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REFLEXÕES SOBRE A ATUALIDADE DO MARXISMO NA PESQUISA: ENFOQUE NO MÉTODO DIALÉTICO

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Academic year: 2020

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REFLEXÕES SOBRE A ATUALIDADE

DO MARXISMO NA PESQUISA:

ENFOQUE NO MÉTODO DIALÉTICO*

ELIANE SILVA**

Resumo: o artigo tem o propósito de revisitar aspectos da discussão atual em torno do marxismo de forma a esclarecer, ponderar e ampliar o entendimento de questões referentes a esta concepção filosófica de base revolucionária que fundamenta o método dialético. Mediante esta orientação, duas questões-problemas nortearam a investigação proposta: em que aspectos os clássicos da filosofia da práxis concorrem para a compreensão teórica e prática de polêmicas travadas sobre o marxismo? De que modo a ascensão do pensamento abstrato ao pensamento concreto significa a conquista de uma forma mais elaborada de pensamento na esteira da lógica dialética? Teórico-metodologicamente, a pesquisa bibliográfica referenciou-se em autores que suscitaram a atualidade do marxismo, ressaltando as contribuições e ponderações de Saviani, alinhadas ao debate e controvérsias igualmente geradas em torno do marxismo. Discorre-se sobre o método dialético e abordam-se aspectos de sua historicidade, assim como da lógica dialética na relação com a lógica formal. Para tanto, desenvolveu-se o próprio método dialético pelo procedimento da exposição que conforme Marx consiste na capacidade de “expor, adequadamente o movimento do real”.

Palavras-chave: Marxismo. Método Dialético. Pesquisa.

* Recebido em: 29.08.2019. Aprovado em: 29.10.2019.

** Doutoranda no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Mestre em Educação pela Universidade Federal de Goiás (1991). Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Goiás (1982). Professora da PUC Goiás. E-mail: elianeucg@bol.com.br..

DOI 10.18224/frag.v29i3.7242

ARTIGO

Quanto ao futuro previsível, teremos que defender Marx e o marxismo dentro e fora da história, contra aqueles que os atacam no terreno político e ideológico. Ao fazer isso, também estaremos defendendo a história e a capacidade do homem de compreender como o mundo veio a ser o que é hoje, e como a humanidade pode avançar para um futuro melhor (HOBSBAWM, 1998, p. 184).

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O

presente artigo objetiva revisitar aspectos da discussão atual sobre o marxismo de forma a esclarecer, ponderar e ampliar o entendimento de questões referentes a esta concepção filosófica de base revolucionária que fundamenta o método dialético. Mediante esta orientação, o tema do estudo consistiu de “Reflexões sobre a Atualidade do Marxismo na Pesquisa - Enfoque no Método Dialético”. Duas questões-problemas nortearam a investigação proposta pelo texto. São elas: em que aspectos os clássicos da filosofia da práxis concorrem para a compreensão teórica e prática das polêmicas travadas sobre o marxismo? De que modo a ascensão do pensamento abstrato ao pensamento concreto significa a conquista de uma forma mais elaborada de pensamento na esteira da lógica dialética?

Procedeu-se a uma pesquisa bibliográfica mediante o levantamento de referen-cial teórico de estudos realizados por Saviani e outros, selecionando-se aqueles que têm relação com o objeto em estudo: o método histórico-dialético na pesquisa e o marxismo. Coletaram-se análises críticas e controvérsias em torno do marxismo com a pretensão de atualizar a discussão sobre esta concepção filosófica uma vez que nela se insere o método dialético. Selecionaram-se e estudaram-se dez textos de Saviani que constam das referências bibliográficas, seis destes textos foram empregados na composição desta pesquisa (SAVIANI, 1980, 1983, 1991, 2012a; 2012b e 2015). Os clássicos do marxismo como Marx, Engels, Gramsci e Lênin e pesquisadores destes autores ofereceram o suporte imprescindível para que a discussão fosse realizada.

Para o intento pretendido desenvolveu-se o método dialético pelo procedimento da exposição que, conforme Marx (1987), consiste na capacidade de “expor, adequadamente o movimento do real” (p. 16). O estudo foi estruturado em dois tópicos interligados, quais sejam: 1.) Ponderações sobre a Atualidade do Marxismo que traz contribuições de Saviani e de outros autores sobre controvérsias acerca do marxismo e 2.) Método Dialético que discor-re sobdiscor-re aspectos da historicidade do método e trata de elementos sobdiscor-re a lógica dialética na relação com a lógica formal.

