Profª. Me. Wangner Barbosa da Costa
Física II
Força Magnética, Fontes de Campo
Magnético,
Materiais Magnéticos e Indução Magnética
Faculdade de Tecnologia de Bauru
Automação Industrial
SUMÁRIO DO ESTUDO SOBRE O MAGNETISMO
2. Linhas do Campo magnético no imas
1. História do magnetismo e das propriedades dos imas
3. Definição de campo magnético e força magnética
4. Força magnética sobre: i) uma partícula carregada com velocidade
em um campo magnético, ii) um condutor com corrente elétrica em um
campo magnético.
5. Fontes do campo magnético: campo magnético criado por uma
corrente num condutor (lei de Biot-Savart, lei Ampère), magnetismo na
matéria.
6. Campo elétrico devido à um campo magnético variável (lei de
Faraday).
As primeiras observações sobre fenômenos magnéticos foram realizadas na Antiguidade Grega, numa região denominada Magnésia, na Ásia Menor.
Encontraram pedra natural chamada magnetita ( ) que tinha a propriedade de atrair pequenos pedaços de ferro 34
O
Fe
Em 1269, Pierre Maricourt mapeou as direções apontadas por uma agulha quando colocada na superfície de um ima esférico natural (pedra-ima).
As direções formavam linhas que circundavam a esfera e passavam por dois pontos diametralmente opostas, que ele denominou pólos do ima.
Foi com essas pedras – ímas que se construíram as primeiras bússolas rudimentares.
Em 1600 Willian Glbert, sugeriu que a Terra é um imenso ima e que por isso a agulha de uma bússola aponta para o Norte.
Em 1750, John Michell descobriu as forças de atração e repulsão entre os pólos magnéticos. Sugeriu que tais forças variam com o inverso do quadrado da respectiva separação
Apenas na primeira parte do século XIX os cientistas estabeleceram que a eletricidade e
o magnetismo estão relacionados:
Em 1820, Hans Oersted descobriu que uma agulha de bússola, que é magnética, é
desviada quando colocada perto de uma corrente elétrica
Em 1831, Michael Faraday na Inglaterra e, quase simultaneamente, Joseph Henry
nos Estados Unidos, mostraram que:
quando se move um fio condutor
perto de um ímã
quando um ímã é movido perto
de um fio condutor
UMA CORRENTE ELÉTRICA É OBSERVADA NO FIO
ou
PROPRIEDADES DOS ÍMAS
Os ímas, independentemente da sua forma, têm
sempre dois pólos: o pólo norte (N) e o pólo sul (S).
OS PÓLOS MAGNÉTICOS SEMPRE OCORREM AOS PARES
Quando um ímã é dividido ao meio
resulta em dois novos ímãs, cada um com um
pólo norte e um pólo sul porque não é possível separar o pólo norte do pólo sul
PÓLOS MAGNÉTICOS IGUAIS REPELEM-SE PÓLOS MAGNÉTICOS DIFERENTES ATRAEM-SE.
O pólo norte de uma agulha imantada de uma bússola aponta na direção do pólo
sul de um ímã, o que é denominado pólo norte da Terra, é na realidade, um pólo sul
magnético.
O campo magnético é um campo vetorial, similar ao campo elétrico
O campo magnético B é tangente, em cada ponto, às linhas de campo magnético
Uma pequena bússola pode ser utilizada para traçar as linhas do campo magnético de uma barra imanada.
2. Linhas do Campo magnético no imas
Íma de barra
PADRÕES DE CAMPO MAGNÉTICO AO REDOR DE UMA BARRA IMANTADA EVIDENCIADOS POR LIMALHAS DE FERRO
FORÇA MAGNÉTICA
A existência de campo magnético em algum ponto do espaço pode ser determinada medindo-se a força que atua sobre uma partícula de teste apropriada colocada nesse ponto.
F
B
A partícula de teste será uma partícula eletricamente carregada, (como um próton) e terá uma velocidade.
- A força magnética é proporcional à carga q da partícula, bem como à velocidade da partícula.
Verificou-se que
- O módulo e a direção da força magnética sobre a partícula dependem da direção relativa entre o vetor velocidade da partícula e o vetor campo magnético
- Quando uma partícula carregada se desloca paralelamente ao vetor campo magnético, a força magnética sobre a carga é nula.
