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DISSERTAÇÃO_Sistema de detecção de colisão entre veículos utilizando GPS e

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Academic year: 2021

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(1)ANTONIO RAFAEL SANT’ANA. ˜ DE COLISAO ˜ SISTEMA DE DETECC ¸ AO ENTRE VE´ICULOS UTILIZANDO GPS E ZIGBEE. LAVRAS - MG 2014.

(2) ANTONIO RAFAEL SANT’ANA. ˜ DE COLISAO ˜ ENTRE VE´ SISTEMA DE DETECC ¸ AO ICULOS UTILIZANDO GPS E ZIGBEE. Disserta¸c˜ ao apresentada ` a Universidade Federal de Lavras, como parte das exigˆencias do Programa de P´ os-Gradua¸c˜ ao em Ciˆencia da Computa¸c˜ ao, ´ area de concentra¸c˜ ao em Ciˆencia da Computa¸c˜ ao, para a obten¸c˜ ao do t´ıtulo de Mestre.. Orientador Dr. Wilian Soares Lacerda. LAVRAS - MG 2014.

(3) Ficha Catalográfica Elaborada pela Coordenadoria de Produtos e Serviços da Biblioteca Universitária da UFLA. Sant´Ana, Antonio Rafael. Sistema de detecção de colisão entre veículos utilizando GPS e ZigBee / Antonio Rafael Sant´Ana. – Lavras : UFLA, 2014. 75 p. : il. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Lavras, 2014. Orientador: Wilian Soares Lacerda. Bibliografia. 1. VANET. 2. ADAS. 3. Rede veicular. 4. Acidentes. 5. Trânsito. I. Universidade Federal de Lavras. II. Título. CDD – 004.6.

(4) ANTONIO RAFAEL SANT’ANA. ˜ DE COLISAO ˜ ENTRE VE´ SISTEMA DE DETECC ¸ AO ICULOS UTILIZANDO GPS E ZIGBEE. Disserta¸c˜ ao apresentada ` a Universidade Federal de Lavras, como parte das exigˆencias do Programa de P´ os-Gradua¸c˜ ao em Ciˆencia da Computa¸c˜ ao, ´ area de concentra¸c˜ ao em Ciˆencia da Computa¸c˜ ao, para a obten¸c˜ ao do t´ıtulo de Mestre.. APROVADA em 26 de fevereiro de 2014. Dr. Luiz Henrique Andrade Correia Dr. Ricardo Augusto Rabelo Oliveira. UFLA UFOP. Dr. Wilian Soares Lacerda Orientador. LAVRAS - MG 2014.

(5) Dedico esta disserta¸c˜ ao ` a minha fam´ılia, que me apoiou plenamente durante toda esta jornada..

(6) AGRADECIMENTOS Ao meu orientador, professor Wilian Soares Lacerda, pelas dicas, conselhos e a plena disponibilidade. Ao meu amigo, Erasmo Evangelista de Oliveira pelo incentivo constante me motivou a prosseguir com o projeto. ` minha amiga e colega de trabalho, C´ A assia Marques Batista Nobre, pela grande ajuda nas corre¸c˜ oes e dicas de melhoria em meu projeto. Ao meu irm˜ ao, Alan Filipe Sant’Ana, pela grande ajuda na execu¸c˜ ao e constru¸c˜ ao dos experimentos deste trabalho. Aos meus amigos, Douglas Garcia Botelho, Luiz Augusto, Mairo de Oliveira e Fl´ avia Reis pelo aux´ılio na execu¸c˜ ao dos experimentos deste trabalho. Aos meus pais que me acolheram em um per´ıodo de dificuldade e me possibilitaram concluir o projeto. A todos os meus colegas do PPGCC da UFLA pela ajuda durante as disciplinas do mestrado. A todos os professores do PPGCC da UFLA pelas instru¸c˜ oes e conhecimentos passados. A secretaria do PPGCC da UFLA pela pronta disponibilidade..

(7) RESUMO Vehicular Ad Hoc Networks (VANETs) s˜ ao redes ad hoc veiculares nas quais os n´ os s˜ ao ve´ıculos automotores que apresentam alta mobilidade e podem se comunicar uns com os outros (V2V - Vehicle-to-Vehicle) ou com uma infra-estrutura de estrada (V2I - Vehicle-to-Infrastrucuture). Em decorrˆencia do grande n´ umero de acidentes no trˆ ansito, as principais aplica¸c˜ oes desenvolvidas para VANETs est˜ ao relacionadas ` a seguran¸ca dos motoristas. Embora existam v´ arios projetos de pesquisa, voltados ` a defini¸c˜ ao de padr˜ oes e desenvolvimento de hardwares espec´ıficos, para o funcionamento das aplica¸c˜ oes em redes veiculares, ainda, existe uma indisponibilidade dessa tecnologia de comunica¸c˜ ao de maneira funcional. Objetivou-se neste trabalho avaliar a utiliza¸c˜ ao do padr˜ ao ZigBee, em redes veiculares, para o desenvolvimento de aplica¸c˜ oes, voltadas ` a preven¸c˜ ao de acidentes no trˆansito. Um prot´ otipo foi desenvolvido, para que fosse poss´ıvel avaliar a viabilidade de um sistema, para alerta de colis˜ ao entre ve´ıculos, utilizando GPS e ZigBee. Nos resultados mostraram-se que o ZigBee atende os requisitos m´ınimos necess´ arios para a constru¸c˜ ao de aplica¸c˜ oes, voltadas ` a seguran¸ca no trˆ ansito, podendo ser utilizado como uma alternativa ao padr˜ ao IEEE 802.11p. Palavras-chave: ZigBee; VANET; Vehicular Ad Hoc Networks.

(8) ABSTRACT Vehicular Ad-Hoc Networks (VANETs) are networks that use vehicles with high mobility and can communicate to others vehicles V2V (Vehicle-to-vehicle) and/or to a road structure V2I (Vehicle-toinfrastructure) as its nodes. Due to a large number of traffic accidents, road safety has become a main issue and VANETS can be used as a tool to guarantee driver safety. The aim of this work is to evaluate the use of the standard ZeeBee in vehicular networks, developing safety relating applications in order to improve safety in road traffics. Latency tests and packet losses were performed using real testing between vehicles with different speed and distance. Furthermore, a prototype was developed so that we could assess the viability of the system to alert collisions among vehicles by using GPS and ZeeBee. The results indicate that ZigBee was efficient and has the minimum requirements needed for traffic safety related applications. ZigBee can be used as an alternative to the standard IEEE 802.11p. Keywords: ZigBee; VANET; Vehicular Ad Hoc Networks.

(9) LISTA DE FIGURAS Figura Figura Figura Figura Figura Figura. 1 2 3 4 5 6. Figura Figura Figura Figura Figura. 7 8 9 10 11. Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura. 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21. Exemplo de uma VANET (ALVES et al., 2009). ............. Espectro para aplica¸c˜ oes DSRC (ALVES et al., 2009). ...... Aplica¸c˜ oes do ZigBee. Adaptado de Gislason (2008)......... Arquitetura Padr˜ ao do ZigBee (BARONTI et al., 2007). ... Topologias de rede ZigBee (GHAZY; OZKUL, 2009)........ a) RPSMA, b) Whip, c) U.FL connector, d) Chip integrado............................................................ Quadro do Modo API (DIGI, 2012). ........................... Tipos de Quadros do Modo API (DIGI, 2012)................ Funcionamento do A-GPS (DJUKNIC; RICHTON, 2001) . N´ o para comunica¸c˜ ao veicular................................... Comunica¸c˜ ao entre Arduino, M´ odulo Xbee e Dispositivo M´ ovel ............................................................... Ambiente de teste do prot´ otipo ................................. Trajeto ambiente urbano denso ................................. Trajeto ambiente urbano pouco denso ......................... Trajeto ambiente rodovi´ ario ..................................... Teste de Latˆencia.................................................. Perdas - Ambiente Urbano Denso .............................. Perdas - Ambiente Urbano com Densidade M´edia ........... Perdas - Ambiente Rodovi´ ario .................................. Teste do prot´ otipo para alerta de colis˜ ao ...................... Teste do prot´ otipo para alerta de colis˜ ao ....................... 11 19 21 23 27 30 31 31 37 49 49 57 59 60 61 63 64 64 65 66 66.

(10) LISTA DE TABELAS Tabela 1 Tabela 2. Principais caracter´ısticas da camada f´ısica .................... 23 Tabela comparativa entre Xbee Pro S2B e WAVE ........... 33.

(11) LISTA DE SIGLAS. ACK ADAS A-GPS AOA AODV API APO APS CSMA/CA CTP DGPS DSRC ED EDCA FFD GPS IEEE LQI MAC PAN PPGCC RFD RSSF TDOA TOA UART UFLA UFOP V2I V2I VANET WAVE ZDO. Acknowledge Advanced Driver Assistance Systems Assisted Global Positioning System Angle of Arrival Ad hoc On Demand Distance Vector Application Programming Interface Application Objects Application Sub Layer Carrie Sense Multiple Acess With Collision Avoidance). Collection Tree Protocol Differential GPS Dedicated Short-Range Communications Energy Detection Enhanced Distributed Channel Access Full Function Devices Global Positioning System Institute of Electric and Electronic Engineers Link Quality Indication Medium Access Contro Personal Area Network P´ os-Gradua¸c˜ ao em Ciˆencia da Computa¸c˜ ao Reduced Function Devices Redes de Sensores sem Fio Time Difference of Arrival Time of Arrival Universal Assynchronous Receiver/Transmitter Universidade Federal de Lavras Universidade Federal de Ouro Preto Vehicle-to-Vehicle Vehicle-to-VehiclVehicle-to-Infrastrucuture Vehicular Ad Hoc Networks Wireless Access in Vehicular Environments Zigbee Device Objetc.

