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Conciliação entre estudos e esporte para alunos-atletas bolsistas em uma equipe escolar de handebol de Belém-PA / Conciliation between studies and sport por scholarship students-students in a school handebol team in Belém-PA

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.29096-29101 may. 2020. ISSN 2525-8761

Conciliação entre estudos e esporte para alunos-atletas bolsistas em uma equipe

escolar de handebol de Belém-PA

Conciliation between studies and sport por scholarship students-students in a

school handebol team in Belém-PA

DOI:10.34117/bjdv6n5-383

Recebimento dos originais: 25/04/2020 Aceitação para publicação: 19/05/2020

Pedro Vitor Nascimento de Paiva

Graduando de Educação Física da Universidade do Estado do Pará Endereço: Passagem Honolulu, 35, Coqueiro, Ananindeua-PA, Brasil

E-mail: pedropaiva_8@hotmail.com

Simone de La Roque

Doutora em Doenças Tropicais, pela Universidade Federal do Pará Instituição: Docente da Universidade do Estado do Pará Endereço: Barão do Triunfo, 1929 apto. 2004, Belém-PA, Brasil

E-mail: silarocquec@hotmail.com

Josiléia do Socorro de Lira

Mestre em Educação Física e Cultura - UGF Instituição: Docente da Universidade do Estado do Pará

Endereço: Avenida Independência, Passagem S. Pedro, 54, Cabanagem, Belém-PA, Brasil E-mail: josileialira@gmail.com

Alan Quaresma Macedo

Graduado pela Universidade do Estado do Pará

Endereço: Travessa Eneias, 2328, AP 2004 Belém-PA, Brasil E-mail: alan.quaresma@hotmail.com

Igor José Lima da Silva Brandão

Graduado pela Universidade do Estado do Pará

Endereço: Avenida Conselheiro Furtado, 1776, AP 705, Belém-PA, Brasil E-mail: igorbrandao61@gmail.com

Daniel Castilho de Souza

Graduando de Educação Física da Universidade do Estado do Pará Endereço: Rod. Augusto Monteiro, Res. Anísio Teixeira I. Bloco 15apto 101

E-mail: danielcastilho97@gmail.com

Jailma Sousa Melo

Graduada pela Universidade do Estado do Pará

Endereço: Rodovia Mario Covas, 1500 Fit Coqueiro I torre B4 AP 11, Coqueiro, Ananindeua-PA, Brasil

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.29096-29101 may. 2020. ISSN 2525-8761 E-mail: jailma.sousa@hotmail.com

Jamila Mariana Martins da Cruz

Graduanda de Educação Física da Universidade do Estado do Pará Endereço: Travessa Vileta, 3400, Marco, Belém-PA, Brasil

E-mail: mila.mariana05@gmail.com

RESUMO

Objetivo: detectar os desafios enfrentados por Alunos Atletas (AA) no processo conciliativo entre estudos e esporte. Metodologia: Pesquisa de campo em que foi aplicado um questionário semiaberto para dez AA bolsistas de 15 a 17 anos, participantes da equipe de handebol da escola. Resultados: sob a percepção dos estudantes: 10% disseram excelente, 30% bom, 40% regular e 20% ruim a respeito da conciliação das tarefas. Considerações finais: constatou-se que os AA têm dificuldade de conciliar as atividades escolares e esportivas.

Palavras-chave: Jogos Escolares da Juventude; Aluno-Atleta; Esporte. ABSTRACT

Objective: to detect challenges in the reconciliation between studies and sport in the view of student-athletes (AA). Methodology: a semi-open questionnaire was applied to ten AA scholarship students from 15 to 17 years old, participating in the school's handball team. Results: under the students' perception: 10% said excellent, 30% good, 40% regular and 20% poor regarding the reconciliation of tasks. Final considerations: it was found that the AA have difficulty in reconciling school and sports activities.

Keywords: School Youth Games; Student-Athlete; Sport. 1 INTRODUÇÃO

Duas concepções de esporte são encontradas atualmente dentro do contexto escolar. O esporte na escola e o esporte da escola. Bracht (1992), afirma que a primeira concepção tem fins seletivistas e visa a procura por novos talentos, com objetivos de competição, disciplina e rendimento. Vago (1996) aponta que a segunda opção é direcionada a fins educacionais, sem seletividade e que sempre buscam a participação do coletivo.

O esporte na escola pode-se apresentar nas aulas regulares de educação física (BARROSO; DARIDO, 2006), ou pelas equipes desportivas como componente extracurricular (BASSANI; TORRI; VAZ, 2003); vem como um meio termo, uma mescla, não tão exigente como o esporte de rendimento e nem tão acessível como esporte educação, praticado pelos jovens talentosos que, embora tenha a finalidade para com o desenvolvimento esportivo, não perde a visão de uma formação cidadã para os estudantes (TUBINO, 2010; CAMBRAIA, 2010).

