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Sistemas de avaliação em larga escala e repercussões em diferentes contextos escolares / Large-scale evaluation systems and repercussions in different school contexts

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p 11530-11545 mar. 2020. ISSN 2525-8761

Sistemas de avaliação em larga escala e repercussões em diferentes

contextos escolares

Large-scale evaluation systems and repercussions in different school

contexts

DOI:10.34117/bjdv6n3-134

Recebimento dos originais: 02/02/2020 Aceitação para publicação: 10/03/2020

Mirian Marta da Silva Cavalcante

Graduada em Língua Portuguesa pela Universidade Estadual vale do Acaraú- UVA. Especialista em Ensino da Língua Portuguesa Pela Faculdade de Ciências e Tecnologia- FATEC. Mestre em Ciências da Educação e Multidisciplinaridade pela Gama Filho- UGF.

Doutoranda em Ciências da Educação pela Atenas College University. E-mail: junior.mirian@hotmail.com

Maria José da Silva Bandeira

Graduada em Letras pela Universidade de Pernambuco – UPE, Especialista em Linguística aplicada ao Ensino de Língua Portuguesa pela Faculdade Osman Lins – FACOL.

E-mail: nandahfernanda@hotmail.com

Jucileide Cazé Pessoa de Lima

1Graduada em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Caruaru –

FAFICA. Especialista em Psicopedagogia pela Universidade de Pernambuco - UPE e em Coordenação Pedagógica pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Mestre em

Ciências da Educação e Multidisciplinaridade pela Universidade Gama Filho- UGF. Doutoranda em Ciências da Educação pela Atenas College University.

E-mail: jucileidecaze@hotmail.com

Diógenes José Gusmão Coutinho

Biólogo-UFRPE, Mestre em Biologia-UFPE, Doutor em Biologia-UFPE. Professor do PPG/Faculdade ALPHA e do Centro Universitário Brasileiro – UNIBRA, Recife-PE-Brasil.

E-mail: gusmao.diogenes@gmail.com

RESUMO

Esta pesquisa discute os sistemas de avaliação em larga escala, em especial, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), o Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco (SAEPE), a Prova Brasil e o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), que repercutem em espaços escolares diferentes. A metodologia será por meio de estudo documental e qualitativo em uma escola no agreste de Pernambuco os relatos dos professores entrevistados mostram

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como os sistemas de avaliação em larga escala têm assumido importância no contexto educacional. Os resultados apontam que as políticas de avaliação garantem a qualidade da educação.

Palavras chaves: Avalição em larga escala. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Escola.

ABSTRACT

This research discusses the large-scale assessment systems, in particular, the Basic Education Assessment System (SAEB), the Pernambuco Educational Assessment System (SAEPE), the Prova Brasil and the National High School Exam (ENEM), that impact on different school spaces. The methodology will be through documentary and qualitative study in a school in the wild of Pernambuco the reports of teachers interviewed show how large-scale assessment systems have assumed importance in the educational context. The results indicate that evaluation policies guarantee the quality of education.

Keywords: Large scale assessment. Basic Education Development Index. School.

1 INTRODUÇÃO

As avaliações externas acabam assumindo a função de busca aos responsáveis pela boa ou má educação, oferecida em escolas públicas, sem que se considere para esse diagnóstico, as condições econômicas e sociais das comunidades em que as escolas se encontram inseridas, tampouco, elementos que vão desde a formação e salários de professores até as estruturas de ensino ofertadas nessas instituições (FREITAS, L. 2014; AFONSO, 2014).

Os processos avaliativos em vigor atendem ao projeto societário, articulado às demandas do capitalismo, que desdobram para o campo da educação algumas expectativas, dentre as quais, a de justificar o modo de produção vigente e de responsabilizar individualmente os sujeitos pelas suas estratégias de inserção social (FREITAS, L. 2011).

Ao educar a todos, mostrando-lhes que competir, escalonar, comparar e atingir metas são atitudes perfeitamente aceitáveis, a sociedade internaliza e naturaliza os ideais da classe dominante, o que revela a atualidade de Marx e Engels (2007, p. 47), quando escreveram, em A Ideologia Alemã, que “as ideias da classe dominante são, em cada época, as ideias dominantes, isto é, a classe que é a força material dominante da sociedade é, ao mesmo tempo, sua força espiritual dominante”.

