• Nenhum resultado encontrado

Eficiência de quatro fontes de adubação nitrogenada em cobertura e rendimento de grãos na cultura do trigo

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Eficiência de quatro fontes de adubação nitrogenada em cobertura e rendimento de grãos na cultura do trigo"

Copied!
42
0
0

Texto

(1)

UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MATIAS FERON BIGOLIN

EFICIÊNCIA DE QUATRO FONTES DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM COBERTURA E RENDIMENTO DE GRÃOS NA CULTURA DO TRIGO

Ijuí – RS 2018

(2)

MATIAS FERON BIGOLIN

EFICIÊNCIA DE QUATRO FONTES DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM COBERTURA E RENDIMENTO DE GRÃOS NA CULTURA DO TRIGO

Trabalho de Conclusão de Curso de Agronomia do Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, como requisito parcial à aprovação no componente curricular Pesquisa Agronômica.

Orientadora: Profa. Dra. Leonir Terezinha Uhde

Ijuí – RS 2018

(3)

MATIAS FERON BIGOLIN

EFICIÊNCIA DE QUATRO FONTES DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM COBERTURA E RENDIMENTO DE GRÃOS NA CULTURA DO TRIGO

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia – Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul,

defendido perante a banca abaixo subscrita.

Banca Examinadora

___________________________________________

Profa. Dra. Leonir Terezinha Uhde DEAg/UNIJUÍ

___________________________________________

Prof. Msc. Valmir de Quadros DEAg/UNIJUÍ

(4)

Dedico este trabalho às pessoas mais especiais da minha vida: minha família. Obrigado pelo incentivo, apoio e confiança que depositaram sempre em mim durante toda essa jornada.

(5)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por abençoar toda a minha caminhada de vida, sobretudo durante os anos de graduação.

Agradecer pela oportunidade de conviver com colegas e professores que possibilitam adquirir conhecimento ao longo do curso e fortalecer os laços de amizade. Foram muitos os momentos felizes que precisam ser celebrados, sem esquecer daqueles em que as dificuldades estiveram presentes. Elas também foram importantes nesse processo de aprendizagem, onde as vitórias foram possíveis por não desistir. Os valores que guardei, os amigos que conquistei tornaram possível essa conquista que não é só minha, é de cada um de vocês.

Agradecer a toda minha família, em especial, minha mãe, Marcia, meu pai, Airton, minha irmã, Matieli e minha namorada, Nadine, pelo constante e incondicional apoio. Foi desta energia positiva transmitida por eles que veio a força para superar os momentos de dificuldade e fazer deles aprendizagem de vida.

Agradecer toda a equipe do DEAg, aos seus funcionários e professores, em especial a professora Leonir Terezinha Uhde, pela orientação desta monografia. Aos colegas que se tornaram amigos, aos que de alguma forma contribuíram para que este sonho se realizasse.

(6)

“No campo do mundo, tu és um semeador. Não podes fugir a responsabilidade de semear. Não digas que o solo é áspero,

Que chove frequentemente,

Que o sol queima ou que a semente não serve. Não é a tua função julgar a Terra e o tempo; Tua Missão é semear.” (Djalma Pereira Guedes)

(7)

EFICIÊNCIA DE QUATRO FONTES DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM COBERTURA E RENDIMENTO DE GRÃOS NA CULTURA DO TRIGO

RESUMO

Avaliou-se o comportamento do trigo em sistema de plantio direto em sucessão com soja ou milho e trigo, sobre a eficiência de aproveitamento de quatro fontes de nitrogênio destinadas a aplicação em cobertura na cultura do trigo [Triticum aestivum (L.) THELL], considerando aumento na produtividade como um todo e na rentabilidade do produtor. O experimento foi desenvolvido no ano de 2018, em uma propriedade no município de Bozano-RS, geograficamente localizada nas coordenadas 28º19’10.58” S 53º45’54.95” O, com uma altitude de 332 m, em Latossolo Vermelho. Os tratamentos aplicados às parcelas do experimento foram constituídos: testemunha sem aplicação em cobertura; 111 kg ha-1 de uréia comum (45% N) em cobertura em uma única aplicação; 111 kg ha-1 de uréia comum (45% N) em cobertura dividida em duas aplicações (V3 e V5); 111 kg ha-1 em cobertura do fertilizante “Super N” (45% N) em uma única aplicação; 217 kg ha-1 em cobertura do fertilizante “Sulfammo” (23% N) em uma única aplicação; 185 kg ha-1 em cobertura do fertilizante Yara Bela (27% N) em uma única aplicação. As variáveis analisadas foram: PB – Produtividade biológica (kg ha-1), PG – Produtividade de grãos; NAF – Número de afilhos férteis (NAF/m); ICT – Índice de colheita total; PH – Peso do hectolitro (kg hl-1); NGE – número de grãos por espiga; MMG – Massa média de grãos; PE= massa da espiga (g); CE= comprimento da espiga (cm); MGE= massa de grãos da espiga (g); ICE= índice de colheita da espiga (g g-1). O trigo se mostrou responsivo quanto a aplicação de nitrogênio em cobertura, influenciando em praticamente todos os caracteres de produtividade, exceto em relação a Massa Média de Grãos (MMG), por possuir caráter herdavel. No entanto, o trigo é uma cultura altamente influenciada pelas condições de clima. Por fim, todos os tratamentos superaram a testemunha, porém nenhum tratamento diferiu entre si quanto ao rendimento de grãos, principal ponto analisado, além de que o tratamento contendo uréia fracionada foi o que obteve melhor renda por hectare.

PALAVRAS-CHAVE: Afilhos; Nitrogênio; Produtividade; Temperatura; Triticum aestivum

(8)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Micrografia dos grânulos de uréia comum e uréia revestida ... 18

Figura 2: Amostragem de solo para análise química ... 22

Figura 3: Resultado da dessecação ... 23

Figura 4: Condição da área experimental após a realização da semeadura da cultura do trigo, Bozano, 2018 ... 24

Figura 5: Emergência de plântulas de trigo ... 24

Figura 6: Médias de temperatura máxima e mínima e acúmulo de chuvas de maio a novembro de 2018 ... 25

Figura 7: Final da fase de afilhamento, estádio V5 ... 26

Figura 8: Início da fase de elongação do trigo ... 26

Figura 9: Precipitações e médias de temperatura do mês de junho ... 27

Figura 10: Precipitações e médias de temperatura do mês de julho ... 27

Figura 11: Precipitações e médias de temperatura do mês de agosto ... 27

Figura 12: Precipitações e médias de temperatura do mês de setembro ... 28

Figura 13: Precipitações e médias de temperatura do mês de outubro ... 28

(9)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Resultados dos atributos físico-químicos na camada de profundidade de 0 a 5 cm da área experimental, Bozano, 2018 ... 21 Quadro 2: Resultados dos atributos físico-químicos na camada de profundidade de 0 a 5 cm da área experimental, Bozano, 2018 ... 22

(10)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Análise de variância de caracteres de trigo sob distintas fontes de nitrogênio. DEAg/UNIJUÍ, 2018 ... 31 Tabela 2: Médias de caracteres de trigo em distintas fontes de adubação nitrogenada. DEAg/UNIJUÍ, 2018 ... 32 Tabela 3: Rentabilidade em relação ao tratamento fornecido ... 33

(11)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 11

1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 14

1.1 A CULTURA DO TRIGO ... 14

1.2 CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA E FENOLÓGICA DA CULTURA DO TRIGO ... 15

1.3 IMPORTÂNCIA DO NITROGÊNIO NA ELABORAÇÃO DOS COMPONENTES DO RENDIMENTO DA CULTURA DO TRIGO ... 16

1.4 CONDICIONANTES DA PRODUTIVIDADE ... 18

2 MATERIAL E MÉTODOS ... 20

2.1 LOCALIZAÇÃO DO CAMPO EXPERIMENTAL ... 20

2.2 CARACTERIZAÇÃO DO EXPERIMENTO ... 20 2.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ... 21 2.4 VARIÁVEIS ANALISADAS ... 29 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 31 CONCLUSÃO ... 34 BIBLIOGRAFIA ... 35 ANEXOS...39

(12)

INTRODUÇÃO

O aumento da população mundial traz consigo um desafio, aumentar a produção de alimentos proporcionalmente a sua demanda, de modo a primar pela sustentabilidade. Uma das maneiras de caminhar para um processo produtivo mais sustentável, é aumentando a eficiência na utilização de recursos, e consequentemente diminuir os fornecimentos de insumos externos.

