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O PRIMEIRO CURSO AVANÇADO DE DEFESA SUL-AMERICANO (CAD-SUL):

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O PRIMEIRO CURSO AvAnçADO DE DEFESA SUL-AMERICAnO (CAD-SUL):

REFLExõES SOBRE A DEFESA DA AMAzônIA

Heleno Moreira* RESUMO

O primeiro Curso Avançado de Defesa Sul-Americano (CAD-SUL), em conformidade com o Plano de Ação 2012 do Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS), foi realizado no segundo semestre daquele mesmo ano, durante dez semanas, nas instalações da Escola Superior de Guerra (ESG), localizada no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Esse curso foi destinado aos altos funcionários de defesa, civis e militares, dos países-membros da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL), contando com a participação de representantes de onze países, sendo que oito destes integram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA): Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Tal iniciativa representa um esforço no âmbito da região para desenvolver um pensamento sul-americano de defesa baseado na integração, na cooperação e na confiança mútua, por meio de capacitação e formação de pessoal. Partindo dessa inédita experiência adquirida, o presente trabalho tem por objetivo apresentar algumas reflexões sobre como o processo de integração sul-americana pode contribuir para a defesa da Amazônia, ao considerar que a Amazônia brasileira estará mais bem defendida se toda a região amazônica também estiver. Afinal, defesa está diretamente relacionada com desenvolvimento. O trabalho aborda, especialmente, a importância de um curso desse nível para a defesa e para o desenvolvimento regional.

Palavras-chave: Integração Sul-Americana. Defesa. Desenvolvimento. Formação e

Capacitação de Pessoal.

thE FIRSt SOUth AMERICAn DEFEnSE ADvAnCED COURSE (CAD- SOUth): REFLECtIOnS On thE DEFEnSE OF thE AMAzOn

ABStRACt

The first South American Defense Advanced Course1 ( in accordance with the South

American Defense Council2 2012 Plan of Action took place in the second semester * Doutor em Ciências Militares (ECEME), possui o Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia

(CAEPE) e o Curso Avançado de Defesa Sul-Americano, ambos da ESG, onde é membro do Corpo Permanente. Contato: < heleno@esg.br>

1 Known by the acronym CAD-SUL in Brazil. 2 Known by the acronym CDS in Brazil.

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of 2012 for 10 weeks in the facilities of the Superior War School 3, which is located in

Brazil, in the city of Rio de Janeiro. This course was designed for senior defense offi-cials, civilians and military personnel from member countries of the Union of South American Nations (UNASUR)4, counting on the participation of representatives from

eleven countries, considering that eight of these countries take part of the Organiza-tion of the Amazon CooperaOrganiza-tion Treaty 5: Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador, Guyana,

Peru, Suriname and Venezuela. This initiative represents an effort within the region to develop a South American defense thought based on integration, cooperation and mutual trust through capacity building and training staff. Departing from this unique acquired experience, the present paper aims to present some reflections on how the process of South American integration may contribute to the defense of the Amazon, considering that the Brazilian Amazon will be better defended if the entire Amazon region is defended as well, After all, defense is directly related to development. This paper highlights chiefly the importance of a course of this level for the defense and regional development.

Keywords: South American Integration. Defense. Development. Education and

Personnel Training.