PONDERAÇÕES SOBRE A ATUALIDADE DO MARXISMO

[...] posso asseverar minha convicção de que a abordagem de Marx ainda é a única que nos habilita a explicar toda a amplitude da história humana e constitui o mais frutífero ponto de partida para a discussão moderna (HOBSBAWM, 1998, p. 169).

Pode-se dizer que há um embate decorrente da consideração de o marxismo ser ou não uma concepção que responde aos problemas e exigências postos pela pesquisa em educação em momento histórico, político e cultural, globalizado, neoliberal e em acelerada transformação como o do Século XXI. Lombardi (2005) expõe interessantes ponderações a este respeito: Primeiramente, são apontados pelo autor dois aspectos de cunho negativo: por um lado, para alguns o marxismo é ultrapassado daí não ser passível de discussão; por outro, se Marx e Engels não se detiveram no tema da educação e do ensino, então não há contribui-ção de relevo destes autores para a pesquisa em educacontribui-ção. Em um segundo momento, figuram as mediações em favor do marxismo como uma perspectiva crítica, transformadora e mesmo revolucionária da sociedade de classes. Esta interpretação marxista

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[...] se mantém válida, mesmo após a derrocada do socialismo real; [...] propõe a superação da dicotomia entre trabalho manual e trabalho intelectual, entre pensar e fazer, entre teoria e prática, faz a defesa intransigente de uma formação integral, politécnica, centrada nos conteúdos e que está para além do capital (LOMBARDI, 2005, p. VII).

A teorização do social apresentada pelo marxismo, por ser de caráter plural, oferece subsídios para o exame crítico da sociedade e, em decorrência, elementos para a pesquisa em educação. Saviani (1991), filósofo, marxista e um dos renomados estudiosos da educação no Brasil, escreve que a atualidade do marxismo reside no fato de que “uma filosofia é viva enquanto expressa a problemática própria da época que a suscitou e é insuperável enquanto o momento histórico de que é expressão não tiver sido superado” (p. 10). Saviani exemplifica sua argumentação com o desmoronamento dos regimes do Leste Europeu, haja vista que este é um fenômeno usado para que sejam estabelecidos parâmetros para a derrocada do marxis-mo. A este respeito o autor explicita que, ao contrário do que parece, não há superação de Marx, mas a sua atualização porque

[...] se o socialismo tivesse triunfado é que se poderia colocar a questão da supera-ção do marxismo, uma vez, nesse caso, os problemas que surgiriam seriam de outra ordem. Mas, os fatos o mostram, ele não triunfou. O capitalismo continua sendo ainda a forma social predominante. Portanto, Marx continua sendo não apenas uma referência válida, mas a principal referência para compreendermos a situação atual (SAVIANI, 1991, p. 14).

Com apoio em Lombardi e Saviani (2005), reitera-se que o embate concernente ao marxismo, e à sua influência na pesquisa em educação e em outras áreas, é proporcional às tendências que vão se colocando em meio à diversidade do pensamento marxista no contex-to acadêmico e na contemporaneidade. Em razão disso, neste estudo, busca-se ser coerente com o pensamento de Saviani expresso nos textos selecionados, e sintetizado na declaração explícita de sua preocupação com “as relações entre o marxismo, a educação e a emancipação humana” (SAVIANI, 2012b, p. 121), posição com a qual se concorda como professora atu-ando há 33 anos na educação superior.

CONTROVÉRSIAS EM TORNO DO MARXISMO

[...] a ênfase de Marx na história como dimensão necessária talvez seja mais essencial do que nunca (HOBSBAWM, 1998, p. 163).

Em todo tempo e lugar, o debate é constitutivo da tradição marxista tanto para “refinar a teoria e as estratégias revolucionárias” quanto para “fazer avançar o conhecimento”, assevera Saviani (2012a, p. 167-168). Para isso, acrescenta ele, é mister que os referenciais teóricos dos mestres sejam simultaneamente estudados, aprendidos e ultrapassados, caso con-trário o conhecimento paralisa e, o que é digno de nota, o autor lembra que, se isso se faz necessário para toda teoria, com maior razão se impõe ao marxismo que diz respeito a uma teoria revolucionária.