O trigo (Triticum spp.) é uma gramínea originária da Mesopotâmia e por muitos anos foi a base de alimentação destes povos. Trata-se do segundo cereal mais cultivado no mundo, ficando atrás apenas do milho, com grande importância comercial devido os diversos subprodutos oriundos de seus grãos. A produção mundial de trigo está em 737,8 milhões de toneladas no mundo. A China é o maior produtor mundial, com aproximadamente 130 milhões de toneladas, seguido pela Índia, com 90 milhões de toneladas e os EUA e Rússia, com mais de 60 milhões de toneladas cada.

Dentre as espécies de trigo podemos destacar duas em especial, o Triticum durum e o Triticum aestivum. O primeiro se trata de um trigo tetraploide com baixa qualidade de panificação, porém excelente na confecção de massas para macarrão, já o Triticum aestivum é a espécie mais produzida no mundo, se trata de um hexaploide e possui características que o atribuem a gerar farinha com ótima qualidade de panificação, devido ao ajuste entre as duas proteínas, gliadina e glutenina. No contexto dessas duas espécies, existem ainda duas subespécies que são os trigos invernais e os trigos primaveris. Os trigos invernais necessitam de acúmulo de horas de frio para que inicie o processo de germinação e maturação fisiológica, e são cultivados em regiões de clima temperado. Já os trigos primaveris os quais são cultivados no Brasil, preferem temperaturas amenas entre 15 e 20ºC.

No Brasil, a produção deste cereal fica aproximadamente estabelecida em 6,0 milhões de toneladas, valor atingido no ano de 2016, uma vez que a safra de 2017 passou por frustrações decorrentes do clima, associadas com reduções de áreas cultivadas, fatos que

(13)

reduziram a produtividade das lavouras, acabando por diminuir a produção final, que alcançou pouco mais de 4 milhões de toneladas. Ademais, destaca-se que os três estados do sul do país concentram a maior produção. Segundo dados da CONAB a produção de trigo em 2018 deve atingir 5,5 milhões de toneladas, significando 30% a mais que o ano anterior. Em relação ao consumo, entre os anos de 2013 a 2017, o consumo médio do país ficou em 11 milhões de toneladas, muito acima das produções atingidas no país. Isso acaba resultando na necessidade de importação do produto, de outros países.

Considerando que o nitrogênio é o elemento formador da estrutura da planta, sendo constituinte da estrutura de aminoácidos, proteínas, vitaminas, clorofila, enzimas e coenzimas. É ativador enzimático, atua nos processos de absorção iônica, fotossíntese, respiração, sínteses, crescimento vegetativo e herança. Um dos entraves ao aumento da produtividade das lavouras pode estar associado aos manejos nutricionais das plantas. Tendo em vista que o nitrogênio é o nutriente que a planta necessita em maior quantidade. Sendo assim a adubação nitrogenada é uma prática necessária para o adequado fornecimento deste elemento, tendo em vista que os solos brasileiros em geral possuem baixo percentual de matéria orgânica, este por sua vez é a principal fonte de nitrogênio presente no solo, além de ser altamente eficiente e estável.

A fonte mais utilizada como suplementação de nitrogênio para as plantas de trigo é a uréia (diaminometal (CO(NH2)2)), sendo uma fonte muito instável e facilmente perdida para a atmosfera na forma de gás amônia quando aplicado ao solo (OKUMURA; MARIANO, 2012). Existem ainda outros fatores que contribuem para a baixa eficiência do produto, sobretudo quando aplicado em condições inadequadas, como solos com baixa umidade e temperaturas elevadas, além disso, caso ocorra altos volumes de precipitação na sequência da aplicação, o produto pode facilmente ser perdido por lixiviação superficial e percolação no perfil do solo. Através disto empresas de nutrição vegetal do setor agrícola buscam constantemente aperfeiçoamento de formulações e fontes de nitrogênio que garantam maior eficiência e estabilidade durante a aplicação destes insumos.

Tendo como objetivos a determinação da eficiência de absorção de nitrogênio em cobertura, bem como a capacidade de convertê-lo em produção de grãos, através do fornecimento de quatro diferentes fontes de nitrogênio. Diante disso, avaliar qual das fontes se comportou melhor em relação à testemunha, para qual não será fornecida adubação de cobertura. Novas tecnologias se voltam para a eficiência na absorção do nitrogênio (N) em cobertura, trazendo, assim, novas formulações que visam a liberação gradativa do mesmo, a fim de evitar as perdas, como a lixiviação e volatilização, que é a principal forma de perda do emento para a atmosfera, sendo observado principalmente em adubação com uréia comum.

(14)

Nesse sentido, através de uma liberação mais lenta de nitrogênio de novas formulações de adubo nitrogenado na forma de uréia protegida, visam diminuir a perda para o ambiente, ocasionando um incremento na produtividade final. Considerando este contexto, o presente trabalho de conclusão de curso faz um estudo sobre a eficiência de aproveitamento entre quatro fontes de nitrogênio destinadas a aplicação em cobertura na cultura do trigo, através da avaliação dos componentes de rendimento.

(15)

1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1 A CULTURA DO TRIGO

O trigo constitui uma importante cultura na rotação e/ou sucessão cultural nas unidades de produção agropecuárias, garantindo o fluxo econômico e a sustentabilidade de muitas propriedades (GEWEHR, 2012). O trigo (Triticum spp) é o segundo cereal mais produzidos mundialmente, principalmente pela grande demanda de seus derivados como: pães, massas, biscoitos, entre outros. Além disso, é cultivado em larga escala e em vários países do mundo (MUNDSTOCK, 1999). A cultura é fundamental no processo de conservação do solo, uma vez que contribui deixando sobre o mesmo um grande volume de resíduos (palhada) com elevada relação C/N (65,2), auxiliando no encadeamento do sistema de plantio direto, que tem por objetivo adicionar carbono ao solo elevando os teores de matéria orgânica, além de incrementar diferentes compostos radiculares essenciais para romper o adensamento do solo (PIRES.J.F. 2017). A espécie Triticum aestivum L. é cultivada em larga escala, em diversas regiões do mundo, sendo utilizado de várias formas, desde a farinha para o consumo humano, até os farelos utilizados para alimentação animal (FERREIRA, 2003). Segundo Mandarino (1993), a qualidade de panificação, está atrelado ao ajuste de duas proteínas presentes na farinha de trigo, a gliadina e a glutenina, em que a proporção e o arranjo entre elas irá condicionar extensibilidade e elasticidade na constituição do glúten.

O trigo desempenha importante função nutricional dentro da composição da dieta humana, pois seu produto final, a farinha, é largamente utilizada pelas indústrias na confecção de pães e bolos (FERREIRA, 2003; GIEKO; DUBKOVSKY; CAMARGO, 2004), os grãos de trigo são ricos em carboidratos como o amido além de conterem fibras alimentares, que ajudam a regular o intestino (JAEKEL, 2013). A farinha é obtida através da moagem do grão, ou seja, sua cariopse vira o produto de interesse da indústria (OSÓRIO; WENDT, 1995; PIROZI; GERMANI, 1998). O endosperma dá origem a farinha branca, e é composto por aproximadamente 80% de amido (BUSHUK, 1986).

Apesar de seu amplo consumo mundialmente, algumas pessoas não podem ingerir este tipo de alimento, trata-se dos celíacos, pessoas que são intolerantes ao glúten (OLIVEIRA NETO; SANTOS, 2017). Sendo assim, tornou-se obrigatório a partir de 2003 a informação em rótulos de alimentos, a presença de glúten (BRASIL, 2003).

(16)

1.2 CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA E FENOLÓGICA DA CULTURA DO TRIGO

O trigo, Triticum aestivum (L.) é uma monocotiledônea que pertence à família Poaceae, o gênero Triticum, apresenta estrutura herbácea, anual e caule do tipo colmo (GREGORY, 2006). A espécie Triticum aestivum cultivada no Brasil é resultado de uma hibridação natural entre um trigo tetraploide e uma espécie selvagem a Aegilops squarrosa a qual agregou os genes que deram qualidade para panificação (FELDMAN, 1977 apud FUNDAÇÃO CARGIL, 1982).

