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Aplicação de dimensionamento de canalizações elétricas em baixa tensão para dispositivos móveis

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Universidade de Tr´as-os-Montes e Alto Douro

Aplica¸c˜

ao de Dimensionamento

de Canaliza¸c˜

oes El´

etricas em Baixa tens˜

ao

para Dispositivos M´

oveis

Por

Miguel Fenta da Costa Paulo

Orientador: Professor Doutor S´ergio Augusto Pires Leit˜ao

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Universidade de Tr´as-os-Montes e Alto Douro

Aplica¸c˜

ao de Dimensionamento

de Canaliza¸c˜

oes El´

etricas em Baixa tens˜

ao

para Dispositivos M´

oveis

Por

Miguel Fenta da Costa Paulo

Orientador: Professor Doutor S´ergio Augusto Pires Leit˜ao

Disserta¸c˜ao submetida `a

UNIVERSIDADE DE TR ´AS-OS-MONTES E ALTO DOURO para obten¸c˜ao do grau de

MESTRE

em Engenharia Electrot´ecnica e de Computadores, de acordo com o disposto no

DR – 1 s´erie–No

151, Decreto-Lei n.o

115/2013 de 7 de agosto e no Regulamento de Estudos Conducente ao Grau de Mestre da UTAD

DR, 2.as´erie – N.o 133 de 13 de julho de 2016

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Orienta¸c˜ao Cient´ıfica :

Professor Doutor S´ergio Augusto Pires Leit˜ao

Professor Doutor do Departamento de Engenharias

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(7)

”Interesso-me pelo futuro, porque ´e l´a que vou passar o resto da minha vida.”

Charles Kettering (1876. – 1958)

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Aplica¸c˜ao de Dimensionamento

de Canaliza¸c˜oes El´ectricas em Baixa Tens˜ao

para Dispositivos M´oveis

Miguel Fenta da Costa Paulo

Resumo — Esta Dissertac˜ao insere-se na ´area Cient´ıfica de Energia e tem como objectivo o desenvolvimento de uma aplica¸c˜ao m´ovel para o dimensionamento de canaliza¸c˜oes de Baixa Tens˜ao (BT).

O dimensionamento de instala¸c˜oes el´etricas de Baixa Tens˜ao (BT) exige que o proje-tista tenha um grande conhecimento das Regras T´ecnicas das Instala¸c˜oes El´etricas de Baixa Tens˜ao (RTIEBT). Neste processo de dimensionamento ´e necess´ario a consulta um grande n´umero de tabelas, com elevada quantidade de informa¸c˜ao, e realizar um grande volume de c´alculos. A aplica¸c˜ao tem como fun¸c˜ao servir de apoio m´ovel ao projetista, consultando por ele as tabelas necess´arias, e realizando todos os c´alculos obrigat´orios.

Para a cria¸c˜ao da aplica¸c˜ao optou-se pelo Sistema Operativo (SO) Android, por ser o SO m´ovel mais utilizado no mundo, e por nos oferecer uma variada gama de op¸c˜oes de desenvolvimento, e ferramentas para a cria¸c˜ao de interfaces.

Deste estudo originou uma aplica¸c˜ao para dispositivos m´oveis que possibilita o cor-reto dimensionamento de canaliza¸c˜oes el´etricas, de uma forma r´apida, f´acil, intuitiva de acordo a legisla¸c˜ao em vigor(RTIEBT)

Palavras Chave: Dimensionamento de canaliza¸c˜oes el´etricas, RTIEBT, Instala¸c˜oes el´etricas, Aplica¸c˜ao m´ovel, Android.

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(11)

Mobile Application

for the design of low voltage electrical conduits

Miguel Fenta da Costa Paulo

Abstract — This dissertation is inserted at Scientific Energy area and its goal is the development of a mobile application to plumbing design of Low Tension . The design of electrical installations of Low Tension (LT) demand that the draftsman has a great knowledge of Technical Rules of Low Tension Installation (RTIEBT). At this process of design it is required to analyse a big number of charts with high amount of quality information, so as to realize a big volume of calculations. The application has the purpose to serve as mobile support of the draftsman, checking as necessary charts for him and all mandatory calculations.

To create this application it was decided to use Android Operative System (OS) due to the fact that its the most used SO at the world and because it offers us an huge amount of developing options. offering also the necessary tools to create interfaces. From this study it was created an application to mobile devices that allow the cor-rect design of electrical conduits on a easy, quick and intuitive way according to current legislation (RIEBT).

Key Words: Electrical installations, Eletrical plumbing, RIEBT, Mobile applica-tion, Android

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Agradecimentos

O meu agradecimento ao meu orientador, S´ergio Augusto Pires Leit˜ao, pela dispo-nibilidade, empenho, apoio e sugest˜oes que permitiram a realiza¸c˜ao deste trabalho.

Aos meus Pais, pelo apoio incondicional e por todas as condi¸c˜oes proporcionadas para que pudesse concretizar este trabalho.

Aos meus irm˜aos, colegas, amigos e fam´ılia, que de uma maneira ou de outra, esti-veram do meu lado, e que acreditaram realmente em mim.

UTAD, Miguel Fenta da Costa Paulo

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´Indice geral

Resumo ix

Abstract xi

Agradecimentos xiii

´Indice de tabelas xvii

´Indice de figuras xix

Gloss´ario, acr´onimos e abreviaturas xxi

1 Introdu¸c˜ao 1

1.1 Motiva¸c˜ao . . . 1

1.2 Objetivos . . . 2

1.3 Organiza¸c˜ao da Disserta¸c˜ao . . . 2

2 Canaliza¸c˜oes El´etricas de Baixa Tens˜ao 3 2.1 Legisla¸c˜ao Relativa Alusiva `as Canaliza¸c˜oes El´etricas . . . 3

2.2 Condutores e Cabos El´etricos de Baixa Tens˜ao . . . 5

2.2.1 Condutores . . . 6

2.2.2 Isolamento . . . 8

2.2.3 Blindagens. . . 12

2.2.4 Armaduras . . . 13

(16)

2.3 Regras T´ecnicas de Instala¸c˜oes El´etricas de Baixa Tens˜ao . . . 14

2.3.1 Modos de Instala¸c˜ao . . . 16

2.3.2 Sele¸c˜ao do Modo de Instala¸c˜ao. . . 17

2.4 Correntes Admiss´ıveis . . . 18

2.5 Aparelhos de Prote¸c˜ao . . . 19

2.5.1 Fus´ıvel . . . 19

2.5.2 Disjuntor . . . 20

3 Dimensionamento e C´alculo de Canaliza¸c˜oes El´etricas 23 3.1 Dimensionamento e Metodologia . . . 23

3.1.1 C´alculo da Corrente de Servi¸co . . . 25

3.1.2 Prote¸c˜ao contra Sobreintensidades . . . 26

3.1.3 Fatores de Corre¸c˜ao. . . 28 3.1.4 Queda de Tens˜ao . . . 29 4 Aplica¸c˜ao de Dimensionamento 31 4.1 Sistema Operativo . . . 31 4.2 Interface . . . 32 4.2.1 Actividade Inicial . . . 32 4.2.2 Actividade Principal . . . 33

4.2.3 Actividade Menu Lateral . . . 35

4.2.4 Actividade Resultados . . . 36 4.3 Funcionamento . . . 37 4.3.1 Dados da Instala¸c˜ao . . . 37 4.3.2 Tipo de Instala¸c˜ao . . . 39 4.3.3 Tipo de Cabo: . . . 41 4.3.4 Tipo de Prote¸c˜ao . . . 43 4.4 Resultados . . . 47 4.4.1 Caso de Estudo 1 . . . 47 4.4.2 Caso de Estudo 2 . . . 48 4.4.3 Caso de Estudo 3 . . . 49

5 Conclus˜oes e Trabalhos Futuros 53 5.1 Conclus˜oes . . . 53

5.2 Prespectivas Futuras . . . 54

Referˆencias bibliogr´aficas 55

(17)

´Indice de tabelas

2.1 Principais do Cobre e do Alum´ınio. . . 6

2.2 Temperaturas M´aximas do PVC e XLPE [1]. . . 11

2.3 Excerto do quadro 52-C30 [1]. . . 12

2.4 Quadro 52F [1]. . . 15

2.5 Quadro 52G [1]. . . 15

2.6 Excerto do Quadro 52h [1].. . . 17

2.7 Corrente Convencional de Funcionamento - Fus´ıvel . . . 20

(18)
(19)

´Indice de figuras

2.1 F´ormula molecular do PVC. . . 9

2.2 F´ormula molecular do XLPE. . . 11

3.1 Metodologia para Dimensionamento de uma Canaliza¸c˜ao. . . 25

3.2 Metodologia para Dimensionamento de uma Canaliza¸c˜ao. . . 27

4.1 Actividade de Login. . . 33

4.2 Actividade de Registo. . . 33

4.3 Actividade Principal. . . 34

4.4 Actividade de Menu lateral. . . 36

4.5 Actividade Resultados. . . 37

4.6 Op¸c˜ao Dados da Instala¸c˜ao. . . 38

4.7 Op¸c˜oes Disponiveis de Queda de Tens˜ao m´axima. . . 39

4.8 Op¸c˜ao Tipo de Instala¸c˜ao. . . 40

4.9 Op¸c˜oes Dispon´ıveis do Tipo de Alimenta¸c˜ao. . . 40

4.10 Triˆangulo de Potˆencias . . . 41

4.11 Op¸c˜ao Tipo de Cabo. . . 42

4.12 Op¸c˜oes Dispon´ıveis de Materiais Condutores. . . 43

(20)

4.14 Op¸c˜oes dispon´ıveis do Tipo de Prote¸c˜ao . . . 45 4.15 Resultado do 1o Caso de Estudo. . . 48 4.16 Resultado do 2o Caso de Estudo. . . 49 4.17 Resultado do 3o Caso de Estudo. . . 51 xx

(21)

Gloss´ario, acr´onimos e

abreviaturas

Gloss´

ario de termos

Condutor — Elemento destinado `a condu¸c˜ao el´etrica, podendo ser constitu´ıdo por um fio, por um conjunto de fios devidamente reunidos ou por perfis adequados. Canaliza¸c˜ao el´etrica — Conjunto constitu´ıdo por um ou mais condutores e pelos elementos que asseguram o seu isolamento el´etrico, as suas prote¸c˜oes mecˆanicas, qu´ımicas e el´etricas, e a sua fixa¸c˜ao, devidamente agrupados e com aparelhos de liga¸c˜ao comuns.

