estudos , Goiânia, v . 41, n. 2, p . 223-235, 1br ./jun. 2014. 223
TALYTTA DE MATTOS LOPES, ADORALDO JOSÉ CASA
JÚNIOR
Resumo: o objetivo deste trabalho foi descrever a influência da
lombal-gia inespecífica na capacidade funcional lombar e na qualidade de vida de colaboradores de uma indústria. De modo geral, foi observado que pacientes com lombalgia apresentam déficit na capacidade funcional, não totalmente limitante, e na qualidade de vida, repercutindo não só no aspecto físico, mas também no emocional e social.
Palavras-chave: Dor lombar. Qualidade de vida. Epidemiologia.
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE
FUNCIONAL E DA QUALIDADE
DE VIDA DE INDIVÍDUOS
COM DOR LOMBAR
INESPECÍFICA*
223
A
lombalgia pode ser definida como dor mecânica característica,com ou sem rigidez, localizada entre a região inferior do dor-so, entre o último arco costal e a prega glútea (TAHARA et al., 2008), com ou sem irradiação para o membro inferior (AIRAKSINEN et al.,
2006).Atinge níveis epidêmicos na população em geral, sendo que em países
industrializados sua prevalência é estimada em 70%, com a expectativa de que 70% a 85% de todas as pessoas sofrerão de dores nas costas em alguma época da vida (SILVA; FASSA; VALLE, 2004).
A dor lombar constitui uma causa frequente de morbidade e incapacidade, estando abaixo apenas da cefaleia na escala dos distúrbios dolorosos que afetam o homem. Referente ao atendimento primário por médicos não especialistas, em apenas 15% das lombalgias e lombociatalgias se encontra uma causa es-pecífica (BRAZIL et al., 2004).
Cerca de 10 milhões de brasileiros ficam incapacitados por causa desta morbidade que é a segunda maior causa de aposentadoria por invalidez (CAR-VALHO, 2006). Ela constitui um importante problema de saúde pública em virtude de ser frequente e afetar uma parte da população em idade ativa, con-duzindo ao absenteísmo laboral e a uma significativa quebra de produtividade
estudos , Goiânia, v . 41, n. 2, p . 223-235, 1br ./jun. 2014. 224 224
(CARVALHO, 2006) que resulta em custo econômico substancial para a sociedade (BRIGANÓ; MACEDO, 2005). Observam-se custos relacionados à ausência no traba-lho, encargos médicos e legais, pagamento de seguro social por invalidez, indenização
ao trabalhador e seguro de incapacidade(BRIGANÓ; MACEDO, 2005).
A etiologia da lombalgia envolve fatores de risco individuais e profissionais. Os mais frequentes fatores de risco individuais são: a idade, o sexo, o índice de massa corporal, o desequilíbrio muscular, a capacidade de força muscular, as condições socioeconômicas e a presença de outras enfermidades. Os fatores de risco profissionais mais identificados envolvem as movimentações e as posturas incorretas decorrentes das inadequações do ambiente de trabalho, das condições de funcionamento dos equipamentos disponíveis,
bem como das formas de organização e de execução do trabalho(JUNIOR;
GOLDEN-FUM; SIENA, 2010).
Os fatores causais mais diretamente relacionados com as lombalgias ocupacionais são os mecânicos, os posturais, os traumáticos e os psicossociais. A idade, a postura e a fadiga no trabalho são considerados fatores contribuintes para a elevada percentagem de recidiva da dor lombar. A atividade laboral realizada na posição sentada por longas horas, o trabalho pesado, o levantamento de peso, a falta de exercícios físicos e os pro-blemas psicológicos representam alguns dos principais fatores que contribuem para a
cronicidade da dor lombar(CARVALHO; GREGÓRIO; ENGEL, 2009).
Indivíduos com lombalgia crônica evitam os movimentos pelo medo do aumento da dor. Tal comportamento tem consequências negativas para a saúde, como inabili-dade, depressão e desuso, o que limita as atividades de vida diária. Desta forma, os portadores de dor lombar não sofrem apenas pelo desconforto físico, mas também pela limitação funcional, que causa incapacidade e restrição da participação do indivíduo na
sociedade com consequente prejuízo na qualidade de vida(CARVALHO, GREGÓRIO,
ENGEL, 2009; MASCARENHAS, SANTOS, 2011).