- Quando o vetor velocidade faz um ângulo
com o campomagnético, a força magnética age numa direção perpendicular a
v
B
F
B
v
q
F
B
- A força magnética sobre uma carga negativa tem direção oposta à força sobre uma carga positiva que se desloca na mesma direção. Figura (b)
- Se o vetor velocidade fizer um ângulo
com o campo magnético, o valor da força magnética será proporcional a sen
.Esses resultados mostram que a força magnética sobre uma partícula é mais complicada do que a força elétrica:
Podemos resumir de uma maneira compacta escrevendo a força magnética na forma
E
q
F
e
Módulo da força magnética
vBsen
q
F
B
Módulo do campo magnético
F
B
v
q
F
B
REGRA DA MÃO DIREITA PARA DETERMINAR A DIREÇÃO DA FORÇA MAGNÉTICA
0
0
vBsen
q
F
(a) A força elétrica que atua sobre uma
carga positiva é paralela ao campo
elétrico (E) e faz com que a trajetória
dessa carga seja uma curva no plano
horizontal.
(b) A força magnética é perpendicular tanto
ao vetor velocidade (v) como ao campo
magnético (B), fazendo com que a trajetória
da partícula seja uma curva no plano
vertical.
MOVIMENTO DE UMA PARTÍCULA CARREGADA EM UM CAMPO MAGNÉTICO
4. Força magnética sobre: i) uma partícula carregada com velocidade em um
campo magnético, ii) um condutor com corrente elétrica em um campo
magnético.
MOVIMENTO DE UMA PARTÍCULA CARREGADA NUM CAMPO MAGNÉTICO
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MOVIMENTO DE UMA PARTÍCULA CARREGADA NUM CAMPO MAGNÉTICO
O período do movimento circular é o tempo que a partícula leva para se deslocar uma vez ao longo do perímetro do círculo:
A frequência do movimento circular, chamada de frequência de cíclotron, é o inverso do período:
Não existe componente de força na direção paralela a a componente da velocidade nesta direção permanece constante.
Se uma partícula carregada se deslocar no campo magnético uniforme com uma
velocidade que faz um ângulo arbitrário
em relação ao campo magnético, a sua
trajetória é uma hélice
B
A força magnética sobre a partícula é
B
B
v
q
F
B
vBsen
q
F
B
B
v
+q
F
B 2 2 z yv
v
v
Quando uma partícula carregada se move em espiral num campo magnético não uniforme, que é forte em ambas as extremidades e fraco no meio, ela fica aprisionada e se desloca para frente e para trás numa trajetória espiral em torno das linhas de campo.
Exemplo
Desta maneira, elétrons e prótons ficam aprisionados pelo campo magnético terrestre não uniforme, formando os cinturões de radiação de Van Allen
Aurora Boreal. Luminescência visível resultante da excitação de átomos e moléculas da atmosfera, quando bombardeados por partículas carregadas expelidas do Sol e defletidas pelo campo geomagnético.
Partículas de alta energia aprisionadas no campo magnético da Terra (descobertos por James Van Allen em 1958, a partir das primeiras observações da Terra feitas por satélite, os cinturões marcam o início da investigação moderna em física espacial).
APLICAÇÕES DO MOVIMENTO DE PARTÍCULAS CARREGADAS NUM CAMPO MAGNÉTICO
FILTRO DE VELOCIDADES
Uma partícula carregada positivamente entra numa região do espaço entre as placas de um condensador onde existem um campo elétrico e um campo magnético perpendicular (como o produzido por um ima).
A força total que atua sobre a partícula é :
B
v
q
E
q
F
Força de LorentzAs forças elétrica e magnética são invertidas. As duas forças se equilibram (e, portanto, a partícula não sofre desvio) e desloca-se numa linha reta horizontal
Somente as partículas que têm essa velocidade não são desviadas.
B
E
v
Cargas com velocidades maiores são desviadas para cima e com velocidades menores,
desviadas para baixo.
ESPECTRÔMETRO DE MASSA
Com o espectrômetro de massa determina-se massas atômicas com grande precisão
De acordo com o esquema da figura, uma fonte produz íons com carga elétrica q=Ze (positiva) e massa M de velocidades variadas.