Tens˜ao nominal de uma rede de distribui¸c˜ao — Tens˜ao pela qual a rede de distribui¸c˜ao ´e designada e em rela¸c˜ao `a qual s˜ao referidas as suas carac-ter´ısticas.

Instala¸c˜ao de baixa tens˜ao — Instala¸c˜ao em que o valor eficaz ou constante da sua tens˜ao nominal n˜ao excede os seguintes valores: a) em corrente alternada: 1000V de valor eficaz; b) em corrente cont´ınua ou lisa: 1500V.

Quadro — Conjunto de aparelhos, convenientemente agrupados, incluindo as suas liga¸c˜oes, estruturas de suporte ou inv´olucro, destinado a proteger, comandar

(22)

ou controlar instala¸c˜oes el´etricas.

Corrente de servi¸co (Ib) — Corrente destinada a ser transportada por um

cir-cuito em servi¸co normal.

Corrente m´axima admiss´ıvel (Iz) — Intensidade de corrente m´axima, em

re-gime permanente, que pode percorrer um condutor em dadas condi¸c˜oes sem que a sua temperatura ultrapasse um valor especificado.

Calibre ou valor nominal da prote¸c˜ao (In) — Corresponde ao valor

dimensi-onado que o aparelho de prote¸c˜ao pode suportar em regime permanente sem atuar.

Intensidade de corrente convencional de fus˜ao(fus´ıvel)(IfouI2) — Intensidade

de corrente que dever´a percorrer o fus´ıvel de modo que este atue ap´os decorrido tempo convencionado;

Intensidade de corrente convencional de funcionamento(disjuntor)(IfouI2)

— Intensidade de corrente que dever´a percorrer o disjuntor de modo que este atue ap´os decorrido tempo convencionado;

Poder de corte — Valor da corrente que o dispositivo de prote¸c˜ao ´e capaz de inter-romper a uma dada tens˜ao especificada e em condi¸c˜oes prescritas de emprego e de funcionamento.

Actividade: — Activitidade ´e um componente da aplica¸c˜ao que fornece um ecr˜a em que os utilizadores podem interagir para executar algo.

(23)

Lista de acr´

onimos

Sigla Expans˜ao

RTIEBT Regras T´ecnicas de Instala¸c˜oes El´etricas de Baixa Tens˜ao

BT Baixa Tens˜ao

PVC Policloreto de Vinilo

XLPE Polietileno Reticulado

(24)
(25)

1

Introdu¸c˜ao

Neste cap´ıtulo s˜ao apresentados os motivos e objetivos que levaram `a realiza¸c˜ao desta disserta¸c˜ao, e por fim, tamb´em ´e descrita a sua estrutura.

1.1

Motiva¸c˜

ao

A sociedade moderna esta dependente da energia el´etrica, utilizando-a em todos os aspetos do quotidiano, trata-se de um bem, geralmente, tido como garantido por todos n´os. ´E utilizada para o aquecimento, ilumina¸c˜ao, refrigera¸c˜ao, computa¸c˜ao, entretenimento etc. Tendo em conta o seu caracter essencial ´e obrigat´orio o correto dimensionamento dos projetos de instala¸c˜oes el´etricas, correndo s´erios riscos n˜ao s´o de danos patrimoniais como tamb´em pode ser fatal ou causar les˜oes irrecuper´aveis se n˜ao se seguir `a risca a legisla¸c˜ao em vigor e as boas regras da t´ecnica. A le-gisla¸c˜ao em vigor para instala¸c˜oes el´etricas de baixa tens˜ao (RTIEBT) obriga que o projetista tenha um conhecimento profundo das regras presentes, sendo necess´ario a consulta a um n´umero elevado de tabelas e a um grande volume de c´alculos, que por consequˆencia resulta da necessidade de dispensar muito tempo e aten¸c˜ao a este processo. Para tal, torna-se vantajoso que o projetista disponha de uma ferramenta

(26)

2 CAP´ITULO 1. INTRODUC¸ ˜AO

especializada ao apoio do dimensionamento da instala¸c˜ao, de preferˆencia uma ferra-menta intuitiva e m´ovel de modo a uma utiliza¸c˜ao f´acil no terreno.

1.2

Objetivos

Conceber e desenvolver uma aplica¸c˜ao para dispositivos m´oveis com Sistema Opera-tivo Android com uma interface intuitiva, de forma a auxiliar o dimensionamento de canaliza¸c˜oes el´etricas para baixa tens˜ao, nomeadamente tipo de condutores/cabos, sec¸c˜ao dos condutores/cabos, tipo e dimens˜oes da prote¸c˜ao mecˆanica, prote¸c˜ao el´etrica dos condutores/cabos, satisfazendo todas as condi¸c˜oes t´ecnicas previstas na legisla¸c˜ao, maximizando a seguran¸ca, fiabilidade e funcionalidade das instala¸c˜oes.

1.3

Organiza¸c˜

ao da Disserta¸c˜

ao

Esta disserta¸c˜ao encontra-se estruturada em quatro cap´ıtulos. No presente Cap´ıtulo fez-se uma introdu¸c˜ao de enquadramento e apresentou-se a motiva¸c˜ao do trabalho. No Cap´ıtulo 2 procede-se ao enquadramento das canaliza¸c˜oes BT, desde a legisla¸c˜ao presente em Portugal ao material presente numa canaliza¸c˜ao.

O Cap´ıtulo 3 ´e reservado ao c´alculo e dimensionamento de canaliza¸c˜oes el´etricas, abordando o processo e a metodologia necess´aria para o dimensionamento de uma canaliza¸c˜ao el´etrica.

A finalizar a disserta¸c˜ao, no Cap´ıtulo 4, faz-se uma discuss˜ao dos resultados simu-lados e apresentam-se algumas perspectivas de trabalho futuro.

(27)

2

Canaliza¸c˜oes El´etricas de

Baixa Tens˜ao

Neste cap´ıtulo, proceder-se-´a ao enquadramento das canaliza¸c˜oes el´etricas de BT, com uma pequena abordagem relativa `a legisla¸c˜ao presente em Portugal, bem como informa¸c˜ao necess´aria sobre aos materiais e equipamentos utilizados nas canaliza¸c˜oes referidas.

2.1

Legisla¸c˜

ao Relativa Alusiva `

as Canaliza¸c˜

oes

El´

etricas

A instala¸c˜ao de utiliza¸c˜ao de energia el´etrica implica a existˆencia de liga¸c˜oes entre as fontes de energia el´etrica e os aparelhos que utilizamos, a esses canais designamos como canaliza¸c˜oes el´etricas, e s˜ao uma componente vital das instala¸c˜oes, contri-buindo significativamente para a qualidade e seguran¸ca da distribui¸c˜ao da energia el´etrica. Estas s˜ao constitu´ıdas por um ou mais condutores el´etricos ou cabos, pelos elementos que asseguram o seu isolamento el´etrico e pelos elementos de suporte e prote¸c˜ao, como os tubos, calhas e caixas. Componentes que devem ser escolhidos de forma a cumprir as condi¸c˜oes de seguran¸ca impostas, sendo elas:

(28)

4 CAP´ITULO 2. CANALIZAC¸ ˜OES EL´ETRICAS DE BAIXA TENS ˜AO

• Prote¸c˜ao contra efeitos t´ermicos; • Prote¸c˜ao contra os choques el´etricos; • Prote¸c˜ao contra sobreintensidades; • Prote¸c˜ao contra as sobretens˜oes;

• Prote¸c˜ao contra as correntes de defeito.