O sistema radicular das plantas de trigo é composta por três grupos, as raízes seminais oriundas da semente, e que exercem a função de estabelecimento de plântula, as raízes permanentes que surgem a partir do meristema da coroa na fase de afilhamento e as raízes adventícias que surgem acima do solo a partir da emissão do primeiro nó (SCHEEREN; CASTRO; CEIRÃO, 2015).

Quanto às folhas, a quantia delas presentes na planta está ligada ao número de nós que cada cultivar possui, podendo variar de 3 a 8 folhas por afilho. O colmo do trigo é cilíndrico e oco, possuindo de 4 a 8 entrenós responsáveis pela elongação do mesmo. Sua inflorescência é do tipo espiga, composta por espiguetas alternadas e opostas no raquis (SCHEEREN; CASTRO; CEIRÃO, 2015).

A classificação fenológica do trigo [Triticum aestivum (L.) THELL] proposta por Feekes (1940) e modificada por Large (1954), parte da contagem do número de folhas verdadeiras, ou seja, aquelas que estão completamente formadas com bainha, lâmina, lígula e aurícula, em que inicia-se com a emissão da primeira folha (V1) até a formação da segunda folha (V2) e início do afilhamento, o final do afilhamento se dá com a emissão do primeiro nó acima do solo, coincidindo com o estádio V6 (sexta folha verdadeira), a partir daí inicia-se o estádio de elongação, com a emissão dos demais nós até o surgimento da folha bandeira se dando o estádio V10 (bainha da folha bandeira completamente formada), na sequência os estádios passam de V10.1 (primeiras espigas visíveis) até V10.5 (todas as espigas fora da bainha), então inicia-se o florescimento (V10.5.1) sendo que o florescimento inicia do meio para os ápices da espiga, florescimento completo (V11), início do enchimento de grãos (V11.1), completa-se o enchimento de grãos e inicia a maturação fisiológica (V11.3).

Basicamente o ciclo do trigo pode ser dividido em três grandes fases, vegetativa, reprodutiva e de enchimento de grãos, porém o tempo de cada fase é diretamente ligado as condições do ambiente (RODRIGUES et al., 2011).

(17)

No estádio V3 com a formação do duplo anel, a planta de trigo inicia a diferenciação do primórdio floral, sendo que nessa fase ela passa a definir o número de espiguetas por espiga, até o momento em que ela define a espigueta terminal onde que a planta irá começar o processo de elongação do colmo (RODRIGUES et al., 2011). Este é o momento mais indicado para a realização do manejo da adubação nitrogenada, pois é a época em que as plantas de trigo demandam mais nitrogênio (YANO et al., 2005; MANTAI et al., 2016) para que as gemas axilares possam desenvolver afilhos, além de garantir um bom desenvolvimento da estrutura reprodutiva, para que o rendimento seja maximizado através da formação de espiguetas e grãos por espiga (VALÉRIO et al., 2009; TEIXEIRA FILHO et al., 2010).

1.3 IMPORTÂNCIA DO NITROGÊNIO NA ELABORAÇÃO DOS COMPONENTES DO RENDIMENTO DA CULTURA DO TRIGO

O nitrogênio está entre os nutrientes mais limitantes para a produção agrícola e é o mais utilizado na agricultura mundial, ele é indispensável em uma produção que se busca atender tetos produtivos (TEIXEIRA FILHO et al., 2010; PRANDO et al., 2013). No entanto, apenas 40 a 60% do N mineral aplicado é absorvido pela cultura do trigo (BARRACLOUGH et al., 2010; GÓRNY et al., 2011). Sendo um dos elementos essenciais para as culturas, é primordial para estrutura e funções nas células, para todas as reações enzimáticas nos vegetais, faz parte da molécula de clorofila (fotossíntese), é componente das vitaminas biotina, tiamina, niacina, riboflavina, etc., além de atuar na produção e uso de carboidratos (GIRACCA; NUNES, 2016).

O nitrogênio (N) trata-se de um macronutriente primário que apresenta certo dinamismo, o nitrogênio é o principal elemento para o desenvolvimento das plantas, influenciando intensamente na fase vegetativa, pois auxilia na divisão e expansão celular (FARINELLI; LEMOS, 2010), estando diretamente ligado nas bases nitrogenadas que dão origem para as moléculas de proteínas, enzimas, ácidos nucléicos e biomoléculas, tais como ATP, NADH, NADPH, além de estar diretamente interligado com a molécula de clorofila responsável pela realização da fotossíntese (BÜLL, 1993; HARPER, 1994; TREVIZAN, 2017). Quando há deficiência de nitrogênio nas plantas, o metabolismo vegetal fica comprometido, o que acarreta prejuízos e efeitos bastante característicos, como a inevitável paralisação do crescimento, amarelecimento das folhas velhas devido à alta redistribuição do elemento, que pode se agravar para uma clorose foliar (ARGENTA et al., 2001), baixos níveis de proteínas nas sementes e nas partes vegetativas (GIRACCA; NUNES, 2016). A falta de N

(18)

entre a fase de emergência até a diferenciação do primórdio floral (V3), reduz o número de espiguetas por unidade de área, além da formação das espiguetas por espiga e a massa de 1000 grãos de trigo (FRANK; BAUER, 1996). Já na época de afilhamento, resulta em assincronia na emissão, complicando o desenvolvimento dos afilhos menores (MUNDSTOCK, 1999), afetando consideravelmente o rendimento final de grãos, pois os fotossintetizados que seriam convertidos em proteínas para enchimento de grãos são direcionados para síntese de carboidratos (KELLING; FIXEN, 1992; SOUZA, 2007).

Contudo quando houver excesso de nitrogênio, há a aceleração do metabolismo das plantas e, consequentemente, maior produção de biomassa, podendo ocasionar o acamamento da planta, e assim reduzir o rendimento e a qualidade industrial dos grãos (BARBOSA et al., 2017; MANTAI et al., 2017). Segundo Wrobel et al. (2016), o nitrogênio tem relação direta com a elongação celular, e acaba promovendo o crescimento da parte aérea e também do sistema radicular. Destaca-se, inclusive, que o uso de doses excessivas de nitrogênio resulta em um alto risco para o meio ambiente, levando à insustentabilidade econômica e ambiental do sistema agrícola.

O nitrogênio é destacado como o mais limitante na produtividade, por possuir influência direta nos componentes do rendimento, como o número de afilhos e tamanho de espigas (MUNDSTOCK, 2005).

A adubação nitrogenada varia muito de acordo com o teor de matéria orgânica dos solos e a produção que se desejar obter, sendo fatores que influenciam diretamente na dosagem. Quando se deseja obter mais produtividade da cultura precisa-se aplicar mais nitrogênio, e isso poderá acarretar a utilização de redutores de crescimento, impedindo que ocorra o acamamento da cultura gerando prejuízos (KUFFEL, 2006).

Dentre os fertilizantes nitrogenados mais utilizados no Brasil, a ureia é a mais requerida para adubação em gramíneas (Poaceae), devido alta concentração de nitrogênio (N) e o menor preço por unidade de nutriente aplicado (TASCA et al., 2011).

Quando a ureia é aplicada superficialmente, principalmente em sistema de plantio direto onde se conserva a palhada sobre a superfície, as perdas de N por volatilização tendem a serem maiores por não terem contato direto com o solo (CANTARELLA, 2007; SOARES, 2011). Devido a essa grande instabilidade do N no ambiente, a nutrição nitrogenada é muito complexa (SCHIAVINATTI et al., 2011). Algumas tecnologias têm trabalhado para redução dessa instabilidade, através da fabricação de ureias revestidas por polímeros ou resinas que regulam a liberação do nutriente (SILVA et al., 2012). A utilização de fontes de nitrogênio

(19)

como ureia revestida com polímeros, aumenta a eficiência e diminui as perdas por volatilização de NH3 (BREDA et al. 2010)

Barbosa e Maldonado Júnior (2012) realizaram uma micrografia comparando a velocidade de dissolução de uma ureia comum e uma protegida quando embebidas em água, verificando a degradação mais lenta da ureia protegida. A Figura 1 é uma imagem da micrografia.

