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REVISÃO CRIMINAL: divergências jurídicas diante da legitimidade do Ministério Público | Anais do Congresso Acadêmico de Direito Constitucional - ISSN 2594-7710

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Anais do I Congresso Acadêmico de Direito

Constitucional Porto Velho/RO

23 de junho

de 2017 P. 667 a 682 REVISÃO CRIMINAL: divergências jurídicas diante da legitimidade do

Ministério Público

Luiz André Mendes Maia1 Sávio Antiógenes Borges Lessa 2

RESUMO

O presente artigo trata da analise das divergências jurídicas existentes no ordenamento jurídico brasileiro acerca da legitimidade do Ministério Público no que tange ao pedido de revisão criminal em favor do réu. Observa-se que não há previsão no Código de Processo Penal acerca da legitimidade do Ministério Público, embora a Constituição Federal tenha trazido novas atribuições a este órgão. Tendo em vista a não previsão na legislação brasileira e nos Regimentos Internos dos tribunais superiores, muito se discute na doutrina sobre a possibilidade de se dar legitimidade ao Ministério Público propor revisão criminal em favor do réu, de modo que tal discussão se traduz em eventuais divergências jurídicas no ordenamento jurídico brasileiro. Como metodologia foi utilizada à pesquisa bibliográfica, com ênfase em livros, doutrinas, leis, regimentos interno de tribunais superiores e jurisprudências que abordam o tema ora discutido, bem como o estudo do direito comparado em outros países. Diante de tal analise, chega-se ao resultado de que as divergências jurídicas, decorrentes da não legitimidade do Ministério Público, podem se exprimir em eventuais problemas, de modo que poderão refletir de maneira negativa no ordenamento jurídico e por consequência atingir a sociedade. Por fim, chega-se a conclusão de que, por mais que haja divergências jurídicas, o Ministério Público deve ter legitimidade para propor revisão criminal em favor do réu, uma vez que não se trata apenas de questão criminal, trata-se da busca por decisões justas, abrangendo assim o principio da verdade real.

Palavras-chave: Revisão Criminal. Ministério Público. Constituição Federal.

¹ Acadêmico do Curso de Direito da Faculdade Católica de Rondônia. E-mail: luizmm08@gmail.com. 2

Coronel da Polícia Militar do Estado de Rondônia, exercendo atualmente a função de Coordenador de Recursos Humanos da PMRO e Professor de Direito Penal da Faculdade Católica de Rondônia; Doutorando em Ciências Políticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade Católica de Rondônia; Pós-graduado em Segurança Pública e Direitos Humanos pela Universidade Federal de Rondônia; Pós-graduado em Ciências Penais pela Universidade do Sul de Santa Catarina; e Bel em Direito, formado pela Universidade Federal de Rondônia. CV: http://lattes.cnpq.br/5802626497869767. E-mail: prof.saviolessa@gmail.com.

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668 ABSTRACT

This article deals with the analysis of the legal differences existing in the Brazilian legal system regarding the legitimacy of the Public Prosecution Service regarding the request for criminal review in favor of the defendant. It is observed that there is no provision in the Code of Criminal Procedure regarding the legitimacy of the Public Prosecution Service, even though the Federal Constitution has brought new attributions to this body. In view of the lack of provision in Brazilian law and in the Internal Rules of the higher courts, there is much debate in the doctrine about the possibility of giving the Public Prosecutor's Office legality to propose criminal review in favor of the defendant, so that such discussion Differences in the Brazilian legal system. As a methodology, we have used bibliographical research, with emphasis on books, doctrines, laws, internal regiments of higher courts and jurisprudence that address the subject discussed here, as well as the study of comparative law in other countries. In the face of this analysis, we arrive at the result that legal differences arising from the non-legitimacy of the Public Prosecutor's Office may be expressed in possible problems, so that they may reflect negatively in the legal system and consequently affect society. Finally, it is concluded that, although there are legal differences, the Public Prosecutor's Office must have the legitimacy to propose criminal review in favor of the defendant, since it is not only a criminal matter, it is the search for Decisions, thus encompassing the principle of real truth.

Keywords: Criminal Review. Public Ministry. Federal Constitution.