Desde que o Índice de Avaliação da Educação Básica - IDEB foi criado, acentuou-se a preocupação por parte de professores e demais profissionais da educação, no sentido de

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p 11530-11545 mar. 2020. ISSN 2525-8761 conduzir o ensino com o propósito de sucesso dos alunos nos resultados em avaliações externas.

O bom desempenho dos estudantes passou a ser instituído como meta educacional, fato que se observa quando as escolas organizam os períodos “preparatórios para os exames” como atividades integrantes do calendário escolar (BONAMINO; SOUZA, 2012; ASSIS; AMARAL, 2013).

No município pesquisado, os professores e demais trabalhadores em educação contam com as orientações de currículo próprio, o “Currículo para a Rede Pública Municipal”. A elaboração desse documento sintetizou os esforços coletivos que reuniram, no seu entorno professores da rede e outros profissionais – que atuaram como consultores, auxiliaram na produção escrita, na formação continuada, e ajudaram a preservar a coerência e unidade teórico-metodológica dos pressupostos que embasam o currículo.

Atualmente, o ensino municipal oferecido nas escolas da rede municipal, encontra-se em uma situação singular: pressionado, de um lado, pelo controle externo materializado pela imposição de metas de rendimento escolar, de elevação das notas dos estudantes nas avaliações em larga escala, e de outro lado, pela defesa do currículo próprio, fundamentado em teorias críticas. Este embate produz impactos no trabalho pedagógico dos professores e gestores educacionais.

Considera-se necessário, em tal contexto, problematizar junto a profissionais da educação (diretores, coordenadores e professores) que trabalham em escolas públicas, como os exames em larga escala são incorporados ao trabalho pedagógico dos docentes que atuam na rede pública de ensino ; como os mesmos se posicionam frente às Políticas Públicas de Avaliação; como esses profissionais concebem os instrumentos ou mecanismos avaliativos que lhes são impostos; que outras formas de avaliação poderiam ser propostas no sentido de superar as atuais possibilidades de avaliação em larga escala e, finalmente, quais seriam as condições de trabalho favoráveis ao desenvolvimento de atividades de ensino e avaliação propostos de acordo com o referencial teórico estabelecido pelo currículo municipal, cuja concepção é distinta da que orienta a Prova Brasil.

A pesquisa parte do entendimento de que as avaliações tanto podem contribuir para a humanização da função da escola como se constituir em um empecilho para que esse propósito se realize, o que depende das concepções que as orientam (ZANARDINI, 2008; GAMA, 2002). Com base na pesquisa apresentada, o objetivo geral da mesma consiste em compreender as implicações da Prova Brasil no trabalho de professores da rede municipal

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p 11530-11545 mar. 2020. ISSN 2525-8761 diante das contradições que se colocam entre as exigências da avaliação em larga escala e o currículo municipal.

A realização desta pesquisa, partiu das considerações apresentadas, ganhando sentido, uma vez que as produções científicas consultadas indicam que os processos de avaliação em larga escala em curso desde a década de 1980, correspondem a uma concepção que não tem por finalidade efetivamente diagnosticar a aprendizagem dos alunos, mas sim, verificar algumas competências.

2 AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA NA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

O ato de avaliar é uma ação inerente às atividades humanas e tem por objetivo identificar, aferir, investigar e analisar um determinado fato, situação ou processo. A avaliação educacional é composta por uma série de procedimentos caracterizando-se como uma ação que deve ser utilizada como subsídio à prática docente, visando à melhoria do processo de ensino-aprendizagem.

Para esta oficina aborda-se a avaliação em:

• Avaliação Interna da aprendizagem: realizada pelo professor em sala de aula. Busca verificar a aprendizagem do aluno e é determinada em conformidade com o planejamento escolar e Plano de Trabalho Docente.

• Avaliação Externa de desempenho: realizada por agente externo à escola, geralmente aplicada em larga escala. É uma ferramenta que fornece elementos para a formulação e o monitoramento de políticas públicas, bem como o redirecionamento de práticas pedagógicas.

Esta oficina tem como objetivo problematizar as relações e articulações entre as avaliações internas e externas, conduzindo os professores e demais profissionais de educação a uma reflexão que atenta à realidade de cada unidade escolar.

