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Relatório de estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

Samuel Henrique Rockenbach

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Ijuí, RS

2018

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Samuel Henrique Rockenbach

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado, apresentado ao Curso de Medicina Veterinária, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário.

Orientadora: Profª Drª Med. Vet. Denize da Rosa Fraga Supervisor: Med. Vet. Leomar André Henrich

Ijuí, RS 2018

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Samuel Henrique Rockenbach

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado, apresentado ao Curso de Medicina Veterinária, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário.

Aprovado em 09 de Junho de 2018:

______________________________________ Denize da Rosa Fraga, Drª. (UNIJUÍ)

(Orientadora)

______________________________________ Luciane Ribeiro Viana Martins, MSc. (UNIJUÍ)

(Banca)

Ijuí, RS 2018

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família que é meu bem maior, principalmente aos meus pais e irmãos que sempre me incentivaram a ir à busca dos meus sonhos me dando apoio, amor e

carinho sem medir esforços para que este meu sonho se tornasse realidade, aos demais familiares e todos colegas e amigos que fazem parte da minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por ter me concedido a vida e saúde para enfrentar esta etapa da vida que teve muitos obstáculos a serem enfrentados com força e fé, sempre estando presente e acompanhando o decorrer dessa caminhada;

Em especial agradeço aos meus pais José e Marli Rockenbach pelo apoio, incentivo, pelo amor. Que durante todos esses anos de caminhada nunca mediram esforços para me auxiliar sendo para mim um grande exemplo de força, de coragem, perseverança e energia infinita para nunca desistir diante dos obstáculos;

Agradeço aos meus irmãos Thiago e Marília Rockenbach que foram para mim um exemplo a ser seguido, pois nunca mediram esforços para me ajudar nas horas que mais precisei, pelo companheirismo e amor compartilhado;

Agradeço também ao meu supervisor de estágio médico veterinário Leomar André Henrich pelos ensinamentos passados, pela paciência e companheirismo no período de realização do estágio colaborando assim diretamente na minha formação;

A minha orientadora, professora e doutora médica veterinária, Denize da Rosa Fraga pelo companheirismo, incentivo e auxilio na elaboração deste trabalho e todos os conhecimentos passados durante toda a minha formação acadêmica;

Aos demais professores por todo conhecimento passado, incentivo e companheirismo durante todo o período de graduação;

Agradeço também meus colegas e amigos que conviveram comigo durante todo período de graduação, em especial Matheus Muller, Gustavo Diesel, André Bruinsma e outros, que de uma ou de outra forma estiveram presentes neste período nos momentos de estudo, aulas, confraternizações, enfim a todos que de alguma forma me deram apoio e incentivo;

A todos parentes e amigos que também sempre foram fundamentais auxiliando de alguma forma neste período de graduação;

E para finalizar agradeço a todos que de alguma forma participaram e me ajudaram para que eu concluísse mais essa etapa de minha vida e me tornar Médico Veterinário.

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“O destino não é uma questão de sorte, é uma questão de escolha. Não é algo para se esperar, é algo para se conquistar.”

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RESUMO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

AUTOR: Samuel Henrique Rockenbach ORIENTADORA: Denize Da Rosa Fraga

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, com ênfase em Bovinocultura Leiteira. Este foi realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, localizada na cidade de Salvador das Missões, Rio Grande do Sul, Brasil, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018, totalizando 150 horas de atividades realizadas. A supervisão interna de estágio ficou a cargo do Médico Veterinário, Leomar André Henrich, e a orientação pela professora Doutora Médica Veterinária, Denize da Rosa Fraga. O estágio desenvolvido teve como objetivo principal a aplicação prática do conhecimento teórico obtido ao longo da graduação, acompanhando médico veterinário qualificado no campo para assim adquirir novos conhecimentos através de uma troca de experiência profissional. As atividades desenvolvidas serão expressas em forma de tabelas, sendo especificadas as atividades acompanhadas em atendimentos clínicos, procedimentos cirúrgicos, atividades nas áreas de reprodução e medicina veterinária preventiva. Serão relatados dois casos acompanhados, um cirúrgico e outro clínico, o primeiro sobre um deslocamento de abomaso em uma fêmea bovina da raça holandesa, e o segundo um caso de endometrite pós-puerperal de grau II em uma fêmea bovina da raça holandesa. A realização do estágio teve grande importância para a formação profissional, visto que o mesmo proporcionou um bom aprendizado prático, podendo acompanhar a rotina de um médico veterinário a campo, estabelecendo um crescimento pessoal e profissional na área agregando mais conhecimento para o futuro profissional.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Resumo das Atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, RS, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018... 14 Tabela 2 - Atividades de Medicina Preventiva realizadas em bovinos acompanhados

durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, RS, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018... 14 Tabela 3 - Atividades Reprodutivas realizadas em fêmeas bovinas acompanhadas

durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, RS, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018...………... 14 Tabela 4 - Situação Reprodutiva das fêmeas bovinas acompanhadas durante o Estágio

Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, RS, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018...………... 15 Tabela 5 - Diagnósticos Reprodutivos das fêmeas bovinas vazias acompanhadas

durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, RS, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018... 15 Tabela 6 - Procedimentos realizados em bovinos acompanhados durante o Estágio

Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, RS, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018... 15 Tabela 7 - Atendimentos Clínicos realizados em bovinos durante o Estágio Curricular

Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, RS, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018... 16 Tabela 8 - Procedimentos Cirúrgicos realizados em bovinos durante o Estágio

Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, RS, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018... 16

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 10

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 11

3 RELATO DE CASO... 14

3.1 DESLOCAMENTO DE ABOMASO A ESQUERDA EM UMA FÊMEA BOVINA DA RAÇA HOLANDESA ... 15

3.1.1 Introdução ... 15 3.1.2 Metodologia e Resultados ... 16 3.1.3 Discussão ... 18 3.1.4 Conclusão ... 22 3.1.5 Referências Bibliográficas ... 22 4 RELATO DE CASO... 23

4.1 ENDOMETRITE PÓS PUERPERAL DE GRAU II (CG II) EM UMA FÊMEA BOVINA DA RAÇA HOLANDESA ... 24

4.1.1 Introdução ... 24 4.1.2 Metodologia e Resultados ... 25 4.1.3 Discussão ... 26 4.1.4 Conclusão ... 29 4.1.5 Referências Bibliográficas ... 29 5 CONCLUSÃO ... 30 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 32

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10 1 INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária se caracteriza por ser uma associação da prática à teoria adquirida em sala de aula durante a graduação, o estágio é de suma importância na formação acadêmica, pois possibilita a oportunidade de vivenciar e exercer a profissão.

