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EDSexU: Epidemiologia das Disfunções Sexuais em Universitários

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Academic year: 2021

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Ciências da Saúde

EDSexU: Epidemiologia das Disfunções Sexuais em

Universitários

Um Estudo Observacional na População Masculina

Pedro José da Mota Moreira

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

Medicina

(Ciclo de Estudos Integrado)

Orientador: Doutor Bruno Alexandre Guerra Jorge Pereira

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Dedicatória

“Cheio de Deus não temo o que virá. Pois venha o que vier, nunca será Maior do que a minha alma” Fernando Pessoa

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Agradecimentos

Ao Dr. Bruno Pereira por ter aceite o desafio de ser meu tutor e pelo espírito crítico e disponibilidade demonstradas ao longo da realização da tese, mas também pelo exemplo de profissionalismo que representa. Sem ele, este trabalho não seria possível.

À Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, por me ter proporcionado as condições para realizar aquele que é o maior sonho da minha vida: ser Médico.

A todos os alunos que participaram neste estudo.

Aos meus pais. A eles devo tudo. É impossível agradecer em palavras o apoio incondicional que demonstraram ao longo de toda a minha vida, a educação, os valores transmitidos e pelo exemplo que são. Todo e qualquer sucesso que alcancei, ou que possa vir a alcançar na vida, grande parte se deverá sempre a eles.

Ao meu irmão, André, por toda a força e energia que sempre me transmite. Sem dúvida nenhuma é a minha maior fonte de motivação, fazendo-me sempre querer ser melhor e acreditar que posso tudo. Por ter nele um irmão, e um amigo sou, sem dúvida nenhuma, melhor pessoa.

Aos meus avós, por todo o carinho e por sempre terem demonstrado o enorme orgulho que sentem em ter um neto (agora dois!) que estuda Medicina e que um dia será médico.

À Milena, pela constante presença, ajuda e disponibilidade que sempre demonstrou ao longo de toda a minha vida.

Aos meus amigos de sempre, por serem isso mesmo, Amigos, de todos os momentos e de todas as histórias. Esta caminhada não seria a mesma sem vocês.

Aos amigos que a Covilhã me deu, por terem sido um suporte e apoio durante todas as adversidades que o curso nos apresentou mas também por todos os momentos de alegria e festa que juntos aqui, na Covilhã, vivemos.

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Prefácio

“… Today I want to tell you three stories from my life. That’s it. No big deal. Just three stories. The first story is about connecting the dots.

…you can’t connect the dots looking forward; you can only connect them looking backward. So you have to trust that the dots will somehow connect in your future. You have to trust in something — your gut, destiny, life, karma, whatever. Because believing that the dots will connect down the road will give you the confidence to follow your heart, even when it leads you off the well-worn path. And that will make all the difference.

My second story is about love and loss.

… Sometimes life hits you in the head with a brick. Don’t lose faith. I’m convinced that the only thing that kept me going was that I loved what I did. You’ve got to find what you love. And that is as true for your work as it is for your lovers. Your work is going to fill a large part of your life, and the only way to be truly satisfied is to do what you believe is great work. And the only way to do great work is to love what you do. If you haven’t found it yet, keep looking. Don’t settle. As with all matters of the heart, you’ll know when you find it. And, like any great relationship, it just gets better and better as the years roll on. So keep looking until you find it. Don’t settle.

My third story is about death.

… Death is very likely the single best invention of Life. It is Life’s change agent. It clears out the old to make way for the new. Right now the new is you, but someday not too long from now, you will gradually become the old and be cleared away. Sorry to be so dramatic, but it is quite true.

Your time is limited, so don’t waste it living someone else’s life. Don’t be trapped by dogma - which is living with the results of other people’s thinking. Don’t let the noise of others’ opinions drown out your own inner voice. Have the courage to follow your heart and intuition. They somehow already know what you truly want to become.

…Stay Hungry. Stay Foolish. I have always wished that for myself. And now, as you graduate to begin anew, I wish that for you.

Stay Hungry. Stay Foolish.”

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ix

Resumo e Palavras-chave

Introdução: A saúde e função sexual são integrantes essenciais da saúde geral de qualquer ser humano, independentemente da idade. No caso do homem adulto as disfunções sexuais estão bem documentadas, mas nas faixas etárias mais jovens, nos quais se incluem os universitários, aborda-se pouco a questão da função sexual. Contudo, disfunções sexuais nestas faixas etárias não são incomuns e questões relacionadas com a função sexual, e alteração da mesma, também preocupam os jovens, não se devendo negligenciar este tópico.

Objetivo: Identificar e caracterizar a prevalência de disfunções sexuais (Disfunção Erétil (DE), Distúrbios da Ejaculação (DEj) e Alteração da Libido (AL)) em estudantes universitários portugueses do sexo masculino. Verificar se existem diferenças entre estudantes de Medicina e de outros cursos neste tema.

Materiais e Métodos: Elaborou-se um questionário online com as variáveis que interessavam estudar e distribui-se por 9 instituições de ensino superior portuguesas. Posteriormente, analisou-se estatisticamente os resultados com recurso ao SPSS®.

Resultados: Obteve-se 634 questionários válidos. 34,7% dos inquiridos refere estar “insatisfeito” e/ou “muito insatisfeito” com a sua função sexual. Os estudantes de Medicina apresentam maior satisfação com a função sexual do que os de outros cursos. 49,1% dos elementos consideram que a entrada no ensino superior prejudicou a sua vida e/ou função sexual. 44,2% dos inquiridos assume que já sofreu algum tipo de alteração da função sexual. 4,3% e 11,9% relatam algum grau de dificuldade em ter ou manter a ereção, respetivamente. Em pelo menos metade das relações sexuais 18,2% relatam ejacular com muito pouco estímulo e 24,1% antes de querer. 2,4% refere um Intravaginal Ejaculatory Latency Time (IELT) inferior a 1 minuto, 6,3% entre 1 e 3 minutos, e 7,1% superior a 30 minutos, originando uma incidência de Ejaculação Prematura (EP) de 8,7% e Ejaculação Retardada (ER) de 7,1%. AL verifica-se em 3,9% dos inquiridos. Verificou-se, uma influência negativa do consumo de álcool na qualidade das ereções e um IELT superior para fumadores.

Conclusão: Este trabalho demonstra que as disfunções sexuais não são incomuns entre os universitários portugueses, existindo uma grande quantidade de jovens fracamente satisfeitos com a sua função e/ou vida sexual. Verificou-se ainda algumas diferenças estatisticamente significativas entre os estudantes de Medicina e de outros cursos.

Palavras-chave: estudantes universitários, função sexual, disfunção sexual, disfunção erétil, distúrbio da ejaculação, ejaculação prematura, ejaculação retardada, alteração da líbido

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Abstract and Keywords

Introduction: Sexual health and function are essential components of the general health of any human being, regardless of age. In the case of adult men, sexual dysfunctions are well documented, but in younger age groups, which include university students, the issue of sexual function is little discussed. However, sexual dysfunctions in these age groups are not uncommon and issues related to sexual function and alteration are also of concern to young people and so, should not be neglected.

Objective: To identify and characterize the prevalence of sexual dysfunctions (Erectile Dysfunction (ED), Disorders of Ejaculation (EDj) and Libido Alteration (AL) in Portuguese male university students. Check if there are differences between medical students and students from other areas of study.

Materials and Methods: An online questionnaire was developed with the variables that were interesting to study and, then this was distributed by 9 Portuguese higher education institutions. Subsequently, the results were statistically analysed using SPSS®.