Como relata Luckesi (1994), a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino-aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho. Assim, vale ressaltar, que os dados obtidos (interna e externamente), auxiliam a tomada de decisão, não somente do professor, mas de todo o coletivo da escola.

A avaliação externa é muito valiosa para a melhoria do ensino e da aprendizagem na escola, serve de apoio ao planejamento pedagógico dos professores em sala de aula. Para

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p 11530-11545 mar. 2020. ISSN 2525-8761 efetivar o trabalho comprometido com a garantia do direito a uma educação de qualidade, sendo necessário saber ler e analisar os resultados da avaliação, a fim de produzir um diagnóstico da aprendizagem na escola.

Em Pernambuco a avaliação é censitária, logo, deve acolher todos os estudantes matriculados na rede de ensino. Cada escola deve reconhecer de que os estudantes previstos estejam presentes no momento da aplicação e respondam aos testes de proficiência e questionários, quando houver.

O grande estímulo é assegurar que todos os estudantes alcancem padrões de desempenho adequados à etapa de escolaridade em que se encontram. Isso demonstra que a escola está conseguindo melhorar a qualidade da educação que oferece com garantia de equidade: todos os estudantes aprendendo.

Em geral, a experiência média retrata o desempenho da maioria dos estudantes, mas nem sempre essas informações coincidem. A divergência sinaliza os riscos de se adotar única e exclusivamente a proficiência média da escola para informar a qualidade da oferta educacional.

Essa experiência média pode esconder uma situação de desigualdade educacional entre os estudantes, pois aqueles com maior desempenho, embora em menor quantitativo, elevam a média da escola. O contrário também é possível: estudantes com experiência muito baixa podem diminuir essa média.

É importante observar, na série histórica da avaliação, se a média vem aumentando a ponto de avançar nos padrões de desempenho, ou se está ocorrendo estagnação, queda ou oscilação desses padrões.

Os resultados do SAEPE são divulgados com o uso de indicadores específicos, sendo eles a proficiência média, a taxa de participação na avaliação, a distribuição de estudantes por padrão de desempenho e o percentual médio de acerto por descritor. No ciclo 2017, um novo indicador foi apresentado: o perfil de alfabetização e letramento, para o 3º, 5º e 9º anos do ensino fundamental, em língua portuguesa.

Pernambuco gerou seu próprio sistema de avaliação externa como o SAEPE e o IDEPE. É necessário separar essas avaliações, pois as mesmas têm como características, a definição de uma matriz de avaliação na qual são distintos os objetos de avaliação e o uso de provas uniformizadas, condição para que se sejam obtidos resultados mais objetivos e efetuadas comparações entre redes e escolas.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p 11530-11545 mar. 2020. ISSN 2525-8761 Assim, o professor adapta sua prática pedagógica aos objetivos das avaliações externas gerando uma implicância na aprendizagem dos alunos, isto porque o professor passa a incorporar em seu fazer pedagógico o que é necessário para que os alunos consigam ter êxito quando avaliados.

Entretanto a escola sente-se obrigada a praticar atividades apropriadas que aprovem as questões de eficácia e eficiência e assim oferecer condições para que os alunos apresentem bons resultados como ocorre no Estado de Pernambuco com SAEPE e o IDEPE.

Deste modo, ocorre uma adequação do currículo aos conteúdos elencados no Programa das Avaliações Externas e nessa perspectiva, as mesmas acabam que influenciando toda Proposta Pedagógica Escolar no sentido de uma adequação dos conteúdos que devem ser trabalhados em sala de aula com base na Matriz Curricular.

Como aponta Hoffmann (1998, p.16-17), a busca incansável por padrões de mensuração objetivos uniformes é um dos maiores entraves a um processo avaliativo em respeito à individualidade do educando.

Ainda de acordo com Luckesi (2006) a avaliação praticada nas escolas é a avaliação da culpa e as notas praticadas são utilizadas para classificar os alunos, onde são comparados desempenhos e não os objetivos que se pretende atingir.

Esse é o problema maior da avaliação classificatória, na qual o ato de avaliar não serve como uma parada para pensar a prática e retornar à ela; mas sim como um meio de julgar a prática e torná-la estratificada. (LUCKESI, 1986: 28).

