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TÍTULO: EQUILÍBRIO, RISCO DE QUEDAS E A PREOCUPAÇÃO DE UMA POSSÍVEL QUEDA EM IDOSOS ATIVOS E NÃO ATIVOS

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: Educação Física SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): FACULDADE DO CLUBE NÁUTICO MOGIANO - FCNM INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): TONY ANDERSON DOS SANTOS AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): PEDRO LUIZ GARCIA BRAGA ORIENTADOR(ES):

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EQUILÍBRIO, RISCO DE QUEDA E A PREOCUPAÇÃO DE UMA POSSÍVEL QUEDA EM IDOSOS ATIVOS E NÃO ATIVOS

Pedro Luiz Garcia Braga 1

Tony Anderson dos Santos2

RESUMO

O processo de envelhecimento diminui gradativamente aspectos físicos e biológicos, com a diminuição da capacidade de se equilibrar e consequentemente de se locomover aumentando o risco de quedas em idosos. O objetivo deste trabalho foi analisar o equilíbrio e o risco de quedas e a preocupação de uma possível queda em idosos ativos e não ativos. O trabalho analisou 60 idosos frequentadores de lugares que oferecem atividades físicas para faixa etária de uma até três vezes na semana, o nível de atividade física foi analisado através do questionário de Baecke, o equilíbrio pelos testes da escala de Berg e índice de Tinetti (POMA-I) e a preocupação com a queda com o questionário (FES-I). Na análise verificou-se que idosos mensurados ativos têm melhor capacidade de equilíbrio e um menor risco de queda, já na preocupação com quedas tanto idosos ativos como não ativos não apresentaram grandes preocupações. Foi evidenciado que a prática de atividades física para terceira idade trás benefícios e diminuem as ocorrências de quedas.

Palavras-chave: Envelhecimento; Quedas; Atividade Física; Equilíbrio. INTRODUÇÃO

O envelhecimento é um assunto de grande interesse em todo o mundo e principalmente em países que estão em desenvolvimento como o Brasil, envelhecer cada vez mais mostra que o país evoluiu em alguns aspectos, como saúde, tecnologia, informação e melhor renda, tais características resultam em uma queda na mortalidade e o declínio considerável na fecundidade ocasionando uma mudança demográfica (LEE, 2003). Entre o século XIX e XX a fecundidade teve uma redução e a mortalidade também, ocasionando um aumento da população idosa, isso indica uma melhora da alimentação, avanço na medicina e controle de doenças infecciosas (CARNEIRO, et al. 2013).

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No Brasil no ano de 1960 o percentual de fecundidade obteve um declínio considerável, já nos anos entre 1940 a 1960 a mortalidade diminuiu significantemente, o que denomina uma população idosa não é a taxa de mortalidade menor e sim a de fecundidade (NASRI, 2008).

Segundo a divulgação do percentual da população projetada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em agosto de 2013, a população idosa no Brasil aumentará significantemente entre os anos de 2020 a 2060, no ano de 2020, 13,8% da população terá 60 anos ou mais, já no ano 2040 este percentual sobe 10% chegando há 23,8% e no ano de 2060 subirá para 33,7%, ou seja, a partir de 2060 a população de crianças e jovens será menor que a população idosa.

Um dos fatores que difere o envelhecimento da população é o gênero, há dados de 1980 que já mostrava que a população de idosos do sexo feminino já era mais elevada, em 2012 um percentual de 55,7% era do sexo feminino, uma projeção feita para o ano de 2050 deixa claro que as mulheres idosas serão sua maioria (SILVA, A.; DAL PRÁ, 2014).

À medida que envelhecemos nosso organismo passa por um acontecimento fisiológico que causa a degeneração que se sobressai ao processo de regeneração denominado de senescência, ao passar dos anos esse processo pode provocar doenças, mas a senescência não pode ser considerada como a grande responsável pelas doenças notado que alguns indivíduos da mesma idade contraem já outros não (GALLAHUE; OZMUN; GOODWAY. 2013).

O envelhecimento altera fatores biológicos, morfológicos, bioquímicos, funcionais e psicológicos, acarretando mudanças que vão influenciar na adaptação ao meio em que vive, esse processo pode deixar o indivíduo mais propenso á doenças, a sua capacidade funcional tende a diminuir levando os a se tornar dependentes, podendo dificultar a realização de atividades básicas da vida diária originada por uma redução na capacidade física e cognitiva (FERREIRA, et al. 2012). Envelhecer causa alterações naturais no indivíduo, há uma diminuição na força com a perda de massa muscular, fragilidade óssea, ocasionando uma postura inadequada, redução do equilíbrio e dificuldade maior em locomoção causada por alterações na marcha levando o indivíduo a uma possível queda (GASPAROTTO; FALSARELLA; COIMBRA, 2014).