Os íons entram num filtro de velocidade. Atravessam o filtro apenas os íons para os quais a força magnética e a força elétrica se cancelam mutuamente, isto é, íons com velocidade
B
E
v
Saindo do filtro, os íons entram numa região onde existe apenas o campo magnético uniforme, de forma que percorrem trajetórias circulares de raio R sob o efeito da força magnética, que faz o papel de força centrípeta. Assim:
rB
m
qvB
mv
2 0
oum
rB
0B
5. Fontes do campo magnético: campo magnético criado por uma corrente num
condutor (lei de Biot-Savart, lei de Ampère), magnetismo na matéria.
Em 1820, Hans Oersted descobriu que uma agulha de bússola, que é magnética, é desviada quando colocada perto de uma corrente elétrica
Esta experiência mostra que a corrente elétrica é uma fonte de campo magnético
Cargas elétricas produzem campo elétrico cargas elétricas em movimento (corrente) produzem campo magnético.
O campo magnético no ponto P, produzido por uma corrente I através do comprimento do fio é
LEI DE BIOT-SAVART
B
d
s
d
𝑑𝐵 =
𝜇
0
4𝜋
𝐼𝑑𝑠 𝑥𝑟
𝑟
2
O campo magnético total será
Regra da mão direita para determinar a direção do
campo magnético
Em volta de um fio longo transportando uma corrente, as linhas do campo magnético formam círculos em torno do fio.
Linhas de campo magnético
B B B
r
I
B
p
m
2
0
Módulo do campo magnético gerado pelo fio
Em volta de um fio longo transportando uma corrente, as linhas do campo magnético formam círculos em torno do fio.
FORÇA MAGNÉTICA ENTRE DOIS CONDUTORES PARALELOS
A corrente do fio 2 gera um campo magnético na
posição do fio 1. é perpendicular ao fio 1.
correntes de mesmo sentido
2
B
2B
2 1 1I
B
F
F
1
I
1
B
2 A força magnética sobre o fio 1 éou
)
2
(
0 2 1 1a
I
I
F
p
m
a
I
I
F
p
m
2
2 1 0 1
Em termos de força magnética por unidade de comprimentoI
I
F
m
2
mas
2 0 2a
I
B
p
m
2 12
I
B
F
Supor agora que a corrente do fio 1 gera um campo magnético na posição do fio 2. é
perpendicular ao fio 1. 1
B
B
1
1 2F
F
a
I
I
F
p
m
2
2 1 0 2
Os fios se atraemCorrentes em direções opostas se repelem
Quando as correntes estão em direções opostas, as forças magnéticas têm sentidos opostos e os fios se repelem
a
I
I
F
p
m
2
2 1 0 1
A expressão
é utilizada para definir o Ampère:
Definição do Coulomb
Dois fios longos e paralelos a 1 m de distância um do outro conduzem a mesma
corrente e a força por unidade de comprimento em cada fio é
N/m
10
2
7
essa corrente é definida como sendo 1 A
Se um condutor conduz uma corrente de 1 A, a quantidade de carga que flui
LEI DE AMPÈRE
Com a lei de Gauss, que é uma relação entre a carga elétrica e o campo elétrico produzido por esta carga, podemos determinar o campo elétrico em situações altamente simétricas .
Agora estudaremos a lei de Ampère, que é uma relação análoga no magnetismo só que é uma relação entre uma corrente e o campo magnético que esta corrente produz.
I
r
I
ds
B
s
d
B
0 0)
2
(
p
m
p
m
Calculamos o produto para um pequeno segmento de comprimento
ds sobre a trajetória circular da Figura b.