INTRODUÇÃO

A revisão criminal teve sua entrada no ordenamento jurídico brasileiro em 1890, sendo um instrumento anterior a Constituição Republicana, de modo que, sofreu determinadas alterações com o passar dos anos. Todavia, é um instituto que persiste até os dias atuais, uma vez que, continua prevista no ordenamento jurídico brasileiro.

Cumpre-se destacar que a revisão criminal não se trata de um recurso, sendo uma ação autônoma de impugnação utilizada como meio revisional das sentenças penais condenatórias transitadas em julgado, de modo que, é um instrumento essencial ao processo penal e ao ordenamento jurídico brasileiro.

Por ser um instrumento histórico e de suma importância no ordenamento jurídico brasileiro, muito se debate acerca de tal instituto, sendo um dos destaques a legitimidade do Ministério Público para propor tal pedido.

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Tais debates estão presentes principalmente na doutrina brasileira, que em sua maioria são pacíficos no entendimento de ser possível o Ministério Público propor revisão criminal em favor do réu.

Entretanto, tal entendimento ainda encontra-se nebuloso na jurisprudência, principalmente nos tribunais superiores, de modo que tais entendimentos, tanto da doutrina como da jurisprudência, fazem surgir divergências no ordenamento jurídico brasileiro.

Tendo em vista tais divergências, analisam-se as legislações de outros países, por meio do estudo comparado, sendo que o resultado encontrado é o de que alguns países, como por exemplo, Portugal, não possui tais divergências em seu ordenamento jurídico, visto que o Ministério Público possui legitimidade para entrar com pedido revisional.

Diante de tal cenário, entende-se que tais divergências jurídicas podem afetar negativamente o ordenamento jurídico brasileiro, podendo inclusive refletir no âmbito da coletividade.

1 ASPECTO HISTÓRICO DA REVISÃO CRIMINAL

A revisão criminal é uma ação autônoma de impugnação utilizada como meio revisional das sentenças condenatórias transitadas em julgado, de modo que tal instrumento é de suma importância, pois serve como equalizador para a verdade real dos fatos.

A revisão criminal como conhecida atualmente teve sua origem no ordenamento jurídico brasileiro em 11 de outubro de 1890 por meio do decreto n. 848 em seu artigo 9°, inciso III.

De acordo com o artigo 9°, inciso III, a competência pertencia ao Supremo Tribunal Federal:

Art.9°. Compete ao Tribunal;

III. Proceder á revisão dos processos criminais em que houver sentença condenatória definitiva, qualquer que tenha sido o juiz ou tribunal julgador. (BRASIL, Decreto n° 848 de 11 de outubro de 1890.).

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De modo que, antes de tal decreto, o instituto que previa a revisão de processos findos, era o chamado recurso de revista, porém com certa limitação, uma vez que era admitido somente nos casos de manifesta nulidade ou injustiça notória nas sentenças de última instância.

Posteriormente foi introduzida na Constituição Republicana de 1891 em seu artigo 81°:

Art. 81° - Os processos findos, em matéria crime, poderão ser revistos a qualquer tempo, em benefício dos condenados, pelo Supremo Tribunal Federal, para reformar ou confirmar a sentença. (BRASIL, Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 24 de fevereiro de 1891).

Ao passo que a Constituição de 1934, em seu artigo 76°, manteve o mesmo entendimento, previsto na Constituição Republicana.

Em meio ao Estado Novo, período ditatorial do Presidente Getulio Vargas que perdurou de 1937 a 1945, a Constituição de 1937 sofre um retrocesso jurídico no que tange a revisão criminal, uma vez que a Carta Magna vigente nada prevê a respeito da revisão criminal. De modo que a revisão criminal passou a não ter mais respaldo constitucional sendo prevista no ordenamento jurídico brasileiro através do recém-criado Código de Processo Penal de 1941.

Com o fim do período ditatorial, a Constituição de 1946 seguindo os parâmetros da Constituição Republicana e da Constituição de 1934 ao estabelecer a competência do Supremo Tribunal Federal nos casos de revisão criminal, voltou a prever a revisão criminal em seu corpo, dando-lhe o respaldo constitucional.

