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Indicadores ajustados pela idade para o mercado de trabalho: um breve panorama da Região Metropolitana de Porto Alegre

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Academic year: 2021

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XXI Encontro Nacional de Estudos Populacionais

Indicadores ajustados pela idade para o mercado de trabalho: um

breve panorama da Região Metropolitana de Porto Alegre

Claudia Algayer da Rosa (FGTAS) Fernanda Rodrigues Vargas (FEE)

Iracema Castelo Branco (FEE) Raul Luís Assumpção Bastos (FEE)

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1. Introdução

Este artigo tem como objetivo analisar a influência das mudanças na composição etária da população e da força de trabalho sobre a evolução de indicadores selecionados do mercado de trabalho da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA). A base de dados utilizada é a da Pesquisa de Emprego e Desemprego na RMPA, a qual possui a série histórica mais longa desta região, cujas médias anuais iniciam em 1993.

Com o avanço do processo de transição demográfica no País e na RMPA nas últimas décadas, ocorreu aumento considerável do peso relativo dos segmentos mais maduros e de idosos na população, e perda do peso relativo do segmento de jovens (Camarano, Kanso e Fernandes, 2014; Jardim e Barcellos, 2015). Com base nesta constatação, este artigo procura comparar indicadores usuais do mercado de trabalho, que não controlam o efeito das mudanças na composição etária da população e da força de trabalho, com outros que o fazem por meio da aplicação de técnicas de padronização recolhidas na literatura. Isto permite revelar a influência deste processo sobre os indicadores do mercado de trabalho, tendo sido selecionados para este estudo a taxa de participação na força de trabalho, a taxa de ocupação e a taxa de desemprego.

A hipótese que orienta o artigo é a de que ao longo do período que será objeto de estudo, a mudança na composição etária da população e da força de trabalho na RMPA, no sentido acima descrito, contribuiu para que os indicadores do mercado de trabalho se situassem em níveis relativamente mais baixos, em comparação àqueles que controlam tal mudança, por meio da padronização da estrutura etária (Vargas, Branco e Bastos, 2016). Para ilustrar esta afirmação com um exemplo, a taxa de desemprego da RMPA estaria em nível mais elevado do que o observado em 2016, se a estrutura etária da força de trabalho se mantivesse idêntica à do início do período que será objeto de análise.

No que segue, o artigo encontra-se assim organizado: após esta breve introdução, a seção 2 apresenta as técnicas de padronização utilizadas na construção dos indicadores ajustados pela idade para o mercado de trabalho; nas seções 3, 4 e 5, essas técnicas são aplicadas à taxa de participação na força de trabalho, à taxa de ocupação e à taxa de desemprego na RMPA, no período 1993-2016; e, na última seção, é apresentada uma síntese dos resultados do trabalho.

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2. Indicadores ajustados pela idade para o mercado de trabalho

O objetivo desta seção é o de apresentar de forma sucinta os três indicadores ajustados pela idade para o mercado de trabalho que serão utilizados neste artigo.  Taxa de participação na força de trabalho

A taxa de participação na força de trabalho (FT) é obtida da seguinte forma: TPt = (PEAt/PIAt) x 100

em que:

TPt : taxa de participação na FT no ano t;

PEAt : População Economicamente Ativa no ano t;

PIAt : População em Idade Ativa no ano t.

No que diz respeito a esse indicador, adotou-se o método de padronização proposto por Szafran (2002). De acordo com esse método, a taxa de participação na FT usual é reconhecida como taxa de participação bruta na FT, uma vez que não impõe controle sobre as mudanças na composição etária da população. De forma alternativa, quando na construção desse indicador se efetua tal tipo de controle, este passa a ser reconhecido como taxa de participação ajustada pela idade na FT.

Como propõe Szafran (2002, p. 27), a taxa participação ajustada pela idade na FT é obtida por meio da seguinte expressão:

TPAIt = 100 x ∑ (FTit x POPi ano base)/ ∑ POPi ano base

na qual:

TPAIt : taxa de participação ajustada pela idade na FT no ano t;

FTit : proporção do grupo etário i na FT no ano t;

POPi ano base : população do grupo etário i no ano base.

Conforme se pode perceber, para obter as taxas de participação ajustadas pela idade na FT, o método de Szafran (2002) vale-se da distribuição da população por faixas etárias de um determinado ano, tomado como base. Assim, gera-se uma série de taxas de participação na FT que permite que sejam feitas comparações com as taxas de participação usuais, explicitando a influência das mudanças na

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composição etária da população sobre a evolução do seu nível de engajamento no mercado de trabalho.

 Taxa de ocupação

A taxa de ocupação é assim definida: TOt = (Ot/PIAt) x 100

em que:

TOt : taxa de ocupação no ano t;

Ot : contingente de ocupados no ano t;

PIAt : População em Idade Ativa no ano t.