O dimensionamento e modo de instala¸c˜ao das canaliza¸c˜oes el´etricas deve ser rea-lizado por t´ecnicos respons´aveis durante os processos de proje¸c˜ao, execu¸c˜ao e ex-plora¸c˜ao das instala¸c˜oes, considerando os v´arios aspetos t´ecnicos definidos pela re-gulamenta¸c˜ao aplic´avel a instala¸c˜ao em quest˜ao de modo a garantir qualidade, se-guran¸ca, flexibilidade e funcionalidade das mesmas. Essas regras s˜ao denominadas como Regras T´ecnicas de Instala¸c˜oes el´etricas de baixa tens˜ao (RTIEBT)[1] , esta-belecidas pela Portaria 949A/2006, de 11 de Setembro. Definem um conjunto de normas de instala¸c˜ao e de seguran¸ca a observar nas instala¸c˜oes el´etricas de utiliza¸c˜ao em baixa tens˜ao. O documento encontra-se dividido em 8 cap´ıtulos subdividido em partes, que tamb´em s˜ao subdivididas em Sec¸c˜oes e Anexos.

A Certiel - Associa¸c˜ao Certificadora de Instala¸c˜oes El´ectricas, foi constitu´ıda em 23 de Julho de 1996 e ´e uma pessoa colectiva de direito privado, sem fins lucrativos e com autonomia t´ecnica, administrativa, econ´omica e financeira. Foi reconhecida como como Associa¸c˜ao Nacional Inspectora de Instala¸c˜oes El´ectricas em 14 de Novembro, atrav´es da Portaria no

. 662/96. Posteriormente, com a Portaria no

.1055/98 de 28 de Dezembro foi estabelecida a data de inicio de fun¸c˜oes, e com a Portaria no

.1056/98 de 28 de Dezembro foram fixadas as taxas a cobrar no ˆambito da presta¸c˜ao de servi¸cos relativos `a aprova¸c˜ao de projetos e certifica¸c˜ao de instala¸c˜oes el´etricas. ´E ent˜ao, a entidade reguladora que presta os servi¸cos necess´arios para garantir a seguran¸ca dos utilizadores das redes el´etricas, tem tamb´em a capacidade de inspecionar e certificar os v´arios projetos da ´area das instala¸c˜oes el´etricas. No ˆambito das diversas competˆencias que lhe foram atribu´ıdas em fases distintas, pelo Estado, a CERTIEL exerce as seguintes atividades de gest˜ao e certifica¸c˜ao [2]:

(29)

2.2. CONDUTORES E CABOS EL´ETRICOS DE BAIXA TENS ˜AO 5

• Instala¸c˜oes el´etricas de servi¸co particular, alimentadas em BT, sem produ¸c˜ao pr´opria ou com produ¸c˜ao pr´opria at´e 100kVA, novas ou remodeladas;

• Condom´ınios privados;

• Instala¸c˜oes de Miniprodu¸c˜ao;

• Pontos de carregamentos de ve´ıculos el´etricos;

• Elevadores; • Forma¸c˜ao;

• Publica¸c˜oes.

2.2

Condutores e Cabos El´

etricos de Baixa Tens˜

ao

Numa caracteriza¸c˜ao gen´erica, um cabo el´etrico de energia de baixa tens˜ao ´e cons-titu´ıdo por um ou por v´arios condutores de baixa resistˆencia el´etrica que possibilitam a transmiss˜ao de uma corrente el´etrica com perdas reduzidas, por uma camada iso-lante aplicada em torno dos condutores que se destina a separ´a-los eletricamente entre si, de forma a suportarem a tens˜ao de servi¸co, e a isol´a-los relativamente ao exterior [3]. Mais especificamente, os condutores s˜ao os constitu´ıdos pela alma con-dutor, pelo inv´olucro isolante e pelos eventuais ecr˜as (blindagens). Sendo que os cabos s˜ao os conjuntos constitu´ıdos por um ou mais condutores isolados, o seu even-tual revestimento individual, os eventuais revestimentos de prote¸c˜ao e eveneven-tualmente um ou mais condutores n˜ao isolados.

As condi¸c˜oes de instala¸c˜ao e as influˆencias externas a que estas podem estar sujeitas podem obrigar `a inclus˜ao de outros componentes como forma de prote¸c˜ao, sendo eles blindagens, armaduras e bainhas.

(30)

6 CAP´ITULO 2. CANALIZAC¸ ˜OES EL´ETRICAS DE BAIXA TENS ˜AO

2.2.1

Condutores

Os condutores s˜ao o n´ucleo de transmiss˜ao de energia atrav´es dos cabos el´etricos. Os materiais mais utlizados para o fabrico de condutores para baixa tens˜ao s˜ao o cobre e o alum´ınio, devido as suas boas condutividades el´etricas, caracter´ısticas mecˆanicas e ao seu custo. Apesar de nos ´ultimos anos ter se verificado um aumento de custo significativo em ambos os condutores, sendo que o pre¸co do cobre continua bastante mais elevado que o do alum´ınio, raz˜ao essa que tem motivado uma maior ado¸c˜ao de condutores de alum´ınio em detrimento do cobre. Sendo que, apesar de tal, a pondera¸c˜ao entre ambos os tipos de materiais dever´a ser realizada considerando n˜ao apenas o custo, mas tamb´em outras caracter´ısticas importantes, como as apresen-tadas na tabela2.1. O peso, a intensidade m´axima admiss´ıvel, as perdas de energia e a sec¸c˜ao el´etrica equivalente s˜ao tamb´em caracter´ısticas a ter em conta que ser˜ao abordadas posteriormente nesta sec¸c˜ao.

Tabela 2.1– Principais do Cobre e do Alum´ınio.

Caracter´ısticas Cobre Alum´ınio Resistividade a 20◦

C (Ω×mmm 2) 0,017241 0,028264 Coeficiente de varia¸c˜ao da resistˆencia el´etrica com a temperatura a 20◦C(C−1)

3,93×10−3

4.03×10−3 Massa vol´umica `a temperatura de 20◦C(kg

m3) 8,89×10

3

2,703×103

Coeficiente de dilata¸c˜ao linear entre 0◦C e 30C(K−1)

1,7010×105

23×105

Calor m´assico entre 0◦ C e 30C(K−1) 385 917

Grau de pureza (%) ¿ 99,9 ¿ 99,5

Sec¸c˜ao el´etrica equivalente entre Alum´ınio e Cobre

Com uma an´alise cuidada dos valores da tabela 2.1 e comparando dois condutores, de cobre e alum´ınio, com o mesmo comprimento e resistˆencia ´ohmica pode-se esta-belecer rela¸c˜oes entre as respectivas sec¸c˜oes, como se pode ver pelas express˜oes 2.1 e 2.2.

(31)

2.2. CONDUTORES E CABOS EL´ETRICOS DE BAIXA TENS ˜AO 7 RAl = RCu ⇒ ρAl× I SAl = ρCu× I SCu ⇒ S Al = ρAl ρCu × S Cu (2.1) SAl = 0.28264 0.17241× SCu ⇒ SAl SCu ≈ 1, 64 (2.2) Concluindo que de modo a obter o mesmo valor de resistˆencia ´ohmica, ao utilizar um condutor em alum´ınio, a sua sec¸c˜ao ter´a de ser 64% superior `a de um condutor em cobre, ou seja, o cobre permite usar cabos de menor sec¸c˜ao. Atr´aves desta conclus˜ao pode-se estabelecer a rela¸c˜ao de massa representada na express˜ao 2.3 .

mAl = (1, 64 × 2, 703 8, 89 ) × mCu ⇒ mAl mCu ≈ 0, 5 (2.3) Logo, para se obter um mesmo valor de perdas, um condutor de alum´ınio ter´a de ter um peso de aproximadamente metade do de um condutor de cobre.

Onde: • Al - Alum´ınio; • Cu - Cobre; • R - Resistˆencia[Ω] ; • S - Sec¸c˜ao[mm2]; • ρ- Resistividade[Ω×mmm 2]); • m - Massa [kg]; • L - comprimento [m].

Intensidades admiss´ıveis para a mesma sec¸c˜ao

De uma forma geral, considera-se que a rela¸c˜ao entre as intensidades de correntes admiss´ıveis para dois condutores, um em cobre e um em alum´ınio, com uma sec¸c˜ao igual ´e dada pela express˜ao 2.4:

(32)

8 CAP´ITULO 2. CANALIZAC¸ ˜OES EL´ETRICAS DE BAIXA TENS ˜AO IAl ICu = r RCu RAl = s ρCu ρAl = 0, 781 (2.4) Onde: • R - Resistˆencia[(Ω] ;

• I - Intensidade de corrente [A]; • ρ - Resistividade[Ω×mmm 2];

Ent˜ao, a corrente admiss´ıvel para um condutor em alum´ınio ´e aproximadamente 78% da corrente admiss´ıvel para um condutor em cobre, se as condi¸c˜oes de instala¸c˜oes forem idˆenticas.

2.2.2

Isolamento

O adequado isolamento dos condutores ´e de extrema importˆancia em mat´eria de seguran¸ca e condi¸c˜oes de explora¸c˜ao da instala¸c˜ao. Uma boa isola¸c˜ao ´e definida, principalmente, pelos seguintes fatores:

• Qualidade e propriedades do material isolante; • Espessura do material;

• Qualidade de processamento.