s d B
(b) a bússola aponta na direção de
(a) A bússola aponta sempre na mesma direção norte geográfico)
Bds
s
d
B
B é constante e a soma dos produtos Bds sobre toda a trajetória fechada
a integral de linha de
B
d
s
:
Lei Ampère
Exemplo 1: Cálculo do campo magnético criado por um fio longo que conduz uma corrente
r
R
)
2
(
0 0
I
r
B
ds
B
s
d
B
m
p
0I
r
I
B
p
m
2
0 0
r < R
Trajetória circular 1 Trajetória circular 2 0I
I
0 2 2 0 2 2 2 2 0I
R
r
I
R
r
I
R
r
I
I
p
p
p
p
r
B
d
s
B
ds
B
(
2
p
r
)
m
I
m
r
2
m
0I
0 2 0r
m
p
LINHAS DE CAMPO MAGNÉTICO NUMA ESPIRA CIRCULAR
Linhas de campo magnético ao redor de uma espira com corrente I evidenciadas com
Linhas de campo criado por uma espira circular
Exemplo 2: Cálculo do campo magnético criado por uma bobina toroidal
Fio condutor enrolado num anel não condutor (toro)
São N espiras, cada uma conduz uma corrente I
NI
r
B
ds
B
s
d
B
(
2
p
)
m
0
Campo magnético criado dentro do toro
r
NI
B
p
m
2
0
B=0 fora da bobina
Exemplo 3: Cálculo do campo magnético de um solenoide
O campo magnético gerido por um solenóide com as espiras mais espaçadas.
Solenóide compacto
Ima
(a)
(b)
(c)
Solenóide ideal
Para calcular o campo magnético dentro do solenóide utilizamos a lei de Ampère considerando a trajetória tracejada.
O campo magnético fora do solenóide é nulo.
4 3 2 1
s
d
B
s
d
B
s
d
B
s
d
B
s
d
B
1 1 10
0
0
B
ds
B
s
d
B
s
d
B
s
d
B
Secção reta longitudinal do solenóide
MAGNETISMO NA MATÉRIA
Para compreender por que alguns materiais são magnéticos, é importante analisar o movimento de elétron no átomo, considerando o modelo estrutural de Bohr.
Bohr supõe que os elétrons no átomo descrevem órbitas circulares em torno do núcleo de massa muito maior
Cada elétron numa órbita representa uma espira de corrente muito pequena.
I
-I
μ
orbI corrente na direção convencional
L
m
e
e
2
m
I
A
m
momento magnético associado com o movimento do elétron em torno do núcleo
r
ev
e
T
e
I
p
p
2
2
eA
p
r
2Na maioria das substâncias,
m
de um elétron num átomo écancelado pelo
m
de um outro elétron no mesmo átomo que estáS
m
e
m
Além de seu momento angular orbital, um elétron tem um momento angular intrínseco,
chamado SPIN, que também contribui para seu momento magnético.
O momento magnético de spin é da mesma ordem de grandeza do momento magnético orbital.
Em átomos ou íons que contêm muitos elétrons, vários desses elétrons estão emparelhados com seus spins em direções opostas num cancelamento dos momentos magnéticos de spin.
Magnetização
• Um material magnetizado é descrito pelo seu vetor magnetização 𝑀, que é definido como momento de dipolo magnético por unidade do volume do material:
𝑀 = 𝑑μ 𝑑𝑉
• O campo magnético devido a um cilindro uniformemente magnetizado é o mesmo que se o cilindro conduzisse uma corrente por unidade de comprimento de magnitude M na sua superfície. Essa corrente é devida ao movimento intrínseco das carga atômicas no cilindro, é chamada de corrente amperiana.
• O campo magnético em materiais magnéticos é definido por: 𝐵 = 𝐵𝑎𝑝𝑙 + 𝜇0𝑀
Materiais Magnéticos
Considerando as características magnéticas dos materiais podemos dividi-los em dois grandes grupos:
• Materiais magnéticos: são os que apresentam efeitos magnéticos espontaneamente ou provocados.
• Materiais não magnéticos: são os que apresentam efeitos magnéticos quase imperceptíveis. De forma mais apurada, a classificação dos materiais quanto ao seu comportamento magnético pode ser feita em pelo menos três classes:
Além destes o antiferromagnetismo e o ferrimagnetismo são considerados subclasses do
Ma
ter
ias
m
agn
ét
ic
os
Diamagnéticos Paramagnéticos FerromagnéticosMateriais Magnéticos
Materiais quando submetidos a um campo externo, se magnetizam em oposição a esse campo, reduzindo sua intensidade, embora de forma quase imperceptível. Exemplo: prata, chumbo, mercúrio, zinco, cobre, água, ouro, silício, antimônio, grafite, etc...
Diamagnéticos
Paramagnéticos
Materiais quando submetidos a um campo externo, se magnetizam no mesmo sentido desse campo, aumentando sua intensidade, embora de forma quase imperceptível. Exemplo: ar, alumínio, tungstênio, cromo, manganês, platina, paládio, estanho, etc...