Queda é quando o indivíduo sem a intenção vai ao chão passando de nível mais alto para um nível mais baixo, isso pode provocar diversos problemas ao idoso podendo o levar à morte, devido ás complicações que podem ocorrer após o evento como lesões e fraturas, estes casos ocorrem com mais frequência em indivíduos com mais de 65 anos de idade com um percentual de 25% a 40% ao ano (KIRKIWOOD; ARAÚJO; DIAS, 2006).

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Devido há vários fatores como equilíbrio, tempo de reação, reflexo, controle postural, coordenação motora, flexibilidade, acuidade visual, propriocepção e sistema vestibular com algum déficit ocorre uma diminuição na capacidade de se movimentar, fazendo com que a possibilidade de queda seja maior, idosos entre 65 a 74 anos de idade tem uma taxa de queda de 32% já os com 75 a 84 anos é de 35% e em idades mais elevadas como 85 anos o percentual aumenta para 51% (LIMA; CEZARIO, 2014). O ambiente em que o idoso vive também pode o levar a queda devido a pisos irregulares, tapetes mal colocados, degraus elevados ou estreitos, iluminação baixa, entre outros. (ALMEIDA, et al. 2012).

Como as quedas em idosos acontecem com certa regularidade, geram custos para o setor de saúde tornando-se assim um problema de saúde pública que pode ser minimizado com ações preventivas (CRUZ, et al. 2012).

A falta equilíbrio e da capacidade de se movimentar com independência são fatores de extrema relevância se tratando de quedas (CASTRO; et al. 2015). O equilíbrio corporal declina na senescência com a complexibilidade em integrar e recepcionar estímulos sensoriais para se controlar o centro de gravidade sobre a base através do controle postural e informações integradas do sistema vestibular, somatossensorial e receptores visuais, esse conjunto de sistemas sofrem déficits que por sua vez reduz o controle corporal causando desequilíbrio (SILVA, et al. 2014).

Tendo em vista que o processo de envelhecimento faz com que o risco de queda aumente o indivíduo que prática atividade física regularmente pode retardar as complicações e minimizar esse risco, atividade física melhora o equilíbrio que consequentemente tem um aperfeiçoamento na estabilidade postural e na marcha do idoso minimizando o risco de queda (PEDRINELLE; LEME; NOBRE, 2009).

Atividade física pode ser definida como qualquer movimento executado, repetido e que obtenha um gasto de energia, praticada com regularidade entre adultos maiores podem oferecer muitos benefícios à saúde melhorando aspectos físicos e biológicos e diminuindo o risco de doenças, declínio de capacidade funcional e a melhora na qualidade de vida (FERNANDES, 2014).

A prática de atividade física para idosos deve ser orientada e alguns aspectos devem ser considerados como atividade aeróbica, fortalecimento muscular, flexibilidade e equilíbrio, essas atividade praticadas com regularidade será um fator primordial para a saúde e a qualidade de vida do idoso (MATSUDO, 2009).

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MÉTODO

Participantes

Foram voluntários desta pesquisa sessenta idosos de ambos os gêneros divididos em dois grupos de Idosos ativos (IA) e Idosos não ativos (INA), contendo sessenta idosos praticantes de atividades de condicionamento físico de uma academia que realizam exercícios aeróbios, exercício resistido e exercícios de flexibilidade de uma até três vezes na semana.

Critério de exclusão e inclusão dos participantes

Foi adotada como critério de exclusão, a realização de tratamento para manifestações cognitivas, psicológicas ou psiquiátricas, alcoolismo e problemas osteomusculares que o impossibilite de realizar os testes aplicados nesta pesquisa. Também foi perguntado aos participantes do estudo se em algum momento da vida passou por alguma intervenção cirúrgica, com o objetivo principal de verificar possíveis cirurgias que poderiam contaminar os dados. A seguir foi apresentada a descrição detalhada destas abordagens de acordo com o desenvolvimento da pesquisa e dos experimentos.

Instrumentos e materiais

Em cada voluntário foi verificado o peso e a altura com uma balança mecânica com régua 150 kg, 110-CH da marca Welmy. Também foi aferido à circunferência do abdômen com uma fita de medida antropométrica de 150 cm simples.

