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Revista A Escola, 1906, Ano I, n. 4, maio, PR.

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(1)

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Estados Unidos do Brazil

5\cvisía do ©Fcmio dos ^Professores 'PuMicos

— DO —

Estado do Paraná

j^edactor-chefe

:— Sebastião f araná

ANNO I —

Coritiba, Maio de 1906

— NUM. 4

Publicação Mensal ^^^1, «---Yr-J

Assignaturas:

Anno .

|

.

.

.

.

6$000

Semestre.

.

...

4$000

Escriptorio e Redacção :—Rua Cabral n. IO

(2)

SECÇÃO PERMANENTE

rmmnmtmwmmmmmamrmm.üi. .mm.i Ksmmmzmm-vxvm*

Instrucção Publica do Paraná

Secretario do Interior: Dr. Bento Lamenha Lins. Director Geral: Dr. Arthur Pedreira de Cerqueira. Inspector da Capital: Dr. Sebastião Paraná.

Secretario: José Conrado de Souza.

I)ii»c<*toria rio <-i<niio Presidente : Júlio Theodorico Guimarães.

i.° Secretario: Veríssimo de Souza. 2.0 Secretario : Lourenço de Souza. Thesoureiro : Brazilio Costa.

O thesoureiro do Grêmio acha-se á disposição dos srs. sócios para o recebimento de suas mensalidades, nesta Capital, á rua

Misericor-dia n.° 5. ___^

Os membros da Directoria offerecem seus serviços aos srs. so-cios para o fim de receberem seus vencimentos.

Os srs. sócios que quizerem utilizar-se desses serviços queiram enviar-nos procurações devidamente legalizadas, bem como instru-cções referentes á remessa do dinheiro.

Escolas publicas do districto da Capital, professores que as reçjem e logares onde íuuccionam

Cadeiras para o sexo masculino : i.a Brazilio Ovidio da Costa—Gymnasio.

2.a Veríssimo de Souza—Praça Tiradentes. 3.a Lourenço de Souza—Rua America.

4.a Júlio Theodorico Guimarães—Escola Oliveira Bello. , 5.a Lindolpho P. da Rocha Pombo—Grupo Xavier da Silva.

Cadeiras para o sexo feminino :

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«:.¦'.¦

1 .a Julia Wanderley Petrich—Escola Tiradentes.

:z* Maria da Luz Ascensão—Rua Marechal Deodoro. 3.a Esther Pereira—Rua Visconde de Guarapuava. 4_a Itacelina Teixeira—Avenida Luiz Xavier.

5.a Alexandrina Pereira—Rua Paula Gomes.

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(3)

Anno I — o— Coritiba, Maio de 1906 —c»— Num. 4

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ESCOLA

Revista da ffr.mio dos Prof3ssorô3 Públicos do Estado do Paraná

jA líingua Porfugue^a

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Lendo agora, na integra, os discursos do Fredéric Masson o

Ferdinand Brunetiére, na ultima sessão solemne da Academia Fran-ceza,-encontrei, no começo da magistral oração daquelle, umaphra-se, cuja meditação quero rocommendar a quantos se interessam pelo futuro da nossa nacionalidade.

«A lingua de um povo, /disso F. Masson; fallada éa própria vida desse povo ; mas, escripta, é mais do que isso: é a sua immortalida-de. E' preciso, pois, tratar o idioma nacional com um respeito reli-gioso.»

Ha dias escrevi eu a mesma coisa,—não com igual brilho, mas com igual intenção.

O que constituo a nacionalidade é, principalmente, a lingua.

No dia em que no Brazil somente se fal lasse o inglez, o allemão, ou o italiano,—o Brazil poderia ser uma nação forte, mas já não seria precisamente o Brazil.

Ora, nós estamos justamente caminhando para esse triste resul-tado. Oanalphabetismono Brazil augmenta de dia para dia. O povo brazileiro não sabe lêr:é uma triste, uma dolorosa, uma tremenda

verdade. ?hm* a*:>ik|^ n <¦.*. ;.•>•¦;

-E emquanto não fôr instituída a instrucção primaria obrigatória, não estaremos apparelhados para dar combate a essa inimiga impla -cavei : a ignorância.

Vivemos a tremer de medo deante dos perigos com que, de quan-do em quanquan-do, nos assustairi os jornalistas : o perigo allemão, o

peri-go americano, etc. ; ; :' ;; ;/; ^

-Esses perigos não existem ; mas, em compensação, existe um que é maior do que os outros, porque a todos encerra e resume : o perigo do analphabetismo.

O povo que não sabe ler tem a intelligencia annullada, e não se pôde defender de qualquer ameaça. Um povo de cem milhões de anal-phabetos é conquistado em dois tempos por um povo de um milhão

de homens instruídos.' v^0W^^ã^^ ^mmmh :m, . m um;gi ^

Pouco importa que a nossa lingua seja fallada por dezeseis milhões de homens. Acaba de affirmal^o Fredérie Masson- dizendo numa bellà phrase o mesmo que eu aqui disse em estylo chato: «o que torna

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66 A ESCOLA

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mortal uma nacionalidade, não éa sua lingua fallada : éa sua

lin-gua escri pia.

As línguas apenas faltadas silo sempro derrotadas pelas línguas,

que, alem de fadadas, sao lidas e escnplas.

No Rio Grande do Sul, no Paraná, em Santa Catharina, em S. Paulo, om Minas, om todo o território da Republica, multiplicam-se e espalham-so as escolas francezas, italianas, allomas. Temes, é ver-dade, para oppor uma barreira a essa invasão de idiomas extranhos, as nossas escolas* Mas, para que nos servem as nossas escolas, si os pães analphabolos se julgam eom o direito dc manter os filhos no anal-phabetismo ?

Sino dia 15 de Novembro de 89, o Governo Provisório tivesse decretado a obrigatoriedade da instrucção, nós ja teríamos hoje uma imprensa dilatada e um eoüimercio abundantíssimo de livros, porque toda uma geração, sabendo ler e escrever, teria brotado do seio

dessa lei salvadora. Olavo Bilac.

ESTÜDINHOS DE FRANCÊS

Pronuncia Francesa ii

Professora.—Occupamo-nos da ia parte da Grammatica Des-eripttva, chamada Phonologia, segundo o dr. Maciel, e que muitos quinhentistas escreviam Fonologia*

Dentre os grammáticos é talvês o único que deveras tem me-thodizado quanto concerne á grammática.

Dos principios geraes tira conclusões, e do estudo dos factos de linguagem vernácula vai estabelecendo regras, de modo que a doutrina desse eminente grammático e philólogo se concatêna toda. Sabem vocês que o dr. Joào Ribeiro, na i ia edição de sua co-nhecida «Grammática Portuguesa—Curso Superior», pag. 283 e seguintes, discorre com admirável erudição sobre a / honologia.

iW..r.—Nunca vi essa grammática do dr. Maciel...

Iracema—Ouvi dizer que a opinião delle nào vale nada...

Alalde. - Protesto; pois tenho ouvido a militares illustres e mui-tos homens formados e entendidos no assumpto gabar muitissimo ao dr. Maciel como a um dos nossos melhores grammáticos e phi-lóloga emérito, sem que nisso haja offensa ao douto João Ribeiro. Iracema.—Sem duvida que assim se falia delle por despeito... Naír.—Sempre é verdade que raramente se acóde ao pensar intimo de quem fala, quando se trata de assumptos capazes de dupla

interpretação... .