Results: A total of 634 valid questionnaires were obtained. 34.7% of respondents said they were "dissatisfied" and / or "very dissatisfied" with their sexual function. Medical students are more satisfied with their sexual function than students from other areas of study. 49.1% of the respondents consider that getting into university has damaged their sexual life and/or function. 44.2% of respondents assume that they already had some type of alteration of sexual function. 4.3% and 11.9% report some degree of difficulty in having or maintaining erections, respectively. In at least half of sexual relationships 18.2% report ejaculating with very little stimulation and 24.1% before wanting. 2.4% reported an Intravaginal Ejaculatory Latency Time (IELT) of less than 1 minute, 6.3% between 1 and 3 minutes, and 7.1% greater than 30 minutes, resulting in an incidence of Premature Ejaculation (EP) of 8,7% and Delayed Ejaculation (ER) of 7.1%. AL is verified in 3.9% of the respondents. It was verified a negative influence of alcohol consumption on the quality of erections and a higher IELT for smokers.

Conclusion: This study demonstrates that sexual dysfunctions are not uncommon among Portuguese university students, with a large number of young people dissatisfied with their sexual function and/or sexual life. There were also some statistically significant differences between medical students and students from other areas of study.

Keywords: college students, sexual function, sexual dysfunction, erectile dysfunction, ejaculation disorder, premature ejaculation, delayed ejaculation, libido disorder

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Índice

Dedicatória ... iii Agradecimentos ... v Prefácio ... vii Resumo e Palavras-chave ... ix

Abstract and Keywords... xi

Lista de Figuras... xv

Lista de Tabelas ... xvii

Lista de Acrónimos... xix

1. Introdução ... 1

1.1 Objetivo Geral ... 2

1.2 Objetivos Específicos ... 2

2. Materiais e Métodos ... 3

2.1 Descrição/Tipo de Estudo ... 3

2.2 Desenho do Estudo e Variáveis Consideradas ... 3

2.3 Amostra e Método de Recolha dos Dados ... 4

2.4 Metodologia Estatística ... 5

2.4.1 Estatística Descritiva ... 5

2.4.2 Testes Paramétricos e Não Paramétricos ... 5

2.4.3 Teste t de Student ... 6

2.4.4 Teste ANOVA e Kruskall-Wallis ... 6

2.4.5 Teste do Qui-quadrado ... 7

2.4.6 Coeficiente de Correlação de Pearson ... 7

2.5 Considerações Éticas ... 7 2.6 Limitações e Dificuldades ... 8 3. Resultados ... 9 3.1 Secção A ... 9 3.2 Secção B ... 10 3.3 Secção C ... 11

3.4 Secção D – Disfunção Erétil ... 17

3.5 Secção E – Distúrbios da Ejaculação ... 20

3.6 Secção F – Alteração da Líbido ... 24

4. Discussão ... 25

5. Conclusão ... 31

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7. Anexos ... 35

Anexo 1. Questionário Online EDSexU ... 35

Anexo 2. Email enviado a núcleos/associações/alunos ... 38

Anexo 3. Autorização da Comissão de Ética da Universidade da Beira Interior ... 39

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Lista de Figuras

Figura 1. Gráfico de frequências: “1. Qual a sua idade (anos)?” ... 9 Figura 2. Gráfico de frequências: 9. No caso de já ter sofrido algum tipo de alteração da sua função sexual habitual, qual foi a sua primeira atitude? (escolha múltipla). ... 15

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Lista de Tabelas

Tabela 1. Respostas dos inquiridos à questão “3.1 Se sim, qual/para quê?” ... 40 Tabela 2. Estatística descritiva e teste T: relação entre “Idade” e “4. É estudante do Mestrado Integrado em Medicina?” / Relação entre “IMC” e “4. É estudante do Mestrado Integrado em Medicina?”. ... 41 Tabela 3. Tabela de frequências: Relação entre “4. É estudante de Medicina?” e: “1. Hábitos tabágicos”; “2. Hábitos alcoólicos”; “3. Faz algum tipo de medicação?”; “4. É circuncisado?”. ... 41 Tabela 4. Tabela de frequências: Relação entre “4. É estudante do Mestrado Integrado em Medicina?” e cada uma das questões de 1 a 8.1 da Secção C. ... 42 Tabela 5. Tabela de frequências: Relação entre “Nunca tive alteração da função sexual” (da questão 9 Seção C) e “4. É estudante do Mestrado Integrado em Medicina?” ... 43 Tabela 6. Estatística descritiva e teste t: Relação entre “9. No caso de já ter sofrido algum tipo de alteração da sua função sexual habitual, qual foi a sua primeira atitude? (escolha múltipla)” e “4. É estudante do Mestrado Integrado em Medicina?” ... 43

Tabela 7. Tabela de frequências: “10. Em algum momento procurou informações sobre medicação/tratamentos para disfunção sexual ou para melhoramento da performance sexual, e se sim onde? (escolha múltipla)”. ... 44 Tabela 8. Estatística descritiva e teste t: Relação entre “10. Em algum momento procurou informações sobre medicação/tratamentos para disfunção sexual ou para melhoramento da performance sexual, e se sim onde? (escolha múltipla)” e “4. É estudante do Mestrado Integrado em Medicina?”. ... 44 Tabela 9. Tabela de frequências: Relação entre “4. É estudante do Mestrado Integrado em Medicina?” e cada uma das questões de 11 a 13 da Secção C. ... 44 Tabela 10. Correlação de Pearson: Relação entre “1. Quais os seus hábitos de masturbação individuais?” e “2. Qual a frequência da sua atividade sexual (com parceiro(s))?”. ... 44 Tabela 11. Tabela de frequências: Relação entre “4. É estudante do Mestrado Integrado em Medicina?” e cada uma das questões das secções D, E e F. ... 45 Tabela 12. Estatística descritiva e teste ANOVA: Relação entre as questões 1, 2 da Secção D, 1,2, 5 da Secção E, 1 da Secção F e “1. Hábitos tabágicos:”. ... 46 Tabela 13. Estatística descritiva e teste ANOVA: Relação entre as questões 1, 2 da Secção D, 1,2, 5 da Secção E, 1 da Secção F e e “2. Hábitos alcoólicos:” ... 47 Tabela 14. Estatística descritiva e teste t: Relação entre as questões 1, 2 da Secção D, 1,2, 5 da Secção E, 1 da Secção F e “3. Faz algum tipo de medicação?”. ... 48

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Tabela 15. Diferenças estatisticamente significativas observadas entre estudantes de Medicina e estudantes de outros cursos ... 48

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Lista de Acrónimos

EDSexU Epidemiologia das Disfunções Sexuais em Universitários WHO World Health Organization

EAU European Association of Urology ESSM European Society of Sexual Medicine

DE Disfunção Erétil

DEj Distúrbios da Ejaculação EP Ejaculação Prematura ER Ejaculação Retardada AL Alteração da Libido

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1. Introdução

Ao longo dos tempos, a sexualidade e o sexo sempre foram temas complexos, de marcada importância e com diferentes papéis nas sociedades. Como tal, foram vários os autores de todas as áreas do conhecimento, desde a filosofia, passando pela literatura até à Medicina, que se dedicaram a estudar, analisar e descrever os mesmos (1).

Para a comunidade médica, embora durante muitos anos tenham também sido temas tabus, começaram a ganhar relevância, passando a ser estudados nas suas diversas vertentes (1).

Segundo a World Health Organization (WHO) Saúde Sexual é definida como "...um estado de bem-estar físico, emocional, mental e social em relação à sexualidade; não é apenas a ausência de doença, disfunção ou enfermidade…” (2).

Por sua vez, do ponto de vista médico, a função sexual é definida como a capacidade individual de responder sexualmente ou experimentar prazer sexual e os problemas/disfunções sexuais são aqueles que com ela interferem (3).

A saúde sexual e a função sexual são assim integrantes essenciais da saúde geral de qualquer ser humano, independentemente da idade, sendo que as disfunções sexuais têm um enorme impacto negativo na qualidade de vida, bem-estar emocional e psicossocial, na confiança sexual e inclusive podem estar na génese de problemas afetivos com os parceiros sexuais (4,5).