EXEMPLOS DE COMPORTAMENTOS DE MATERIAIS DIAMAGNÉTICOS E PARAMAGNÉTICOS
Quando se aplica o campo magnético são induzidas pequenas correntes microscópicas
que se opõem nos seus efeitos magnéticos às variações do campo aplicado.
Comportamento DIAMAGNÉTICO
momentos magnéticos em oposição ao campo
magnético aplicado.
Comportamento PARAMAGNÉTICO, há a possibilidade de alinhar os momentos
SupercondutoresMATERIAIS FERROMAGNÉTICOS
Ferro, Cobalto, Níquel, Gadolínio e Disprósio são materiais fortemente magnéticos, sendo chamados de ferromagnéticos.
São materiais usados para fabricar ímãs permanentes, contêm átomos com momentos magnéticos de spin que tendem a se alinhar paralelos uns aos outros, mesmo na presença dum campo magnético externo fraco.
Uma vez que os momentos estão alinhados, a substância permanece magnetizada mesmo após o campo externo ser removido.
AMOSTRA DESMAGNETIZADA AMOSTRA MAGNETIZADA
Todos os materiais ferromagnéticos contêm regiões microscópicas ( ), denominadas domínios, dentro das quais todos os momentos magnéticos estão alinhados.
3 8 12
m
10
até
10
Como vimos, cada material colocado a presença de um campo magnético tem um comportamento próprio. Uma boa forma de se quantificar a “qualidade” do material magnético é determinando o quanto ele é permeável ao campo magnético, ou seja, o quanto ele facilita ou dificulta o estabelecimento de um campo magnético em seu interior. A grandeza „permeabilidade magnética” quantifica essa qualidade.
Permeabilidade magnética (μ): é uma grandeza característica de cada material, que indica a sua aptidão em reforçar o campo magnético.
Permeabilidade magnética relativa (km): é a relação entre a permeabilidade do material e a do vácuo.
km = permeabilidade relativa
m = permeabilidade magnética do meio (H/m) m0= 4π.10-7 H/m (no vácuo)
Permeabilidade Magnética
0
m
m
m
k
• Para permeabilidade relativa temos 𝑩 = 𝒌𝒎. 𝑩𝒂𝒑𝒍 Onde: 𝒌𝒎 = 𝟏 + 𝑿𝒎 , e Xm é a suscetibilidade magnética.
Material Grupo Permeabilidade Relativa bismuto diamagnético 0,99983 prata diamagnético 0,99998 chumbo diamagnético 0,999993 cobre diamagnético 0,999991 água diamagnético 0,999991
vácuo não magnetico 1
ar paramagnético 1,0000004 alumínio paramagnético 1,00002 paládio paramagnético 1,0008 cobalto ferromagnético 250 níquel ferromagnético 600 ferro ferromagnético 5.000
ferro silício ferromagnético 7.000
Exemplos de Permeabilidade Relativa de Alguns
Materiais
Magnéticos
6. Campo elétrico devido à um campo magnético variável (Lei de Faraday)
LEI DA INDUÇÃO DE FARADAYAprendemos que:
Uma espira condutora percorrida por uma corrente I na presença de um campo
magnético, sofre ação de um momento da força (torque):
O que acontecerá..
se uma espira sem corrente girar no interior de uma região onde há um campo
magnético B ? Aparecerá uma corrente I na espira?
ESPIRA COM CORRENTE + CAMPO MAGNÉTICO = MOMENTO DA FORÇA
MOMENTO DA FORÇA + CAMPO MAGNÉTICO = CORRENTE ?
As resposta a essa questão foi dada por Faraday
Ele observou que o movimento relativo no conjunto
Já estudamos campos elétricos devido às cargas estacionárias e campos magnéticos devido a cargas em movimento.
Estudaremos agora o campo elétrico devido a um campo magnético variável
1ª Experiência.
Considere uma espira ligada a
um galvanômetro (aparelho que mede a corrente
elétrica):
Conclusão: uma corrente elétrica é criada num circuito do galvanômetro enquanto ocorrer um movimento relativo entre o ima e a espira.