No isolamento da grande generalidade dos cabos de baixa tens˜ao s˜ao utilizados materiais sint´eticos do tipo polim´erico. Estes pol´ımetros podem ser divididos em trˆes categorias, termopl´asticos, termoendurec´ıveis e elast´omeros. Por´em, os dois tipos de isolantes mais utilizados s˜ao o Policloreto de Vinilo (PVC) e o Polietileno Reticulado (XLPE), tal forma que nesta sec¸c˜ao apenas se faz uma descri¸c˜ao destes isolantes.

(33)

2.2. CONDUTORES E CABOS EL´ETRICOS DE BAIXA TENS ˜AO 9

PVC

O PVC, ´e constitu´ıdo por uma resina base obtida por polimeriza¸c˜ao do cloreto de vinilo. O mon´omero de base ´e obtido por a¸c˜ao do cloro sobre o etileno [3]. Deste isolante sobressaem as seguintes propriedades:

• Baixa perda diel´etrica;

• Bom comportamento el´etrico `a temperatura ambiente; • Resistente ao desgaste;

• Resistente `a compress˜ao; • Boa resistˆencia qu´ımica; • Baixo envelhecimento t´ermico;

• Bom comportamento ao fogo, nomeadamente autoextin¸c˜ao e n˜ao propaga¸c˜ao.

Como caracter´ısticas restringentes tem-se:

• Fr´agil a baixas temperaturas;

• Redu¸c˜ao das propriedades el´etricas a altas temperaturas; • Perda de resistˆencia mecˆanica a temperaturas elevadas.

Estas propriedades fazem do PVC o material mais utilizado como revestimento de cabos de baixa tens˜ao. Na figura 2.1 podemos ver a sua formula molecular.

(34)

10 CAP´ITULO 2. CANALIZAC¸ ˜OES EL´ETRICAS DE BAIXA TENS ˜AO

XLPE

Apesar das excelentes propriedades el´etricas do polietileno, a sua baixa temperatura de fus˜ao limita a temperatura do cabo em servi¸co permanente a 70◦

C. No caso de sobreaquecimentos resultantes de sobrecargas ou curto-circuitos o polietileno pode fundir deixando o condutor exposto. A adi¸c˜ao de determinados agentes (per´oxidos, silanos) ao polietileno de baixa densidade ou a aplica¸c˜ao de radia¸c˜oes ionizantes permitem, em determinadas condi¸c˜oes reticular o material, resultando na cria¸c˜ao de uma estrutura tridimensional com novas liga¸c˜oes entre as longas cadeias mole-culares denominada como XLPE. Com a reticula¸c˜ao melhora-se substancialmente a estabilidade das caracter´ısticas mecˆanicas `a varia¸c˜ao da temperatura,nomeadamente aumenta-se a temperatura de fus˜ao para 90 ◦

C, aumenta a resistˆencia `a abras˜ao, ao impacto, `a fissura¸c˜ao, e aumenta a resistˆencia qu´ımica. A reticula¸c˜ao tamb´em faz melhorar o comportamento a baixas temperaturas, reduzindo a contrac¸c˜ao do material [3]. Este isolante tem os seguintes benef´ıcios:

• Flexibilidade;

• F´acil instala¸c˜ao;

• Longevidade;

• Durabilidade elevada;

• N˜ao h´a risco de incendio durante a instala¸c˜ao;

• Baixa perda diel´etrica;

• Potencia nominal elevada;

• Resistividade t´ermica elevada.

(35)

2.2. CONDUTORES E CABOS EL´ETRICOS DE BAIXA TENS ˜AO 11

Figura 2.2 – F´ormula molecular do XLPE.

PVC vs XLPE

A corrente a ser transportada pelo condutor deve ser tal de modo a que a tem-peratura m´axima de funcionamento n˜ao ultrapasse os valores presentes na tabela ??:

Tabela 2.2– Temperaturas M´aximas do PVC e XLPE [1].

Tipo de Isolamento Temperatura m´axima de funcionamento do condutor (◦

C)

PVC 70

XLPE 90

Como se pode verificar, existe uma discrepˆancia de 20 ◦

C, o que implica uma maior capacidade de transporte de corrente ao utilizar o XLPE como isolador. Se compa-rarmos, em termos pr´aticos, duas instala¸c˜oes idˆenticas, uma utilizando isolamento em PVC e outra em XLPE podemos verificar que o segundo isolante permite cor-rentes admiss´ıveis maiores, em aproximadamente 17% que a outra op¸c˜ao, como podemos verificar na tabela

(36)

12 CAP´ITULO 2. CANALIZAC¸ ˜OES EL´ETRICAS DE BAIXA TENS ˜AO

Tabela 2.3 – Excerto do quadro 52-C30 [1].

Sec¸c˜ao nominal dos condutores(mm2

) Numero de condutores carregados e natureza do isolamento - 3PVC 2PVC 3XLPE 2XLPE Condutores de cobre - - - - -25 123 148 144 173 - - - - -Condutores de alum´ınio - - - - -25 94 114 111 133 - - - -

-2.2.3

Blindagens

Estes constituintes dos cabos el´etricos, por vezes referidos como ecr˜a met´alico, po-dem ser individuais ou coletivas, tˆem como fun¸c˜ao :

• Regulariza¸c˜ao do campo el´etrico;

• Proteger contra correntes de defeito;

• Reduzir interferˆencias;

• Proteger contra contactos indiretos.

As blindagens s˜ao na sua grande maioria fabricadas utilizando o cobre ou o alum´ınio por se tratarem de materiais condutores n˜ao magn´eticos, podem tamb´em, em casos particulares, usar materiais magn´eticos onde o mais comum ´e o a¸co. Em baixa tens˜ao a blindagem ´e geralmente utilizada em cabos multicondutores utilizados em circuitos de controlo ou sinaliza¸c˜ao.

(37)

2.2. CONDUTORES E CABOS EL´ETRICOS DE BAIXA TENS ˜AO 13

2.2.4

Armaduras

As armaduras, constitu´ıdas habitualmente por a¸co maci¸co, ou em algumas situa¸c˜oes de a¸co galvanizado, tem como fun¸c˜ao fornecer uma prote¸c˜ao mecˆanica aos cabos, nomeadamente proteger contra tra¸c˜ao, esmagamento, impacto e at´e contra a ac¸c˜ao de roedores. Os tipos de armaduras podem ser divididos em 3 categorias:

• Armadura de fitas; • Armadura de fios; • Armadura de barrinhas.

Para cabos unipolares em circuitos em corrente alternada ´e aconselh´avel utilizar armaduras de material n˜ao magn´etico, de forma a minimizar as perdas magn´eticas.

2.2.5

Bainhas

A bainha constitui-se por um revestimento tubular cont´ınuo e uniforme preferen-cialmente de material met´alico extrudido. A sua constitui¸c˜ao ´e sobretudo definida pelas condi¸c˜oes da instala¸c˜ao onde o cabo vai ser aplicado As caracter´ısticas t´ıpicas dos materiais isolantes mantˆem-se, quer sendo utilizados como isola¸c˜ao ou como bai-nhas, desta forma, os materiais isolantes que se utilizam nas bainhas s˜ao os mesmos que se utilizam para isola¸c˜ao. Podemos distinguir as bainhas em trˆes tipos:

• Bainhas de interiores e de regula¸c˜ao ou enchimento; • Bainhas de estanquicidade;

• bainhas exteriores.

Bainhas de Regulariza¸c˜ao

Tˆem como fun¸c˜ao preencher os vazios que existam entre os condutores, e consequen-temente definir a geometria do cabo. ´E designada como interior quando serve para

(38)

14 CAP´ITULO 2. CANALIZAC¸ ˜OES EL´ETRICAS DE BAIXA TENS ˜AO

acondicionar a armadura, ou quando ´e usada para separar a blindagem da armadura quando estas s˜ao de materiais diferentes.

Bainhas de Estanquicidade

Na grande generalidade dos casos, este tipo de bainhas n˜ao tem requisitos mecˆanicos, deve apenas ser compat´ıvel com os restantes materiais utilizados no cabo. Tˆem como prop´osito assegurar a prote¸c˜ao do isolante contra contamina¸c˜ao exterior, isto ´e, agentes corrosivos ou humidade. Pode ser constitu´ıda tanto de material met´alico ou sint´etico.

Bainhas Exteriores

Tˆem como encargo assegurar a prote¸c˜ao dos cabos contra as influencias externas que possam existir no local de instala¸c˜ao do cabo, onde se destacam, presen¸ca de ´agua, substˆancias corrosivas e flora. Desta forma, ´e o local de instala¸c˜ao que vai definir a natureza deste tipo de bainha. N˜ao obstante, as bainhas exteriores tˆem de ser compat´ıveis com os restantes materiais constituintes do cabo, principalmente com aqueles em que se encontra em contacto direto.

2.3

Regras T´

ecnicas de Instala¸c˜

oes El´

etricas de

Baixa Tens˜

ao

Existem diversas formas de estabelecer e instalar uma canaliza¸c˜ao el´etrica, a sua escolha deve ter em conta os princ´ıpios enunciados na sec¸c˜ao 13 das RTIEBT em rela¸c˜ao aos cabos e condutores (Prote¸c˜ao contra, choques el´etricos, efeitos t´ermicos, sobreintensidades, correntes de defeito e sobretens˜oes) e devem tamb´em depender em fun¸c˜ao das caracter´ısticas da instala¸c˜ao, dos trajetos, das influˆencias externas e da regulamenta¸c˜ao imposta. Relativamente a esta tem´atica, as RTIEBT fornecem um quadro, tabela 2.4, onde s˜ao indicados o modo de instala¸c˜ao em rela¸c˜ao ao cabo ou condutor, onde se pode consultar quais os modos de instala¸c˜ao permitidos ou interditos, n˜ao aplic´aveis/utiliz´aveis em fun¸c˜ao dos cabos ou condutores nas canaliza¸c˜oes.