Em 1967, com a criação da Constituição de 1967, criada durante o período da ditadura militar, há a previsão da revisão criminal de maneira escassa, uma vez que não previa seu procedimento, no artigo 114°, inciso I, alinha ―M‖ que traz a competência do Supremo Tribunal Federal para julgá-la e processá-la originalmente.

Posteriormente, com a Emenda Constitucional n° 1 de 17 de outubro de 1969, há a modificação no que tange a revisão criminal de modo que o artigo que prevê a competência do Supremo Tribunal Federal para julgar e processar originalmente a revisão criminal passa a ser o artigo 119°, inciso I, alinha ―M‖.

Em 1977, com a Emenda Constitucional n° 7 de 13 de abril de 1977, o artigo 119 passou a possuir três parágrafos, sendo que no parágrafo 3° alinha ―C‖ a Constituição deixa para o Supremo Tribunal Federal a faculdade de, no seu

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regimento interno estabelecer o processo e julgamento das revisões que lhe sejam competentes.

Com a atual Constituição de 1988, a revisão criminal passou a ter maior amplitude uma vez que possui respaldo nos artigos 102°, inciso I, alinha ―J‖, 105°, inciso I, alinha ―E‖ e 108°, inciso I, alinha ―B‖ que trazem respectivamente a competência do Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça e dos Tribunais Regionais Federais no que diz respeito à revisão criminal de seus julgados.

2 CONTRADIÇÕES DOUTRINÁRIAS E JURISPRUDENCIAIS ACERCA DA LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Embora a revisão criminal seja um meio revisional de sentenças condenatórias, utilizado pelo réu, seu procurador habilitado, ou em caso de morte do réu, por seu conjugue, ascendente, descendente ou irmão. Muito se discute acerca da possibilidade do Ministério Público para propor revisão criminal em favor do réu.

Tal discussão se estende, uma vez que o artigo 623 do Código de Processo Penal, que trata da legitimidade para propor a revisão criminal, nada prevê acerca da legitimidade Ministério Público:

Artigo 623°. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. (BRASIL, Decreto-Lei n° 3689 de 03 de outubro de 1941).

No âmbito da doutrina, onde a grande maioria dos doutrinadores concorda com o posicionamento de que o Ministério Público tem legitimidade para propor a revisão criminal em favor do réu.

Tem-se, nesta linha de pensamento, pela legitimidade do Ministério Público, Demercian e Maluly (2014, p.712) apontam:

Não há previsão legal de que o membro do Ministério Público proponha o pedido revisional, contudo, como fiscal da correta aplicação da lei, tem o promotor legitimidade para tanto, a semelhança do que já se admite em relação a possibilidade de recurso em favor do réu ou mesmo de formular pedido de Habeas Corpus.

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Tendo raciocínio idêntico, aponta Tourinho Filho (2012, p.716):

O Ministério Público não é parte legítima para requerer a revisão criminal. Poderá impetrar habeas corpus. Revisão, não. Afasta-se desse modo, o nosso instituto da revisão do disciplinamento a que o sujeitam numerosas legislações. Se o Estado tem, também, o dever de desenvolver a necessária atividade para proclamar a injustiça de uma condenação, não se louva a falta de legitimidade do Ministério Público (que, às escâncaras, encarna os interesses da própria sociedade) para requerê-la.

Segundo Pacelli (2017, p.444):

Aliás, não vemos razão alguma para não se admitir a legitimidade do próprio Ministério Público para a ação de revisão. Dizer que falta previsão no Código de Processo Penal não resolve a questão, porquanto, conforme já tivemos oportunidade de salientar tantas vezes, a Constituição da República promoveu verdadeira revolução copérnica no processo penal brasileiro, sobretudo em relação às garantias individuais e ao papel do Ministério Público, órgão inteiramente imparcial em relação às questões penais.

Neste mesmo pensamento temos Távora e Rodrigues Alencar (2017, p.1616):

Embora o código não faça referências, entendemos que a Constituição do Brasil autoriza o Ministério Público, pelo teor de seu art.127, a propositura de revisão criminal, desde que o faça em favor do acusado.

Por mais homogênea que seja a doutrina, tendo poucos doutrinadores contra a legitimidade do Ministério Público, o mesmo não se pode falar sobre a jurisprudência, uma vez que o atual posicionamento do Supremo Tribunal Federal é pela ilegitimidade do Ministério Público.