A realização deste ocorreu na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, Rio Grande do Sul, Brasil. Atuando na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, com ênfase na Bovinocultura Leiteira, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018, totalizando 150 horas de atividades realizadas. A supervisão interna de estágio ficou a cargo do Médico Veterinário, Leomar André Henrich, e sobre orientação da professora, Doutora Médica Veterinária, Denize da Rosa Fraga.

Salvador das Missões é um município emancipado no dia 20 de março de 1992, localizado na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul a aproximadamente 530 km da capital gaúcha, Porto Alegre. O município é membro integrante da Associação dos Municípios das Missões (AMM) e também integra a Rota das Missões de turismo e o circuito Internacional das Reduções Jesuíticas Guaranis que envolvem alguns países do Mercosul tais como, Argentina, Paraguai e Brasil. Localiza-se dentro da microrregião de Cerro Largo com uma área total de 94,042 km2 e sua população é estimada em 2776 habitantes (IBGE, 2010).

O município é formado em sua grande maioria por uma população de origem alemã, mostrando em sua história os traços dessa cultura, passando de geração para geração.

A vocação rural se constitui na herança colonial onde predominam as pequenas propriedades rurais, que mantêm a atividade econômica ativa com intensidade de produção e diversidade de culturas, tais como as culturas de milho, soja, trigo, mandioca e cana-de-açúcar. Devido as pequenas propriedades rurais, os agricultores se dedicam também a atividades como suinocultura, avicultura, vitivinicultura, e a pecuária leiteira, que chegou com potencial e destaca o município na região.

A evolução da bacia leiteira no município acompanhou os índices da atividade em toda a região das Missões. Como grande colaborador dessa evolução podemos citar a Prefeitura Municipal, que através da Secretaria da Agricultura, disponibiliza aos munícipes dois Médicos Veterinários para o atendimento.

A Secretaria da Agricultura oferece também outras vantagens aos produtores, como subsídios para melhorias genéticas (inseminação artificial) e mantém um programa de

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11 incentivo à criação de terneira, com a finalidade de melhorar o plantel do gado leiteiro do município.

Atualmente, segundo dados da Secretaria da Agricultura, o município de Salvador das Missões conta com 350 propriedades produtoras de leite, variando desde propriedades com menos de 100 litros/dia, até propriedades com mais de 2000 litros/dia, possuindo um rebanho total de 8.199 bovinos.

No decorrer do estágio foram acompanhadas diversas atividades, dentre elas, atendimentos clínicos, procedimentos cirúrgicos, atividades nas áreas de reprodução e medicina veterinária preventiva. Para a escolha do local de estágio levou-se em consideração as atividades desenvolvidas pelo Médico Veterinário, ou seja, os trabalhos direcionados a atividade de bovinocultura leiteira.

Este estágio teve como objetivo principal a aplicação prática do conhecimento teórico adquirido durante os anos de faculdade, trocando experiências profissionais com o Médico Veterinário, fazendo acompanhamento da evolução dos casos atendidos, conhecimentos de rotina e condutas tomadas frente a diferentes casos, na área de fomento, clínica e cirurgia de grandes animais, com ênfase na bovinocultura leiteira.

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12 2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As principais atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais serão apresentadas a seguir resumidamente na Tabela 1 e especificados nas Tabelas 2 a 8.

Tabela 1- Resumo das Atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, RS, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018.

Resumo das Atividades n %

Atividades de Medicina Preventiva 1061 60,01

Atividades Reprodutivas 370 20,93

Procedimentos 198 11,20

Atendimentos Clínicos 105 5,94

Procedimentos Cirúrgicos 34 1,92

Total 1768 100,00

Tabela 2 - Atividades de Medicina Preventiva realizadas em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, RS, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018.

Atividades de Medicina Preventiva n %

Vacinação para leptospirose (LEPTOFERM®) 294 27,70 Vacinação para clostridioses (OUROVAC ® POLI BT)

Vacinação para mastite (ROTATEC J5®)

Vacinação para rinotraqueíte infecciosa bovina, diarreia viral bovina, parainfluenza, vírus sincicial (CATTLE MASTER®) 221 213 178 20,82 20,07 16,77

Vacinação para brucelose (ANABORTINA®) 155 14,60

Total 1061 100,00

Tabela 3 - Atividades Reprodutivas realizadas em fêmeas bovinas acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, RS, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018.

Atividades Reprodutivas n %

Palpação via transrretal 370 100,00

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13 Com base nas Atividades Reprodutivas listadas na tabela 3, podemos especificar a seguir nas tabelas 4 e 5 a situação do trato reprodutivo e diagnóstico das fêmeas bovinas. Tabela 4 – Situação Reprodutiva das fêmeas bovinas acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, RS, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018. Situação Reprodutiva n % Prenhe Vazia 196 174 52,97 47,03 Total 370 100,00

Tabela 5 - Diagnósticos Reprodutivos das fêmeas bovinas vazias acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, RS, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018.

Diagnósticos Reprodutivos n %

Sadia 100 57,47

Cisto folicular

Endometrite pós puerperal de grau I

31 14

17,82 8,04 Endometrite pós puerperal de grau II 9 5,17 Retenção de placenta Sem diagnóstico 8 6 4,60 3,45 Endometrite pós puerperal de grau III 4 2,30

Feto mumificado 2 1,15

Total 174 100,00

Tabela 6 - Procedimentos realizados em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, RS, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018.