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Todavia, preocupado com as exasperadas dissensões havidas no contexto deno-minado por ele de “esquerdas de um modo geral” e “de marxistas, em particular”, Saviani (2012a) argumenta que “há um cultivo das divergências interpretativas sobre as mais variadas questões, sejam elas de ordem teórica ou de ordem prática” (p. 167). Visando colaborar com o exame das divergências no campo teórico e prático do marxismo, Saviani (2012a) traz a lume duas esclarecedoras ponderações: (A) polêmicas travadas por Marx, Engels, Lênin e Gramsci e (B) polêmicas internas ao campo marxista.

POLÊMICAS TRAVADAS POR MARX, ENGELS, LÊNIN E GRAMSCI

As polêmicas em que estes autores se envolveram fortaleceram a construção do significado teórico e prático do materialismo histórico. Nesta direção, primeiramente, Sa-viani (2012a) ressalvou casos em que as críticas feitas por estes autores se dirigiam a posi-ções externas ao marxismo, embora motivadas por sua defesa, a exemplo tem-se a crítica tecida por Lênin à adesão de bolcheviques a posições divergentes do partido; a crítica de Marx a Hegel; críticas de Marx e Engels aos novos hegelianos e crítica de Gramsci a Bene-detto Croce.1

Em seguida, foram diferenciados dois tipos de polêmicas travadas por estes mes-tres: o primeiro no campo do socialismo e o segundo interno ao campo marxista. O pri-meiro tipo de polêmica se instituiu no campo do socialismo, “pois se tratava da luta do mo-vimento operário contra a ordem burguesa” (SAVIANI, 2012a, p. 168). Exemplificando, mencionam-se: a crítica de Lênin ao populismo russo, o contraponto de Marx à filosofia de Proudhon, em “A miséria da filosofia”, e os embates com o socialismo utópico e o anar-quismo.

No segundo tipo de confronto, o embate se dava intrínseco ao campo marxis-ta, no acirramento da luta contra o revisionismo e oportunismo ocorrido na Segunda Internacional no contexto da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT). Mas interessa salientar é que ser contrário a um programa proposto pelos anarquistas não le-vou Marx a rechaçá-lo. Saviani (2012a) destaca que em 1848, ao integrar a luta política dos trabalhadores na Alemanha, a única preocupação de Marx foi demarcar “a diferença entre a perspectiva proletária e aquela dos burgueses e pequeno-burgueses progressistas” (p. 169). Em 1875, Marx mostrou atitude similar a esta ao criticar a tendência reformista dos partidos operários alemães.

[...] os debates internos travados pelos fundadores do marxismo (Marx e Engels) e tam-bém por Lênin e Gramsci, procuraram sempre se mover no âmbito de dois princípios: 1) a diferença entre a perspectiva proletária e aquela dos burgueses e pequeno-burgueses progressistas; 2) a firme união entre as forças que buscam expressar e fazer a luta dos trabalhadores (SAVIANI, 2012a, 169).

Independente de corresponderem ou não às suas ideias, Marx era participante direto e ao mesmo tempo encorajava as práticas de luta pelo socialismo em localidades distintas. Suas ideias não eram hegemônicas, mas isso não o impediu de liderar e organizar a I Internacional dos Trabalhadores, em 1864, assim como participar da Comuna de Paris, em 1871. Em 1889, Engels liderou a II Internacional, porque Marx havia falecido. Com

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a morte de Engels, em 1895, a liderança passou para Kaustsky e Plekhanov e, posterior-mente, foi assumida pelos partidos operários alemães. Em 1919, Lênin fundou, organizou e liderou a III Internacional, porém com sua morte, em 1924, a hegemonia caiu no poder do stalinismo (SAVIANI, 2012a).

Quadro análogo pode ser desenhado no que tange às polêmicas que circundaram a prática política de Gramsci (SAVIANI, 2012a). Como exemplo tem-se a crítica imputada por ele a Bukharin, centrada na obra: “A teoria do materialismo histórico - manual popular de so-ciologia marxista”. Realçando as questões de fundo do marxismo em detrimento das questões de estratégia, em que geralmente predominam as polêmicas, Gramsci discutiu o significado de filosofia da práxis e o conceito de ortodoxia.