Conforme o Recurso Ordinário em Habeas Corpus n° 80.796-8 – São Paulo, proferido em 29 de maio de 2001 pela segunda turma do Supremo Tribunal Federal, tendo como relator o Ministro Marco Aurélio:

REVISÃO CRIMINAL - LEGITIMIDADE. O Estado-acusador, ou seja, o Ministério Público, não tem legitimidade para formalizar a revisão criminal, pouco importando haver emprestado ao pedido o rótulo de habeas corpus, presente o fato de a sentença já ter transitado em julgado há mais de quatro anos da impetração e a circunstância de haver-se argüido a competência da Justiça Federal,

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e não da Justiça Estadual, sendo requerente o Procurador da República. (BRASIL, Supremo Tribunal Federal).

Tendo em vista tal decisão, destaca-se que o entendimento do Supremo Tribunal Federal continua sendo o mesmo, ou seja, pela ilegitimidade do Ministério Público, uma vez que o artigo 265° de seu próprio Regimento Interno, atualizado até a Emenda Regimental n°. 51/2016, segue o mesmo raciocínio do artigo 623 do Código de Processo Penal:

Artigo 265°. A revisão poderá ser pedida pelo próprio condenado ou seu procurador legalmente habilitado, ou, falecido aquele, pelo seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

(BRASIL, Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal de 27 de outubro de 1980).

Destaca-se ainda que tal entendimento não é disposto somente no Supremo Tribunal Federal, podendo ser encontrado entendimento semelhante no Superior Tribunal de Justiça, que também detém competência para julgar a revisão criminal conforme o artigo 105°, inciso I, alinha ―E‖ da Constituição Federal.

Tal entendimento encontra-se esculpido no artigo 241° do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça atualizado até a Emenda Regimental n°. 27 de 13 de dezembro de 2016:

Artigo 241°. A revisão terá início por uma petição instruída com a certidão de haver passado em julgado a decisão condenatória e com as peças necessárias à comprovação dos fatos arguidos, e será processada e julgada na forma da lei processual. (BRASIL, Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, de 07 de julho de 1989).

Embora o artigo não trate de maneira expressa sobre a legitimidade da revisão, assim como no Regime Interno do Supremo Tribunal Federal, visualiza-se que o artigo dispõe que a revisão criminal será ―processada e julgada na forma da lei processual‖, referência expressa ao Código de Processo Penal.

Nota-se, portanto que, muito embora a doutrina seja majoritariamente pacífica no que tange a legitimidade do Ministério Público para propositura da revisão criminal, a jurisprudência dos tribunais superiores caminha em sentido contrário, seja por falta de atualização da lei processual, seja por não entendimento de ser cabível a legitimidade do Ministério Público.

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674 3 DO DIREITO COMPARADO

Embora não haja, no ordenamento jurídico brasileiro, previsão expressa acerca da legitimidade do Ministério Público para propor a revisão criminal. Têm-se exemplos de países que têm em seus ordenamentos jurídicos tal previsão o que se faz necessário observar.

3.1 PORTUGAL

Em Portugal, o Código de Processo Penal Português, Decreto-Lei n.º 78/87, de 17 de Fevereiro, em seu artigo 450° dispõe acerca da legitimidade para propor a revisão criminal:

Artigo 450.º Legitimidade

1 - Têm legitimidade para requerer a revisão: a) O Ministério Público;

b) O assistente, relativamente a sentenças absolutórias ou a despachos de não pronúncia;

c) O condenado ou seu defensor, relativamente a sentenças condenatórias.

2 - Têm ainda legitimidade para requerer a revisão e para a continuar, quando o condenado tiver falecido, o cônjuge, os descendentes, adoptados, ascendentes, adoptantes, parentes ou afins até ao 4.º grau da linha colateral, os herdeiros que mostrem um interesse legítimo ou quem do condenado tiver recebido incumbência expressa. (PORTUGAL, Decreto-Lei n.º 78/87, de 17 de Fevereiro.). Percebe-se que o Código de Processo Penal português traz expressamente a legitimidade do Ministério Público para propor a revisão criminal, o que deve ser levado em conta, uma vez que, também é perceptível que tal artigo muito se assemelha com o artigo 623 do Código de Processo penal brasileiro.