EL PRIMER CURSO AvAnzADO DE DEFEnSA SURAMERICAnO (CAD-SUR): REFLExIOnES SOBRE LA DEFEnSA DE LA AMAzOníA

RESUMEn

El primer Curso Avanzado de Defensa Suramericano (CAD-SUR), en conformi-dad con el Plan de Acción 2012 del Consejo de Defensa Suramericano (CDS), ocur-rió en la segunda mitad del año, durante diez semanas, en las instalaciones de la Escuela Superior de Guerra (ESG), ubicado en Brasil, en la ciudad de Río de Ja-neiro. Este curso se dirige a altos funcionarios de defensa, civiles y militares, de los países miembros de la Unión de Naciones Suramericanas (UNASUR), con la participación de representantes de once países, y ocho de estos forman par-te de la Organización del Tratado de Cooperación Amazónica (OTCA): Bolivia, Brasil, Colombia, Ecuador, Guyana, Perú, Surinam y Venezuela. Esta iniciativa representa un esfuerzo en el ámbito de la región para desarrollar un pensa-miento suramericano de defensa basado en la integración, la cooperación y la confianza mutua, por medio de capacitación y formación personal. A partir de esta inédita experiencia adquirida, este trabajo tiene como objetivo pre-sentar algunas reflexiones sobre cómo el proceso de integración suramericana puede contribuir para la defensa de la Amazonía, teniendo en cuenta que la

3 Known by the acronym ESG in Brazil..

4 Acronym for Union of South American Nations. 5 Known by the acronym OTCA in Brazil.

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Amazonía brasileña estará mejor defendida si toda la región amazónica tambi-én está. Al final, la defensa está directamente relacionada con desarrollo. Este trabajo aborda especialmente la importancia de un curso de este nivel para la defensa y para el desarrollo regional.

Palabras clave: Integración Suramericana. Defensa. Desarrollo. Formación y

Capa-citación de Personal.

1 IntRODUçãO

O Parágrafo único do art. 4º da Constituição Federal de 1988 cita que: “A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunida-de latino-americana comunida-de nações”. Na última década, a cooperação e a integração sul-americana têm sido muito debatidas. Tais discussões culminaram em 23 de maio de 2008 com a aprovação do tratado constitutivo da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL, 2008), que compreende nove conselhos, entre eles o Con-selho de Defesa Sul-Americano (CDS, 2011), cujos objetivos gerais são: consolidar a América do Sul como uma zona de paz, base para a estabilidade democrática e para o desenvolvimento integral dos nossos povos e contribuir para a paz mundial; construir uma identidade sul-americana em matéria de defesa, que considere as características sub-regionais e nacionais e que contribua para o fortalecimento da unidade regional; e gerar consensos para fortalecer a cooperação regional em matéria de defesa.

As principais atividades do CDS constam de Plano de Ação Anual, constituído de quatro Eixos de atuação (áreas temáticas), assim distribuídos: Políticas de Defesa; Cooperação Militar, Ações Humanitárias e Operações de Paz; Indústria e Tecnologia de Defesa; Formação e Capacitação.

O terceiro plano, elaborado para o ano de 2012, foi aprovado na Reunião Extraordinária do CDS, na cidade de Lima, no Peru, nos dias 10 e 11 de novembro de 2011, com 27 iniciativas. Entre estas, o Brasil propôs a atividade 4.a: “Realizar um Curso Avançado de Defesa na Escola Superior de Guerra do Brasil, destinado aos Altos Funcionários de Defesa dos países sul-americanos, civis e militares, durante o ano de 2012”.

O presente artigo relata essa experiência, fruto de participação e de estudos, como planejador, discente e Adjunto do Diretor do primeiro Curso Avançado de Defesa Sul-Americano (CAD-SUL), realizado no segundo semestre de 2012, nas ins-talações da Escola Superior de Guerra (ESG), no campus Rio de Janeiro.

O objetivo deste texto é apresentar algumas reflexões sobre como o pro-cesso de integração sul-americana pode contribuir para a defesa da Amazônia, ao considerar que a Amazônia brasileira estará mais bem defendida se toda a região amazônica também estiver. O trabalho aborda, principalmente, a importância de

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um curso desse nível para a construção de um pensamento de defesa e para o de-senvolvimento regional.

2 O CURSO AvAnçADO DE DEFESA SUL-AMERICAnO (CAD-SUL)

O CAD-SUL destina-se a capacitar civis e militares que atuam na área de defesa dos países da UNASUL, proporcionando-lhes conhecimentos que possibi-litem o desenvolvimento de um pensamento sul-americano de defesa, com base na cooperação e integração regionais. Para a consecução do objetivo geral do curso, a estrutura curricular foi desenvolvida ao longo de dez semanas, com uma carga horária de 327 horas/aula, reservadas às atividades de estudo e comple-mentares.