Figura 1: Micrografia dos grânulos de ureia comum e ureia revestida

Fotomicrografias de grânulos de ureia: (a) ureia comum (grânulo branco) e ureia revestida por polímeros (grânulo cor-de-rosa), antes de tomar contato com a água; (b) depois de decorridos 1,5 minutos

em contato com a água; (c) depois de decorridos 3,0 minutos em contato com a água; (d) depois de decorridos 4,5 minutos em contato com a água, a 25ºC (Jaboticabal, SP, 2012).

Verificou-se através da micrografia que o conteúdo nitrogenado no interior do revestimento foi solubilizado semelhante a ureia comum, sendo assim ambas as fontes forem aplicadas em períodos chuvosos, a velocidade de liberação será a mesma, e ambas estarão sujeitas as mesmas perdas nessas condições (MARTINS; CAZETTA; FUKUDA, 2014).

1.4 CONDICIONANTES DA PRODUTIVIDADE

A produtividade de grãos está diretamente condicionada ao potencial genético, sistemas de manejo e condições ambientais (PINNOW et al., 2013; FERRARI et al., 2016). Dentre elas o manejo da adubação nitrogenada é um dos principais fatores condicionantes de expressão do potencial genético juntamente com as condições edafoclimáticas (CHAVARRIA

(20)

et al., 2015). Pode-se destacar que as estas afirmativas estão interligadas, em que condições climáticas como temperatura e umidade interferem na absorção do nitrogênio aplicado (FERRARI et al., 2016).

A eficiência no fornecimento desse mineral deve ser melhor estudado, para objetivar o melhor aproveitamento possível, uma vez que ele é um grande limitante de produtividade, além de ser um insumo que acarreta em custos para lavoura (ARENHARDT et al., 2015), sem contar o risco de contaminação ambiental, quando altos volumes de nitrogênio são perdidos por lixiviação (THEAGO et al., 2014; ARENHARDT et al., 2015).

Uma estratégia que pode contribuir significativamente para a produtividade final, está no ligado ao número de afilhos férteis por unidade de área (MEROTTO JUNIOR, 1995). Uma vez que nem todos os afilhos produzidos pelo colmo principal, conseguem chegar ao final do ciclo produzindo espigas férteis (WOBETO, 1994). Alguns experimentos vêm sendo realizados buscando qualificar as condições ambientais que favorecem a emissão de afilhos (SPARKES; HOLME; GAJU, 2006; OZTURK; CAGLAR; BULUT, 2006). Novamente um importante condicionador no número de afilhos é o nitrogênio, responsável por fazer parte das moléculas de clorofila, quando este nutriente se encontra em baixas quantidades no período de afilhamento, ocorre assíncronia na emissão de afilhos, estes acabam tendo poucas chances de sobreviver (MUNDSTOCK, 1999). Isso tonifica a necessidade de fornecer adubação nitrogenada nos estádios de desenvolvimento recomendados a partir de V3 até a emissão do primeiro nó (VALÉRIO et al., 2009).

O trigo é uma das espécies que compreende boa tolerância a déficit hídrico, principalmente em seus estádios iniciais, precipitações com volumes em torno de 320 mm se mostram suficientes para o bom desempenho da cultura no Rio Grande do Sul (REIS; FERNANDES; PICININI, 1988). A ocorrência de longos períodos de molhamento após a fase de maturação fisiológica favorece a ativação da enzima alfa-amilase, esta degrada o amido contendo no grão, reduzindo o peso hectolitro (NODA et al., 1994).

(21)

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 LOCALIZAÇÃO DO CAMPO EXPERIMENTAL

O presente trabalho foi desenvolvido no ano de 2018, em uma propriedade no município de Bozano – RS, geograficamente localizada nas coordenadas 28º19’10.58” S 53º45’54.95” O, com uma altitude de 332 m.

O clima da região se enquadra na descrição de subtropical úmido (Cfa), conforme a classificação climática de Köppen. Ocorrem, assim, verões quentes e sem ocorrência de estiagens prolongadas. Os invernos são frios e úmidos, com ocorrência frequente de geadas.

A área em que foi realizado o experimento tem como características um solo profundo e bem drenado, caracterizado por ser um Latossolo Vermelho (SANTOS et al., 2013). Essa vem sendo conduzida com sistema de plantio direto consolidado com mais de 15 anos, em que no período de verão é cultivada a soja ou milho e durante o inverno o trigo. Os ensaios foram instalados a campo, seguindo a época recomendada para a semeadura (06 de junho de 2018) e com densidade populacional indicada para a cultura (330 sementes viáveis m-2).

2.2 CARACTERIZAÇÃO DO EXPERIMENTO

O experimento foi realizado através do delineamento em blocos casualizados com seis repetições, sendo uma adubação de base igual para todas as parcelas, composta esta pela formulação 16-16-16 (N-P2O5-K20) respectivamente, sendo que todos os nutrientes estão dispostos igualmente em todos os grânulos, o que acaba por favorecer a distribuição homogênea de todos os compostos do fertilizante ao longo da linha de semeadura. A dose utilizada foi de 200 kg ha-1, enquanto que a adubação de cobertura deu-se por quatro fontes de nitrogênio. A adubação nitrogenada de cobertura foi fornecida quando as plantas de trigo se encontravam no início do estádio reprodutivo com três folhas completamente expandidas (V3). Sendo assim, os tratamentos utilizados neste estudo foram: testemunha sem aplicação em cobertura, 111 kg ha-1 de uréia comum (45% N) em cobertura em uma única aplicação; 111 kg ha-1 de uréia comum (45%N) em cobertura dividida em duas aplicações (V3 e V5); 111 kg ha-1 em cobertura do fertilizante “Super N” (45% N) em uma única aplicação; 217 kg ha-1 em cobertura do fertilizante “Sulfammo” (23% N) em uma única aplicação; 185 kg ha-1 em cobertura do fertilizante Yara Bela (27% N) em uma única aplicação.

A cultivar utilizada para a realização do experimento, foi a TBIO Sinuelo que contém as seguintes características: classificada como trigo tipo pão, com força de glúten médio (W =

(22)

269), ciclo médio/tardio, cor do grão vermelho, textura dura do grão, porte médio/baixo, com maturação aos 150 dias (BIOTRIGO, 2018).

As parcelas foram constituídas por 3 metros de comprimento e 2 metros de largura, totalizando 6 m² cada. Onde que as amostras coletadas forma retiradas do centro de cada parcela (croqui anexo 1).

2.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Primeiramente para a realização do experimento foi coletada duas amostras de solo para realização de análise de solo, em duas camadas de profundidade: de 0-5 cm e 5-15 cm respectivamente, para quantificação dos nutrientes presentes no local. Os resultados são apresentados nos quadros 1 e 2 e interpretados segundo o Manual de Calagem e Adubação para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina (ROLAS) (CQFS/NRS - RS e SC, 2016).

Após foi verificado se haveria algum impedimento químico para a realização do experimento. A figura 2 demonstra a condição do solo no momento da amostragem. Os resultados obtidos através da análise demonstraram que na camada superior (0-5 cm) não houve nenhuma restrição do ponto de vista químico para um bom desenvolvimento da cultura do trigo, no entanto na camada de 5-15 cm, houve uma restrição principalmente em relação ao fósforo e potássio onde encontram-se abaixo do nível ideal, situação esperada pelo alto índice de argila (>70%).

Quadro 1: Resultados dos atributos físico-químicos na camada de profundidade de 0 a 5 cm da área experimental, Bozano, 2018

Profundidade: 0-5 cm Resultados analíticos Interpretação dos resultados

Argila (%) 53 Classe 2 pH 6,2 - Índice SMP 6,2 - P (mg dm-3) 28,1 Muito alto K (mg dm-3) 368 Muito alto MO (%) 4,2 Média Al (cmolc dm-3) 0,0 - Ca (cmolc dm-3) 15,1 Alto Mg (cmolc dm-3) 5,2 Alto H + Al (cmolc dm-3) 3,5 - CTCpH 7,0 (cmolc dm-3) 24,7 Alto CTC efetiva (cmolc dm-3) 21,2 - Cu (mg dm-3) 6,9 Alto Zn (mg dm-3) 8,6 Alto Mn (mg dm-3) 4,3 Médio S (mg dm-3) 14,6 Alto V (%) 86,0 - Fonte: Bozano-RS (2018).