Procedimentos n %

Marcação a ferro quente na face 155 78,28

Brincagem 26 13,13

Casqueamento corretivo 17 8,59

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14 Tabela 7 - Atendimentos Clínicos realizados em bovinos durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, RS, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018.

Atendimentos Clínicos n %

Suspeita de tristeza parasitária bovina 48 45,71

Suspeita de pneumonia 20 19,05

Mastite clínica 9 8,57

Retenção de placenta

Deslocamento de abomaso à esquerda Prolapso uterino Miíases Parto distócico Suspeita de cetose Lesão de nervo 8 6 3 2 2 2 2 7,62 5,71 2,86 1,90 1,90 1,90 1,90 Suspeita de hipocalcemia 1 0,95 Picada de abelha Acidente ofídico 1 1 0,95 0,95 Total 105 100,00

Tabela 8 - Procedimentos Cirúrgicos realizados em bovinos durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Fomento, Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, RS, no período de 16 de fevereiro a 28 de março de 2018. Procedimentos Cirúrgicos N % Amochamento térmico 19 55,88 Orquiectomia 8 23,53 Abomasopexia Herniorrafia 6 1 17,65 2,94 Total 34 100,00

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15 3 RELATO DE CASO

3.1 DESLOCAMENTO DE ABOMASO A ESQUERDA EM UMA FÊMEA BOVINA DA RAÇA HOLANDESA

3.1.1 Introdução

O deslocamento de abomaso é uma enfermidade que ocorre em virtude do acúmulo de gás dentro do abomaso provocando o seu deslocamento, o órgão se desloca tanto para o lado esquerdo quanto para o lado direito, sendo mais comum para o lado esquerdo, a maior casuística desta patologia é observada em vacas leiteiras no período pós-parto (GUARD, 2006), sendo pouco observados em pequenos ruminantes pela menor capacidade e tamanho da cavidade abdominal, animais em crescimento e bovinos de corte (SANTOS et al., 2006).

Os sinais clínicos apresentados pelos animais acometidos por esta patologia são comumente a perda de apetite e queda na produção de leite (SANTOS et al., 2006). Ocorre também uma escassez de fezes e diminuição nas contrações ruminais, na inspeção visual observa-se uma elevação nas duas últimas costelas do lado esquerdo, causada pela distensão do abomaso que esta fora do seu local anatômico, no entanto a fossa paralombar esquerda encontra-se funda (GUARD, 2006). Os parâmetros fisiológicos considerados normais para uma vaca leiteira são: frequência respiratória de 24 a 36 mpm (movimentos por minuto), frequência cardíaca de 65 a 80 bpm (batimentos por minuto) e temperatura corporal de 38,0 a 39,0ºC, em bovinos adultos (STÖBER, 2008), no entanto nos casos de deslocamento de abomaso para a esquerda estes parâmetros não sofrem alteração ou apresentam-se levemente aumentados, a não ser que ocorra uma doença concomitante (OGILVE, 2000).

O diagnóstico da doença é realizado através da auscultação de um som metálico no abomaso denominado “ping”, revelando então onde o órgão está localizado (GUARD, 2006). O local e o tamanho do “ping” tem variação, depende da quantidade de gás dentro do órgão, da pressão que o rúmen exerce sobre o mesmo e também pelo tamanho do animal. A localização do “ping” pode ir desde a nona costela até a fossa paralombar esquerda (CARDOSO, 2004).

O tratamento para a correção do deslocamento de abomaso é baseado na reposição do órgão em seu local anatômico, para isso são utilizados variados métodos cirúrgicos e não cirúrgicos, porém os métodos cirúrgicos promovem resultados mais satisfatórios em

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16 comparação as técnicas não cirúrgicas onde podemos citar o rolamento, a utilização de medicamentos parassimpatomiméticos entre outras técnicas (GUARD, 2006). Segundo Rebhun, (2000) os procedimentos cirúrgicos mais indicados são: abomasopexia paramediana direita, omentopexia do flanco direito e abomasopexia pelo flanco esquerdo.

Para reduzir a ocorrência do deslocamento de abomaso é importante tomar cuidados no período pré-parto dos animais, evitando um balanço energético negativo, mantendo as vacas sempre em um escore de condição corporal (ECC) adequado, fornecer água e alimentos de boa qualidade promovendo a máxima ingestão de matéria seca ao final da gestação (RADOSTITS et al., 2010). Outra forma de reduzir a casuística desta doença é promover um rápido aumento do volume do rúmen logo após o parto fornecendo uma alimentação variada com grande quantidade de volumoso, além de evitar e minimizar a ocorrência de doenças no período pós-parto (KAHN, 2008).

O presente estudo tem como objetivo relatar um caso de deslocamento de abomaso à esquerda, em uma fêmea bovina da raça holandesa que foi acompanhado durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária.

3.1.2 Metodologia e Resultados

Durante o período de Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, foi atendida uma fêmea bovina da raça holandesa, com quatro anos de idade e aproximadamente 650 kg de peso vivo, apresentando um ECC de 3,75 (escala de 1 a 5, onde 1 é magra e 5 é obesa).

Na anamnese o proprietário relatou que por estar no período de lactação à alimentação da vaca era à base de silagem de milho e em média 10 kg de concentrado (por refeição) no cocho além de água à vontade, informou também que a fêmea havia parido há dez dias, o parto ocorreu de forma eutócica não necessitando de auxílio, sendo a prole uma fêmea de grande porte, o proprietário ainda relatou que a placenta foi totalmente expulsa cerca de 3 horas após o parto. A principal queixa do produtor era a queda na produção de leite e diminuição no consumo de alimento que o animal teria apresentado cerca de dois dias antes da consulta.