Essa estrutura curricular amparou-se em estudos teóricos e em aplica-ções práticas do conteúdo programático, estabelecido por meio de estudos e disciplinas, ministrados de modo a integrar diversos conhecimentos, tendo em vista que o tema defesa é um conceito bem amplo, além de estar ligado de modo inseparável ao conceito de desenvolvimento e de Estratégia Nacional de Defesa (END) (2008).

O corpo discente contou com a participação de representantes de 11 países – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. O curso foi construído também buscando propiciar uma salutar troca de experiências e de conhecimento entre futuros líderes na área de defesa e even-tos importantes para o aprofundamento da cooperação, além do fortalecimento da confiança entre os países integrantes do citado bloco regional.

Faz-se oportuno destacar aqui que a abordagem metodológica desenvolvida pela ESG propicia aos discentes a aplicação prática dos conteúdos analisados em di-versos níveis de complexidade, configurando-se como um sistema de estudos, pes-quisas e atividades que requerem tanto desempenhos individuais como em grupo. Por esse motivo são privilegiadas técnicas de ensino que tornam as atividades mais produtivas e dinâmicas, de modo a favorecer a participação, a troca de experiências e o desenvolvimento dos discentes.

Os docentes foram representantes do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Defesa, professores doutores acadêmicos e da própria ESG. Também foram convidados palestrantes da Argentina, do Chile e do Equador. O argentino Doutor Alfredo Forti, Diretor do Centro de Estudos Estratégicos de Defesa da UNA-SUL (CEED), para falar sobre “Geopolítica da América do Sul”. O Chile indicou o Ex-chanceler Juan Gabriel Valdez para transmitir sua experiência no comando da Missão das Nações Unidas para a estabilização do Haiti (MINUSTAH) – “Estudo de caso nas operações de paz”. O Equador indicou o Dr Maximiliano Donoso e o Co-ronel Napoleón Alvarado para fazer conferência sobre “Aspectos de segurança e defesa da América do Sul”.

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Ao longo do curso foram realizadas visitas às Escolas de Formação de Ofi-ciais das Forças Armadas Brasileiras6 e aos seus Órgãos de Ciência e Tecnologia7,

incluindo-se também nesse expediente o Comando Militar do Leste, o Comando da Divisão Anfíbia da Marinha, o Navio-Aeródromo São Paulo (Porta-aviões), todos situados na capital carioca, além da EMBRAER (São José dos Campos – SP) e do Co-mando de Aviação do Exército em Taubaté, São Paulo.

O curso foi composto pelas seguintes disciplinas: I - Caracterização dos Países da UNASUL; II - Organismos Internacionais; III - Geopolítica e Geoestratégia; IV - Segurança e Defesa; V - Base Industrial de Defesa; e VI - Logística em ambiente estratégico.

Essas disciplinas possibilitaram discussões que conduziram a alguns ensina-mentos e conceitos, que serão vistos a seguir.

3 LIçõES APREnDIDAS

A América do Sul foi considerada, por muito tempo, como um continente distante, separado; hoje se projeta internacionalmente pela autossuficiência em energia, por extensos reservatórios de água doce e pela exuberante biodiversidade. Portanto, um patrimônio que merece ser preservado e defendido.

As fronteiras devem ser espaço de cooperação e não de separação. No entan-to, os principais obstáculos da UNASUL / CDS são as diferentes características dos países e suas consequentes assimetrias.

A falta de conhecimento na América do Sul sobre as diferentes regiões que compõem o continente é muito grande, não só entre o Brasil e seus vizinhos, como entre estes e o Brasil ou entre eles mesmos. O grande desafio, no contexto do 1º CAD-SUL, foi cada um dos representantes desses territórios apresentarem suas vi-sões para os outros, tendo em vista as muitas diferenças culturais.