No caso do homem adulto, disfunções sexuais como DE, DEj e AL tornaram-se alvo de vários estudos estando por isso bem documentadas, dada a sua prevalência e relevância não só para a qualidade de vida, mas também porque estão frequentemente associadas a outros problemas sistémicos (4).

Nas faixas etárias mais jovens, nos quais se incluem os universitários, o foco sobre a sexualidade está maioritariamente associado a temas como idade da primeira relação sexual, gravidezes indesejadas, métodos contracetivos, transmissão de infeções sexualmente transmissíveis, práticas sexuais associadas a comportamentos de risco, como consumo de substâncias ou relações consentidas/não consentidas (1,6,7), abordando-se pouco a questão da função sexual (8).

Contudo, disfunções sexuais nestas faixas etárias não são incomuns (5,8,9) e questões relacionadas com a função sexual, e alteração da mesma, também preocupam os jovens (8), não se devendo negligenciar este tópico.

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Em especial os universitários, que embora se parta do pressuposto que seja um grupo globalmente saudável e, em especial os estudantes de Medicina um grupo informado, são uma população que está exposta frequentemente a um grande stress e outros problemas associados, como depressão, ansiedade, alterações do sono, que constituem fatores de risco para o desenvolvimento de disfunções sexuais (10-12).

Neste sentido, com este trabalho pretende-se caracterizar a presença de disfunções sexuais em estudantes universitários portugueses do sexo masculino, contribuindo para uma melhor compreensão desta temática e que, eventualmente, possa servir como incentivo para futuras intervenções ou estudos mais alargados.

1.1 Objetivo Geral

Identificar e caracterizar a prevalência de disfunções sexuais em estudantes do sexo masculino universitários portugueses no ano letivo de 2017/2018.

1.2 Objetivos Específicos

 Identificar a prevalência de DE nos alunos universitários do sexo masculino;

 Identificar a prevalência de DEj nos alunos universitários do sexo masculino;

 Identificar a prevalência de AL nos alunos universitários do sexo masculino;

 Identificar possíveis diferenças entre estudantes de Medicina e estudantes de outros cursos nesta temática;

 Perceber a existência de possíveis fatores de risco e patologias presentes nos alunos com disfunções sexuais referidas;

 Perceber quais as perceções, convicções e procura de informação/ajuda, médica ou de outro tipo, relativamente à função sexual e às disfunções pelos universitários;

 Contribuir para um melhor conhecimento do problema para eventuais futuras intervenções.

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3

2. Materiais e Métodos

2.1 Descrição/Tipo de Estudo

O trabalho realizado constitui-se como um estudo observacional, analítico e retrospetivo.

É observacional pois os dados são recolhidos sem intervenção ou modificação por parte do investigador.

Tem um caráter analítico uma vez que os elementos da amostra são examinados com o objetivo de expor algumas associações entre as variáveis, embora apresente também uma forte componente descritiva.

É ainda considerado um estudo retrospetivo uma vez que os dados foram recolhidos a partir de sintomas e/ou experiências existentes previamente à resposta ao questionário (13).

2.2 Desenho do Estudo e Variáveis Consideradas

Numa primeira fase, procedeu-se a uma breve investigação teórica sobre as patologias que se pretendiam estudar (DE, DEj e AL).

De seguida, analisaram-se questionários padronizados e validados pela European Association of

Urology (EAU) e European Society of Sexual Medicine (ESSM), bem como questionários aplicados

noutros estudos publicados nacional e internacionalmente.

Desta forma, e tendo em conta a pesquisa realizada e os objetivos desta tese, construiu-se um questionário original (anexo 1), dividido em 6 secções (A, B, C, D, E e F) abordando as variáveis que interessavam estudar. Posteriormente, foi informatizado no Google Forms® para permitir a sua distribuição.

A secção A destina-se à obtenção de informações sociodemográficas dos inquiridos, bem como académicas, diferenciando-se os estudantes de Medicina e os de outros cursos.

A secção B visa a obtenção de dados relativos a hábitos, adições e saúde geral dos inquiridos.

A secção C destina-se a conhecer melhor a saúde e hábitos sexuais dos participantes.

As secções D, E e F pretendem caracterizar e perceber a possível existência de DE, DEj e AL, respetivamente.

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2.3 Amostra e Método de Recolha dos Dados

Para a distribuição dos questionários e consequente recolha de dados para este estudo, recorreu-se à ajuda de núcleos/associações de estudantes de diversas instituições de ensino superior de Portugal bem como a alguns alunos dessas instituições.

Numa primeira fase, foi enviado a esses mesmos núcleos/associações/alunos um email explicativo do projeto, bem como a autorização da Comissão de Ética da Universidade da Beira Interior, questionando-os sobre a possibilidade de ajudarem na difusão do questionário recorrendo às suas mailing lists (anexo 2).

Após aceitação, procedeu-se à difusão via email.

Desta forma, foram abrangidas pelo questionário as seguintes instituições de ensino superior portuguesas:

 Universidade da Beira Interior;

 Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto;

 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto;

 Instituto Superior de Engenharia do Porto;

 Faculdade de Economia da Universidade do Porto;

 Faculdade de Engenharia da Universidade de Aveiro (Engenharia e Gestão Industrial e Engenharia Química);

 Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra;

 Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa;

 Academia Militar.

Iniciou-se a distribuição dos questionários dia 04 de dezembro de 2017. Concluiu-se a recolha de dados no dia 06 de janeiro de 2018.

Os critérios de inclusão, neste estudo, foram:

 Ser aluno de uma das instituições de ensino superior supra mencionadas no ano letivo de 2017/2018;

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5

 Ter idade inferior a 27 anos;

 Ser do sexo masculino;

 Ser sexualmente ativo no último ano.

Obteve-se um total de 675 questionários. Excluíram-se 12 questionários, por incongruências nas respostas e 29 por idade assinalada superior a 26 anos. A amostra final do estudo foi 634 questionários respondidos e validados.

Os alunos foram divididos em dois grupos:

 Estudantes de Medicina;

 Estudantes de outros cursos (que não Medicina).

2.4 Metodologia Estatística

Na recolha de dados usou-se o Microsoft Office Excel 2013® (Microsoft Corporation, Redmont,

WA).

Para a análise estatística dos dados recorreu-se ao IBM SPSS® Statistics, versão 22 para a

Microsoft Windows®.

2.4.1 Estatística Descritiva

Em termos de estatística descritiva apresentam-se, para as variáveis de caracterização, as tabelas de frequências e gráficos ilustrativos das distribuições de valores verificadas.

As variáveis quantitativas ou medidas em escala de Likert foram analisadas através das categorias apresentadas, apresentando-se alguns dados relevantes, abordados por Guimarães e Cabral (14), como a média (para as questões numa escala de 1 a 5, um valor superior a 3 é superior à média da escala), o desvio padrão que representa a dispersão absoluta e os valores mínimos e máximos observados.

2.4.2 Testes Paramétricos e Não Paramétricos

Os testes estatísticos servem para averiguar se as diferenças observadas na amostra são estatisticamente significantes, ou seja, se as conclusões da amostra se podem inferir para a

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6

população. O valor de 5% é um valor de referência utilizado nas Ciências Sociais para testar hipóteses, significa que estabelecemos a inferência com uma probabilidade de erro inferior a 5%.

Quando os grupos das amostras em estudo são grandes, a distribuição tende para a normalidade. De acordo com Murteira et al (16), para amostras com mais de 30 elementos em cada um dos grupos em estudo, a violação dos pressupostos da normalidade e da homocedasticidade não põe em causa as conclusões. Sempre que a dimensão da amostra estiver nestas condições, não será necessário verificar os pressupostos e podem aplicar-se os testes paramétricos, caso contrário, os testes paramétricos serão substituídos por testes não paramétricos quando não se verifiquem os pressupostos da normalidade e da homocedasticidade.