Em relação ao conceito de ortodoxia, Gramsci (1978, p. 187) pontua que se deve relacioná-lo às suas origens e não a algum discípulo da filosofia da práxis ou tendência estra-nha à doutrina original. O conceito de ortodoxia remete ao “conceito fundamental de que a filosofia da práxis ‘basta a si mesma’, contendo em si todos os elementos fundamentais para construir uma total e integral concepção do mundo” (GRAMSCI, 1978, p. 186). Gramsci assegura que o marxismo ou “filosofia da práxis não tem necessidade de sustentáculos hetero-gêneos; ela mesma é [...] robusta e fecunda de novas verdades” (p. 187).

B) POLÊMICAS INTERNAS AO CAMPO MARXISTA

De acordo com Saviani (2012a), as polêmicas internas ao campo marxista precisam ser analisadas historicamente e com o devido cuidado, isto porque sob o seu ponto de vista, os intelectuais de esquerda impossibilitam a unidade de propósitos e divergem sobre temas bási-cos. A esquerda se enfraquece, no lugar de identificar o adversário comum contra o qual deve combater de forma unificada, “somando forças para além das diferenças de caráter secundário que, tornadas principais, acabam nos enfraquecendo” (p. 171)2.

Saviani retoma uma obra de Lênin de 1904, intitulada: “Um passo em frente, dois passos atrás: a crise no nosso partido” para elucidar como os operários foram concitados por ele a se unirem em momento crítico por que passava o partido em circunstâncias que somente o questionamento sobre a unificação os faria recuperar a causa pela qual lutavam. Apresenta-se em seguida o apelo de Lênin (1977, p. 115).

O proletariado, na sua luta pelo poder, não tem outra arma senão a organização. Dividido pela concorrência anárquica que reina no mundo burguês, esmagado pelos trabalhos forçados ao serviço do capital, constantemente atirado ao abismo da misé-ria mais completa, do embrutecimento e da degenerescência, o proletamisé-riado só pode tornar-se, e tornar-se-á inevitavelmente, uma força invencível quando a sua unidade ideológica, baseada nos princípios do marxismo, é cimentada pela unidade material da organização que reúne milhões de trabalhadores num exército da classe operária. A esse exército não poderão resistir nem o poder decrépito da autocracia russa, nem o poder decrépito do capital internacional. Esse exército cerrará cada vez mais as suas fileiras, apesar de todos os ziguezagues e passos atrás, apesar das frases oportunistas dos girondinos da socialdemocracia contemporânea, apesar dos louvores presunçosos do espírito de círculo atrasado, apesar do falso brilho e do palavreado do anarquismo próprio de intelectuais (p. 115).

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Ao postular que os marxistas devem ter em conta as divergências havidas na teoria e as dissenções existentes nas estratégias de luta, Saviani é contundente ao trazer para o exame teórico e para a militância que os clássicos, historicamente, polemizaram no campo teórico-filosófico e prático do marxismo, intencionando a sua construção, e não a sua pulverização, daí o autor instigar a promoção da união que deve se contrapor às forças dominantes da sociedade capitalista. Por fim, é ratificado por ele que os esforços a serem feitos por “nós, que integramos o campo marxista, é cerrarmos fileiras unidos em torno da luta pela transformação desta sociedade distinguindo claramente a perspectiva proletária daquela dos burgueses e pequeno-burgueses progressistas” (SAVIANI, 2012a, p. 172).

A concepção marxista, em pauta neste texto, é responsável pelo método dialético elaborado e aplicado por Marx para dar corpo à teoria social por ele formulada quando das in-vestigações que realizou sobre a sociedade burguesa no século XIX (NETTO, 2011). A partir daí, a despeito de o método ser de difícil compreensão, mesmo porque não houve teorização específica de Marx (NETTO, 2018) sobre ele, este é um dos métodos que, de forma inten-cional, é proficuamente estudado e muito empregado como aporte teórico-metodológico na produção do conhecimento em educação e em outras áreas. Desse modo, seja o método dia-lético vivenciado na prática, ou não, cientistas, estudiosos, e em especial aqueles que optam pelo marxismo, têm grande interesse por perscrutá-lo.

No entanto, a questão posta em relevo na contextura desta análise radica-se no fato de que o método dialético vincula-se a uma “filosofia da práxis” ou a uma concepção marxista de mundo. A premissa de que é preciso, antes, situar o marxismo para que, posteriormente, se possa partir para a defesa do método dialético aqui é questão que adquire relevância. Desta maneira, no item que se segue, serão tecidos comentários acerca de aspectos que permeiam a historicidade deste método.