No caso desse indicador, adaptou-se o método de Szafran (2002), acima descrito, para gerar um indicador ajustado pela idade, nos seguintes termos:

TOAIt = 100 x ∑ (Oit x POPi ano base)/ ∑ POPi ano base

na qual:

TOAIt : taxa de ocupação ajustada pela idade no ano t;

Oit : proporção do grupo etário i na ocupação do ano t;

POPi ano base : população do grupo etário i no ano base.

Em sentido análogo ao que foi anteriormente exposto, ao se comparar a taxa de ocupação ajustada pela idade e a taxa de ocupação usual – que se passará a denominar de taxa de ocupação bruta –, se pode mensurar a influência das mudanças na composição etária da população sobre a evolução do indicador.

 Taxa de desemprego

A taxa de desemprego é dada pela seguinte expressão: TDt = (Dt/PEAt) x 100

em que:

TDt : taxa de desemprego no ano t;

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PEAt : População Economicamente Ativa no ano t.

Quanto a esse indicador, utilizou-se a proposta de Katz e Krueger (1999) para gerar taxas de desemprego idade constantes.1 De acordo com esses autores, a taxa de desemprego agregada no período t pode ser assim obtida (Katz e Krueger, 1999, p. 26):

TDt = ∑ ωt (i) x TDt (i)

em que:

ωt (i): parcela relativa do grupo etário i na População Economicamente Ativa

no ano t;

TDt (i) : taxa de desemprego do grupo etário i no ano t.

Ou seja, a taxa de desemprego agregada no ano t é uma média ponderada do somatório do produto das parcelas relativas de cada grupo etário na PEA pelas respectivas taxas de desemprego.

A sugestão de Katz e Krueger (1999) para obter o que denominam de taxa de desemprego idade constante, é a de manter as parcelas relativas dos grupos etários na PEA padronizadas em um ano base, nos seguintes termos:

( ) ( )

na qual:

: taxa de desemprego idade constante no ano ti;

( ) : parcela relativa do grupo etário i na População Economicamente Ativa no ano base to;

( ): taxa de desemprego do grupo etário i no ano ti.

Dessa forma, se gerará um indicador denominado de taxa de desemprego idade constante, uma vez que em seu cálculo a estrutura etária da FT será padronizada em um ano base. Tal indicador permite, quando cotejado com a taxa de desemprego usual, avaliar a influência da mudança da estrutura etária da FT sobre a evolução do desemprego.

1

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3. Taxa de participação na força de trabalho

Nesta seção, o objetivo é o de analisar a evolução da taxa de participação na FT frente às mudanças na composição etária da população da RMPA. Em um primeiro momento serão apresentadas as taxas de participação na FT idade específicas, buscando comparar o engajamento ao mercado de trabalho por faixa etária e sexo, para os anos de 1993 a 2016. Posteriormente, serão expostas as taxas de participação ajustadas pela idade na FT, verificando os efeitos das mudanças na composição etária da população sobre as taxas de participação na FT. Por último, serão esboçadas as mudanças na composição etária da FT.

As taxas de participação na FT idade específicas evidenciam que o engajamento da população no mercado de trabalho cresce com o avanço da idade, atingindo o ponto máximo entre os 30 e 39 anos de idade, passando a decrescer a partir dos 40 anos (Gráfico 1A). Os segmentos de adultos de 30 a 34 anos e de 35 a 39 anos apresentam os maiores níveis da taxa de participação na FT por faixas etárias, tanto em 1993 (78,49% e 78,15%, respectivamente) quanto em 2016 (82,89% e 81,73%, respectivamente). Comparando as taxas de participação na FT total, por faixa etária, de 1993 com as de 2016, pode-se constatar que houve aumentos para quase todas as faixas etárias, exceto os jovens, que registraram reduções, e os idosos, que apresentaram relativa estabilidade. Destaca-se a forte retração da taxa de participação na FT da faixa etária de 15 a 19 anos (de 56,31% em 1993 para 31,62% em 2016), indicando que os jovens estão adiando o seu ingresso no mercado de trabalho regional (Gráfico 1A).

Ao desagregar a população por sexo, constata-se que os homens tiveram uma redução na sua taxa de participação na FT para a maioria dos segmentos etários, entre 1993 e 2016, sendo exceções os adultos mais maduros de 50 a 54

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anos e de 55 a 59 anos e os idosos de 60 a 64 anos. Os jovens foram os que apresentaram a maior retração, com destaque para o segmento de 15 a 19 anos, cuja taxa de participação na FT reduziu-se de 65,79% em 1993 para 31,33% em 2016 (Gráfico 1B). No mesmo período, as mulheres registraram elevação em seu engajamento no mercado de trabalho para a maioria das faixas etárias, e apenas as jovens dos segmentos de 15 a 19 anos apresentaram redução (de 47,04% em 1993 para 31,91% em 2016), e de 20 a 24 anos, relativa estabilidade (Gráfico 1C). Constatou-se que a retração na taxa de participação na FT dos homens jovens de 15 a 19 anos foi mais intensa, indicando que o adiamento do ingresso no mercado de trabalho tem se dado de forma mais acentuada para eles.

