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Relação entre o Papilomavírus Humano e o Vírus da Imunodeficiência Humana / Relationship between Human Papillomavirus and Human Immunodeficiency Virus

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 7, p. 50194-50198 jul. 2020. ISSN 2525-8761

Relação entre o Papilomavírus Humano e o Vírus da Imunodeficiência

Humana

Relationship between Human Papillomavirus and Human Immunodeficiency

Virus

DOI:10.34117/bjdv6n7-609

Recebimento dos originais: 03/06/2020 Aceitação para publicação: 23/07/2020

Poliana Taís Silveira

Graduanda em Medicina pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná Instituição: Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)

Endereço: Avenida São Paulo, 877, Itapagé, Frederico Westphalen – RS, Brasil. E-mail: poliana.silveira97@gmail.com

Amanda Sayuri Amaya Yotumoto

Graduanda em Medicina pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná Instituição: Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) Endereço: Rua Maranhão, 978, Vila Nova, Francisco Beltrão – PR, Brasil.

E-mail: amandasayuri02@gmail.com

Renata Ester Guse

Graduanda em Medicina pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná Instituição: Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)

Endereço: Avenida Antônio de Paiva Cantelmo, 2598, Industrial, Francisco Beltrão – PR, Brasil. E-mail: renataguse2015@gmail.com

Léia Carolina Lucio

Doutora em Ciências pela Universidade Estadual de Maringá.

Instituição: Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ciências Aplicadas à Saúde na Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)

E-mail: leiacarol@gmail.com

RESUMO

O presente resumo tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica de estudos relacionados ao Papilomavírus Humano (HPV) e o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) com a finalidade de promover e dar visibilidade a relação existente entre os vírus e as patologias causadas por estes. Para isso, foram analisados oito artigos científicos, tanto de publicações nacionais quanto internacionais, retirados da plataforma Scientific Electronic Library Online (SciELO). A análise dos estudos permitiu identificar a prevalência da infecção por HPV em indivíduos com sorologia reagente para o HIV, fato decorrente, principalmente, da imunossupressão causada pelo vírus HIV. Além disso, foi possível constatar que ambas as infecções estão relacionadas ao baixo nível socioeconômico, baixa escolaridade, múltiplos parceiros sexuais, primeira relação sexual precoce e relação sexual desprotegida. Desse modo, por serem doenças intimamente vinculadas, surge a necessidade de investigar os fatores que propiciam a co-infecção e, também, de incentivar à comunidade hábitos de prevenção ao contágio viral.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 7, p. 50194-50198 jul. 2020. ISSN 2525-8761

Palavras-chave: Co-infecção, Papilomavírus Humano, Vírus da Imunodeficiência Humana. ABSTRACT

This summary aims to perform a bibliographic review of studies related to the Human Papillomavirus (HPV) and the Human Immunodeficiency Virus (HIV) in order to promote and give visibility to the relationship between the viruses and the pathologies caused by them. To this end, eight scientific articles, both from national and international publications, taken from the Scientific Electronic Library Online (SciELO) platform were analyzed. The analysis of the studies allowed us to identify the prevalence of HPV infection in individuals with HIV-reactive serology, a fact mainly due to immunosuppression caused by the HIV virus. In addition, it was possible to find that both infections are related to low socioeconomic status, low schooling, multiple sexual partners, early first intercourse and unprotected sex. Thus, since they are closely linked diseases, the need arises to investigate the factors that propitiate co-infection and also to encourage the community habits of prevention of viral contagion.

Keywords: Co-infection, Human Papillomavirus, Human Immunodeficiency Virus. 1 INTRODUÇÃO

O Papilomavírus Humano (HPV) é um tipo de vírus que, assim como o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), causa uma infecção sexualmente transmissível (IST). Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV identificados, sendo as manifestações mais comuns desse vírus as verrugas genitais e o câncer no colo de útero (Rodrigues, 2016).

De acordo com Ludmila Gonçalves Entiauspe et al (2010), a capacidade do vírus HPV persistir no organismo pode ser aumentada por fatores que levam à imunossupressão, como o uso de drogas citotóxicas, imunodeficiências inatas ou adquiridas, como a causada pelo virus da imunodeficiência humana (HIV). E, segundo estudo de Fedrizzi (2011), o HIV é a principal causa da manifestação de infecção por HPV, sendo os tipos mais comuns aqueles de alto risco oncogênico.