3.2 ESPANHA

Na Espanha, a lei processual penal também trata acerca da legitimidade para propor a revisão criminal em seus artigos 955 e 961, ambos da Ley de Enjuciamiento Criminal, Promulgada pelo Real Decreto de 14 de septiembre de 1882:

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Artículo 955. Están legitimados para promover e interponer, en su caso, el recurso de revisión, el penado y, cuando éste haya fallecido, su cónyuge, o quien haya mantenido convivencia como tal, ascendientes y descendientes, con objeto de rehabilitar la memoria del difunto y de que se castigue, en su caso, al verdadero culpable. (ESPANHA, Real Decreto de 14 de septiembre de 1882).3.

Artículo 961. El Fiscal General del Estado podrá interponer el recurso siempre que tenga conocimiento de algún caso en el que proceda y que, a su juicio, haya fundamento bastante para ello, de acuerdo con la información que haya practicado. (ESPANHA, Real Decreto de 14 de septiembre de 1882).4.

Percebe-se que assim como o Código de Processo Penal português, a lei processual penal da espanhola em muito se assemelha com o Código de Processo Penal brasileiro, não prevendo apenas a legitimidade do Ministério Público para propor a revisão criminal.

3.2 ITÁLIA

Na Itália, o artigo 632, inciso I, alinhas ―A‖ e ―B‖ do Codice di Procedura Penale promulgado pelo D.P.R. 22 settembre 1988, n. 447, que dispõe acerca da legitimidade da revisão criminal:

Art. 632 (Soggetti legittimati alla richiesta)5

1. Possono chiedere la revisione:

a) il condannato o un suo prossimo congiunto ovvero la persona che ha sul condannato l’autorità tutoria e se il condannato è morto, l’erede o un prossimo congiunto;”

3

Artigo 955. A seguir têm o direito de promover e trazer, se for o caso, ao recurso, a pessoa condenada e quando ele morreu, o seu cônjuge, ou quem tem mantido convivência como tal, ascendentes e descendentes, a fim de reabilitar a memória de falecido e a punição, se houver, o verdadeiro culpado. (Espanha, Real Decreto de 14 de Setembro 1882).

4

Artigo 961. O procurador-geral pode apresentar um recurso sempre que tome conhecimento de qualquer caso em que apropriado e, em sua opinião, tem uma base substancial para isso, de acordo com as informações que tiver praticado. (Espanha, Real Decreto de 14 de Setembro 1882). .

5

Art. 632 (pessoas com direito ao pedido) 1. Eles podem pedir uma revisão:

a) o condenado ou seus familiares ou a pessoa que é condenado na autoridade de tutela e se a pessoa condenada tenha morrido, o herdeiro ou um parente próximo ";

b) o Procurador-Geral junto do Tribunal de Recurso, em cujo distrito foi pronunciada a sentença. Pessoas. (ITALY, o Decreto Presidencial 22 de setembro de 1988, n. 447).

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b) il procuratore generale presso la corte di appello nel cui distretto fu pronunciata la sentenza di condanna. Le persone. (ITALIA, D.P.R. 22 settembre 1988, n. 447.).

Nota-se, portanto que no direito Italiano a revisão criminal também pode ser proposta pelo Ministério Público, através de seu Procurador-Geral.

4 COMPARATIVO ENTRE O ATUAL REGIMENTO INTERNO COM OS ANTIGOS REGIMENTOS INTERNOS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Uma vez verificado os ordenamentos jurídicos de outros países acerca da revisão criminal, faz-se necessário analisar os antigos Regimentos Internos do Supremo Tribunal Federal, com o intuito de traçar um comparativo com o atual regimento interno no que concerne à revisão criminal.

O Atual Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, atualizado até a Emenda Regimental n°. 51/2016, em seu artigo 265° nada prevê sobre a legitimidade do Ministério Público para propor a revisão criminal:

Artigo 265°. A revisão poderá ser pedida pelo próprio condenado ou seu procurador legalmente habilitado, ou, falecido aquele, pelo seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

(BRASIL, Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal de 27 de outubro de 1980).