Pr o/es.— Deixem o-n os de criticas e apreciações subjectivas ; nosso estudo tem um objectivo determinado—a pronuncia francesa. Pois bem!—«Phonologia é o tratado dos phonemas, isto é, dos sons constitutivos da palavra debaixo de todos os pontos de vista.»

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Assim ensina Maciel, apoiando-se em Henry, Gr (mm.

Com-parée du Grec e du Latia, pag. 13.

Subdivideaphonologia em phonética, plionograplua, proso-dia e orihographm,

Nalr.—Vou pedir a papai que mande buscar para mim essa grammatica.

Ala.de.—E eu também quero estudar ou aprender, estudando. Projes.—«Prosódia é o tratado da quantidade e accentuação dos phonemas na constituição do vocábulo.»

«Accen Inação prosôdiea é a maior intensidade d'uma syllaba em relação ás outras do mesmo vocábulo. Os monosyllabos se di-videm em inaccentuados ou tônicos», em português, como—me, te, lhe, etc, Q—dão, grau, rei, não, mãe, vós, Job, etc.

Nair.—E a applicação ao francês ?

Projes.—Ia-me esquecendo ; mas entramos já no assumpto. Comecemos pelas lettras do alphabeto.

Alalde.—« Alphabeto é o conjuncto das lettras que estão em uso numa lingua.»

Projes.—E o alphabeto francês compõe-se de 25 lettras,

como em português, ou de 26 si lhe accrescentarmos o w, vê em allemão e // ou duuble u dos fracêses.

Iracema.—Estou vendo que a coisa nào é tão fácil como eu pensava...

Nalr.—E como se pronunciam essas lettras em francês ? Projes,—Como em português, salvo algumas excepçòes. Hoje se considera do gênero masculino cada letra.

Alaide.—Então temos—a—bè—cê— dê—éff...

Projes. —Em francês,como em português, hoje se pronuncia/. Alaide.—F—guè—agá...

Projes.—Não é agá, mas dchè como áx...

Alaide—A'x'—i—ká ou kè —lè—mè—nè—ó ou ô—pè—quê... Projes.—O qne e o ú têm um som particular.

Alaíde—rê—si—te—u.,.

Profes,—Eecha-se a boca, contráem-se os lábios e pronun-cia-se o u como quando se sopra como em vertu. Vão pronuncian-do estas palavras—Une stat&e de Ven//s (V—nuss') venue des (de) Belmz/des—Rwssie—Suse—Swède.—T^nis—Twrquie.

Mais tarde, quando tratarmos das vogaes, faremos exercicios de pronuncia do u.

Alaide.—Xix...

Projes.—Não, senhora.

Pronuncia-se™«óra—6\s [extreme—écstrém', Alexandre— Alé-csandr', sphinx—síêncs); óra gs (exercicie—égcercic\ Xavier— gseLVÍêv,—Xénopkon, gcênôfôn),

Articula-se algumas vezes como um s ou 3, por ex., no fim das palavras—stx, dix (sis, diz); comoc (excepter—éceptê, excellent — écêlan—); ou como 55 (Bruxe/les—BrwsséP,—Auxerre—Ôssérr', Samt-JMãixent—sên mèssê.n,—soixante—sôassânt'); outras vêses

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68 A ESCOLA

como um *, por ex., em dtx-huil {ôizUj-dtxidme—dizi-ém'; e no fim dos vocábulos, quando o vocábulo seguinte começa por uma vogai ou hmuâo. Ex.: Heureux-esl-tl L. (Eü-rêu-zè-t\]),--Prtx tnesíimable (pri-.?/-nós-ti-mábF), oiseaux aquatiques (ô-á-zô-za-qua-tiq),—hereux cnjants— (êu-rêu-zân-fân).

# - Assim ensinam Chassang c Larousse : essa c a pronuncia

pa-risiense.

Iracema.—O negocio ó crespo!

Zair.—E que querem dizer aquellas phrases— Priai-nés-ti-mabL.etc ?

Projes.—Preço, valor, prêmio inestimável.—E' elle felia !— Pássaros, aves aquatiea«—Felizes crianças ou meninos.

-4//m/tf.—Permitta-mc uma pergunta. A senhora falou em h m udo, quer dizer que nâo fala ?

Projes.—-Veremos isso logo: ha duas espécies de //, um cha-mado mudo, é apenas um signal, como o éra no grego donde veiu ; não soa, por isso é mudo; e outro chamado-aspirado—. Aspi-rado, segundo Chassang, não quer dizer que os vocábulos em que elle entra se pronunciem com aspiração, da garganta como acontece a certos vocábulos allemães, senão somente que começando um vocabu Io por um // aspirado nào se liga com a ia syllaba do vocábulo seguinte a consoante final do i°. Em Pariz já se considera simples-mente um signal de separação que deve produzir um pequeno hiato (abertura de boca) ou pausa.

Un.grand héros— (ân-grân-ê-rô) Une Ãaine mortelle —

(«n'-é*h'-môr-tél') V

Aldide.—Zeê... Projes.—Zéâ.

Amanhã examinaremos cada letra, quanto ao valor e signifi-cação que tem.

Recordarão vocês quanto vimos hoje e irão pronunciando isto, como estou fazendo:

La pureté des anges. Lapur'tè dé-sâng\ A pureza dos anjos. La sagesse de Dieu. La sa-jeç' d díèu. A sabedoria de Deus. Uécune de Ia mer Lê-kum' de Ia mér. A espuma do mar. Au revoir—(ô-r'-vô-ár) Até outra vista.

Até nos tornarmos a vêr. Jus qu'à demain.

(jús-kã-d'-mên) Até amanhã,

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A ESCOLA 69

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Ser mãe é desdobrar fibra por fibra O coração! ser mãe é ter no alheio O lábio, que suga, o pedestal do seio,

Onde a vida, onde o amor cantando vibra. Ser mãe é ser um anjo que se libra

Sobre um berço dormido! é ser anceio, E' ser temeridade, é ser receio,

E' ser força que os males equilibra!

«

Todo o bem que a mãe gosa é bem do filho, Espelho em que se mira afortunada

Luz que lhe põe nos olhos novo brilho ! Ser mãe é andar chorando n'um sorriso Ser mãe é ter um mundo e não ter nada! Ser mãe é padecer n'um paraíso !

Coelho Netto.

As moscas e as moléstias iotestinaes

0 hygienista Professor Sayerio Santori, de Roma, chegou ha pouco tempo a estas conclusões dos seus estudos feitos : Si ern 20 annos todas as moléstias infecciosas teem decrescido e, entretanto, as intestiuaes também infecciosas continuam a fornecer alto contin-gente á mortalidade, a culpa é das moscas.

A actividade hygienica augmentou. As denuncias de enfermi-dades infecciosas são mais freqüentes; o isolamento é praticado com rigor; a desinfecção do ambiente e das roupas é mais cuidadosa e

todavia o typho, a infecção intestinal, e a diarrhéa das creanças

augmentam.

Qual será a sua causa? A causa são as moscas.

Antes de annunciar a sua conclusão,o Professor Santori executou um trabalho para demonstrar que as moscas são capazes de trans-portar © «díffundir germens patogênicos.

Estudou a flora bactereologica contida no tubo digestivo das moscas, nas suas fezes e na superfície de seu corpo. As moscas que serviram para essas experiências foram apanhadas nas praças publicas mais visinhas aos mercados, nas hospedadas e outros logares.

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Feitas as culturas o praticadas as injocções nas cobaias, foi encontrado, depois da autópsia, o canal intestinal atacado.

A evidencia impunha-se.