Aplicando-se o método desenvolvido por Szafran (2002), foram calculadas as taxas de participação ajustadas pela idade na FT na RMPA no período 1993-2016, uma vez que a composição etária da população mudou de forma considerável (ver Quadro 1). Como se observa no Gráfico 2, a taxa de participação ajustada pela idade na FT vai se distanciando e se posicionando em patamares superiores aos da taxa de participação bruta na FT, ao longo do tempo. Esse hiato que se forma entre as duas taxas, revela que o efeito das mudanças na composição etária da população atua no sentido de reduzir o nível de engajamento no mercado de trabalho. Em 2016, a taxa de participação bruta na FT para a população total era de 57,03% e a taxa de participação ajustada pela idade na FT era de 63,96%, ou seja, se a composição etária da população em 2016 se mantivesse idêntica à de 1993, o engajamento da população no mercado de trabalho seria mais elevado (6,93 pontos percentuais).

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Quadro 1

Mudanças na composição etária da população de 15 anos ou mais na RMPA

As mudanças na composição etária da população da RMPA foram consideráveis no período 1993-2016. Esta afirmação pode ser comprovada pela comparação da pirâmide etária da região em 1993 e 2016, que no primeiro ano tinha uma base ampla de adolescentes e de jovens, e que no último ano havia se estreitado sobremaneira, em detrimento, principalmente, do avanço no peso relativo dos segmentos de adultos maduros e de idosos (ver gráfico). Assim, quando se comparam as pirâmides etárias de 1993 e 2016, constata-se que os adolescentes de 15 a 19 anos e os jovens de 20 a 24 anos e de 25 a 29 anos detinham, em conjunto, uma parcela relativa de 37,1% da população em 1993, a qual havia declinado para 26,7% em 2016. Em contrapartida, os adultos de 50 a 59 anos e os idosos de 60 anos ou mais, que representavam 10,5% e 11,2% da população em 1993, respectivamente, tinham ampliado os seus pesos relativos para 16,6% e 22,8% respectivamente, em 2016.

Fonte: Elaboração própria dos autores.

Distribuição percentual da população de 15 anos ou mais, por idade e sexo, na Região Metropolitana de Porto Alegre - 1993 e 2016

Distribuição percentual da população de 15 anos ou mais, por idade e sexo - 1993 Distribuição percentual da população de 15 anos ou mais, por idade e sexo - 2016

Fonte: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, SEADE, DIEESE e apoio MTb/FAT. 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 75-79 80 ou mais (%) (%) Mulher Homem 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 75-79 80 ou mais (%) (%) Mulher Homem 52,0 54,0 56,0 58,0 60,0 62,0 64,0 66,0 68,0 70,0 72,0 1993 2003 2013 2016 (%) Gráfico 2

Taxa de participação bruta e taxa de participação ajustada pela idade na força de trabalho total, na Região Metropolitana de Porto Alegre - 1993-2016

Taxa de participação bruta Taxa de participação ajustada pela idade

Fonte de dados brutos: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, SEADE, DIEESE e apoio MTb/FAT.

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Segmentando-se a população por sexo, constata-se que a taxa de participação ajustada pela idade na FT dos homens se distancia, ao longo do período, da taxa de participação bruta na FT, apesar de ambas apresentarem tendência de redução (Gráfico 3). Em 2016, a taxa de participação ajustada pela idade na FT dos homens (72,37%) estava 5,69 pontos percentuais acima da taxa de participação bruta na FT (66,67%). Ou seja, na retração de 14,26 pontos percentuais na taxa de participação bruta na FT dos homens entre 1993 e 2016, 5,69 pontos percentuais corresponderiam às mudanças na composição etária da população masculina.

