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Estudo de caso, do ponto de vista logístico de um equipamento acoplado em empilhadeira: posicionador duplo de garfos

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UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DCEEng – Departamento de Ciências Exatas e Engenharia

Curso de Engenharia Mecânica – Campus Panambi

MATHEUS FARIAS TAFFAREL

ESTUDO DE CASO, DO PONTO DE VISTA LOGÍSTICO DE UM EQUIPAMENTO ACOPLADO EM EMPILHADEIRA:

POSICIONADOR DUPLO DE GARFOS

Panambi 2012

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MATHEUS FARIAS TAFFAREL

ESTUDO DE CASO, DO PONTO DE VISTA LOGÍSTICO DE UM EQUIPAMENTO ACOPLADO EM EMPILHADEIRA:

POSICIONADOR DUPLO DE GARFOS

Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca avaliadora do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheiro Mecânico.

Banca Avaliadora:

1° Avaliador: Prof. Cláudio Fernando Rios, Mestre em Engenharia.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus pela oportunidade de cursar a minha tão sonhada faculdade, Engenharia Mecânica.

Agradeço aos meus queridos pais Dilvo e Aldenira pelo apoio, compreensão e auxílio durante todos os momentos que juntos passamos.

Ao meu irmão Lucas, companheiro e amigo em todas as horas.

A empresa em que trabalho, Saur Equipamentos S.A. por apoiar e incentivar a minha formação de Engenheiro Mecânico.

Ao meu orientador Gil Eduardo Guimarães, pelo desenvolvimento e orientação deste trabalho. Estas, que serão levadas por toda minha carreira profissional.

À instituição, pela estrutura e recursos utilizados.

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RESUMO

A logística dentro das empresas está ganhando posição de destaque, pois nenhuma outra atividade dentro de uma organização é tão completa e abrangente. Neste contexto, a otimização da movimentação de materiais torna-se necessária a fim de reduzir custos, aumentar a produtividade e diminuir avarias nos produtos. O equipamento mais comum, quando se fala em movimentação de cargas dentro de uma empresa, é a empilhadeira. Esta é uma ferramenta fundamental para a movimentação de paletes. Cada vez mais as empilhadeiras estão fazendo parte do custo final do produto, pois o tempo de movimentação interna influencia diretamente no custo final de cada componente. A fim de auxiliar neste processo, equipamentos acoplados em empilhadeiras, específicos para cada tipo de carga, vem contribuir para esta otimização. Aumento de produtividade, segurança, menos avarias, melhor qualidade de trabalho ao operador e redução de espaços são os objetivos destes equipamentos. Este trabalho tem o objetivo de demonstrar a utilização de um deles na indústria de bebidas, o Posicionador Duplo de Garfos. Os dados e informações coletadas, na prática, comprovam que estes equipamentos contribuem de forma satisfatória e agregam vários benefícios ao processo produtivo influenciando diretamente na qualidade final do produto, entregando-o em menor tempo e com menos avarias.

Palavras-chave: Logística, Movimentação de Materiais, Empilhadeira, Equipamentos para Empilhadeiras.

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ABSTRACT

The logistics within companies is gaining a prominent position because no other activity within an organization is so thorough and comprehensive. In this context, the optimization of material handling becomes necessary to reduce costs, increase productivity and reduce damage to products. The most common equipment when it comes to cargo movement within a company is the forklift. This is a fundamental tool for moving pallets. Increasingly forklifts are part of the cost of the final product, because time internal movement directly influences the final cost of each component. To assist in this process, coupled with forklift equipment, specific for each type of load, contributes to this optimization. Increased productivity, safety, fewer breakdowns, better quality of operator work and reduction of spaces are the goals of this equipment. This paper aims to demonstrate the use of one of them in the beverage industry, the Double Pallet Handler. The data and information collected, in practice, prove that these devices contribute satisfactorily and add several benefits to the production process directly influencing the quality of the final product, delivering it in less time and with fewer breakdowns.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Carros elevadores manuais. ... 22

Figura 2 – Carros elevadores elétricos. ... 22

Figura 3 – Empilhadeira frontal e Empilhadeira retrátil... 23

Figura 4 – Autocarrinho AGV. ... 23

Figura 5 – Empilhadeiras diversas. ... 24

Figura 6 – Garfos de empilhadeira. ... 25

Figura 7 – Alguns Equipamentos pertencentes ao Grupo 1. ... 26

Figura 8 – Alguns Equipamentos pertencentes ao Grupo 2. ... 26

Figura 9 – Alguns Equipamentos pertencentes ao Grupo 3. ... 27

Figura 10 – Alguns Equipamentos pertencentes ao Grupo 4. ... 27

Figura 11 – Alguns Equipamentos pertencentes ao Grupo 5. ... 27

Figura 12 – Alguns Equipamentos pertencentes ao Grupo 6. ... 28

Figura 13 – Alguns Equipamentos pertencentes ao Grupo 7. ... 28

Figura 14 – Alguns Equipamentos pertencentes ao Grupo 8. ... 28

Figura 15 – Garfo Duplo Inteligente (G.D.I.)... 29

Figura 16 – Empilhadeira efetuando o transporte de dois paletes simultaneamente. ... 29

Figura 17 – Empilhadeira com os garfos fechados... 30

Figura 18 – Posicionador Duplo de simples profundidade. ... 31

Figura 19 – Posicionador Duplo de dupla profundidade. ... 31

Figura 20 – Posicionador Triplo de simples profundidade. ... 32

Figura 21 – Posicionador Triplo de dupla profundidade. ... 32

Figura 22 – Posicionador Quádruplo de Garfos. ... 32

Figura 23 – Empilhadeira com Posicionador Duplo de Garfos transportando garrafas pet. .... 33

Figura 24 – Empilhadeira com Posicionador Duplo de Garfos transportando rolos de arame. 34 Figura 25 – Empilhadeira com Posicionador Duplo de Garfos transportando tijolos. ... 34