(23)

Quadro 2: Resultados dos atributos físico-químicos na camada de profundidade de 0 a 5 cm da área experimental, Bozano, 2018

Profundidade: 5-15 cm Resultados analíticos Interpretação dos resultados

Argila (%) > 70 Classe 1 pH 6,1 - Índice SMP 6,2 - P (mg dm-3) 5,1 Baixo K (mg dm-3) 92 Médio MO (%) 2,8 Médio Al (cmolc dm-3) 0,0 - Ca (cmolc dm-3) 11,9 Alto Mg (cmolc dm-3) 4,3 Alto H + Al (cmolc dm-3) 3,5 - CTC pH 7,0 (cmolc dm-3) 19,9 Alta CTC efetiva (cmolc dm-3) 16,4 - Cu (mg dm-3) 10,5 Alto Zn (mg dm-3) 4,1 Alto Mn (mg dm-3) 11,5 Alto S 12,6 Alto V (%) 82,6 - Fonte: Bozano-RS (2018).

Figura 2: Amostragem de solo para análise química

Bozano-RS (17/05/2018).

Após a coleta de amostras de solo para fins de análise química do solo, no dia 25/05/18 foi realizada a dessecação da área com 0,5 l/ha do graminicida Select (Clethodim + Alquilbenzeno), em mistura com 2,0 l/ha do dessecante Zapp Qi (Glifosato Potássico), com o objetivo de eliminar qualquer invasora que se encontrava no local, principalmente o Azevém (Lolium multiflorum) foi realizado mais uma dessecação sequencial, com 2 l/ha do dessecante

(24)

Paradox (Dicloreto de Paraquate) 12 dias após a primeira dessecação. A figura 3 demonstra o resultado após a sequência de dessecação, em que a área tinha como cobertura, a cultura do milho, a mesma tinha por objetivo realizar a proteção do solo como cobertura verde, favorecer o incremento de matéria orgânica e melhoria da qualidade física do solo através da inserção de raízes, que auxiliam tanto na formação de material orgânico em camadas mais profundas como também na descompactação do solo, promovendo melhor a estrutura física, menor adensamento do solo e melhor infiltração e armazenamento de água . Os resultados desejados no controle de plantas invasoras foram obtidos com sucesso.

Figura 3: Resultado da dessecação

Bozano-RS (01/06/2018).

A semeadura então foi realizada no dia 06/06/18 com uma semeadeira mecânica, tendo um sistema de distribuição por rotor, com adubação de base realizada no sulco no momento da semeadura, e a mesma tem por espaçamento 17 cm entrelinhas. A densidade de semeadura foi de 62 sementes por metro linear, objetivando alcançar um estande final de planta emergidas de 330 pl/m2, enquanto que a adubação de base foi feita com 200 kg ha-1 da formulação NPK 16-16-16. As figuras 4 e 5 demonstram os momentos logo após a semeadura e a emergência de plântulas respectivamente.

(25)

Figura 4: Condição da área experimental após a realização da semeadura da cultura do trigo.

Bozano-RS (06/06/2018).

Figura 5: Emergência de plântulas de trigo

Bozano-RS (26/06/2018).

Após a semeadura e através do monitoramento, constatou-se a necessidade de aplicação de um herbicida seletivo para o controle de algumas plantas invasoras como o Azevém (Lollium multiflorum), utilizou-se o herbicida Topik (Clodinafope-Propargil) na dose de 0,25 l/ha, e também necessitou usar um herbicida para o controle de outras espécies como nabo forrageiro (Raphanus sativus L.) sendo utilizado o Zartan (Metsulfurom – Metílico) na dose de 6 g/ha. O controle fúngico foi realizado através de 3 aplicações de 2 produtos

(26)

combinados, foram eles o Aproach Prima (Picoxistrobina + Ciproconazol) mais Tilt (Propiconazol), nas doses de 0,3 l/ha e 0,4 l/ha respectivamente, mantendo um intervalo de 20 dias entre as aplicações.

Durante o desenvolvimento da cultura, foi monitorado o regime de chuvas e as médias das temperaturas. Através de dados fornecidos pela Estação Meteorológica do Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR) localizado no município de Augusto Pestana – RS. Foi possível gerar um gráfico demonstrando os volumes e os dias que ocorreram precipitações, além das médias das temperaturas. A figura 6 ilustra as condições climáticas durante o período do experimento.

Figura 6: Médias de temperatura máxima e mínima e acúmulo de chuvas de maio a novembro de 2018

Fonte: IRDer (2018).

As aplicações das adubações nitrogenadas foram realizadas no dia 13/07 (anexo 2), 37 dias após a semeadura, quando o trigo se encontrava no estádio V3 com 3 folhas completamente formadas. A temperatura no momento da aplicação era de 12ºC e a umidade relativa era de 90%. Foram então aplicadas as doses correspondentes a cada tratamento. A segunda aplicação de ureia para o tratamento que correspondia ao parcelamento em duas frações foi realizada 10 dias depois, quando as culturas se encontravam em estádio V5 com 5 folhas completamente formadas, a temperatura no momento da aplicação era de 19,5°C e a umidade relativa estava em 67%.

(27)

A cultura mostrou ótimo desenvolvimento inicial durante a fase de afilhamento e início da elongação, com baixa incidência de pragas e doenças, sendo facilmente controlada com as aplicações químicas, além de ser favorecido mediante as condições de temperatura relativamente amenas, e umidade na medida ideal como ilustra as figuras 3, 4 e 5 que evidencia os meses de junho, julho e agosto, enquanto que as figuras 7 e 8 ilustram o estágio de afilhamento e elongação da cultura respectivamente. Destaca-se a formação de geada nos dias 08, 14, 15, 16 e 17 de junho, 12 de julho e dias 05, 06, 26 e 27 de agosto.

Figura 7: Final da fase de afilhamento, estádio V5

Bozano (27/07/2018).

Figura 8: Início da fase de elongação do trigo

(28)

Nas figuras de 9 a 13, são apresentados dados climáticos durante o ciclo da cultura do trigo.

Figura 9: Precipitações e médias de temperatura do mês de junho

Fonte: IRDeR (2018).

Figura 10: Precipitações e médias de temperatura do mês de julho

Fonte: IRDeR (2018).

Figura 11: Precipitações e médias de temperatura do mês de agosto

(29)

A partir do fim do mês de agosto houve um aumento significativo dos volumes de precipitação. Este aumento das chuvas além do aumento das temperaturas médias continuou durante o mês de setembro e de outubro (outubro encontra-se incompleto devido não ter sido realizado registros nos primeiros dias do mês) conforme as figuras 12 e 13. Coincidindo com a fase de espigamento e floração.

Figura 12: Precipitações e médias de temperatura do mês de setembro

Fonte: IRDeR (2018).

Figura 13: Precipitações e médias de temperatura do mês de outubro

Fonte: IRDeR (2018).

Durante a fase de enchimento de grãos pode-se perceber um aumento significativo na incidência de doenças, muito em consequência da umidade alta associada a altas temperaturas,

(30)

onde que se evidenciou principalmente o ataque de Gibberella (Fusarium graminearum). A figura 14 relata o ataque desse fungo na espiga do trigo.

Figura 14: Ataque de giberela

Fonte: Autor (2018).

A colheita foi realizada no dia 6 de novembro com o auxílio de uma trena para medição da área e de uma foice para o corte rente ao solo dos materiais a serem analisados. Posteriormente ao corte das plantas foram colocadas em bolsas plásticas para então ser analisado conforme os caracteres que serão mesurados a seguir.