Hoffmann e Luckesi, colocam a avaliação praticada nas escolas como critério de relacionar o aluno, o “ Bom” e o “ Fraco”, sem levar em consideração as particularidades dos alunos e o real sentido de avaliar, ou seja, de planejar, rever estratégias, reavaliar a prática, buscar novas formas de ensino e aprendizagem, respeitando a realidade do aluno.

A intenção é expandir um dado que resuma o tamanho do desafio a ser enfrentado no ensino fundamental brasileiro, assim como fez o Inep/MEC na última edição da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA 2016).

O perfil de alfabetização e letramento é uma informação que ajuda a entender o desenvolvimento dos estudantes com relação ao domínio da leitura e da escrita e de seus usos sociais, habilidades importantes em toda a formação escolar – do ensino fundamental ao ensino médio.

Nos últimos anos, os resultados das avaliações da educação básica têm apontado, de modo geral, para a baixa qualidade do ensino oferecido nas escolas brasileiras. Observa-se,

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p 11530-11545 mar. 2020. ISSN 2525-8761 além do baixo desempenho demonstrado pelos alunos nas competências básicas necessárias para a continuidade dos estudos, a existência de grandes contingentes de crianças e adolescentes que, em decorrência das dificuldades de aprendizagem e do pouco incentivo para os estudos, terminam por desistir da escola, abandonando a sala de aula por motivos variados.

Para enfrentar esse problema, é preciso corrigir a tempo as dificuldades de aprendizagem, especialmente nos anos iniciais. Os perfis de alfabetização e letramento identificam os estudantes com desempenho inadequado nos três anos escolares considerados conclusivos de etapas importantes da educação básica: 3º, 5º e 9º anos do ensino fundamental. Entendendo que a avaliação externa tem o propósito de investigar o que os estudantes aprenderam, com base na aplicação de conhecimentos a situações reais e resolução de problemas cotidianos, o desempenho adequado pode ser traduzido, por exemplo, na capacidade de usar as habilidades de leitura desenvolvidas para compreensão de informações encontradas em diferentes gêneros e, posteriormente, para expressão e posicionamentos perante o mundo. Estudantes com o perfil de desempenho considerado inadequado evidenciam, portanto, o descumprimento do que está pactuado para a qualidade da oferta educacional.

Com a sistematização do quantitativo de estudantes não alfabetizados no 3º ano, com alfabetização incompleta no 5º ano e com letramento insuficiente no 9º ano do ensino fundamental, busca-se tratar das dificuldades de aprendizagem dos estudantes das escolas públicas, registradas a cada etapa escolar avaliada, a fim de desvendar os caminhos necessários para a melhoria das habilidades requeridas por esses perfis. Os perfis de desempenho para a alfabetização e o letramento, descritos a seguir, foram construídos com essa intenção.

Em linhas gerais, são considerados estudantes com alfabetização e letramento inadequados aqueles que não atingiram determinada proficiência, representativa do desenvolvimento de habilidades e competências esperadas para a etapa, sintetizadas no domínio da leitura e da escrita e de seus usos sociais.

A avaliação educacional em larga escala é uma importante ferramenta para gestores, de rede e das escolas, e para os profissionais da educação em geral, pois, a partir das informações por ela produzidas, é possível obter um diagnóstico sobre a qualidade da educação ofertada e, com isso, realizar intervenções no processo de ensino, implementar políticas educacionais e redefinir rumos na gestão pedagógica, de acordo com as necessidades dos estudantes de uma escola, de uma rede ou de todo um país.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p 11530-11545 mar. 2020. ISSN 2525-8761 Como aponta Saviani, (2003, p. 14), o papel da escola é a “[...] socialização do saber sistematizado”, isto é, a socialização do conhecimento científico, sendo necessário que a mesma crie condições para viabilizá-lo, de forma criativa e crítica, oferecendo as condições necessárias de aprendizagem, de enriquecimento cultural e de engajamento na luta por uma mudança social, a escola deve servir de ponte entre o conhecimento prático já adquirido e o conhecimento formal exigido pela sociedade, pois através da assimilação do conteúdo, atinge-se o domínio do saber.