Tanto mais que o Professor Santori encontrou nas fezes do algumas moscai os mesmos microorganismos achados pelo dr. G.

Vülpino nas diarrhéas estivaes das creanças.

BIBLIOGRAPHIA

Recebemos com sôfrega e clarinante alegria tres inestimáveis

livros didacticos: A Pu Iria lírazileira, Mosaico Infantil e Aponta-mentos Históricos e Noticia sobre a Constituição Federal

Estes livros preciosos, rebentos de um laíbor profícuo em prol do engrandecimento da Pátria, fruetos supernos de um intellecto guapo e superior, vêm pompear a litteratura escolar do Brazil E'

seu auctor o dr. Virgílio Cardoso de Oliveira, que exerce com

"bri-lhantismo e notável solicitude o cargo de Director do Ensino Mu-nicipal de Belém.

No primeiro dos livros acima referidos, o dr. Virgílio Cardoso esculpe com bizarria as lindezas incomparaveis da nação ; põe em s°!?erbo relevo os nossos factos históricos mais notáveis; expõe as effigies venerandas dos nossos grandes homens; pinta, em summa, com traços elegantes e firmes, a vida e a historia desta grande e futurosa collecti vidade.

Eis as palavras com que o auctor começa o seu delicado livro: « A Pátria, meus caros meninos, não é somente o vasto terri-torio em que vivemos, o solo que cultivamos, a terra que nos vio

nascer, esse conjuneto de incomparaveis bellezas naturaes, que

chamamos carinhosamente—Brazil.

Não : sentimol-a também em tudo que nos desperta o affecto ou o enthusiasmo pelo nome brazileiro,—nas estatuas dos heróes, nas grandes datas da historia, nas obras primas dos artistas nos monumentos da litteratura.

A Pátria é ainda o que quer que seja invizivel, que vibra

dentro de nós, percorrendo como o sangue nossas veias; é, por

exemplo, essa commoção, que nos agita, quando contemplamos res-peitosos a bandeira auri-verde, symbolo sagrado de nossa naciona, , lidade, ou ouvimos extasiados as sonorosas notas de nosso Hymno.»

Os livros do dr. Virgílio Cardoso são dignos de figurar em as nossas escolas publicas e particulares, para cujos professores e directores appellamos em nome da desenvoiução moral de nossa

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A ESCOLA 71

Selecta Clássica

Dentre os não poucos livros didacticos da lavra do erudito dr. João Ribeiro, da Academia Brasileira, lente de historia no Gymna-sio Nacional, destaca-se a Selecta Clássica, edição—livraria Fran-cisco Alves—1905.

O illustrado grammalico, philólogo, profundo e vidente, soube tornar aquella selecta um livro útil e necessário aos estudiosos e até aos homens de letras.

De aecordo com o fim especial a que se destina, além dos tre-chos clássicos escolhidos, e de 54 paginas interessantíssimas de Excerptos com documentos de linguagem vernácula do período ante-clássico, vem aquelles trechos clássicos acompanhados de notas phi-lologicas, lingüísticas e syntácticas, esclarecendo o texto e fazendo, para grande numero de vocábulos e verbos,um estudo comparativo! Tudo em notas curtas, substanciosas, ao alcance de todas as inteligências, e apoiadas em grammáticos, philólogos e escritores

autorisados. Dessas notas muito bem distribuídas dá no fim um1 *V»*l»A \.» III

índice alphabetico.

Desnecessário é recommendar a Selecta Clássica aos Srs. Pro-fessores e aos estudantes do Gymnasio e Escola Normal.

Em a nota 138 á pag. 1.44 e seguintes,commentando um trecho do seiscentista F. Rodrigues Lobo, trata, embora incompletamente, do apassivamento synthetico ou romão com se. Dahi passa, na pag. 145— 146, a tratar da subjectividade do se : « d'aqui se enca-rninhou a syntaxe do .sr sujeito, tão malsinado dos grammáticos de hoje, mas de uso antiguissimo, pois já com as fôrmas s-i, se, saei& Slk existira no gótico, no valaco, no anglo-saxonio e no sueco ; no antigo portuguez deparam-se alguns exemplos como o do Leal Con-selh. :—falso testemunho pelo qual se defende todas as mentiras—

pag. 144 etc.—cita alguns outros exemplos e conclue :

«Em conclusão, ainda que o não queiram os grammáticos, vem

de séculos e não é francezia, e muito menos recente, o uso 'do se

com o valor de sujeito da oração. Os exemplos são muito freqüentes para que se tenham á mera conta de descuido ou inadvertencia.»

O excellente grammático, profundo e vidente philólogo, já deu um grande passo, mas citou exemplos improcedentes, visto haver outros melhores. Disso tratarei opportunamente. No entanto, sua Selecla Clássica merece elogiada e adoptada.

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72 A ESCOLA

SYNTAXIOLQGIA

(Continuado do n.° 1)

16—b) Chamamos cláusula á proposição subordinada, isto é, de sentido syntacticamente inconpletoe dependente.

Resulta essa subordinação quer da constituição mesma de tal proposição, quer de sua posição na sentença.

De dois modos costuma apparecer esse sentido dependente. (Vi-de ii.0 15—Nota.)

l.° Quando a proposição (cláusula) se desdobra de outra proposi-ção- sua fundamental, quer integralizando-a quer modilicando-a

ou ampliando-a. Assim explica o dr. Maciel. Exemplo :

« Os elogios que em Iodos o séculos lêem sido consagrados ao Hippocraks pessoal, resaltam mais valiosos para o gênio collectivo da antigüidade hellenica.»

(Latino Coelho, Oração da Coroa, Jnlroducçâo.)

« Suppondo que se refiram a servos que, no seu entender, cqui-valiam a cousas, e de que seu antes dono que senhor podia dispor li-vremente, a própria existência dessa espécie de memórias seria in-comprehensivel.»

(A. Hercul. Opusculo 3o. pag. 304).

2°.—Qnandoduas ou mais cláusulas, coordenando-se subordi-nativamente mediante connectivossyntácticos, se completam econs* tituem uma sentença complexa.

Em ambos esses casos diz-se complexa a sentença ou sentença simples complexa.

No l.o caso, diz-se fundamental da cláusula a proposição des-dobrante e a sentença fica sendo simples complexa ; no 2.° caso, as cláusulas são elementos constitutivos da sentença simples complexa.

Exemplo do 2.° caso :

« Dizer que no passado de Ourique não houve audácia, a ser como eu narrei, embora as tropas almoravides, ou a melhoria dellas, faltassem, é cousa tão absurda, quanto êcerto que essa expedição im-portava uma longa marcha de cincoenta legoas...»

(A. Herc, Opusculo 3.°, pag. 247).

« Busca-se remover o perigo de que o dono de tal prédio, que se chama hoje Francisco, se chame amanhã Antônio...»

(Idem, Opusc. 4.° pag. 17:-'-.)

i7—Ab cláusulas classificam-se quanto á sua natureza, funeção ou posição.

Quanto ásua natureza a cláusula pode ser : a) substantiva (eu svbstantivo), b) adjectiva(ou adjeclivo), c) adverdial(ou advérbio).

Quanto a sua funeção, a cláusula pode ser : a) subjecliva, desde que exerça funeção de sujeito (ás vezes duas ou mais cláusulas fi-cam como um só sujeito com o verbo no singular, por ser iudiviso o sentido); b) predicativa, servindo de adjuneto predicativo com o verbo ser etc; c) objecliva, servindo de objeeto directo ou indirecto ;

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A ESCOLA 73

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d) adverbial ou cimiiwlaimal, servindo de adjuncto adverbial. Classifica-se hoje por ahi estultima cláusula, mns tem fundamento algum ante a syntaxe e os factos de linguagem, em relação prepo-SÜiva ; é uma expressão deficiente e imprópria.