Entretanto, o Regimento Interno de 1970, consolidado até a Emenda Regimental n° 5 e atualizado até a Emenda Regimental n° 8 do Supremo Tribunal Federal previa em seu artigo 247°, os legitimados para pedir a revisão criminal, de modo que, neste rol de legitimados constava o nome do Procurador-Geral da República:

Artigo. 247° — Podem pedir a revisão o Procurador-Geral e o próprio condenado ou, falecido este, o seu cônjuge, bem como o seu ascendente, descendente ou irmão. (BRASIL, Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal de 18 de julho de 1970).

Por se tratar do antigo Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, geram-se muitas dúvidas, uma vez que, com o atual Regimento Interno há a desconstituição da legitimidade, antes dada ao Procurador-Geral da República e em

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consequência ao Ministério Público, causando assim um total retrocesso, uma vez que a doutrina majoritária entende pela legitimidade.

Nesse viés afirma Tourinho Filho (2012, p.717):

Agora, em face do novo Regimento Interno do Excelso Pretório, arredando o Procurador-Geral da República dentre os legitimados a pedirem revisão, nos termos do art.265, tivemos um retrocedimento, e, assim, as esperanças de ampliar o raio de ação do Ministério Público, como instituição que é, destinada a preservar e resguardar os valores da sociedade, posição a que foi guindado condignamente, debilitaram-se, decresceram, diminuíram.

Importante destacar que, não se foi encontrada justificativa para a retirada da legitimidade do Procurador-Geral da República do atual Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal em face de seu Regimento anterior.

Tal retirada é de certa forma estranha, pois o Regimento antecessor ao Regimento Interno de 1970 da Suprema Corte, também previa a legitimidade do Ministério Público para propor a revisão criminal em seu artigo 145°.

Artigo 145°. O Tribunal procederá à revisão dos processos findos em matéria criminal, em que ele, ou o extinto Tribunal Superior da Justiça Eleitoral houver proferido a decisão condenatória; a vista de petição, suficientemente instruída do condenado, do Procurador-Geral da República ou de qualquer pessoa do povo. (BRASIL, Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal de 25 de janeiro de 1940).

No mesmo sentido aponta-se o artigo 21°, parágrafo 10°, do Regimento Interno de 1909, atualizado até 1937, que dispunha:

Artigo. 21°. Compete ao Procurador Geral:

10. Requerer a revisão dos processos findos em matéria criminal, nos casos do art. 16, § 4°. (BRASIL, Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal de 24 de maio de 1909.).

Destaque ainda para o artigo 20°, parágrafo 7° do primeiro Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal:

Artigo. 20°. Compete ao Procurador Geral da Republica: §7°. Requerer a revisão dos processos findos em matéria criminal, quando lhe parecer que cumpre: (BRASIL, Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal de 08 de agosto de 1891).

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Em razão da analise feita nos antigos Regimentos Internos da Suprema Corte, há de se pensar acerca das contradições e divergências existentes no ordenamento jurídico no que tange ao pedido de revisão em matéria criminal, haja vista que, todos os antigos Regimentos Internos entendiam pela legitimidade do Ministério Público e traziam de maneira expressa tal legitimidade.

Com o advento da Constituição Federal 1988, o Ministério Público passou por uma renovação em suas atribuições e competências, de modo que não é mais um mero acusador, se tornando um garantidor da justiça.

O artigo 127° da Constituição Federal destaca:

Art. 127°. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. (BRASIL, Constituição da Republica Federativa do Brasil de 05 de outubro de 1998).

Entretanto, com o atual Regimento Interno da Suprema Corte, não se há previsão de tal legitimidade, o que ocasiona duvidas, pois os antigos Regimentos, mesmo antes da Constituição Federal de 1988, entendiam pela legitimidade do Ministério Público.

Em virtude deste fato, reflete-se acerca de tal divergência existente e entende que tal divergência pode causar eventual prejuízo tanto ao ordenamento jurídico, quanto para a sociedade, visto que as consequências de tais mudanças legislativas sempre refletem na sociedade.

5 PROBLEMAS DECORRENTES DA NÃO LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO

A revisão criminal é um instrumento garantidor do princípio da verdade real, e por esta razão é um instrumento de suma importância na esfera processual penal.