A verificação do nível de atividade física dos voluntários foi realizada mediante a aplicação do questionário Baeck (BAECKE et al.,1982). Este questionário contém dez perguntas relacionadas às atividades de vida diária, e foi também perguntado se o indivíduo pratica alguma atividade esportiva ou de lazer e, se realiza, qual a frequência, intensidade e tempo de prática. Para cada atividade teve um código numérico de intensidade que não possui unidade, os códigos foram criados baseados em gasto energético. A pontuação do questionário de Baeck varia em uma escala de 0,5 pontos. Sendo assim, a pontuação irá variar de 0,5 pontos, referente á uma hora ou menos de atividade física, e 8,5 para 8 horas ou mais de pratica. Já para meses o indivíduo que pratica a 1 mês ou menos foi pontuado com 0,04 e com 9 meses ou mais de pratica 0,92. Obtendo os 3 códigos tanto da

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atividade, frequência e tempo de pratica esses valores serão multiplicados e depois somados obtendo-se um valor total, podendo se mensurar indivíduos ativos e não ativos.

O equilíbrio corporal dos voluntários foi utilizada a Escala de Berg que foi desenvolvida por (Berget et al.1989), adaptada e traduzida por (Miyamotoet et al. 2004). Este teste foi realizado com um cronômetro, uma régua com fundos de escala de 5,12,5 e 25cm, uma cadeira com encosto e altura de 46 cm. Cada teste foi pontuado de 0 a 4, onde 0 caracteriza a necessidade de ajuda e 4 não necessita de nenhuma ajuda. Depois de todos os procedimentos realizados foi somado os resultados cada item obtendo um valor total não maior que 56.

Juntamente com Escala de Berg foi utilizado o teste POMA I (ÍNDICE DE TINETTE) 1986, criado por Tinetti, Williams e Mayewski (ABREU, 2008). Este instrumento de avaliação é composto por procedimentos que analisam mudanças durante a marcha, equilíbrio estático e o equilíbrio dinâmico, teste validado por (Petiz, 2002), (CARVALHO, et al. 2007). O teste possui 16 questões das quais 9 se relacionam para equilíbrio e 7 para marcha. Com variância de 0 a 1 de 0 a 2, soma de todas as questões verifica se os números. Os resultados que forem baixos subentende se que o individuo possui uma habilidade física dificultosa. 12 será a maior pontuação para marcha e 16 para equilíbrio num total de 28 pontos.

E por fim foi aplicado um segundo questionário desenvolvido por Tinette, Richmane Powell (1990), teve sua validação em (2005) pelo Yardley et al, o teste também teve uma adaptação e validação cultural para brasileiros, que possui características de avaliar alguns aspectos mediante a questionário na intenção de mensurar a preocupação de uma possível queda em idosos (CAMARGOS, et al. 2010). O questionário possui 16 perguntas relacionadas ás preocupações das atividades básicas diárias que podem os levar a queda. Foi entrevistado cada integrante da pesquisa com o respectivo questionário, cada pergunta teve uma pontuação de 1 a 4, sendo 1 nem um pouco preocupado, 2 um pouco preocupado, 3 muito preocupado e 4 extremamente preocupado.

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Procedimentos

Os indivíduos foram avaliados no próprio local onde praticam atividades físicas, de acordo com a disponibilidade do local. Para a coleta dos dados medições de circunferências, peso e altura, foi solicitado aos participantes que retirassem seu calçado e ficassem com as roupas mais leves.

No mesmo local onde foram realizadas as coletas de dados foi aplicado o questionário de Baecke, após a Escala de Berg e Ìndice de Tinetti (POMA) e ao final o questionário de Escala de Eficácia de Queda Internacional (FES-I).

Tanto os dados iniciais como os finais foram coletados durante 6 semanas. A coleta ocorreu em uma sala disponibilizada pelos centros de atividades para os idosos.

Análise dos dados

Os dados foram analisados de forma qualitativa de acordo com as referências dos respectivos protocolos e quantitativamente entre os referidos grupos. Para a análise estatística será utilizado o teste Anova do software SPSS versão 21. Adotando nível de significância de p< 0,05.

RESULTADOS

Foram entrevistados 60 idosos divididos em 30 idosos ativos e 30 idosos não ativos, onde o grupo ativo teve 19 participantes do sexo masculino e 11 do sexo feminino, já o grupo não ativo teve 9 participantes do sexo masculino e 21 do sexo feminino totalizando 20 pessoas do sexo masculino e 40 pessoas do sexo feminino.