As aulas no referido curso eram ministradas, na sua grande maioria, no idioma português, fato este que, no início, dificultou de forma considerável, pois a maioria dos discentes era de língua espanhola. A Guiana usa o idioma inglês, e o Suriname, o holandês. Este último foi atenuado, uma vez que seus representantes entendiam e falavam português e espanhol. Após cerca de trinta dias, a comunicação tornou-se mais dinâmica, pois o português começou a ficar mais fácil de tornou-ser entendido.

A avaliação do ensino, conduzida por intermédio de pesquisas realizadas ao fim de cada disciplina, foi fundamental para o aprimoramento e aperfeiçoamento do curso, que terá sua segunda edição no ano de 2013. Depois de planejado, a

exe-6 Escola Naval (Rio de Janeiro – RJ), Academia Militar das Agulhas Negras (Resende – RJ) e Academia da Força Aérea (Pirassununga – SP).

7 Instituto de Pesquisas da Marinha e Centro Tecnológico do Exército, ambos situados na cidade do Rio de Janeiro – RJ. E o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (São José dos Campos – SP).

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cução foi criticada e foram sendo levantados os pontos positivos e as necessidades de melhoria.

Como exemplo, pode ser citado o Laboratório de Simulação de Cenários, fer-ramenta de extrema importância, mas, por ter sido utilizada na segunda semana do curso, foi avaliada de maneira negativa, uma vez que exigia muitas regras a serem assimiladas e pouco tempo disponível para aprendê-las, aliada à dificuldade com a compreensão do idioma português, ainda pouco dominado pelos discentes. Tal análise resultou na revisão dessa atividade para os próximos cursos.

Outra crítica negativa é que público-alvo era sul-americano, e a maioria dos docentes era brasileira, os quais, apesar de orientados a falar sobre a América do Sul, tendiam a transmitir conhecimentos, em maior quantidade, do Brasil. Para ate-nuar essa situação, para o próximo curso, foram convidados palestrantes de seis países estrangeiros – Argentina, Chile, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela.

As dificuldades de integração são muitas, destacando-se, entre essas, as dire-trizes das ações governamentais de cada região que adotam padrões diferenciados na ocupação de seus territórios. O Brasil, por exemplo, prioriza a parte litorânea, não dando a devida atenção à sua região centro-norte, fato esse que dificulta a ocupação do interior. Outra questão a se ressaltar é a deficiência de transporte aé-reo com poucos voos diretos entre as capitais dos países da América do Sul. Existe, dessa forma, uma enorme carência de infraestrutura.

De acordo com Pinto (2012), construir uma hidrovia não é caro - cerca de R$ 30 milhões de reais. Há muitas bacias fluviais, com destaque para as do Araguaia, do Tocantins, do Amazonas e do Prata. Mas os óbices são muitos: questões am-bientais e indígenas e, principalmente, falta de vontade política, além de excessivos procedimentos administrativos e burocráticos, que acabam propiciando, em várias oportunidades, a divergência entre leis federais, estaduais e municipais, contribuin-do para a insegurança jurídica.

Para um projeto de integração e de defesa da Amazônia, há necessidade de aplicar medidas para tornar fácil o acesso físico e cultural. A região é considerada despovoada e tem escassez de conexão nos setores de energia, transporte e comu-nicações, apesar das grandes potencialidades que até hoje não foram aproveita-das.

Como exemplo de iniciativa de cooperação, a Organização do Tratado de Coo-peração Amazônica (OTCA, 1978) é constituída por oito países amazônicos: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Tem os seguintes objetivos: desenvolver de modo harmonioso e integrado; elevar a qualidade de vida; integrar a região amazônica às economias nacionais; trocar experiências; fo-mentar o crescimento econômico e a preservação do meio ambiente.

Silva (2012) aponta que: 1) na América do Sul deve haver clareza das esfe-: 1) na América do Sul deve haver clareza das esfe-na América do Sul deve haver clareza das esfe-ras políticas e estratégicas dos conceitos de “Defesa” e de “Segurança”. Existe uma enorme dificuldade em distinguir esses dois conceitos; 2) a Amazônia, com seus

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recursos e soberania, é uma área vulnerável brasileira, sendo assim também para a América do Sul; e 3) a Estratégia brasileira decorre de algumas constatações, entre elas o desenvolvimento da Amazônia. E, portanto, a necessidade de desenvolver toda a região, e não somente a parte situada em território nacional.