Encontram-se comprometidas as atividades de vida diária, atividades vigorosas, moderadas e de lazer, atividade profissional e a independência individual (necessitando
muitas vezes dos cuidados de terceiros)(SILVA, 2010), uma vez que a somatória das
características funcionais e mentais é apresentada como qualidade de vida(MACEDO;
BRIGANÓ, 2009).
Poucos estudos foram realizados no Brasil tratando especificamente da dor lombar e de suas consequências. Levando em consideração que se trata de um problema de saúde pública, este trabalho vem contribuir para um maior entendimento pelos pacientes, profissionais da saúde e Estado a respeito dessa ocorrência e também para a redução de gastos, tanto públicos quanto privados, no tratamento da mesma.
Este estudo teve como objetivo descrever a influência da lombalgia de origem inespecífica na capacidade funcional lombar e na qualidade de vida de colaboradores de uma indústria de água mineral.
CASUÍSTICA E MÉTODOS
Trata-se de um estudo observacional, comparativo, prospectivo, transversal, analítico e quantitativo, cuja coleta de dados foi realizada no mês de junho de 2013, junto aos
estudos , Goiânia, v . 41, n. 2, p . 223-235, 1br ./jun. 2014. 225 225
colaboradores da Indústria de Água Mineral Nativa, localizada na cidade de Hidrolân-dia, Estado de Goiás.
A amostra foi composta por 46 sujeitos, sendo 13 deles assintomáticos e 33 sinto-máticos. Foram incluídos todos os indivíduos que se enquadraram nos seguintes critérios de inclusão: assinatura do TCLE, colaboradores da Indústria de Água Mineral Nativa, mulheres e homens com idade superior a 18 anos e com Índice de Massa Corporal
(IMC) entre 18,5 kg/m2 e 29,99 kg/m2 (faixa que engloba normal e sobrepeso conforme
a Organização Mundial de Saúde). Os critérios de exclusão abrangeram: indivíduos com distúrbio musculoesquelético na coluna torácica e/ou quadril que influenciasse os resultados da avaliação, gestantes, analfabetos, presença de alterações de ordem não musculoesquelética que produzissem dor referida na coluna lombar e sujeitos que não apresentaram disponibilidade para o estudo.
Na presente pesquisa foram utilizados os seguintes instrumentos de coleta: Índice de Incapacidade de Oswestry (ODI), Short Form 36 (SF-36) e Ficha de Identificação e Avaliação, esta contendo itens como nome, sexo, idade, estado civil, nível de escola-ridade, peso, altura, presença de doenças musculoesqueléticas, antecedentes pessoais e doenças associadas, aspectos posturais e ergonômicos e considerações sobre a dor.
O TCLE foi criado a partir de modelo sugerido pelo Comitê de Ética em Pesquisa da PUC Goiás, sendo este entregue aos participantes a fim de explicar as condições de coleta de dados, proporcionar o entendimento completo do projeto e suas implicações para os sujeitos da pesquisa e para resguardar o participante em sua dignidade humana. O ODI é uma ferramenta útil e confiável utilizada para avaliar a incapacidade
ge-rada por dor lombar em várias atividades funcionais(SILVA, 2010). Este questionário
foi publicado pela primeira vez em 1980 e a versão portuguesa brasileira, desenvolvida
por Vigatto, Alexandre e Filho(VIGATTO; ALEXANDRE; FILHO, 2007), foi validada
em 2007.
Ele inclui 10 seções referentes às atividades diárias que podem ser prejudicadas ou interrompidas pela dor lombar. Cada uma delas contém 6 afirmações, as quais, pro-gressivamente, descrevem um maior grau de dificuldade na atividade que a afirmação
precedente. As afirmações são pontuadas de 0 a 5, sendo 50 a pontuação máxima
(MAS-SELLI, 2007). A interpretação dos dados é feita da seguinte maneira: de 0% a 20% - inca-pacidade mínima; de 21% a 40% - incainca-pacidade moderada; de 41% a 60% - incainca-pacidade severa; de 61% a 80% - incapacidade muito severa e de 81% a 100% - incapacidade
total(SILVA, 2010).