2.4.3 Teste t de Student

Como os grupos em estudo podem ser considerados de grande dimensão, utiliza-se o teste paramétrico t de Student, como explicado por Maroco (15), para analisar uma variável medida

em escala nas duas classes de uma variável qualitativa dicotómica, por forma a verificar a significância das diferenças entre as percentagens de respostas afirmativas ou das médias observadas para ambos os grupos da variável dicotómica. O teste t coloca as seguintes hipóteses:

 H0: Não existe diferença nas médias entre os grupos da variável dicotómica.

 H1: Existe diferença nas médias entre os grupos da variável dicotómica.

Quando o valor de prova do teste t é superior a 5%, aceita-se a hipótese nula, ou seja, não há diferenças entre os dois grupos. Quando o valor de prova é inferior a 5%, rejeita-se a hipótese nula, portanto há diferenças entre os dois grupos.

2.4.4 Teste ANOVA e Kruskall-Wallis

Novamente, como os grupos em estudo são de grande dimensão, utiliza-se o teste paramétrico ANOVA, de acordo com Maroco (15), para realizar o estudo da relação entre variáveis medida em escala e uma variável qualitativa com mais de duas classes, que coloca as seguintes hipóteses:

 H0: As médias da variável são iguais nas categorias da variável qualitativa.

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7

Quando o valor de prova da ANOVA é inferior a 5%, rejeita-se a hipótese nula e existem diferenças entre as várias categorias das variáveis qualitativas. Quando é superior a 5%, não se rejeita a hipótese nula.

2.4.5 Teste do Qui-quadrado

A utilização do teste do qui-quadrado é abordada por Maroco (15). Perante duas variáveis nominais ou uma variável nominal e outra ordinal, o teste adequado para verificar a relação entre cada par de variáveis é o Qui-quadrado, em que temos as hipóteses:

 H0: As duas variáveis são independentes, ou seja, não existe relação entre as categorias de uma variável e as categorias da outra;

 H1: As duas variáveis apresentam uma relação entre si, ou seja, existe relação entre as categorias de uma variável e as categorias da outra;

Quando o valor de prova for inferior a 5%, rejeita-se a hipótese nula, concluindo-se que as duas variáveis estão relacionadas. Quando o valor de prova do teste for superior ao valor de referência de 5%, não podemos rejeitar a hipótese nula, de que as duas variáveis são independentes, ou seja, conclui-se que elas não estão relacionadas.

2.4.6 Coeficiente de Correlação de Pearson

A análise de associação, através do coeficiente de Pearson é explicada por Maroco (15). Quando as variáveis cuja relação se pretende estudar são variáveis quantitativas, podem ser analisadas utilizando o coeficiente de correlação de Pearson R, que é uma medida da associação linear entre variáveis quantitativas e varia entre -1 e 1. Quanto mais próximo estiver dos valores extremos, tanto maior é a associação entre as variáveis.

2.5 Considerações Éticas

Antes do seu início, submeteu-se o estudo à Comissão de Ética da Universidade da Beira Interior, tendo sido aprovado pela mesma em reunião, no dia 11 de Julho de 2017 (anexo 3).

Assegurou-se o anonimato dos estudantes que participaram, bem como, a confidencialidade dos dados recolhidos.

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2.6 Limitações e Dificuldades

A principal limitação deste estudo é o reduzido tamanho da amostra, comparativamente ao número total de alunos do sexo masculino do ensino superior português.

A baixa taxa de resposta ao questionário, tendo em conta que era um questionário de carácter voluntário, sem nenhuma vantagem (ou prejuízo) para quem respondia e via email era algo expetável, constituindo, no entanto, também uma limitação. Mesmo assim conseguiu-se uma amostra valorizável, comparativamente a outros estudos realizados em Portugal na mesma área. (9)

Para além disto, o estudo foi restrito a um conjunto de 9 instituições de ensino superior dentro de todas as existentes em Portugal no letivo de 2017/2018, por facilidade de comunicação e consequente distribuição do questionário, podendo haver, por isso, um viés de seleção.

Embora, quer no email enviado para os alunos, quer no próprio link do questionário, estivesse explicito que este era dirigido somente a alunos do sexo masculino a frequentar o ensino superior português no ano letivo de 2017/2018, outras pessoas poderão ter respondido ao questionário.

Por outro lado, pode haver viés de resposta derivado do estigma que é assumir um problema do foro sexual, mesmo tendo o questionário um carácter anónimo.

Também pode haver viés associado à não perceção real das próprias funções sexuais ou viés de memória podendo ambos constituir fatores de omissão de dados.

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3. Resultados

Recolheu-se um total de 675 questionários. Destes, 12 questionários apresentavam respostas incongruentes, tendo sido retirados dos casos a analisar. Exclui-se também todos elementos que apresentavam uma idade superior a 26 anos (29 elementos). A amostra final a estudar conta assim com 634 questionários válidos. Exclui-se um total de 41 elementos.

3.1 Secção A

Na amostra final, 49,7% alunos (n=315) responderam que eram estudante de Medicina enquanto 50,3% (n=319) afirmaram ser estudantes de outros cursos.

Figura 1. Gráfico de frequências: “1. Qual a sua idade (anos)?”

Na amostra, as idades mais representadas estão entre os 18 e os 23 anos, com valores entre 12,0% para os 22 anos e 15,3% para os 20 anos e também para os 23 anos.

O valor da média de idade para amostra total (n=634) é 21,07 anos. Os estudantes de Medicina apresentam uma média de idade de 21,36 anos, enquanto o grupo de estudantes de outros cursos 20.79 anos. As diferenças observadas são estatisticamente significativas (t632=-3,276,

p=0,001) (Tabela 2).

Relativamente ao IMC, o seu valor médio é superior para os estudantes de outros cursos (M=23,17) e inferior para os estudantes de Medicina (M=22,94), mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas (t632=1,086, p=0,278) (Tabela 2).

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3.2 Secção B

1. Hábitos tabágicos

Na amostra total (n=634), 60,7% dos estudantes são não fumadores, 21,3% são fumadores, 14,4% são fumadores passivos e 3,6% são ex-fumadores (Tabela 3).

A percentagem de fumadores e fumadores passivos é superior para estudantes de outros curso e a percentagem de ex-fumadores e não fumadores é superior para os estudantes de Medicina, sendo as diferenças observadas estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(3)=12,549; p=0,006). Portanto, podemos concluir que os hábitos tabágicos são

inferiores para o grupo dos estudantes de Medicina (Tabela 3).

2. Hábitos alcoólicos

Na amostra total (n=634), 8,8% dos estudantes não bebe, 15,5% bebe menos de uma vez por mês, 21,5% bebe uma vez por mês, 25,9% bebe quinzenalmente, 17,2% bebe semanalmente, 8,5% bebe duas vezes por semana, 1,6% bebe 3-4 vezes por semana e 1,1% bebe mais de 4 vezes por semana (Tabela 3).

A percentagem de respostas não bebe, menos de uma vez por mês, uma vez por mês e quinzenalmente é superior para os estudantes de Medicina, a percentagem de semanalmente, duas vezes por semana e 3-4vezes por semana é superior para os estudantes de outros cursos, verificando-se ainda que a percentagem de respostas mais de 4 vezes por semana é ligeiramente superior para os estudantes de Medicina sendo as diferenças observadas estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(7)=27,510; p<0,001). Portanto,

podemos concluir que os hábitos alcoólicos são inferiores para os estudantes de Medicina (Tabela 3).

3. Faz algum tipo de medicação?

Na amostra total (n=634), 9.8% dos estudantes referiram fazer algum tipo de medicação. A percentagem que faz algum tipo de medicação é superior para os estudantes de Medicina, sendo as diferenças observadas estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(1)=8,963; p=0,003) (Tabela 3).

Relativamente à questão “3.1 Se sim, qual/para quê?”, 62 estudantes responderam, sendo as respostas apresentadas na Tabela 1.

(31)

11

4. É circuncisado?