(39)

2.3. REGRAS T´ECNICAS DE INSTALAC¸ ˜OES EL´ETRICAS DE BAIXA TENS ˜AO 15

Tabela 2.4– Quadro 52F [1].

Fornece tambem, o quadro2.5onde s˜ao indicados os modos de instala¸c˜ao permitidos consoante a sua fun¸c˜ao particular.

(40)

16 CAP´ITULO 2. CANALIZAC¸ ˜OES EL´ETRICAS DE BAIXA TENS ˜AO

2.3.1

Modos de Instala¸c˜

ao

J´a o modo das canaliza¸c˜oes s˜ao ilustradas no quadro 52H, tabela 2.6, juntamente com uma breve designa¸c˜ao do modo de instala¸c˜ao, uma referˆencia, e um m´etodo de referˆencia. M´etodo esse que ´e obrigat´orio na caracteriza¸c˜ao da instala¸c˜ao, sendo eles designados pelas seguintes letras A, A2, B, B2, C, D, E, F, G. Posteriormente a utiliza¸c˜ao destes m´etodos de referˆencia e o modo de instala¸c˜ao ser˜ao utilizados para obter o valor das correntes admiss´ıveis para cada canaliza¸c˜ao. ´E importante referir que este quadro n˜ao tem como objetivo limitar os poss´ıveis modos de instala¸c˜ao, mas sim, de servir como exemplo, outros tipos de instala¸c˜oes poder˜ao ser utilizados,

(41)

desde que cumpram as regras gerais indicadas.

Tabela 2.6 – Excerto do Quadro 52h [1].

2.3.2

Sele¸c˜

ao do Modo de Instala¸c˜

ao

Esta sele¸c˜ao ´e poss´ıvel realizar de uma forma simples e r´apida, dever´a ter em conta os quadros referidos previamente neste cap´ıtulo de forma a determinar as possibilidades de execu¸c˜ao das canaliza¸c˜oes el´etricas. A t´ıtulo de exemplo, se a instala¸c˜ao utilizar um condutor isolado instalado em calhas, consultado a tabela 2.4 pode-se verificar que ´e permitido a utiliza¸c˜ao de calhas para uma instala¸c˜ao com condutores isolados, de seguida, ao consultar a tabela2.5confere-se que para esta instala¸c˜ao ,de exemplo, o modo de instala¸c˜ao poss´ıvel ´e o 33. Este valor corresponde `a referˆencia existente nos quadros da tabela 2.6. Na hip´otese de se obter mais que uma referˆencia, a

(42)

sele¸c˜ao do modo de instala¸c˜ao dever´a depender das caracter´ısticas especificas dos elementos de constru¸c˜ao.

2.4

Correntes Admiss´ıveis

A sec¸c˜ao 5 das RTIEBT, ´e a sec¸c˜ao respons´avel pela aplica¸c˜ao das regras relativas `as correntes admiss´ıveis nos cabos e nos condutores isolados para utiliza¸c˜ao a tens˜oes n˜ao superiores a 1 kV em corrente alternada ou a 1,5 kV em corrente cont´ınua [1]. N˜ao fugindo `a regra, ´e necess´ario uma correta defini¸c˜ao das correntes admiss´ıveis nas canaliza¸c˜oes el´etricas , n˜ao s´o, de forma a garantir a seguran¸ca de bens, pessoas e aninais, como para garantir a pr´opria seguran¸ca das canaliza¸c˜oes, nomeadamente a sua fiabilidade, continuidade e qualidade. Estas correntes s˜ao dependentes dos seguintes fatores:

• Material e sec¸c˜ao da alma condutora; • Tipo de isolamento;

• Modo de estabelecimento;

• N´umero de condutores carregados; • Temperatura ambiente ou do solo; • Resistividade t´ermica do solo; • Agrupamento com outros circuitos.

De acordo com as RTIEBT pode se calcular as correntes admissiveis atrav´es da express˜ao 2.5 :

I = A × Sm− B × Sn (2.5)

Onde:

• S sec¸c˜ao nominal do condutor [mm2] ;

• A e B Coeficientes relativos ao cabo e a instala¸c˜ao; 18

(43)

• m e n -Expoentes relativos ao cabo e a instala¸c˜ao.

Os coeficientes A e B, e os expoentes m e n s˜ao indicados na tabela 52-C0 das RTI-EBT, apenas para condutores de alum´ınio ou cobre e para os m´etodos de referˆencia indicados nos quadros 52C1 a 52C4. As correntes admiss´ıveis para condutores e cabos em fun¸c˜ao do tipo de isolamento, da alma, do n´umero de condutores carre-gados e da sec¸c˜ao, para uma dada temperatura ambiente de referˆencia (30 ◦

C), s˜ao indicadas na regulamenta¸c˜ao de seguran¸ca e/ou nos cat´alogos dos fornecedores [4]. Mas, para uma determina¸c˜ao real das correntes admiss´ıveis, Iz, deve-se multiplicar

este valor pelos factores de corre¸c˜ao necess´arios.

2.5

Aparelhos de Prote¸c˜

ao

Os aparelhos de prote¸c˜ao tˆem como fun¸c˜ao proteger todos os elementos constituintes de uma instala¸c˜ao el´etrica contra os diferentes tipos de defeitos que podem ocorrer.

2.5.1

Fus´ıvel

O fus´ıvel ´e um dispositivo cuja principal fun¸c˜ao ´e de interromper um circuito, por fus˜ao de um ou mais dos seus fios condutores , calibrados para esse efeito, que se encontra dentro da cˆamara isolante, interrompendo a corrente quando esta ultra-passar num determinado per´ıodo de tempo, um dado valor. O fus´ıvel ´e composto por todas as partes que constituem um aparelho completo.

As suas caracter´ısticas t´ecnicas s˜ao: • Corrente estipulada;

• Corrente convencional de n˜ao funcionamento; • Corrente convencional de funcionamento; • Zona de funcionamento;

(44)

Os fus´ıveis de baixa tens˜ao que se encontram no mercado s˜ao do tipo gG e aM, segundo a norma europeia (EN 60269-1). O fus´ıvel do tipo gG ´e utilizado para prote¸c˜ao contra curto-circuitos e sobrecargas, por outro lado, o fus´ıvel do tipo aM ´e exclusivamente utilizado contra curto-circuitos e n˜ao funcionam para pequenas e m´edias sobrecargas.

Na Tabela 2.7 apresentam-se as rela¸c˜oes entre a corrente estipulada e a corrente de funcionamento para os fus´ıveis.

Tabela 2.7– Corrente Convencional de Funcionamento - Fus´ıvel

Fus´ıvel

Correntes Estipuladas (A) Corrente Convencional de Funcionamento

In≤ 4 I2 = 2, 1In

4 < In <16≤ 4 I2 = 1, 9In

In≥ 16 I2 = 1, 6In

2.5.2

Disjuntor

Aparelho mecˆanico de conex˜ao capaz de estabelecer, de suportar e de interromper correntes nas condi¸c˜oes normais do circuito. Este aparelho ´e ainda capaz de estabe-lecer, de suportar num tempo especificado, e de interromper correntes em condi¸c˜oes anormais especificadas para o circuito, tais como as correntes de curto-circuito. O disjuntor ´e um dispositivo eletromecˆanico que possui um dispositivo t´ermico capaz de proteger a canaliza¸c˜ao contra sobreintensidades e um dispositivo magn´etico capaz de atuar contra sobrecargas interrompendo o circuito antes que os efeitos t´ermicos e mecˆanicos possam criar danos no circuito.

As caracter´ısticas t´ecnicas principais dos disjuntores s˜ao:

• Diferentes curvas de atua¸c˜ao conforme a carga B, C ou D; • Corrente estipulada ou de regula¸c˜ao;

• Corrente convencional de n˜ao funcionamento; • Corrente convencional de funcionamento;

(45)

• Poder de Corte.

Os disjuntores de curva B s˜ao aplicados na prote¸c˜ao de circuitos que alimentam cargas com caracter´ısticas predominantemente resistivas, como lˆampadas incandes-centes, chuveiros, torneiras e aquecedores el´etricos, al´em dos circuitos de tomadas de uso geral. Os disjuntores de curva C s˜ao aplicados na prote¸c˜ao de circuitos que alimentam especificamente cargas de natureza indutiva, que apresentam picos de corrente no momento de liga¸c˜ao, como microondas, motores para bombas, al´em de circuitos com cargas de caracter´ısticas semelhantes a essas. Em ambas as curvas (B e C) os disjuntores protegem integralmente os condutores el´etricos da instala¸c˜ao contra curtos-circuitos e sobrecargas, sendo que a curva B protege de forma mais eficaz contra os curtos-circuitos de baixa intensidade muito comuns em instala¸c˜oes residenciais ou similares[5]. Por sua vez, os de curva D s˜ao aplicados onde se prevˆe um curto-circuito de alta intensidade e onde a corrente de partida ´e muito alta, ou seja, ´e utlizada principalmente em motores e transformadores.