Já para as mulheres, se observa processo de distanciamento, superior ao dos homens, entre a taxa de participação ajustada pela idade na FT e a taxa de participação bruta na FT (Gráfico 4). Verifica-se que a trajetória de ambas as taxas passa a ser de redução a partir de 2008, sendo mais acentuado para a taxa de participação bruta na FT, o que contribuiu para ampliar o hiato entre elas. Considerando o ano de 2016, a taxa de participação ajustada pela idade na FT das mulheres era de 56,57%, enquanto que a taxa de participação bruta na FT era de 48,89%, ou seja, se a composição etária da população feminina, em 2016, se mantivesse idêntica à de 1993, a taxa de participação bruta na FT delas seria mais elevada em 7,68 pontos percentuais. Entretanto, o patamar da taxa de participação bruta na FT em 2016 era semelhante àquele observado em 1993 (49,95%),

64,0 66,0 68,0 70,0 72,0 74,0 76,0 78,0 80,0 82,0 84,0 1993 2003 2013 2016 (%) Gráfico 3

Taxa de participação bruta e taxa de participação ajustada pela idade na força de trabalho dos homens, na Região Metropolitana de Porto Alegre - 1993-2016

Taxa de participação bruta Taxa participação ajustada pela idade

Fonte de dados brutos: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, SEADE, DIEESE e apoio MTb/FAT.

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indicando que o efeito das mudanças na composição etária no engajamento da população feminina no mercado de trabalho foi praticamente compensado por outros fatores socioeconômicos.

Quanto às mudanças na composição etária da FT (Gráfico 5), estas revelam o processo de envelhecimento dos trabalhadores na RMPA. O segmento de jovens (de 15 a 29 anos) vem perdendo participação relativa, principalmente a faixa etária de 15 a 19 anos, que era 11,3% dos trabalhadores em 1993, reduziu-se para 4,90% em 2016. Para o primeiro segmento de adultos (de 30 a 44 anos), a tendência era de redução na sua proporção na FT até 2008, voltando a crescer nos anos de 2013 e 2016 (passou de 40,67% em 1993 para 37,64% em 2016). Os segmentos de adultos maduros (de 45 a 59 anos) e de idosos (60 anos ou mais) mostram tendência de crescimento na sua participação relativa na FT, sendo de 11,14 pontos percentuais entre os primeiros e de 3,52 pontos percentuais entre os últimos.

44,0 46,0 48,0 50,0 52,0 54,0 56,0 58,0 60,0 62,0 64,0 1993 2003 2013 2016 (%) Gráfico 4

Taxa de participação bruta e taxa de participação ajustada pela idade na força de trabalho das mulheres, na Região Metropolitana de Porto Alegre - 1993-2016

Taxa de participação bruta Taxa de participação ajustada pela idade

Fonte de dados brutos: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, SEADE, DIEESE e apoio MTb/FAT. Nota: Não foi possível calcular a taxa de participação ajustada pela idade das mulheres em 1997 por

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De acordo com a segmentação por sexo, observa-se que as mudanças na composição etária da FT, entre 1993 e 2016, ocorreram de forma semelhante para homens e mulheres. As mulheres apresentaram redução de forma mais intensa na parcela relativa de jovens de 15 a 29 anos na FT (13,08 pontos percentuais) do que homens (10,58 pontos percentuais) e aumento no segmento de 45 a 59 anos (12,55 pontos percentuais), enquanto que os homens registraram redução de maneira mais acentuada entre os segmentos de 30 a 44 anos (3,53 pontos percentuais) e entre os idosos.

4. Taxa de ocupação

Esta seção analisa a influência da evolução da estrutura etária da população da RMPA sobre a taxa de ocupação. Inicia-se com a apresentação das taxas de ocupação idade específicas. Logo após, são mostrados os resultados das taxas de ocupação ajustadas pela idade, as quais permitem distinguir as variações na taxa de ocupação geradas pela mudança da estrutura etária da população. Finalmente, são delineadas as mudanças na composição dos ocupados por faixas etárias.

Analisando-se as taxas de ocupação idade específicas, conforme disposto no Gráfico 1, observa-se que a faixa mais jovem (15 a 19 anos) e a dos idosos (60 anos ou mais) apresentaram os menores valores do indicador. Tal fato pode estar relacionado com a menor inserção desses grupos no mercado de trabalho, conforme visto na seção anterior, uma vez que a taxa de ocupação de certa população não pode ser maior que a sua taxa de participação na FT. Outra tendência, evidenciada por ambos os sexos, é a diminuição da dispersão das taxas de ocupação entre 20 e 59 anos e o crescente distanciamento dessas quando comparadas às das duas faixas anteriormente citadas. As mulheres registraram taxas sistematicamente menores das apresentadas pelos homens, em todos os anos analisados, embora as

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taxas das mulheres tenham crescido, em termos proporcionais, mais do que as taxas dos homens (Gráficos 6B e 6C).

Passando-se a analisar a taxa de ocupação ajustada pela idade, é possível compará-la com a taxa de ocupação bruta da população total para o período 1993-2016, conforme disposto no Gráfico 7. A distância entre as taxas bruta e ajustada pela idade cresce ao longo do período analisado, chegando a atingir 5,39 pontos percentuais no último ano. No entanto, a maior distância entre ambas ocorreu no ano de 2014, quando alcançou 5,92 pontos percentuais. Pode-se afirmar que, caso a composição etária de 2016 fosse idêntica àquela de 1993, a taxa de ocupação na RMPA passaria de 50,96% para 56,35%.