O SF-36é um instrumento genérico de avaliação de qualidade de vida, de fácil
ad-ministração e compreensão. Avalia tanto aspectos negativos (doença ou enfermidade), como aspectos positivos (bem-estar). Foi traduzido e validado para a língua portuguesa (Brasil) por Ciconelli, Ferraz, Santos, Meinao e Quaresma (CICONELLI et al., 1999), em 1999.
Trata-se de um questionário multidimensional de avaliação formado por 36 itens, englobados em 8 dimensões: capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral da
saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental(CICONELLI,
1999). Avalia também o conceito de transição de saúde que, não constituindo por si só uma dimensão, permite avaliar uma eventual mudança em relação ao estado de saúde
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anterior. Entretanto, constitui o elemento menos valorizado na interpretação do SF-36. Cada uma das dimensões é classificada de 0 a 100, onde 0 corresponde ao pior estado
geral de saúde e 100 ao melhor estado geral de saúde(SILVA, 2010). Não há um único
valor que resuma toda a avaliação, resultando em um estado geral de saúde melhor ou pior.
Os voluntários da pesquisa foram submetidos à Ficha de Identificação e Avaliação e aqueles que se enquadraram nos critérios de inclusão assinaram o TCLE e, posterior-mente, preencheram o ODI e o SF-36.
Os preceitos ético-legais foram estabelecidos de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (1996), que trata de recomendações éticas quando da realização de pesquisa que envolva seres humanos.
A análise dos dados foi efetuada com o uso do programa estatístico Statistical Package
for the Social Sciences (SPSS, versão 15.0). As variáveis qualitativas foram apresentadas em números absolutos e proporções. As variáveis quantitativas foram apresentadas em números absolutos, médias, desvios padrão, mínimas e máximas. A distribuição dessas variáveis foi analisada pelo teste Kolmogorov Smirnov. Para verificar homogeneidade da amostra utilizou-se do teste t-Student para grupos independentes, enquanto que a comparação entre médias foi feita pela aplicação do t-Student para amostras empare-lhadas. Para todos os testes utilizados será considerado um intervalo de confiança de 95% e um nível de significância de 5% (p<0,05).
RESULTADOS
A tabela 1 apresenta os dados antropométricos, a idade e a carga horária diária de trabalho dos 46 voluntários do estudo.
Tabela 1: Média, desvio padrão, mínima, máxima e teste t de student para grupos independentes da idade, peso, altura, IMC e carga horária de trabalho dos voluntários (n=46). Goiânia, 2013.
Grupo Controle (n=13) Grupo Experimental (n=33) p*
Média DP Mín Máx Média DP Mín Máx
Idade (anos) 30,69 ±11,03 18 52 30,03 ±8,26 20 52 0,825
Peso (kg) 69,46 ±8,69 58,0 85 64,82 ±10,79 46,0 88,0 0,174
Altura (m) 1,66 ±0,09 1,45 1,80 1,65 ±0,09 1,50 1,84 0,778
IMC (kg/m²) 25,14 ±2,43 21,73 28,51 18,75 ±2,94 18,75 29,78 0,097
Carga horária diária
de trabalho (horas) 8,0 ±0 8 8 7,94 ±0,35 6 8 0,325
DP – Desvio padrão; Mín – Mínima; Máx – Máxima; IMC – índice de massa corpórea; * Teste t de Student para grupos independentes
A tabela 2 descreve o perfil dos participantes quanto ao sexo, grau de escola-ridade, ocupação exercida no trabalho, antecedentes pessoais e de doenças associadas, presença de algum diagnóstico clínico e prática de atividade física.
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Tabela 2: Perfil dos participantes (n=46). Goiânia, 2013.
Grupo Controle (n=13) Grupo Experimental
(n=33) N % n % Sexo Masculino Feminino 5 8 38,5 61,5 9 24 27,3 72,7 Escolaridade
Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio incompleto Ensino médio completo
5 5 2 1 38,5 38,5 15,4 7,7 6 15 10 2 18,2 45,5 30,3 6,1 Ocupação Estoquista Auxiliar de produção Carregador Operador(a) de máquinas Auxiliar de faturamento Supervisor(a) Faturista Serviços gerais Encarregado(a) 1 6 3 2 1 0 0 0 0 7,7 46,2 23,1 15,4 7,7 0,0 0,0 0,0 0,0 1 13 2 9 0 4 1 1 2 3,0 39,4 6,1 27,3 0 12,1 3,0 3,0 6,1 Antecedentes pessoais e de doenças associadas
Obesidade Tuberculose Diabetes Consumo de álcool Ansiedade Tabagismo Câncer Pneumonia HAS Dislipidemias Nenhum 0 0 1 3 0 1 0 1 1 1 6 0 0 7,7 23,1 0 7,7 0 7,7 7,7 7,7 46,2 0 0 0 8 1 1 1 0 1 1 21 0 0 0 24,2 3,0 3,0 3,0 0 3,0 3,0 63,6 Diagnóstico Anemia
Hérnia de disco lombar Nenhum Atividade física Sim Não 1 0 12 4 9 7,7 0 92,3 30,8 69,2 0 1 32 8 25 0 3,0 97,0 24,2 75,8 n – frequência; % - Porcentagem
Em relação aos aspectos posturais e ergonômicos dos participantes, a posição or-tostática e a ausência de posição fixa no trabalho representaram a grande maioria das posturas adotadas tanto no grupo controle (46,2% e 46,2%, respectivamente) como no experimental (48,5% e 48,5%, respectivamente).
Já analisando o tipo de atividade exercida, os movimentos de agachar/levantar e caminhar predominaram entre os participantes do grupo controle (69,2% 53,8% respec-tivamente) e também entre os do grupo experimental (78,8% e 54,5%, respecrespec-tivamente).
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A atividade carregar peso também se apresentou elevada em ambos os grupos (38,5% - grupo controle e 27,3% - grupo experimental).
A tabela 3 mostra a frequência e porcentagem acerca das questões do ODI que estão distribuídas em 10 seções referentes às atividades diárias que podem ser prejudicadas ou interrompidas pela dor lombar. Apresenta, ainda, a classificação final de cada colaborador. Tabela 3: Frequência e porcentagem acerca das questões do Índice de Incapacidade de Oswestry (n=46). Goiânia, 2013.
Oswestry Grupo Controle (n=13) Grupo Experimental (n=33)
N % n %
Intensidade da dor no momento Sem dor Leve Moderada Mais ou menos Muito forte Pior imaginável 13 ---10,0 ---20 11 2 ---60,6 33,3 6,1 ---Cuidados pessoais
Eu posso cuidar de mim sem provocar dor extra. Posso me cuidar, mas me causa dor.
É doloroso me cuidar e sou lento e cuidadoso. Preciso de alguma ajuda, mas dou conta de me cuidar.
Preciso de ajuda em todos os aspectos para cuidar de mim.
Eu não me visto, tomo banho com dificuldade e fico na cama. 11 2 ---84,6 15,4 ---27 5 1 ---81,8 15,2 3,0 ---Pesos
Posso levantar coisas pesadas sem causar dor extra. Se levantar coisas pesadas sinto dor extra. A dor me impede de levantar coisas pesadas, mas
dou um jeito se estão bem posicionadas.
A dor me impede de levantar coisas pesadas, mas dou um jeito de levantar coisas leves ou pouco pesadas se estiverem bem posicionadas. Só posso levantar coisas muito leves. Não posso levantar nem carregar nada.
9 3 1 ---69,2 23,1 737 ---8 20 3 2 ---24,2 60,6 9,1 6,1 ---Andar
A dor não me impede de andar (qualquer distância). A dor me impede de andar mais que 2 km. A dor me impede de andar mais que 500 m. A dor me impede de andar mais que 100 metros. Só posso andar com bengala ou muleta.