Figura 26 – Vista da fachada da Steffen Bebidas LTDA. ... 35

Figura 27 – Carregamento dos paletes. ... 36

Figura 28 – Transporte dos paletes. ... 36

Figura 29 – Descarregamento dos paletes. ... 37

Figura 30 – Empilhadeiras e caminhões utilizados para coleta de dados. ... 37

Figura 31 – Empilhadeira com o equipamento efetuando a operação. ... 38

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Variação de modelos de Posicionadores de Garfos. ... 30 Tabela 2 – Tomadas de tempo. ... 38

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SUMARIO 1 INTRODUÇÃO ... 9 1.1 Objetivos ... 10 1.2 Objetivos específicos ... 10 1.3 Justificativa ... 10 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 12 2.1 Logística ... 12 2.1.1 Surgimento da Logística ... 12 2.1.2 Importância da Logística ... 13 2.1.3 Processos Logísticos... 14 2.2 Competitividade empresarial ... 20 2.3 Movimentação de Materiais ... 21 2.4 Veículos industriais ... 23 2.5 Empilhadeiras ... 24

2.6 Equipamentos para Empilhadeiras ... 25

2.7 Posicionador Duplo de Garfos ... 28

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 35 3.1 Local ... 35 3.2 Características da Operação ... 35 3.3 Resultados ... 37 4 CONCLUSÃO ... 41 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 42

ANEXO 1 – FOLHETO DE APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ... 44

ANEXO 2 – FOLHETO DE APRESENTAÇÃO DO PRODUTO ... 45

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1 INTRODUÇÃO

Tendo em vista o constante avanço tecnológico e a busca pela automação de processos em todos os setores das indústrias, têm-se o interesse de, neste trabalho, estudar a implantação de uma solução na movimentação de materiais utilizando-se para isto o equipamento Posicionador Duplo de Garfos acoplado em empilhadeira.

A Logística é a área responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa. Está intimamente ligada às ciências humanas, tais como a administração, a contabilidade, a estatística e o marketing, envolvendo diversos recursos da engenharia, tecnologia, do transporte e dos recursos humanos. Divide-se basicamente em duas partes: Logística Principal, composta por atividades como Transportes, Gerenciamento de Estoques e Processamento de pedidos e Logística Secundária que compõe atividades como Armazenagem, Embalagem, Compras, Programação de Produtos, Sistema de Informação e Movimentação de Materiais este último sendo, portanto, foco deste trabalho.

A Movimentação de Materiais tem como objetivo principal a reposição de matérias-primas nas linhas ou células de produção de uma fábrica, bem como transportar o material em processamento levando em conta o tempo e os espaços disponíveis para estas operações.

As Empilhadeiras são definidas como sendo um veículo utilizado principalmente para carregar e descarregar mercadorias em paletes (estrado de madeira, metal ou plástico utilizado para acomodação de cargas durante o manuseio). Existem diversos tipos e modelos adequados para as mais variadas atividades. Às empilhadeiras podem ainda ser acrescidos acessórios, ou seja, equipamentos específicos para cada tipo de carga, sem necessidade de improvisações.

Dentre os equipamentos que podem ser acoplados às empilhadeiras destacam-se os seguintes: Aparelhos Giratórios (utilizados para girar ou despejar a carga), Deslocadores Laterais (para ajuste da carga sem a necessidade de manobra da empilhadeira), Posicionadores de Garfos (para manuseio de varios tamanhos de paletes), Inversores de Carga (para inverter o sentido da carga), Fixadores de Carga (para fixar cargas instáveis durante o transporte), Lanças Guindastes (para utilização da empilhadeira como guindaste), Prolongadores de Garfos (para estender o comprimento dos garfos originais), PushPull (para o carregamento de cargas eliminado o palete) e Garras (para manuseio específico de cargas como caixas, fardos, bobinas de papel, tijolos, eletrodomésticos, rodas, tambores, entre outros).

A implantação destes equipamentos dentro de uma empresa deve ser vista como um investimento aliado a produção e a otimização do processo produtivo, pois pode-se perceber

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que com a utilização de equipamentos específicos para movimentação de cada carga obtém-se maior segurança ao operador, ergonomia e agilidade.

1.1 Objetivos

O objetivo principal deste trabalho é um estudo sobre o equipamento acoplado em empilhadeira, Posicionador Duplo de Garfos. Para isto, serão abordados conceitos de logística, competitividade empresarial, movimentação de materiais, veículos industriais, empilhadeiras e equipamentos acoplados em empilhadeiras.

1.2 Objetivos específicos

Para chegar ao objetivo final do trabalho foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos:

 Desenvolver a partir de estudos, melhorias no processo produtivo e de movimentação de materiais;

 Identificar operações de movimentação existentes;

 Implantar um equipamento em empilhadeira específico para movimentação da carga: Posicionador Duplo de Garfos;

 Comparar os resultados de produtividade antes e depois da implantação do equipamento;

 Encontrar soluções para miniminar custos e fazer o estudo de amortização do equipamento implantado.

1.3 Justificativa

Como justificativa para este trabalho está a dificuldade em encontrar mão de obra e a mecanização do processo de movimentação de materiais. Com o aumento do volume de produção das empresas, cada vez mais, máquinas estão auxiliando funcionários a aumentar a produtividade com segurança, agilidade, ergonomia e qualidade.

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O benefício da implantação de equipamentos no processo logístico é um benefício que ainda pode não estar explícito, por isso o interesse em provar a funcionalidade e as vantagens destes equipamentos. Neste caso, na indústria de bebidas, mas os conceitos retirados deste contexto encaixam-se perfeitamente em diversos outros ramos de atividade.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capitulo será apresentada a base teórica para a realização deste trabalho. Inicialmente faz-se uma breve descrição de logística com o intuito de contextualizar a movimentação de materiais dentro da cadeia produtiva. Na sequência serão abordados conceitos que envolvem equipamentos para empilhadeiras e considerações sobre o equipamento Posicionador Duplo de Garfos.

2.1 Logística

Ao longo das últimas décadas é possível observar que surgiram diversas abordagens sobre logística. Em seu conceito de logística Daganzo (1991) enfatiza a distribuição física dos produtos. Para ele, a logística estuda como levar itens da produção para o consumidor com o menor custo.