Para a realização do exame clínico geral a vaca foi contida em um canzil, na auscultação foi possível verificar frequência cardíaca de 64 batimentos por minuto (bpm), frequência respiratória de 23 movimentos por minuto (mpm) e motilidade ruminal reduzida com um movimento ruminal por minuto. A temperatura retal aferida foi de 38,3°C. Após

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17 aferido os parâmetros fisiológicos foi realizada a percursão sonora do lado esquerdo na fossa paralombar e também entre o 11a e 13a espaço intercostal onde foi possível auscultar o som característico de “ping metálico” caracterizando a enfermidade, por via de precauções foi feita a ausculta do lado direito onde não foi detectada nenhuma alteração.

Diante da anamnese e dos sinais clínicos apresentados pela fêmea foi diagnosticado que a mesma estava acometida pela doença conhecida como deslocamento de abomaso para a esquerda. Logo, o Médico Veterinário optou então, pela correção cirúrgica do deslocamento através da técnica de abomasopexia pelo flanco esquerdo.

Primeiramente foi realizada uma prévia higienização da fossa paralombar esquerda com água e sabão, em seguida foi realizada uma tricotomia ampla da região e desinfecção com iodo diluído em água. Para a realização da anestesia local foi utilizada a técnica linear, anestesiando a linha de incisão em três camadas, pele, subcutâneo e muscular, com o uso da associação de cloridrato de lidocaína (2,00 g) e bitartarato de epinefrina (2,00 mg) (Anestésico Vansil®), no volume total de 100 mL.

Depois de feita a anestesia local foi realizada uma incisão para laparotomia incisando a pele, músculo oblíquo abdominal externo, oblíquo abdominal interno, transverso do abdômen e peritônio, sendo logo visualizado o abomaso deslocado, após então com o auxílio de uma agulha e um fio nylon número 3 foi feito uma sutura no abomaso tipo contínua simples de aproximadamente 5 cm, deixando em cada ponta 50 cm de fio livre. Em seguida com o auxílio de uma agulha 40x16 e um equipo foi retirado o ar do abomaso e depois de vazio o abomaso foi reposicionado no assoalho da cavidade abdominal, para facilitar a perfuração do assoalho da cavidade foi trocada a agulha, utilizando assim uma agulha em “S”, primeiramente foi passada uma ponta do fio para o meio externo da cavidade abdominal e depois acoplou-se a agulha na outra ponta do fio percorrendo o mesmo caminho da primeira, já com as duas pontas exteriorizadas o abomaso foi alocado em seu local anatômico e então na parte externa foi colocado um botão, realizando um nó de cirurgião e mais 4 nós simples para fixar o abomaso no devido local.

Depois de ter fixado o abomaso em seu local anatômico foi realizado a sutura da fossa paralombar esquerda em 3 camadas, a primeira camada de peritônio e músculo transverso do abdômen foi feita a sutura contínua festonada com o fio categute número 2, na segunda camada foram suturados o subcutâneo, músculo oblíquo abdominal externo e interno utilizando fio categute número 3 com pontos em sultan e a terceira camada suturada foi a pele onde foi feito uma sutura contínua festonada utilizando fio nylon número 3. Após o término

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18 da sutura foi realizada a limpeza do local com iodo diluído em água e aplicado Spray Prata® sobre os pontos e em toda área de tricotomia.

No pós-operatório instituiu-se uma solução terapêutica contendo sorbitol, estimulante da motilidade do aparelho digestivo (Digevet®), no volume de 500 mL, por via intravenosa; glicose a 5% no volume de 1000 mL por via intravenosa, solução polivitamínica (Mercepton®), no volume total de 100 mL por via intravenosa e borogluconato de cálcio (Prado Calcio®) no volume de 500 mL, totalizando 8,3 g de cálcio (considerando para o cálculo que cada grama de boroglucanato de cálcio tenha 8,3% de cálcio) por via intravenosa, além desta terapia aplicou-se também um antibiótico de amplo espectro, por via intramuscular, a base de Benzilpenicilina G Procaína, na dose de 15.384 UI/kg, Benzilpenicilina G Benzatina, na dose de 15.384 UI/kg, Sulfato de Dihidroestreptomicina, na dose de 30,76 mg/kg (Penfort® PPU) no volume total de 50 mL, este que foi indicado repetir durante dois dias na mesma dose e ainda foi utilizado antinflamatório meloxicam (Maxican 2%) na dose de 0,5mg/kg, no volume total de 15 mL, por via intramuscular, sendo também indicado repetir o mesmo por mais dois dias.

Ainda para o pós-operatório foi recomendado ao produtor que fornecesse ao animal somente alimentos volumosos, pasto verde e fenos, evitando fornecer alimentos concentrados por uma semana, após esse período então reintroduzir gradualmente os alimentos concentrados na dieta do animal.

Decorrido quatorze dias após a cirurgia foi realizada uma nova visita na propriedade para a retirada dos pontos de pele, nesse momento então o proprietário relatou que a vaca estava se alimentando normalmente e sua produção de leite havia retornado ao normal.

3.1.3 Discussão

A ocorrência do deslocamento de abomaso DA à esquerda é mais comumente vista em vacas de grande porte com alto potencial de produção de leite, esta enfermidade na maioria das vezes ocorre nas primeiras seis semanas pós-parto (RADOSTIS, 2010). Sendo considerada por Rebhun (2000) a enfermidade que caracteriza a maioria das cirurgias realizadas no abdômen de vacas leiteiras, condizendo assim com o caso acompanhado onde se tratava de uma fêmea de aproximadamente 650 kg de peso vivo com dez dias pós-parto.

Para Kahn (2008) diversos são os fatores que contribuem para ocorrência do DA, a hipomotilidade abomasal com aumento na produção de gás, são fatores que predispõem a sua ocorrência. Santos (2006) relata que dietas com pouca fibra e grande quantidade de

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19 carboidratos não só comprometem a ruminação como também reduzem a motilidade do abomaso reduzindo a sua taxa de esvaziamento, o autor ressalta ainda que a produção de gás no abomaso está associada intimamente com dietas ricas em concentrados. No caso atendido a dieta fornecida para a vaca continha alto teor de concentrados podendo então ser principal fator desencadeante da patologia neste animal.

