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Academic year: 2021

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TÍTULO: MÉTODO CANGURU- ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO PROCESSO DE ACOLHIMENTO E ASSISTÊNCIA AO BINÔMIO E FAMÍLIA DURANTE A HOSPITALIZAÇÃO.

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: Enfermagem SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES - UMC INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): CAMILA CAETANO SANTANA, EMERSON BARBOSA DA SILVA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): LILIAN ROSARIO DEL CARMEN MAUREIRA ORIENTADOR(ES):

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1. RESUMO

Este estudo visa investigar, por meio de uma revisão integrativa, descritiva, exploratória e quantitativa da atuação da enfermagem, com ênfase no método canguru, envolvimento familía e binômio no processo. Realizado nas bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO); Scientific Eletronic Library Online, Revista Latino-Americana de Enfermagem (SCIELO RLAE), Revista Brasileira de Enfermagem (REBEn). Os critérios de inclusão utilizados foram: artigos escritos por um autor enfermeiro; artigos disponíveis na íntegra no sistema online; artigos nacionais em idioma português, escritos no período de 10 anos; que incluíssem os Descritores em Ciências da Saúde – DeCS. Os resultados evidenciam a importância de realizar um trabalho de inclusão da da familía no processo do cuidar, que permita extender o conceito de acolhimento, apego e fortalecimento do vínculo entre eles, e não apenas entre o binômio, mas com toda pluralidade de configurações de família.

2. INTRODUÇÃO

Criado em 1978 pelo Dr. Edgar Rey Sanabria, Instituto Materno- Infantil (IMI) de Bogotá- CO, o Método Mãe-Canguru (MMC) baseava-se na colocação do bebê entre os seios maternos, em contato pele a pele, posicionado em supina (postura preventiva para refluxo gastresofágico e aspiração pulmonar). O intuito era a desospitalização mais rápido possível (saída da incubadora e logo após melhoras para casa), sendo mantidos aquecidos com o calor do corpo de sua mãe, minimizando agravos e criação de vínculos, além da redução de infecções e superlotação que era evidente na época de criação do método (LAMY et al., 2005).

Devido o crescimento do parto prematuro em países subdesenvolvidos, essa questão têm sido tratada como um problema de saúde pública (ROSANGELA, BARROS; NASCIMENTO, 2013).

Se compreende nascimento prematuro, aquele no qual ocorre antes da 37ª semana de gestação, bem como, é considerado recém-nascido (RN) de baixo peso, aquele no qual o seu peso de nascimento seja inferior à 2500g(SPEHAR; SEIDL, 2013).

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A sobrevida de recém-nascidos prematuros (RNPT), os nascidos vivos com idade gestacional menor que 37 semanas, está relacionada à estrutura e a qualidade do cuidado antenatal, da assistência ao trabalho de parto e do atendimento neonatal. (BRASIL, 2011).

Segundo a Organização Mundial de Saúde em 2012, no relatório “Born Too Soon: The Global Action Report on Preterm Birth”, o Brasil está em 10º país do mundo quando se refere aos nascidos vivos prematuros e o 16º em óbitos provindos de complicações da prematuridade. Os dados de 2013 indicam que, nascem em torno de três milhões de crianças ao ano, as quais 350.000 apresentam idade gestacional menor que 37 semanas, constituindo 45.000 entre 22-31 semanas e 40.000 com peso ao nascer menor que 1.500g (BRASIL, 2016).

A área da neonatologia continua passando por diversas mudanças nos últimos anos, mudando conceitos e buscando evidências científicas, aumentando os resultados na assistência prestada ao RN e sua família (SANTOS et al., 2012).

Visto essas mudanças estarem ocorrendo em diversos países, está muito em uso, o método canguru (MC), usado para tentativa de diminuir a mortalidade infantil, aproximação da família ao RN, especialmente a mãe (SPEHAR; SEIDL, 2013).

3.OBJETIVO

Realizar uma revisão integrativa relacionada ao tema: atuação da enfermagem, com ênfase no método canguru, envolvimento familía e binômio no processo.