Alguns conceitos mais abrangentes se preocupam não só com a distribuição do produto acabado, mas também englobam o fluxo de produtos e informações desde a aquisição da matéria-prima até o consumidor final. Neste sentido, Ballou (1993) define a logística empresarial como todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.

Já o Council of Logistics Management (1994) define a logística como o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associadas, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor.

2.1.1 Surgimento da Logística

Segundo Lambert, Stock e Vantine (1993), somente nos últimos trinta anos é que o segmento de negócios começou a se interessar realmente pela logística. Em 1901 foi publicado o primeiro texto sobre logística, com foco sobre os custos e fatores que afetavam a distribuição de produtos agrícolas, escrito por John F. Crowell (LAMBERT, STOCK E VANTINE, 1993). A partir daí foram realizados diversos estudos referentes à logística, mas é na II Guerra Mundial que a logística efetivamente ganha importância. A invasão da Europa

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pelas Forças Aliadas, segundo Christopher (1992), foi um exercício logístico altamente planejado e eficaz.

O conceito de cadeia de valor foi introduzido em 1985 por Porter, o qual ajuda a empresa a desenvolver vantagens competitivas no mercado. Suas atividades primárias eram suprimentos, operações, logística de expedição, vendas, marketing e serviços. Deste então, criou-se a conscientização de que a logística ajuda a criar e a manter vantagem competitiva, esta que por sua vez deriva das muitas atividades que uma firma desempenha projetando, produzindo, comercializando, entregando e apoiando seu produto.

A cadeia de valor desdobra a firma em suas atividades estrategicamente relevantes, para compreender o comportamento dos custos e as fontes de diferenciação existentes ou potenciais. Uma firma ganha vantagem competitiva executando estas atividades estrategicamente importantes de maneira mais barata ou melhor do que seus concorrentes (PORTER, 1992).

2.1.2 Importância da Logística

A logística vem se tornando muito importante nos últimos anos, principalmente a partir da década de 70. De acordo com Lambert, Stock e Vantine (1993), o processo logístico é percebido como três componentes necessários: uma atividade onde podem ser geradas consideráveis economias de custos; uma atividade com enorme potencial para impactar a satisfação do cliente e, portanto, aumentar as vendas, e uma ferramenta de marketing, que pode ser efetivamente utilizada para ganhar vantagem competitiva sustentável.

Ainda segundo Lambert, Stock e Vantine (1993) “quase todas as esferas da atividade humana são afetadas, direta ou indiretamente, pelo processo logístico”. Portanto, existem poucas áreas de estudo que tenham um impacto tão grande no padrão de vida de uma sociedade e afetem as pessoas quanto à logística.

Uma prova da importância da logística segundo Christopher (1992) foi em 1991 quando, na Guerra do Golfo, os Estados Unidos e seus aliados tinham um tempo extremamente pequeno para se transferir para o Oriente Médio. Nessa viagem eles levaram meio milhão de pessoas, materiais e suprimentos, que tiveram que ser transportados por 12.000 quilômetros via aérea, e mais de 2,3 milhões de toneladas de equipamentos transportados pelo mar, tudo isto feito em questão de meses. “Ao longo da história do homem,

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as guerras têm sido ganhas ou perdidas através do poder e da capacidade da logística, ou da falta delas” (CHRISTOPHER, 1992).

A logística, atualmente, pode ser a grande vantagem ou diferencial competitivo de uma empresa. Conforme Lambert, Stock e Vantine (1993), a importância da administração da logística centra-se na disponibilização do produto no lugar certo, no momento certo, na quantidade certa, nas condições certas e pelo custo certo. Para Christopher (1992), para uma empresa obter uma vantagem competitiva diante de seus concorrentes e rivais, ela deve proporcionar valor para seus clientes desempenhando as atividades do modo mais eficiente e da forma que crie maior valor percebido pelo comprador. “O gerenciamento logístico tem potencial para auxiliar a organização a alcançar tanto vantagem em custo/produtividade, como a vantagem em valor” (CHRISTOPHER, 1992).

Os custos logísticos em empresas podem ser até dez vezes maiores do que os custos em propaganda (LAMBERT, STOCK E VANTINE 1993). Com isso, todos os pontos da logística devem ser administrados eficazmente para obter-se uma redução de custo ou uma satisfação maior dos clientes e, em consequência, uma maior lucratividade.

2.1.3 Processos Logísticos

O sistema logístico integrado é dividido em dois componentes básicos, quais sejam (BALLOU 1993):

a) componente primário: constituído pelo transporte, manutenção de estoques e pelo processamento de pedidos;

b) componente secundário ou de apoio: constituído pela armazenagem, manuseio de material, embalagens de proteção e manutenção de informação.

De acordo com Ching (1999) os temas tratados na atividade logística são bastante diversificados:

 Fluxo de compras de matérias-primas;  Operações de produção;

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 Gerenciamento de transporte (movimentação de materiais internos e externos à empresa);

 Distribuição para os clientes finais a partir da fábrica e/ou depósitos intermediários;

 Recebimento de matéria-prima;  Armazenagem.

As atividades logísticas segundo Hall (1985), são divididas em produção, armazenagem e transporte. Dentro desta divisão é enfatizada a dimensão temporal (quando) e espacial (onde) através de três questões:

1. Quando e onde os bens devem ser produzidos? 2. Quando e onde os bens devem ser armazenados? 3. Quando e onde os bens devem ser transportados?

A logística passa a ser vista como integradora das várias funções ao longo da cadeia produtiva, sua base conceitual tem evoluído de forma a considerar sistemicamente todas as atividades que se relacionam direta e indiretamente aos fluxos físico e de informação (KAIBARA, 1998). Dentro do conceito moderno de gerenciamento da cadeia produtiva, a logística aparece como elemento chave de integração (NOVAES, 1999).

2.1.3.1 Armazenagem

A armazenagem inclui todas as atividades em um local destinado à guarda temporária, em grande ou pequena escala, de mercadorias, ou seja, um espaço físico para armazenar o estoque (BOWERSOX 1996).