Os sinais clínicos apresentados pelos animais com deslocamento de abomaso são geralmente redução no consumo de alimentos com diminuição da produção de leite, pode ser observada também uma diminuição no consumo de grãos, porém permanece ainda o interesse por alimentos volumosos, as fezes tornam-se mais fluídas e diminuem de quantidade (CARDOSO, 2004). Concordando assim com os sinais apresentados pelo animal atendido que apresentou perda de apetite e diminuição na produção de leite.

Na avaliação dos parâmetros fisiológicos da vaca atendida, não foi verificada nenhuma alteração significativa, concordando assim com Rebhun (2000) que destaca em seus estudos que os animais acometidos pelo deslocamento de abomaso a esquerda não sofrem alteração de frequência cardíaca e respiratória e nem de temperatura retal.

O diagnóstico do deslocamento de abomaso no caso acompanhado foi dado através da associação da anamnese com auscultação por percussão onde foi evidenciada a presença do “ping” metálico entre o 11a

e 13a espaço intercostal, concordando com Motta (2014) que destaca que o diagnóstico confirmatório desta patologia é dado através da associação da anamnese com um exame clínico detalhado que permite auscultar a presença do “ping” metálico, que segundo Kahn (2008) na maioria dos casos é localizado entre o 9a e 13a espaço intercostal.

Confirmada a enfermidade iniciaram-se os procedimentos para a realização da cirurgia para a correção do DA pelo método de abomasopexia pelo flanco esquerdo, que segundo Rebhun (2000) é bem aceita, pois tem como vantagem a possibilidade de realizar o procedimento com o animal em estação e também realizar a fixação do abomaso com uma sutura contínua na curvatura maior do órgão. Turner e McIlwraith (2002) enfatizam a importância de realizar uma tricotomia ampla na região do flanco esquerdo, condizendo assim com o procedimento realizado no caso acompanhado.

Realizada a devida higienização do flanco esquerdo, iniciou-se então o procedimento para anestesia local, utilizando a técnica linear, anestesiando a linha de incisão em três camadas: pele, subcutâneo e muscular, que segundo Turner e McIlwraith (2002) é uma técnica bem aceita para anestesiar o flanco esquerdo juntamente com bloqueio paravertebral em L invertido. A anestesia foi realizada com cloridrato de lidocaína associado ao bitartarato

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20 de epinefrina no volume total de 100 mL, concordando com Andrade et al., (2008), que recomenda a utilização deste anestésico por ser um anestésico local que possui alta capacidade de penetração nos tecidos com ação prolongada, podendo ser associado também a um vasoconstritor, conforme no caso acompanhado.

Após devidamente anestesiada a região paralombar, o procedimento consiste em realizar uma incisão de 20 a 25 cm na região do flanco esquerdo promovendo a abertura da cavidade abdominal, tomando sempre cuidado, pois o abomaso deslocado pode estar localizado imediatamente no local da incisão (TURNER e MCILWRAITH, 2002). O procedimento realizado no caso acompanhado foi condizente como descrito na literatura, depois de localizado o abomaso ectópico foi feita uma linha de sutura contínua simples com fio nylon de 5 cm sobre a curvatura maior do órgão, o abomaso foi esvaziado, alocado e fixado no assoalho da cavidade abdominal, concordando com Câmara (2011) que cita a sutura contínua simples com fio não absorvível uma boa opção para promover uma fixação segura do órgão.

Com o abomaso reposicionado em seu local anatômico foi realizada a sutura para o fechamento da cavidade abdominal, foram utilizadas 3 camadas de sutura, a primeira camada de peritônio e músculo transverso do abdômen foi feita a sutura contínua festonada com o fio categute número 2, concordando com Hendrickson (2010). Na segunda camada foi suturado o subcutâneo, músculo oblíquo abdominal externo e interno utilizando fio categute número 3 com pontos isolados em sultan e a terceira camada suturada foi a pele onde foi feito uma sutura contínua festonada utilizando fio nylon número 3 concordando com Turner e McIlwraith (2002) na maior parte do procedimento, discordando apenas na segunda camada de sutura que segundo o autor deve ser utilizada uma sutura contínua simples.

No pós-operatório imediato foi utilizada uma terapia suporte por via endovenosa para auxiliar na melhora da fêmea atendida, composta por um estimulante da motilidade do aparelho digestivo (Digevet®), no volume de 500 mL; glicose a 5% no volume de 1000 mL, solução polivitamínica (Mercepton®), no volume total de 100 mL e Boroglucanato de cálcio (Prado Cálcio®) no volume de 500 mL equivalente a 8,3g de cálcio concordando com Câmara (2010) que destaca que as terapias de suporte são muito valiosas no pós-operatório em conjunto com o tratamento cirúrgico, promovendo uma melhora clínica mais rápida das vacas submetidas à cirurgia de deslocamento de abomaso. Devido a desidratação e a possível cetose que o bovino desenvolve, a administração intravenosa de cálcio, glicose e suplementos vitamínicos são de extrema importância para a recuperação pós-operatória, pois auxiliam na restauração da motilidade e na reposição do déficit hidroeletrolítico (CARDOSO, 2004)

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21 Pelo fato do animal ter passado por um procedimento cirúrgico invasivo na cavidade abdominal torna-se importante a utilização da antibióticoterapia para evitar infecções secundárias (TURNER E MCILWRAITH, 2002). A penicilina procaína e benzatina pertencem ao grupo das benzilpenicilinas, antibióticos de longa duração que inibem o crescimento bacteriano com ação bactericida, sua atividade predominantemente é voltada sobre microrganismos gram-positivos, e as doses recomendadas são de 10000 a 20000 UI a cada 12 ou 24 horas (SPINOSA, 2010), o sulfato de dihidroestreptomicina que se encontra associado no medicamento (Penfort ®PPU) utilizado no caso, se trata de um aminoglicosideo que tem sua ação voltada principalmente sobre bactérias gram-negativas, explicando assim a sua associação com penicilinas naturais, para ampliar o espectro de ação do produto. No animal atendido, foram administrados 15.384 UI de penicilina e 30,76 mg/kg de sulfato de dihidroestreptomicina por via IM, estando de acordo com a literatura.