(12) ´ SUMARIO 1 1.1 1.2 1.3 2 2.1 2.2 2.3 2.3.1 2.3.2 2.4 2.5 2.5.1 2.5.2 2.5.3 2.5.4 2.5.5 2.5.6 2.6 3 4 4.1 4.2 4.3 4.3.1 4.3.2 4.3.3 5 5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 6 6.1 6.2. ˜ ........................................... INTRODUC ¸ AO Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Motiva¸ c˜ ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Organiza¸ c˜ ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ ´ REVISAO BIBLIOGRAFICA ........................... ADAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Arquitetura WAVE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Padr˜ ao ZigBee . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pilha de protocolos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . M´ odulos Xbee . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Arduino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Localiza¸ c˜ ao em VANET . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sistema de Posicionamento Global Geogr´ afico . . . . . . . . Acompanhamento por Mapas (Map Matching) . . . . . . . Posi¸ c˜ ao estimada (Dead Reckoning ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Localiza¸ c˜ ao por celular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Processamento de imagem e v´ıdeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Localiza¸ c˜ ao relativa ad hoc distribu´ıda . . . . . . . . . . . . . . . . . Plataforma Android. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Trabalhos Relacionados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Arquitetura do Sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Desenvolvimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cen´ arios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ambiente urbano denso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ambiente urbano pouco denso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ambiente rodovi´ ario . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ RESULTADOS E DISCUSSOES ........................ Teste de latˆ encia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ambiente urbano denso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ambiente urbano densidade m´ edia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ambiente rodovi´ ario . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Prot´ otipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ ............................................. CONCLUSAO Contribui¸ co ˜es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Trabalhos Futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 11 13 14 15 16 16 19 21 22 28 34 35 35 38 38 39 40 41 42 45 48 48 51 58 59 59 60 62 62 62 63 65 65 68 69 69.

(13) 11 1. ˜ INTRODUC ¸ AO A Organiza¸c˜ ao Mundial da Sa´ ude (OMS) registrou em 2009 cerca. de 1,2 milh˜ oes de mortes no trˆ ansito, o que representa um total de trˆes mil mortes por dia. O Brasil est´ a entre os dez pa´ıses que concentram mais de 60% dos ´ obitos por acidentes de trˆ ansito (TOROYAN, 2009). Neste contexto, os chamados Sistemas de Transporte Inteligentes (ITS - Intelligent Transportation Systems) vˆem sendo utilizados para diminuir o n´ umero de acidentes no trˆ ansito. Como exemplo, temos os sistemas de monitoramento de tr´ afego, aux´ılio a cruzamento sem sinaliza¸c˜ ao e os de preven¸ca˜o de colis˜ oes (LI; WANG, 2007). A maioria dos ITS s˜ ao implementados, utilizando Redes Ad Hoc Veiculares (VANET - Vehicular Ad Hoc Networks), que s˜ ao redes sem fio entre ve´ıculos. Nessas redes, os ve´ıculos comunicam entre si (V2V - Vehicle-toVehicle) e/ou com equipamentos de uma infra-estrutura fixa (V2I - Vehicleto-Infrastrucuture). A Figura 1 mostra um exemplo de redes veiculares.. Figura 1. Exemplo de uma VANET (ALVES et al., 2009)..

(14) 12 As comunica¸c˜ oes V2V e V2I garantem o fornecimento de informa¸c˜ oes, considerando os arredores de um ve´ıculo, que s˜ ao necess´ arias para o funcionamento dos Sistemas Avan¸cados de Assistˆencia ao Condutor (ADAS - Advanced Driver Assistance Systems). Esses sistemas utilizam as informa¸c˜ oes fornecidas pelos sensores locais de um ve´ıculo e de seus vizinhos para construir aplica¸c˜ oes voltadas ` a seguran¸ca do condutor (ESAFETY, 2008). A forma mais utilizada para fornecer a localiza¸c˜ ao dos ve´ıculos ´e o uso do Sistema de Posicionamento Global (GPS - Global Positioning System). Receptores GPS podem ser, facilmente, encontrados nos ve´ıculos, em virtude de sua facilidade de instala¸c˜ ao e da presen¸ca cada vez mais comum em dispositivos m´ oveis. Embora esses receptores GPS, sozinhos, n˜ ao proporcionem a precis˜ ao necess´ aria para garantir o correto funcionamento de aplica¸c˜ oes cr´ıticas de seguran¸ca no trˆ ansito, as informa¸c˜ oes adquiridas podem ser combinadas com outras t´ecnicas de localiza¸c˜ ao como, por exemplo, Dead Reckoning, localiza¸ca˜o por celular, mapas digitais e localiza¸c˜ ao por imagem e, assim, melhorar a confiabilidade dos sistemas (BOUKERCHE et al., 2008). A troca de informa¸c˜ oes entre os ve´ıculos de uma VANET est´ a sujeita a caracter´ısticas peculiares como: curto tempo de contato entre os ve´ıculos, mudan¸cas constantes de trajet´ oria e presen¸ca de obst´ aculos entre os ve´ıculos. Para garantir que tais caracter´ısticas n˜ ao atrapalhem o funcionamento dos sistemas desenvolvidos para VANETs, a tecnologia de comunica¸c˜ ao utilizada deve fornecer uma conex˜ ao confi´ avel, minimizar atraso na entrega das informa¸c˜ oes, evitar perdas de pacotes e manter uma largura de banda suficiente para atender as necessidades das aplica¸c˜ oes (CHENG; SHAN; ZHUANG, 2011)..

(15) 13 No intuito de padronizar as VANETs, a FCC (Federal Communication Commission), ´ org˜ ao Norte Americano respons´ avel pela regulamenta¸c˜ ao das comunica¸c˜ oes no pa´ıs, reservou uma faixa de 75 MHz do espectro de frequˆencias, na faixa de 5,9 GHz, exclusivamente para aplica¸c˜ oes em redes veiculares. Essa faixa ´e chamada DSRC (Dedicated Short-Range Communications). Al´em disso, o IEEE propˆ os o padr˜ ao IEEE 802.11p WAVE (Wireless Access in Vehicular Environments) para promover regras e padr˜ oes de opera¸c˜ ao destas redes. O padr˜ ao WAVE utiliza m´ ultiplos canais de comunica¸c˜ ao, podendo reservar uma faixa de frequˆencia, para aplica¸c˜ oes de seguran¸ca e outra para demais aplica¸c˜ oes. O Padr˜ ao WAVE est´ a em desenvolvimento pelo IEEE e ´e composto por documentos da fam´ılia IEEE 1609 (JIANG; DELGROSSI, 2008). Em consequˆencia da falta de disponibilidade de equipamentos com padr˜ ao IEEE 802.11p no mercado, em muitos trabalhos ´e explorada a cria¸c˜ ao de VANETs, servindo-se de equipamentos pessoais, dentro dos ve´ıculos, como computadores port´ ateis, tablets e celulares, utilizando os padr˜ oes IEEE 802.11(a,b,g). Quando comparados com os equipamentos desenvolvidos para VANETs, esses dispositivos est˜ ao sujeitos a condi¸c˜ oes limitadas de comunica¸c˜ ao. Contudo, podem ter desempenho suficiente para executar determinados tipos de aplica¸c˜ oes (ALVES et al., 2008). 1.1. Objetivos Este projeto foi conduzido com o objetivo principal de avaliar o. padr˜ ao ZigBee quanto aos requisitos m´ınimos necess´ arios para a cria¸c˜ ao de aplica¸c˜ oes voltadas ` a seguran¸ca no trˆ ansito. Foram avaliados os seguintes fatores na comunica¸c˜ ao de dados: latˆencia, alcance e taxa de perda dos.

(16) 14 pacotes. O trabalho foi realizado por meio de experimenta¸c˜ ao em ambiente real. O segundo objetivo ´e desenvolver um prot´ otipo para alerta de colis˜ao entre ve´ıculos que seja comercialmente atrativo, utilizando o padr˜ ao ZigBee para comunica¸c˜ ao V2V/V2I e dispositivos m´ oveis com GPS e plataforma Android. 1.2. Motiva¸ c˜ ao Muitos acidentes no trˆ ansito ocorrem quando objetos distantes ou. impedimentos rodovi´ arios n˜ ao s˜ ao detectados rapidamente. Para evitar esses acidentes, s˜ ao necess´ arios sistemas de seguran¸ca de longo alcance com capacidade de detec¸c˜ ao em tempo real. Para evitar colis˜ oes de trˆ ansito, o conhecimento da posi¸c˜ ao de um ve´ıculo em rela¸c˜ ao aos ve´ıculos vizinhos ´e de suma importˆ ancia para ajudar o motorista a decidir de forma segura a acelera¸c˜ ao e desacelera¸c˜ao de seu ve´ıculo. Embora exista um padr˜ ao de comunica¸c˜ ao pr´ oprio para redes veiculares (IEEE 802.11p), existe uma falta de disponibilidade dessa tecnologia de comunica¸c˜ ao de uma maneira funcional. Com isso, a utiliza¸c˜ ao do padr˜ ao ZigBee, para transmiss˜ ao de dados em redes V2V e V2I, ´e uma op¸c˜ ao atrativa, dado o seu baixo custo e ` a facilidade de aquisi¸c˜ ao. Mesmo se assumirmos que, do ponto de vista t´ecnico, as solu¸c˜ oes tecnol´ ogicas, baseadas em comunica¸c˜ ao V2V, estejam saturadas, o principal desafio, para estas solu¸c˜ oes, ainda, ´e que o n´ıvel de confian¸ca, que lhes foi atribu´ıdo, seja proporcional ` a taxa de penetra¸c˜ ao destas tecnologias. Uma maior taxa de penetra¸c˜ ao pode ser obtida de duas maneiras: (i) Por meio de uma abordagem dif´ıcil: criar uma legisla¸c˜ ao que obriga ou recomenda.