Conforme aponta Silva (2010, p.65), as questões capazes de gerar crises e impor situações de insegurança para a comunidade das nações centram-se, agora, largamente em ações intraestatais (ecologia, direitos humanos) e transfronteiriços (máfias variadas). A disciplina, ministrada durante o curso, “Segurança e Defesa” ressaltou a importância da integração sul-americana, uma vez que esse tema entrou na agenda das relações internacionais, exigindo novos estudos, análises e debates, com o surgimento de novos atores e, como consequência, novas ameaças.

A Declaração sobre Segurança das Américas, ocorrida na cidade do México, em 2003, descreve como Novas Ameaças: pobreza extrema, terrorismo, crime transnacional, armas de destruição em massa, drogas, corrupção, tráfico de armas, lavagem de ativos, desastres naturais, tráfico ilícito de pessoas e ataques à segurança cibernética.

Lima (2012) mostrou que não se vislumbra uma ameaça comum. As dificulda-des são os problemas logísticos, financeiros e das legislações de cada país, indican-do necessidade de intercâmbio de estuindican-dos e de pessoal; manutenção e, se possível, ampliação dos exercícios militares entre os países; e integração da logística militar (pesquisa, desenvolvimento e produção).

Gonçalves (2012) aponta a integração como um meio, uma ferramenta para gerar mais desenvolvimento e seu argumento central baseia-se na tese que o avan-ço desse processo depende da convergência dos modelos de desenvolvimento em longo prazo.

Com a finalidade de atenuar a ligação física entre os países da UNASUL, a Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) nasceu no ano 2000 sob o signo da inovação, com ideias para a construção de uma visão comum da infraestrutura, trabalhando sinergicamente com três setores – transpor-tes, energia e comunicação. A utilização do conceito de Eixo de Integração e Desen-volvimento (EID) permitiu aos governos sul-americanos o planejamento para além das suas fronteiras.

Um dos maiores desafios da IIRSA consiste em realizar a conexão territorial entre os países e possibilitar sua operação eficiente: infraestrutura construída, re-gulações adequadas e operação otimizada.

4 REFLExõES SOBRE DEFESA DA AMAzônIA

Para este estudo deve-se ressaltar que a Política de Defesa Nacional (PDN) do Brasil (BRASIL, 2005) é o documento condicionante de mais alto nível do planeja-mento de defesa do país, o qual define uma política de Estado voltada para

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amea-ças externas que fixa os objetivos nessa direção e orienta o preparo e o emprego da capacitação nacional. Esse Decreto Presidencial explica os conceitos de segurança e defesa adotados no Brasil, estabelecendo a diferença entre ambos, conforme ado-tado abaixo:

I - Segurança é a condição que permite ao País a preservação da soberania e da integridade territorial, a realização dos seus interesses nacionais, livre de pressões e ameaças de qualquer natureza, e a garantia aos cidadãos do exercício dos direitos e deveres constitucionais; II - Defesa Nacional é o conjunto de medidas e ações do Estado, com ênfase na expressão militar, para a defesa do território, da soberania e dos interesses nacionais contra ameaças preponderantemente externas, potenciais ou manifestas.(PDN, 2005, p.2).

A Estratégia Nacional de Defesa (BRASIL, 2008) trouxe esse debate para a agenda nacional. Mas é uma tarefa de difícil execução, pois como envolver a so-ciedade de um país pacífico como o Brasil, que tem carências de várias ordens, em assuntos como o desenvolvimento do território brasileiro?

O desenvolvimento de mentalidade de defesa no seio da sociedade brasileira é fundamental para sensibilizá-la acerca da importância das questões que envolvam ameaças à soberania, aos interesses nacionais e à integridade territorial do País. (BRASIL, PDN, 2005, ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA, 6.20).