Pretendia o emérito grammaticu e philologo Júlio Ribeiro-que toda palavra ou txpre.s.são precedida de preposição estivesse em rela-ção adverbial: inadmis.sivel e erroiuc, por ser estenso demais: o ob-jecto directo preposicimal e o indirecto ficam em funeção objectiva,

integrante do predicativo. Ora o advérbio é um modificativo, geral-mente.

18— Conclue-se que .

1.° Toda cláusula (mesmo adverbial), em funeção subjectiva ou objectiva, é considerada clamxda mhslu nUva ou eqüivale syntactica-mente a um substantivo.

2.° Toda cláusula em funeção attributiva ou predicativa equiva-le syntacticamente a um adjectivo.

3.° Toda cláusula adverbial é por natureza um modificativo e eqüivale syntacticamente e em geral a um advérbio.

4.° Tanto a cláusula adverbial como a adjectiva se tornam sub-stantivas pela funeção, desde que exerçam funeções quer subjectiva quer objectiva. (dd)

Esta theoria basêa-se nos factos de linguagem ; portanto, é de-ficiente einexacta a definição ensinando que a cláusula substantiva apparececom que, de ou i?iterrogalivamente, pois que pôde vir for-muladacom infinitivo (dd) e até com adjuncto adverbial, etc.

õ.°—As cláusulas da mesma categoria e funeção coordenam-se entre si quando são duas ou mais, e podem ter outras cláusulas que

lhes sejam respectivamente subordinadas, (e)

6.°—Em uma sentença complexa,a cláusula está para a sua pro-posição fundamental, como uma fracção para um numero inteiro, e a sentençacomplexaauma fracção imprópria.

7.-—Quandoduas ou mais cláusulas, c.oordenando-see ir.tegra-lizando-se, constituem uma sentença complexa, podem comparar-se a fracções cuja somma dá um inteiro. Por exemplo :

(dd) Suj. cláusula infinitiva.

«... porque ás vezes acontece darem os néscios para ter senso » Ruy Barbosa— Réplica Suj. claus. infin.. substantivo —«Os néscios darem para ter senso»—«predica-do—«ás vezes acontece.»

« Mostrar aos poderesos que se tem razão contra elles é o maior dos perigos do mundo.» (A. Herc. Lendas e Narrativas, 2.° pag. 181).

(e) «Coordenação—Nome que designa a juxtaposição de proposições de sentdio completo no discurso. A coordenação diz-se syndetica quando é feita por meio de con-jucção ou nexo. Ex. Deus creou o mundo em seis dias e descançou no sétimo. A coornação chama-se asyndetica quando não tem nexo : chegou, partiu. Ama o estudo ; de-testa a preguiça. De modo mais estensivo, o termo coordenação pode applicar-se a proposições subordinadas ou cláusulas, quando eslas exercem a mesma funeção :

Ordenou que viessem e não demorassem,

(12)

74 A ESCOLA

'WAMVKV^WH^WW.VA^N

y-f—uoO, 5 + 0, 5= l sentença csmplexa formado

porduasclau-sulas ; ou 0,5 4* 0,2 *f 0, 3 -*=» cláuporduasclau-sulas, iguaes a l ou sentença complexa, (f)

Eschematicamente. i,° caso:

A (a b)s j + (o d) R

2? Caso :

A (a"" ¦*-_____¦-Hi¦¦¦¦¦¦^____-MH-l_________¦b)s | + v -f ( .im __M«___________H___H_HHMaHap» d + __________i) fiX-_*

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Noticiário

Professor Francisco Guimarães

Perante a Directoria do Gremio dos Professores resignou o cargo

de presidente o nosso e digníssimo consocio sr. professor

Fran-cisco de Paula Guimarães

0 nosso distincto e presado collega permaneceu naquelle cargo desde o inicio do Gremio, prestando reaes e excellentes serviços á associação, de que é um dos mais dignos e dedicados membros.

A resolução do illuslre e conceituado educador prende-se ás suas múltiplas occupações actuaes de director de um importante

in-ternato — verdadeiro instituto de educação, estabelecimento a

que o excellente amigo dedica a sua actividade e energias desde que conseguiu jubilar-se no magistério publico do Estado, de que é in-contesta velmente urn benemérito pelo muitíssimo que realizou, á custa de tantos esforços, a pro da instrucção da infância paranaense.

Desonerado do cargo de presidenle do Gremio, que elle soube sempre desempenhar com muita dedicação e solicitude, continuará todavia o illustrado collega a ser o mesmo extremado collaborador da nossa prosperidade social. Como dissemos, foram razões de maior tomo as que vedaram ao nosso collega Francisco Guimarães o con-tinuar á frente do Gremio, que lho deve profícuos serviços.

—— .

- (f) Eis um exemplo :

«Mas o qae eu sei, é que não distinguir sons tâo diversos quanto o do e mudo na preposição ãe e o do accentuado em dedo, é querer destincção uma lingua culta com a

audição africana.»

(13)

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21 <le Abril

A data que relembra o supplieio do grande patriota que se

immortalizou sob a alcunha áe—Tiradentes—íoi condignamonte

so-lemnizada pelo nosso Grêmio.

Convidado para fazer uma conferência nesse dia o^nosso

illustre. consocio o laborioso secretario professor Lourenço de

Souza, desempenhou-se elie dessa incumbência com'a galliardia que seria faeil de antever, tendo-se em vista os seus profundos conheci-mentos. Assim é quo, ás duas horas da tarde desse dia, no theatro Guay-ra, gentilmente cedido, e perante regular concurso de povo, foi pelo Presidente do Grêmio, professor Júlio Theodorico, aberta a sessão magna commemorativa o CXIV anniversario da execução de Tira-dentes, sessão essa previamente annuneiada, o para a qual*foram

distribuídos muitos convites.

Dada a palavra ao orador referido, discorreu elie com invejável competência acerca do assumpto do dia, causando a sua patriótica conferência a mais agradável impressão a todos os que tiveram a ven-tura de ouvil-a.

O pequeno mas selecto audiVrio cobriu de justos applausos a brilhante producção do intelligente professor que faz honra á classe a que nos orgulhamos de pertencer.

A imprensa desta capital foi unanime em congratular-se com esse nosso collega pelo brilhantismo que soube imprimir á sua bella

conferência, que na integra foi publicada pela «Noticia».

Destas columnas enviamos nossos parabéns ao digno professor Lourenço e congratulamo-nos cem o Grêmio dos Professores, por não deixar cair no olvido as datas caras para a nossa Pátria.

JÁ se achava no prelo o numero passado de nossa revista quando se effectuou a sessão civica em homenagem á memória de Tiradentes, motivo porque na presente edição se publica esta noticia.

Professor Julio Guimarães

Reuniu-se em sessãc extraordinária no dia 5 do pi esente mez a Assembléa Geral do Grêmio dos Professores, afim de preencher-se o cargo de presidente, vago em razão da renuncia do professor Fran-cisco Guimarães.

A Assembléa resolveu unanimemente que se consignasse na acta um voto de louvor e agradecimento ao digno collega resignatario da presidência, em virtude dos grandes serviços que prestou ao Grêmio no exercício do seu cargo.

Por unanimidade de votos foi eleito para presidente o distineto professor Julio Theodorico Guimarães, que exerce com muito brilho o magistério nesta Capital.