(17) 15 a integra¸c˜ ao desses sistemas de comunica¸c˜ ao em carros novos, ou (ii) Por meio de uma abordagem f´ acil: o desenvolvimento de aplica¸c˜ oes atraentes e comercialmente convincentes. Por isso, ´e muito importante demonstrar a viabilidade e utilidade deste tipo de aplica¸c˜ ao, a fim de convencer as autoridades locais e/ou os usu´ arios finais de sua efetiva contribui¸c˜ ao no aumento da seguran¸ca na condu¸c˜ ao de ve´ıculos (TSUGAWA, 2002). Outro ponto importante a ser ressaltado ´e que a maioria dos dispositivos m´ oveis com GPS utilizam um sistema de localiza¸c˜ ao h´ıbrido denominado GPS Assistido (A-GPS Assisted Global Positioning System) que consiste em utilizar, quando dispon´ıvel, uma conex˜ ao com internet para prover maior precis˜ ao ` a localiza¸c˜ ao do GPS e maior velocidade na captura das coordenadas geogr´ aficas (DJUKNIC; RICHTON, 2001). 1.3. Organiza¸ c˜ ao O trabalho come¸ca com apresenta¸c˜ ao dos trabalhos relacionados no. Cap´ıtulo 2, agrupados pelos seguintes assuntos espec´ıficos: ADAS, Arquitetura WAVE, ZigBee, Arduino, Localiza¸c˜ ao em VANET e Plataforma Android. O cap´ıtulo 3 fala sobre os Trabalhos Relacionados. O Cap´ıtulo 4 descreve o ambiente de experimenta¸c˜ ao e a descri¸c˜ ao dos testes realizados. A an´ alise dos resultados obtidos ´e feita no Cap´ıtulo 5. As conclus˜ oes e trabalhos futuros s˜ ao descritos no Cap´ıtulo 6..

(18) 16 2. ˜ BIBLIOGRAFICA ´ REVISAO Neste cap´ıtulo s˜ ao apresentadas as principais caracter´ısticas das tec-. nologias relacionados ` a proposta desta disserta¸c˜ ao, s˜ ao elas: ADAS, Arquitetura WAVE, Padr˜ ao ZigBee, Arduino, Localiza¸c˜ ao em VANET e Plataforma Android. 2.1. ADAS Os ADAS s˜ ao sistemas utilizados para aumentar o conforto e segu-. ran¸ca dos motoristas. Eles podem ser utilizados, para aliviar o motorista em muitas rotinas indesej´ aveis, na tarefa de condu¸c˜ ao, assim como reduzir o n´ umero de acidentes decorrentes de falha humana (HEIJDEN; MARCHAU, 2002). Regi˜ oes de cruzamento podem ser perigosas em situa¸c˜ oes onde a via ´e mal sinalizada ou possui pouca visibilidade entre os ve´ıculos. Este trabalho foca-se no desenvolvimento de um ADAS ` a previs˜ ao de colis˜ ao entre ve´ıculos em cruzamentos. Nesse tipo de sistema, a necessidade do funcionamento, em tempo real, ´e muito importante, uma vez que o tempo da tomada de decis˜ oes, para avaliar um risco ou evitar um acidente, ´e muito curto quanto ` a velocidade do ve´ıculo e periculosidade da situa¸c˜ ao. Com isso, o conhecimento da posi¸c˜ ao de um ve´ıculo, em rela¸c˜ ao aos ve´ıculos vizinhos, ´e fundamental, para que o motorista possa decidir, de forma segura, a acelera¸c˜ ao e desacelera¸c˜ ao de seu ve´ıculo e, dessa forma, evitar acidentes (MARCHAU; HEIJDEN; MOLIN, 2005). Existem v´ arios trabalhos de ADAS destinados ` a previs˜ ao de colis˜ ao em cruzamento propostos na literatura. Dentre os principais, podemos citar o trabalho realizado por Li e Wang (2006) os quais utilizam o conceito.

(19) 17 de condu¸c˜ ao colaborativa, para determinar rotas e velocidades de circula¸c˜ ao, para que os ve´ıculos, transitando em dire¸c˜ ao a um cruzamento, n˜ ao colidam. O sistema desenvolvido destina-se a cen´ arios de trˆ ansito lento e com ve´ıculos pesados, possuindo capacidades de acelera¸c˜ ao e desacelera¸c˜ ao relativamento baixas. Neste trabalho foram propostos quatro algoritmos de planejamento de rotas e foram analisadas algumas estrat´egias de comunica¸c˜ ao das informa¸c˜ oes entre os ve´ıculos. Os experimentos foram realizados por simula¸c˜ ao. No trabalho realizado por Ammoun, Nashashibi e Laurgeau (2007), ´e proposto um prot´ otipo, para previs˜ ao de colis˜ ao em cruzamentos, utilizando padr˜ ao IEEE 802.11 e um receptor GPS de baixo custo. O sistema foi testado por meio de experimenta¸c˜ ao em ambiente real. Neste trabalho foi utilizado um algoritmo com o qual se utiliza uma fun¸c˜ ao de risco de colis˜ ao, baseado no tempo de frenagem do ve´ıculos e com o qual, tamb´em, utiliza-se Filtro de Kalman, para corre¸c˜ ao da precis˜ ao das coordenadas do GPS e da latˆencia de transmiss˜ ao dos dados entre os ve´ıculos e da captura do sinal do GPS. Outro trabalho realizado por meio da experimenta¸c˜ ao em ambiente real, foi desenvolvido por Hsu et al. (2009). O sistema proposto ´e dividido em duas partes: unidade de posicionamento e unidade veicular. A unidade de posicionamento ´e usada para fornecer a posi¸c˜ ao e informa¸c˜ oes de cabe¸calho do m´ odulo GPS. J´ a a unidade veicular ´e usada para receber informa¸c˜ oes de frenagem, acelera¸c˜ ao e outros sinais vindos de uma interface CAN (Controller Area Network ). Os hardwares m´ oveis s˜ ao constru´ıdos com um sistema embarcado usando o processador X86 em um sistema Li-.

(20) 18 nux. Os ve´ıculos se comunicam via DSRC e protocolo WAVE. Os alertas s˜ ao visualizados em tempo real na tela de um notebook. O prot´ otipo desenvolvido neste trabalho foi realizado com base nos requisitos para aplica¸c˜ oes de previs˜ ao de colis˜ ao no trˆ ansito, propostos por Xu et al. (2004): • Tamanho do pacote: aproximadamente 100 bytes. • Alcance da transmiss˜ao: 300 metros. • Latˆencia tolerada: aproximadamente 100 ms. Os ADAS utilizam as informa¸c˜ oes fornecidas pelos sensores locais de um ve´ıculo e de seus vizinhos para construir aplica¸c˜ oes voltadas ` a seguran¸ca do condutor. Neste trabalho utilizam-se informa¸c˜ oes dos receptores GPS de dispositivos m´ oveis com plataforma presentes nos ve´ıculos para adquirir informa¸c˜ oes essenciais para funcionamento de um ADAS. Para realiza¸c˜ ao deste trabalho foi definido um quadro de dados com as seguintes informa¸c˜ oes: • Latitude. • Longitude. • Velocidade de deslocamento do n´ o. • Precis˜ ao da coordenada geogr´ afica. • Tempo decorrido entre a aquisi¸c˜ ao de duas coordenadas. No contexto de redes veiculares, a localiza¸c˜ ao dos ve´ıculos est´ a limitada ` as ruas, estradas e rodovias. Com isso, a utiliza¸c˜ ao da API do Google.

(21) 19 Maps para Android juntamente com o recurso de A-GPS, permite que o sistema trabalhe com precis˜ oes de localiza¸c˜ ao de at´e 5 metros. Quanto ` a velocidade fornecida pelos receptores GPS, ela ´e muito precisa sob condi¸c˜ oes de velocidade e/ou acelera¸c˜ ao constantes, no entanto, ´e menos precisa em situa¸c˜oes com r´ apidas mudan¸cas de velocidade (WITTE; WILSON, 2004). O prot´ otipo desenvolvido contribuiu, tamb´em, para avaliar a efic´ acia dessas informa¸c˜ oes para aplica¸c˜ oes de seguran¸ca no trˆ ansito. A pr´ oxima se¸c˜ ao descreve as principais caracter´ısticas da Arquitetura WAVE que foi desenvolvida, especificamente, para realizar a comunica¸c˜ ao em ambiente veicular. 2.2. Arquitetura WAVE Os primeiros esfor¸cos para padroniza¸c˜ ao das redes veiculares foram. realizados em 1999 pela FCC nos Estados Unidos, com a aloca¸c˜ ao de uma faixa de 75 MHz no espectro de frequˆencia de 5.9 GHz (5,850 a 5,925 GHz), para funcionamento exclusivo das redes veiculares. Essa faixa ´e chamada DSRC (Dedicated Short-Range Communications). Como pode ser visto na Figura 2, essa faixa de frequˆencia ´e dividida em 7 canais de 10 MHz cada, com uma reserva de 5 MHz em cada extremidade da faixa.. Figura 2. Espectro para aplica¸co ˜es DSRC (ALVES et al., 2009).. Em 2004, o IEEE iniciou a padroniza¸c˜ ao das comunica¸c˜ oes em redes veiculares dentro do grupo de trabalho IEEE 802.11. O padr˜ ao ficou co-.