Segundo Ballou (1993), existem seis motivos para armazenarem-se materiais:

1. Atuar como um pulmão entre o fornecimento e a demanda;

2. A armazenagem é necessária para a estocagem de matéria-prima, componente, subconjunto, material em processo e produtos acabados de forma a obter-se economia no processo de produção;

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4. O armazém atua como um ponto de consolidação para puxar o produto dos fornecedores para um local que consolida e então o movimenta ao cliente final;

5. A rede de armazéns permite que o produto seja empurrado do fabricante através da rede ao usuário final;

6. Fornecer o nível de serviço desejado que, principalmente, será o tempo de entrega.

Os custos de armazenagem e manuseio de materiais são justificáveis, pois eles podem ser compensados pela redução dos custos de transporte e de produção (BALLOU 1993). Podemos dizer que o principal objetivo da armazenagem é realizar um equilíbrio que minimize os custos totais da operação e que forneça o nível de serviço esperado.

2.1.3.2 Estoque

A administração de estoques tem como tarefa minimizar o investimento em inventário, ao mesmo tempo em que providencia os níveis de disponibilidade almejados (BALLOU 1993).

Os estoques são uma necessidade para a empresa, visto o alto percentual de matérias-primas importadas e produtos exportados. Apesar dos custos, é parte fundamental para manter um bom nível de serviço logístico. Portanto, o equilíbrio é uma palavra fundamental na gestão de estoques.

De acordo com a visão tradicional, os produtos devem ser mantidos em estoques por diversas razões, seja para acomodar variação das demandas, seja para produzir lotes econômicos em volumes substancialmente superiores ao necessário, seja para não perder vendas. No entanto, essa visão acarreta para as empresas (CHING,1999):

 Custos mais altos de manutenção de estoques;  Falta de tempo na resposta ao mercado;  Risco de o inventário tornar-se obsoleto.

Segundo Ching (1999), os estoques absorvem um capital que poderia estar sendo investido de outras formas, desviando então o uso de capital de outros investimentos da empresa. Deveria ser aumentada a rotatividade do estoque para, assim, economizar-se com a manutenção de estoques.

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A melhor opção para se reduzir os custos com estoques é manter sempre o nível mínimo possível, respeitando os objetivos e oferecendo o melhor nível de serviço ao consumidor. É de fundamental importância atender o cliente em termos de tempo, lugar e hora certa.

Assim que saírem do estoque, os produtos devem estar devidamente embalados para que possam ser manuseados e embarcados para entrega no cliente, por isso faz-se necessária a abordagem da importância da embalagem.

2.1.3.3 Embalagem

O manuseio dos materiais é um dos principais fatores geradores de custo nas atividades logísticas. Portanto, deve-se atentar aos benefícios potenciais da embalagem, como movimentação de materiais, armazenagem e projeto de embalagem.

Os principais objetivos da embalagem segundo Ballou (1993) são:

 Proteger o produto;

 Facilitar o manuseio e armazenagem;

 Promover melhor utilização do equipamento de transporte;  Promover venda do produto;

 Alterar a densidade do produto;

 Promover valor de reutilização para o consumidor.

A embalagem pode ser vista como um adicional de custo para a empresa, porém esse custo é compensado na forma de fretes e custos de estoques menores, além de menor número de avarias e perdas.

Ao desenvolver uma embalagem para determinado produto, procura-se sempre adequá-la ao tipo de transporte pela qual ela será movimentada. Por isso, faz-se necessária uma análise do transporte.

2.1.3.4 Transporte

Dentro das atividades logísticas essa é a de maior importância, pois absorve, em média, de um a dois terços dos custos logísticos. Nenhuma empresa pode trabalhar sem a

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movimentação de seus produtos de alguma forma. Ultimamente a indústria e o comércio passaram a dar grande ênfase à qualidade dos serviços de transporte.

O objetivo do transporte é o deslocamento de bens de um ponto a outro, respeitando o tipo de carga, suas restrições e seu prazo. O transporte internacional usa estruturas de frete diferentes das do transporte nacional (NOVAES 2001).

No caso de cargas internacionais que normalmente originam-se em um país e tem como destino final outro, a empresa pode deparar-se com uma infinidade de classificações de fretes e esquemas tarifários, muito diferentes com relação ao transporte no mercado interno.

Segundo Ballou (1995), um sistema de transporte adequado contribui para aumentar a competição do mercado, garantir a economia de escala na produção e reduzir os preços das mercadorias.

Para que seja possível um planejamento de transporte eficiente, faz-se necessário discutir o conceito de distribuição física.

2.1.3.5 Distribuição física

Esta é a parte da logística responsável pela movimentação e processamento de pedidos.

A distribuição física é responsável pelo planejamento da entrega da mercadoria aos clientes, e nela tem-se o fluxo de informações e materiais que passam por diversas empresas que atuam, ao mesmo tempo, como compradores e fornecedores. Seu objetivo é transportar o produto adequado, na quantidade certa, até o local combinado, pelo menor custo total, para atender as necessidades do consumidor e do mercado a tempo e com qualidade total (BALLOU 1993).

Ainda segundo Ballou (1995), três estratégias básicas para a distribuição física são citadas:

 Entrega direta a partir de estoques da fábrica;

 Entrega direta a partir de vendedores ou da linha de produção;  Entrega feita utilizando um sistema de depósito.

Para que se tenha uma distribuição física eficaz faz-se necessário possuir as informações corretas em tempo adequado.

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2.1.3.6 Fluxo de informação

Sem as informações necessárias de custo e desempenho nenhuma empresa poderia operar eficientemente. Estas são essenciais para o correto planejamento e controle logístico.

O sistema logístico é um subsistema de informações gerenciais que providencia a informação especificamente necessária para a administração logística. Os embarques feitos nos momentos certos trazem benefícios para a imagem do fornecedor, da mesma forma que permitem ao cliente realizar seu planejamento de compras/vendas corretamente, e isso se faz, em grande parte, graças ao sistema de informações de que possa dispor a empresa (BALLOU 1993).

Com relação ao fluxo de pedidos, armazenagem, transporte e estoque, o sistema de informações que os envolve é fundamental para o bom desempenho do sistema. Para Ballou (1993) uma boa informação é de grande valia no planejamento, operação e controle de sistemas logísticos.