2.4 VARIÁVEIS ANALISADAS

Os seguintes caracteres foram avaliados tanto a campo como em laboratório:

- PB – produtividade biológica (kg ha-1): para a estimativa da produtividade

biológica total foi utilizado uma área de 3 m², no interior de cada parcela, onde as amostras foram colhidas rente ao solo, posteriormente pesadas e realizada a estimativa;

- PG – estimativa do rendimento de grãos (kg ha-1): para a estimativa do

rendimento de grãos foi utilizada a massa de grãos proveniente da colheita de cada parcela;

- NAF – número de afilhos férteis (NAF/m): a contagem do número de afilhos férteis se deu pela amostragem de 3 linhas de plantio com um metro cada linha, onde foi mensurado os afilhos que produziram espigas férteis, posteriormente foi feita a relação para um metro linear;

(31)

- ICT – índice de colheita total: a divisão da produtividade de grãos pela produtividade biológica;

- PH – peso do hectolitro (kg hl-1): foi utilizada a massa de grãos proveniente da

colheita de cada parcela.

Foram coletadas 15 espigas por parcela para determinarmos:

- NGE – número de grãos por espiga (n): foi realizada através da contagem manual das espigas colhidas aleatoriamente na parcela;

- MMG – massa média de grãos (g): foram utilizados os grãos anteriormente trilhados e pesados em balança de precisão;

- CE – comprimento da espiga (cm);

- ICE – índice de colheita da espiga (g g-1): divisão do peso de grãos da espiga pelo peso total da espiga.

(32)

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Conforme a tabela 1 na análise da variância, os tratamentos promoveram efeitos sobre todos os caracteres, exceto sobre a massa média de grãos, devido à alta herdabilidade que este caractere possui. Cabe a destacar ainda que os dados apresentam alta confiabilidade demostrados pelos coeficientes de variação (CV) baixo.

Tabela 1: Análise de variância de caracteres de trigo sob distintas fontes de nitrogênio. DEAg/UNIJUÍ, 2018

Fonte de variação GL

Quadrado médio

PBIO PG ICT TE ICE MMG NGE NAF

Blocos 5 5721 114863 0,000138 0,1742 0,00051 0,000002 0,3611 11,42 Tratamentos 5 69981* 2891086* 0,007125* 0,5371* 0,00255* 0,000022 87,894* 571,88* Erro 25 9233 43142 0,000288 0,0733 0,00048 0,000004 0,5478 10,64 Total 35 - - - - Média - 1300 4044 0,31 8,05 0,7522 0,027 27,52 95,42 CV (%) - 7,38 5,13 5,48 3,36 2,93 7,38 2,69 3,41

*Significativo a 5% de probabilidade de erro.

No teste de médias da tabela 2, são apresentadas as médias alcançadas para cada tratamento para os distintos caracteres analisados. A partir disto foi possível verificar que na testemunha onde não houve aplicação de nitrogênio, as médias alcançadas foram menores em todos os caracteres. Os demais tratamentos não se difeririam quanto os caracteres Produtividade Biológica (PBIO), produtividade de grãos (PB), Tamanho de Espiga (TE) e massa média de grãos (MMG).

Dentre todos os tratamentos, o qual teve maior destaque foi o realizado com Yara Bela, pois possibilitou maior rendimento de grãos mesmo que não tenha se diferido dos demais e, além disso, resultou em um maior número de afilhos férteis, componente direto do rendimento que gera estabilidade produtiva. Outro ponto que pode ser destacado é que o fracionamento de ureia comum obteve bons resultados, sendo o segundo mais produtivo e o segundo em número de afilhos férteis.

(33)

Tabela 2: Médias de caracteres de trigo em distintas fontes de adubação nitrogenada. DEAg/UNIJUÍ, 2018

Tratamentos PBIO (kg/ha)

PG

(kg/ha) ICT TE (cm) ICE

MMG

(g/grão) NGE NAF (m-¹)

Super N 12900 a 4334 a 0,3367 a 8,01 a 0,75 a 0,0275 a 29,17 b 94,66 b Sulfammo 13660 a 4275 a 0,3133 b 8,08 a 0,75 a 0,0252 a 30,17 a 99 b Yara Bela 13940 a 4457 a 0,3183 b 8,39 a 0,76 a 0,0267 a 29,17 b 105 a Uréia 1X 13400 a 4200 a 0,3133 b 8,07 a 0,75 a 0,0268 a 28, 17 b 94,75 b Uréia 2X 13200 a 4360 a 0,3317 a 8,21 a 0,78 a 0,0255 a 28,67 b 103 a Testemunha 10930 b 2638 b 0,2417 b 7,50 b 0,72 b 0,0308 a 19, 83 c 79 c *Significativo a 5% de probabilidade de erro pelo Teste de Scott & Knott. Letras iguais na coluna constituem grupo semelhante entre si. PBIO: produtividade biológica, PG: produtividade de grãos, ICT: índice de colheita total, TE: tamanho de espiga, ICE: índice de colheita da espiga, MMG: massa media de grãos, NGE: número de grãos por espiga, NAF: número de afilhos férteis por metro linear.

Os resultados expressos na tabela acima, como antes relatado não obtiveram diferença sobre o principal ponto avaliado, que é a PG, embora se obteve diferença alguns dos caracteres, a soma deles acabou por estabilizar a produtividade. As principais diferenciações que eram esperadas correspondiam ao número de NAF e o NGE, no entanto estes caracteres obtiveram uma certa estabilidade devido principalmente as condições climáticas de temperatura amena e umidade alta, durante o período de afilhamento, pois como observaram Barbosa e Maldonado Júnior (2012), a velocidade de dissolução das ureias protegidas em comparação com as ureias comuns alterou insignificantemente quando o ambiente continha umidade suficiente para dissolver. Devido a isso, os produtos que se destacaram de alguma forma, como Yara Bela em relação ao número de afilhos e o produto Sulfammo que produziu um maior número de grãos na espiga.

Porém, durante a elongação houve alterações bruscas em relação a temperatura, fazendo com que a planta reduzisse o tamanho de espiga além de reduzir o número de grãos pela não fecundação dos óvulos das espiguetas, muito em consequência da ocorrência de geadas próximo ao ponto de florescimento. Como observado por Osmar et al. 2011, os fatores que mais contribuem para o desenvolvimento do tamanho de espiga e o número de óvulos viáveis que poderão produzir grãos é a velocidade ou o tempo de alongamento do colmo, pois nesse estádio é que a espiga está sendo desenvolvida, e caso as condições ambientais favoreçam o rápido desenvolvimento que também pode estar ligado a questão genética de tamanho de ciclo, poderão fazer com que a planta diminua o carreamento de aminoácidos para este ponto, pois ela precisa manter o maior número de grãos viáveis em um menor espaço de tempo.

Através das medias da PG de grãos dos tratamentos, foi realizado a média geral e o desvio padrão objetivando encontrar o produto que teve a melhor qualidade técnica e incluindo os dados de custos para produção, levando em consideração apenas os valores das aplicações

(34)

nitrogenadas, realizou-se uma estimativa da máxima eficiência econômica, comparando o custo para produção de um kg de trigo e extrapolando este valor para renda bruta/ha. Foi consultada uma cooperativa no dia 30/10/2018, que trabalha com a venda de todos os produtos a qual foi passado o valor de: US$ 0,35/kg de Yara bela, US$ 0,59/kg de Sulfammo US$ 0,42/kg de Super N e US$ 0,41/kg de Uréia comum.

Sendo assim, consideração a dose aplicada de cada produto e a PG alcançadas pelos mesmos se obteve o seguinte resultado, custo de: US$ 46,76/ha de Super N, US$ 128,53/ha de Sulfamo US$ 65,65/ha de Yara bela e US$ 45,06/ha de Uréia comum. Os resultados obtidos encontram-se expressos na tabela 3.

Tabela 3: Rentabilidade em relação ao tratamento fornecido

Tratamentos Médias X +/- DP % testemunha US$/kg RB(US$/)/ha

Super N 4334,00 0,04 164,29 0,010 653,94 Sulfammo 4275,00 -0,04 162,05 0,031 562,85 Yara Bela 4457,00 0,22 168,95 0,015 654,89 Uréia 1X 4200,00 -0,15 159,21 0,010 634,11 Uréia 2X 4360,00 0,08 165,28 0,010 659,98 Testemunha 2638 -2,400859 100,00 0,00 0 Média 4304,50 DP 694,12

DP: desvio padrão, X: média mais ou menos o DP, RB: renda bruta.