O MÉTODO DIALÉTICO

[...] sem Marx eu não teria desenvolvido nenhum interesse especial pela história (HO-BSBAWM, 1998, p. 09).

Althusser (1976) caracteriza a contribuição de Marx para o conhecimento cientí-fico de forma sui generis, para o autor, com Marx foi descoberto um novo continente: o da história. Saviani (2012b) escreve que o método de Marx é conhecido pela denominação de método histórico-dialético. Não querendo ultrapassar o objetivo e os limites deste estu-do, procura-se realçar o papel da história, articulada ao método dialético, destacando nas epígrafes que ilustram os itens do texto a base marxista que Hobsbawm (1998) confere à história. Este autor apreende o caráter materialista histórico-dialético da história sem o qual ela figuraria destituída de sentido.

Frigotto (1997) afirma que uma dificuldade concreta na pesquisa em educação é a assunção de uma perspectiva dialética que apreenda o caráter histórico do objeto de conheci-mento. “Isso faz com que as categorias totalidade, contradição, mediação, sejam tomadas abs-tratamente e, enquanto tal, apenas especulativamente (p. 80-81)”. Para o autor, a apreensão do real requer a concepção que se tem da realidade social antes de ser respondida a questão fundamental indicadora da natureza dialética do conhecimento, que é como se produz a realidade social.

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Para tanto, “romper com o modo de pensar dominante ou com a ideologia domi-nante é, pois, condição necessária para instaurar-se um método dialético de investigação” (FRIGOTTO, 1997, p. 77). O autor chama a atenção para algo não recorrente e traz para o centro da discussão a contribuição de Gramsci (1978). Trata-se do inventário crítico de di-ferenciadas e, muitas vezes, inconciliáveis concepções da realidade que convivem no mundo de um modo geral, nas religiões, no senso comum e nas ciências, a exemplo a positivista, a materialista, dentre outras.

Pela própria concepção de mundo pertencemos sempre a um determinado grupo, precisamente o de todos os elementos sociais que partilham de um mesmo modo de pensar. Somos conformistas de algum conformismo, somos sempre homem-massa ou homens coletivos. O problema é o seguinte: qual o tipo histórico do conformismo e do homem massa do qual fazemos parte? [...] O início da elaboração crítica é a cons-ciência daquilo que somos realmente, isto é um ‘conhece-te a ti mesmo’ como um produto histórico até hoje desenvolvido, que deixou em ti uma infinidade de traços recebidos em seu benefício no inventário. Deve-se fazer, inicialmente, este inventário (GRAMSCI, 1978, p. 12).

O método dialético se conecta a uma concepção de realidade e requer ser inventariado, negar-se a fazê-lo implicará um horizonte positivista que separa o sujeito do objeto, a consciência da realidade e leva a “muitos trabalhos de investigação que se definem como críticos e dialéticos [seguindo], na prática, os parâmetros positivistas” (FRIGOTTO, 1997, p. 78).

Inventariando o método dialético, é notória a explanação de Marx (1987) sobre o seu próprio método, esclarecendo equívocos de leitores, debatedores, contendores e estudiosos de sua obra. Contido no Posfácio à segunda edição de O Capital, encontra-se o conceito do método emitido pelo autor que demandará do leitor os estudos posteriores.

[...] o método de exposição deve distinguir-se, formalmente, do método de investigação. A investigação tem que apropriar-se da matéria investigada em seus detalhes, analisar suas diversas formas de desenvolvimento e estabelecer os nexos entre ambas. Somente após a conclusão deste trabalho é que o investigador pode expor adequadamente o mo-vimento real. Se sabe fazê-lo e o consegue, ficará refletida, idealmente, a vida da matéria investigada, podendo dar a impressão de uma construção a priori (MARX, 1987, p. 16).

Marx explica que, dialeticamente, no método por ele proposto dois procedimen-tos metodológicos básicos de pesquisa se articulam: a investigação e a exposição. A inves-tigação apropria-se da matéria, analisando seus detalhes, nexos e formas de desenvolvi-mento. A exposição se efetiva depois que o trabalho for concluído e evidenciar condições de ser apresentado. Mas o essencial neste processo é o que Marx diz: a exposição deve ser tão clara, “refletindo idealmente a vida da matéria investigada” que pode parecer uma construção a priori.