(22) 20 nhecido como IEEE 802.11p WAVE (Wireless Access in Vehicular Environments). Em abril de 2010, a proposta 11 do padr˜ ao IEEE 802.11p obteve 99% de aprova¸c˜ ao (IEEE COMPUTER SOCIETY, 2010). O padr˜ ao ´e composto por documentos da fam´ılia IEEE 1609, sendo eles: • 1609.0: descreve a arquitetura e os servi¸cos necess´ arios ao WAVE. • 1609.1: descreve o gerenciamento de recursos. • 1609.2: descreve os servi¸cos de seguran¸ca para aplica¸c˜ oes e mensagens. • 1609.3: descreve os servi¸cos de rede. • 1609.4: descreve a opera¸c˜ ao em m´ ultiplos canais e as extens˜ oes para o 802.11p. A tecnologia de r´ adio do WAVE ´e, essencialmente, um ajuste do IEEE 802.11a, para uma opera¸c˜ ao com baixo overhead e equivalente ao IEEE 802.11e EDCA (Enhanced Distributed Channel Access), com qualidade de servi¸co (JIANG; DELGROSSI, 2008). Por trabalhar na faixa DSRC, os n´ os dessa rede conseguem se comunicar com taxas de transmiss˜ ao de dados que variam de 3 a 27 MB/s e com uma distˆ ancia m´ axima de 1000 metros entre os n´os. O padr˜ ao consegue garantir transmiss˜ ao de dados entre os n´ os com velocidades relativas de at´e 200 km/h. Um canal de comunica¸c˜ ao exclusivo ´e reservado para controle das comunica¸c˜oes e os outros canais s˜ ao utilizados para diferentes categorias de servi¸cos da rede (ALVES et al., 2008). Na pr´ oxima se¸c˜ ao iremos descrever as principais caracter´ısticas do padr˜ ao ZigBee, que ´e a tecnologia de transmiss˜ ao utilizada no desenvolvimento deste trabalho..

(23) 21 2.3. Padr˜ ao ZigBee O ZigBee ´e um padr˜ ao de r´ adio frequˆencia global que tem como foco. a padroniza¸c˜ ao e a interoperabilidade de produtos. O nome ZigBee surgiu como uma analogia ` a forma que as abelhas transitam entre flores e trocam informa¸c˜ ao com outras abelhas sobre onde encontrar recursos (SAFARIC; MALARIC, 2006). O padr˜ ao foi criado e ´e mantido pela ZigBee Alliance. Sua implementa¸c˜ ao ´e dada pelo padr˜ ao IEEE 802.15.4, nas camadas f´ısica e MAC (Medium Access Control) e pelo padr˜ ao ZigBee para as camadas de rede e aplica¸c˜ ao. A ZigBee Alliance ´e um cons´ orcio industrial que visa promover e desenvolver redes sem fio, para fins de controle e monitoramento industrial, residencial, aplica¸c˜ oes em sensores m´edicos, jogos e outras ´ areas de aplica¸c˜ ao onde s˜ ao necess´ arias redes de baixo custo, baixa potˆencia e interoperabilidade (GISLASON, 2008). Existe uma variedade de aplica¸c˜ oes em diversos setores da sociedade que utilizam essa tecnologia. A Figura 3 exemplifica algumas dessas ´ areas.. Figura 3. Aplica¸co ˜es do ZigBee. Adaptado de Gislason (2008)..

(24) 22 As principais caracter´ısticas do padr˜ ao ZigBee s˜ ao (RAMYA; SHANMUGARAJ; PRABAKARAN, 2011): • Auto repara¸c˜ ao. • Suporta um grande n´ umero de n´ os. • Facilidade de implementa¸c˜ ao. • Baixo consumo de energia. • Grande n´ umero de fornecedores. • Protocolos de padr˜ ao aberto. 2.3.1. Pilha de protocolos A pilha de protocolos do padr˜ ao ZigBee possui elementos semelhan-. tes ao modelo OSI, que s˜ ao as camadas f´ısica (PHY), MAC (Medium Acess Control) e rede (NWK). J´ a as demais camadas (transporte, sess˜ ao, apresenta¸c˜ ao e aplica¸c˜ ao) est˜ ao englobadas na camada de aplica¸c˜ ao do modelo ZigBee que ´e composto pela APS (Application Sub Layer) e ZDO (ZigBee Device Object). As camadas f´ısica e MAC s˜ ao definidas pelo padr˜ ao IEEE 802.15.4, j´ a o padr˜ ao ZigBee define as especifica¸c˜ oes da camada de redes para as topologias de rede e proporciona um framework para desenvolvimento de aplica¸c˜ oes na camada de aplica¸c˜ ao (GISLASON, 2008). A Figura 4 ilustra a arquitetura do padr˜ ao ZigBee. As principais caracter´ısticas da camada f´ısica est˜ ao resumidas na Tabela 1. As ondas de r´adio utilizam faixas de frequˆencias livres: 868 MHz para aplica¸c˜ oes Europeias, 902- 928 MHz para Am´erica do Norte e 2.4 GHz para aplica¸c˜ oes globais. Existe um u ´nico canal entre 868 e 868.6 MHz, 10.

(25) 23. Figura 4. Arquitetura Padr˜ ao do ZigBee (BARONTI et al., 2007).. canais entre 962.0 e 928.0 MHz e 16 canais entre 2.4 e 2.4835 GHz. Todas as trˆes bandas usam DSSS (Direct Sequence Spread-Spectrum) como t´ecnica de modula¸c˜ ao (SAFARIC; MALARIC, 2006). Tabela 1. Transmiss˜ ao Largura do canal Canais Licen¸ca. Principais caracter´ısticas da camada f´ısica. 2450 MHz 250 kbps 5 MHz kbps 16 Global. 915 MHz 40 kbps 2 MHz kbps 10 Am´erica do Norte. 868 MHz 20 kbps 1 MHz 1 Europa. A principal fun¸c˜ ao da camada f´ısica ´e transformar pacotes de dados digitais em ondas eletromagn´eticas que ser˜ ao transmitidas pelo ar e viceversa. Al´em disso, essa camada ´e tamb´em respons´ avel pela: • Ativa¸c˜ ao e desativa¸ca˜o do transmissor de r´ adio..

(26) 24 • Detec¸c˜ ao da potˆencia dentro do canal (ED - Energy Detection). • Indica¸c˜ ao da qualidade do canal (LQI - Link Quality Indication). • Sele¸c˜ ao da frequˆencia do canal para transmiss˜ ao e recep¸c˜ ao dos dados. A camada MAC define os Dispositivos de Fun¸c˜ ao Completa (FFDs - Full Function Devices), operando como roteadores ou coordenadores de rede e Dispositivos de Fun¸c˜ ao Reduzida (RFDs - Reduced Function Devices) que operam apenas como dispositivo final. Os dois tipos principais de topologias, considerados no padr˜ ao IEEE 802.15.4, s˜ ao denominadas estrela e ponto a ponto. Na topologia em estrela, um modelo mestre/escravo ´e adotado. Um FFD assume o papel de coordenador da PAN (Personal Area Network); os outros n´ os podem ser RFDs ou FFDs e somente comunicam-se com o coordenador da PAN. Na topologia ponto a ponto, um FFD pode se comunicar com outros FFDs, em raio de cobertura e podem retransmitir mensagens para outros FFDs, fora da sua cobertura de r´ adio, por meio de um FFD intermedi´ ario, formando uma rede multihop. Um coordenador da PAN ´e selecionado para administrar a opera¸c˜ ao da rede (BARONTI et al., 2007). Os dispositivos da rede ZigBee operam em dois modos diferentes (ONDREJ et al., 2006): • Beacon: Utilizado quando ´e necess´ ario economizar energia. Para isso, a maioria dos dispositivos End Devices ficam em modo Sleep. Todos os n´ os, com fun¸c˜ oes de roteador, sinalizam sua presen¸ca aos outros roteadores da mesma rede. J´ a os End Devices n˜ ao precisam sinalizar a sua presen¸ca, mas tˆem de ser configurados para perceberem o per´ıodo em que ocorrer´ a a sinaliza¸c˜ ao;.

(27) 25 • Non-Beacon: N˜ ao foca na economia de energia pelos dispositivos da rede. Os n´ os da rede permanecem sempre com os seus receptores ativos, consumindo mais energia. A camada MAC ´e respons´ avel pela programa¸c˜ ao (escalonamento) das transmiss˜ oes de quadros no modo non-beacon usando o m´etodo CSMA/CA (Carrie Sense Multiple Acess With Collision Avoidance). Neste m´etodo, cada n´ o verifica o canal antes de iniciar a sua transmiss˜ ao (avalia¸c˜ ao de canal livre) para diminuir a possibilidade de transmiss˜ oes simultˆ aneas. Se o canal estiver livre, o n´ o inicia a sua transmiss˜ ao. Quando o n´ o suspeitar da possibilidade de colis˜ ao, aborta a transmiss˜ ao e aguarda um per´ıodo aleat´ orio para tentar novamente. Al´em da transferˆencia de dados, a camada MAC oferece as funcionalidades de varredura de canal e associa¸c˜ ao/dissocia¸c˜ ao. O procedimento de varredura envolve a verifica¸c˜ ao de v´ arios canais l´ ogicos por meio do envio de beacons de requisi¸c˜ ao e escuta de mensagens (verifica¸c˜ ao ativa, para FFDs) ou simplesmente beacons para escuta (verifica¸c˜ ao passiva, para RFDs) para localizar PANs e coordenadores existentes. As camadas mais altas decidem em qual PAN entrar e depois pedem ` a camada MAC para iniciar um processo de associa¸c˜ ao para PAN selecionada. Esse procedimento envolve o envio de uma requisi¸c˜ ao ao coordenador e espera da mensagem de aceita¸c˜ ao correspondente. Se aceito na PAN, o n´ o recebe um endere¸co curto de 16 bits que pode ser usado, mais tarde, no lugar do endere¸co IEEE estendido de 64 bits (BARONTI et al., 2007). A camada de rede do Zigbee identifica trˆes tipos de dispositivos: End Device, Roteador e Coordenador. O Zigbee End Device corresponde a um RFD ou a um FFD atuando como um dispositivo simples. O roteador ´e um.