Na tabela 2.8 pode-se ver as rela¸c˜oes entre as correntes estipuladas e a corrente de funcionamento para os disjuntores.

Tabela 2.8– Corrente Convencional de Funcionamento - Disjuntor

Disjuntor

Correntes Estipuladas (A) Corrente Convencional de Funcionamento Pequenos disjuntores I2 = 1, 45 × In

Outros I2 = 1, 3 × In

As caracter´ısticas t´ecnicas dos disjuntores s˜ao estabelecidas genericamente nas se-guintes publica¸c˜oes e normas:

• Normas Europeias: EN 609471: 1999, EN 609472: 1996, EN 60898: 1991 e EN 61009: 1994 Disjuntores diferenciais com prote¸c˜ao incorporada contra sobreintensidades;

(46)

• CEI 609471: 2000 Regras gerais, CEI 609472: 1998 Disjuntores;

• CEI 608982: 2000 Disjuntores para instala¸c˜oes dom´esticas ou an´alogas.

(47)

3

Dimensionamento e C´alculo

de Canaliza¸c˜oes El´etricas

Este cap´ıtulo ´e reservado para o c´alculo e dimensionamento de canaliza¸c˜oes el´etricas, isto ´e, vai-se abordar o processo e a metodologia do dimensionamento das cana-liza¸c˜oes el´etricas, descrever-se-´a o procedimento para a determina¸c˜ao da sec¸c˜ao do cabo a instalar, do calibre da prote¸c˜ao e as condi¸c˜oes que dever˜ao ser verificadas de forma a garantir que o dimensionamento seja correto e a prote¸c˜ao das instala¸c˜oes ga-rantida. Este dimensionamento, de forma resumida, reside em determinar a sec¸c˜ao dos condutores a utilizar e as caracter´ısticas do aparelho de prote¸c˜ao associado, em conformidade com um conjunto de princ´ıpios de natureza t´ecnica e econ´omica. N˜ao obstante, a sele¸c˜ao do valor da sec¸c˜ao dos condutores n˜ao pode ser realizada de uma forma isolada em rela¸c˜ao `a escolha do aparelho de prote¸c˜ao, fus´ıvel ou disjuntor, que ser´a instalado na canaliza¸c˜ao. Estes aparelhos de prote¸c˜ao tˆem o seu funcionamento caracterizado por dois valores de intensidade de corrente el´etrica que dever˜ao ser adotados por forma a protegerem o condutor contra sobreintensidades[6].

3.1

Dimensionamento e Metodologia

O dimensionamento das sec¸c˜oes dos cabos e condutores a utilizar nas instala¸c˜oes el´etricas s˜ao de car´acter fundamental no ˆambito da realiza¸c˜ao de um projeto, pois o

(48)

resultado deste dimensionamento tem influencia direta numa instala¸c˜ao, ou seja, tem uma grande influˆencia sobre o n´ıvel de qualidade apresentado e provˆe uma resposta eficaz a incidentes. Este dimensionamento faz-se com base numa metodologia que assenta na avalia¸c˜ao de v´arios fatores, procurando estabelecer um compromisso entre os v´arios requisitos e crit´erios existentes, quer de ordem t´ecnica, quer de ordem econ´omica. Al´em dos crit´erios que a seguir se exp˜oem, dever˜ao ser observados todos os requisitos estabelecidos nas RTIEBT aplic´aveis ao tipo de instala¸c˜ao em causa[6]. Idealmente este processo deve come¸car ap´os um pr´evio levantamento de todos os dados e caracter´ısticas da instala¸c˜ao ou circuito, nomeadamente:

• Potˆencia;

• Fator de potˆencia;

• Tipo de condutor/cabo (Cobre, Alum´ınio) ;

• Tipo de isolamento (PVC, XLPE);

• Sistema de alimenta¸c˜ao (monof´asico/trif´asico);

• Tipo de instala¸c˜ao;

• Fatores de corre¸c˜ao;

• Tipo de prote¸c˜ao (Fus´ıvel, Disjuntor).

Pode-se ent˜ao, de uma forma mais simples, verificar na figura 3.1 os passos a seguir de forma a calcular a sec¸c˜ao de uma canaliza¸c˜ao.

(49)

Figura 3.1– Metodologia para Dimensionamento de uma Canaliza¸c˜ao.

3.1.1

alculo da Corrente de Servi¸co

O dimensionamento de uma canaliza¸c˜ao el´etrica utiliza o valor da intensidade de corrente de servi¸co como valor base de partida. Esta intensidade de corrente corresponde `a potˆencia a alimentar `a tens˜ao nominal e corresponder´a ao valor m´aximo que, em regime permanente, se estima que as cargas ir˜ao absorver em

(50)

simultˆaneo [4].

A formula de calculo de Ibvai depender da forma como a alimenta¸c˜ao da rede ´e

efetuada, se for alimentada por uma rede monof´asica Ib ´e dada pela express˜ao

3.1 ou 3.2: Ib = S U0 (3.1) Ib = P U0× cos φ (3.2) Se for alimentada por uma rede trif´asica Ib ´e dada pela express˜ao 3.3 ou 3.4:

Ib = S √ 3 × Uc (3.3) Ib = P √ 3 × Uc × cos φ (3.4) Onde:

– Ib Corrente de servi¸co [A] ;

– P Potˆencia do circuito [W];

– S Potˆencia Aparente do circuito [VA]; – U0 Tens˜ao nominal simples [V];

– Uc Tens˜ao nominal composta [V];

Ap´os conhecer o valor de Ib, deve-se consultar a parte 5 das RTIEBT para

de-finir qual o modo de instala¸c˜ao do cabo e correspondente m´etodo de referˆencia.

3.1.2

Prote¸c˜

ao contra Sobreintensidades

As redes de distribui¸c˜ao de energia el´etrica de baixa tens˜ao est˜ao sujeitas a condi¸c˜oes anormais de funcionamento. Em termos regulamentares quando o valor da corrente el´etrica de funcionamento ultrapassar o valor de Indiz-se que

h´a uma sobreintensidade, sendo subdivididos em sobrecargas e curto-circuitos. Sobrecarga acontece nas situa¸c˜oes em que existe uma pequena eleva¸c˜ao da intensidade de corrente em rela¸c˜ao a corrente In, que pode acontecer, por

exemplo, quando se tem demasiados aparelhos ligados simultaneamente a um mesmo circuito. J´a um curto-circuito acontece quando a sobrecarga de cor-rente ´e bastante elevada em rela¸c˜ao a corcor-rente In, pode acontecer quando por

exemplo, dois pontos do circuito com potenciais el´etricos diferentes entram em 26

(51)

contacto direto entre si. Portanto, as instala¸c˜oes devem utilizar dispositivos de corte autom´atico, com as caracter´ısticas adequadas, de forma a ficarem prote-gidas contra sobreintensidades, sobrecargas e curto circuitos. Os dispositivos utilizados para este efeito s˜ao os fus´ıveis e/ou disjuntores.

Prote¸c˜ao contra Sobrecargas

As caracter´ısticas de funcionamento dos dispositivos de prote¸c˜ao das cana-liza¸c˜oes contra as sobrecargas devem satisfazer, simultaneamente, as seguintes condi¸c˜oes [1]:

Ib < In< Iz (3.5)

I2 ≤ 1, 45 × Iz (3.6)

De forma a possibilitar uma melhor compreens˜ao das express˜oes anteriores , pode-se observar a seguinte figura 3.2:

Em suma, as condi¸c˜oes presentes na express˜ao 3.5 garante que o aparelho de prote¸c˜ao escolhido n˜ao entra em funcionamento se a corrente que esta a circular ´e a corrente de servi¸co e se n˜ao ´e atingida a corrente m´axima admiss´ıvel(Iz).

J´a as condi¸c˜oes da express˜ao 3.6 garante a atua¸c˜ao do aparelho de prote¸c˜ao nas situa¸c˜oes em que a corrente a circular pela canaliza¸c˜ao ´e 45% superior a corrente m´axima admiss´ıvel (Iz).

Figura 3.2– Metodologia para Dimensionamento de uma Canaliza¸c˜ao.

Prote¸c˜ao contra Curto-circuito

(52)

do aparelho que interrompe a corrente e garantia de que o corte ´e realizado antes da passagem da corrente de curto-circuito provocar danos irrevers´ıveis. O primeiro aspeto envolve o c´alculo da corrente de curto-circuito presumida no ponto onde ´e instalado o aparelho de corte. No que respeita `a preven¸c˜ao dos efeitos dos curto-circuitos, a corrente m´ınima de curto-circuito apresenta interesse especial, em particular no caso dos fus´ıveis, dada a sua sensibilidade reduzida [7].