4.METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa de caráter descritivo e exploratório de artigos científicos, no qual foi obtida através das bases de dados. Scientific Eletronic Library Online (SCIELO); Revista Brasileira de Enfermagem (REBEn), Revista Latino-Americana de Enfermagem (SCIELO RLAE) período de julho e Agosto de 2018.

Para o levantamento dos artigos foram utilizados os descritores: método canguru, humanização, assistência de enfermagem e enfermeiro. Os critérios

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de inclusão utilizados para seleção da amostra foram: artigos que tenha entre os autores ao menos um pesquisador enfermeiro; artigos disponíveis na íntegra no sistema online; artigos nacionais em idioma português, escritos no período de dez (10) anos; que incluíssem os Descritores em Ciências da Saúde – DeCS.

Na operacionalização dessa revisão, utilizaram-se as seguintes etapas: identificação do tema e seleção da questão norteadora; critérios para seleção da amostra; definição de informações a serem extraídas dos estudos selecionados; categorização dos estudos; avaliação, interpretação dos resultados e apresentação da revisão. Foram utilizados 14 (quatorze) artigos que responderam à questão norteadora e definiram a amostra final da presente revisão.

Quadro 1- Descritores Cruzados nas bases de dados da Scielo. Descritores Nº de artigos na scielo Descritores cruzados Nº de artigos no Brasil (SCIELO)

Método Canguru 22 Método

Canguru/Enfermagem 76 Enfermagem 22 Enfermagem/Método Canguru 18 941 Neonatologia 2 Neonatologia e educação em saúde. 451 5. DESENVOLVIMENTO

Foi instituído pelo Ministério da Saúde no ano de 2000, a Portaria n° 693, de 5 julho, que estabelece a Norma de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso (Método Canguru). Com essa norma já em vigor, hospitais já podem promover essas ações em suas unidades, visto que no Brasil, a principal causa de mortalidade infantil, são as afecções perinatais (BRASIL, 2013).

Após o nascimento é realizado a pesagem em gramas, perímetro cefálico e a medida em centímetros do RN, o baixo peso ao nascer é considerado menos de 2 500 g (até 2 499 g, inclusive), peso muito baixo menos de 1500 g (até 1499 g, inclusive) e peso extremamente baixo ao nascer menos de 1 000 g (até 999 g, inclusive). De acordo com esses parâmetros podemos identificar a idade gestacional

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que compreende pré- termo menos de 37 semanas completa termo de 37 semanas a menos de 42 semanas completas e pós- termo 42 semanas completas ou mais (CRUZ; SUMAM; SPINDOLA, 2007).

O MMC é uma das formas de atendimento do RN Pré-termo, em seu tempo de hospitalização como também após alta. A humanização do atendimento do RN e de sua mãe bem como o preparo da equipe e família colabora para que o mesmo possa ter alta mais rápido, aumentando o vinculo afetivo e a união da mesma. O contato pele a pele do RN com sua mãe ou com quem se habilitar durante a realização do método contribuí na redução dos custos com a hospitalização e principalmente o desenvolvimento do RN (COSTA; MONTICELLI, 2006).

De acordo com a portaria GM/MS nº 1.683 de 12 de julho de 2007 e parte dos princípios da atenção humanizada a fim de proporcionar a menor separação entre a mãe e o RN, monitorar a temperatura adequada, diminui o estresse e a dor, favorece o vínculo entre a mãe e o RN como também proporciona a disposição para aleitamento, melhora a relação familiar, e capacita os pais para cuidado com o RN durante a internação e após alta hospitalar (BRASIL, 2009).

Ainda de acordo com essa portaria, o MC é realizado através de três etapas, duas fases hospitalares e uma ambularorial (BRASIL, 2013).

O alojamento conjunto visa à supervisão da assistência de mãe e filho, considerado um lugar para a educação em saúde e cuidados para os pais, para que eles entendam a importância de seguir os procedimentos de cuidado com seu RN e para a equipe sobre os cuidados exigidos ao RN do nascimento até a alta (MARQUES; MELO 2008).