Preciosa foi a acquisição que da pessoa do sr. Julio Guimarães fez o nosso Grêmio dos Professores, porquanto o dedicado consocio tudo

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76 A ESCOLA

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fará pela prosperidade o progrodi mento da associação, á qual apre-sentamos fervorosos parabéns polo acertado da escolha.

Saudando ao digno presidente recém eleito, expressamos os mais cordiaes votos por que seja a sua administração coroada dos mais felizes resultados e abundantes fructos.

A Ivscola

Temos recebido de divorsos amigos o collegas, missivas contendo palavras animad M-as relativas á nossa revista pedagógica.

Com toda a satisfação agradecemos a essos dignos cidadãos as suas sympathias para com a onerosa empresa a que posemos peito, sympathias verdadeiramente confortantes pelos alentos que nos

com-municam.

Resolutos como estamos a trabalhar esforçadamente pela instrucção da infância e pelo alevantamento moral da classe dos seus educadores é nosso desejo cordial cumprirmos a nossa missão com o maior

devotamento e solicitude, certos como estamos de que assim pres-taremos serviços de real valia ao procedimento e prosperidade do nosso querido Estado do Paraná.

0 de que porém não podemos prescindir é a profícua boa vontade dos nossos collegas e consocios em favor da «A Escola>, que necessita do auxilio dos dignos professores em todas as localidades do Estado. Queiram esses bons amigos conseguir para esta revista o maior nu-mero de assignaturas pagas, e prestarão desse modo importante serviço á instrucção publica da formosa terra paranaense.

Instrucção publica

No relatório do ministro da fazenda eneontram-se os seguintes da-dos referentes á instrucção publica do Brazil;

A receita do Amazonas é de 15.000 contos: despendem-se 700 con-tos com a instrucção publica*

0 orçamento do Pará é de 11.800 contos: gastam-se com a instrucção publica 1.156 contos.

Maranhão,—orçamento 2.700 contos • instrucção publica 364 contos.

Ceará,—2.683 contos ; instrucção 625 contos.

Rio Grande do Nor re,—1.120 contos; instrucção publica 118 contos.

Pernambuco,—9.000 contos ; instrucção 845 contos. Alagoas,—2.089 contos; instrucção 449 contos.

Sergipe,—1.539 contos; instrucção350 contos.

Bahia, -11.300 contos; instrucção publica 749 contos.

Espirito Santo,—2.967 contos; instrucção publica 227 contos.

Rio de Janeiro,—8.180 contos; instrucção publica 1.167 contos. Districto Federal,—24.500 contos;instrucção publica 4.283 contos.

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S. Paulo,- 3,r).(X)0 contos; instrucçâo publica 7.090 contos. Paraná,—6.762:6335755 /instrucçâo publica 486 contos*

Lanta Callirrina,—1.304 contos, instrucçâo publica 155 contos. Rio GrandedoSul,-8.800contos;instrucçâo publica 2.492 contos. Matto Grosso,—1.721 contos ; instrucçâo 156 contos.

Minas Geraes,—17.733 contos /instrucçâo 2.526 contos. Goyaz,—894 contos: instrucçâo publica 100 contos.

liis.ru<-< ào na Itolijica

_ A Federação dos Institutos da Bélgica, por oceasião da

expo-sição internacional de Liége, organizou um congresso internacional do ensino primário, em que foram discutidas as seguintes questões : Ia O professor primário, sua missão, sua instrucçâo profis-sional, sua situação.

2.a E' necessária a instrucçâo obrigatória? Tempo da obriga-toriedade, saneção, resultados obtidos.

3.a Quaes devem serás condições materiaes, hygienicase pe-dagogicas da escola para corresponder ao desidèratum do pessoal docente ? (Atsta questão ficou subordinada a do n. máximo de alumnos em cada classe).

-1." Mostrar a influencia que a escola pode exercer para desen-volver o sentimento de íraternidade entre os povos, e concorrer para a paz universal.

5.a Collaboração da familia e da escola na educr.ção ; protec-ção á infância durante e após os tstudos primários.

6.a Estudo comparativo das legislações sobre pensões aos professores, ás suas viuvas e filhos orphãos.

7.a Ha conveniência em instituir-se um officio internacional das federações de professores primários ?

Recreios

;

0 Conselho de professores do Gymnasio de Winterthur (Suissa) havia resolvido, a titulo de experiência, diminuir o tempo das licções de 50 para 40 minutos, de maneira que em 4 heras os alumnos rèce-bessem 5 licções differentes, com intervallos de 4 recreios de 10 mi-nutos cada um.

Os resultados no anno lectivo de 1905 foram tão bons que o Con-selho não vacillou em manter o mesmo horário para o anno seguin-te. Observou-se que os alumnos sentiam menor fadiga intellectual e os progressos nas matérias do programma foram mais visíveis. Os próprios pães se mostraram favoráveis a esta innovação, que obteve egualmente o apoio de todos os professores e hygienistas mais distinetos

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78 A ESCOLA

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RELATÓRIO

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APPRESENTADO AOKXCM. Dr. A PEDREIRA ÜE GeRQURIRA. DlRECTOR DA

llSS-trucçào Publica do Paraná'pelo prof. Lourenço de Souza, da 3.» cadeira da capital, km 2 de dezembro de 1905.

Exem. Snr.

lim cumprimento do quo ordena o Regulamento da Instrucção Pública, venho dar a V. Ex algumas informações referentes á 3.» ca* deira pública para o sexo masculino desta Capital, coníiada á minha d injeção.

Começarei por invocar em meu prol os indultos de V. Ex. pediu-do-lhe que. ao dignar-se de ler estas linhas, releve a deseonnexão e obscuridade das idéias á incompetência de quem. por força de sua de-ficiencia intellectual, nào pode external-as aureoladas do brilho do talento.

Funcciona minha escola, desde o mès do Março deste anno, á rua Trese de Maio, para onde foi transferida da rua Desembargador Er-melino de Leão por ordem do exem. sr. Dr. Sebastião Paraná, illus-trado e benemérito inspector Escolar. A sala das aulas carece das di-mensões necessárias para comportar um número notável de alumnos, e sem os inconvenientes que proveem do accúmulo de indivíduos em

um ambiente restriclo.

Preceitua a hygiene pedagógica que as salas escolares não só possuam amplitude ca bal a conter desapertadamente os alumnos, co-mo tambem que bastante seja o ar respiravel. A immanencia de muito indivíduos por largo tompo. conjuntamente, em uma sala cujas dimen-sões sejam pequenas, ha de produzir certamente insufficiencia de ar,

pois que não será a renovação compensativa do dispendio.

A situação da minha escola é boa e a freqüência tem sido regular, constando a matrícula de 47 alumnos.

Uma das cousas que maior óbice constituem a um bom approvei-tamento por parte dos alumnos, é a irregularidade com que estes, em sua quasi totalidade, freqüentam a escola. Com effeito, a ausência de diversos alumnos repetidamente verificada prohibe a marcha progres-siva do ensino obstando á seqüência constante das licçõos ministradas pelo professor, o qual deve, para não descumprir a sua missão, mui-tiplicar esforços afim de que aluz da instrucção penetre no espirito de todas as creanças, de sorte que nenhuma esbulhada fique do seu quinhão de saber.

Si exeqüível fora a obrigatoriedade da freq .encia ás escolas em nossa Pátria, grande serviço poderia a decretação delia prestar á

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ins-A ESCOLins-A 79

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trucção pública do Paraná, diminuindo assim consideravelmente a in-felizmente ainda grande porcentagem dos analphabetos.