Entretanto, para que os resultados da avaliação cheguem a todas as escolas de todo o país e ela cumpra o seu papel, há um longo caminho percorrido, desde a definição do que será avaliado até o momento em que os resultados se traduzem em informações úteis para gestores, professores, famílias e estudantes. A seguir, são apresentadas, de forma sucinta, as principais etapas desse processo.

Fonte: autoria própria

Com a implementação da Prova Brasil no âmbito federal e de outras avaliações de desempenho nas esferas estadual e municipal, as equipes escolares podem vislumbrar nos resultados dessas avaliações uma “fotografia” da situação de aprendizagem de seus alunos.

Os parâmetros externos permitem às escolas ter uma noção mais clara das qualidades ou fragilidades de seu ensino e de seu projeto pedagógico; permitem que se comparem consigo mesmas e acompanhem o próprio percurso.

Aprendizagem do aluno Avaliação de larga escala Avaliação Institucional Avaliaçãode aprendizage m

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p 11530-11545 mar. 2020. ISSN 2525-8761 As avaliações externas não substituem as avaliações da aprendizagem elaboradas pelos professores no contexto de sua ação pedagógica, e tampouco representam todo o processo pedagógico. Contudo, nem uma nem outra pode ser desmerecida.

A análise comparada das informações fornecidas por ambas pode produzir elementos para subsidiar o trabalho desenvolvido no interior das escolas, seja para o aperfeiçoamento dos instrumentos de avaliação elaborados internamente, seja para oferecer elementos de contexto para as provas externas. Além de ser um componente importante para o planejamento e a readequação dos programas de ensino.

3 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DE PERNAMBUCO- IDEPE

A Secretaria de Educação de Pernambuco, com o objetivo de realizar um diagnóstico anual da qualidade da educação, adotou, desde 2008, o Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco – IDEPE, de acordo com Pernambuco (2015), um indicador da qualidade da educação do estado, cujos resultados são analisados sistematicamente com objetivo de definir ações estratégicas que contribuam para alcance de melhores resultados quanto a aprendizagem dos estudantes e do fluxo escolar, a taxa de aprovação da escola.

A composição desse índice consiste na média do desempenho dos alunos em Língua Portuguesa e Matemática, resultante dos testes elaborados no Sistema de Avaliação da Educação de Pernambuco SAEPE, avaliação que utiliza a mesma escala de proficiência do SAEB, e da média de aprovação dos estudantes.

A avaliação é aplicada a estudantes do 2º, 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio, servindo de diagnóstico para o sistema de educação de Pernambuco. A avaliação é aplicada anualmente de forma a possibilitar uma intervenção ágil no processo educativo do estado.

O cálculo do IDEPE, conforme detalha Pernambuco (2012), foi elaborado de forma a demonstrar a realidade de cada unidade de ensino, para que haja uma educação de qualidade para todos. Procede-se com a multiplicação dos resultados do SAEPE pelas taxas de aprovação, de forma a evitar que, caso alguma escola venha a selecionar os melhores estudantes, obtenham índice extremamente alto, já que não foi analisado apenas o resultado dessa avaliação, mas também a taxa de aprovação de todos os seus estudantes.

Esse processo avaliativo segue os procedimentos estabelecidos pelo Ministério da Educação para o IDEB, que busca garantir que a qualidade da educação do Brasil seja comparável à dos países desenvolvidos.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p 11530-11545 mar. 2020. ISSN 2525-8761 O Plano Estadual de Educação de Pernambuco destaca que a criação de um sistema de avaliação próprio permite obter um diagnóstico dos níveis de aprendizagem dos alunos em cada escola, das demandas de formação continuada no Estado em observação às deficiências e das potencialidades da rede de ensino e para subsidiar ações de formação continuada mais eficazes, voltadas para as necessidades reais da escola (Pernambuco, 2002).

O Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco aprecia duas dimensões: a de desempenho dos docentes da rede e a de fatores externos associados a tal desempenho de proficiência, se utilizando de testes e questionários a fim da verificação da proficiência dos discentes e os fatores contextuais que se entrelaçam a fim de subsidiar a melhoria do cenário educacional.