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.29096-29101 may. 2020. ISSN 2525-8761 Os Jogos Escolares da Juventude, hoje a maior competição esportiva escolar nacional, foram criados em 2005 pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em parceria com o Ministério do Esporte. Organizada pelos estados e municípios, as seletivas contemplaram na edição de 2018 mais de 2 milhões de jovens estudantes atletas, representando 40.000 escolas de 3.950 cidades do Brasil (COB, 2018).

A conciliação entre estudos e esporte é importante na vida dos jovens, principalmente quando se trata da formação do indivíduo. Porém, ambos, atrelados a cobranças por melhor desempenho escolar e rendimento esportivo, podem impor desafios nas vidas desses AA, em especial quando a estrutura e os recursos oferecidos não são suficientes (ZENHA; RESENDE; GOMES, 2009).

No estudo de Azevedo et al. (2017), onde fez uma pesquisa bibliográfica utilizando a base de dados Scielo, aponta que estudos relacionados à conciliação da formação esportiva e escolar ainda é um tema que necessita de maior visibilidade. Portanto, o trabalho vem com o objetivo de detectar os desafios enfrentados por AA no processo conciliativo entre estudos e esporte.

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva com abordagem qualitativa, onde foi aplicado um questionário semiaberto do “Google Forms” contendo três questões, aplicado em dez AA bolsistas pertencentes a equipe esportiva de handebol da categoria "B" de 15 a 17 anos, de uma escola de Belém-PA. Dentro dos critérios de inclusão foi delimitado que: os mesmos precisariam estar regularmente matriculados na escola, ser participante da equipe de handebol, fazer parte da categoria "B" de 15 a 17 anos, além de serem bolsistas.

Foram excluídos da pesquisa AA que não estão regularmente matriculados na escola, alunos que não tem participação na equipe de esporte escolar, não pertencem a categoria "B", ou seja, os alunos que não possuem idade de 15 a 17 anos e estudantes que pagam mensalidade escolar.

A coleta dos dados se deu a partir da aplicação de um questionário semiaberto com as seguintes perguntas: 1) Qual a sua percepção enquanto AA, a respeito da conciliação entre deveres escolares/esportivos? Com as alternativas: excelente, bom, regular e ruim; seguido da justificativa dos pesquisados 2) Quais os desafios encontrados por você, enquanto AA, no processo conciliativo entre estudos e esporte? 3) Quais os benefícios enquanto aluno bolsista, de participar de uma equipe que representa a escola no âmbito esportivo? O processo de análise dos dados foi feito a partir dos métodos de Gil (2002), que é dividido em três etapas: redução, categorização e interpretação dos dados.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.29096-29101 may. 2020. ISSN 2525-8761

3 ANÁLISE E DISCUSSÕES

Quando perguntados sobre a sua percepção enquanto AA a respeito da conciliação entre deveres escolares e esportivos, 10% disseram excelente, 30% assinalaram bom, 40% que é regular e 20% ser ruim. Os 10% que disseram ser excelente, se contradizem ao afirmarem que suas notas são baixas e eles chegam atrasados no treino, onde atribuem este fato a falta de tempo, quando perguntados a respeito dos desafios de ser um AA. Para os 30% que responderam que é bom, reconhecem que existe uma necessidade de equilíbrio entre as atividades escolares e esportivas, e, também se contradizem, ao alegarem que precisam ter mais tempo na sua rotina, consideram o cansaço com um desafio a ser vencido.

Os 40% dos alunos que disseram ser regular, em comum afirmaram que falta tempo para uma execução equilibrada entre as duas atividades, que por isso a conciliação entre ambos se torna muito difícil. Para 20% dos estudantes que disseram ser ruim, respondem que é muito difícil a conciliação e que não tem tempo para realização equilibrada das tarefas esportivas e das tarefas escolares.

Foram encontrados relatos sobre a percepção da existência de uma diferença de atividades do AA e o não atleta, fazendo com que se perceba a importância de um planejamento especial para os AA a fim de que o mesmo possa conciliar as duas atividades de maneira equilibrada. Peserico, Kravchychyn e Oliveira (2015) falam sobre a importância do equilíbrio entre essas duas atividades, o esporte e a escola, atividades de esforço físicos e intelectuais, buscando um planejamento, respeitando a individualidade do aluno tanto morfológica quanto cronológica. Ou seja, tomar cuidados com traumas ou impactos

A escola muitas vezes negligencia práticas esportivas como atividades extracurriculares, fruto de sistema conteudista que ainda permeia nesses espaços. Assim, Platonov (2004) relata a falta de mecanismos para controle e planejamento para alunos/atletas a médio e longo prazo em escolas e clubes.

Souza et al. (2008) afirmam que a escola pública brasileira, talvez, não represente a principal possibilidade de ascensão social e econômica esperada por jovens homens de famílias pobres, restando a esses sujeitos sonharem com outras possibilidades.

Observa-se, portanto, que essa criança ou adolescente, estudante-atleta ou aluno-atleta, se configura também como um estudante-trabalhador, pois acaba por desempenhar funções similares de trabalho e estudo (DA CONCEIÇÃO, 2015).