O correto fluxo de informação influencia diretamente no nível de serviço logístico fornecido ao cliente.

2.1.3.7 Nível de serviço

Este é um elemento-chave no desenvolvimento de estratégias logísticas. Segundo Ballou (1993), o nível de serviço logístico é o fator chave do conjunto de valores que as empresas oferecem aos seus clientes para assegurar sua fidelidade. Como o nível de serviço logístico está associado aos custos de prover esse serviço, o planejamento da movimentação de bens e serviços deve iniciar-se com as necessidades de desempenho dos clientes no atendimento de seus pedidos.

Possuindo um bom nível de serviço logístico, as empresas têm maior competitividade no mercado.

2.1.3.8 Características das atividades operacionais

Atividades de armazenagem, estoque, transporte e distribuição física podem ser caracterizadas por serem atividades concretas e tangíveis. Pois lidam diretamente na transição

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dos produtos. Sendo assim, afetam diretamente o resultado da logística em nível de custo, entrega no prazo e qualidade dos produtos.

Estas atividades são tangíveis, pois são mensuráveis e de fácil identificação. Portanto, podem ser analisadas através de indicadores de desempenho a fim de auxiliar a empresa em um contexto generalizado.

Já fluxo de informação e serviços são caracterizadas por serem atividades mais gerenciais e virtuais, visto que não lidam diretamente com o produto. Com isso, são intangíveis e sua execução é de difícil avaliação e até mesmo de difícil identificação.

2.2 Competitividade empresarial

Fatores competitivos são fundamentais para que uma empresa seja bem sucedida. Portanto, estes fatores devem estar muito bem estabelecidos. Para Slack (1999), os cincos fatores competitivos da indústria ou serviços são:

 Qualidade: para obter a vantagem em qualidade, a empresa tem que fazer corretamente seus produtos ou serviços, com isso satisfazendo seus clientes internos e externos. A vantagem em qualidade reduz o custo e aumenta a confiabilidade.

 Rapidez: o fator rapidez é importante no tempo de atendimento aos clientes a rapidez interna de uma organização refere-se ao tempo de separação de pedido, velocidade na tomada de decisão, rapidez nas informações, etc. A vantagem em rapidez reduz estoques, visto que a empresa é veloz em produção e não se faz necessário ter estoques excessivos.

 Confiabilidade: significa o cumprimento de prazos. O cumprimento de prazos só é percebido após a compra do serviço. Caso não seja cumprido o prometido, este fato irá gerar insatisfação no cliente. A confiabilidade economiza tempo, pois o prometido é sempre cumprido, evitando horas-extras, custos de transporte alternativos, etc. e proporciona estabilidade evitando problemas de qualidade e garantindo previsibilidade para o processo.

 Flexibilidade: a capacidade de mudança pode resumir este fator, ou seja, em qualquer ponto do processo poder mudar para atender a uma nova necessidade. A flexibilidade pode ser para atender uma entrega em um tempo diferenciado,

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para atender uma mudança de quantidade do pedido, etc. A vantagem em flexibilidade agiliza o tempo de resposta aos clientes e mantém a confiabilidade.

 Custo: está entre os mais importantes de todos os fatores. Além de custos diretos, (funcionários, equipamentos, instalações), cada fator competitivo abordado acima influencia de algum modo o fator competitivo custo. Portanto para melhorar o desempenho em custo é necessário trabalhar o desempenho em todos os outros fatores analisados.

Analisando os fatores competitivos citados pode-se perceber que, praticamente todos, influenciam em tempo ou custo.

2.3 Movimentação de Materiais

Conforme Ballou (2001), a movimentação de materiais adiciona valor de local e tempo aos produtos, por torná-los disponíveis quando e onde se fizerem necessários e estão associadas às seguintes atividades: recebimento, identificação e classificação, conferência, endereçamento para o estoque, estocagem, remoção do estoque, acumulação de itens, embalagem, expedição e registro das operações.

De acordo com Moura (1983), a classificação dos tipos de equipamentos para movimentação de materiais se dá em duas categorias: os de operação manual e equipamento motorizado, assim existindo carrinhos elevadores manuais e motorizados.

É muito grande a variedade de equipamentos de movimentação. Sua diferenciação ocorre, principalmente, pelo grau de uso especializado e pela extensão em que a energia manual é requerida para operá-lo. Segundo Ballou (2001), três grandes categorias de equipamento podem ser distinguidas:

Equipamentos de manuseio operados manualmente, tais como carrinhos de mão de duas rodas e os carrinhos plataforma de quatro rodas, fornecem alguma vantagem mecânica na movimentação dos produtos e requerem somente um investimento modesto. Sua flexibilidade e seu baixo custo, além de não necessitar de mão de obra especializada para operá-los, fazem deles uma boa escolha quando o volume que flui pelo armazém não é elevado e o investimento em equipamentos mecanizados não é viável ou desejado (BALLOU, 2001).

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Para Moura (1983), algumas características favorecem a movimentação manual: material unitário, pequeno, leve, frágil, seguro de manusear, caro, quando requer pequeno tempo de operador, baixa frequência horária.

Há dois equipamentos relativamente baratos quando comparados a outros equipamentos de transporte: Carros elevadores manuais (Figura 1A, 1B), e Carros elevadores elétricos ou Transportadores elétricos (Figura 2). São utilizados para movimentações curtas e horizontais, não conseguem realizar a movimentação quando os paletes estão armazenados em prateleiras.

Figura 1 – Carros elevadores manuais. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

Figura 2 – Carros elevadores elétricos. Fonte: Skan do Brasil.

Segundo Ballou (2001), o manuseio mecanizado de materiais pode ser mais veloz e a produtividade (horas/homem) obtida pode ser aumentada. Geralmente, o equipamento mais utilizado para este fim é a empilhadeira (Figura 3A, 3B). Este equipamento permite elevar cargas a alturas consideráveis.

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Figura 3 – Empilhadeira frontal e Empilhadeira retrátil. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

2.4 Veículos industriais

São equipamentos, motorizados ou não, usados para movimentar cargas intermitentes, em percursos variados com superfícies e espaços apropriados, cuja função primária é transportar e ou manobrar.