(28) 26 FFD com capacidade de roteamento. O coordenador ´e um FFD que gerencia toda a rede. Al´em da topologia em estrela (que, naturalmente, mapeia a topologia correspondente no IEEE 802.15.4), a camada de rede suporta, tamb´em, topologias mais complexas como ´ arvore e malha. Entre as funcionalidades fornecidas pela camada de rede est˜ ao: roteamento com m´ ultiplos saltos, descoberta e manuten¸c˜ ao de rotas, seguran¸ca e entrada/sa´ıda da rede com atribui¸c˜ ao de um endere¸co curto (16 bits) para dispositivos aderidos recentemente (BARONTI et al., 2007). Principais caracter´ısticas das topologias de rede do ZigBee: • Mesh (Malha ou Ponto-a-Ponto): Na topologia Mesh, a rede pode se ajustar, automaticamente, tanto na sua inicializa¸c˜ ao como na entrada ou sa´ıdas de dispositivos na rede. A rede se auto-organiza para otimizar o tr´ afego de dados. Com v´ arios caminhos poss´ıveis, para a comunica¸c˜ ao entre os n´ os, este tipo de rede pode abranger em extens˜ ao uma longa ´ area geogr´ afica. ´ • Cluster Tree (Arvore): Semelhante ` a topologia de Malha, esta ´e uma rede em ´ arvore, que tem uma hierarquia muito maior, e o coordenador assume o papel de n´ o mestre para a troca de informa¸c˜ ao entre os n´ os Router e End Device. ´ uma das topologias de rede ZigBee mais simples • Star (Estrela): E. ´ composta de um n´ de ser implantada. E o Coordenador, e quantos n´ os End Device forem precisos. Este tipo de rede deve ser instalada em locais com poucos obst´ aculos ` a transmiss˜ ao e recep¸c˜ ao dos sinais, como por exemplo, em uma sala sem muitas paredes ou em locais abertos..

(29) 27 A Figura 5 mostra os dispositivos suportados em cada tipo de topologia de rede ZigBee.. Figura 5. Topologias de rede ZigBee (GHAZY; OZKUL, 2009). O algoritmo de roteamento depende da topologia utilizada na rede sensor. Na topologia em ´ arvore, os roteadores guardam as informa¸c˜ oes de seu pr´ oprio endere¸co, dos filhos e de seu pai. Dada a forma como os endere¸cos s˜ ao atribu´ıdos, um roteador que precisa transmitir uma mensagem pode facilmente determinar se o destino pertence a uma ´ arvore com raiz em um dos roteadores filhos ou ´e um de seus end-devices filhos. Se assim for, ele encaminha o pacote para o filho apropriado, caso contr´ ario, ele encaminha o pacote para o seu pai. A topologia de rede em malha ´e mais complexa de manipular e o modo beacon n˜ ao ´e permitido, mas ela ´e mais robusta e tolerante a falhas. Os roteadores mantˆem uma tabela de roteamento (RT) e empregam um algoritmo de descoberta de rota AODV (Ad hoc On Demand Distance Vector) para construir ou atualizar essa estrutura de dados em todos os n´ os do caminho (BARONTI et al., 2007)..

(30) 28 A camada de aplica¸c˜ ao do padr˜ ao Zigbee consiste de um conjunto de Objetos de Aplica¸c˜ ao (APOs - Application Objects) distribu´ıdos por v´ arios n´ os na rede. Um APO ´e um m´ odulo de software que controla uma unidade de hardware (transdutor, switch, lˆ ampada) dispon´ıvel em um dispositivo. A cada APO ´e atribu´ıdo um n´ umero u ´nico, que pode ser usado como extens˜ ao do n´ umero do dispositivo de rede, para auxiliar a intera¸c˜ ao entre eles. O Objeto de Dispositivo Zigbee (ZDO - Zigbee Device Objetc) ´e um objeto especial que oferece servi¸cos para os APOs: permite que eles descubram dispositivos na rede, quais recursos eles implementam e quais servi¸cos de comunica¸c˜ ao, rede e gerenciamento de seguran¸ca fornecem. A Sub Camada de Aplica¸c˜ ao (APS - Application Sublayer) fornece servi¸co de transferˆencia de dados para os APOs e ZDO (BARONTI et al., 2007). A pr´ oxima se¸c˜ ao descreve as principais caracter´ısticas do m´ odulo que implementa o padr˜ ao ZigBee utilizado neste trabalho. 2.3.2. M´ odulos Xbee O Xbee ´e um modelo de hardware baseado no padr˜ ao ZigBee fabri-. cado pela Digi International. Os m´ odulos s˜ ao compostos por um microcontrolador que cont´em o firmware com a implementa¸c˜ ao do protocolo ZigBee e um transceptor. A Digi disponibiliza dois grupos principais de componentes Xbee (DIGI, 2012): • XBee/XBee-Pro S´erie 1 (XBs1): Utilizam a norma IEEE 802.504 como protocolo de rede para topologias de rede ponto a ponto e estrela. • XBee/XBee-Pro S´erie 2 (XBs2): Utilizam como protocolo de rede o ZigBee permitindo, al´em das topologias ponto a ponto e estrela, a implementa¸c˜ ao de redes em malha..

(31) 29 Os dois grupos de m´ odulos possuem a mesma forma f´ısica e muitos pinos s˜ ao compat´ıveis, mas como as especifica¸c˜ oes de hardware n˜ ao s˜ ao muito diferentes, os dois grupos n˜ ao s˜ ao interoper´ aveis. Os modelos S´erie 2 podem variar de acordo com as seguintes caracter´ısticas: • Taxa de Transmiss˜ ao: Modelos com frequˆencia de opera¸c˜ ao maior possuem menor alcance e maior taxa de transmiss˜ ao. • Antena: A maior cobertura ´e alcan¸cada com antenas externas (conector RPSMA e U.FL), seguido pelos modelos com antena Whip e por u ´ltimo antena Chip (integrada). A Figura 6 exemplifica os modelos de antenas utilizadas. • Potˆencia: Os m´ odulos s˜ ao fabricados em duas vers˜ oes, a vers˜ ao XBee PRO e a XBee. A principal diferen¸ca entre eles ´e que a potˆencia de transmiss˜ ao do modelo PRO ´e maior. Logo, proporcionam um alcance mais elevado. Por outro lado, o consumo de potˆencia do XBee em rela¸c˜ ao ao XBee PRO ´e, significativamente, menor. • Programa¸c˜ ao: O modelo S2B possui um microcontrolador adicional incorporado ao m´ odulo, que permite ao projetista embarcar um firmware pr´ oprio que pode interagir com o firmware do fabricante. Os m´ odulos XBee comunicam-se de forma serial com qualquer dispositivo UART (Universal Assynchronous Receiver/Transmitter) e podem operar de duas maneiras (DIGI, 2012): • Modo AT: Toda a informa¸c˜ ao recebida no pino de entrada do m´ odulo ´e colocada em espera no buffer de transmiss˜ ao para ser transmitida.

(32) 30. Figura 6. a) RPSMA, b) Whip, c) U.FL connector, d) Chip integrado.. pela antena. Da mesma forma, toda a informa¸c˜ ao recebida pela antena ´e colocada no buffer de recep¸c˜ ao para ser enviada ao pino de sa´ıda. Esse modo de opera¸c˜ ao ´e f´ acil de usar, contudo, possui restri¸c˜ oes como impossibilidade de configura¸c˜ ao e utiliza¸c˜ ao remota dos m´ odulos, identifica¸c˜ ao do endere¸co de origem dos dados recebidos e recebimento de mensagens de status indicando o sucesso ou a natureza de uma falha na transmiss˜ ao. • Modo API (Application Programming Interface): N˜ ao possui as restri¸c˜ oes do modo AT, por´em, sua configura¸c˜ ao ´e mais complexa. Nesse modo de opera¸c˜ ao, todos os dados enviados e recebidos pelo m´ odulo XBee s˜ ao organizados em quadros. A Figura 7 mostra a estrutura geral de um quadro utilizado no modo API. O byte 0x7E ´e o valor hexadecimal que representa o delimitador de in´ıcio de qualquer quadro. O tamanho do quadro ´e informado pelos bytes 2 e 3. Os bytes de 4 a n definem a opera¸c˜ ao a ser realizada (cmdID) e os dados que comp˜ oem o quadro de dados (cmdData). O u ´ltimo byte cont´em a soma de verifica¸c˜ ao (checksum) que ´e definida como 0xFF − Σn4 bytes[i]. A Figura 8 mostra os tipos de quadro suportados pelo modo API. Todos quadros possuem os seguintes campos em comum:.

(33) 31. Figura 7. Figura 8. Quadro do Modo API (DIGI, 2012).. Tipos de Quadros do Modo API (DIGI, 2012).. • Delimitador de in´ıcio: Representado pelo valor 0x7E; • Tamanho: Quantidade de bytes entre o campo tipo e o campo de dados;.

(34) 32 • Tipo: Tipo do quadro a ser enviado; • Checksum: Soma de verifica¸c˜ ao (checksum) definida como 0xFF − Σn4 bytes[i], onde n ´e o u ´ltimo byte antes do campo Checksum. O tipo de quadro utilizado para transmitir dados no modo API foi o (0x10 - ZigBee Transmit Request), que possui os seguintes campos espec´ıficos: • ID do quadro: Determinar se o pacote receber´ a ou n˜ ao confirma¸c˜ ao (ACK - Acknowledge) de recebimento. • Endere¸co de 64 bits: Endere¸co de destino atribu´ıdo pela identifica¸c˜ ao u ´nica do m´ odulo Xbee (Identifica¸c˜ ao de f´ abrica). O endere¸co 0x0000000000000000 ´e reservado para o coordenador da rede e o endere¸co 0x000000000000FFFF ´e destinado para broadcast. • Endere¸co de 16 bits: Endere¸co de rede do m´ odulo Xbee destino. Esse n´ umero ´e dado pelo coordenador a um determinado m´ odulo, no momento de ingresso na rede. Quando o endere¸co n˜ ao ´e conhecido, ele deve ser configurado com o valor 0xFFFE (broadcast). • Saltos: Quantidade de saltos realizadas em uma transmiss˜ ao broadcast. • Op¸c˜ oes: Op¸c˜ oes adicionais, como por exemplo, habilitar criptografia do pacote. • Dados: S˜ ao as informa¸c˜ oes a serem transmitidas. Quando um m´ odulo Xbee recebe um pacote do tipo 0x10, ele ´e enviado para fora da UART usando um pacote do tipo 0x90 (ZigBee Receive Packet). Esse pacote ´e composto pelo campo origem(64 bits e 16 bits) que.