Para mensurar o grupo ativo do não ativo foi aplicado o questionário de Baecke que continham perguntas sobre tarefas domésticas e do dia-dia, prática esportiva e lazer dos entrevistados. Esses idosos entrevistados eram frequentadores de centros que oferecem atividade física sistematizada para sua faixa etária e não houve a exclusão de nenhum entrevistado.

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Depois dos dados coletados e analisados pode se observar algumas diferenças nas variáveis de idade e peso e no índice de massa corporal (IMC) dos participantes. Em relação à idade e o peso o grupo ativo apresentou 64,9 ± 4,8 na idade e no peso 67,5 ± 10,95, já no grupo não ativo os dados foram 67,8 ± 7,7 (P=0,081) e em idade 73,5 ± 13,23 (P=0,062) para peso. A altura se apresentou normal diante das análises. O cálculo de peso dividido pela altura ao quadrado o IMC teve média de 25,9 ± 4,31 no grupo ativo e 28,5 ± 4,6 e significância de (P= 0,030). As características dos participantes foram se definindo a partir de análises anteriores, no IMC pudemos identificar a classificação do estado nutricional de cada indivíduo e a circunferência abdominal a qual nos da o fator de risco mensurado em baixo risco e alto risco.

A tabela 2 pode se observar que 36,7% dos participantes eram do sexo masculino enquanto 63,3% eram do sexo feminino no grupo ativo, no grupo não ativo 30,0% eram do sexo masculino e sexo feminino 70,0 % não apresentando significância (P= 0,584). A classificação abdominal com uma porcentagem de 43,3% em baixo risco e 56,7% em alto risco no grupo ativo e 46,7% em baixo risco, 53,30% em alto risco entre os participantes do grupo não ativo.

O estado nutricional dos grupos analisados mostrou significância de (P=0,015) onde o grupo ativo teve 30,0% baixo peso, 56,7% eutrofia e 13,3% acima do peso, o grupo não ativo com percentual de 3,3 baixo peso, 30,0% eutrofia e 66,7% acima do peso entre os participantes.

Assim, foram incluídos todos os 60 participantes divididos pelos grupos, os dois grupos foram submetidos a testes de equilíbrio um denominado de Escala de Berg e o outro de índice de Tinetti que incluía além de teste de equilíbrio o teste de

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marcha para verificar possíveis riscos de queda, além destes testes outro questionário foi aplicado no final de toda análise para complementar a pesquisa e verificar se esses idosos tinham preocupação ou não de cair como podemos verificar na (tabela 3).

Tanto o índice de Tinetti e escala de Berg apresentaram riscos de queda para o grupo não ativo, a escala de Berg dentre as pontuações máximas e mínimas apresentaram para o grupo ativo média de 50,13 ± 6,9 e 41,8 ± 11,18 no grupo não ativo com significância (P= 0,001), no índice de Tinetti 21,23 ± 2,37 grupo ativo enquanto 18,37 ± 5,04 do grupo não ativo também com significância de (P= 0,007).

O (FES-I) Escala de eficácia de queda internacional foi aplicado para todos os participantes e não houve diferença significativa entre os grupos com 23,33 ± 8,40 nos ativos e 23,57 ± 8,04 não ativo (P= 0,913).

DISCUSSÃO

Vários estudos avaliam o equilíbrio dos idosos e prevalência de quedas entre eles, tal assunto vem sendo estudado por muitos pesquisadores da área pelo fato de cada vez mais se confirmarem que a fragilidade entre os idosos levam esses indivíduos a quedas tal fato os mantêm por mais tempo internados gerando gastos e se tornando um problema de saúde pública (GASPAROTTO; FALSARELLA; COIMBRA. 2014).

O presente trabalho avaliou idosos que praticam atividades físicas em centro especializado para idosos para uma avaliação de quão esses idosos são ativos, estudos encontrados foi utilizado o questionário de Baecke modificado para idosos.

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Assim como estudo de (MARTINS; FERNANDES; MENDES. 2016) as mulheres se sobressaem á nível de atividade física. Na validação do teste feita por (MAZO, et al. 2001) deixa claro que o teste tende a mesurar pessoas menos ou mais ativa. Dentro desta perspectiva o teste avalia o dia-dia, tarefas domésticas, esportiva e de lazer, muitas vezes as tarefas domésticas são mais comum a serem praticadas pelas mulheres o que leva a pensar que a probabilidade de o teste dar uma pontuação maior em questão de gênero deve se levar em consideração.