São utilizados tanto no processo de produção como no de armazenagem para não só transportar cargas, mas também colocá-las em posição conveniente. Sua principal característica é a flexibilidade de percurso e de carga e descarga (MILAN, 2011)

Os tipos mais comuns de veículos industriais são carrinhos industriais, empilhadeiras, rebocadores, autocarrinhos (Automatic Guided Vehicle - AGV) (Figura 4) e guindastes autopropelidos. Neste trabalho, o foco são empilhadeiras.

Figura 4 – Autocarrinho AGV. Fonte: JBT Corporation.

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2.5 Empilhadeiras

A empilhadeira é um veículo utilizado para transporte e movimentação de materiais. Dotada de garfos ou outro dispositivo de sustentação de carga, tem o apoio da carga fora da sua área de base. A empilhadeira foi projetada de forma a permitir a movimentação e o deslocamento de materiais tanto no sentido horizontal como vertical, com variações e capacidade de 800 kg a 52.000 kg. (MILAN, 2011)

Existem máquinas para todos os tipos de atividades, desde pequeno porte até o modelo para trabalhos portuários (Figura 5). Podem ser acrescidos vários tipos de acessórios adequados ao tipo de carga, sem necessidade de improvisações.

Figura 5 – Empilhadeiras diversas. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

Diante dessa grande quantidade de modelos, faz-se necessária uma classificação considerando as características construtivas e aplicação dos equipamentos. A classificação é universal e se aplica a todos os fabricantes.

É possível classificar as empilhadeiras de várias maneiras, como pelo tipo de combustível, pelo tipo de torre, pela posição do operador, pelo tipo de transmissão, pelo tipo de pneus, etc.

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2.6 Equipamentos para Empilhadeiras

O equipamento básico para sustentação da carga nas empilhadeiras é o garfo ou lança (forquilha) simples (Figura 6). O garfo simples não possui complementos hidráulicos, como deslocador e posicionador de garfos. Caso haja necessidade de ajuste na posição do garfo (abrir ou fechar), é preciso fazê-lo manualmente.

Figura 6 – Garfos de empilhadeira. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

Equipamentos para empilhadeiras são dispositivos mecânicos e ou hidráulicos que podem ser instalados nas empilhadeiras a fim de suprir necessidades específicas da carga ou para otimizar o transporte e a movimentação da mesma.

Diante da necessidade de cada atividade a empilhadeira permite que se instale uma série de equipamentos garantindo eficiência e segurança, sem improvisações (MILAN, 2011). De acordo com a classificação adotada pela maioria das empresas fabricantes de equipamentos para empilhadeiras, em especial a Saur Equipamentos S.A., parceira no desenvolvimento deste trabalho, os equipamentos estão divididos em 8 grandes grupos:

 Grupo 1: Deslocadores Laterais (Fig. 7A), Aparelhos Giratórios (Fig. 7B), Basculadores e Caçambas (Fig. 7C);

 Grupo 2: Garras para Bobinas, Fardos (Fig. 8A), Caixas , Tijolos (Fig. 8B), Eletrodomésticos (Fig. 8C) , Rodas (Fig. 8D) e Tambores;

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 Grupo 4: Inversores (Fig. 10A), Inversores Empurradores (Fig. 10B), Empurradores de Carga e PushPull;

 Grupo 5: Fixadores de Carga (Fig. 11A), Empilhador Lateral e Trilateral (Fig. 11B) e Garfos Telescópicos (Fig. 11C);

 Grupo 6: Torres de Elevação (Fig. 12A), Deslocador Vertical (Fig. 12B) e Suporte de Garfos;

 Grupo 7: Tarugos (Fig. 13A), Lanças Guindastes (Fig. 13B), Prolongadores de Garfos e Garfos;

 Grupo 8: Spreader (Fig. 14A), Top Spreader (Fig. 14B) e Frame.

Figura 7 – Alguns Equipamentos pertencentes ao Grupo 1. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

Figura 8 – Alguns Equipamentos pertencentes ao Grupo 2. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

A

B

C

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Figura 9 – Alguns Equipamentos pertencentes ao Grupo 3. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

Figura 10 – Alguns Equipamentos pertencentes ao Grupo 4. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

Figura 11 – Alguns Equipamentos pertencentes ao Grupo 5. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

A

B

C

A

B

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Figura 12 – Alguns Equipamentos pertencentes ao Grupo 6. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

Figura 13 – Alguns Equipamentos pertencentes ao Grupo 7. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

Figura 14 – Alguns Equipamentos pertencentes ao Grupo 8. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

2.7 Posicionador Duplo de Garfos

Também conhecido como Garfo Duplo Inteligente (G.D.I.) (Figura 15), este equipamento é, sem dúvida, um dos equipamentos mais comuns acoplados a empilhadeiras.

A

B

A

B

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Muitas vezes, efetua com uma só máquina o trabalho de duas com economia de combustível, pneus, homens/máquina e horas/máquina.

Figura 15 – Garfo Duplo Inteligente (G.D.I.). Fonte: Saur Equipamentos S.A.

Segundo Milan (2011) o Posicionador Duplo de Garfos é utilizado visando o aumento da produtividade e a otimização das operações. Este equipamento efetua o transporte, movimentação e armazenamento de até dois paletes, lado a lado. O Posicionador possibilita o afastamento dos dois paletes para melhor visibilidade do operador, encosta um palete no outro para melhor aproveitamento de espaço e aproxima os garfos externos dos garfos internos para carregar somente um palete.

O equipamento é composto por quatro garfos especiais com movimento hidráulico através de cilindros e guias. Esta movimentação permite afastar os garfos e carregar dois paletes simultaneamente (Figura 16).

Figura 16 – Empilhadeira efetuando o transporte de dois paletes simultaneamente. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

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Através do fechamento dos garfos, ou seja, aproximação dos mesmos, a empilhadeira passa a movimentar somente um palete, semelhante a uma empilhadeira normal com garfos simples (Figura 17).