Gráfico 6

Taxas de ocupação idade específicas total e por sexo na Região Metropolitana de Porto Alegre - 1993-2016

Fonte: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, SEADE, DIEESE e apoio MTb/FAT. 15,00 25,00 35,00 45,00 55,00 65,00 75,00 85,00 95,00 1993 1998 2003 2008 2013 2016 15-19 20-24 25-29 30-44 45-59 60 ou mais (%)

Gráfico 6B - Taxas de ocupação idade específicas dos homens

0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 1993 1998 2003 2008 2013 2016 (%) 15-19 20-24 25-29 30-44 45-59 60 ou mais Gráfico 6C - Taxas de ocupação idade específicas das mulheres

5,00 15,00 25,00 35,00 45,00 55,00 65,00 75,00 85,00 1993 1998 2003 2008 2013 2016 15-19 20-24 25-29 30-44 45-59 60 ou mais

Gráfico 6A - Taxas de ocupação idade específicas (%) 48,0 50,0 52,0 54,0 56,0 58,0 60,0 62,0 64,0 66,0 68,0 1993 2003 2013 2016 (%) Gráfico 7

Taxa de ocupação bruta e taxa de ocupação ajustada pela idade total, na Região Metropolitana de Porto Alegre - 1993-2016

Taxa de ocupação bruta Taxa ocupação ajustada pela idade

Fonte de dados brutos: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, SEADE, DIEESE e apoio MTb/FAT.

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Segmentando-se por sexo a população, a taxa de ocupação ajustada pela idade dos homens se afasta da taxa de ocupação bruta ao longo de grande parte do período (Gráfico 8). Logo, comportam-se de maneira comparável às taxas da população total. A maior distância entre as taxas ocorreu no ano de 2014, quando atingiu 4,70 pontos percentuais. Ao final do período, caso a composição etária da população tivesse se mantido igual àquela de 1993, a taxa de ocupação passaria de 59,85% para 64,24%. Após 2013 houve queda abrupta nas taxas de ocupação bruta e ajustada pela idade dos homens, ambas de cerca de 7,0 pontos percentuais, entre 2013 e 2016. Tal período coincide, em parte, com a crise econômica brasileira e a piora dos indicadores do mercado de trabalho.

No caso das mulheres formou-se um hiato maior entre as duas taxas quando comparado ao caso dos homens. A diferença no final do período foi de 5,95 pontos percentuais, aquém daquela que ocorreu no ano de 2014 (6,64 pontos percentuais). De forma análoga aos homens, no período posterior a 2013, houve queda tanto da taxa de ocupação bruta quanto da taxa de ocupação ajustada pela idade das mulheres, de, no mínimo, 4,80 pontos percentuais, quando comparados os anos de 2013 e 2016. 56,0 58,0 60,0 62,0 64,0 66,0 68,0 70,0 72,0 74,0 76,0 1993 2003 2013 2016 (%) Gráfico 8

Taxa de ocupação bruta e taxa de ocupação ajustada pela idade dos homens, na Região Metropolitana de Porto Alegre - 1993-2016

Taxa de ocupação bruta Taxa ocupação ajustada pela idade

Fonte de dados brutos: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, SEADE, DIEESE e apoio MTb/FAT.

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A composição etária da população ocupada disposta abaixo (Gráfico 10A) permite observar que houve queda de 11,39 pontos percentuais na participação relativa do segmento entre 15 e 29 anos. As únicas faixas etárias com acréscimo de participação na população ocupada foram as dos adultos entre 45 e 59 anos (que passaram de 17,42% dos ocupados em 1993 para 28,87% em 2016) e dos idosos de 60 anos ou mais (que passaram de 2,84% em 1993 para 6,68% em 2016). Esses dados revelam uma mudança considerável na estrutura etária da população ocupada da RMPA, que está se tornando mais velha.

Recortando-se a população por sexo, entre 1993 e 2016, observa-se que a participação das idosas entre as ocupadas cresceu proporcionalmente mais do que a dos homens idosos entre os ocupados. Embora tendo um crescimento menor, os homens idosos eram mais representativos (7,57%) do que as idosas no conjunto das

37,0 39,0 41,0 43,0 45,0 47,0 49,0 51,0 53,0 55,0 57,0 1993 2003 2013 2016 (%) Gráfico 9

Taxa de ocupação bruta e taxa de ocupação ajustada pela idade das mulheres, na Região Metropolitana de Porto Alegre - 1993-2016

Taxa de ocupação bruta Taxa ocupação ajustada pela idade

Fonte de dados brutos: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, SEADE, DIEESE e apoio MTb/FAT. Nota: Não foi possível calcular a taxa de ocupação ajustada pela idade das mulheres em 1997 por falta

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mulheres ocupadas (5,65%), no final do período. Para ambos os sexos, em todos os anos analisados, a hierarquia dos pesos relativos das faixas etárias na população ocupada foi semelhante. Não houve expressiva diferença na composição dos ocupados em cada um dos sexos, sendo a maior, de 2,55 pontos percentuais, na faixa etária de 30 a 44 anos, em 2016.