Desta forma, ingressado binômio mãe-filho, será encamihado ao setor, procedente da sala de parto ou do setor de cuidados intermediários. Deverá ser evitado o ingresso de: mães com doenças infectocontagiosas que requeiram isolamento, mães com complicações obstétricas graves mãe psicopatas, puérperas pós-aborto, mães de natimortos, mães de recém-nascidos malformados; Ao

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ingressar no setor, a mãe deverá receber informações verbais e por escrito sobre o funcionamento do setor (BRASIL, 1991).

Com isso, as evidências científicas demonstram que há benefícios da amamentação, bem como: Evita mortes infantis, diarréia, infecção respiratória, diminui o risco de alergias, hipertensão, colesterol alto e diabetes; reduz a chance de obesidades, etc. Tudo isso é evidenciado de forma intensa quando a amamentação ocorre de forma exclusiva até os seis meses de idade e complementada até pelo menos os 2 anos ou mais.” (BRASIL, 2009).

Sabe-se que o aleitamento materno é imprescindível para qualquer criança e em para o RN pré-termo é fundamental, pois ele proporciona benefícios nutricionais, emocionais imunológicos o ganho de peso, suas chances de vida também melhoram, já que é de onde vem sua fonte de alimentação. Se o RN não possuir a habilidade de sucção do peito da mãe e mesmo com a estimulação essa amamentação não ocorrer de forma natural, ela pode retirar o leite de seu peito e alimentar, com a mamadeira (ALMEIDA; LUZ; UED, 2014).

O banco de leite humano: centro especializado, responsável pela promoção do incentivo ao aleitamento materno e à execução das atividades de coleta, processamento, estocagem e controle de qualidade do leite humano extraído artificialmente, para posterior distribuição, prescrição de médico ou nutricionista (BRASIL, 2008).

É importante dentro desse contexto diferir Método Canguru e Posição Canguru, o primeiro sendo mais abrangente e ultrapassa a Posição Canguru. Muitas vezes o bebê ainda não tem estabilidade clínica para poder ser colocado em posição canguru, mas as ações que envolvem o método já foram iniciadas através do acolhimento à família, da construção de rede social e da atenção individualizada ao bebê (MS, 2002) Os profissionais da saúde devem estar atentos às particularidades de cada mãe, respeitando sua singularidade, fortalecendo as orientações, sanando dúvidas, visando que a manutenção do método também após alta (SPEHAR; SEIDL, 2013). O Programa, no Brasil, não tem como objetivo a substituição de incubadora ou de qualquer outra tecnologia ou recursos humanos e sim a promoção de uma

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mudança institucional na busca de atenção à saúde, centrada na humanização da assistência e no princípio de cidadania da família (MS, 2002).

Muitas vezes, o tema “humanização” é abordado como um desafio por muitos. Deve-se ampliar estas ações, visando um atendimento que o profissional também seja incluído nessa humanização, e não apenas na relação professional-usuário (LAMY et

al., 2005).

6. RESULTADOS

Dos 14 artigos selecionados que atenderam aos critérios de inclusão, exploraram a importância de se conhecer e identificar a necessidade da aplicação do MMC em recém-nascidos pré-termos que se enquadravam nos padrões de atenção deste método e a importância da orientação dos pais e equipe sobre a realização do método e o quanto o seu uso agrega no desenvolvimento do RN. 02 artigos mostraram a importância do MMC nas unidades neonatais, 01 artigo mostrou sobre os índices de mortalidade, 02 artigos mostraram a importância do aleitamento materno, 01 mostrou o olhar problematizador de uma equipe neonatal e 01 mostrou os primeiros cuidados prestados ao recém-nascido e a promoção do vínculo mãe-bebê e por fim 03 Manuais descreveram todos os parâmetros legais na atividade e manejo com o RN, desde parto até a sua alta hospitalar.