Figura 17 – Empilhadeira com os garfos fechados. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

Dependendo da utilização, pode variar o comprimento e o número de garfos com isso, passa a se chamar Posicionador Múltiplo de Garfos. Conforme as maiores fabricantes destes equipamentos: Saur Equipamentos S.A., Kaup GmbH, Cascade Corporation e Auramo Bolzoni os modelos de Posicionadores de Garfos estão dispostos na Tabela 1 a seguir:

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De acordo com a tabela, através de uma análise mais detalhada, os Posicionadores de Garfos estão divididos basicamente em 4 grupos:

 Posicionador Duplo – Simples profundidade: efetua o movimento de 1 ou 2 paletes (Figura 18);

 Posicionador Duplo – Dupla profundidade: efetua o movimento de 2 ou 4 paletes (Figura 19);

 Posicionador Triplo – Simples profundidade: efetua o movimento de 1, 2 ou 3 paletes (Figura 20);

 Posicionador Triplo – Dupla profundidade: efetua o movimento de 2, 4 ou 6 paletes (Figura 21);

Figura 18 – Posicionador Duplo de simples profundidade. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

Figura 19 – Posicionador Duplo de dupla profundidade. Fonte: Bolzoni Auramo.

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Figura 20 – Posicionador Triplo de simples profundidade. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

Figura 21 – Posicionador Triplo de dupla profundidade. Fonte: Kaup Gmbh.

Algumas fabricantes ainda incluem o Posicionador Quádruplo de Garfos nesta classificação (Figura 22). Este que por sua vez, efetua o movimento de 4 ou 8 paletes simultaneamente.

Figura 22 – Posicionador Quádruplo de Garfos. Fonte: Kaup Gmbh.

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Estes equipamentos são dimensionados dependendo da sua finalidade, ou seja, se o cliente for carregar o caminhão por apenas um lado da carroceria ou alimentar prateleiras com dupla profundidade, deve optar pelo equipamento com garfos mais longos, de dupla profundidade. Se quiser efetuar a movimentação interna de cargas pode optar pelo de simples profundidade. Se houver uma variedade grande de paletes, deve optar pelos modelos mais simples e ágeis, caso contrário pode optar pelos equipamentos de grande capacidade que efetuam o movimento de até 8 paletes .

O Posicionador Duplo de Garfos é amplamente utilizado pela indústria de bebidas. Já conhecido pelos profissionais do ramo desde a década de 1980, é consolidado por ser um equipamento robusto, eficaz e com rápida amortização. Efetua o transporte de engradados cheios e vazios, vasilhames, garrafas pet (Figura 23), latas, entre outros.

Figura 23 – Empilhadeira com Posicionador Duplo de Garfos transportando garrafas pet. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

Além da indústria de bebidas, o Posicionador Duplo de Garfos também é utilizado na indústria siderúrgica efetuando o transporte de rolos de arame e bobinas de aço (Figura 24). Na indústria de cerâmicas (Figura 25) efetua o transporte de paletes com tijolos, telhas e blocos. Por ser um equipamento bastante versátil é perfeitamente adaptável a diversos outros tipos de cargas entre elas caixas, paletes e outros volumes em geral.

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Figura 24 – Empilhadeira com Posicionador Duplo de Garfos transportando rolos de arame. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

Figura 25 – Empilhadeira com Posicionador Duplo de Garfos transportando tijolos. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nesta seção, serão apresentados os dados e resultados colhidos na prática, através da utilização do equipamento Posicionador Duplo de Garfos na indústria de bebidas. Salienta-se que todo o estudo em questão foi embasado teoricamente nos conceitos vistos anteriormente e adequados ao uso do equipamento em questão.

3.1 Local

A coleta de dados foi realizada na empresa Steffen Bebidas (Figura 26), distribuidora AMBEV para a região das missões, noroeste e fronteira, localizada no município de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul. A empresa foi fundada em 1990 no município de Três de Maio, no estado do Rio Grande do Sul. Atualmente conta com uma equipe de, aproximadamente, 160 colaboradores e atende cerca de 1.800 clientes em 50 municípios.

Figura 26 – Vista da fachada da Steffen Bebidas LTDA. Fonte: Google Maps.

3.2 Características da Operação

A operação do equipamento Posicionador Duplo de Garfos é composta de três etapas básicas: carregamento, transporte e descarregamento.

Para o carregamento dos paletes é necessário que os mesmos, estejam alinhados, sem avarias e em boa condição de transporte, caso contrário, oferece riscos à operação. Com a

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torre da empilhadeira inclinada para frente, deslocando-se em direção á carga, introduzem-se os garfos nos vãos dos paletes conforme Figura 27.

Figura 27 – Carregamento dos paletes. Fonte: Kaup Gmbh.

Depois de posicionada a empilhadeira, inclina-se a torre para trás fazendo com que a parte frontal dos paletes fique de 20 a 30 cm mais alta que a parte traseira (Figura 28A). Este é um procedimento padrão para qualquer tipo de carregamento com empilhadeiras, pois a carga deve estar escorada nos garfos ou na grade de proteção da empilhadeira tornando o transporte mais estável e seguro. Para o transporte de dois paletes simultaneamente é recomendado que os dois fiquem encostados lateralmente, firmando-se um no outro (Figura 28B).

Figura 28 – Transporte dos paletes. Fonte: Kaup Gmbh.

Para o descarregamento (Figura 29), assim como no carregamento, inclina-se a torre da empilhadeira para frente e executa-se a operação contrária, retirando-se os garfos do palete quando o mesmo estiver na posição desejada, seja sobre o piso, carroceria do caminhão, ou outro palete, respeitando sempre as recomendações de segurança.

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Figura 29 – Descarregamento dos paletes. Fonte: Kaup Gmbh.

3.3 Resultados

Para obtenção dos resultados, os dados coletados foram baseados em princípios de redução de tempo, custos de manutenção, combustível, investimento e mão de obra. Para isto, foram utilizadas duas empilhadeiras equipadas com Posicionador Duplo de Garfos, uma empilhadeira simples (Figura 30A) e caminhões especialmente desenvolvidos para o transporte de paletes com bebidas (Figura 30B).

