanto às informações pessoais do egresso no que se refere ao nome, endereço residencial e eletrônico, telefone, foi deixado opcional. Sendo assim iniciou-se a descrição a partir da questão 1.2, a qual informa o sexo dos egressos pesquisados.

4.1.1 Sexo

A amostra pesquisada é composta em sua maioria por mulheres, as quais representam 62%, enquanto que os homens 38% do total de 37 respondentes, conforme tabela 1, a seguir.

Tabela 1 – Sexo dos egressos

Sexo Nº de egressos %

Masculino 14 38

Feminino 23 62

Total 37 100

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