O uso do meloxican (Maxican® 2%) na dose de 0,5 mg/kg por via intramuscular durante três dias, está de acordo com Papich (2008), que cita a ação do meloxican como um potente anti-inflamatório não esteroidal (AINE), com ação analgésica e anti-inflamatória inibindo a síntese das prostaglandinas, com boa eficácia no tratamento de dor e inflamação associado a cirurgias de ruminantes.

Associado a toda terapia medicamentosa utilizada no pós-operatório, ainda foi indicado que produtor fornecesse à vaca durante uma semana somente alimentos volumosos, como feno e pasto verde, após esse período então, reintroduzir gradativamente alimentos concentrados na dieta, concordando com Turner e McIlwraith (2002) que enfatizam que a alimentação no período pós-operatório deve ser rica em fibras cruas para evitar a recidiva do caso e também promover um estímulo na motilidade do órgão (HENDRICKSON, 2010).

Para Turner e McIlwraith (2002) a retirada dos pontos de pele deve ser realizada entre dez a quatorze dias após o procedimento e o ponto de fixação do abomaso deve ser retirado após quatro semanas, que segundo o autor é o tempo necessário para ocorrer a devida aderência do abomaso, assim evitando recidiva do caso, concordando assim com o caso relatado onde os pontos de pele foram retirados quatorze dias após a cirurgia, permanecendo apenas o ponto de fixação do abomaso.

Segundo Kahn (2008) depois de realizar uma correção cirúrgica de deslocamento abomaso o prognóstico é favorável, com uma taxa de sobrevivência de 95%, porém o mesmo o torna-se reservado em condições onde sem tem um maior comprometimento do órgão ou algum tipo de alteração sistêmica (CÂMARA, 2010). Por isso torna-se importante a prevenção desta patologia evitando fornecer dietas que promovam atonia do abomaso e

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pré-22 estômagos, introduzindo aos poucos alimentos concentrados no pós-parto e também prevenindo a ocorrência de outras doenças nesse período, diminuindo assim a incidência de deslocamento de abomaso para a esquerda (GUARD, 2006).

3.1.4 Conclusão

De acordo com o caso clínico acompanhado, pode-se concluir que a fêmea bovina atendida foi acometida pela patologia conhecida como deslocamento de abomaso à esquerda, e conforme discutido no relato o método cirúrgico utilizado para a correção do deslocamento foi eficaz, pois o animal mostrou uma boa melhora clínica. Podendo salientar também que o manejo nutricional no período de transição é uma importante ferramenta para prevenir este tipo de patologia que causa muitas perdas para os produtores de leite.

3.1.5 Referências Bibliográficas

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(23)

23 OGILVIE, T. H. Doenças do Sistema Gastrointestinal de Bovinos. In:__OGILVIE, T. H. Medicina interna de grandes animais. Porto Alegre: Artmed, 2000. cap. 3, p. 61-96.

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24 4 RELATO DE CASO

4.1 ENDOMETRITE PÓS PUERPERAL DE GRAU II (CGII) EM UMA FÊMEA BOVINA DA RAÇA HOLANDESA

4.1.1 Introdução

Na bovinocultura leiteira são diversos os fatores que causam perdas econômicas para os produtores, sendo as perdas reprodutivas consideradas as principais, estas podem ser causadas por fatores, tais como, manejo nutricional e sanitário inadequados, estresse térmico, patologias do trato reprodutivo de fêmeas bovinas e patologias do período pós-parto (MELLO, 2014). De acordo com Moura et al., (2012) a ocorrência de casos de endometrite promove quedas no desempenho reprodutivo de rebanhos reduzindo as taxas de prenhez, aumentando o intervalo entre partos, com maiores taxas de retorno ao cio e queda na produção de leite (NASCIMENTO e SANTOS, 2017).

A endometrite se caracteriza por ser um processo infeccioso-inflamatório que acomete a mucosa mais interna do útero (endométrio), sua ocorrência se dá geralmente no período pós-parto em fêmeas bovinas e pode ser causada por retenção dos envoltórios fetais e pós-partos distócicos (BALL e PETERS, 2006; JAINUDEEM e HAFEZ, 2004). De acordo com estudos realizados por Smith (2006) a ocorrência desta patologia em bovinos se da frequentemente entre duas e oito semanas após o parto.

Segundo Rodrigues et al., (2008) a ocorrência da maioria dos casos de endometrite está relacionada diretamente a infecções bacterianas provenientes da flora vaginal normal, que atingem o trato genital superior das vacas. De acordo com Kahn (2008) os microrganismos mais encontrados causando esta patologia em fêmeas bovinas são o Arcanobactérium

pyogennes, sozinho ou associado com Fusobacterium necrophorum ou outros

microrganismos anaeróbicos Gram-negativos.

Os sinais clínicos mais frequentemente observados nesta patologia são corrimentos vaginais que podem variar de pús branco a muco estral ou ainda no ato da palpação ou exame com espéculo vaginal pode ser encontrado exsudato purulento (DROST, 2006). Palhano (2008) denomina esses corrimentos como cátaros genitais e os classifica em quatro graus diferentes de acordo com o tipo de secreção, sendo eles, CG I, CG II, CG III e CG IV, onde CGI é caracterizado por um aumento na secreção cervical de aspecto turvo, com primeiro anel cervical prolapsado, retornos de cio e fertilidade reduzida, na CGII o aspecto da secreção

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25 cervical é mucopurulenta com retornos de cio ou anestro, sem resultados positivos nas coberturas e inseminações artificiais, já na CGIII a secreção tem aspecto purulento, podendo estar acumulada no útero, a fêmea permanece em anestro persistente por todo curso da doença, pela presença de um corpo lúteo funcional e a CGIV é caracterizada por um aumento considerável no tamanho do útero, podendo ou não tem secreção vaginal purulenta e a fêmea também permanece em anestro pela presença de um corpo lúteo que se encontra funcional (BICUDO et al. 2008).