2 MÉTODO

Trata-se de uma revisão bibliográfica de estudos brasileiros e internacionais sobre a relação entre HPV e HIV publicados entre 2010 e 2018, na plataforma de pesquisa Scientific Electronic Library Online (SciELO). A partir do tema de interesse foram selecionados oito artigos científicos em língua portuguesa, inglesa e espanhola. As palavras-chave para pesquisa foram: Papilomavírus Humano, Vírus da Imunodeficiência Humana, relação entre HPV e HIV, saúde.

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir da análise dos estudos, pode identificar-se que ambas as infecções, HPV e HIV, estão relacionadas ao baixo nível socioeconômico, baixa escolaridade, múltiplos parceiros sexuais, primeira relação sexual precoce e relação sexual desprotegida (ROSENTHAL, 2008).

De acordo com Teixeira (2018), uma larga proporção de indivíduos com HPV encontra-se co-infetada com o vírus HIV. Em estudo anterior de Entiauspe et al (2010), foi constatado que mulheres infectadas pelo HIV apresentam uma tendência maior à infecção por genótipos oncogênicos de HPV com relação às soronegativas. Tal prevalência está associada a diminuição da imunidade, deste modo, a infecção tende a ser mais persistente e com maior risco de desenvolvimento de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) (Ceccato Junior et al, 2015).

Em um estudo feito por Rodrigues (2016) com mulheres portadoras de HIV/AIDS, comprovou-se pelo exame de Papanicolau, que 15,6% das entrevistadas apresentavam lesões intraepiteliais cervicais pelo HPV. Constata-se que as mulheres infectadas por HIV são cerca de cinco vezes mais propensas a apresentar lesões cervicais que precedem a neoplasia (Beskow et al, 2005). Desta forma, é recomendado pelo Ministério da Saúde, que mulheres portadoras de HIV/AIDS realizem o exame de Papanicolau em períodos mais curtos do que as mulheres em geral.

Segundo Cejtin (2008) quanto maior a carga viral do HIV, aumenta-se a prevalência (81,5%) do HPV. Ainda a incidência do câncer anal pode aumentar em pacientes infectados pelo HIV usando terapia antirretroviral, porque aumenta-se a expectativa de vida pelo tratamento, tendo mais tempo para desenvolverem lesões associadas ao HPV que podem ser precursoras de câncer anal. Assim, podendo levar a neoplasia intraepitelial anal de alto grau e, quando não tratados, podem progredir para o carcinoma epitelial anal, conforme estudo realizado por Palefsky et al (2009).

Existe uma alta prevalência e incidência do HPV em homens e mulheres portadores de HIV, junto com lesões precursoras de câncer, como neoplasia intraepitelial cervical (NIC) e neoplasia intraepitelial anal (NIA) (Coutinho, 2006). Nos homens que praticam sexo com homens e HIV positivos, a incidência de câncer de ânus é duas vezes maior que em HIV negativos. Conforme Conley (2002) constatou-se que o condiloma acuminado do trato genital inferior, a NIA e a vulvar são muito mais comuns nas mulheres HIV positivas do que nas HIV negativas. De acordo com estudo realizado por Ceccato Junior et al (2015) o tipo 16 do HPV foi o mais predominante relacionado com as infecções de HIV.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tomando-se o fato do HPV e HIV serem ISTs, deve-se considerar a influência da realidade socioeconômica e comportamental do indivíduo em risco, assim como as consequências advindas do preconceito que afetam as relações sociais, afetivas e sexuais.

A vulnerabilidade social é um fator determinante, já que estabelece o acesso aos serviços de saúde, a realização de tratamento precoce e a percepção do risco acerca das infecções a que se está exposto. Ainda, é importante ressaltar como medida preventiva o uso do preservativo em todas as relações sexuais e, para a infecção pelo HPV, o programa de vacinação disponível pelo Ministério da Saúde.

REFERÊNCIAS

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