Por mais que tais divergências jurídicas acerca da legitimidade do Ministério Público existam e possam parecer inofensivas no plano fático, tendo em vista que o maior interessado no pedido revisional é o próprio réu e não o Ministério Público há de se analisar sobre os possíveis problemas decorrentes da sua não legitimidade.

O Ministério Público é o fiscal da lei, órgão essencial à função jurisdicional do Estado, e titular da ação penal pública, razão pela qual atua na maioria dos

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processos criminais, ocorre que, embora se trate de situação excepcional, há sempre a possibilidade de uma pessoa inocente ser condenada injustamente ou sofrer uma pena mais severa do que a necessária.

Diante de tal cenário, imagina-se que uma pessoa fora processada, julgada e condenada por crime que não cometeu, entretanto não pleiteia recurso, por ser pessoa simples e humilde, de modo que não possua interesse e nem conhecimento acerca de tal possibilidade. Por não entrar com o recurso, a sentença condenatória transita em julgado e o réu é preso para cumprimento da pena.

Ocorre que, anos depois, descobre o Ministério Público provas novas acerca do processo criminal que condenou pessoa inocente e que por consequência deixou um criminoso impune. Estaria o Ministério Público preso, uma vez que não possui legitimidade para propor uma revisão criminal?

Estaria o autor do crime impune, tendo em vista que, enquanto não houver uma revisão no processo criminal, o autor não pode ser punido, visto que já há outra pessoa cumprindo pena?

Ainda na mesma hipótese, imagina-se que o autor do crime, visando sair impune do crime cometido, ameaça pessoa, para que está assuma ter cometido o crime, sendo processado, julgado e condenado, de modo que, não ofereça recurso, propositalmente, para que assim transite em julgado a sentença condenatória.

Posteriormente, o Ministério Público toma conhecimento de tal situação, de modo que o próprio réu não tem interesse em entrar com a revisão criminal. Tendo em vista tal situação, o Ministério Público, seria incapaz de cumprir com seu dever constitucional, uma vez que não tem legitimidade para propor revisão criminal.

Diante dos questionamentos, entende-se que tais divergências jurídicas acerca da legitimidade do Ministério Público em matéria revisional podem trazer prejuízos para ordenamento jurídico brasileiro, bem como para a sociedade.

Sendo assim, analisa-se ser cabível o entendimento doutrinário, que aduz pela legitimidade do Ministério Público para propor revisão criminal em favor do réu, tendo como base o instituto da revisão criminal em outros países e uma vez que área de atuação do Ministério Público é demasiadamente ampla, não atuando apenas como autor da ação penal pública, mas sim como um garantidor do devido processo legal e da verdade real.

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680 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ante todo o exposto, chega-se a conclusão de que a revisão criminal é um instituto muito antigo e importante, uma vez que é anterior a Constituição Republicana, sendo um instrumento garantidor do princípio da verdade real.

Observar-se ainda que, existem divergências no ordenamento jurídico brasileiro quanto à legitimidade do Ministério Público no que respeito ao pedido de revisão criminal em favor do réu.

Tais divergências decorrem dá não previsão da legitimidade do Ministério Público acerca da revisão criminal no Código de Processo Penal, bem como do atual Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, que também não prevê a legitimidade do Ministério Público, muito embora seus antigos Regimentos Internos previssem tal possibilidade.

Por meio do direito comparado foram-se analisadas as legislações de outros países, como Espanha, Itália e Portugal, de modo que, se observou que tais legislações em muito se assemelham a legislação brasileira no que tange ao pedido de revisão criminal. Tendo como único ponto controverso a previsão expressa na lei estrangeira da legitimidade do Ministério Público, enquanto que a legislação brasileira não a prevê.

Portanto, ao observar o ordenamento jurídico brasileiro e as legislações estrangeiras, nota-se que há um conflito aparente entre a doutrina e a jurisprudência brasileira, o que pode acarretar em eventual prejuízo tanto para o próprio ordenamento jurídico brasileiro, quanto para a sociedade.

Conclui-se que, embora haja divergências entre a doutrina e a jurisprudência brasileira, entende-se que é possível à revisão criminal pro réu feita pelo Ministério Público, como meio da busca pela verdade e pela aplicação da pena justa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Referências

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