EXPERIÊNCIAS REALIZADAS POR FARADAY
a) Quando o ima é deslocado em direção a espira o galvanômetro indica que uma corrente é induzida na espira.
b) Quando o ima é mantido parado nenhuma corrente é induzida na espira.
c) Quando o ima é afastado da espira o galvanômetro indica que uma corrente é induzida na espira oposta a corrente da alínea (a)
2ª Experiência. O aparelho, ilustrado na figura, compõe-se de duas partes:
Bobina primária Bobina secundária
Quando a chave do circuito primário é fechado, o galvanômetro no circuito secundário se desvia momentaneamente.
A fem induzida no circuito secundário é causada pelo campo magnético variável através da bobina secundária.
Nesta experiência, uma fem é induzida na espira somente quando o campo magnético que a atravessa estiver variando.
• Um circuito primário que consiste de uma bobina (primária), enrolada num anel de ferro, ligada
a uma chave e a uma bateria;
• Um circuito secundário que consiste de uma bobina (secundária), enrolada num anel de ferro e
FLUXO MAGNÉTICO
Para quantificar essas observações, temos de definir uma nova grandeza, o fluxo magnético. A definição é similar a definição de fluxo elétrico
O fluxo associado com um campo magnético é proporcional ao número de linhas do campo magnético que atravessam uma área.
O fluxo magnético através um plano de área
A que faz um ângulo θ em relação ao campo
magnético uniforme é
cos
BA
A
B
B
0 90 cos a)B BA
BB
d
A
A unidade SI do fluxo magnético chama-se weber (Wb)
O fluxo magnético total que atravessa a
A LEI DE FARADAY DA INDUÇÃO
Uma fem é induzida num circuito quando o fluxo magnético através da superfície limitada pelo circuito varia com o tempo.
A fem induzida num circuito é igual à taxa temporal de variação do fluxo magnético através do circuito.
Esse enunciado é conhecido como lei de Faraday da indução.
dt
d
B
B
fluxo magnético através da superfície limitada pelo circuitoSe o circuito for uma bobine de N espiras idênticas concêntricas e se as linhas do campo atravessarem todas as espiras , a fem induzida será:
d
O fluxo magnético através da espira é
cos
cos
cos
B
dA
BA
BdA
A
d
B
B
Logo a força eletromotriz induzida
dt
d
B
)
cos
(
BA
dt
d
Então, uma fem pode ser induzida num circuito variando-se o fluxo magnético de diversas maneiras:
1. Variar o módulo de B com o tempo.
2. Variar a área A do circuito com o tempo.
A LEI DE LENZ
A direção da força eletromotriz induzida e da corrente são determinados pela Lei de Lentz
O sentido da corrente induzida é tal que o campo magnético devido a ela se opõe à variação do fluxo magnético que a produziu.
Oposição ao movimento do ima Oposição à variação do fluxo magnético
dt
d
B
a) Quando o ima é deslocado em direção à espira condutora parada, uma corrente I é induzida na espira
(a)
(b)
b) I produz o seu próprio campo magnético, que se opõe ao fluxoexterno crescente
c) Quando o ima afasta-se da espira condutora parada, uma corrente I é induzida na espira
d) I produz o seu próprio campo magnético, que se opõe ao fluxo
INDUTÂNCIA
Onde:
N= número de voltas
n= nº de voltas por unidade de comprimento l= comprimento do solenoide
A unidade de indutância no SI é o henry (H).
A auto-indutância de um solenoide longo e firmemente enrolado pode ser calculado diretamente. O fluxo magnético através de um solenoide longo e fino é dado por Φ𝐵 = 𝑁𝐵𝐴, onde 𝐵 = μ0𝑁𝑙 𝐼. Portanto, o fluxo magnético através da bobina é:
A auto-indutância é a relação do fluxo magnético pela corrente que circula uma bobina. A corrente na bobina produz uma campo magnético que varia de ponto a ponto, mas em cada ponto do espaço o valor de B é proporcional a I, logo:
ENERGIA MAGNÉTICA
Um indutor armazena energia magnética assim como um capacitor armazena energia elétrica. A energia armazenada em um indutor conduzindo uma corrente I é dada por:
A unidade de medida no SI de energia magnética é o joule (J) e da densidade magnética é joule por metro cúbico (J/m3).
A energia por unidade de volume é a densidade de energia magnética uB. Em um solenoide longo é fino a densidade magnética será dada por: