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Implicações da dislexia no processo de ensino/aprendizagem / Implications of dyslexia in the teaching/learning process

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 71956-71971, sep. 2020. ISSN 2525-8761

Implicações da dislexia no processo de ensino/aprendizagem

Implications of dyslexia in the teaching/learning process

DOI:10.34117/bjdv6n9-589

Recebimento dos originais: 20/08/2020 Aceitação para publicação: 24/09/2020

Maria Neuraildes Gomes Viana

Especialista em Gestão Pública Municipal pela Universidade Estadual do Maranhão Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Maranhão

e-mail: neura.gomes@hotmail.com

Walter Rodrigues Marques

Mestre em Educação - Gestão de Ensino da Educação Básica pelo Programa de Pós- Graduação em Gestão de Ensino da Educação Básica, da Universidade Federal do Maranhão.

Integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa "Arte, Cultura e Educação " Graduado em Psicologia

e-mail: walterkeyko@gmail.com

Joelice Silva da Luz

Graduada em Pedagogia

Especialista em Educação Especial, Inclusão e Libras e-mail: joeliceoliverk@gmail.com

Maria José Conrado Serra Barros

Graduada em Pedagogia Especialista em Educação Especial

e-mail: mjeducacao@hotmail.com

Marizelia Dielle de Freitas

Graduada em Letras Português/Inglês

Especialista em Psicopedagogia e Educação Especial e-mail: freitasmarizelia@gmail.com

Ana Paula Cerqueira Marques

Mestra em Educação: Gestão de Ensino da Educação Básica pelo Programa de Pós-Graduação em Gestão de Ensino da Educação Básica) da Universidade Federal do Maranhão

Graduada em Farmácia Bioquímica pela UFMA e-mail: anapaulaufma@gmail.com

André Nogueira Machado

Graduando em Ciências Sociais (UFMA) e-mail: andre.n.machado@hotmail.com

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 71956-71971, sep. 2020. ISSN 2525-8761

Luís Félix de Barros Vieira Rocha

Mestre em Educação: Gestão de Ensino da Educação Básica pelo Programa de Pós-Graduação em Gestão de Ensino da Educação Básica da Universidade Federal do Maranhão e graduado em

Educação Artística pela Universidade Federal do Maranhão. Professor de Arte no município de Matões do Norte –Maranhão.

e-mail: felix_rocha_luis@yahoo.com.br

RESUMO

A evasão escolar é uma questão latente na realidade da educação e muitos são os fatores que contribuem para isso. Objetiva-se fazer com que os educadores se apropriem do que é a dislexia e o que essa deficiência pode provocar durante o processo de ensino/aprendizagem. O artigo visa descrever essa dificuldade de aprendizagem que nem sempre é percebida a diferença em relação de causa e efeito entre a dislexia e o baixo rendimento dos alunos. Partiu-se da ideia de que o professor que atua com discentes com dificuldade de aprendizagem, precisa ter conhecimento acerca dos disléxicos, seus diagnósticos e prognósticos, para a concretização de um processo de ensino e aprendizagem eficiente. Pretende-se buscar estratégias que minimizem os efeitos da dislexia no processo ensino/aprendizagem. Utilizou-se como referencial teórico os seguintes autores: Alioto e Prado (2011); Capovilla (2004); Ciasca (2003); Davis (2004); Fernandes e Penha (2008); Figueredo (2009), dentre outros. A temática da dislexia é relevante para o campo da educação e educação especial/inclusiva, da psicologia e para a sociedade de modo geral, pois contribui para conscientização de que o aluno com dislexia não deve ser rotulado como um indivíduo incapaz de aprender, mas que possui dificuldade de aprendizagem, necessitando de adaptação às suas condições e limitações. A pesquisa é bibliográfica. Espera-se que o artigo possa contribuir para o campo da educação especial/inclusiva no tocante à dislexia e sua relação com a comunidade escolar.

Palavras chave: Escola. Dificuldade de aprendizagem. Processo ensino/aprendizagem. Dislexia.

Educação especial/inclusiva.

ABSTRACT

School dropout is a latent issue in the reality of education and many are the contributing factors. The goal is to make educators take ownership of what dyslexia is and what this disability can cause during the teaching/learning process. The article aims to describe this learning difficulty that is not always perceived as the difference in cause and effect between dyslexia and low student achievement. It is based on the idea that the teacher who works with students with learning difficulty needs to have knowledge about dyslexics, their diagnosis and prognosis, in order to achieve an efficient teaching and learning process. The intention is to seek strategies that minimize the effects of dyslexia on the teaching/learning process. The following authors were used as theoretical references: Alioto e Prado (2011); Capovilla (2004); Ciasca (2003); Davis (2004); Fernandes e Penha (2008); Figueredo (2009), among others. The subject of dyslexia is relevant to the field of education and special/inclusive education, to psychology, and to society in general, because it contributes to the awareness that the student with dyslexia should not be labeled as an individual incapable of learning, but who has learning difficulties, needing to adapt to their conditions and limitations. The research is bibliographical. It is hoped that the article can contribute to the field of special/inclusive education regarding dyslexia and its relationship with the school community.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 71956-71971, sep. 2020. ISSN 2525-8761 education.

1 INTRODUÇÃO

A escola é uma instituição formada por pessoas com diferentes interesses e funções. A escola tem como função social proporcionar um ensino-aprendizagem de qualidade para que os seus alunos se tornarem cidadãos críticos. Nesse contexto que se encontram os alunos que apresentam certas dificuldades para aprender que são as chamadas dificuldades de aprendizagem e/ou transtornos de aprendizagem que causam alterações nos aspectos: biológico, psicológico e social e são causadas por vários motivos como: falha no cérebro, herança genética, abuso de drogas e outros fatores. Portanto, as dificuldades são multicausais.

A dislexia é uma dificuldade de aprendizagem que precisa cada vez mais ser abordada dentro das discussões educacionais, é preciso que os professores sempre estejam conscientes de sua existência e que infelizmente por não é fácil de ser diagnosticada nos alunos, os quais são massacrados com estratégias de ensino inapropriadas para o seu ritmo de aprendizagem e consequentemente são fadados ao insucesso escolar.

O presente artigo centra-se numa problemática real nas escolas brasileiras, mormente, a dislexia e a atitude dos docentes face à inclusão destes alunos. Com isso, faz-se o seguinte questionamento: será que os educadores têm condições e ferramentas para reconhecer alguma deficiência quando o aluno apresenta dificuldade de aprendizagem, dentre as quais a dislexia?

Partia-se da ideia de que o professor que atua com alunos com dificuldade de aprendizagem, precisa ter conhecimento acerca dos disléxicos, seus diagnósticos e prognósticos, para a concretização de um processo de ensino e aprendizagem eficiente.

O artigo visa descrever essa dificuldade de aprendizagem [a dislexia] que nem sempre é percebida no espaço escolar, a relação causa e efeito entre a dislexia e o baixo rendimento dos alunos. Pretende-se buscar estratégias que minimizem os efeitos da dislexia no processo de ensino e aprendizagem. O referencial e/ou marco teórico sustenta-se em: Alioto e Prado (2011); Capovilla (2004); Ciasca (2003); Davis (2004); Fernandes e Penha (2008); Figueredo (2009), dentre outros. Estruturou-se o artigo com uma abordagem inicial sobre o que é dislexia, sua classificação e etapas; segue com a descrição sobre a criança disléxica; no terceiro momento discorre-se sobre as dificuldades apresentadas na escola e o papel do professor como mediador na vida do disléxico; no quarto momento discorre sobre as perspectivas e as possibilidades para a ação docente. E, nas considerações finais sugere-se estratégias para a atuação dos docentes na sala de aula.

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2 O QUE É DISLEXIA?

Em relação às dificuldades encontradas pelo aluno no processo de leitura, escrita e soletração, pode estar por trás a dislexia. A dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização, sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado. O termo “dislexia” de forma simplista deriva-se do prefixo grego “dis” que quer dizer “dificuldade, perturbação” e do elemento grego “lexia” que significa “ler”, sendo assim, é a “dificuldade em ler” (OLIVEIRA; RODRIGUES, 2010, p.1). a neurociência está constantemente desenvolvendo técnicas que ajudam os pesquisadores a aprofundar os processos neurofuncionais. De acordo com as novas pesquisas da neurociência descobriu-se que a aprendizagem modifica a estrutura física do cérebro. O cérebro humano realiza novas conexões de acordo com as necessidades que enfrenta. Isto leva o cérebro a estar continuamente reorganizando-se.

Os primeiros indícios da existência da especialização cerebral surgiram durante estudos com pacientes epiléticos nos anos 1960. Esta pesquisa conclui que os hemisférios direito e esquerdo têm funções muitas claras e diferenciadas e que o corpo caloso permite aos dois hemisférios compartilharem a aprendizagem e a memória. Portanto, os estudos realizados posteriormente permitiram estabelecer a especialização de cada hemisfério:

Hemisfério esquerdo é o hemisfério da lógica, monitora as áreas da linguagem, é analítico e avalia os dados de uma forma racional. Compreende a interpretação literal das palavras e detecta o tempo e a sequência. Também reconhece letras, palavras e números escritos em palavras. Conecta-se com o lado direito do corpo. Hemisfério direito é o hemisfério intuitivo, recolhe a informação de imagens, mais do que as palavras. Interpreta a linguagem através do contexto, ou seja, a linguagem corporal, conteúdo emocional e o tom de voz. É especializado na percepção espacial. Reconhece lugares, rostos e objetos.

Conecta-se com o lado esquerdo do corpo(MUSZKAT, et.al. 2012 p.73 e 74).

Não se sabe por que o cérebro se especializou. A única coisa certa é que esta especialização é que parece permitir que ele possa manusear a enorme quantidade de informação sensorial que recebe. O fato de os hemisférios serem fisicamente diferentes também poderia explicar a especialização particular de cada um deles. Os hemisférios são compostos por matéria cinzenta e matéria branca. O hemisfério esquerdo tem mais matéria cinzenta, enquanto o direito possui mais matéria branca.

Os neurônios do hemisfério esquerdo estão mais concentrados e manipulam melhor o trabalho intenso e detalhado. A matéria branca do hemisfério direito contém neurônios com axônios mais longos que podem conectar com módulos que se encontram a maiores distâncias. Estas conexões de maior alcance permitem ao hemisfério direito alcançar conceitos mais amplos, porém mais imprecisos. (MUSZKAT et. al. 2012 p. 35).

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 71956-71971, sep. 2020. ISSN 2525-8761 Quando se trabalha tarefas mais complexas o hemisfério especializado assumirá o controle, porém o outro hemisfério não deixará de participar. Os dois hemisférios se complementam em quase todas as atividades, oferecendo a possibilidade de beneficiar-se da integração do processamento realizado pelos dois hemisférios.

Durante a aprendizagem os dois hemisférios estão envolvidos, processando a informação ou destreza de acordo com a sua especialização e intercambiando os resultados com os hemisférios oposto através do corpo caloso. Ao conhecer as diferenças do processamento de informação entre o hemisfério direito e o esquerdo pode-se entender tarefas e em outras não, especialmente quando se trabalha simultaneamente.

É inegável a influência que a preferência hemisférica tem sobre a aprendizagem e na forma de aprender. Cada um de nós tem um hemisfério dominante e este, de alguma maneira marca a forma na qual se processa a informação. Não existe exclusividade no uso dos hemisférios, simplesmente o dominante é que predomina na forma de processar a informação e influi na personalidade, nas habilidades e no estilo de aprender.

2.1 CLASSIFICAÇÃO E ETAPAS DA DISLEXIA

A dislexia pode ser classificada de várias formas, dependendo da abordagem profissional e dos testes usados no seu diagnóstico, tais como: testes fonoaudiólogos, pedagógicos, psicológicos, neurológicos e outros. Geralmente o diagnóstico é feito por equipe multiprofissional.

A dislexia é classificada em 5 tipos:

1- Dislexia disfonética: Dificuldades de percepção auditiva na análise e síntese de fonemas, dificuldades no reconhecimento e na leitura de palavras que não têm significado, alterações na ordem das letras e sílabas, omissões e acréscimos, maior dificuldade na escrita do que na leitura, substituição de palavras por sinônimos;

2- Dislexia diseidética: dificuldade na percepção do todo (como maior que a soma das partes), na análise e síntese de fonemas (ler sílaba por sílaba sem conseguir a síntese das palavras), misturando e fragmentando as palavras, fazendo troca por fonemas similares, maior dificuldade para a leitura do que para escrita.

3- Dislexia visual: deficiência na percepção visual e na coordenação viso motora (dificuldade no processamento cognitivo das imagens);

4- Dislexia auditiva: deficiência na percepção auditiva, na memória auditiva e fonética (dificuldade no processamento cognitivo do som das sílabas);

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 71956-71971, sep. 2020. ISSN 2525-8761 A dislexia foi dividida em 6 diagnósticos distintos e específicos:

Desordem na leitura de palavras; Desordem na fluência de leitura; Desordem na compreensão da leitura; Desordem na expressão escrita; Desordem no cálculo matemático;

Desordem na resolução de problemas de matemática

A dislexia é uma dificuldade de aprendizagem que atinge diretamente o processo de leitura e escrita que leva em conta as três etapas em que a criança passa, como bem afirma Capovilla et al. (2004), Fernandes e Penna (2008) e Mousinho (2004). As etapas são as seguintes:

- Logográfica: leitura da palavra, associando-a com o seu contexto e forma; não há uma análise da palavra. A criança lê algumas palavras ao reconhecê-las como se fosse um desenho. Essas leituras geralmente são de palavras que aparecem repetidamente. Ao associar essas leituras com a escrita, a criança passa para a segunda etapa.

- Fonológica: a criança analisa a palavra, utilizando as letras e os fonemas para codificação e decodificação; há um fortalecimento entre o texto e a fala; a escrita passa a ficar sob controle dos sons da fala; e a leitura, sob controle dos grafemas do texto.

- Lexical: fase ortográfica, em que há uma experiência maior com a leitura; o acesso visual direto da palavra torna a leitura mais ágil e a criança aprende a memorizar e compreender as irregularidades entre as palavras.

Mesmo quando uma nova etapa é concluída, ela não descarta a anterior, pois todas as etapas se referem a estratégias de leitura e não seguem uma sequência.

Além das três estratégias apresentadas ainda existem dois processos, que são:

- Processo indireto ou fonológico: na rota fonológica, a pronúncia da palavra é construída por meio de fonemas, em que a criança ouve para compreender e, conforme se torna mais competente, desenvolve a capacidade de processar mais letras como unidade.

- Processo direto, ideovisual ou lexical: na rota lexical, a pronúncia é identificada como um todo. A criança reconhece o significado da palavra, antes de pronunciá-la, ativando informações ortográficas, semânticas e fonológicas.

As crianças ditas “normais” utilizam na construção da linguagem tanto o modo verbal como o não verbal com assinala Fernandes e Penna (2008), as pessoas usam tanto o modo verbal, pensando com o som da linguagem, quanto o modo não verbal, pensando com o significado da

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 71956-71971, sep. 2020. ISSN 2525-8761 linguagem por meio da construção de imagens mentais, de seus conceitos e ideias. De acordo com Teles (2004 p. 192), “As dificuldades na aprendizagem da leitura acontecem devido a um déficit fonológico e isso fica bem explícito nas crianças disléxica, que são aquelas que não têm consciência das unidades linguísticas, mesmo falando e utilizando palavras, sílabas e fonemas”. Ler uma palavra compreende conhecer o nome das letras, o som dos fonemas, relacionar os fonemas e os grafemas e encontrar a pronúncia certa ao significado. Esses processos são naturalmente automáticos, tornando a leitura fluente e compreensiva, porém devem ser ensinados e praticados.

Enquanto os disléxicos por não possuírem monólogo interno, só ouvem quando outras pessoas leem em voz alta, fazendo relação entre o significado ou a imagem do significado a cada palavra que leem. Além disso, é fundamental que os disléxicos tenham contato com a leitura de variados textos, e isso só será possível se eles participarem de práticas de leitura feitas pelo professor para eles em sala de aula.

3 A CRIANÇA DISLÉXICA

Em uma visão geral, não se deve tratar as crianças disléxicas como se fossem problemas impossíveis de resolver, mas sim, como desafios que fazem parte do próprio processo de ensino e aprendizagem. Essa dificuldade tem que ser diagnosticadas o mais precocemente possível, de preferência ainda na pré-escola, para assim não prejudicar nem seu tratamento e nem a continuação dos estudos.

As dificuldades de aprendizagem atingem várias áreas de percepção como: discriminação visual ou auditiva, discriminação figura fundo visual ou auditiva, memória visual ou auditiva nem a curto nem em longo prazo, sequenciamento visual ou auditivo, percepção temporal, incapacidade de aprendizado não verbal e outras. Mas não é por apresentarem essas dificuldades que os esses alunos têm que ser excluídos do ambiente escolar regular seguindo para classes e/ou escolas especiais, pois se tratam de pessoas iguais a qualquer outra só que precisa de uma ajuda especial para progredirem nos estudos.

Os disléxicos têm baixo desempenho escolar não por ser uma criança desinteressada e sim porque não compreende a nomeação das letras e sua aprendizagem torna-se lenta. Todo disléxico é verdadeiramente um mau leitor, mas nem todo mal leitor é um disléxico. As crianças disléxicas são comumente tristes e/ ou agressivas, devido o fato de seu empenho não conseguir superar as dificuldades e não cumprirem em regra os resultados desejáveis. Algumas crianças disléxicas podem apresentar dificuldades na postura corporal, dores abdominais, fraca coordenação motora,

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 71956-71971, sep. 2020. ISSN 2525-8761 ritmo lento sendo sugerido a elas aulas de psicomotricidade.

Apesar da sua dificuldade de leitura e escrita não se descarta a possibilidade de que o disléxico seja um indivíduo superdotado, com uma capacidade mental especial, inventivo e produtivo, porque sua criatividade, ideias, talentos e aspirações não são afetados por tal problema. Sendo a linguagem fundamental para o sucesso escolar, os disléxicos lidam quase sempre com a dificuldade de calcular, porque não conseguem entender os enunciados dos cálculos matemáticos.

Quando se é confirmado o diagnóstico, é recomendável que pais, professores e profissionais envolvidos sejam informados para que se tomem medidas cabíveis no tratamento e na reeducação da criança. É importante observar, na criança com dislexia, o comportamento emocional, a prática em algumas funções corporais, avaliar a inteligência, expressão oral, antes de se examinar a leitura e escrita. O desenho livre também pode ser um instrumento para fornecer informações de dificuldades espaciais, nível de inteligência e o estado emocional da criança (ALIOTO; PRADO, 2011, p. 2).

A criança disléxica tem desorientações que alteram seus sentidos, fazendo com que ela seja capaz de experimentar múltiplas visões do mundo, podendo perceber objetos e a partir dessas percepções, adquirir mais informações do que outras pessoas. Umas dessas desorientações é o problema com a grafia. De acordo com Braun e Davis (2004), quando uma desorientação ocorre, a criança ou adulto notam múltiplas imagens da palavra. Ela é vista de várias formas, de frente para trás, de cabeça para baixo, podendo ser desmembrada e reagrupada em todas as combinações possíveis.

Para os estudiosos o tratamento adequado para crianças disléxicas é baseado no em ensino multissensorial, o fônico, algumas estratégias e doses maciças de apoio humano, para criar um ambiente que ajudará o aluno a controlar sua ansiedade, a encarar riscos, a enfrentar seus medos e a não sentir vergonha da sua dificuldade de aprendizagem.

4 AS DIFICULDADES APRESENTADAS NA ESCOLA

Entende-se que a aprendizagem e a construção do conhecimento são processos naturais e espontâneos do ser humano que desde muito cedo aprende a mamar, falar, andar, pensar, garantindo assim, a sua sobrevivência. Ao aprender o cérebro entra em atividade e ocorre uma série de mudanças físicas e químicas. Para compreender seu funcionamento é importante conhecer sua estrutura e alguns fatores ambientais que influenciam o seu desenvolvimento. Nesse sentido, diz-se que uma criança apresenta dificuldades de aprendizagem quando ela não consegue acompanhar o ritmo normal de desenvolvimento de crianças de sua idade. Romero, Alonso e Romero (2020) discutem essas questões, destacando, principalmente, os tipos de dislexia e as relações dos professores que lidam com os alunos com essa dificuldade.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 71956-71971, sep. 2020. ISSN 2525-8761 O ato de aprender ou o processo de aprendizagem depende de alguns sinais chamados integridades básicas, que devem estar presentes, quando a criança entra em contato com a escola e lhe são oferecidas oportunidades para a realização da aprendizagem Ciasca (2003 p. 27) esclarece que:

.Essas integridades são caracterizadas por três níveis: as funções pseudodinamicas onde à medida que o organismo internaliza o que foi observado ou experienciado, começa a assimilar o que está aprendendo; as funções do Sistema Nervoso Periférico, responsáveis pelos receptores sensoriais, que são canais para a aprendizagem; as funções do Sistema Nervoso Central, responsável pelo armazenamento, elaboração e processamento da informação. É dessa forma que a criança está pronta para aprender.

Algumas características apresentadas por pessoas disléxicas são semelhantes com os sintomas de outras dificuldades de aprendizagem, tais como transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. Logo o diagnóstico não pode ser feito de forma rápida e sim num processo que requer tempo e muita observação, para que ao ser detectada a dificuldade, o aluno seja encaminhado algum tipo de tratamento, na expectativa de um resultado satisfatório.

Os alunos com dificuldades de aprendizagem geralmente reprovam de forma frequente, despertando um sentimento de inferioridade neles, pois trabalhar com eles não é tarefa fácil e quando não são reprovados os mesmos são colocados em programas especiais de ensino como o proposto para as salas de reforço ou de recuperação paralela, destinadas a alunos com dificuldades não superadas no cotidiano escolar.

Os aspectos emocionais e cognitivos de um disléxico estão sempre entrelaçados. Os pais podem ser grandes aliados dos filhos quando ajudam o filho a dar o melhor de si, sem ficarem se comparando a outras pessoas. “Encorajar o filho a alcançar seu próprio potencial vai ajudá-lo a se concentrar mais em suas forças e menos em sua comparação com os outros” (FRANK, 2003, p. 33). É importante mostrar a ele que todas as pessoas têm facilidades para algumas coisas e dificuldades em outras. (MENEZES, 2007, p. 51).

A escola e os pais devem estar preparados para dar o apoio necessário à criança disléxica para que ela não desanime e desista de aprender a ler e a escrever. As dificuldades de aprendizagem são complexas, não são fáceis de serem diagnosticadas e muitas vezes são confundidos com outras deficiências por isso os professores tem que tomar muito cuidado ao elaborar suas metodologias de ensino e devem atentar para os seguintes aspectos em relação às crianças com dificuldades de aprendizagem: apresentam um quociente intelectual(QI) normal, suas dificuldades não tem relação com o ambiente, não tem relação com suas emoções ou atraso intelectual e o seu rendimento é baixo em relação a algumas áreas da aprendizagem nem sempre se estendendo a todas.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 71956-71971, sep. 2020. ISSN 2525-8761 4.1 O PAPEL DO PROFESSOR COMO MEDIADOR NA VIDA DO DISLÉXICO

O professor é o profissional responsável pelo ensino da escrita e da leitura, normalmente é o primeiro a perceber as dificuldades em crianças com dislexia. O seu papel é detectar essas dificuldades, encaminhar para os profissionais da área e em seguida realizar intervenção pedagógica junto ao aluno disléxico. Muitos professores sentem-se inseguros ao receber uma criança com necessidades educativas especiais, pois dizem que há poucas oportunidades de capacitação.

Essa falta de capacitação se dá porque no Brasil, de acordo com Siems (2010), a preocupação com a formação dos professores voltada para a educação inclusiva é muito recente. De acordo com a autora, é necessário mais investimento nos processos de formação para reconstruir as práticas educacionais, reorientando, assim, os processos exercidos na Formação de Professores. (BOMFIM; OLIVEIRA, 2012, p.1)

Os professores que ensinam nas primeiras séries sentem seus alunos tolhidos e sem ambiente para desenvolverem seus raciocínios, devido à comparação da prática na escola com a vivência fora dela. Recursos diversificados para se obter tais respostas e poder cumprir o programa, devem estar sempre sendo focalizados avivando a iniciativa e a espontaneidade dos alunos, para se tornarem mais alertas e participativos.

O profissional deve reconhecer frustração sentida pelo aluno com dislexia; reconhecer que o desempenho de um disléxico pode estar muito aquém do seu potencial; reconhecer possíveis problemas de comportamento ou autoestima; demonstrar simpatia, atenção e compreensão; construir uma boa relação professor aluno (CAMEIRÃO; LIMA, 2005, apud COGAN, 2002, p. 8).

A dislexia não é fácil de ser diagnosticada e muitas vezes são confundidas com outras dificuldades ou deficiências, o que faz com que esses alunos apresentem um baixo desempenho escolar, reprovem e até mesmo evadam da escola.

Afirmam que, quando confirmado o diagnóstico de dislexia, é imprescindível que o professor seja informado para que mude sua prática docente e invista em técnicas e estratégias adequadas a fim de favorecer o desenvolvimento da linguagem escrita do aluno. O professor deve saber observar na criança diferentes comportamentos, tais como: emocional, corporal, inteligência, leitura, escrita, desenho, noção espacial, entre outros. Esses aspectos facilitam o desenrolar de atividades e metodologias que direcionarão para um aprendizado efetivo (ALIOTO; PRADO, 2011 p. 03).

Dessa forma, é aconselhável que professores e demais envolvidos compreendam as dificuldades dessa criança, entendam os processos de leitura, métodos e estratégias para que se

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 71956-71971, sep. 2020. ISSN 2525-8761 providenciem intervenções adequadas.

Portanto, desenvolver-se no aluno a habilidade de elaborar raciocínio lógico, fazendo uso dos recursos disponíveis e enfrentar situações novas. E, para isso, é primordial desenvolver a iniciativa, espírito explorador, criativo e independente, onde os alunos, incentivados e orientados pelos professores, trabalhem de modo ativo individualmente ou em grupos para buscar a solução das dificuldades na aprendizagem.

Nesta luta, onde professores e alunos se engajam no intuito de encontrar soluções, a escola tem sua parte a cumprir, atendendo os interesses da família, com reformulações nos currículos, proporcionando etapas de reciclagem didáticas aos professores, além de adequar calendários, sistema de avaliações junto aos alunos no critério de seleção e localização. As famílias de crianças com dificuldades de aprendizagem, sempre deve estar procurando maneiras de ajudá-las a potencializar suas habilidades, as quais podem de alguma forma compensar suas dificuldades.

Neste sentido, as famílias devem ser um verdadeiro apoio emocional para a pessoa com dificuldades. Essas crianças enfrentam frustrações frequentes, sobretudo na escola; a família deve ser um apoio constante que a ajude a manejar e superar suas crises. Percebe-se com frequência a circulação de diagnósticos que reduzem os chamados problemas educacionais a um processo de escolha única, sem alternativas integradoras.

No que tange aos chamados problemas educacionais, na maioria das vezes as opções formativas ou são devedoras de argumentos socioeconômicos, mas predominantemente esses universos são apresentados como realidades e não devem se comunicar tornando a opção por uma imediata exclusão do outro.

Para Figueiredo (2009), os disléxicos apresentam dificuldades na nomeação de letras e não na cópia delas, consequentemente mesmo que aprendam a ler, será de maneira lenta. Dessa forma, conforme afirmam Fernandes e Penna (2008), a criança, por não compreender o que lê e apresentar escrita incompreensível, perde o interesse pelas práticas educativas. Assim sendo:

[...] é necessário que o educador reconheça na criança características dos chamados distúrbios de aprendizagem, assumindo desafios de criar metodologias eficientes, no sentido de acolher cada uma delas, respeitando e entendendo sua individualidade; sendo necessário que se investigue, compreenda e se discuta como esta criança pode aprender adequadamente (FIGUEIREDO, 2009 p. 6).

Quando diagnosticada a dislexia na criança, se a identificação e intervenção forem realizadas antes do início da escolaridade, o problema poderá ser prevenido ou minimizado. O ensino multissensorial consiste em atividades multissensoriais de leitura e escrita, em que as

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 71956-71971, sep. 2020. ISSN 2525-8761 crianças têm que olhar para as letras impressas, pronunciar os sons, fazer os movimentos necessários à escrita e usar os conhecimentos linguísticos para aderir ao sentido das palavras.

Nesse sentido, as intervenções na dislexia se utilizam de métodos multissensoriais ou fônicos que estudiosos comprovaram como eficazes para facilitar a habilidade de ler e escrever com facilidade.

5 AS PERSPECTIVAS E AS POSSIBILIDADES PARA A AÇÃO DOCENTE

A técnica da soletração oral e simultânea nesse método tem se mostrado eficaz porque fortalece a conexão entre a leitura e escrita. Como bem afirma Capovilla (2004) “Nesse método, a criança vê a palavra, repete a pronúncia e escreve dizendo o nome de cada letra e depois lê novamente o que escreveu”. O método fônico é recomendado para todas as crianças. As atividades fônicas e metafonológicas podem ser incorporadas em sala de aula, visando à prevenção e intervenção em dificuldades de aquisição da linguagem escrita. Esse método tem como característica o ensino das correspondências entre os sons e as letras e utiliza-se de atividades que desenvolvem rima, discriminação de sons, segmentação fônica e relações entre os fonemas e os grafemas, dificuldades estas que o disléxico sente em sala de aula.

Toda letra deverá ser apresentada nas formas maiúscula, minúscula, bastão, imprensa e cursiva. As atividades devem ser planejadas de forma dinâmica, de maneira que se torne interessante e prazerosa para que haja melhor participação individual e/ou coletiva da criança.

As estratégias para trabalhar com alunos que apresentam essa dificuldade são as seguintes: • Na produção e interpretação de texto, a criança deve ser capaz de aprimorar a

compreensão do sistema de escrita em diferentes estilos.

• Para produção de texto, é importante apresentar uma diversidade de textos baseados a partir de figuras, sequência de figuras, texto iniciado, carta ou poesia que vão ser trabalhados com eles.

• Na interpretação de texto, é sugerido que a professora estimule a criança discutir e refletir sobre o que foi lido e posteriormente represente por meio de desenhos, recorte e colagem o que foi abordado.

Outra excelente estratégia é trabalhar a autoestima deles que geralmente é muito baixa, levando-o a restabelecer a confiança em si mesmo, apreciando e estimulando a desenvolver as atividades que ele tem prazer em fazer e faz com qualidade. Nas atividades realizadas por eles deve-se enfatizar os acertos e não ressaltar os erros, pois dessa forma sua autoestima não fica abalada. Para Mousinho (2004), a educação deve reconhecer as dificuldades específicas desses

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 71956-71971, sep. 2020. ISSN 2525-8761 alunos para poder contribuir com seu desenvolvimento. Deve estar associada a um tratamento interdisciplinar, à escola e à família, que também:

[...] exercem um papel fundamental para que a dislexia não se torne mais um fator de impedimento no crescimento acadêmico. O professor é indispensável neste caminho, identificando, em um primeiro momento, e podendo compreender e auxiliar essas crianças e jovens em seu processo educativo. (MOUSINHO, 2004, p.33).

As intervenções devem compreender o envolvimento de vários profissionais, como também de toda comunidade escolar. Dessa forma, sugere-se algumas orientações para o professor: ✓ Manter contato com os responsáveis da criança regularmente, evitar se reunir com os pais

somente nos momentos de crise ou de problemas;

✓ Orientar o aluno previamente sobre o que é esperado dele, em termos de comportamento e aprendizagem. Assim, pode se sentir mais seguro quanto ao que é esperado dele.

✓ Ser flexível para lançar mão de uma série de recursos e estratégias de ensino até descobrir o estilo de aprendizagem, como a criança tem um apelo intrínseco a novidades, todos os recursos disponíveis podem ajudar na manutenção da atenção e, consequentemente, no processo de aprendizagem.

✓ Incentivar e recompensar todo bom comportamento e o bom desempenho. A aprendizagem funciona melhor por meio de elogios, firmeza, aprovação e encorajamento, pois esses incentivos são suprimentos de sentimentos positivos;

✓ Estimular o interesse do aluno para aprender. Tentar envolver e motivar s criança para o processo de aprendizagem;

✓ Dar conteúdo passo a passo, verificando se houve aprendizagem a cada etapa;

✓ Apresentar tarefas em pequena quantidade para não assustar e desanimar a criança. Uma grande quantidade de tarefas faz com que a criança sinta que não conseguirá dar conta de terminá-las, e com isso ela desiste, antes mesmo de começá-las;

✓ Manter a sala de aula organizada e bem estruturada. Isso pode ajudar a criança a se organizar internamente e no ambiente e, dessa forma, corresponder melhor ao processo de aprendizagem;

✓ Estabelecer limite e fronteiras, devagar e com calma, não de modo punitivo. Ser firme e direto.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 71956-71971, sep. 2020. ISSN 2525-8761 ✓ Dar retorno constante e imediato. Isto ajuda a criança a ter uma noção de como está se

saindo e a desenvolver a auto-observação. Deve-se informá-la de modo positivo e construtivo;

✓ Estar atento ao talento da criança, à criatividade, à alegria, à espontaneidade e ao bom humor que ele manifesta. Geralmente ela é também generosa e apresenta algo especial que enriquece o ambiente onde está inserida.

6 ASPECTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA

Com o intuito de fundamentar este artigo procurou-se desenvolver uma pesquisa bibliográfica colhida em fontes como livros, revistas, site, com fins de embasamento teórico em autores renomados no assunto como: Alioto e Prado (2011); Capovilla (2004); Ciasca (2003); Davis (2004); Fernandes e Penha (2008); Figueredo (2009) e outros.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na realidade escolar atual, cada vez mais crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem que precisam ser consideradas pelos professores no momento de suas aulas, para que não fiquem excluídos do resto da classe.

O objetivo do trabalho é analisar a Prática Pedagógica indicada aos alunos com dificuldade de aprendizagem, reconhecendo o papel dos professores neste processo. Parte-se da ideia de que o professor que atua com alunos com dificuldade de aprendizagem, ele precisa ter conhecimento acerca dos disléxicos, seus diagnósticos e prognósticos, para a concretização de um processo de ensino e aprendizagem eficiente.