Fico na cama a maior parte do tempo e tenho que me arrastar para o banheiro.
12 1 ---92,3 7,7 ---28 5 ---84,8 15,2 ---Sentar
Posso sentar em qualquer tipo de cadeira pelo tempo que quiser.
Posso sentar em minha cadeira favorita pelo tempo que quiser.
A dor me impede de sentar por mais de 1 hora. A dor me impede de sentar por mais de meia hora. A dor me impede de sentar por mais que 10 minutos.
A dor me impede de sentar.
12 1 ---92,3 7,7 ---19 3 11 ---57,6 9,1 33,3
---estudos , Goiânia, v . 41, n. 2, p . 223-235, 1br ./jun. 2014. 229 De pé
Posso ficar de pé pelo tempo que quiser sem dor extra.
Posso ficar de pé pelo tempo que quiser, mas sinto um pouco de dor .
A dor me impede de ficar de pé por mais de 1 h. A dor me impede de ficar de pé por mais meia hora. A dor me impede de ficar de pé por mais de 10 minutos.
A dor me impede de ficar de pé.
10 3 ---76,9 23,1 ---8 24 1 ---24,2 72,7 3,0 Sono
Meu sono não é perturbado por dor.
Algumas vezes meu sono é perturbado por dor. Por causa da dor durmo menos de 6 horas. Por causa da dor durmo menos de 4 horas. Por causa da dor durmo menos de 2 horas. A dor me impede de dormir.
8 4 1 ---61,5 30,8 7,7 ---17 13 1 1 1 ---51,5 39,4 3,0 3,0 3,0 ---Vida sexual
Minha vida sexual é normal e não me causa dor extra.
Minha vida sexual é normal, mas me causa dor extra.
Minha vida sexual é quase normal, mas é muito dolorosa.
Minha vida sexual é muito restringida devido à dor. Minha vida sexual é praticamente inexistente devido à dor.
A dor me impede de ter atividade sexual.
12 0 1 ---92,3 0 7,7 ---27 6 ---81,8 18,2 ---Vida social
Minha vida social é normal e eu não sinto dor extra. Minha vida social é normal, mas aumenta o grau de
minha dor.
A dor não altera minha vida social, exceto por impedir que faça atividades de esforço, como esportes, etc.
A dor restringiu minha vida social e eu não saio muito de casa.
A dor restringiu minha vida social à minha casa. Não tenho vida social devido à minha dor.
12 0 1 ---92,3 0 7,7 ---21 8 4 ---63,6 24,2 12,1 ---Viagens
Posso viajar para qualquer lugar sem dor. Posso viajar para qualquer lugar, mas sinto dor extra.
A dor é ruim, mas posso viajar por 2 horas. A dor restringe minhas viagens para distâncias
menores que 1 hora.
A dor restringe minhas viagens para as necessárias e menores de 30 minutos.
A dor me impede de viajar, exceto para ser tratado.
12 1 ---92,3 7,7 ---18 14 1 ---54,5 42,4 3,0 ---Classificação Incapacidade mínima Incapacidade moderada 12 1 92,3 7,7 30 3 90,9 9,1 n – frequência; % - Porcentagem
estudos , Goiânia, v . 41, n. 2, p . 223-235, 1br ./jun. 2014. 230
A tabela 4 compara os valores obtidos nos grupos controle e experimental em re-lação às questões do ODI.
Tabela 4: Média, desvio padrão, mínima e máxima da pontuação das questões do ODI e teste t pareado entre os grupos (n=46). Goiânia, 2013.