A PDN (BRASIL, 2005) e a END (BRASIL, 2008) estabeleceram que: “a Amazô-nia, considerando a cobiça internacional e as vulnerabilidades nacionais, é a área estratégica prioritária, sendo a sua integração o fator de maior impacto na redução das vulnerabilidades naquela região”.

De acordo com Neves Neto (2011, p.19), a grande bacia fluvial do Amazonas possui 1/5 da disponibilidade mundial de água doce. Os rios são as verdadeiras “estradas líquidas” que alimentam a vida da região. A maioria dos povoados, vilas e cidades está situada ao longo dos cursos de água.

Smith (2011, p. 80) cita: “Está na moda dizer que a água é o “petróleo do fu-turo”, pelo qual o mundo estaria disposto a entrar em guerra no século XXI”.

Os países desenvolvidos e os em desenvolvimento necessitam cada vez mais de fontes de energia para manter ou mesmo conquistar seus objetivos, aí incluído o desenvolvimento. O Ministro da Defesa brasileiro declara sobre a questão:

Não me canso de dizer: ser país pacífico não é sinônimo de estar desar-mado. A dissuasão é a Estratégia primária da política de defesa brasileira. E defesa, volto a repetir, não se delega. Seu objetivo é evitar, por meio da posse de adequadas capacidades militares, agressões ao patrimônio brasileiro ou ações que afetem, ainda que indiretamente, interesses na-cionais. (AMORIM, 2012, p. 8).

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Segundo Santos (2004, p.17), “A questão energética é muito séria, pois sem energia a Nação não pode produzir ou desenvolver-se. Uma Nação dependente em seu próprio território, naquilo que lhe é mais estratégico, não tem condições de manter sua soberania. Tende, sim, a ser colonizada ou controlada por nações mais poderosas”.

Essas ideias iniciais mostram que não há inimigos declarados, mas há rique-zas, patrimônios nacionais que necessitam de defesa.

De acordo com Neves Neto (2011, p.12), a END, estabelecendo a Amazônia como área prioritária para a defesa, busca conciliar exploração e preservação, per-mitindo visualizar a necessidade de um maior comprometimento da classe política na manutenção, desenvolvimento e povoamento da área. Ou seja, só corrobora a noção de que a melhor defesa é o desenvolvimento do país.

A região amazônica, com sua flora, fauna, minerais e biodiversidade, por exemplo, torna-se uma das regiões mais ricas do planeta, e, de acordo com Neves Neto (2011, p. 9), os óbices que dificultam a conquista desse objetivo podem ser listados como crimes transnacionais, narcotráfico, corrupção, depredações do meio ambiente, em cerca de 11.000 km de fronteiras, caracterizando-se assim as “Novas Ameaças”.

Fregapani (1995) aponta que segurança se obtém pela ocupação e pelo de-senvolvimento8, mas a capacidade militar não pode ser esquecida.

Em muitas localidades estratégicas da Amazônia, o Estado brasileiro se faz presente apenas com as Forças Armadas, ou seja, com a expressão militar do poder nacional9, notando-se a falta das outras quatro expressões, já que esse poder é uno

e indivisível. Assim, há um desequilíbrio que necessita ser corrigido.

A ausência de instituições governamentais traz como consequências, entre outras, ações negativas de Organizações Não Governamentais (ONG)10 e de missões

religiosas, que usam o índio como ser indefeso para conquistar seus interesses. Segundo Villas Bôas (2013), atualmente, o atendimento às necessidades bá-sicas na Amazônia fica cada vez mais precário, em virtude da pouca presença de instituições estatais. Da mesma forma, as questões ambientais e indígenas, junta-mente com os ilícitos, estão se agravando. Vive-se, no momento, o dilema do de-senvolvimento versus o ambientalismo, em que o desmatamento da floresta ama-zônica representa a prática mais condenável por todas as organizações nacionais e

8 Desenvolvimento é o processo global de aperfeiçoamento do homem e o aprimoramento dos sistemas sociais (ESG, v 1, p. 53).