Segundo Bicudo et al., (2008) para escolher o tratamento a ser utilizado nos casos de endometrite deve-se levar em conta a classificação clínica da enfermidade, podendo então o tratamento variar desde utilização de antibióticos sistêmicos, infusões uterinas, administração de estrógenos até uma simples aplicação de prostaglandina para induzir o cio promovendo a limpeza natural do útero (BALL e PETERS, 2006).

O prognóstico da endometrite nas fêmeas bovinas, geralmente é bom, quando não há evolução da doença uterina para uma forma mais grave. As infecções uterinas no pós-parto podem ser reduzidas ou prevenidas, quando se toma medidas preventivas, tais quais a higiene no ambiente do parto, favorecendo um manejo adequado no período que antecede o parto e no momento de auxiliar o parto (DROST et al., 2006).

O presente estudo tem como objetivo relatar um caso de endometrite pós-puerperal de grau II em uma fêmea bovina da raça Holandesa que foi acompanhado durante o período de realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária.

4.1.2 Metodologia e Resultados

No período de execução do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, realizado na Prefeitura Municipal de Salvador das Missões, durante o exame reprodutivo dos animais em uma propriedade, foi atendida uma fêmea bovina da raça Holandesa de cinco anos de idade, com aproximadamente 600 kg de peso vivo e escore de condição corporal (ECC) de 3,25 (escala de 1 a 5, onde 1 é magra e 5 é obesa).

Na anamnese o proprietário relatou que o animal havia parido a cerca de quarenta e cinco dias da data do atendimento e que teria expulsado as membranas fetais no dia do parto, o produtor relatou também que desde então a vaca não havia demostrado nenhum cio. A alimentação do animal era à base de silagem de milho e concentrado no cocho além de pastagem de tifton que era ofertada aos animais em lactação no período da manhã e a noite.

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26 Com o objetivo de acompanhar a involução uterina pós-parto e também verificar a saúde uterina deste animal, durante o fomento, foi realizado o exame reprodutivo pela palpação retal onde foi possível verificar que os cornos uterinos estavam assimétricos e levemente contraídos, ainda no momento da palpação foi verificado corrimento vaginal de um conteúdo mucopurulento, conteúdo este, que foi avaliado de acordo com a viscosidade e aspecto. De acordo com as características do muco foi diagnosticado então que a fêmea estava acometida por uma endometrite de grau II.

Depois de diagnosticada a enfermidade instituiu-se o tratamento, o qual foi realizado com a administração de Cloprostenol Sódico (Sincrocio®), no volume de 2 mL, via intramuscular (IM), equivalente a 0,500 mg e também foi realizada a administração de Sulfato de gentamicina na dose de 300 mg, Cloridrato de bromexina na dose de 150 mg e Cloreto de benzalcônio na dose de 100 mg (Gentrin ®) no volume total de 100 mL por via intrauterina. Realizado o devido tratamento foi indicado ao produtor que observasse o animal, verificando se mesmo iria retornar a desenvolver cios regulares.

Passado alguns dias do atendimento foi realizada uma nova visita na propriedade para atender outro animal, buscaram-se então informações sobre a vaca, onde o produtor relatou que a mesma já havia demonstrado um cio, porém não teria sido inseminada.

4.1.3 Discussão

Inúmeros são os fatores que contribuem para a ocorrência de inflamações uterinas, dentre eles podemos citar a precária higienização no momento do parto, retenção de placenta, partos distócicos, doenças venéreas entre outros fatores (RIET-CORREA et al., 2001).Na maioria dos casos, a endometrite está associada a presença de um corpo lúteo persistente tornando o caso autoperpetuante, pelo fato de que o animal não entra em cio para eliminar os restos placentários e líquidos proteínicos do útero (BALL e PETERS, 2006). Concordando assim com o caso relatado onde a vaca atendida estava em anestro, provavelmente com a presença de um corpo lúteo persistente.

Vacas que parem muito magras ou que perdem muito peso no início da lactação também possuem uma maior susceptibilidade a doenças nesse período, como retenção de placenta e infeções uterinas. Uma vez parindo numa condição boa, a vaca é menos susceptível a ocorrência de doenças, mais rapidamente entra em cio depois do parto e produz mais leite no período de lactação. O escore ideal ao parto, para uma vaca da raça Holandesa é entre 3,25 e 3,5 (CARVALHO et al., 2010). Sendo que nesse caso acompanhado a vaca estava dentro do

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27 padrão da literatura, descartando então o escore de condição corporal (ECC) como um fator influenciador desta enfermidade.

Segundo Nascimento e Santos (2017) o útero no período pós-parto se torna um ambiente extremamente favorável para o desenvolvimento de microorganismos patogênicos, onde a decomposição dos restos de membranas fetais e líquidos proteínicos tornam o ambiente uterino um excelente meio de cultura, na maioria dos casos as infecções ocorrem no puerpério ou pós-aborto, porém podem ocorrer também após o coito ou inseminação artificial. No caso acompanhado a fêmea havia parido a cerca de quarenta e cinco dias, e o possível fator desencadeante da patologia no caso, poderia ser a permanência de algum fragmento placentário no útero favorecendo assim a proliferação de microorganismos.

Para Santos (2006) o período pré-parto é considerado um período de extrema importância para as vacas leiteiras, é nesse período que se deve fornecer aos animais uma dieta cátion aniônica negativa, a qual tem como objetivo promover o metabolismo do cálcio estimulando a reabsorção óssea do mineral (CAVALIERE e SANTOS, 2017), prevenindo assim a ocorrência de hipocalcemia no periparto, evitando assim a ocorrência de outras patologias subsequentes como prolapso uterino, deslocamento de abomaso, mastite e retenção de placenta, que segundo Youngquist (1993) os animais que passam por desequilíbrios nesse período pela ocorrência destas patologias são mais predispostos a desenvolver infecções uterinas, comparando com vacas que não apresentaram essas complicações.