(35) 33 identifica a fonte da mensagem, campo de op¸c˜ oes que informa detalhes sobre o envio do pacote (Reconhecimento, Broadcast, Criptografia) e o campo de dados. A configura¸c˜ ao dos m´ odulos pode ser realizada por meio de um terminal serial ou utilizando a ferramenta X-CTU, disponibilizada pela Digi International, que permite o carregamento do firmware e a configura¸c˜ ao de todos os parˆ ametros do dispositivo, considerando uma interface intuitiva. Com essa ferramenta, o modo de opera¸c˜ ao AT ou API pode ser configurado, facilmente, assim como o papel do dispositivo na rede (Coordenador, Roteador ou Dispositivo Final). Neste trabalho foi utilizado o Xbee modelo Pro S2B. Esses m´ odulos possuem uma potˆencia de transmiss˜ ao de at´e +18 dBm e a sensibilidade do receptor ´e -102 dBm. Segundo o fabricante, o alcance deste dispositivo pode chegar a 3,2 km em transmiss˜ oes com visada direta e 90 metros em com obstru¸c˜ oes. No entanto, esse n´ umero pode variar de acordo com o modelo de antena utilizado e condi¸c˜ oes ambientais. A Tabela 2 faz uma compara¸c˜ ao entre as principais caracter´ısticas desse modelo e o padr˜ ao WAVE. Tabela 2. Tabela comparativa entre Xbee Pro S2B e WAVE. Especifica¸c˜ ao IEEE Banda de Frequˆencia Taxa M´ axima de Dados Alcance M´ aximo Quantidade de Canais Largura de banda do canal. Xbee Pro S2B 802.15.4 ISM 2.4 GHz 250 Kbps 3.2 Km 15 5 MHz. WAVE 802.11p 5.9 GHz 27 MB/s 1 Km 7 10 MHz. A pr´ oxima se¸c˜ ao descrever´ a as principais caracter´ısticas do Arduino, que ´e o hardware utilizado junto ao Xbee para realiza¸c˜ ao dos experimentos e desenvolvimento do prot´ otipo..

(36) 34 2.4. Arduino O Arduino ´e uma plataforma aberta de prototipa¸c˜ ao eletrˆ onica com-. posta por hardware (placa controladora) e software (ambiente de desenvolvimento) flex´ıveis, f´ aceis de usar e com baixo custo de aquisi¸c˜ ao. Geralmente s˜ ao compostos por um microcontrolador Atmel AVR de 8 bits, utilizando chips da s´erie megaAVR, especialmente os ATmega8, ATmega168, ATmega328 e a ATmega1280. O Arduino pode ser interligado a outros m´ odulos pelos hardwares expansivos chamados shields (ARDUINO, 2014). O modelo utilizado neste trabalho ´e o Arduino Uno, que possui um microcontrolador de 8 bits Atmel ATmega 328p. Sua CPU opera a 16MHz e oferece 14 portas de entrada/sa´ıda. Al´em disso, possui 32kB de mem´ oria de programa, 2kB de SRAM e duas interrup¸c˜ oes externas que s˜ ao mapeadas nos pinos 2 e 3 da placa. A comunica¸c˜ ao com um computador externo ´e feita de forma serial por uma porta USB virtualizando uma porta COM (UNO, 2014). O Arduino utiliza uma linguagem de programa¸c˜ ao padr˜ ao, baseada em Wiring, que pode ser estendida pelo uso de bibliotecas C/C++. Sua IDE ´e uma aplica¸c˜ ao multiplataforma, escrita em Java, composta por um editor de c´ odigo com recursos de realce de sintaxe, parˆenteses correspondentes e identa¸c˜ ao autom´ atica. Al´em disso, a IDE ´e respons´ avel por compilar e carregar programas para a placa Arduino (ARDUINO, 2014). Este trabalho utiliza um shield para integrar o m´ odulo Xbee com Arduino chamado (Xbee Shield). Dentre as informa¸c˜ oes transmitidas entre os m´ odulos Xbee, a localiza¸c˜ ao de cada ve´ıculo ´e a mais importante. A pr´ oxima se¸c˜ ao faz um breve resumo sobre as principais t´ecnicas de localiza¸c˜ ao utilizada nas VANETs..

(37) 35 2.5. Localiza¸ c˜ ao em VANET V´ arias t´ecnicas de localiza¸c˜ ao podem ser utilizadas nas redes veicu-. lares. Nesta se¸c˜ ao s˜ ao descritas algumas caracter´ısticas sobre as principais t´ecnicas utilizadas nesse tipo de rede (BOUKERCHE et al., 2008): • Sistema de Posicionamento Global Geogr´ afico. • Acompanhamento por mapas (Map Matching). • Navega¸c˜ ao estimada (Dead Reckoning). • Localiza¸c˜ ao por celular. • Processamento de imagem e/ou v´ıdeo. • Localiza¸c˜ ao relativa ad hoc distribu´ıda. 2.5.1. Sistema de Posicionamento Global Geogr´ afico O Sistema de Posicionamento Global ´e composto por 24 sat´elites que. operam em ´ orbita ao redor da Terra. Cada sat´elite orbita na Terra a uma altura de 20.200 km e faz duas rota¸c˜ oes completas a cada dia. As ´ orbitas foram definidas de modo que cada regi˜ ao da Terra pode ver, pelo menos, quatro sat´elites no c´eu. O GPS utiliza o conceito de Tempo de Chegada (TOA - Time of Arrival) para determinar a posi¸c˜ ao do utilizador. S˜ ao necess´ arios, no m´ınimo, 4 sat´elites para que o sistema funcione corretamente. Os trˆes primeiros sat´elites s˜ ao respons´ aveis por fazer a triangula¸c˜ ao do sinal. O quarto sat´elite envia um sinal para o receptor com a informa¸c˜ ao do tempo (hora), em que ocorrem as emiss˜ oes, evitando, assim, que o receptor necessite de um rel´ ogio atˆ omico. Al´em disso, os receptores GPS tˆem um erro de.

(38) 36 localiza¸c˜ ao m´edio que varia entre 10 e 30 metros (KAPLAN; HEGARTY, 2006). Uma t´ecnica comumente utilizada, para diminuir os erros do GPS, ´e o GPS diferencial (DGPS, Differential GPS). Um receptor GPS estacion´ ario ´e colocado em um ponto de referˆencia, com coordenadas conhecidas, geralmente chamado base. Assim, ´e poss´ıvel calcular o valor verdadeiro da medida. Comparando-se o valor medido com o verdadeiro, obt´em-se a corre¸c˜ ao diferencial, que deve ser aplicada ` as medidas do receptor usu´ ario (KAPLAN; HEGARTY, 2006). Os receptores DGPS tˆem um erro de localiza¸c˜ ao m´edio de 1 metro. Outro m´etodo que vem ganhando espa¸co por ser muito utilizado em dispositivos m´ oveis, como celulares por exemplo, ´e chamado GPS Assistido (A-GPS Assisted Global Positioning System). Este sistema consiste em utilizar, quando dispon´ıvel, uma conex˜ ao com internet para prover maior precis˜ ao ` a localiza¸c˜ ao do GPS e maior velocidade na captura das coordenados geogr´ aficas (DJUKNIC; RICHTON, 2001). O A-GPS consiste de um ou mais servidores assistentes (A-GPS Server), respons´ aveis por fazer o download completo da lista de coordenadas de todos os sat´elites presentes no espa¸co (tamb´em conhecida como almanaque). Quando isto acontece, a operadora de telefonia rastreia a torre na qual o celular com A-GPS est´ a conectado. Como a operadora conhece as coordenadas de cada torre (Base Station), ela processa o almanaque (juntamente com outros dados) e separa as coordenadas dos sat´elites que, provavelmente, est˜ ao vis´ıveis para o celular requisitante (Handset With GPS). Ap´ os a filtragem, essas informa¸c˜ oes s˜ ao enviadas ao aparelho por meio da rede de telefonia. Esse sistema poupa o aparelho de diversas tarefas, diminuindo.

(39) 37 o Tempo de Localiza¸c˜ ao Inicial (TTFF - Time To First Fix) de todo o sistema. A Figura 9 mostra a estrutura b´ asica para o funcionamento A-GPS.. Figura 9. Funcionamento do A-GPS (DJUKNIC; RICHTON, 2001). Abordagens h´ıbridas, para sistemas localiza¸c˜ ao, utilizam m´ ultiplas tecnologias de geolocaliza¸c˜ ao, para obter uma solu¸c˜ ao mais robusta para problemas de precis˜ ao e cobertura. Nas pr´ oximas se¸c˜ oes desse cap´ıtulo, ser˜ ao mostradas algumas t´ecnicas, que podem ser utilizadas, para melhorar ou at´e mesmo substituir o GPS, quando ele n˜ ao estiver dispon´ıvel..