Pelo SAEPE busca-se verificar a relação das habilidades e competências desenvolvidas pelos estudantes em língua portuguesa e matemática. O programa avalia estudantes da 1ª série/2º ano do ensino fundamental em língua portuguesa e da 4ª série/5º ano, 8ª série/9º ano do ensino fundamental e 3º e 4º ano do ensino médio em língua portuguesa e matemática: “O SAEPE constitui-se numa avaliação padronizada e censitária que permite aferir o desempenho dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática no 2º, 5º e 9º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio incluindo os projetos de correção do fluxo escolar (PERNAMBUCO, 2012, p. 23).

A matriz de referência do SAEPE apresenta o objeto dos testes, formado por um conjunto de habilidades, tido por descritores que é construído segundo as propostas curriculares de cada área de conhecimento e etapa de escolaridade.

4 METODOLOGIA

Com vistas à compreensão do papel dos professores no processo de acompanhamento de seus estudantes para as avaliações externas em larga escala, julgou-se pertinente a adoção da metodologia de pesquisa de natureza qualitativa e documental.

Segundo Richardson (1999, p. 80), a pesquisa qualitativa pode ser caracterizada como “a tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e características situacionais apresentadas pelos entrevistados […]”, ou seja, busca, através do contexto de seus sujeitos, interpretar particularidades e aspectos que contribuam à formulação de hipóteses e conclusões para os objetivos da pesquisa, possibilitando o seu entendimento.

Além disso, o autor ainda destaca a importância de se investigar o fator histórico, pois “o objetivo de estudar um fenômeno através do tempo é revelar a especificidade histórica de

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p 11530-11545 mar. 2020. ISSN 2525-8761 sua aparência e essência e verificar até que ponto é construído socialmente” (RICHARDSON, 1999, p. 93).

A pesquisa qualitativa é apropriada, portanto, quando se reconhece a necessidade de “descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais [...]” (RICHARDSON, 1999, p. 80).

Tal metodologia nos oferece aspectos relevantes que marcam o presente estudo, quais sejam: a descrição de uma realidade; a necessidade de investigação a partir do contexto histórico, a fim de entender a evolução não linear de um determinado tema; e a compreensão sobre o desenvolvimento dos grupos sociais, de acordo com a perspectiva crítica e dialética.

Os sujeitos envolvidos neste estudo foram duas (2) professoras do 3º ano do ensino fundamental de uma escola municipal, localizada no Agreste de Pernambuco. O critério de escolha dos sujeitos se refere à compatibilidade com os objetivos para a pesquisa em questão que busca compreender os processos avaliativos da instituição e os impactos da avaliação externa na prática docente.

5 RESULTADOS

O resultado do estudo apontou para uma série de questões sobre política de avaliações externas, diante das questões em estudo teremos as respostas dos docentes entrevistados.

Quadro 1: Perguntas e respostas dos professores entrevistados.

Perguntas e respostas Professor 1 Professor 2

Como esses exames se posicionam frente às Políticas Públicas de Avaliação e como os profissionais de educação concebem os instrumentos ou mecanismos avaliativos que lhes são impostos?

Acho que esses exames abordam o que prevê as políticas públicas de avaliação, nós professores adaptamos nosso

planejamento de maneira que se integrem as avaliações.

São realizados de maneira que os alunos demonstrem sua aprendizagem nós procuramos planejar de acordo que atinjam os referenciais da avaliação. Como os exames em larga

escala são incorporados ao trabalho pedagógico dos docentes que atuam na rede pública de ensino? Tentamos adequar os descritores da avaliação ao currículo escolar. Relacionando um ao outro, trabalhando os dois na perspectiva de ter um bom resultado.

Quais os objetivos da avaliação em larga escala?

busca avaliar de maneira independente e comparável ao longo do tempo, a

Comparar ao longo do tempo, a educação de uma determinada região.

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educação de uma determinada região.

Como utilizar as avaliações externas para melhorar a aprendizagem dos alunos?

Trabalhar os descritores da prova do SAEPE.

Trabalhar conforme o resultado da prova O que você acha da prova do

SAEPE?

Ela avalia a qualidade do ensino e a autonomia da escola.

para realizar um diagnóstico do corpo docente de cada instituição.

Porque avaliar? para construir conhecimento sobre a própria realidade da Instituição, identificando pontos fracos, pontos fortes e potencialidades

Para medir os conhecimentos

Fontes: dados da pesquisa.