Na amostra total (n=634), 12,3% dos estudantes referiu ser circuncisado. A percentagem de circuncisados é superior para os estudantes de outros cursos, sendo as diferenças observadas estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(1)=6,763; p=0,009)

(Tabela 3).

3.3 Secção C

1. Quais os seus hábitos de masturbação individuais?

Na amostra total (n=634), quanto aos hábitos de masturbação individuais, 7,6% dos estudantes responde menos de uma vez por mês, 4,7% uma vez por mês, 8,0% quinzenalmente, 18,1% semanalmente, 18,9% duas vezes por semana, 23,3% 3-4 vezes por semana e 19,2% mais de 4 vezes por semana (Tabela 4).

Na amostra, a percentagem de respostas uma vez por mês, 3-4 vezes por semana e mais de 4 vezes por semana é superior para os estudantes de Medicina. A percentagem de respostas em cada uma das restantes opções é superior para os estudantes de outros cursos, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(6)=8,499; p=0,204). Portanto, podemos concluir que os hábitos de masturbação

individuais não apresentam diferenças significativas entre os estudantes de Medicina e de outros cursos (Tabela 4).

2. Qual a frequência da sua atividade sexual (com parceiro(s))?

Na amostra total (n=634), quanto à frequência da atividade sexual (com parceiro(s)), 20,3% dos estudantes responde menos de uma vez por mês, 9,9% uma vez por mês, 12,5% quinzenalmente, 20,7% semanalmente, 18,0% duas vezes por semana, 13,2% 3-4 vezes por semana e 5,4% mais de 4 vezes por semana (Tabela 4).

Na amostra, a percentagem de respostas menos de uma vez por mês, uma vez por mês, duas vezes por semana, 3-4 vezes por semana e mais de 4 vezes por semana é superior para os estudantes de Medicina, a percentagem de respostas quinzenalmente e semanalmente é superior para os estudantes de outros cursos, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(32)

12

Portanto, podemos concluir que a frequência da atividade sexual não apresenta diferenças significativas entre os estudantes de Medicina e de outros cursos (Tabela 4).

Verifica-se uma relação negativa (r=-0,140) estatisticamente significativa (p<0,001) entre os hábitos de masturbação individuais e a frequência da atividade sexual. Isto significa que à medida que aumenta a frequência da atividade sexual diminuem os hábitos de masturbação individuais e vice-versa. Portanto, os hábitos de masturbação individuais são inversamente proporcionais à frequência da atividade sexual (Tabela 10).

3. Importância do sexo na qualidade de vida?

Na amostra total (n=634), quanto à importância do sexo na qualidade de vida, 0,3% dos estudantes responde nenhuma, 3,2% pouca, 27,9% razoável, 43,4% muita e 25,2% fundamental (Tabela 4).

Na amostra, a percentagem de respostas nenhuma, pouca e muita é superior para os estudantes de Medicina, a percentagem de respostas razoável e fundamental é superior para os estudantes de outros cursos, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (χ2

(4)=7,346; p=0,119). Portanto, podemos concluir que a

importância do sexo na qualidade de vida não apresenta diferenças significativas entre os estudantes de Medicina e de outros cursos (Tabela 4).

4. Como se sentiria se tivesse de passar o resto da sua vida com a atual função

sexual?

Na amostra total (n=634), quanto a como se sentiria se tivesse de passar o resto da sua vida com a atual função sexual, 11,6% dos estudantes responde muito insatisfeito, 22,9% insatisfeito, 40,7% satisfeito e 24,6% muito satisfeito (Tabela 4).

A percentagem de respostas muito satisfeito é superior para os estudantes de Medicina, a percentagem de respostas muito insatisfeito e insatisfeito é superior para os estudantes de outros cursos, a percentagem de respostas satisfeito é apenas ligeiramente superior para os estudantes de outros cursos, sendo as diferenças observadas estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(3)=17,266; p=0,001). Portanto, podemos concluir que a

(33)

13

5. Nos últimos 6 meses, o(s) meu(s) parceiro(s) estava(m) descontente(s) com

a qualidade das nossas relações sexuais?

Na amostra total (n=634), quanto à questão sobre se estava descontente com a qualidade das relações sexuais, 11,4% dos estudantes responde “Não tivemos relações sexuais”, 13,4% “Não falamos sobre isso”, 2,2% “Quase sempre ou sempre”, 1,4% “Na maioria das vezes (mais de metade das vezes)”, 1,4% “Às vezes (cerca de metade do tempo)”, 7,7% “Algumas vezes (menos de metade das vezes)” e 62,5% “Quase nunca ou nunca” (Tabela 4).

Na amostra, a percentagem de respostas “Não falamos sobre isso”, “Quase sempre ou sempre”, “Às vezes (cerca de metade do tempo)” e “Quase nunca ou nunca” é superior para os estudantes de Medicina, a percentagem de respostas “Não tivemos relações sexuais”, “Na maioria das vezes (mais de metade das vezes)” e “Algumas vezes (menos de metade das vezes)” é superior para os estudantes de outros cursos, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(6)=6,190; p=0,402). Portanto, podemos

concluir que a opinião sobre a qualidade das relações sexuais não apresenta diferenças significativas entre os estudantes de Medicina e de outros cursos (Tabela 4).

6. Nos últimos 6 meses, senti-me relaxado para iniciar relações sexuais?

Na amostra total (n=634), quanto a se se sentiu relaxado para iniciar relações sexuais, 6,8% dos estudantes responde “Quase nunca ou nunca”, 6,2% “Algumas vezes (menos de metade das vezes)”, 9,3% “Às vezes (cerca de metade do tempo)”, 24,9% “Na maioria das vezes (mais de metade das vezes)” e 52,8% “Quase sempre ou sempre” (Tabela 4).

Na amostra, a percentagem de respostas “Algumas vezes (menos de metade das vezes)”, e “Quase sempre ou sempre” é superior para os estudantes de Medicina, a percentagem de respostas “Quase nunca ou nunca”, “Às vezes (cerca de metade do tempo)” e “Na maioria das vezes (mais de metade das vezes)” é superior para os estudantes de outros cursos, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(4)=4,478; p=0,345). Portanto, podemos concluir que sentir-se relaxado para iniciar

relações sexuais não apresenta diferenças significativas entre os estudantes de Medicina e de outros cursos (Tabela 4).

7. Em algum momento, achou que a sua função sexual e/ou vida sexual foi

prejudicada pela sua vida escolar/universitária?

(34)

14

Na amostra total, 49,1% dos estudantes pensa que a sua função sexual e/ou vida sexual foi prejudicada pela vida escolar/universitária (Tabela 4).

A percentagem que pensa que a sua função sexual e/ou vida sexual foi prejudicada pela sua vida escolar/universitária é superior para os estudantes de Medicina, sendo as diferenças observadas estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(1)=6,051;

p=0,014) (Tabela 4).

8. Algum médico lhe pergunta pela sua vida sexual?

Na amostra total (n=634), 24% dos estudantes respondem afirmativamente a se algum médico lhe pergunta pela sua vida sexual (Tabela 4).

Na amostra, a percentagem que respondem afirmativamente a se algum médico lhe pergunta pela sua vida sexual é superior para os estudantes de outros cursos, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(1)=0,429; p=0,512) (Tabela 4).

8.1 Acha que devia perguntar?

Na amostra total (n=634), 71,5% dos estudantes respondem afirmativamente a se algum médico devia perguntar pela vida sexual (Tabela 4).

A percentagem que pensa que algum médico devia perguntar pela vida sexual é superior para os estudantes de Medicina, sendo as diferenças observadas estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(1)=11,083; p=0,001) (Tabela 4).

9. No caso de já ter sofrido algum tipo de alteração da sua função sexual

Na amostra total (n=634), 55,8% dos estudantes respondem que nunca tiveram alteração da função sexual (Tabela 5).