(40) 38 2.5.2. Acompanhamento por Mapas (Map Matching) Informa¸c˜ oes de posi¸c˜ ao, baseadas puramente em coordenadas, s˜ ao,. muitas vezes, dif´ıceis de interpretar para um motorista. No intuito de ajudar o motorista a relacionar as informa¸c˜ oes de posi¸c˜ ao para uma localiza¸ca˜o f´ısica, podem ser utilizados sistemas de navega¸c˜ ao onde ´e exibida a posi¸c˜ ao do ve´ıculo em um mapa. Al´em disso, em condi¸c˜ oes normais, a localiza¸c˜ ao e trajet´ oria de um carro s˜ao restringidos pela rede rodovi´ aria. Assim, um mapa digital da rede de estradas pode ser utilizado, para impor restri¸c˜ oes sobre a solu¸c˜ ao de navega¸c˜ ao, no sistema de navega¸c˜ ao no interior do ve´ıculo. O Map Matching ´e uma t´ecnica utilizada, para alinhar as coordenadas, obtidas por receptores GPS, com sua respectiva posi¸c˜ ao em mapas digitais. Essa t´ecnica ´e um passo de pr´e-processamento fundamental, para muitas aplica¸c˜ oes, tais como o gerenciamento de ve´ıculos em movimento, an´ alise de fluxo de tr´ afego e condu¸c˜ ao de ve´ıculos (LOU et al., 2009). Uma s´erie de algoritmos para Map Matching foram desenvolvidos por pesquisadores de todo mundo, utilizando diferentes t´ecnicas, como por exemplo: An´ alise Espacial das Redes Vi´ arias, Filtro de Kalman e L´ ogica Fuzzy. O desempenho destes algoritmos tem melhorado ao longo dos anos em virtude da aplica¸c˜ ao de t´ecnicas avan¸cadas e melhoria nas t´ecnicas de posicionamento geogr´ afico (QUDDUS; OCHIENG; NOLAND, 2007). 2.5.3. Posi¸ c˜ ao estimada (Dead Reckoning ) A t´ecnica Dead Reckoning consiste em calcular a posi¸c˜ ao atual de um. ve´ıculo por meio de sua u ´ltima localiza¸c˜ ao conhecida e do uso de informa¸c˜ oes sobre o movimento do ve´ıculo, como a dire¸c˜ ao, velocidade, acelera¸c˜ ao, distˆ ancia e tempo. A u ´ltima posi¸c˜ ao conhecida pode ser obtida, por exemplo,.

(41) 39 pela utiliza¸c˜ ao de receptores GPS ou pela localiza¸c˜ ao por referˆencia conhecida (estrada cruzamento, parques de estacionamento, em casa, etc) em um mapa digital. As informa¸c˜ oes de deslocamento podem ser obtidas por meio de sensores como odˆ ometros, b´ ussolas digitais e girosc´ opios. Esta t´ecnica pode acumular muitos erros caso o sistema de localiza¸c˜ ao fique indispon´ıvel por muito tempo (KUKSHYA; KRISHNAN; KELLUM, 2005). 2.5.4. Localiza¸ c˜ ao por celular Celulares necessitam de, pelo menos, uma esta¸c˜ ao de base, para es-. tabelecer uma comunica¸c˜ ao, contudo, v´ arias esta¸c˜ oes de base podem ouvir e comunicar-se com um telefone celular, em qualquer momento. Este fato permite que um n´ umero grande de t´ecnicas de localiza¸c˜ ao possam ser utilizadas para estimar a posi¸c˜ ao do telefone m´ ovel. Entre as principais t´ecnicas, destacam-se os m´etodos, baseados em medidas da intensidade de sinal (RSSI - Received Signal Strength Indicator), ˆ angulos de chegada (AoA - Angle of Arrival), tempo de chegada (TOA - Time of Arrival) e diferen¸ca de tempo de chegada (TDOA - Time Difference of Arrival) (BOUKERCHE et al., 2007). O m´etodo RSSI baseia-se no fato de que a intensidade de um sinal eletromagn´etico ´e inversamente proporcional ao quadrado da distˆ ancia at´e a fonte do sinal. Com isso, ´e poss´ıvel medir esta intensidade e, ent˜ ao, calcular a distˆ ancia at´e o emissor do sinal. Esta t´ecnica n˜ ao ´e muito precisa pois obst´ aculos como constru¸c˜ oes, ve´ıculos e ´ arvores, tamb´em, reduzem a intensidade do sinal. Nos m´etodos TOA e TDOA os sinais eletromagn´eticos se movem com uma velocidade, aproximadamente, constante. Logo, o tempo que um sinal leva para chegar a um dispositivo m´ ovel pode ser usado.

(42) 40 para calcular a distˆ ancia entre este e a esta¸c˜ ao base. O mesmo princ´ıpio, tamb´em, aplica-se a sinais de ultra-som. Quando medimos a diferen¸ca entre dois sinais, usa-se o termo TDOA. O m´etodo AoA utiliza antenas direcionais ´ pospara determinar a dire¸c˜ ao em que est´ a vindo um determinado sinal. E s´ıvel determinar a posi¸c˜ ao de um dispositivo m´ ovel, se houver duas ou mais antenas fixas, para detectar um sinal (ZEIMPEKIS; GIAGLIS; LEKAKOS, 2002). Essas t´ecnicas geralmente possuem uma baixa precis˜ ao quando comparadas com receptores GPS. Contudo, existem estudos relacionados a essas tecnologias que proporcionam localiza¸c˜ ao de alta precis˜ ao, como descrito por Xu et al. (2013). 2.5.5. Processamento de imagem e v´ıdeo Imagens e v´ıdeos podem ser usados, para determinar a posi¸c˜ ao de. um dispositivo m´ ovel por meio de algoritmos de vis˜ ao computacional. Esses algoritmos podem ser utilizados, por exemplo, para detectar os lados de uma pista considerando imagens de v´ıdeo. Eles utilizam parˆ ametros geom´etricos em um sistema de referˆencia local, incluindo a largura da pista, a curvatura lateral da estrada, a distˆ ancia do ve´ıculo baseada no lado esquerdo da pista, oˆ angulo de dire¸c˜ ao do ve´ıculo e o ˆ angulo de inclina¸c˜ ao da cˆ amera. Estes dados locais podem ser transformados, a fim de ser expressos de forma precisa em um mapa digital ambiente. McCall e Trivedi (2006) fazem um estudo detalhado de v´ arios algoritmos, utilizados para detec¸c˜ ao da localiza¸c˜ ao das pistas, baseado em imagens de v´ıdeos, al´em de fornecer uma compara¸c˜ ao cr´ıtica entre esses algoritmos. Estes algoritmos, geralmente, s˜ ao combinados.

(43) 41 com outras t´ecnicas de localiza¸c˜ ao, tais como GPS e Map Matching, para prover uma maior precis˜ ao na sua localiza¸c˜ ao. 2.5.6. Localiza¸ c˜ ao relativa ad hoc distribu´ıda Mapas de posi¸c˜ ao relativa local podem ser constru´ıdos por um ve´ı-. culo estimando a distˆ ancia entre ele e seus vizinhos por meio da troca de informa¸c˜ oes de distˆ ancia com os ve´ıculos mais pr´ oximos de m´ ultiplos saltos (multihop). Com esse mapa de posi¸c˜ ao dinˆ amica, um ve´ıculo pode se localizar, em rela¸c˜ ao aos ve´ıculos das proximidades, assim como localizar os ve´ıculos na sua vizinhan¸ca (BOUKERCHE et al., 2008). Esse tipo de rede vem sendo muito utilizada em Redes Ad Hoc e Redes Sensores, mas existem algumas solu¸c˜ oes propostas para VANET. Benslimane (2005) prop˜ oe um algoritmo de localiza¸c˜ ao distribu´ıdo, para auxiliar ve´ıculos n˜ao equipados com GPS, na estimativa de suas posi¸c˜ oes, por meio de ve´ıculos vizinhos equipados com GPS. Para estimar uma posi¸c˜ ao, um ve´ıculo n˜ ao equipado com GPS precisa se comunicar com, pelo menos, trˆes ve´ıculos equipados com GPS, em sua vizinhan¸ca, a fim de estimar a distˆ ancia e recolher as suas informa¸c˜ oes de posi¸c˜ ao. Quando o n´ umero de ve´ıculos equipados com GPS nas proximidades ´e menor do que trˆes, ainda, ´e poss´ıvel estimar a dire¸c˜ ao e a distˆ ancia do ve´ıculo considerando um evento (acidente ou perigo), baseando-se em uma pequena quantidade de informa¸c˜ ao dispon´ıvel. No trabalho realizado por Parker e Valaee (2007), ´e proposto um sistema de localiza¸c˜ ao, distribu´ıda para VANET, que utiliza RSSI, para estimar as distˆ ancias entre os ve´ıculos e um algoritmo de otimiza¸c˜ ao, utilizado para melhorar a estimativa de posi¸c˜ ao inicial dos ve´ıculos, obtido, por.

(44) 42 exemplo, por meio de GPS. Essa solu¸c˜ ao pode ser utilizada para melhorar a precis˜ ao de posi¸c˜ oes calculadas pela t´ecnica Dead Reckoning na ausˆencia de sinal do GPS. Existem alguns trabalhos, como o proposto por Kukshya, Krishnan e Kellum (2005), que se baseiam em determinar a posi¸c˜ ao dos ve´ıculos sem a utiliza¸c˜ ao de GPS. Contudo, a maioria dos aplicativos para VANETs funcionam melhor por um sistema h´ıbrido onde as posi¸c˜ oes relativas podem, normalmente, ser convertidas em posi¸c˜ oes globais, quando o sinal de GPS estiver ausente. Neste trabalho foi utilizado o sistema de localiza¸c˜ ao por A-GPS presente na maioria dos dispositivos m´ oveis com plataforma Android. No contexto de redes veiculares, a localiza¸c˜ ao dos ve´ıculos est´ a limitada ` as ruas, estradas e rodovias. Essa caracter´ıstica permite que a utiliza¸c˜ ao de mapas digitais, combinada com a localiza¸c˜ ao por GPS, melhore, significativamente, a precis˜ ao do sistema de localiza¸c˜ ao. Na pr´ oxima se¸c˜ ao ser˜ ao descritas as principais caracter´ısticas da plataforma Android e alguns detalhes sobre sua API para utilza¸c˜ ao do Google Maps. 2.6. Plataforma Android Para criar uma aplica¸c˜ ao comercialmente atrativa, este trabalho ex-. plora a utiliza¸c˜ ao de dispositivos m´ oveis com plataforma Android e GPS para criar o sistema de preven¸c˜ ao de colis˜ oes. Essa escolha ´e motivada por dois fatores: • Popularidade: Os smartphones superaram, desde 2013, os celulares comuns no n´ umero de vendas e participa¸c˜ ao no mercado. O estudo contabilizou a venda de 435 milh˜ oes de aparelhos, no segundo tri-.