9 Poder Nacional é a capacidade que tem o conjunto de Homens e Meios que constituem a Nação para alcançar e manter os Objetivos Nacionais, em conformidade com a Vontade Nacional (ESG, 2013, v 1, p. 31). Para fins didáticos é dividido em cinco expressões: política, econômica, psicossocial, militar e científico-tecnológica.

10 Há um estudo feito sobre as ONG e seus países patrocinadores; entretanto, esse assunto seria tema de outro artigo.

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internacionais, pois traz danos irreparáveis ao ecossistema. Portanto, o importante é fazer dela, a terra, um dos fundamentos do poder nacional, transformando seus recursos naturais em riquezas para o Brasil, para a América do Sul, agregando valor. Afinal:

Um dos grandes desafios do desenvolvimento é promover o cresci-mento econômico sem agredir os valiosos ativos ambientais do país e, ao mesmo tempo, recuperar os que foram depredados, preservando-os para o usufruto tanto das gerações atuais quanto das futuras. (SA-LOMÃO, 2010, p. 393).

Quando se discutem temas amazônicos, as questões tomam um vulto maior devido às distorções propagadas na comunidade internacional, por intermédio de algumas ONGs, visto que alguns países ricos querem ensinar como o Brasil deve proteger o ambiente e os índios. E frequentemente essas interferências externas têm a capacidade e o poder de potencializar problemas, de inventar e agravar crises com o intuito de impor aos brasileiros a vontade dos países de primeiro mundo, seus objetivos políticos, sob a fachada de proteção ambiental e de minorias, sendo estes tão importantes quanto o atendimento às necessidades básicas da população. Derrubar árvores é crime, mas também o é negar atendimento às necessidades básicas de seres humanos.

Cabe ressaltar que a história mostra que esses mesmos países não resolve-ram situações parecidas. Mataresolve-ram seus indígenas e destruíresolve-ram seus ambientes na-turais.

E como desenvolver a Amazônia? Becker (1982), Pereira (2007) e Mattos (2007), com seus trabalhos geopolíticos, já indicavam a necessidade de ocupação e desenvolvimento diante da comprovação da existência de muita riqueza em recur-sos naturais, ou seja, um potencial econômico.

A fraca presença do Estado agrava a situação, uma vez que há muita regula-mentação e pouca fiscalização por parte dos órgãos governamentais, especialmen-te nas questões indígenas e ambientais, exceto em algumas ações fracionadas, não havendo qualquer tipo de integração; potencializa outros problemas, uma vez que não há fiscalização constante. E, sendo assim, todas as providências públicas em relação à Amazônia acabam tendo um viés repressivo, o que, consequentemente, impulsionam as pessoas, naturalmente, para o ilícito. Entretanto, há alguns progra-mas e projetos para aquela região, com objetivos de atender essa demanda. Como exemplo, pode-se citar o Programa Calha Norte (BRASIL, 2013 a) e o Projeto Rondon (BRASIL, 2013 b).

É necessário, portanto, oferecer alternativas à população local, pois são cerca de 16 milhões de habitantes (WIKIPÉDIA, 2013) esquecidos. Os índios, por serem mais facilmente manipulados por órgãos não governamentais e normalmente es-quecidos pelas autoridades competentes da urgência de sua inclusão aos demais

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brasileiros, deixam-se conduzir a quem lhes ofereça algo positivo. Eles carecem de elementos básicos à sobrevivência, ou seja, hospitais, escolas, transporte, energia, lazer. Existem ainda outros aspectos de ordem humana, econômica, ambiental e social. É necessária a presença do Estado, do poder nacional, pois são brasileiros que têm necessidades básicas não atendidas.

As decisões são tomadas em uma esfera que parece desconsiderar as reais necessidades dos brasileiros daquela região. É o caso, por exemplo, da sede da Se-cretaria da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA, 1978), que está localizada em Brasília, Capital Federal, quando o mais correto seria estar situa-da em Manaus para vivenciar a realisitua-dade e o espírito amazônico.