Grupo Controle (n=13) Grupo Experimental (n=33) p*
Média DP Mín Máx Média DP Mín Máx Intensidade da dor 0 0 0 0 0,45 0,62 0 2 0,001 Cuidados pessoais 0,15 0,38 0 1 0,24 0,61 0 3 0,354 Pesos 0,46 0,88 0 3 1,12 1,08 0 4 0,004 Andar 0,08 0,277 0 1 0,15 0,36 0 1 0,263 Sentar 0,15 0,56 0 2 0,76 0,94 0 2 0,002 De pé 0,23 0,44 0 1 0,88 0,86 0 5 0,001 Sono 0,46 0,66 0 2 0,73 1,13 0 5 0,140 Vida sexual 0,15 0,56 0 2 0,18 0,38 0 1 0,601 Vida social 0,15 0,45 0 2 0,48 0,71 0 2 0,032 Viagens 0,08 0,28 0 1 0,48 0,57 0 2 0,001 Total % 3,85 6,40 0 22 10,97 8,59 0 34,0 0,001 DP – Desvio padrão; Mín – Mínima; Máx – Máxima;* Valor de p referente ao teste t de student para grupos pareados
p<0,01 (altamente significativo) 0,01 ≤ p < 0,03 (muito significativo) 0,03 ≤ p 0,05 (significativo) p > 0,05 (não significativo)
A tabela 5 mostra os escores referentes aos domínios do SF-36 e teste t pareado entre os grupos controle e experimental nos quesitos capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental.
DP – Desvio padrão; Mín – Mínima; Máx – Máxima;
* Valor de p referente ao teste t de student para grupos pareados p<0,01 (altamente significativo)
0,01 ≤ p < 0,03 (muito significativo) 0,03 ≤ p 0,05 (significativo) p > 0,05 (não significativo)
Tabela 5: Escores referentes aos domínios do SF-36 e teste t pareado entre os grupos (n=46). Goiânia, 2013.
Grupo Controle (n=13) Grupo Experimental (n=33) p* Média DP Mín Máx Média DP Mín Máx
Capacidade funcional 97,31 5,99 80,0 100,0 81,36 17,33 40,0 100,0 0,001 Aspectos físicos 90,38 24,02 25,0 100,0 79,54 33,34 0,0 100,0 0,109 Dor 72,15 23,28 22,0 100,0 61,33 19,74 31,0 100,0 0,050 Estado geral de Saúde 75,92 17,47 42,0 100,0 73,48 14,72 37,0 100,0 0,634 Vitalidade 80,77 11,70 60,0 100,0 60,45 19,09 20,0 95,0 0,001 Aspectos sociais 80,77 22,60 37,5 100,0 79,17 24,14 25,0 100,0 0,783 Aspectos
emocionais 82,05 37,56 0,0 100,0 70,69 38,87 0,0 100,0 0,026 Saúde mental 77,54 16,61 36,0 96,0 65,12 18,97 20,0 100,0 0,005
estudos , Goiânia, v . 41, n. 2, p . 223-235, 1br ./jun. 2014. 231 DISCUSSÃO
Este estudo avaliou a capacidade funcional (ODI) e a qualidade de vida (SF-36) de 46 indivíduos trabalhadores de uma indústria de água mineral.
Os resultados obtidos na análise do ODI mostraram uma diminuição da capacidade funcional dos indivíduos portadores de lombalgia sendo que houve maior diferença entre os grupos controle e experimental, sempre desfavorável a este, nas seções: intensidade da dor, levantamento de pesos, sentar, permanecer de pé, vida social e viagens.
A capacidade funcional vai além do desempenho físico e diz respeito à forma como os indivíduos realizam suas atividades diárias, tais como vestir-se, banhar-se, caminhar, subir escadas, entre outros, refletindo como o paciente absorve o impacto da doença em
sua rotina diária(FREIRE et al., 2007).
Indivíduos com lombalgia geralmente apresentam tanto a incapacidade funcional
como a física(STUCKI, SIGL, 2003; KOES; TULDER; THOMAS, 2006).Esta
morbi-dade apresenta como principal sintomatologia a dor, seguida de restrição da amplitude de movimento, espasmos musculares protetores, com consequentes alterações posturais e diminuição da força muscular, levando a limitações ou incapacidades funcionais para o desenvolvimento das atividades de vida diária(MASCARENHAS; SANTOS, 2011).