Na amostra, a percentagem que responde que nunca teve alteração da função sexual é ligeiramente superior para os estudantes de outros cursos, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (χ2

(1)=0,020;

(35)

15

Para as questões seguintes, apenas são analisadas as respostas dos 280 estudantes que referem ter tido alteração da função sexual.

Figura 2. Gráfico de frequências: 9. No caso de já ter sofrido algum tipo de alteração da sua função sexual habitual, qual foi a sua primeira atitude? (escolha múltipla).

Na subamostra dos estudantes que referem ter tido alteração da função sexual, 46,1% assinalam “Questionei se tinha andado com demasiadas preocupações (stress)”, 46,1% assinalam “Procurei informação na internet”, 45,7% assinalam “Conversei com o/a companheiro/a”, 12,5% assinalam “Questionei se estarei a desenvolver alguma doença que afeta a vida sexual”, 11,8% assinalam “Conversei com outras pessoas (não ligadas à saúde) ”, 11,1% assinalam “Procurei informação escrita”, 10,4% assinalam “Questionei a minha atual relação conjugal”, 8,9% assinalam “Vi filmes eróticos, procurando maior estimulação”, 6,8% assinalam “Procurei tratamento consultando alguém ligado à saúde (Urologista, Médico de Medicina Geral e Familiar, Psiquiatra, Psicólogo, etc)”, 4,6% assinalam “Questionei se tem a ver com os medicamentos que ando a tomar”, 3,2% assinalam “Deixei de fumar e/ou beber”, 2,9% assinalam “Procurei informação noutros meios de comunicação social” e 11,4% assinalam “Não fiz nada”.

A percentagem de respostas afirmativas a “Questionei se tinha andado com demasiadas preocupações (stress)” é superior para os estudantes de Medicina, sendo as diferenças observadas estatisticamente significativas (t278=-3,798, p<0,001) (Tabela 6).

Na amostra, a percentagem de respostas afirmativas a “Deixei de fumar e/ou beber” e “Não fiz nada” é superior para os estudantes de outros cursos. As restantes opções de resposta são sempre superiores para estudantes de Medicina, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas (p>0,050) (Tabela 6).

(36)

16

10. Em algum momento procurou informações sobre medicação/tratamentos

para disfunção sexual ou para melhoramento da performance sexual, e se sim

onde? (escolha múltipla)

Na amostra global, 76% respondem negativamente, 21,1% assinalam “Sim, na Internet”, 2,7% assinalam “Sim, com amigos/conhecidos”, 2,7% assinalam “Sim, em revistas/livros” e 1,6% assinalam “Sim, junto de um profissional de saúde” (Tabela 7).

Na amostra, a percentagem de respostas negativas e de respostas afirmativas a “Sim, com amigos/conhecidos” e “Sim, em revistas/livros” é superior para os estudantes de Medicina, a percentagem de respostas afirmativas a “Sim, na Internet” e “Sim, junto de um profissional de saúde” é superior para os estudantes de outros cursos, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas (p>0,050) (Tabela 8).

11. Em algum momento utilizou a medicação/tratamento para uma possível

disfunção sexual?

Na amostra total (n=634), 1,3% dos estudantes utilizou, em algum momento, a medicação/ tratamento para uma possível disfunção sexual (Tabela 9).

A percentagem que utilizou, em algum momento, a medicação/ tratamento para uma possível disfunção sexual é superior para os estudantes de Medicina, sendo as diferenças observadas estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(1)=4,635; p=0,031)

(Tabela 9).

12. Em algum momento utilizou a medicação/tratamento para um possível

melhoramento da sua performance sexual?

Na amostra total (n=634), 3,3% dos estudantes utilizou, em algum momento, medicação/tratamento para um possível melhoramento da sua performance sexual (Tabela 9).

Na amostra, a percentagem que utilizou, em algum momento, medicação/tratamento para um possível melhoramento da sua performance sexual é ligeiramente superior para os estudantes de Medicina, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(37)

17

13. Se utilizou auto medicação/tratamento foi adquirida na internet?

Considerou-se como resposta à questão 13 “Não recorri a medicação/tratamento” todos elementos que tinham respondido “Não” nas questões 11 e 12 (em ambas) (Tabela 9).

Na amostra total, 1,4% dos estudantes utilizaram auto-medicação/tratamento adquirida na internet e 2,2% dos estudantes utilizaram auto medicação/tratamento não adquirida na internet (Tabela 9).

Na amostra, a percentagem que utilizou auto-medicação/tratamento adquirida na internet e que utilizou auto medicação/tratamento não adquirida na internet é superior para os estudantes de Medicina, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(2)=0,452; p=0,798) (Tabela 9).

3.4 Secção D – Disfunção Erétil

1. Nas últimas 4 semanas, quando teve ereções, quão frequentemente foram

suficientemente firmes para ter relações sexuais (com penetração)?

Na amostra total (n=634), 17,2% dos estudantes responde “Não tive relações sexuais”, 0,8% responde “Quase nunca”, 0,5% responde “Algumas vezes (menos de metade das vezes)”, 3,0% responde “Às vezes (cerca de metade das vezes)”, 11,2% responde “Maioria das vezes (mais de metade das vezes)” e “67,4% responde “Quase sempre/Sempre” (Tabela 11).

A percentagem de respostas “Não tive relações sexuais” e “Quase sempre/ Sempre” é superior para os estudantes de Medicina, a percentagem de respostas “Quase nunca”, “Algumas vezes (menos de metade das vezes)”, “Às vezes (cerca de metade das vezes)” e “Maioria das vezes (mais de metade das vezes)” é superior para os estudantes de outros cursos, sendo as diferenças observadas estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(5)=23,683; p<0,001). Portanto, podemos concluir que a frequência de ereções

suficientemente firmes para ter relações sexuais (com penetração) são superiores para os estudantes de Medicina (Tabela 11).

Quanto à relação entre o consumo de álcool, tabaco e medicação e se houve prejuízo da capacidade de ter ereções suficientemente firmes para ter relações sexuais analisou-se apenas os elementos que respondem ter tido relações sexuais (n=525) (Tabela 11).

Para a subamostra dos que tiveram relações sexuais, o valor médio de “1. Nas últimas 4 semanas, quando teve ereções, quão frequentemente foram suficientemente firmes para ter

(38)

18

relações sexuais (com penetração)?” diminui com o aumento do consumo de álcool, exceto para as duas categorias superiores (3-4 vezes por semana e mais de 4 vezes por semana, onde se observam poucos casos), sendo as diferenças observadas estatisticamente significativas, de acordo com o teste ANOVA (F517,7=3,141, p=0,003). Portanto, a frequência de ereções

suficientemente firmes para ter relações sexuais (com penetração) diminui com o aumento do consumo de álcool (Tabela 13).

Para a subamostra dos que tiveram relações sexuais, o valor médio de “1. Nas últimas 4 semanas, quando teve ereções, quão frequentemente foram suficientemente firmes para ter relações sexuais (com penetração)?” é superior para fumador (M=5,76) e não fumador (M=5,75), mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste ANOVA (F521,3=0,638, p=0,591). Portanto, não há relação significativa entre os hábitos tabágicos

e a frequência de ereções suficientemente firmes para ter relações sexuais (com penetração) (Tabela 12).

Para a subamostra dos que tiveram relações sexuais, o valor médio de “1. Nas últimas 4 semanas, quando teve ereções, quão frequentemente foram suficientemente firmes para ter relações sexuais (com penetração)?” é superior para quem toma medicação (M=5,90) e inferior para quem não toma medicação (M=5,72), mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste t (t523=-1,793, p=0,074). Portanto, não

há relação significativa entre o consumo de medicação e a frequência de ereções suficientemente firmes para ter relações sexuais (com penetração) (Tabela 14).

2. Nas últimas 4 semanas, durante as relações sexuais, quão difícil foi manter

as suas ereções até à conclusão das mesmas?