Luctando pois contra esse obstáculo—a irregularidade da fre-ouencia—e contra a falta do applicação o o desamor de grande parte

dos alumnos ao estudo, é so á custa dos mais ingentes esforços e quasi sacrifícios que os professores conscienciosos conseguem apresentar no fim do periudo lectivo a prova cabal do como cumpriram ou dei-xaram de cumprir os ponderosos deveres do seu encargo.

Outra inconveniência é a facilidade com que alumnos de uma escola se retiram e passam a freqüentar outra, sem motivo justo ou razoável Ha meninos de tal modo affeitos a essas mudanças, que chegam a percorrer grande número de escolasem tempo limitado, semcomtudo, ou mesmo por isso, conseguirem resultados compen-sativos do bom desejo e mal dirigidos esforços paternos a pró do seu adeantamenlo.

De muita eflicacia seria que a distribuição da população escolar fosso commeltida ao Inspector, cessando dessa arte o inconveniente das escolas demasiadamente cheias e das escolas quasi vasias. Tal medida, de real vantagem, seria o complemento lógico e necessário da localização das escolas. Sua adopçâo importaria em um muito maior approveitamento do dispendio de pecunia do Estado na diffu-são do ensino.

A mobília que mo foi entregue consta de doze carteiras já bas-tante usadas, servindo cada uma para assento de dous a tres meninos, e uma taboleta com o dístico—Escola l>ublica. Os outros moveis ê utensílios indispensáveis tive de adquiril-os á minha custa. As cartei-ras nem sempre comportam folgadamenle os meninos, sendo neces-sario sentarem-se até quatro em cada uma nos dias em que o

nume-ro de alumnos presentes é relativamente grande.

Resente-se a escola da falta de diversos utensílios taes como : globos e mappas geographicos sólidos geométricos, quadros histori-cos, etc, utensílios esses próprios a concretizar as explicações e tor-narintuitivo e interesanle e attraente o ensino das diversas matérias do programma.

Seria conveniente que a illustre Directoria ordenasse a dislri-buição aos professores, de mappas, livros para matrícula, e boletins de approveitamento mensaes, impressos.

No dia 24 do mês recém pretérito submetli sete alumnos a exa-mes finaes, id e.U : da segunda serie. Os exaexa-mes se effectuaram na Escola Oliveira Bello, sob a presidência do preclaro c benemérito pa-ranáense e exlremadamenle dedicado Inspector o exem. sr. Dr.

Se-bastião Paraná, sendo examinadores o illustrado litterato sr. Ismael Martins e os srs. Brazilio da Costa e Raymundo de Ramos, professo-res da Capital.

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A ESCOLA

*

Foram approvados com distineção Roberto Emilio Mongruèl, Pedro Eugênio de Freitas, Affonso Guilhermihõ Wanderley Filho e Francisco Correia de Souza Pinto ; plenamente leilio de Freitas Sal-danlia o Hypolito Micliaud Filho ; e simplesmente Eugênio Hirào

Michaud. Deixaram de appresentar-se dous tambem inscriptos.

Desojo invocar a attenção do V. Ex. para um assumpto de nao somenos importância : refiro-me á adopção de livros didacticos.

Diversos são os requisitos que devem estos possuir para bem preencher o duplo fim de instrucçáo e educação, a que se destinam. Além das qualidades pedagogico-instruetivas, hão de ler tambem os predicamentos moraes que devem ser um dos apanágios dos livros destinados á infância.

Com relação a èsle particular, peço venia a V. Ex. para referir-mo á resolução da douta e illustrada Congregação dos srs. Lentes, queadoptou a Iracema de José de Alencar para leitura nas escolas.

A ninguém é licito pôr em duvida os méritos htterarios do tão insigne escriplor brazileiro. Alencar tem jus aos mais enlhusiasticos applausos dos filhos de nossa Pátria pelo uslre e fulgor que aceres-centou ás lettras brazileiras, manuseando com dexteridade a pluma de romancista e dramaturgo. Diversas de suas obras accentuam a lídima característica e reílectem os costumes dos brazileiros e as tradições dos genuínos filhos e aulochtones de nossa terra.

Indubitavel é porém que a Iracema contêm trechos lascivos, e deve ser ipao-faclo desterrada, para logo. siquer das escolas prima-rias, e sua leitura vedada ás creanças, a bem da. pureza infantil. O facto de possuir incontestáveis bellezas estylisticas a referida obra do illustre o acerrimo propugnador da diííerenciaçáo do idioma lusitano no meio americano, não é bastante a justificar a sua adopção nas es-colas.

Formosas e brilhantes são algumas das obras de diversos escri-ptores pagãos; e todavia ninguém que verdadeiramente ame os bons costumes e a moral, aconselharia a leitura dellas á puericia, nem mesmo á adolescência. Em verdade, que educador consciencioso e compenetrado de seus deveres lhes aconselharia a leitura de algumas das obras do summo e genial poeta Homero,condemnadas por perni-ciosas por Platão em seu livro Republica ? ou de algumas de Virgílio e outros escriptores considerados corruptores da juventude, e cujos escriptos se cifram uns na irnpiedade, outros nos gòsos sensuaes e

illicitos ?

Os livros para a infância devem, ao lado das cousas necessárias e úteis que encerram, despertar na alma das creanças os mais nobres sentimentos, exalçando as bellezas extasiantes da virtude, que no di-zer de Sócrates é uma sciencia -- a sciencia do bem —, e segundo

Platão, é a saude, a harmonia e o equilíbrio da alma, pois que nos approxima do Sempiterno Creador.

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Os auctores de livros didaclicos dovein imprimir-lhes o cunho do verdadeiro patriotismo, de guisa a instillarem nos corações infantis dos que os íeem, sentimentos du amor profundo e afervorado para

com as glórias do nossa Pátria amada e para com as liborrimas ins-lituições govornamentaes (jue vão conquistando para o formosíssimo Brazil, sem embargo dos multiplicos entraves, um porvir brilhante o ditoso e um logar eminente ao lado dos paizes civilizados da Terra. Esses requisitos possue-os inconlestavelmenle o interessante livro «O Brazil e o Paraná», cujo capítulo preambular contêm trechos que sao verdadoiros lances de fervor patriótico.

K' também necessária a adopção do livros de poesias, para leitu-ra das classes adeantadas, afim de que estas adquileitu-ram siquer algu-mas noções ligeiras dos vários gêneros de composições poéticas, que ao professor cumpre discriminar, bem como os diversos gêneros de composições prosaicas.

Ascollectaneas ouselectas que conheço julgo não convirem, em razão de conterem escriptos de assumptos impróprios para ins-trucção das creanças, como lambem escriptos caracterizados pelo sectarismo religioso, que são também inconvenientes por seop-porem ás disposições das leis que concernem á instrucção pública de nossa Pátria, as quaes preeeiluam que o ensino seja leigo quanto ás crenças religiosas, relativamente ás que devem os professores man-ter sempre a mais completa imparcialialidade, não deixando nem Si-quer transparecer as suas opiniões.

Neste particular pecca a Historia do Brazil de Joaquim Lacerda, que em nm dos seus pontos faz elogiosa propaganda dos Jesuitas

enal-tecendo os serviços dos que vieram em companhia dos primeiros go-vernadores geraes do Brazil colonial catechizar os filhos das nossas florestas. Além disso, o resumo histórico a que me refiro não põe em evidencia alguns dos acontecimentos importantes, e deixa entregues ao olvido oulros que cumpre sejam conhecidos das creanças

brazilei-ras.