5. Taxa de desemprego

O objetivo desta seção é o de analisar a influência da mudança na composição etária da FT da RMPA sobre o desemprego. Inicialmente, de forma breve, são apresentadas evidências sobre as taxas de desemprego idade específicas. Seguem os resultados relativos à taxa de desemprego idade constante, indicador cujo significado vai ao encontro do objetivo estabelecido, uma vez que toma a estrutura etária da FT de um ano de referência como um padrão. Assim, quando comparado à taxa de desemprego usual, permite mensurar a influência das mudanças na estrutura etária da FT sobre o desemprego. Por fim, são destacadas as mudanças na composição do desemprego por grupos etários.

As taxas de desemprego idade específicas mostram uma hierarquia muito clara entre os diferentes grupos populacionais. Nesses termos, independentemente do ano de análise selecionado, se constata que quanto mais jovem os indivíduos, maior é a taxa de desemprego (Gráfico 11A). Tomando-se, por exemplo, o ano de 2003, enquanto os jovens de 15 a 19 anos evidenciavam uma taxa de desemprego de 41,85%, entre os indivíduos de 45 anos ou mais esse indicador situava-se em 9,61%. Utilizando-se outra referência, o ano de 2013, em que as taxas de desemprego estavam em níveis muito mais baixos na RMPA, entre os indivíduos de 45 anos ou mais, a taxa de desemprego era de somente 2,87%, e entre os jovens de 15 a 19 anos, era de 21,57%. Esse padrão hierárquico se reproduz também entre homens e mulheres, não obstante as últimas registrem taxas de desemprego idade específicas sistematicamente mais elevadas do que os primeiros (Gráficos 11B e 11C).

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Quanto à aplicação do método de padronização da taxa de desemprego, pode-se comparar a taxa de desemprego e a taxa de desemprego idade constante2 na RMPA, no período 1993-2016, através do Gráfico 12. No que diz respeito à FT total, se, por um lado, a trajetória das séries é semelhante, por outro, na medida em que se vai avançando cronologicamente, amplia-se o hiato entre ambas, o qual atingiu o seu ponto máximo em 2016 (2,63 pontos percentuais). Para se ter uma noção quantitativa do que isto representa, a taxa de desemprego idade constante em 2016 (13,29%) implicaria em um acréscimo no contingente de desempregados de 50 mil pessoas (o estimado, naquele ano, foi de 201 mil desempregados). Isto significa que o processo de mudança na composição etária da FT total contribuiu para arrefecer, dentro de certos limites, o aumento do desemprego em geral e, em particular, na crise econômica recente.

2

Para se calcular a taxa de desemprego idade constante, o ano base foi o de 1993, tendo sido utilizadas cinco faixas etárias: 15 a 19 anos, 20 a 24 anos, 25 a 29 anos, 30 a 44 anos e 45 anos ou mais. Como esse indicador foi calculado para a FT total e por sexo, não foi possível, por insuficiência de amostra entre os desempregados, separar o segmento de adultos de 45 a 59 anos do de idosos

Gráfico 11

Taxas de desemprego idade específicas total e por sexo na Região Metropolitana de Porto Alegre - 1993-2016

Fonte: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, SEADE, DIEESE e apoio MTb/FAT. 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 1993 1998 2003 2008 2013 2016 (%)

Gráfico 11A - Taxas de desemprego idade específicas

15-19 20-24 25-29 30-44 45 ou mais 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 1993 1998 2003 2008 2013 2016 (%)

Gráfico 11C - Taxas de desemprego idade específicas das mulheres 15-19 20-24 25-29 30-44 45 ou mais 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 1993 1998 2003 2008 2013 2016 (%)

Gráfico 11B - Taxa de desemprego idade específicas dos homens

(17)

Segmentando-se a FT por sexo, no que se refere à população masculina, pode-se também identificar o processo de formação de um hiato entre a taxa de desemprego e a taxa de desemprego idade constante, ainda que este seja de menor magnitude quando comparado ao verificado no indicador agregado (Gráfico 13). Neste sentido, ao final do período, o gap entre ambas as séries situava-se em 2,07 pontos percentuais, o maior da série histórica para os indivíduos de sexo masculino. A taxa de desemprego idade constante de 12,30%, em 2016, implicaria um acréscimo de 21 mil pessoas no contingente de homens desempregados da região, que foi estimado em 103 mil pessoas.