Na amostra total (n=634), 24,0% dos estudantes responde “Não tive relações sexuais”, 0,2% (um elemento) responde “Incapaz”, 0,5% responde “Extremamente difícil”, 0,8% responde “Muito difícil”, 1,4% responde “Difícil”, 8,0% responde “Um pouco difícil” e 65,1% responde “Sem dificuldade” (Tabela 11).

Na amostra, a percentagem de respostas “Sem dificuldade” é superior para os estudantes de Medicina, a percentagem de respostas “Não tive relações sexuais”, “Difícil”, e “Um pouco difícil” é superior para os estudantes de outros cursos, existindo ainda pequenas diferenças para as restantes opções de resposta, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (χ2

(6)=7,023; p=0,319). Portanto,

podemos concluir que a manutenção das ereções até à conclusão das relações sexuais não apresenta diferenças entre os estudantes de Medicina e de outros cursos (Tabela 11).

(39)

19

Quanto à relação entre o consumo de álcool, tabaco e medicação e a dificuldade em manter as ereções até à conclusão das relações sexuais analisou-se apenas os elementos que respondem ter tido relações sexuais (N=482).

Para a subamostra dos que tiveram relações sexuais, o valor médio de “2. Nas últimas 4 semanas, durante as relações sexuais, quão difícil foi manter as suas ereções até à conclusão das mesmas?” (medido de 2- Incapaz a 7- Sem dificuldade) é inferior para os que consumem álcool “mais de 4 vezes por semana”, seguidos dos que consomem “Duas vezes por semana” e dos que consomem “3-4 vezes por semana”, sendo as diferenças observadas estatisticamente significativas, de acordo com o teste ANOVA (F474,7=4,310, p<0,001). Portanto, o prejuízo da

função eréctil aumenta para os que consomem mais álcool (mais de duas vezes por semana) (Tabela 13).

Para a subamostra dos que tiveram relações sexuais, o valor médio de “2. Nas últimas 4 semanas, durante as relações sexuais, quão difícil foi manter as suas ereções até à conclusão das mesmas?” (medido de 2- Incapaz a 7 Sem dificuldade) é superior para não fumador (M=5,81) e inferior para ex-fumador (M=6,71), mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste ANOVA (F478,3=0,384, p=0,765). Portanto, não há relação

significativa entre os hábitos tabágicos e o prejuízo da função eréctil (Tabela 12).

Para a subamostra dos que tiveram relações sexuais, o valor médio de “2. Nas últimas 4 semanas, durante as relações sexuais, quão difícil foi manter as suas ereções até à conclusão das mesmas?” (medido de 2- Incapaz a 7 Sem dificuldade) é superior para quem toma medicação (M=6,89) e inferior para quem não toma medicação (M=6,78), mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste t (t480=-1,080, p=0,281). Portanto,

não há relação significativa entre o consumo de medicação e o prejuízo da função eréctil (Tabela 14).

3. Nas últimas 4 semanas, como classifica a sua confiança em ter e manter uma

ereção?

Na amostra total (n=634), 2,2% dos estudantes responde “Baixo”, 11,5% responde “Moderado”, 27,3% responde “Alto” e 59,0% responde “Muito alto” (Tabela 11).

A percentagem de respostas “Baixo” e “Muito alto” é superior para os estudantes de Medicina, a percentagem de respostas “Moderado” e “Alto” é superior para os estudantes de outros cursos, sendo as diferenças observadas estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(3)=11,022; p=0,012). Portanto, podemos concluir que a confiança em ter e

(40)

20

3.5 Secção E – Distúrbios da Ejaculação

1. Ejacula antes de querer?

Na amostra total (n=634), 3,2% dos estudantes responde “Quase sempre ou sempre”, 6,2% responde “Maioria das vezes (mais de metade das vezes)”, 14,7% responde “Às vezes (cerca de metade das vezes)”, 34,5% responde “Algumas vezes (menos de metade das vezes) e 41,5% responde “Quase nunca ou nunca” (Tabela 11).

Na amostra, a percentagem de respostas “Quase nunca ou nunca” é superior para os estudantes de Medicina, a percentagem de respostas “Maioria das vezes”, “Às vezes” e “Algumas vezes” é superior para os estudantes de outros cursos, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(4)=2,611; p=0,625).

Portanto, podemos concluir que ejacular antes de querer não apresenta diferenças entre os estudantes de Medicina e de outros cursos (Tabela 11).

Na amostra, o valor médio de “1. Ejacula antes de querer?” (medido de 1- Quase sempre ou sempre a 5- Quase nunca ou nunca) apresenta algumas flutuações entre os vários níveis de consumo de álcool, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste ANOVA (F626,7=1,630, p=0,124). Portanto, não há relação significativa entre

os hábitos alcoólicos e o prejuízo da função ejaculatória (Tabela 13).

Na amostra, o valor médio de “1. Ejacula antes de querer?” (medido de 1- Quase sempre ou sempre a 5- Quase nunca ou nunca) é superior para não fumador (M=4,09) e inferior para ex-fumador (M=3,96) e ex-fumador (M=3,97), mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste ANOVA (F630,3=0,473, p=0,701). Portanto, não há relação

significativa entre os hábitos tabágicos e o prejuízo da função ejaculatória (Tabela 12).

Na amostra, o valor médio de “1. Ejacula antes de querer?” (medido de 1- Quase sempre ou sempre a 5- Quase nunca ou nunca) é superior para quem toma medicação (M=4,11) e inferior para quem não toma medicação (M=4,04), mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste t (t632=-0,495, p=0,621). Portanto, não

há relação significativa entre o consumo de medicação e o prejuízo da função ejaculatória (Tabela 14).

2. Ejacula com muito pouco estímulo?

Na amostra total (n=634), 2,1% dos estudantes responde “Quase sempre ou sempre”, 3,2% responde “Maioria das vezes (mais de metade das vezes)”, 12,9% responde “Às vezes (cerca de

(41)

21

metade das vezes)”, 25,5% responde “Algumas vezes (menos de metade das vezes) e 56,5% responde “Quase nunca ou nunca” (Tabela 11).

Na amostra, a percentagem de respostas “Quase nunca ou nunca” é superior para os estudantes de Medicina, a percentagem de respostas “Às vezes” e “Algumas vezes” é superior para os estudantes de outros cursos, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(4)=3,979; p=0,409). Portanto, podemos

concluir que ejacular com muito pouco estímulo não apresenta diferenças entre os estudantes de Medicina e de outros cursos (Tabela 11).

Na amostra, o valor médio de “2. Ejacula com muito pouco estímulo?” (medido de 1- Quase sempre ou sempre a 5- Quase nunca ou nunca) apresenta algumas flutuações entre os vários níveis de consumo de álcool, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste ANOVA (F626,7=0,746, p=0,633). Portanto, não há relação

significativa entre os hábitos alcoólicos e o prejuízo da função ejaculatória (Tabela 13).

Na amostra, o valor médio de “2. Ejacula com muito pouco estímulo?” (medido de 1- Quase sempre ou sempre a 5- Quase nunca ou nunca) é superior para fumador (M=4,41) e inferior para não fumador (M=4,26), mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste ANOVA (F630,3=0,825, p=0,480). Portanto, não há relação significativa

entre os hábitos tabágicos e o prejuízo da função ejaculatória (Tabela 12).

Na amostra, o valor médio de “2. Ejacula com muito pouco estímulo?” (medido de 1- Quase sempre ou sempre a 5- Quase nunca ou nunca) é superior para quem toma medicação (M=4,35) e inferior para quem não toma medicação (M=4,11), mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste t (t632=-0,383, p=0,702). Portanto, não

há relação significativa entre o consumo de medicação e o prejuízo da função ejaculatória (Tabela 14).