Estudos epidemiológicos apontam a associação das desordens lombares a movimen-tos de levantamento de objemovimen-tos pesados, vibração, rotação e flexão anterior do tronco
(MARRAS, 2000).Algumas situações cotidianas, entre as quais a manutenção das
posturas sentada e ortostática por períodos prolongados, são agressoras das estruturas musculoesqueléticas da coluna lombar e, consequentemente, consideradas como fatores determinantes da lombalgia. A posição ereta para ser mantida necessita de um maior número de grupos musculares, sendo estes mais solicitados a fim de manter a estática
da coluna vertebral(ALBINO, 2009).
A lombalgia apresenta manifestações também no domínio que envolve as intera-ções do indivíduo em seu meio socio cultural. Nesses casos, é comum observar uma diminuição no nível das atividades esportivas, dias perdidos no trabalho e diminuição
da vida social(OCARINO et al., 2009).
A maioria dos participantes deste estudo (90,9%) apresentou incapacidade mínima e apenas 3 indivíduos (9,1%) apresentaram incapacidade moderada. Segundo estudo de Moraes(2003) a dor lombar crônica não específica raramente incapacita totalmente uma pessoa para exercer as atividades do cotidiano. Entretanto, pode limitar parcial e temporariamente e, muitas vezes, de forma recorrente. Esse fato concorda com os dados encontrados no presente estudo, no qual a queixa álgica na região lombar não foi vista como fator que leva os indivíduos à incapacidade, apenas os limita para a realização de certas atividades diárias.
No trabalho de Foss et al.(2009), apesar da alta prevalência de dor lombar
em uma população de funcionários de enfermagem de um hospital universitário, tal manifestação não foi incapacitante a ponto de causar repercussões como o aumento do absenteísmo. Em seu estudo sobre lombalgia em cuidadores de crianças com paralisia
cerebral grave, Maia et al.(2008) encontraram nível de incapacidade moderado entre
estudos , Goiânia, v . 41, n. 2, p . 223-235, 1br ./jun. 2014. 232
Na avaliação dos resultados obtidos no SF-36, os domínios “capacidade funcional”, “dor”, “vitalidade”, “aspectos emocionais” e “saúde mental” apresentaram diferença significativa entre os grupos estudados.
O termo qualidade de vida tem sido conceituado como multidimensional, envolven-do função física, bem-estar emocional, função social, além de satisfação com a vida e autopercepção de saúde. Outros aspectos como produtividade no trabalho, percepção de doença, dor, autoestima e sono também têm sido considerados importantes na avaliação
da qualidade de vida(ALBINO, 2009).
Dentre as afecções musculoesqueléticas, a lombalgia, particularmente, representa um complexo problema de saúde, sendo considerada, inclusive, um dos maiores problemas socioeconômicos presentes em sociedades industrializadas de todo mundo, por ser uma das mais importantes causas de extensiva morbidade, perda de produtividade, absente-ísmo, incapacidade para o trabalho, alto custo para o paciente e sociedade, afetando a
qualidade de vida de milhões de trabalhadores(FOSS et al., 2009).
Maneke Macgregor(2005)apontam que fatores psicológicos são importantes na
evolução da lombalgia aguda para crônica e posterior incapacidade funcional. Com grande frequência, podemos encontrar associados à dor lombar, a depressão e a
ansie-dade(CARAVIELLO et al., 2005).
A sintomatologia crônica traz uma desordem no cotidiano das pessoas, acontecendo perda da esperança de melhora, invalidez, imagem corporal alterada e queda da auto-estima. Além disso, a qualidade de vida tem sido considerada um forte fator preditivo
de morbidade e mortalidade na população(BAULÉO, 2012).
No estudo de Foss et al.(2009) os componentes de saúde física e mental apresentaram-se
abaixo da média constatando um comprometimento nas dimensões física, mental e social
dos indivíduos. Albino(2009) verificou valores não normais nos domínios limitações
físi-cas, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental numa avaliação feita com 16 adultos com lombalgia, antes de tratamento realizado através do método Pilates.