Incontestavelmente superior a esse livro é a pequena Historia do Brazil do eminente econspicuo philologo brazileiro sr. Dr. João

Ri-beiro, glória das lettras pátrias.

Adoptando, de conformidade com o Regulamento, a Grammalica do 2.° anno de Portuguez deste notável escriptor, costumo no emtanto fazer algumas adaptações, no ensino da lingua vernácula, do melho-do empregamelho-do pelo eximio Lente de Litteratura da Escola Normal de Niteroy, o sr. Dr. J. Ventura Boscoli, um dos mais brilhantes e insig-nes cultores da sciéncia grammatical em nosso paiz, e que é digno de applausos enthusiasticos pelo fulgor com que operou verdadeira re-forma no estudo dessa disciplina, adoptando uma excellente divisão da Grammalica, definições racionaes e philosophicas, e systemasana-lyticosde inccncussa superioridade e excellencia em comparação de outros.

A Arithmetica Elementar do Dr. A. Trajano é um excellente livro (o melhor que conheço, desse gênero, para escolas primárias) e

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pro-82 A ESCOLA

(luz sempre bons resultados, porquanto nelle acxposiçao dessa im-portanto matéria é feita pelo melbodo pedagógico por excollencia—o intuitivo.

Sao essas as informações que me cumpre dar a V. Ex.

Doquediclo fica, com palavras singelas e sem lustre, vê-se quo tenho buscado exercer com zelo o dedicação a regência de minha es-cola, e que esta necessita de diversos melhoramentos materiaes.

Quanto a funecionarem as escolas em salas que reunam todos os re-quisitos da hygiene pedagógica, é faril ver a quasi impossibilidade de o conseguirem os professores com a sua ainda nao sufficienle remu-neraçao. maximé na Capital, onde os preços de aluguel de casas sâo elevados. Também, para que as casas sirvam perfeitamente ao func-cionamentode escolas, indispensável éque para esse fim sejam adre-de construídas.

O actual Regulamento devo ser reformado em mais de um ponto, de modo a satisfazer melhor as necessidades da instrucção popular, em proveito da qual, segundo a expressão do Dr. Ruy Barbosa—os maiores sacrifícios constituem sempre o emprego mais reproduetivo

da riqueza pública.

O insigne pedagogista Visconde Antônio de Castilho-nome que todos os educadores deviam ensinar as creanças a conhecer e amar, tanto como o de Peslalozzi e o de Froebel—dice que é na escola popu-lar que está a verdadeira politica, ampla, profunda, séria, duradoura, e o progresso sem revoluções.

E' comniovente vero carinho com que o profundo escriptor e mavioso bardo,irmão espiritual do poeta mantuano, descia muita vez do Parnaso para entrar no recinto modesto da escola, a que elle deu uma nova e esplendente feição, transformando-a em verdadeiro templo de luz e ninho de affecto e amor para com as crean-cas, por todos os motivos dignas do carinho dos seus guias es-pirituaes. Assim, conseguiu o formoso bardo libertar a escola da ro-tina e das torturas, instituindo a « escola da lei nova », a «escola regenerada », como elle a denominava, com tanta felicidade de ex-pressão.

Em nossa terra (digo-o cheio de júbilo ) já vem alvorejando o grande dia da regeneração da escola. Crente na «felicidade pela ins-trucção», confio que o bello Estado do Paraná estáse appropinquan-do de uma nova e luminosa phase, de uma era perduravel de progre-dimento e civilização, fructo da dedicação e esforços com que o exem. Dr. Presidente busca realizar o mais importante serviço da sua ditosa e prosperrima administração pública.

Saúde e fraternidade.

Em Coritiba aos 2 de Dezembro de 1905.

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A ESCOLA 83

Aos nossos assignantes

Estamos iniciando a cobrança das assignaturas d'«A ESCOLA» I odimosaos nossos bons amigos e favorecedores que nos enviem pelo correio, deduzidas as despezas de registro, a quantia relativa ao primeiro anno da revista. Precisamos de receber adeantadamen-te para podermos continuar a satisfazer as despezas mensaes da impressão d'« A Escola», que são pagas á vista.

Queiram os nossos dignos amigos e consocios prestar-nos o importante serviço de agenciarem, nas localidades onde residem assignaturas e o pagamento das mesmas

EXPEDIENTE OFFICIAL

MEZ DE ABRIL

Lein. 640 de 30 de Março de Mm

Art. 1.° FicaV) Poder Executivo auctorizado a cornmissionar uma ou mais pessoas, de reconhecida capacidade, para o íiin da inspecçâo e fiscalização das escolas de fora da Capital, marcando uma remune-ração conveniente.

§ Único. Com esse serviço o governo poderá dispender annual-mente alé a quantia de (I0:00;)$000) dez contos de reis.

Art. á.° Revogam-se as disposições em contrario. Lei n. 041 de 30 de Março de 1906

Art. Único. Fica o Poder Executivo auctorizado a abrir um cre-dito supplemenlarde cinco contos de reis(5:O00$0J0j para oceorrer á insufficiencia da verba <; Mobília Escolar», do § 7» do art. 3o da lei orçamentaria vigente; revogadas as disposições em contrario.

Decreto n. 123

O Presidente do Estado do Paraná resolve remover a profes-sora d. Valdivia Munhoz Gonçalves, da escola promiscua da villa do Assunguy para a escola para o sexo feminino da villa do Ipyranga, e desta para aquella a professora d. Luiza Gonçalves Cordeiro

Mon-teiro.

Decreto n. 124

O Presidente do Estado do Paraná resolve remover a professora d. Thereza Machado Correia Büsse, da escola para o sexo feminino da cidade do Tibagy para a escola promiscua do povoado Balsa Nova, município de Campo Largo, que está vaga.

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84 A. iioCULA,

I ^*^VMl^l*'M^^^M^'^^*'W^'^^0^'^^#'>^)<'*.^a^^*»^^'>'w^''"^,

Decreto n. 125

0 Presidente do Estado do Paraná nomeia a professora d. Diil-ce de Araújo Caillot para reger effectivamente a escola promiscua do povoado Rio dos Patos, municipio de Santo Antônio do Imbituva, (jue

se achava vaga.

Lein. G67 de 4 do Abril de 490(1

O Congresso Legislativo do Estado do Paraná decretou o eu sane-ciono a lei seguinte:

Ari. Único. Fica creada uma escola promiscua no bairro deno-minado «Mundo Novo», municipio de Morretes; revogadas as dispo-sições em contrario.

O Secretario de Estado dos Negócios do Interior, Justiça e Ins-trucçào Publica a faça executar.

Decreto n. -135

O Presidente do Estado do Paraná,de accordo com aauetorização que lhe confere a lei n. 0.55 de 4 do mez de Abril corrente, resolve abrir um credito extraordinário de dous contos de reis(2:00ü$O00), para attender ao pagamento dos vencimentos da directora, da pro-fessora de canto e da guardian da escola «Jardim da Infância», a contar de 1 de Fevereiro a 30 de Junho do anno vigente.

Decreto n. 136

O Presidente do Estado do Paraná, altendendo ao que requereu a professora da escola promiscua da Estação de Araucária, municipio deste nome, d. Amélia Marques Pedroso, e tendo em vista o attestado medico que apresentou, resolve conceder lhe uma licença de três mezes, na forma da lei, para tratar de sua saúde.