(45) 43 mestre de 2013 e 51,8% deles foram smartphones. Nesse cen´ ario, a plataforma Android possui cerca de 80% do mercado de SOs mobile (GARTNER, 2014). • Recursos: A plataforma Android oferece novas possibilidades para aplica¸c˜ oes m´ oveis, oferecendo um ambiente de desenvolvimento de c´ odigo aberto e kernel Linux. O hardware pode ser acessado por meio de uma s´erie de bibliotecas de API padr˜ ao, permitindo ao usu´ ario gerenciar diversos recursos como: Wi-Fi, Bluetooth e dispositivos de GPS (ANDROID, 2014). A plataforma Android oferece um conjunto completo de softwares para dispositivos m´ oveis: um sistema operacional, middleware e, principalmente, aplica¸c˜ oes m´ oveis. As plataformas Windows Mobile e iPhone da Apple oferecem um rico ambiente de desenvolvimento simplificado para aplica¸c˜ oes m´ oveis. No entanto, ao contr´ ario do Android, eles s˜ ao constru´ıdos sobre sistemas operacionais propriet´ arios que, muitas vezes, priorizam aplica¸c˜ oes nativas em rela¸c˜ ao ` as criadas por terceiros e restringem a comunica¸c˜ ao entre aplicativos e dados nativos. A plataforma Android oferece novas possibilidades para aplica¸c˜ oes m´ oveis, proporcionando um ambiente de desenvolvimento de c´odigo aberto e kernel Linux. O hardware pode ser acessado por uma s´erie de bibliotecas de API padr˜ ao, permitindo ao usu´ ario gerenciar diversos recursos como: Wi-Fi, Bluetooth e dispositivos de GPS (ANDROID, 2014). As aplica¸c˜ oes para Android podem ser desenvolvidas com linguagem Java em ambientes de desenvolvimento como Eclipse, Netbeans ou IntelliJ IDEA. Neste trabalho foi utilizado o ambiente de desenvolvimento Eclipse, que, tamb´em, ´e o mais utilizando pela Google no desenvolvimento.

(46) 44 de aplica¸c˜ oes para Android. O Eclipse utiliza um plug-in chamado ADT (Android Development Tools) respons´ avel por facilitar o desenvolvimento, teste e compila¸c˜ ao do projeto. O ADT permite a utiliza¸c˜ ao de um emulador da plataforma Android diretamente do Eclipse facilitando o processo de debug e teste de recursos como envio de SMS e realiza¸c˜ ao de liga¸c˜ oes telefˆ onicas. Pelo Eclipse ´e poss´ıvel visualizar logs e arquivos do Android, executar o garbage collector e gerenciar v´ arios recursos do sistema operacional (LECHETA, 2013). Uma das funcionalidades que mais chamam a aten¸c˜ ao na plataforma Android ´e a grande facilidade para construir aplica¸c˜ oes integradas com o Google Maps e que fazem uso de localiza¸c˜ ao por GPS. Para essa integra¸c˜ ao duas vers˜ oes da API de Mapas podem ser utilizadas (LECHETA, 2013): • Google Maps Android API V1: Compat´ıvel apenas com vers˜ oes anteriores a Android 3.1. • Google Maps Android API V2: Compat´ıvel apenas com vers˜ oes Android 3.1 e superiores. Dentre as principais melhorias, realizadas na API V2, podemos citar a utiliza¸c˜ ao de vetores em todo framework de mapas, para suportar visualiza¸c˜ oes 2D e 3D, possibilitando ganho significativo de desempenho, tornando todas intera¸c˜ oes e anima¸c˜ oes muito mais fluidas. Al´em disso, caso a cidade em quest˜ ao suporte a visualiza¸c˜ ao 3D, esta ´e feita, automaticamente, se o n´ıvel do zoom estiver perto o bastante. Uma classe especial de compatibilidade permite que vers˜ oes anteriores do Android possam usufruir dos recursos da nova API de mapas (LECHETA, 2013)..

(47) 45 No pr´ oximo cap´ıtulo, s˜ ao descritos os principais resultados dos estudos relacionadas a VANETs e o padr˜ ao IEEE 802.15.4/ZigBee na literatura. 3. Trabalhos Relacionados Existem poucos trabalhos na literatura relacionados a redes veicula-. res utilizando o padr˜ ao ZigBee. Em alguns trabalhos s˜ ao utilizados sensores sem fio com padr˜ ao IEEE 802.15.4, mas n˜ ao utilizam toda a pilha de protocolo do padr˜ ao ZigBee. Nesta se¸c˜ ao s˜ ao descritos alguns desses trabalhos. Uma das caracter´ısticas fundamentais das VANETs ´e a sua capacidade de auto reconfigura¸c˜ ao. No trabalho desenvolvido por Naranjo et al. (2011), utilizam-se dispositivos com plataforma TinyOS que implementam a norma IEEE 802.15.4 at´e a camada de enlace e o protocolo CTP (Collection Tree Protocol) na camada de rede para o roteamento mesh. Objetivou-se neste trabalho avaliar a caracter´ıstica de auto reconfigura¸c˜ ao das redes utilizando esses dispositivos. Para simular o tr´ afego de dados para aplica¸c˜ oes de seguran¸ca no trˆ ansito, os experimentos foram realizados para transmiss˜ ao de pacotes com 30 bytes no campo de dados, contendo as informa¸c˜ oes da coordenada geogr´ afica e velocidade do ve´ıculo. Esses parˆ ametros s˜ ao utilizados como base para qualquer ADAS. Os testes realizados por Naranjo et al. (2011) foram executados em ambiente real. A frequˆencia de envio dos dados foi de 2Hz. Os testes consistem, de forma geral, em trˆes ve´ıculos circulando com velocidades variadas enviando mensagens para um ponto infraestruturado. Pelos resultados deduz-se que a latˆencia da rede mesh ´e de menos de 1 milissegundo em conex˜ ao direta a 1 e a 2 saltos. O n´ umero de mensagens perdidas foi de 6,25% a velocidades de at´e 50 km/h e a estrutura da rede mesh ´e reconfigurada.

(48) 46 somente quando um dos n´os perde a conex˜ ao com a rota estabelecida. Para reconfigura¸c˜ ao das rotas s˜ ao utilizados parˆ ametros como a intensidade do sinal de transmiss˜ ao e recep¸c˜ ao. Uma extens˜ ao do trabalho de Naranjo et al. (2011) visa avaliar a caracter´ıstica de auto reorganiza¸c˜ ao da redes mesh em autopistas (NARANJO et al., 2012). O ambiente testado possui menor quantidade de obstru¸c˜ oes entre os ve´ıculos, no entanto, a velocidade relativa entre eles ´e maior. Os testes deste trabalho foram realizados com trˆes ve´ıculos, circulando em vias p´ ublicas de tr´ afego livre, com varia¸c˜ oes de velocidade de 80 km/h, 100 km/h e 110 km/h. Os dados s˜ ao transmitidos em broadcast e os n´ os fazem a retransmiss˜ ao dos dados por mais um salto. A frequˆencia de envio das mensagens foi de 2Hz. O tamanho do pacote enviado foi de 30 bytes. Os experimentos resultaram em perdas de dados de at´e 8% e a latˆencia m´ axima foi de 0,5 segundos em transmiss˜ oes com m´ ultiplos saltos. Pelos resultados infere-se que esta tecnologia de comunica¸c˜ ao ´e capaz de suportar a transmiss˜ ao de dados em malha cont´ınua, promovendo eficiˆencia e confiabilidade, para ser usado em um grande conjunto de sistemas de assistˆencia ao condutor. J´ a Anurag, Ghosh e Bandyopadhyay (2008) desenvolveram um sistema, para alerta de colis˜ao, utilizando o padr˜ ao ZigBee. Seu projeto foi feito, especificamente, para evitar a colis˜ ao de caminh˜ oes em uma mineradora. Os experimentos foram realizados utilizando simulador. Os dados foram transmitidos em broadcast e unicast. Os intervalos de envio foram de 0,25 segundos, 0,5 segundos e 1 segundo. Foram transferidos pacotes de dados de 80 bytes. Neste trabalho foram simulados, tamb´em, a quantidade de n´ os da rede, variando de 2 a 10 n´ os. N˜ ao houve varia¸c˜ ao de velocidade entre os ve´ıculos. Os dados transmitidos por broadcast tiveram taxa de perda.

(49) 47 abaixo de 2%. J´ a os dados transmitidos em unicast tiveram taxas de perdas de at´e 80%. Os resultados conseguidos pelas transmiss˜ oes por broadcast nas simula¸c˜ oes, sugerem que o padr˜ ao ZigBee, tamb´em, pode ser utilizado com sucesso em aplica¸c˜ oes para a preven¸c˜ ao de colis˜ ao entre ve´ıculos em ambientes urbanos e rodovi´ arios. Neste trabalho, o padr˜ ao ZigBee ser´ a avaliado com rela¸c˜ ao ` a viabilidade de sua utiliza¸c˜ ao na constru¸c˜ ao de aplica¸c˜ oes voltadas ` a seguran¸ca no trˆ ansito. No pr´ oximo cap´ıtulo ´e descrito o ambiente de experimenta¸c˜ ao, m´etricas e os testes realizados para alcan¸car esse objetivo..

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