0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 20,00 1993 1998 2003 2008 2013 2016 (%) Gráfico 12

Taxa de desemprego e taxa de desemprego idade constante na Região Metropolitana de Porto Alegre - 1993-2016

Taxa de desemprego Taxa de desemprego idade constante

Fonte de dados brutos: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, SEADE, DIEESE e apoio MTb/FAT.

(18)

Quanto à FT feminina, a taxa de desemprego idade constante, no transcorrer do período, distancia-se ainda mais da taxa de desemprego (Gráfico 14). O hiato entre ambas as séries atingiu 3,28 pontos percentuais em 2016, muito superior ao verificado na população masculina, o que sugere que o processo de mudança na composição etária da FT está se manifestando com maior intensidade entre as mulheres. Como decorrência do que está exposto, a taxa de desemprego idade constante das mulheres em 2016 (14,43%), traria consigo um incremento de 28 mil pessoas no contingente de mulheres desempregadas, estimado em 98 mil pessoas.

0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 20,00 1993 1998 2003 2008 2013 2016 (%) Gráfico 13

Taxa de desemprego e taxa de desemprego idade constante dos homens na Região Metropolitana de Porto Alegre - 1993-2016

Taxa de desemprego Taxa de desemprego idade constante

Fonte de dados brutos: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, SEADE, DIEESE e apoio MTb/FAT. 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 20,00 22,00 24,00 1993 1998 2003 2008 2013 2016 (%) Gráfico 14

Taxa de desemprego e taxa de desemprego idade constante das mulheres na Região Metropolitana de Porto Alegre - 1993-2016

Taxa de desemprego Taxa de desemprego idade constante

Fonte de dados brutos: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, SEADE, DIEESE e apoio MTb/FAT.

(19)

Passando-se a observar às mudanças na composição etária do contingente de desempregados na RMPA, os seguintes aspectos podem ser destacados do período em análise.3 Inicialmente, tomando-se como referência a FT total, identifica-se um aumento no peso relativo dos indivíduos de 45 anos ou mais, cuja parcela relativa passou de 9,25% em 1993 para 17,35% em 2016 (Gráfico 15A). O outro aspecto que se sobressai é a queda no peso relativo dos jovens de 15 a 19 no contingente de desempregados, de 27,65% em 1993 para 16,73% em 2016. Não obstante essas mudanças, os jovens em seu conjunto – indivíduos de 15 a 29 anos –, continuavam sendo a maioria dos desempregados na região ao final do período (52,72% em 2016).

Quando se segmenta a FT por sexo, a evolução da composição etária do desemprego evidencia semelhanças e diferenças (Gráficos 15B e 15C). As semelhanças devem-se à redução do peso relativo dos jovens de 15 a 19 anos na sua composição, e ao aumento da proporção de indivíduos de 45 anos ou mais. Todavia, chama a atenção que a queda da parcela relativa de jovens de 15 a 19 anos, na comparação do início com o final da série, no contingente de desempregados, foi muito mais intensa entre os homens (13,91 pontos percentuais) do que entre as mulheres (7,77 pontos percentuais). Afora este aspecto, o segmento de adultos de 30 a 44 anos, no contingente de desempregados, teve um acréscimo de 4,33 pontos percentuais entre os homens, enquanto entre as mulheres pouco se alterou, na comparação de 1993 com 2016.

3

A composição do desemprego depende dos pesos relativos dos grupos na população, bem como da evolução das taxas de participação e de desemprego específicas de cada grupo, comparativamente às médias do mercado de trabalho. Ver, a esse respeito, Corseuil et al. (1997).

Gráfico 15

Distribuição dos desempregados total, por sexo e faixas etárias, na Região Metropolitana de Porto Alegre - 1993-2016

Fonte: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, SEADE, DIEESE e apoio MTb/FAT.

27,65 24,97 22,97 20,88 21,79 16,73 20,79 19,62 22,78 22,46 21,36 20,61 15,01 12,67 13,06 15,45 14,72 15,38 27,29 30,39 26,72 27,41 27,51 29,92 9,25 12,35 14,46 13,81 14,62 17,35 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 1993 1998 2003 2008 2013 2016 (%)

Gráfico 5A - Distribuição dos desempregados total

15-19 20-24 25-29 30-44 45 ou mais 27,23 24,44 23,28 21,24 21,93 13,32 19,72 18,66 21,51 22,45 20,87 21,35 15,45 11,95 11,87 14,12 14,51 15,82 26,27 30,25 25,87 26,37 26,17 30,60 11,34 14,71 17,48 15,83 16,53 18,92 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 1993 1998 2003 2008 2013 2016 (%)