Diante das respostas obitidas pelas as professoras entrevistadas podemos dizer que a avaliação é de suma importância na vida escolar da criança, pois muitas vezes não estamos preparados para sermos avaliados. Como diz Freitas que as avaliações externas assumem a função de identificar os responsáveis pela boa ou má educação oferecida pelas escolas públicas, sem considerar o diagnóstico dos alunos avaliados.

Já para Saviane o papel da escola é de socialização do saber sistematizado, isto é, socializar o conhecimento cientifica com adquirido, sendo necessário que a mesma crie condições para viabilizá-lo, de forma criativa e crítica, oferecendo as condições necessárias de aprendizagem, de enriquecimento cultural e de engajamento na luta por uma mudança social, a escola deve servir de ponte entre o conhecimento.

Luckesi afirma que avaliar para monitorar a qualidade da educação, precisamos avaliar para identificar os pontos fracos e fortes dos nossos alunos, e assim poder inovar nossas práticas pedagógicas de acordo com o currículo ou com a matriz de referência. Dessa forma podemos dizer que as avaliações de larga escala avaliam a aprendizagem do aluno.

Ainda de acordo com Luckesi, as avaliações externas pode ser um ponto de apoio para os professores repensar e planejar a sua prática pedagógica, sabendo-se que a avaliação do SAEPE avalia a qualidade do ensino, é imprescindível trabalhar os descritores desta avaliação.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados de pesquisas sobre o SAEB revelam a preocupação de professores em trabalhar de acordo com as habilidades, competências e conteúdos elencados nas matrizes de referência de elaboração das provas, também como meio de preparar os alunos para obtenção

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p 11530-11545 mar. 2020. ISSN 2525-8761 de bons desempenhos nas provas do Saeb, e de rever as práticas pedagógicas utilizada pelo os mesmos.

O Sistema incide, em especial, nas práticas avaliativas, fortalecendo concepções mais tradicionais e menos formativas, manifestadas por meio da aplicação de simulados e provas unificadas que seguem o modelo do Saeb.

A política educacional que vem sendo implementada no estado aponta, cada vez mais, para uma valorização do mérito pessoal, do esforço individual e promove uma concorrência entre os profissionais, pois não basta ser aprovado na prova, alcançando a média esperada, para ter seu mérito reconhecido. É necessário estar entre as melhores notas, já que apenas os 20% melhores colocados terão direito ao aumento previsto em lei.

Sendo assim, temos um contexto em que a avaliação em larga escala promove o pagamento de bônus, conforme os resultados, define metas, como no caso do IDEPE, gerando uma classificação das escolas.

Neste sentido, a avaliação em larga escala, tomada como referencial para a criação de índices, para pagamento de bônus, para o direcionamento de políticas, não passa despercebida pelas escolas e vem repercutindo no currículo escolar. Faz-se necessário, dessa forma, termos um olhar atento para os seus desdobramentos que podem inviabilizar até mesmo a perspectiva de um compromisso com a aprendizagem de todos os que ingressam na escola.

Este estudo é de grande importância, por causa da capacidade que o Brasil tem hoje de apresentar um desenho de sua realidade educacional, ainda que não represente por completo devido às limitações do sistema.

É preciso estimular o debate entre os atores do fazer educativo, no sentido de pensar nas políticas de forma conjunta, visando a um projeto nacional de educação aparelhado pelo Plano Nacional e pelo Sistema Nacional da Educação.

Independentemente de esses resultados serem positivos ou negativos, deve ser trabalhado tanto pelos sujeitos da escola quanto pelo Estado. Afinal, por meio das avaliações externas, atualmente o Brasil produz uma grande quantidade de informações pertinentes sobre os sistemas, às unidades de ensino e cada aluno.

Nesse caso, é necessário estimular os responsáveis pelos processos educacionais, a usarem os resultados dessa avaliação para concretizar planos, médias e metas que visem melhorar a qualidade do ensino.

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REFERÊNCIAS

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ASSIS, Lúcia Maria de.; AMARAL, Nelson Cardoso. Avaliação da educação: por um

sistema nacional. Retratos da Escola, v. 7, p. 27-47, 2013. Disponível em: <

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Referências

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