Decreto n. 137

O Presidente do Estado do Paraná resolve exonerar o professor publico Vidal Natividade da Silva, por abandono do cargo, de accor-do com o art. 131, leltra b, accor-do Regulamento expediaccor-do com o decreto n. 93 de li de Março de 19(4, visto não ter tomado posse da escola da villa da União da Victoria, para a qual foi removido por decreto de 8 do mez próximo findo, dentro do prazo marcado no art. 62, n. 1 do mesmo Regulamento.

E, para reger effectivamente a supradita escola, nomeia o pro-fessor José Erancisco Cidreira.

Decreto h. 138

O Presidente do Estado do Paraná, attendendo ao que requereu o professor publico em disponibilidade, Domingos Gavalli, resolve nomeal-o para reger effectivamente a escola da colônia Santa

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A ESCOLA 85 Decreto n. 444

O Presidente do Estado do Paraná, atlendendo ao que requerei, a professora da escola promiscua da cidade de Tonta Grossa, d. Fran-cisca Ignacia da Bocha Faria,resolve, usando da auctorizaçâo confe-rida pela lei n. f>36 de 24 de Março ultimo, conceder-lhe oito mezes de licença na forma da lei, para tratar de sua saude.

Decreto n. 442

d. J ulieta da Silva Carrâo, da escola promiscua do povoado «CampoO Presidente do Estado do Paraná resolve remover a professora do Tenente», municipio do Bio Negro, para a escola para o sexo femi-nino da cidade do Tibagy, que se acha vaga.

Decreto n. 150

O Presidente do Estado do Paraná, atlendendo ao que requereu a professora da escola promiscua do povoado Juvevê, municipio de Coritiba, d. Luiza Netto Correia de Freitas, e tendo em vista o altes-tado medico que apresentou, resolve conceder-lhe trinta dias de

li-cença, para tratar de sua saude.

Decreto n. 151

O I ° Vice-Presidente do Estado do Paraná, atlendendo ao que re-quereu a professora da colônia America, municipio de Morretes, d. lzolina Gracia Marques,resolve, usando da auctorizaçâo conferida pela lei n. 637 de 24 de Março ultimo, conceder-lhe um anno de licença, com o respectivo ordenado, para o tratamento de sua saúde.

Decreto n. 453

0 4° Vice-Presidente do Estado do Paraná remove o professor normalista da cidade de Ponta Grossa, Cândido Natividade da Silva, para a cadeira da cidade de Castro, que se acha vaga, e nomeia o professor diplomado pela escola de Ytapetininga, Ulysses Guimarães Mascarenhas, para effectivamente reger aquella escola, devendo per ceber os vencimentos de professor de Ia classe.

Decreto n. 159

0 4° Vice-Presidente do Estado do Paraná nomeia a professora d. Etelvina Vicentina dos Santos Andrade para reger eífeclivamenle a escola promiscua do povoado de Batheas, municipio de Campo Lar-go, que está vaga.

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86

A ESCOLA

Decreto n. 162

-^^^^VVW^VV^A^VVVV*^^

0 1° Vice-Presidente do Kstado do Paraná rosolve conceder a

exoneração requerida pela normalisla d. Loonor Machado, do caryo

de professora da escola promiscua do povoado Itapema, municimo

de Antonina.

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Decreto n. -164

O P Vice-Presidente ao Estado do Paraná, atlendendo ao quo

requerei, o professor publico da villa do Ypiranga, Seraphim Pinto da

Silva e tendo em vista o attestado medico que apresentou, resolvo

conceder-lho um mez de licença, na forma da lei, para tratar de sua

saúde.

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Decreto n. IGC

O Io Vice-Presidente do Estado do Paraná, tendo em vista a

pro-posta Teita pelo Director Geral da Instrucção Publica, nomeia d

Ja-comina Ferrano, para reger interinamente a escola promiscua da

Estação deAraucaria,municipiod'estenome, durante o impedimento

da professora effectiva d. Amélia Marques Pedroso, que se acha em

goso de licença.

- Ea

Decreto n. 468

0 1? Vice-Presidente do Estado do Paraná, atlendendo ao que

requereu a professora da escola promiscua da villa do Assunguy de

üma município d'este nome, d. Luiza Gonçalves Cordeiro Monteiro

e tendo em vista a informação prestada pelo Director Geral da

ln«-trucçâo Publica, resolve removel-a d'aquella escola para a de igual

categoria do povoado .Enxovia», municipio de Ipiranga, que está

vaga.

r

* ;--,

'A-L ,

Decreto n. IG9

\

' !

01° Vice-Presidente do Estado do Paraná, atlendendo ao que

requereu a professora normalista d. Maria Ritta de Oliveira Pinto e

tendo em vista o attestado medico que apresentou, resolve

conceder-lhe mais sessenta dias de licença, na forma da lei, em prorogação da

em cujo goso se acha para tratamento de sua saúde, podendo cosa.

essas licenças fora do Estado. A

m ;' A' ., ií •íi s'-. -*J -i .'V í ' . .' • • A .«• l' •i,.,-,. ' IS A'- '».: '• *»'

Typ. Impressora Paranaense-Rua Riachuelo, 19

(25)

• ¦" ¦ ' -. -, fei SECÇÃO PERMANENTE

swsK^-.wwna» rMiauwa^csw g^wswKaiè^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^*****M****B*^**M|MMWN»lMM|i^^ . .

Cadeiras promiscuas:

i.a Josephina Rocha-Escola Carvalho. 2.a Elvira Faria Paraná—Rua Cabral.

3-a Olivina Caron—-Grupo Xavier da .Silva. 4.a Carolina Moreira » » »

5-" Maria Ritta de OHveira-Rua Silva Jardim. 6." Antonia Reginato—Rua Barão do Serro Azul. 7-a Maria do Carmo Gomes—Escola Tiradentes. 8.a Maria Rosa Bittencourt—Rua da Liberdade. Q-a Julia Seiler—Alto de S. Francisco.

10.» Izabel Guimarães Schmidt-Rua Saldanha Marinho ii.! Mana Correia de Miranda-Jardim da Infância.

Escolas suburbanas: Luiza N. Correia de Freitas—Juvevê.

Etelvina Taborda—Cajurú.

Julia Martins Gomes—Uberaba.

Julia Alyce Loyola—Santa Ouiteria. Maria da Luz Miro—ColoniaDantas.

VicentinaPinheiroS. Nicoláo. -Helena Xavier—Taquatuva.

Alice Cornelia Daniel—Batei.

Maria da Luz Mello—Colônia Morgenau.

Guilhermina Lisboa Gomes—Alto do Schaffer.

» »

Estabelecimentos de ensino particular Escola Americana—Rua Commendador Araujo.

Nocturna Republicana—Rua Marechal Deodoro. » Municipal—Travessa do Riachuelo.

» de Artes e Industrias—Praça Tiradentes. » José Carvalho—Praça Zacarias.

» Dante Alighiere—Praça Santos Andrade. i Allemã—Praça 19 de Dezembro.

» Particular—Rua 13 de Maio. » Conceição—Rua do Rosário.

» S. José—Rua Aquidaban.

» Bom Jesus—Praça da Republica. » Parochial Polaca—Rua 13 de Maio.

Collegio Santa Julia—Rua Conselheiro Barradas. » Teuto Brazileiro—Rua do Rosário.

» Santos Dumont—Avenida Luiz Xavier. » Paranaense—Rua Commendador Araujo, » Vianna—Rua Loureiro.

» Cleto—Rua Aquidaban. ,

» Santos Anjos—Rua 15 de Novembro. Seminário S. José—Batei.

Referências

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