Gráfico 5B - Distribuição dos desempregados homens

15-19 20-24 25-29 30-44 45 ou mais 28,10 25,49 22,72 20,63 21,68 20,33 21,93 20,56 23,84 22,46 21,77 19,82 14,56 13,36 14,06 16,41 14,90 14,93 28,37 30,52 27,43 28,16 28,64 29,21 7,05 10,06 11,95 12,35 13,02 15,70 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 1993 1998 2003 2008 2013 2016 (%)

Gráfico 5C - Distribuição dos desempregados mulheres

(20)

6. Considerações finais

Neste artigo, foram apresentados os resultados da aplicação de técnicas de padronização em três importantes indicadores do mercado de trabalho – as taxas de participação na FT, de ocupação e de desemprego –, na RMPA, no período 1993-2016. Ao fixar-se a estrutura etária da população e da FT no primeiro ano da série temporal para a elaboração dos indicadores ajustados pela idade, foi possível demonstrar que, ao final do período em análise, ao cotejá-los com os indicadores brutos do mercado de trabalho, os primeiros se encontravam em patamares bastante superiores aos últimos. De acordo com a intepretação proposta, isto deveu-se ao aumento do peso relativo dos deveu-segmentos de adultos mais maduros e de idosos na população e na FT regional, e à perda de peso relativo dos segmentos de jovens, delimitados pelas idades de 15 e 29 anos.

Ao desagregarem-se por sexo os indicadores ajustados pela idade na RMPA, foi mostrado que tanto para homens quanto para mulheres ocorreu, no transcorrer do período, a formação de um hiato em relação aos indicadores brutos. Não obstante, enquanto as taxas de participação ajustadas pela idade na FT e a de ocupação, entre as mulheres, se encontravam em patamares mais elevados em 2016 em comparação a 1993, tal resultado não se observou entre os homens. Isto sugere que, para a população feminina, outros fatores, econômicos e sociais, estariam a exercer efeitos no sentido do aumento das taxas ajustadas pela idade, seja de participação, seja de ocupação, enquanto, para a população masculina, os efeitos desses fatores teriam operado em sentido contrário.

No que se refere à taxa de desemprego idade constante, esta também formou um hiato quando comparada à taxa de desemprego usual, no transcorrer do período. De acordo com os resultados do trabalho, estimou-se que, em 2016, no contexto da crise econômica, a taxa de desemprego idade constante implicaria em um acréscimo no contingente de desempregados da RMPA de 50 mil pessoas, o qual aumentaria de 201 mil para 251 mil pessoas. Isto permitiu concluir que o processo de mudança da estrutura etária da FT, no sentido do seu envelhecimento, contribuiu, dentro de certos limites, para arrefecer o crescimento dos níveis de desemprego na RMPA, o que foi particularmente relevante na conjuntura recessiva de 2015 e 2016.

(21)

Referências

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CAMARANO, A.; KANSO, S.; FERNANDES, D. Menos jovens e mais idosos no mercado de trabalho? In: CAMARANO, A. (Org.) Novo regime demográfico: uma nova relação entre população e desenvolvimento? Brasília: IPEA, 2014. p. 377-406. CORSEUIL, C. et al. Determinantes da evolução da estrutura do desemprego no Brasil: 1986-1995. Economia Aplicada, v. 1, n. 3, p. 443-467, 1997.

JARDIM, M.; BARCELLOS, T. Características da transição demográfica na RMPA. In: FEDOZZI, L.; SOARES, P. (Edit.). Porto Alegre: transformações na ordem urbana. Rio de Janeiro: Letra Capital e Observatório das Metrópoles, 2015. (Série Estudos Contemporâneos.). p.73-129.

KATZ, L; KRUEGER, A. The high-pressure U.S. labor of the 1990s. Princeton: Princeton University, 1999. (Working paper n. 416) Disponível em:

<http://harris.princeton.edu/pubs/pdfs/416.pdf>. Acesso em: 05 dezembro 2017. SHIMER, R. Why is the U.S. unemployment so much lower? In: BERNANKE, B.; ROTEMBERG, J. (Eds.) NBER macroeconomics annual 1998. Cambridge, MIT Press, 1999. Disponível em: <http://www.nber.org/chapters/c11245>. Acesso em: 29 agosto 2014.

SZAFRAN, R. Age-adjusted labor force participation rates, 1960-2045. Monthly Labor Review, v. 125, n. 9, p. 25-38, 2002.

Disponível em: <http://www.bls.gov/opub/mlr/2002/09/art3full.pdf>. Acesso em: 09 junho 2014.

VARGAS, F.; BRANCO, I.; BASTOS, R. Mudanças sociodemográficas da força de trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre: 1993-2014. Porto Alegre: FEE, 2016. (Textos para Discussão FEE, n. 147)

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