3.1.3

Fatores de Corre¸c˜

ao

Como foi referido anteriormente, as RTIEBT especificam os valores das corren-tes admiss´ıveis, com base em determinados fatores, sendo esses valores v´alidos para determinadas situa¸c˜oes de referencia. Sempre que essas condi¸c˜oes sofram altera¸c˜oes, o valor de Iz obtido tem obrigatoriamente de ser corrigido, podendo

aumentar ou diminuir. Assim sendo, em fun¸c˜ao da sua situa¸c˜ao particular os valores das correntes admiss´ıveis de referˆencia, que forem retirados das tabelas previamente referidas, dever˜ao ser corrigidos de acordo com a express˜ao3.7de forma a obter o valor da corrente maxima admiss´ıvel final.

Iz = Izr × K1× ... × Kn (3.7)

Onde:

– Iz Corrente m´axima admiss´ıvel corrigida;

– Iz r Corrente m´axima admiss´ıvel de referˆencia, retirada da tabela;

– Kn fatores de corre¸c˜ao, com n = 1,2,3 ;

Todos os fatores de corre¸c˜ao s˜ao multiplicativos, tomam o valor unit´ario para a situa¸c˜ao de referˆencia. Os fatores que se devem considerar s˜ao os seguintes[7]:

– Temperatura ambiente (s´o para canaliza¸c˜oes ao ar); – Temperatura do solo (s´o para canaliza¸c˜oes enterradas);

(53)

– Resistividade t´ermica do solo (s´o para canaliza¸c˜oes enterradas); – Agrupamento de canaliza¸c˜oes;

3.1.4

Queda de Tens˜

ao

Ap´os se ter determinado a sec¸c˜ao a utilizar numa determinada canaliza¸c˜ao, deve-se proceder ao c´alculo da queda de tens˜ao. Para canaliza¸c˜oes em que a sec¸c˜ao do condutor de fase seja igual `a do condutor de neutro, a queda de tens˜ao, u, pode ser determinada a partir da express˜ao completa, retirada pagina da certiel [8], ´e representada pela express˜ao3.8 :

∆u = 100 U0 × b(×ρ 1× L S × cos ϕ + λ × L × sin ϕ) × Ib (3.8) Onde:

– ∆u Queda de tens˜ao relativa [%]; – U0 - Tens˜ao entre fase e neutro [V];

– b Coeficiente igual a 1 para os circuitos trif´asicos e a 2 para os mo-nof´asicos;

– ρ1 Resistividade dos condutores `a temperatura em servi¸co normal,

con-siderado 1,25 vezes a resistividade a 20 ◦

C; – L - Comprimento da canaliza¸c˜ao [m]; – S - Sec¸c˜ao dos condutores [mm2

]; – cos ϕ - Fator de potˆencia;

– λ - Reactˆancia linear dos condutores; – Ib - Corrente de servi¸co [A];

(54)
(55)

4

Aplica¸c˜ao para

Dimensionamento de

Canaliza¸c˜oes El´etricas (BT)

para dispositivos m´oveis

Neste cap´ıtulo apresenta-se a aplica¸c˜ao desenvolvida para o dimensionamento de canaliza¸c˜oes el´etricas BT. Inicia-se com uma explica¸c˜ao relativa ao SO escolhido para o desenvolvimento. De seguida, apresenta-se a interface e todas as particularidades relevantes da aplica¸c˜ao. Posteriormente apresenta-se a componente principal, isto ´e, a actividade encarregue de recolher todos os dados necess´arios para a realiza¸c˜ao do dimensionamento, ao mesmo tempo em que se apresenta toda a informa¸c˜ao relevante sobre cada um desses dados requeridos ao utilizador. Para finalizar apresentam-se dois casos de estudo para que se possa verificar e avaliar o funcionamento da aplica¸c˜ao.

4.1

Sistema Operativo

Esta aplica¸c˜ao foi desenvolvida em JAVA, linguagem utilizada no desenvolvi-mento de aplica¸c˜oes para o Sistema Operativo ANDROID. Este ´e o Sistema Operativo m´ovel mais utilizado no mundo, segundo a International Data Cor-poration (IDC) no segunto trimestre de 2015, o Android dominava o mercado com uma percentagem de 82.8% de utiliza¸c˜ao [9]. Perante tal percentagem foi escolhido desenvolver a aplica¸c˜ao de dimensionamento para este SO pois

(56)

permite atingir um maior n´ıvel de utilizadores, al´em disso, tamb´em permite um desenvolvimento complexo e praticamente sem limites, ao mesmo tempo que fornece ferramentas para a cria¸c˜ao de uma aplica¸c˜ao com uma interface simples e agrad´avel.

4.2

Interface

Neste subcap´ıtulo apresenta-se a interface e algumas caracter´ısticas da aplica¸c˜ao concebida. Pretende-se demonstar todas as actividades que formam a aplica¸c˜ao, sendo elas a actividade de login, de registo, principal, de menu lateral e por fim a actividade de resultados.

4.2.1

Actividade Inicial

Ao iniciar a aplica¸c˜ao pela primeira vez, ´e apresentado ao utilizador o menu inicial, que consiste no login ,figura 4.1, caso n˜ao tenha conta de utilizador no seu dispositivo o utilizador dever´a fazer o registo, figura4.2.

(57)

Figura 4.1 – Actividade de Login. Figura 4.2– Actividade de Registo.

A cria¸c˜ao deste menu inicial com login tem como objetivo criar um perfil do utilizador, de forma a que este n˜ao necessite de digitar esta informa¸c˜ao de todas as vezes que necessitar de realizar um c´alculo, evitando transtorno ao utilizador, como podemos verificar na figura4.3 e4.4.

4.2.2

Actividade Principal

A actividade principal, visivel na figura 4.3, ´e o menu posterior ao menu de inicial ou de login, o utilizador s´o necessita de realizar o login uma vez, ap´os isso, o utilizador ser´a sempre reencaminhado para este menu, j´a com as suas informa¸c˜oes inseridas. Atrav´es deste menu, o utilizador vai poder realizar o c´alculo das canaliza¸c˜oes que desejar. Estas canaliza¸c˜oes podem ser circuitos de alimenta¸c˜ao a equipamentos, circuitos de alimenta¸c˜ao entre quadros parciais,

(58)

tomadas entre outros.

Figura 4.3– Actividade Principal.

´

E importante referir, que todos os campos passiveis de introduzir algum valor devem estar preenchidos, caso contr´ario n˜ao ´e possivel ao utiliziador executar a a¸c˜ao de calcular.

(59)

4.2.3

Actividade Menu Lateral

Esta actividade consiste em um menu lateral, como se pode ver na figura 4.4 capaz de ser acedido atrav´es do but˜ao de menu presente na actividade principal ou atrav´es da realiza¸c˜ao de um movimento da esquera para a direita, de forma cont´ınua, que deve ser iniciado na exterminada esquerda de forma a expandir este menu. Este menu, como previamente referido, apresenta, na parte supe-rior, informa¸c˜ao sobre o utilizador. De seguida, fornece v´arias op¸c˜oes divididas em 3 subcategorias , relacionadas com os relat´orios obtidos na aplica¸c˜ao, perfil do utilizador e informa¸c˜ao sobre a aplica¸c˜ao.

(60)

Figura 4.4 – Actividade de Menu lateral.

4.2.4

Actividade Resultados

Ap´os todos os dados inseridos pelo utilizador e ap´os executada a a¸c˜ao de calcular, a aplica¸c˜ao vai abrir esta actividade e exibir ao utilizador alguns dos dados introduzidos, os resultados e todas as informa¸c˜oes necess´arias para o dimensionamento da canaliza¸c˜ao.

(61)

Figura 4.5 – Actividade Resultados.

4.3

Funcionamento

Este subcap´ıtulo ´e reservado ao funcionamento da actividade principal, ´e encarregue de recolher todos os dados necess´arios para o dimensionamento. Apresenta-se ao mesmo tempo toda a informa¸c˜ao relevante sobre cada um desses dados requeridos.

4.3.1

Dados da Instala¸c˜

ao

Nesta sec¸c˜ao ser˜ao solicitadas ao utilizador a introdu¸c˜ao de alguma informa¸c˜ao relativa `a instala¸c˜ao.

(62)

Figura 4.6– Op¸c˜ao Dados da Instala¸c˜ao.

Nome do Projeto

Neste campo dever´a introduzir-se o nome ou a designa¸c˜ao do circuito sobre qual se ir´a efetuar o c´alculo, tem como objetivo servir de diferenciador en-tre os variados c´alculos realizados, e posteriormente guardados em forma de documento.

Potˆencia

Dever´a ser introduzia a potˆencia final do circuito em Watt. Este valor ser´a utilizado para o c´alculo da corrente de servi¸co (Ib), corrente que ´e a base do

dimensionamento de um circuito numa instala¸c˜ao el´etrica. Esta corrente est´a relacionada com a potˆencia a alimentar `a tens˜ao nominal e corresponde ao valor m´aximo estimado que, em regime permanente, as cargas ir˜ao absorver. Queda de tens˜ao m´axima

Este ´e um dos parˆametros importantes para um correto dimensionamento da canaliza¸c˜ao, representa as perdas de tens˜ao ao longo do comprimento da ca-naliza¸c˜ao resultantes da resistˆencia dos condutores e dos equipamentos. Este problema coloca-se essencialmente em BT, j´a que a queda de tens˜ao pode atingir uma percentagem n˜ao desprez´avel da tens˜ao de alimenta¸c˜ao, sendo ne-cess´ario que a tens˜ao dispon´ıvel em qualquer ponto da instala¸c˜ao permita um funcionamento satisfat´orio dos recetores alimentados [10]. Posto isto, para que

(63)

os equipamentos tenham um desempenho satisfat´orio ´e necess´ario respeitar os limites m´aximos predefinidos para a queda de tens˜ao.