De acordo com os resultados da tabela acima, podemos identificar que a coluna de X representa a média em relação ao DP, ou seja, o seu resultado representa quanto que o fertilizante ficou acima ou abaixo da média. O fertilizante, Yara bela obteve maior média em relação ao desvio padrão, pois ultrapassou a media dos tratamentos, enquanto o tratamento envolvendo apenas uma aplicação de nitrogênio em dose total obteve a menor eficiência técnica. Por outro lado, quando analisado a renda por ha que cada tratamento expressou, vemos que a ureia fracionada em duas aplicações obteve melhor desempenho.

Com relação ao PH encontrado em cada tratamento, o mesmo foi quantificado nos valores de: 76 para o tratamento Super N, 76 para o tratamento Sulfammo, 76 para o tratamento Yara bela, 75 para o tratamento Ureia uma aplicação, 76 para o tratamento Ureia fracionada e 74 para a Testemunha. Os valores encontrados são baixos, tendo em vista que o PH requerido pela indústria é acima de 77, estes resultados podem ser explicados pela ocorrência de muitas chuvas no período de maturação fisiológica, onde que situações como essa desencadeiam a ação da enzima alfa-amilase, responsável por degradar o amido contendo na cariopse e ativando o processo de germinação.

(35)

CONCLUSÃO

Através dos resultados discutidos, chegou-se as seguintes conclusões: - Os tratamentos superaram a média da testemunha em todos os quesitos;

- Os tratamentos não tiveram diferenciação entre si para as variáveis PB, PG, TE, ICE e MMG;

- O tratamento Yara bela obteve maior NAF; - O tratamento Sulfammo obteve maior NGE;

- O tratamento Super N e Uréia fracionada em duas vezes obteve melhor índice de colheita total;

- O tratamento que obteve melhor eficiência técnica foi Yara bela;

- O tratamento que obteve melhor eficiência econômica foi Ureia fracionada.

No entanto, com esses resultados, verifica-se a necessidade de realizar novos estudos em diferentes anos agrícolas, que evidenciem melhor a perda de nitrogênio por volatilização em anos nos quais a aplicação seja feita com umidade baixa e temperatura alta, e em anos nos quais a aplicação seja seguida de precipitação pluviométrica, sendo possível, nesse caso, visualizar as perdas por lixiviação.

(36)

BIBLIOGRAFIA

BARBOSA, J. C.; MALDONADO JÚNIOR, W. AgroEstat: sistema para análises estatísticas de ensaios agronômicos. Versão 1.0. Jaboticabal: Unesp, 2010.

BRASIL. Decreto-lei nº 210, de 27 de fevereiro de 1967. Estabelece normas para o abastecimento de trigo, sua industrialização e comercialização e dá outras providências. Diário

Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 27 fev. 1967. Disponível em:

<https://www.conab.gov.br/uploads/arquivos/17_04_25_11_40_00_a_cultura_do_trigo_versao _digital_final.pdf>. Acesso em: 26/11/2018.

BREDA, F, A, F.; WERNECK, C, G.; ALTOE, A.; LIMA, E, S, A.; POLIDORO, J, C.; ZONTA, E.; LIMA, E. Perdas por volatilização de n-uréia revestida com polímero. In: Fertbio, 2010, Anais, 13 a 17 de setembro, Guarapari – ES. Disponível em: < https://www.cpao.embrapa.br/cds/milhosafrinha2013/PDF/61.pdf >. Acesso em: 22/11/2018. BUSHUK, W. Wheat: chemistry and uses. Cereal Foods World, v. 31, n. 3, p. 218-226, 1986. CAMARGO, C. E. O.; FERREIRA-FILHO, A. W. P.; SALOMON, M. V. Temperature and pH of the nutrient solution on wheat primary root growth. Sci. Agric., Piracicaba, v. 61, n. 3, p. 313-318, 2004.

CAMPONOGARA, A. S. et al. Avaliação dos componentes de rendimento do trigo quando submetido a diferentes fontes de nitrogênio. REGET, v. 20, n. 1, jan./abr. 2016.

CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 3. ed. São Paulo: Fundação Cargill, 1988. 424p.

CHAVARRIA, G. et al. Regulador de crescimento em plantas de trigo: reflexos sobre o desenvolvimento vegetativo, rendimento e qualidade de grãos. Revista Ceres, v. 62, p. 583-588, 2015.

Comissão de Química e Fertilidade do Solo – RS/SC. Manual de calagem e adubação para os

estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo – Núcleo

(37)

FERREIRA, R. A. Trigo: o alimento mais produzido no mundo. Nut. Brasil, São Paulo, v. 2, n. 1, p. 45-52, 2003.

FINNEY, K.; YAMAZAKI, W. Quality of hard, soft and durum wheat's. In: QUNSENBERRY, K. S.; REITZ, L. P. (ed.). Wheat and wheat improvement. Madison: American Society of Agronomy, 1967.

FREITAS, J. G. et al. Produtividade e resposta de genótipos de trigo ao nitrogênio. Bragantia, São Paulo, v. 53, n. 2, p. 281-290, 1994.

FUNDAÇÃO CARGIL. Trigo no Brasil. São Paulo, 1982. v. 2.

FURASTÉ, P. A. Normas técnicas para o trabalho científico: explicitação das normas da ABNT. 17. ed. Porto Alegre: Dáctilo-Plus, 2014.

GREGORY, P. Plant roots: growth, activity and interaction with soils. Oxford: blackwellpublishing, 2006. 318p

JAEKEL, L. Z. Influência da adição de diferentes fontes de fibras (farinha de trigo de grão

inteiro e amido resistente) e de transglutaminase nas características tecnológicas, estruturais e sensoriais de massas alimentícias. 2013. 193p. Tese (Doutorado em Tecnologia

de Alimentos), Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2013.

KUFFE,G. A hora do nitrogênio no seu trigo. 2006. Disponível em: < http://www.cotrisoja.com.br/a-hora-do-nitrogenio-no-seu-trigo>. Acesso em: 26/11/2018 MA, B. L. et al. On-farm assessment of the amount and timing of nitrogen fertilizer on ammonia volatilization. Agronomy Journal, v. 102, p. 131-144, 2010.

MANDARINO, J. M. G. Aspectos importantes para a qualidade do trigo. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1993. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream /item/58204/1/Documentos-60.pdf>. Acesso em: 22/11/2018.

MARTINS, I. S.; CAZETTA, J. O.; FUKUDA, A. J. Condições, modos de aplicação e doses de ureia revestida por polímeros na cultura do milho. Pesq. Agropec. Trop., Goiânia, v. 44, n. 3, p. 271-279, jul./set. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pat/v44n3/a10v 44n3.pdf>. Acesso em: 26/11/2018.

MEROTTO JUNIOR, A. Processo de afilhamento e crescimento de raízes de trigo afetado

pela resistência do solo. 1995. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia), Programa de

(38)

MUNDSTOCK, C. M. Planejamento e manejo integrado da lavoura de trigo. Porto Alegre: Evnagraf, 1999. 227p.

NODA, K. et al. Response of wheat grain to ABA and imbibition at low temperature. Plant Breeding, Berlin, v.113, n.1, p.53-57, 1994.

OLIVEIRA NETO, A. A.; SANTOS, C. M. R. A cultura do trigo. Brasília: Conab, 2017. Disponível em: <http://www.conab.gov.br>. Acesso em: 26/11/2018.

OSÓRIO, E. A.; WENDT, W. Duração do período de formação do grão de trigo. Sci. Agric., Piracicaba, v. 52, n. 2, p. 395-398, 1995.

OSMAR RODRIGES et.al. Ecofisiologia de trigo: bases para elevado rendimento de grãos. Cap. 5. p. 120., 2011.

PEREIRA, N. A cultura do trigo. Disponível em: <https://www.ebah.com.br/content/ ABAAABYHYAH/a-cultura-trigo>. Acesso em: 26/11/2018.

PINNOW, C. et al. Qualidade industrial do trigo em resposta à adubação verde e doses de nitrogênio. Bragantia, São Paulo, v. 72, p. 20-28, 2013.

PIRES.J.F. A importância do trigo para a sustentabilidade da agricultura brasileira. Disponível em: < https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/23416523/artigo---a-importancia-do-trigo-para-a-sustentabilidade-da-agricultura-brasileira>. Acesso em: 26/11/2018.