Figura 30 – Empilhadeiras e caminhões utilizados para coleta de dados. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

A

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A situação ideal para que se obtenha o maior ganho possível na utilização deste equipamento é na proporção de 2:1 ou 4:2. Ou seja, o cliente que optar pelo investimento deveria possuir 2 empilhadeiras simples (capacidade 2.500 kg) e substituí-las por 1 empilhadeira equipada com o Posicionador Duplo de Garfos (capacidade 3.500 kg). A aplicação prática foi na proporção 3:2. Portanto será mantido um paralelo entre a condição ideal (4:2) e a situação prática (3:2).

Para que fosse medida a produtividade do equipamento foram cronometrados os tempos de operação, ou seja, tempos de carregamento e descarregamento completo do caminhão com uma empilhadeira simples e uma empilhadeira dupla (empilhadeira com o equipamento acoplado), que podem ser vistos na Tabela 2 a seguir:

Tabela 2 – Tomadas de tempo.

Tomada Tipo de operação Empilhadeira utilizada Tempo

Carregamento Dupla 14min 20s

2ª Simples 40min 05s

Descarregamento Dupla 10min 40s

4ª Simples 33min 18s

Observando-se os dados da tabela acima, é claro o ganho em produtividade, ou seja, há uma redução de quase 70% no tempo de operação de uma empilhadeira dupla (Figura 31) em relação a uma simples. Isso se deve ao fato de diminuir o número de manobras e viagens da empilhadeira já que a carroceria dos caminhões comporta 28 paletes, 14 de cada lado, reduzindo pela metade este tempo com a empilhadeira de dupla capacidade.

Figura 31 – Empilhadeira com o equipamento efetuando a operação. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

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Utilizando-se uma empilhadeira dupla que, realiza a função de duas empilhadeiras simples os custos e despesas de manutenção caem, praticamente, pela metade. Por estar carregando o peso da carga e o peso do equipamento, a empilhadeira dupla é mais exigida. Mas seu desgaste é incomparável ao desgaste de duas empilhadeiras simples. Os pneus são uma prova disto. Em campo, onde eram necessários 12 pneus (para 3 empilhadeiras) passaram a ser utilizados 8 (para duas empilhadeiras). Na condição ideal, proporção 4:2, esta diferença é ainda maior, ou seja, o número passa de 16 para 8 pneus. Uma economia de até 50%.

Quanto ao combustível, as máquinas em questão são alimentadas com botijões de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo). Um botijão possui o custo aproximado de R$ 80,00. Uma empilhadeira simples consome 1 botijão de gás a cada 10h de trabalho. Já uma empilhadeira dupla consome 1 botijão de gás a cada 8h de trabalho. Ná prática, três empilhadeiras simples consomem 3 botijões a cada 10h, ou seja, um custo de R$ 24,00/h. Já as duas empilhadeiras duplas consomem 2 botijões a cada 8h, com um custo de R$ 20,00/h efetuando o transporte de dois paletes ao mesmo tempo. Uma redução de custo de, aproximadamente, 17%. Na condição ideal, para quatro empilhadeiras simples, o consumo de combustível seria de R$ 32,00/h, o que implicaria numa redução de custos ainda maior, aproximadamente 37%.

Na indústria de bebidas, normalmente as empilhadeiras utilizadas possuem capacidade de 2.500 kg (Figura 32). Porém, raramente é utilizada toda esta capacidade em operação já que os paletes de bebidas exigem apenas 65% da capacidade da empilhadeira. Portanto, as máquinas não são utilizadas em sua totalidade assim, perdendo rendimento na operação. Uma empilhadeira simples (2.500 kg) custa, em média, R$ 70.000,00. Já o conjunto de uma empilhadeira dupla (3.500 kg + Posicionador Duplo de Garfos) custa, em média, R$ 135.000,00. Investimento vantajoso perante os argumentos acima citados.

Figura 32 – Empilhadeira simples, capacidade 2.500 kg em operação. Fonte: Saur Equipamentos S.A.

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Além disso, o número de operadores cai pela metade, reduzindo despesas e encargos trabalhistas. Se ganha em segurança e estabilidade da carga por estar transportando dois paletes simultaneamente já que um encosta no outro, dando mais firmeza no transporte. O raio de manobra da empilhadeira com o equipamento acoplado é o mesmo da empilhadeira simples o que permite que as duas operem nos mesmos espaços.

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4 CONCLUSÃO

A logística vem se tornando, ao longo dos anos, um diferencial competitivo entre as empresas. Dentro deste contexto, é fundamental a utilização de cada ferramenta de trabalho da melhor maneira possível. Tomando como base a movimentação de materiais, qualquer ganho que se tenha, por menor que seja, pode tornar mais barato o produto final. Os benefícios da otimização das operações de movimentação trazem produtividade, segurança, redução de custos, entre outros. Para isto, os equipamentos acoplados em empilhadeiras, específicos para cada tipo de carga, agregam bastante valor às operações, pois proporcionam melhor aproveitamento de espaços e investimentos, sem desperdícios.

Este trabalho abordou uma solução simples direcionada ao mercado de bebidas. Por ser, talvez, pouco conhecida e difundida deixa de ser empregada em outros nichos de mercado, mas nem por isso, deixa de ser uma boa opção. Através da implantação do equipamento Posicionador Duplo de Garfos, fabricado neste caso pela Saur Equipamentos S.A., foi possível extrair dados concretos que comprovam as vantagens, e a tendência de mecanização dos mercados.

Cada vez mais, a mão de obra se torna mais cara e a qualidade de vida é priorizada. Portanto, a utilização destas soluções trazem benefícios tanto para os empregadores, que aproveitam melhor seus investimentos, quanto para os empregados que contam com o auxílio da mecanização da operação.

Como sugestão fica o empenho da equipe da empresa em desenvolver junto aos clientes melhorias e novas soluções de mecanização já que as tendências apontam para soluções que gerem produtividade, em todos os sentidos.

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1400 80 700 2152 700 I S O I II 1200 271 6 3 .5 CARACTERÍSTICAS PESO 625 kg ESPESSURA 271 mm CG 329 mm *Medidas aproximadas.

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-SAUR Equipamentos S.A.

Código:

I0430002

Denominação: Peso (Kg):

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