A realização desta pesquisa bibliográfica adveio da aplicação do método de exposi-ção tendo em vista que não houve “investigaexposi-ção e apropriaexposi-ção da matéria”, nem criaexposi-ção de teoria, mas exposição de teorias prontas que referenciaram o estudo proposto e as ideias que

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sustentaram a discussão. Todavia, mesmo na aplicação do método de exposição, pode-se em-preender, com criatividade, o método dialético, utilizando suas propriedades e capacidade de ler o real. Com este propósito, na sequência, será tratado um dos aspectos da configuração do método dialético como lógica que supera a lógica formal.

LÓGICA DIALÉTICA

Marx continua a ser a base essencial de todo estudo [...] de história, tendo sido o único a formular uma abordagem metodológica da história e a considerar e explicar todo o pro-cesso de evolução social humana [mas] a história marxista não é [...] isolada do restante da pesquisa histórica (HOBSBAWM apud LOMBARDI, 2005, p. XVI).

Na investigação sobre os movimentos do pensamento, Lefebvre (1983) afirma que “todo pensamento é movimento”, neste sentido, termos opostos ou polares assinalam “mo-mentos, fases do pensamento, e são indissoluvelmente ligados” (grifos originais, p. 90), como exemplo destes opostos apontam-se: lógica formal e lógica dialética e, por conseguinte, abs-trato e concreto.

Saviani (2012b) observa que não basta captar o que vem a ser contradição, mas é preciso pensar por contradição. Percorrem-se, então, as pesquisas do autor ao perscrutar o caminho metodológico lógico-histórico até Hegel, reconstruindo a origem do método histó-rico-dialético de base marxista, a fim de saber como se alcança o pensamento que ascende do abstrato ao concreto, configurando, assim, o pensamento por contradição.

Desse modo, para Saviani (2015), necessário se faz entender que há diferença en-tre a dialética como expressão do movimento da realidade e a dialética como lógica; seria o mesmo que dizer que a dialética existe como forma de pensar e há dialética como método de conhecimento. Como forma de pensar, ela sempre existiu independente de que houvesse entendimento sobre ela. Como método de pensamento, ela passou a ser sistematizada.

No momento em que no pensamento filosófico prevalecia a lógica formal, com predomínio no princípio da identidade, Hegel formulou a dialética como lógica e nela incor-porou a categoria da contradição, explicando o movimento das coisas e sua transformação. Contudo, sua visão da lógica dialética era idealista. Saviani (2015) descreve o modo pelo qual o idealismo na dialética hegeliana se revela na assertiva que será transcrita na íntegra pelo seu teor filosófico e sua qualidade estética.

A verdadeira realidade, para ele, é a Ideia (em-si) que entra em contradição consigo mesma e se objetiviza, sai de si, torna-se outro, se aliena gerando como resultado a natureza (ideia-fora-de-si). Esta, ao tomar consciência de si, assume a forma do espírito (ideia-para-si). Assim, a ideia (a tese) gera o seu oposto, a natureza (antítese) que, ao se tornar consciente no espírito humano resolve a contradição (a síntese). O espírito, porém, enquanto uma nova tese se desdobra no espírito subjetivo (consciência e autoconsciência que se sintetizam na razão) e no espírito objetivo (direito e moralidade que se sintetizam na eticidade). A eticidade se desdobra na sociedade civil e na família que se sintetizam no Estado. Finalmente, a contradição entre razão e Estado é superada no espírito absoluto (Deus) que se manifesta como arte e religião que, por sua vez, se sintetizam na filosofia (SAVIANI, 2015, p. 27).

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O pensamento de Hegel, por intermédio de Saviani, lembra a fenomenologia, mas indo ao ponto de interesse, ao mesmo tempo em que Marx reconheceu a riqueza das formu-lações de Hegel, entendeu o nível de idealismo nelas impregnado “e efetuou a crítica da forma mistificada em que aparecia a dialética na filosofia hegeliana” (SAVIANI, 2015, p. 27). Esta percepção pode ser confirmada com o texto de Marx (1987).

Meu método dialético, por seu fundamento, difere do método hegeliano, sendo a ele inteiramente oposto. Para Hegel, o processo do pensamento [...] é o criador do real, é o real é apenas sua manifestação externa. Para mim, ao contrário, o ideal não é mais do que o material transposto para a cabeça do ser humano e por ela interpretado. [...] Em Hegel, a dialética está de cabeça para baixo. É necessário pô-la de cabeça para cima, a fim de descobrir a substância racional dentro do invólucro místico (MARX, 1987, p. 16-17).