Além da ocupação, para o desenvolvimento é necessário um forte e expres-sivo investimento em educação, base de tudo, pois permeia as demais áreas. A educação não resolve todos os problemas, mas todos os problemas se resolvem com um mínimo de educação. Educação transmite o patrimônio cultural. Uma so-ciedade mais culta cuida melhor de sua saúde, valoriza o ensino, trabalha melhor, tem mais consciência ambiental e conduz a um melhor comprometimento com sua Nação, com o civismo. Como aponta Santos (2006, p.37), “a cultura é a base funda-mental para a manutenção da unidade nacional, da nacionalidade, da soberania e condição fundamental para a construção de um futuro comum. Entretanto a cultura só terá condições de sobreviver, se o Estado atuar no sentido de preservá-la”, um pouco antes, o autor ressalta que:

A cultura é essencial para a manutenção da integridade territorial, o que, em parte, possibilita seu vigor e sua criatividade. Podemos con-siderar a interferência cultural como instrumento da Estratégia. Con-siderando Estratégia uma arte, a interferência cultural é uma arma. Uma arma silenciosa e eficiente (SANTOS, 2006, p.19).

Uma das alternativas para atenuar tais adversidades é a criação de polos universitários, com esforço na Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I), em torno de Manaus, que tem uma posição central. Urge conectar a Amazônia aos outros centros de desenvolvimento. Vieira (2005) e Moreira (2008) corroboram a ideia de aplicação de fortes investimentos e incentivo de C, T& I na Amazônia, propon-do a criação de universidades públicas e Institutos científico-tecnológico voltapropon-dos à pesquisa, com prioridade para recursos florestais e da biodiversidade, aquáticos e minerais.

A Amazônia é uma das regiões mais ricas do planeta, com a maioria do seu território no Brasil, mas também com mais sete países signatários da OTCA. Dois terços dos países sul-americanos possuem território na Amazônia. Por isso, é fun-damental sua defesa. Essa floresta toda protegida irá trazer benefícios não só ao Brasil, mas para toda a América do Sul. Assim, a integração regional deve ser consi-derada primordial para a defesa do continente e, em consequência, para a

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Amazô-nia, não se pode, também, deixar de mencionar a valiosa contribuição do CAD-SUL para essa integração, cujo objetivo principal se concentra no desenvolvimento de um pensamento sul-americano de defesa.

Dessa forma, o CAD-SUL contribui de modo significante, não só para a de-fesa da Amazônia, mas para a dede-fesa de toda a América do Sul, colaborando com a integração regional, uma vez que possibilita destacar a sua importância política e estratégica, despertando o interesse de toda a UNASUL por aquela região, além de permitir o fortalecimento das instituições, como a OTCA, por exemplo.

5 COnCLUSãO

O CAD-SUL, curso inédito nas áreas de integração sul-americana e de defesa, com sua estrutura curricular própria, demonstrou a eficiência da cooperação como o melhor instrumento da dissuasão. Políticas de defesa e políticas de desenvolvimento são inseparáveis, uma dando suporte à outra.

Paralelamente, evidenciou a necessidade do equilíbrio do poder nacio-nal de cada país, pois a expressão militar é tão importante quanto as demais expressões. Compreender a geopolítica torna-se fundamental, dado que fatos ocorridos em outros continentes poderão trazer consequências para a América do Sul.

Não se pode desconhecer a importância estratégica da Amazônia, não só para o Brasil, mas também para os países membros da OTCA. Suas riquezas inco-mensuráveis, suas fontes de água doce, seu banco genético, entre outros, são alvo de cobiça por parte de nações desenvolvidas. E cabe aos brasileiros e a todos os povos que integram o território sul-americano se unirem, consolidando essa inte-gração, para juntos, proporcionarem a devida defesa à região, com a finalidade de manter a paz e nunca causar a guerra. Essas propostas devem começar com fortes projetos de desenvolvimento e de uma cultura sul-americana como poderosa arma de sua população.

A integração da América do Sul irá contribuir para a defesa de todos os países da UNASUL, e, como consequência, a região mais rica do planeta estará inteiramen-te defendida, já que é um patrimônio dos países amazônicos.

REFERênCIAS

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