Aspectos fisiológicos interferem na capacidade de equilíbrio em idosos e a falta de atividade física pode agravar tais aspectos deixando evidente que a não prática de exercícios físicos limitem ainda mais esta capacidade (VIEIRA; APRILE; PAULINO. 2014). Em estudo como de (RUBIRA, et al. 2014) utilizando a escala de Berg houve diferença significativa em idosos após práticas psicomotoras na melhora do equilíbrio, nas análises de (TOMICKI, et al. 2016) mais intervenções de exercícios físicos foram aplicados e mostraram na prática melhoras.

Não diferente deste trabalho quando comparados os grupos o grupo ativo teve por sua vez pontuação melhor que o grupo não ativo em relação à escala Berg e o índice de Tinetti, corroborando com alguns estudos que a prática de exercícios tem impacto direto ao equilíbrio na terceira idade.

O índice de Tinetti que avalia o equilíbrio em idosos vem para complementar à escala de Berg neste trabalho a realização do teste muitas vezes os participantes têm dificuldades em realizar determinados procedimentos pela falta de equilíbrio, por isso quando usado os dois teste a complementação da marcha da uma eficácia maior na mensuração da capacidade de equilíbrio, como visto na pesquisa de (SZYDLOSKI, et al. 2015) após aplicação de exercícios a marcha dos idosos analisados apresentaram melhoras significativas.

A falta de equilíbrio leva o indivíduo à queda gerando muitos problemas, o trabalho também se preocupou em saber se esses idosos ativos e não ativos se preocupavam em cair. Em uma revisão bibliográfica de (MALINI; LOPES; LOURENÇO. 2014) mostra que nem todo trabalho realizado para manutenção de equilíbrio enfatiza o medo de sofrer uma queda a não ser idosos que já a sofreram.

Nesta pesquisa tentou-se verificar o medo de uma possível queda, está verificação foi feita através da Escala Internacional de Quedas (FES-I), assim como a análise feita por (ANJOS, et al. 2015) não houve preocupação significativa entre a maioria entrevistados.

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Em alguns casos como o estudo de (RICCI, et al. 2015) o questionário aplicado identificou alta preocupação em cair em idosos com hemiparesia mas não pode ser comparados com idosos de comunidade, assim como os entrevistados participantes desta pesquisa, os únicos que apresentaram medo de queda foram os mais debilitados, que já tinham histórico de quedas ou usavam dispositivos de marcha, fora esses detalhes nenhum outro participante esboçou o medo em relação a queda.

Um ponto importante de se abordar é que o (FES-I) existem perguntas de respostas evidentes como a pergunta 11 do questionário que fala sobre a preocupação de se cair em superfícies escorregadias, na qual todas as respostas foram extremamente preocupados, outra pergunta que teve quase que todas as respostas iguais e automáticas foi a da questão 3 que pergunta sobre o medo de cair na preparação de refeições simples a resposta foi que não estavam nem um pouco preocupados. Como o teste foi traduzido para nossa língua pode ser que as perguntas não estejam bem formuladas a nossa realidade deixando a impressão de que o questionário não é eficiente para tal mensuração.

A pesquisa realizada mostra com clareza que a prática de atividade física tem total relação com o equilíbrio corporal dos idosos, tanto em medições como em testes aplicados as diferenças entre os ativos eram mais favoráveis quanto ao do grupo não ativo, dentro da pesquisa feita para elaboração do trabalho pode se perceber a preocupação em relação ao assunto e as práticas de exercícios elaboradas para a melhora de equilíbrio e consequentemente a diminuição da probabilidade de queda, porém, nenhum trabalho apresentou um programa de exercício junto com a conscientização do risco de queda, isso se tornou evidente na coleta de dados à maioria dos entrevistados não tinham a noção do grave problema que pode causar uma queda na terceira idade, este questionário aplicado foi para complementar o trabalho mostrando que é um ponto importante de se trabalhar, uma vez que, consciente dos danos que podem trazer após um evento de queda, talvez, os idosos ficariam mais atentos a uma possível queda, minimizando os riscos e obtendo uma melhor qualidade de vida.

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CONCLUSÃO

O resultado desse estudo demonstrou que a prática de atividades físicas contribuiu para um melhor equilíbrio e diminuição do risco de queda, apesar de que a preocupação com a queda tanto em idosos ativos como os idosos não ativos é mínima.

Evidenciamos que é essencial a prática de atividades físicas na terceira idade, porém, não há muita divulgação da imensidão do problema que pode gerar a queda. Entende se que além de um programa de exercícios físico para terceira idade é de extrema importância à conscientização sobre as quedas.

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