O processo de pensamento pelo qual a lógica dialética se constitui é concreto, já o pensamento pela lógica formal configura-se pela abstração formal. Deste modo, a lógica dialética (concreto) supera a lógica formal (abstração) por inclusão. Em outras palavras, a lógica dialética incorpora o núcleo válido da lógica formal e avança, alcançando níveis mais elevados de pensamento. Como explicar este movimento? Para Saviani, o que é identificado como “concreto não se dá sem a mediação do abstrato. Assim, aquilo que é chamado de lógica formal ganha um significado novo [...] para se converter num momento da lógica dialética” (2015, p. 28).

Continuando o raciocínio, na lógica dialética a formação do pensamento ocorre pelo movimento de ascensão que parte do empírico, passa pela abstração e chega ao concreto, assim a passagem do empírico ao concreto se dá pela mediação do abstrato. “Pode-se dizer que o concreto-ponto de partida é o concreto real e o concreto-ponto de chegada é o concreto pensado, isto é, a apropriação pelo pensamento do real-concreto” (SAVIANI, 2015, p. 28). O concreto é, simultaneamente, ponto de partida e ponto de chegada do conhecimento,

[...] o empírico e o abstrato são momentos do processo de conhecimento, isto é, do processo de apropriação do concreto no pensamento. Por outro lado, o processo de conhecimento em seu conjunto é um momento do processo concreto (o real-concreto). Processo, porque o concreto não é o dado (o empírico), mas uma totalidade articulada, construída e em construção (SAVIANI, 2015, p. 28).

Na dialética, então, a apropriação do pensamento concreto refere-se à forma de conhecimento concernente às leis que governam o real. “A lógica dialética se caracteriza, pois, pela construção de categorias saturadas de concreto [pensado]. Pode, pois, ser denominada a lógica dos conteúdos, por oposição à lógica formal que é, como o nome indica, a lógica das formas” (SAVIANI, 2015, p. 28).

Em síntese, o estudo e a aplicação do método dialético na pesquisa em educação e nas demais áreas do conhecimento não prescindem da apreensão de uma concepção de reali-dade, a partir da filosofia da práxis, pela ótica da lógica dialética.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Educação pública e gratuita de todas as crianças, abolição do trabalho das crianças nas fábricas, tal como é praticado hoje. Combinação da educação com a produção material etc. (MARX; ENGELS, s/d, p. 37).

Em tempos de acirrados e pertinentes questionamentos em relação a teorias revolu-cionárias, especialmente o marxismo, este texto teve como objetivo central revisitar aspectos do debate atual sobre esta concepção filosófica de modo a envidar esforços para esclarecer, ponderar e ampliar a compreensão de questões que fundamentam o método dialético. Salien-tou-se, com este propósito, que a perspectiva dialética deve apreender o caráter histórico do objeto de conhecimento. Captar o real implica, pois, externar uma compreensão da realidade social que antecede a questão fundante, atinente à produção da realidade social. Ora, a fim de que o pesquisador em educação e outras áreas possa produzir a realidade pela ótica do método dialético terá de responder, primeiro, por sua concepção de mundo. Que inventário ele faz de si como pessoa e de suas posições como ser social? “Qual é o tipo histórico do conformismo e do homem massa do qual faz parte?”

Para este intento, o fundamento teórico centrou-se no referencial selecionado de Saviani, embasado em autores clássicos do marxismo como Marx, Engels, Gramsci e Lênin, dentre outros que concorreram para aprofundar o tema desta pesquisa. Apropriou-se de co-nhecimentos que creem no marxismo como teoria revolucionária que prevalece na capaci-dade acurada de analisar a sociecapaci-dade capitalista por ser uma teoria social crítica da ordem burguesa vigente.

Contudo, em que pese esta teoria ser capaz de ler o real na essência, não se constitui como única em um mundo diverso. Como disse Hobsbawn (1998): a história marxista não se isola do restante da pesquisa histórica - e aqui se acrescenta de todas as pesquisas científicas comprometidas com a construção do real como é o caso da pesquisa em educação -, devendo conviver com as demais formas de questionar a realidade. Entende-se, como Saviani, que este seria um modo de lutar pela transformação da sociedade, distinguindo a perspectiva proletá-ria daquela dos burgueses e pequeno-burgueses progressistas.