Quando perguntados quais os benefícios de participarem de uma equipe que represente a escola no âmbito esportivo, 60% disse que embora sejam atletas com um desempenho excelente na

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.29096-29101 may. 2020. ISSN 2525-8761 atividade esportiva, viram nessa bolsa, uma oportunidade de se inserirem em um ensino regular de qualidade, de tal forma que se não fosse por esse meio, não teriam essa oportunidade. Os outros 40% disseram que os benefícios seriam ingressar em uma carreira esportiva de alto rendimento, Grohe (2016), diz que a profissionalização cada vez mais precoce dos atletas, faz com que eles, acabem deixando a família e estudos para trás perdendo pilares importantes na formação do atleta.

O fato a considerar foi que 60% dos alunos que falou regular e ruim, disseram que há dificuldade em conciliar treino com as atividades da escola e atribuíram também a falta de tempo para estudo, então se tivessem mais tempo voltados para o estudo, teriam um melhor desempenho enquanto alunos.

Os outros 40% dos alunos que assinalou boa e excelente reconhecem a necessidade de conciliar as duas atividades e que na sua rotina de AA, é difícil essa conciliação, porém falam o desejo de seguir uma carreira esportiva de alto rendimento, ou seja, por mais que não consigam um bom desempenho escolar, esses alunos não se sentem prejudicados, já que os mesmos tem um objetivo de seguir uma carreira de atleta profissional, para Zenha, Resende e Gomes (2009), é comum à escolha somente para uma atuação, ora os estudantes seguem os estudos buscando uma vida acadêmica, outrora escolhem a carreira de atleta de alto rendimento.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os objetivos da pesquisa de detectar possíveis desafios na conciliação entre e estudos e esportes para AA, constatou-se dificuldades em conciliar as duas atividades, de tal modo que a falta de tempo dificulta a execução das duas tarefas. Os alunos da pesquisa apresentaram déficit nas notas escolares, carga excessiva de treino, além de cansaço excessivo. Nesse sentido, constatou-se que há necessidade de um planejamento escolar especial para os AA, a fim de que os mesmos, possam ter um bom desempenho escolar e esportivo. Por fim, sugerem-se novos estudos acerca do assunto em pauta.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, M. et al. Formação escolar e formação esportiva: caminhos apresentados pela produção acadêmica. Movimento, Porto Alegre, v. 23, n. 1, p. 185-200, jan./mar. 2017.

BARROSO, A. L. R.; DARIDO, S. C. Escola, Educação Física e Esporte: possibilidades pedagógicas. Revista Brasileira de Educação Física, Esporte, Lazer e Dança, São Paulo, v. 1, n. 4, p. 101–114, 2006.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.29096-29101 may. 2020. ISSN 2525-8761 BASSANI, J. J.; TORRI, D.; VAZ, A. F. Sobre a Presença do Esporte na Escola: paradoxos e ambiguidades. Movimento, Porto Alegre, v. 9, n. 2, p. 89–112, maio/ago., 2003.

BRACHT, V. Educação Física e Aprendizagem Social. Porto Alegre: Magister, 1992.

CAMBRAIA, V. Esporte escolar: o que dizem os autores. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2010.

CÔMITE OLIMPICO DO BRASIL (COB). Jogos escolares da juventude. Disponível em: < https://www.cob.org.br/pt/jogos-escolares/o-evento-jogos-escolares >. Acesso em: 17/04/2019. DA CONCEIÇÃO, Daniel Machado. O estudante-atleta: desafios de uma conciliação. Dissertação (mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, SC, 2015.

GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, Editora Atlas, 2002.

GROHE, P. O planejamento de carreira de atletas profissionais do clube x de futebol. REMAS - Revista Metodista de Administração do Sul, Rio Grande do Sul, v. 1, n. 1, p. 48-80, jan. 2016.

PESERICO, C. S.; KRAVCHYCHYN, C; OLIVEIRA, A. A. B. Análise da relação entre o esporte e desempenho escolar: um estudo de caso. Pensar a Prática, Goiânia, v. 18, n. 2, abr./jun, 2015.

PLATONOV, V.N. Teoria Geral do Treinamento Desportivo Olímpico. Porto Alegre: Artmed, 2004. SOUZA, C. A. M. et al. Difícil Reconversão: futebol, projeto e destino em meninos brasileiros. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 14, n. 30, p. 85-111, dez. 2008. Disponível em: Acesso em: 03 mai. 2020.

TUBINO, M. Estudos Brasileiros Sobre o Esporte: ênfase no esporte educação. Maringá: Universidade Estadual de Maringá, 2010.

VAGO T. M. O “esporte na escola” e o “esporte da escola”: da negação radical para uma relação de tensão permanente. Porto Alegre: Movimento, n. 5, p.4 - 17, dez. 1996.

ZENHA, V.; RESENDE, R.; GOMES, A.R. Desporto de alto rendimento e sucesso escolar: Análise e estudo de factores influentes no seu êxito. In J. Fernández, G. Torres, & A. Montero (Eds.), II Congresso Internacional de Deportes de Equipo. Editorial y Centro de Formación Alto Rendimiento. Corunha. Espanha, p. 1-10, 2009.

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