REIS, E. M.; FERNANDES, J. M. C.; PICININI, E. C. Estratégias para o controle de

doenças do trigo. Passo Fundo: EMBRAPA-CNPT, 1988. 50p. (EMBRAPA-CNPT.

Documentos, 7).

RODRIGUES, O. et al. Ecofisiologia de trigo: bases para alto rendimento de grãos. 2011. Disponível em: <file:///D:/Arquivos%20Usuario/Downloads/2011-LVtrigonobrasil-cap5.pd f>. RODRIGUES, O. et al. Manejo de trigo para altas produtividades II: caracterização ontogênica.

Revista Plantio Direto, Passo Fundo, v. 20, n. 125, p. 10-13, set./out. 2011.

SCHIAVINATTI, A. F. et al. Influência de fontes e modos de aplicação de nitrogênio nos componentes da produção e produtividade do milho irrigado no Cerrado. Bragantia, São Paulo, v. 70, n. 4, p. 925-930, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pat/v44n3/ a10v44n3.pdf>. Acesso em: 26/11/2018.

SCHEEREN, P. L.; CASTRO, R. L.; CAIERAO, E. Botânica, morfologia e descrição fenotípica. In: BORÉM, A.; SCHEEREN, P. L. (ed.). Trigo: do plantio à colheita. Viçosa, MG: Ed. UFV, 2015.

SENGIK, ERICO S. Os macronutrientes e os micronutrientes das plantas. 2003. Disponível em: < http://www.nupel.uem.br/nutrientes-2003.pdf>. Acesso em: 26/11/2018

(39)

SILVA, A. A. et al. Aplicação de diferentes fontes de ureia de liberação gradual na cultura do milho. Bioscience Journal, Uberlândia, v. 28, p. 104-111, 2012.

SPARKES, D. L.; HOLME, S. J.; GAJU, O. Does light quality initiate tiller death in wheat?

European Journal of Agronomy, Amsterdam, v. 24, n. 3, p. 212-217, 2006.

TEIXEIRA FILHO, M. C. M. et al. Doses, fontes e épocas de aplicação de nitrogênio em trigo irrigado em plantio direto. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 45, p. 797-804, 2010.

THEAGO, E. Q. et al. Doses, fontes e épocas de aplicação de nitrogênio influenciando teores de clorofila e produtividade do trigo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 38, p. 1826-1835, 2014.

VALÉRIO, I. et al. Fatores relacionados à produção e desenvolvimento de afilhos em trigo.

Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 30, supl. 1, p. 1207-1218, 2009.

WOBETO, C. Padrão de afilhamento, sobrevivência de afilhos e suas relações com o

rendimento de grãos em trigo. 1994. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia), Programa de

(40)

ANEXOS

Anexo 1: croqui da área experimental.

Suf: sulfamo; Ureia 1: uma aplicação; Ureia 2: fracionada; Sup: super N; T: testemunha

(41)

Anexo 3: quadro de dados coletados

Espiga

tratamento bloco Nº de graos Massa massa media graos/espiga

testemunha b1 290 8,7 0,030 19 super N b1 451 12,87 0,029 30 sulfamo b1 440 11,25 0,026 29 1 ureia b1 425 11,06 0,026 28 yara b1 415 10,36 0,025 28 2 ureia b1 440 11,57 0,026 29 testemunha b2 310 9,57 0,031 21 super N b2 420 10,97 0,026 28 sulfamo b2 464 10,74 0,023 31 1 ureia b2 414 11,06 0,027 28 yara b2 457 12,9 0,028 30 2 ureia b2 418 9,8 0,023 28 1 ureia b3 419,5 11,21 0,027 28 2 ureia b3 429 10,69 0,025 29 yara b3 436 11,63 0,027 29 super N b3 435,5 11,92 0,027 29 testemunha b3 300 9,135 0,030 20 sulfamo b3 452 11 0,024 30 1 ureia b4 416,75 11,13 0,027 28 2 ureia b4 423,5 10,69 0,025 28 yara b4 446,5 11 0,025 30 super N b4 427,75 11,45 0,027 29 testemunha b4 305 9,135 0,030 20 sulfamo b4 458 10,87 0,024 31 super N b5 431,625 12,16 0,028 29 testemunha b5 302,5 10,07 0,033 20 2 ureia b5 426,25 10,69 0,025 28 sulfamo b5 455 10,87 0,024 30 1 ureia b5 420,875 11,13 0,026 28 yara b5 430,75 10,75 0,025 29 super N b6 433,5625 12,08 0,028 29 testemunha b6 306,25 9,445 0,031 20 2 ureia b6 422,125 11,13 0,026 28 sulfamo b6 453,5 11,06 0,024 30 1 ureia b6 418,8125 11,61 0,028 28 yara b6 438,625 11,55 0,026 29

(42)

Anexo 4: quadro de dados coletados

Produtividade de grãos

Tratamento bloco massa kg/há sc/há Indic de Colheita

testemunha b1 276,74 2767,4 46,12 0,26 super N b1 418,82 4188,2 69,80 0,36 sulfamo b1 389,44 3894,4 64,91 0,32 1 ureia b1 407,84 4078,4 67,97 0,29 yara b1 393,07 3930,7 65,51 0,30 2 ureia b1 425,64 4256,4 70,94 0,31 testemunha b2 290,13 2901,3 48,36 0,25 super N b2 451,59 4515,9 75,27 0,31 sulfamo b2 398,96 3989,6 66,49 0,31 1 ureia b2 416,3 4163 69,38 0,31 yara b2 444,19 4441,9 74,03 0,33 2 ureia b2 435,7 4357 72,62 0,33 1 ureia b3 415,82 4158,2 69,30 0,33 2 ureia b3 434,23 4342,3 72,37 0,35 yara b3 457,35 4573,5 76,23 0,33 super N b3 441,58 4415,8 73,60 0,31 testemunha b3 270,5 2705 45,08 0,25 sulfamo b3 453,05 4530,5 75,51 0,32 1 ureia b4 440,2 4402 73,37 0,32 2 ureia b4 435 4350 72,50 0,33 yara b4 488,06 4880,6 81,34 0,31 super N b4 426,76 4267,6 71,13 0,37 testemunha b4 244,45 2444,5 40,74 0,22 sulfamo b4 468,58 4685,8 78,10 0,30 super N b5 427,61 4276,1 71,27 0,33 testemunha b5 253,435 2534,35 42,24 0,23 2 ureia b5 430,67 4306,7 71,78 0,32 sulfamo b5 394,2 3942 65,70 0,32 1 ureia b5 412,07 4120,7 68,68 0,30 yara b5 418,63 4186,3 69,77 0,32 super N b6 434,17 4341,7 72,36 0,34 testemunha b6 247,475 2474,75 41,25 0,24 2 ureia b6 454,615 4546,15 75,77 0,35 sulfamo b6 460,81 4608,1 76,80 0,31 1 ureia b6 428,01 4280,1 71,34 0,33 yara b6 472,705 4727,05 78,78 0,32

Referências

Documentos relacionados

For a better performance comparison, and due to the difficulty in categorizing ML approaches in a simple way, we began by characterizing them in agreement with Caret’s

As key results, we found that: the triceps brachii muscle acts in the elbow extension and in moving the humerus head forward; the biceps brachii, pectoralis major and deltoid

The presence of cellulose acetate contributed considerably to the increase of specific surface area in carbonized samples comparing with HPC derived samples.

Afastamento da sala de audiências: reflete a sensibilidade dos juízes quanto ao impacto das condições físicas, sobretudo das características austeras da sala da audiência de

Esta pesquisa teve como objetivo avaliar as características de madeira do híbrido Euca/ytpus grandis x Euca/ytpus urophylla e da celulose entre o primeiro ano até o sétimo ano

Assim, este trabalho apresenta uma abordagem que tem como objetivo principal: (i) analisar a cobertura de código levando em consideração os fluxos de chamadas existentes no sistema

Considerando as associações entre a vitimização sofrida por jovens de minorias étnicas e LGB e o pior ajustamento demonstrado, quer a nível interno quer a nível

4 MATERIAL E MÉTODOS Indução de brotações em segmentos apicais de candeia Foram utilizados, como fonte de explantes segmentos, apicais obtidos a partir das plântulas provenientes