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Por meio desta revisão, foi possível compreender a importância do enfermeiro frente ao MMC e sua humanização, do seu papel de promoção e educação em saúde, desde sua equipe como também dos pais e de seus familiares.

A família tem um papel muito importante no desenvolvimento do RN após a alta, no qual deverão aplicar todos os ensinamentos obtidos no hospital, a partir do aleitamento que irá auxiliar no seu ganho de peso e se possível não utilizar o aleitamento artificial, a continuidade do método. Ela deve estar informada sobre a real situação clínica do paciente. Vale ressaltar que o fato desse bebê ter recebido alta não exclui a possibilidade retorno, neste caso e destacada a importância do acompanhamento por um pediatra e um enfermeiro neonatologista que irão avaliar o seu crescimento oferecendo assim mais informações e subsídios para a família.

Os profissionais da saúde encontram apoio junto ao Ministério da Saúde, nas Politícas Nacionais que direcionam sobre a atenção ao recém-nascido e também, a Portaria da Humanização, ambas usadas como eixo nas tomadas de decisões e criação de ações durante a sua implementação, visando não somente a efetivação de uma sociede saudável, como colaborador da redução da mortalidade infantil.

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8. FONTES CONSULTADAS

1. ALMEIDA, Moreira Jordana; LUZ Barros Araujo de Silvana; UED Veiga da Fabio, Revista paulista de pediatria, apoio ao aleitamento materno pelos profissionais de saúde: revisão integrativa da literatura, Outubro de 2014. 2. BATISTA, Victor Renato, Evolução da mortalidade infantil por causas evitáveis: série histórica 1997-2006, Distrito Federal, março 2011.

3. COSTA R, MONTICELLI M. O Método Mãe-Canguru sob o olhar problematizador de uma equipe neonatal. Revista Brasileira Enfermagem 2006 jul-ago; 59(4): 578-8.

4. COSTA, Roberta; MONTICELLI Marisa, O Método Mãe-Canguru sob o olhar problematizador de uma equipe neonatal, julho de 2006.

5. CRUZ, Santos dos Carvalho Daniela, SUMAN, Simoni de Natália, SPINDOLA,Thelma.

6. MARQUES, Santos dos Cecilia Maria; MELO, Medeiros de Adriana, Amamentação no alojamento conjunto, 2008.

7. MINISTERIO DA SAÚDE, atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso, método canguru, Brasília 2008.

8. MINISTÉRIO DA SAÚDE, atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso, método canguru manual técnico, Brasília 2011.

9. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Manual de assistência ao recém-nascido, Brasília 1994.

10. MINISTÉRIO DA SAÚDE, saúde da criança: nutrição infantil – aleitamento materno e alimentação complementar, Brasília 2009.

11. SANTOS, Luciano Marques et al . Avaliação da dor no recém-nascido prematuro em Unidade de Terapia Intensiva. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 65, n. 1, p. 27-33, Feb. 2012 . Available from

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672012000100004&lng=en&nrm=iso>. access

on 19 May 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672012000100004 12. SILVA, Laura Johanson da et al . Nurses' adherence to the Kangaroo Care Method: support for nursing care management. Rev. Latino-Am.

Enfermagem, Ribeirão Preto , v. 23, n. 3, p. 483-490, June 2015 . Available

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on 31 Aug. 2018. Epub July 03, 2015. http://dx.doi.org/10.1590/0104-1169.0339.2579.

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13. SPEHAR, Mariana Costa; SEIDL, Eliane Maria Fleury. Percepções maternas no Método Canguru: contato pele a pele, amamentação e autoeficácia. Psicol.

estud., Maringá , v. 18, n. 4, p. 647-656, Dec. 2013 . Available from

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722013000400007&lng=en&nrm=iso>. access

on 31 Aug. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-73722013000400007. 14. VENANCIO, Isoyama Sonia; ALMEIDA de Honorina, Método Mãe Canguru: aplicação no Brasil, evidências científico e impacto sobre o aleitamento materno, Agosto de 2004.

Referências

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