Percebeu-se que poucos são os profissionais capacitados para trabalharem com esses alunos, pois tiveram uma formação inicial básica e apesar de alguns participarem de formação continuada, elas não abordam esses temas e quando o fazem é de forma superficial. Seno (2020) faz essa reflexão, destacando que é preciso mais atenção para com isso.

É necessário oferecer aos professores um conhecimento específico e adequado às necessidades de alunos com dislexia, de forma a evitar a angústia desses professores em relação às dificuldades apresentadas pelos alunos, levando-os a não se alimentar de falsas expectativas quanto ao rendimento acadêmico (SENO, 2020).

Constatou-se que devido à incompreensão do problema, a criança pode ser considerada como problemática e não como uma criança com dificuldade que necessita de auxílio para superar o obstáculo, pois por não conseguir ler e escrever, seu comportamento pode ser contrário ao

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 71956-71971, sep. 2020. ISSN 2525-8761 esperado. Ela se sente excluída dos demais colegas.

É preciso que cada vez mais os profissionais da educação se dediquem ao estudo, não somente deste distúrbio, mas também de todas as dificuldades de aprendizagem, e se empenhem na busca de formação especializada para a intervenção apropriada dentro da escola e da sala de aula, visando a inclusão destes alunos no ambiente escolar e social. Visto que é dever da escola atuar como suporte, promovendo o desenvolvimento potencial, social e formativo dos alunos (SENO, 2020; SOUZA; SILVA; COUTINHO, 2019).

Diante de tudo que foi abordado sobre a dislexia, percebeu-se que esses alunos disléxicos são pessoas que merecem atenção e respeito, pois eles apresentam uma dificuldade que se for trabalhada de forma correta não prejudicará o desempenho escolar dos mesmos e ainda favorecerá uma melhor prática docente.

REFERÊNCIAS

ALIOTO, Olavo Egídio; PRADO Elisa. Estratégias na alfabetização de crianças disléxicas. 2011. Disponível em: <http://faculdadefamesp.com.br/novosite/wp-content/uploads / 2011/12/artigo8.pdf>. Acesso em: 30/09/2019.

BONFIM, Raphaela da Silva. OLIVEIRA, Elizângela de Souza. et.al. Inclusão Social: professores preparados ou não? Curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Acre – Campus Floresta. 2012.

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CAPOVILLA, Alessandra Gotuso Seabra. Compreendendo a dislexia: definição, avaliação e intervenção. Cadernos de Psicopedagogia, 2002.

CAPOVILLA, Alessandra Gotuso Seabra. et al. Estratégias de leitura e desempenho em escrita no início da alfabetização. Revista Psicologia Escolar e Educacional, Campinas, v. 8, n. 2, p. 189197, dez. 2004.

CIASCA, Sylvia. Distúrbios de Aprendizagem: proposta de avaliação interdisciplinar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

DAVIS, R. D. O dom da dislexia: O novo método revolucionário de correção da Dislexia e de outros transtornos de Aprendizagem. Rio de Janeiro: Rocco, 2004.

FERNANDES, R. A.; PENNA, J. S. Contribuições da psicopedagogia na alfabetização dos disléxicos. Revista Terceiro Setor, v. 2, n. 1, 2008.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 71956-71971, sep. 2020. ISSN 2525-8761 FIGUEIREDO, N. P. A dislexia como uma das principais causas dos distúrbios de aprendizagem na área da leitura e da escrita. Revista de Pedagogia Perspectivas em Educação, set. - dez. 2009.

GERMANO, G. D. & CAPELLINI, S.A. (2008). Eficácia do programa de remediação auditivo-visual computadorizado em escolares com dislexia. Pró-Fono Revista de Atualização Científica. V. 20 Nº. 04 237-242.

MENEZES, R de P. Intervenção psicopedagógica com uma aluna disléxica. Porto Alegre. Diss. (Mestrado) – Faculdade de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação. PUCRS, 2007. 172p.

MOUSINHO, R. Conhecendo a dislexia. Revista Sinpro, Rio de Janeiro, p. 26-33, abr. 2004. MUSZKAT, Mauro. MIRANDA, Monica Carolina. RIZZUTTI, Sueli. Transtorno do déficit de

atenção e hiperatividade. 1ª ed. São Paulo: Cortez, 2012.

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RODRIGUES, Maria. Zita; SILVEIRA, Leila Dislexia: Distúrbio de Aprendizagem da Leitura e Escrita No Ensino Fundamental. 2008. Disponível em: <http://www.webartigos. com/artigos/dislexia>. Acesso em: 11 de setembro de 2015.

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SOUZA, Gustavo de Lima; SILVA, Roseane Maria da Costa; COUTINHO, Diógenes José Gusmão. Dislexia e dislalia: necessidades e possibilidades na prática inclusiva. In: Braz. J. of

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TELES, P. Dislexia: como identificar? Como intervir? Revista Portuguesa de Clínica Geral, v. 20, n. 6, nov. e dez. 2004.

Referências

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