Duas questões-problemas orientaram o desenvolvimento desta pesquisa bibliográfica, cujo método de investigação foi o de exposição, com fundamento nos parâmetros de Marx. A primeira indagou sobre que aspectos da pesquisa de Saviani acerca dos clássicos da filosofia da práxis concorreram para a compreensão teórica e prática das polêmicas travadas acerca do marxismo. A segunda questão-problema incidiu sobre o modo pelo qual a ascensão do pensamento abstrato ao pensamento concreto significa a conquista de uma forma mais elaborada de pensamento na esteira da lógica dialética.

Em relação à primeira questão-problema, apreenderam-se duas contribuições essenciais nas pesquisas de Saviani. Em primeiro lugar, a elucidação de que há escassez de aprofundamento nas obras dos mestres que deram origem ao marxismo, teoria formulada para suscitar o debate crítico e político-social e incitar o confronto com a ordem burguesa vigente. Devido à diversidade de visões em um mundo plural, as polêmicas se fazem necessárias em tempos e espaços diferenciados, todavia é preciso observar se elas não são inócuas na dissensão que se perde em questões destituídas de significado para o materialismo histórico em seu sentido teórico e prático. Em segundo lugar, fundamentado nos clássicos do marxismo, o

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autor diferencia a divergência ocorrida para a construção da filosofia dapráxis e a controvérsia desencadeada em seu próprio cerne em detrimento do que ela tem de sui generis que é o seu caráter eminentemente revolucionário. Para o autor, as diferenças, necessárias ao crescimento da teoria sempre existirão, contudo os marxistas são conclamados a se unirem em torno da contraposição às forças dominantes da sociedade capitalista.

A segunda questão-problema realçou que a lógica dialética é um modo mais elevado de pensamento porque implica a apropriação das leis que governam o real. Fundado nos conhecimentos de Marx, Saviani anuncia claramente esta ideia ao sintetizar que, em oposição à lógica formal, que é a lógica das formas, a lógica dialética, além de superá-la por incorporação, lida com categorias plenas de concreto pensado, podendo ser designada de lógica dos conteúdos. Outra maneira de esclarecer esta ideia estaria na explicação do materialismo-histórico e dialético de que o concreto é a soma de múltiplas determinações, estas determinações seriam os conteúdos de que ele se compõe os quais são citados por Saviani.

REFLECTIONS ON THE MATTER OF MARXISM IN RESEARCH: FOCUS ON THE DIALETIC METHOD

Abstract: the article aims to revisit aspects of the current discussion around Marxism in order to clarify, ponder and broaden the understanding of issues related to this revolutionary philosophical conception that underlies the dialectical method. Through this orientation, two problem-questions guided the proposed investigation: in what aspects do the classics of the philosophy of praxis contribute to the theoretical and practical understanding of the controversies surrounding Marxism? How does the rise of abstract thinking to concrete thinking mean the conquest of a more elaborate form of thinking in the wake of dialectical logic? Theoretically and methodologically, the bibliographic research referred to authors who raised the current Marxism, emphasizing Saviani's contributions and considerations, aligned with the debate and controversies also generated around Marxism. The dialectical method is discussed and aspects of its historicity are approached, as well as the dialectical logic in relation to the formal logic. To this end, the dialectical method itself was developed by the procedure of exposition which according to Marx consists in the ability to "adequately expose the movement of the real."

Keywords: Marxism. Dialectical method. Search. Notas

1 O fundamento das críticas formuladas por estes autores encontra-se nas obras: de Marx e Engels: “A sagrada família” e “A ideologia alemã”; de Lênin: “Materialismo e empiocriticismo” (SAVIANI, 2012a); de Marx: “Crítica da filosofia do direito de Hegel”; de Gramsci: “Concepção dialética da história”.

2 Em Carta a Schmidt, em 05 de agosto de 1890, Engels comentou que a concepção materialista da história havia começado a ter adeptos para os quais “ela não passava de um pretexto para não estudarem a história”. E acrescentou que “Marx, em fins da década de 1870, já dizia, referindo-se aos “marxistas” franceses, que tudo o que sei é que não sou marxista” (MARX; ENGELS, s/d, p. 283).

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