3. Sente-se frustrado quando ejacula antes de querer?

Na amostra total (n=634), 23,8% dos estudantes responde “De modo nenhum”, 36,8% responde “Um pouco”, 20,2% responde “Moderadamente”, 12,9% responde “Muito” e 6,3% responde “Extremamente” (Tabela 11).

Na amostra, a percentagem de respostas “De modo nenhum”, “Um pouco” e “Moderadamente” é superior para os estudantes de Medicina, a percentagem de respostas “Muito” e “Extremamente” é superior para os estudantes de outros cursos, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(42)

22

p=0,408). Portanto, podemos concluir que sentir-se frustrado quando ejacula antes de querer não apresenta diferenças entre os estudantes de Medicina e de outros cursos (Tabela 11).

4. Preocupa-lhe se o tempo que demora até atingir a ejaculação deixa o seu

parceiro insatisfeito?

Na amostra total (n=634), 15,1% dos estudantes responde “De modo nenhum”, 29,3% responde “Um pouco”, 23,0% responde “Moderadamente”, 22,6% responde “Muito” e 9,9% responde “Extremamente” (Tabela 11).

Na amostra, a percentagem de respostas “De modo nenhum”, “Um pouco” e “Extremamente” é superior para os estudantes de Medicina, a percentagem de respostas “Moderadamente” e “Muito” é superior para os estudantes de outros cursos, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(4)=4,255; p=0,373).

Portanto, podemos concluir que a preocupação com se o tempo que demora até atingir a ejaculação deixa o seu parceiro insatisfeito não apresenta diferenças entre os estudantes de Medicina e de outros cursos (Tabela 11).

5. Em média, qual o tempo que demora desde o momento do início da

penetração vaginal até ao momento da ejaculação intravaginal?

Na amostra total (n=634), 2,4% dos estudantes responde “Menos de 1 minuto”, 6,3% responde “1 a 3 minutos”, 23,7% responde “4 a 6 minutos”, 37,4% responde “7 a 15 minutos”, 23,2% responde “16 a 30 minutos” e 7,1% responde “Mais de 30 minutos (Tabela 11).

Na amostra, a percentagem de respostas “1 a 3 minutos” e “4 a 6 minutos” é superior para os estudantes de Medicina, a percentagem de respostas “Menos de 1 minuto”, “7 a 15 minutos”, “16 a 30 minutos” e “16 a 30 minutos” é superior para os estudantes de outros cursos, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(5)=4,440; p=0,488). Portanto, podemos concluir que o tempo que demora desde o

momento do início da penetração vaginal até ao momento da ejaculação intravaginal não apresenta diferenças entre os estudantes de Medicina e de outros cursos (Tabela 11).

Na amostra, o valor médio de “5. Em média, qual o tempo que demora desde o momento do início da penetração vaginal até ao momento da ejaculação intravaginal?” (medido de 1- Menos de 1 minuto a 6- Mais de 30 minutos) apresenta algumas flutuações entre os vários níveis de consumo de álcool, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste ANOVA (F626,7=1,325, p=0,235). Portanto, não há relação significativa entre

(43)

23

os hábitos alcoólicos e o tempo que demora desde o momento do início da penetração vaginal até ao momento da ejaculação intravaginal (Tabela 13).

O valor médio de “5. Em média, qual o tempo que demora desde o momento do início da penetração vaginal até ao momento da ejaculação intravaginal?” (medido de 1- Menos de 1 minuto a 6- Mais de 30 minutos) é superior para fumador (M=4,23), sendo as diferenças observadas estatisticamente significativas, de acordo com o teste ANOVA (F630,3=4,952,

p=0,002). Portanto, o tempo que demora desde o momento do início da penetração vaginal até ao momento da ejaculação intravaginal é superior para os fumadores (Tabela 12).

Na amostra, o valor médio de “5. Em média, qual o tempo que demora desde o momento do início da penetração vaginal até ao momento da ejaculação intravaginal?” (medido de 1- Menos de 1 minuto a 6- Mais de 30 minutos) é superior para quem toma medicação (M=4,03) e inferior para quem não toma medicação (M=3,93), mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste t (t632=-0,693, p=0,489). Portanto, não

há relação significativa entre o consumo de medicação e o tempo que demora desde o momento do início da penetração vaginal até ao momento da ejaculação intravaginal (Tabela 14).

6. Para si, qual o tempo médio, da população geral, que demora desde o

momento do início da penetração vaginal até ao momento da ejaculação

intravaginal?

Na amostra total (n=634), 0,9% dos estudantes responde “Menos de 1 minuto”, 5,2% responde “1 a 3 minutos”, 28,7% responde “4 a 6 minutos”, 50,2% responde “7 a 15 minutos”, 13,9% responde “16 a 30 minutos” e 1,1% responde “Mais de 30 minutos (Tabela 11).

Na amostra, a percentagem de respostas “1 a 3 minutos” e “4 a 6 minutos” é superior para os estudantes de Medicina, a percentagem de respostas “7 a 15 minutos”, “16 a 30 minutos” e “16 a 30 minutos” é superior para os estudantes de outros cursos, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(5)=6,190;

p=0,288). Portanto, podemos concluir que a opinião sobre o tempo médio que a população geral demora desde o momento do início da penetração vaginal até ao momento da ejaculação intravaginal não apresenta diferenças entre os estudantes de Medicina e de outros cursos (Tabela 11).

(44)

24

3.6 Secção F – Alteração da Líbido

Na amostra total (n=634), 0,9% dos estudantes responde “Muito baixo ou nenhum”, 3,0% responde “Baixo”, 26,2% responde “Moderado”, 44,5% responde “Alto” e 25,4% responde “Muito alto” (Tabela 11).

Na amostra, a percentagem de respostas “Muito baixo ou nenhum” e “Muito alto” é superior para os estudantes de Medicina, a percentagem de respostas “Baixo”, “Moderado” e “Alto” é superior para os estudantes de outros cursos, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste do Qui-quadrado (ꭓ2

(4)=3,240; p=0,518).

Portanto, podemos concluir que o nível de desejo sexual não apresenta diferenças entre os estudantes de Medicina e de outros cursos (Tabela 11).

Na amostra, o valor médio de “1. Nas últimas 4 semanas, como avaliaria o seu nível de desejo sexual?” (medido de 1- Muito baixo ou nenhum a 5- Muito alto) apresenta algumas flutuações entre os vários níveis de consumo de álcool, mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste ANOVA (F626,7=0,699, p=0,673). Portanto,

não há relação significativa entre os hábitos alcoólicos e o nível de desejo sexual (Tabela 13).

Na amostra, o valor médio de “1. Nas últimas 4 semanas, como avaliaria o seu nível de desejo sexual?” (medido de 1- Muito baixo ou nenhum a 5- Muito alto) é superior para ex-fumador (M=3,96), mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste ANOVA (F630,3=0,054, p=0,984). Portanto, não há relação significativa entre os hábitos

tabágicos e o nível de desejo sexual (Tabela 12).

Na amostra, o valor médio de “1. Nas últimas 4 semanas, como avaliaria o seu nível de desejo sexual?” (medido de 1- Muito baixo ou nenhum a 5- Muito alto) é superior para quem não toma medicação (M=3,92) e inferior para quem toma medicação (M=3,77), mas as diferenças observadas não são estatisticamente significativas, de acordo com o teste t (t632=1,273,

p=0,203). Portanto, não há relação significativa entre o consumo de medicação e o nível de desejo sexual (Tabela 14).

Imagem

Figura 1. Gráfico de frequências: “1. Qual a sua idade (anos)?”
Figura 2. Gráfico de frequências: 9. No caso de já ter sofrido algum tipo de alteração da sua função sexual  habitual, qual foi a sua primeira atitude? (escolha múltipla)
Tabela 1. Respostas dos inquiridos à questão “3.1 Se sim, qual/para quê?” por sistema
Tabela 3. Tabela de frequências: Relação entre “4. É estudante de Medicina?” e: “1. Hábitos tabágicos”;
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Referências

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