Os sinais clínicos apresentados pelos animais acometidos pela endometrite variam de acordo com o grau de inflamação no útero, a endometrite de grau I ou CGI, é caracterizada pela dificuldade de concepção e retorno de cio regular, com prolapso do primeiro anel cervical e muitas vezes há grande quantidade de secreção mucosa com aspecto turvo pela fenda vulva, nos casos de endometrite de grau II ou CGII a secreção tem característica mucopurulenta e a vaca apresenta retorno ao cio após coberturas podendo permanecer em anestro, na CGIII a secreção vulvar tem aspecto purulento e as vacas permanecem em anestro e a CGIV é considerada uma evolução da CGIII, ou piometra (PALHANO, 2008).As vacas acometidas pela endometrite raramente apresentam sinais sistêmicos em geral o apetite e a produção de leite não são afetados (KAHN, 2008). De acordo com os sinais clínicos apresentados pela fêmea bovina atendida a mesma estava acometida por uma endometrite de grau II, ou seja, CGII.

A palpação retal segundo Riet-Correa (2001) é um método de diagnóstico para a endometrite, porém nos casos mais avançados, quando há edema e espessamento das paredes, além de bastante líquido no útero. Percebe-se um útero com aspecto “borrachudo” com as

(28)

28 paredes espessas, caído na cavidade abdominal. Sendo este o método para diagnosticar a patologia na vaca atendida no exame de rotina realizado durante o fomento.

A vaginoscopia e ultrassonografia também são consideradas alternativas muito eficazes para o diagnóstico de endometrites (JUNIOR et al., 2011), na vaginoscopia é possível obter informações adicionais, como quantidade, aspecto e odor do catarro genital, e a ultrassonografia permite verificar a presença de diferentes quantidades de conteúdo no lúmen uterino, as características desse conteúdo, além do aspecto do endométrio avaliando assim o grau de inflamação (KASIMANICKAM et al., 2004), no entanto Thomé et al., (2013) destaca que para se ter um diagnóstico preciso das inflamações uterinas devemos se basear na associações dos métodos, que incluem a palpação retal, a vaginoscopia e a ultrassonografia. Porém no caso acompanhado apenas foi realizado a palpação retal como método de diagnóstico da patologia.

Conforme estudos realizados por Rodrigues et al., (2008) os tratamentos que estão sendo utilizados para endometrites são com agentes luteolíticos derivados da PGF2α. Estes que são indicados para tratamento de infecções uterinas e tem por vantagem de não ter o descarte do leite quando comparado com a utilização de antibióticos por via intrauterina ou sistêmica.

De acordo com Neto-Palermo et al., (2010) os análogos de PGF2 são indicados para o tratamento de infecções uterinas como piometra e endometrite, pois promovem a contração do miométrio e endométrio e também tem efeito luteolítico. Conforme no caso acompanhado onde foi utilizada uma aplicação de 2mL de Cloprostenol Sódico (Sincrocio ®) pela via intramuscular, concordando também com Papich (2012) que destaca que a dose recomendada para bovinos é 2 mL de cloprostenol sódico, por via intramuscular, em dose única.

Riet-Correa et al. (2001) asseguram que após um período de 45 dias pós-parto as infusões uterinas podem ser utilizadas, desde que seja justificada tecnicamente a patologia. A quantidade de líquido a ser infundido varia de 50 a 100 mL, para que este atinja toda a parede do lúmen uterino. A gentamicina da classe dos aminoglicosídeos se trata de um potente antibiótico com efeitos satisfatórios no tratamento das endometrites, devendo ser administrado diretamente no útero, com o auxílio de uma pipeta de inseminação artificial (TERRA, 1991). Sendo então o tratamento utilizado correto, concordando com os autores no que diz respeito à dose e momento de aplicação da gentamicina intrauterina para o tratamento da patologia na fêmea atendida.

Para Junior et al., (2011) o diagnóstico precoce das afecções uterinas possibilita ao veterinário tomar decisões mais rápidas a respeito da adoção de diferentes tipos de tratamento,

(29)

29 levando em conta que o prognóstico se torna menos favorável se não diagnosticada a patologia precocemente, podendo comprometer o retorno das funções normais do útero e a atividade ovariana. Porém para Rodrigues et al., (2008) prevenir esse tipo de patologia ainda continua sendo a melhor forma de otimizar os índices reprodutivos nos animais, promovendo sempre a melhor higiene possível no momento do parto e após o parto, pelo fato de estes serem os períodos onde animal está muito suscetível à entrada de microrganismos no útero.

4.1.4 Conclusão

De acordo com o caso clínico acompanhado, pode-se concluir que a fêmea bovina atendida foi acometida pela patologia conhecida como endometrite de grau II, e conforme discutido no relato pode se destacar que o diagnóstico precoce e correto da patologia é um importante fator que influenciará no futuro reprodutivo do animal. O animal ter voltado a demonstrar cio, pode comprovar que o tratamento utilizado foi efetivo.

4.1.5 Referências Bibliográficas

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31 5 CONCLUSÃO

A realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária é uma etapa fundamental para a suficiente formação e capacitação de um profissional, pois é neste momento que podemos avaliar a nossa capacidade técnica, colocando em prática tudo aquilo que nos foi passado durante a graduação. Também nesse período temos a oportunidade de adquirir muitos conhecimentos ainda não vistos relacionados à profissão.

Durante o período de estágio percebi que a pecuária de leite está em constante expansão no município e região onde estagiei, com implantação de indústrias do setor lácteo, incentivos das prefeituras, avanço genético do rebanho e tecnificação das propriedades, onde o serviço de assistência técnica desempenha um papel importante para o aumento da produtividade nas propriedades, valorizando o trabalho do Médico Veterinário.

O estágio curricular supervisionado foi de grande valia. Acompanhando a rotina e conduta de um profissional que atua na área de clínica em bovinos leiteiros e prestando assistência técnica em propriedades de leite, com isto consegui desenvolver muitas habilidades pessoais e profissionais, permitindo também um melhor entendimento da produção leiteira.

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32 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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