Quanto à avaliação do domínio “capacidade funcional”, utilizando o questionário SF-36, a amostra apresentou um escore médio de 81,36+17,33 com variação de 0 a
100. Nogueira e Navega(2011) encontraram resultado semelhante (83,90+13,83) numa
avaliação pré-intervenção feita com trabalhadores administrativos. Nos estudos de Bento,
Paiva e Siqueira(2009) e Tsukimoto(2006), a média do domínio “capacidade
funcio-nal”, em relação a uma avaliação inicial, foi de 63,17+28,24 (com variação de 0 a 100) e 63,8+20,0 (com variação de 15 a 95), respectivamente. A diferença nos resultados pode ser devido à grande variabilidade da amostra desses dois estudos.
A média da intensidade de “dor” avaliada por meio do questionário SF-36 foi de
61,33±19,74, com variação de 0 a 100. No estudo de Nogueira e Navega(2011), esse
valor foi de 65,34+19,24. Tsukimoto(2006) encontrou uma média de intensidade de
dor de 49,7±19,9 e Bento, Paiva e Siqueira(2009) uma média de 46,20+12,70, também
com variação de 0 a 100 numa avaliação inicial. Novamente, a diferença nos resultados pode ser provocada pela grande variabilidade dessas amostras.
As médias encontradas nos domínios “vitalidade”, “aspectos emocionais” e “saúde mental” foram, respectivamente, 60,45+19,09; 70,69+38,87 e 65,12+18,97. Valores semelhantes, com exceção do domínio “aspectos emocionais”, foram encontrados no
estudos , Goiânia, v . 41, n. 2, p . 223-235, 1br ./jun. 2014. 233
estudo de Nogueira e Navega(2011) no qual as médias obtidas nos mesmos domínios
foram, respectivamente, 58,34+15,52; 86,87+24,37 e 63,87+18,77.
O menor valor encontrado no domínio “aspectos emocionais” neste estudo de-monstra que na lombalgia não é apenas afetada a dor física, mas também as dimensões psicológicas. Tal como em outros estudos demonstrou-se que a dor lombar crônica, além de interferir com o desempenho físico, leva também a uma deterioração importante da
função social e emocional(SILVA, 2010).
O presente estudo apresentou como principais limitações a dificuldade de encon-trar na literatura trabalhos que utilizaram o ODI para avaliar a capacidade funcional de indivíduos com lombalgia, além daqueles estritamente semelhantes (que apenas avaliaram a capacidade funcional e qualidade de vida de portadores de lombalgia), predominando pesquisas cujo enfoque era dado em avaliações antes e depois de algum tipo de intervenção terapêutica.
CONCLUSÃO
De modo geral, foi observado que pacientes com lombalgia apresentam déficit na capacidade funcional, fato que interfere na realização das atividades cotidianas de ma-neira sutil, não se tratando de uma incapacidade totalmente limitante. Da mesma forma, tal manifestação também interfere na qualidade de vida desses pacientes repercutindo não só no aspecto físico, mas também no emocional e social.
Assim, reconhecendo a relevância do tema em questão, propõe-se a realização de outras pesquisas para a ampliação e aprofundamento de tal conteúdo, levando em consideração que, hoje, a lombalgia tem sido tratada como epidemia e problema de saúde pública.
FUNCTIONAL CAPACITY AND QUALITY OF LIFE ASSESSMENT OF INDIVIDUALS WITH LOW BACK PAIN NONSPECIFIC
Abstract: the aim of this study was to describe the influence of nonspecific low back pain in the
lumbar functional capacity and quality of life of employees in an industry. In general, it was ob-served that patients with low back pain present a deficit in functional capacity, not totally lim-iting, and quality of life, affecting not only the physical aspect but also the emotional and social.
Keywords: Low back pain. Quality of life. Epidemiology.
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* Recebido em: 15.02.2014 Aprovado em: 25.02.2014 TALYTTA DE MATTOS LOPES
Fisioterapeuta pela Pontifícia Universidade de Goiás. E-mail: talyttamattos@hotmail.com. ADROALDO JOSÉ CASA JUNIOR
Fisioterapeuta, Doutorando e Mestre em Ciências da Saúde, Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica e Desportiva e Docente da PUC Goiás. E-mail: adroaldocasa@gmail.com.