Nesta aplica¸c˜ao o valor da queda de tens˜ao m´axima encontra-se predefinido como 0,5% podendo-se optar pelos valores demonstrados na figura 4.7.

Figura 4.7– Op¸c˜oes Disponiveis de Queda de Tens˜ao m´axima.

4.3.2

Tipo de Instala¸c˜

ao

Nesta segunda sec¸c˜ao, demonstrado na figura4.8s˜ao requisitadas informa¸c˜oes ao utilizador relativas ao tipo da instala¸c˜ao, nomeadamente m´etodo de re-ferˆencia escolhido, tipo de alimenta¸c˜ao e o valor do fator de potˆencia.

(64)

Figura 4.8 – Op¸c˜ao Tipo de Instala¸c˜ao.

M´etodo de referˆencia:

Como referido de antem˜ao ´e necess´ario definir o m´etodo de referˆencia da cana-liza¸c˜ao de acordo com as RTIEBT, estes s˜ao designados pelas letras A, A2, B, B2, C, D, E, F e G. Atrav´es da sele¸c˜ao do m´etodo de referˆencia ´e nos poss´ıvel definir o valor da corrente admiss´ıvel.

Tipo de alimenta¸c˜ao:

Atrav´es deste campo vai-se definir se o circuito el´etrico(canaliza¸c˜ao) ´e trif´asico ou monof´asico, como se pode verificar na firgura4.9. Este campo ´e de extrema importˆancia pois vai definir que express˜oes de c´alculo e constantes se v˜ao utilizar no c´alculo da canaliza¸c˜ao.

Figura 4.9 – Op¸c˜oes Dispon´ıveis do Tipo de Alimenta¸c˜ao.

Fator de potˆencia: ´

E a raz˜ao entre a potˆencia ativa e a potˆencia aparente, este valor indica a eficiˆencia do uso da energia, isto ´e, um alto fator de potencia expressa uma

(65)

alta eficiˆencia e consequentemente o inverso expressa uma baixa eficiˆencia energ´etica. Este valor define-se como a rela¸c˜ao entre potˆencia ativa e potˆencia reativa. como podemos ver na figura 4.10:

Figura 4.10 – Triˆangulo de Potˆencias

O fator de potˆencia pode ser obtido atrav´es da express˜ao 4.1:

cos φ (4.1)

Nesta aplica¸c˜ao, o fator de potˆencia pr´e-definido ´e o valor unit´ario, sendo permitido alterar este valor para qualquer valor que se considerar necess´ario entre 0 e 1.

4.3.3

Tipo de Cabo:

Esta sec¸c˜ao ´e respeitante `as caracter´ısticas principais do cabo, ir˜ao ser requi-sitadas aqui informa¸c˜ao relacionada com material condutor, isolamento e por fim com o comprimento da canaliza¸c˜ao.

(66)

Figura 4.11 – Op¸c˜ao Tipo de Cabo.

Tipo de isolamento:

O tipo de isolamento, ou por outras palavras, o revestimento do cabo ´e de ele-vada importˆancia pois est´a associado `a seguran¸ca da instala¸c˜ao e `as condi¸c˜oes de explora¸c˜ao. ´E um elemento delicado e a sua poss´ıvel deteriora¸c˜ao ´e o que, com uma frequˆencia elevada, limita a vida ´util do cabo. Esta deteriora¸c˜ao pode surgir devido ao contacto com agentes agressivos, devido `as condi¸c˜oes ambientais e climat´ericas ou falta de cuidado no manuseamento e instala¸c˜ao do cabo. O tipo de isolamento que o utilizador tem dispon´ıvel s˜ao:

– PVC - Boas caracter´ısticas de isolamento e rigidez diel´ectrica;

– XLPE - Boas caracter´ısticas diel´ectricas, mecˆanicas e f´ısico-qu´ımicas. Como referido anteriormente o utilizador ter´a valores maiores de corrente ad-miss´ıvel em 17% se optar pelo isolamento em XLPE em vez de PVC, para a mesma sec¸c˜ao de condutor.

Material do condutor:

O material do condutor, ou alma condutora, ´e o elemento destinado `a condu¸c˜ao da corrente el´etrica. As almas podem ser constitu´ıdas por um s´o fio (maci¸cas), situa¸c˜ao habitual para as sec¸c˜oes mais baixas (at´e 4 mm2

) ou por v´arios fios ca-bleados (multifilares). As multifilares podem ser realizadas com diversos graus de flexibilidade. As sec¸c˜oes s˜ao geralmente circulares (dispostas em camadas concˆentricas) ou sectoriais (dispostas em sectores) [11]. As mat´erias mais

(67)

utilizados como alma condutora em baixa tens˜ao s˜ao o Cobre e o Alum´ınio, portanto as op¸c˜oes que o utilizador tem dispon´ıvel em rela¸c˜ao ao material condutor s˜ao:

– Cobre fornece maior capacidade de transporte devido a sua resistividade em compara¸c˜ao com o alum´ınio;

– Alum´ınio permite utilizar cabos com peso inferior ao cobre.

Figura 4.12 – Op¸c˜oes Dispon´ıveis de Materiais Condutores.

Comprimento do cabo:

Neste campo o utilizador dever´a introduzir o comprimento do cabo de forma seja efetuado o c´alculo da queda de tens˜ao. Este campo encontra-se sem valor predefinido, mas ´e de car´acter obrigat´orio, caso contrario n˜ao ser´a efetuado o calculo final.

4.3.4

Tipo de Prote¸c˜

ao

´

E necess´ario proteger as instala¸c˜oes de forma a garantir a seguran¸ca e durabili-dade dos equipamentos e canaliza¸c˜oes, esta ´e a sec¸c˜ao encarregue de selecionar qual o dispositivo de prote¸c˜ao a utilizar e fatores de corre¸c˜ao necess´arios aplicar em determinada situa¸c˜ao.

(68)

Figura 4.13 – Op¸c˜ao Tipo de Prote¸c˜ao.

Tipo de Prote¸c˜ao:

A previs˜ao de situa¸c˜oes de defeito, devido `a ocorrˆencia de um curto-circuito, ou de utiliza¸c˜ao excessiva dos circuitos, que conduza a uma situa¸c˜ao de so-brecarga, leva `a necessidade da prote¸c˜ao contra sobreintensidades, atrav´es da instala¸c˜ao de fus´ıveis ou disjuntores [10]. Portanto, este campo, permite que o utilizador escolhe entre:

– Fus´ıvel aM : designado por fus´ıvel de a¸c˜ao r´apida; – Fus´ıvel aG : designado por fus´ıvel de a¸c˜ao lenta; – Disjuntor C: curva caracter´ıstica entre 3 a 5 vezes In; – Disjuntor B: curva caracter´ıstica entre 5 a 10 vezes In; – Disjuntor D: curva caracter´ıstica entre 10 a 20 vezes In;

(69)

Figura 4.14 – Op¸c˜oes dispon´ıveis do Tipo de Prote¸c˜ao

Fatores de corre¸c˜ao(FC1, FC2, FC3):

Mediante o tipo de instala¸c˜ao os cabos est˜ao sujeitos a interferˆencias, podendo ser relacionadas com o tipo de agrupamento ou afastamento entre si, tempe-ratura ambiente e da resistividade t´ermica do solo, e no caso das canaliza¸c˜oes enterradas, da resistividade t´ermica do solo.

Neste campo, figura xasd, ser˜ao exibidos ao utilizador os coeficientes de cor-rec¸c˜ao que dever˜ao ser aplicados na canaliza¸c˜ao em quest˜ao, isto ´e, apenas poder´a escolher valores dos coeficientes que fazem sentido utilizar no tipo de instala¸c˜ao escolhido previamente. Os fatores de corre¸c˜ao neste programa foram divididos em trˆes op¸c˜oes.

– FC1 relacionado com a temperatura;

– FC2 relacionado com o agrupamento dos cabos/condutores; – FC3 relacionado com a resistividade do solo;

Os fatores de corre¸c˜ao relacionados com a temperatura, FC1, podem ser con-sultados nas RTIEBT, nos anexos da parte 5, quadros 52-D1 e 52-D2, onde:

(70)

de correc¸c˜ao em fun¸c˜ao das temperaturas ambientes para canaliza¸c˜oes instaladas ao ar, presentes no quadro 52-D1;

– Ao m´etodo de referˆencia D ´e aplicado o fator de corre¸c˜ao em fun¸c˜ao da temperatura do solo, exposto no quadro 52-D2.

Os fatores de corre¸c˜ao relacionados com o agrupamento dos cabos/condutores, Fc2, podem ser consultados nas RTIEBT, nos anexos da parte 5, quadros 52-E1 at´e 52-E5, onde:

– S˜ao aplicados aos m´etodos de referˆencia A, A2, B, B2, C, E, F e G os fatores de corre¸c˜ao para agrupamento de cabos de diversos circuitos ou de v´arios cabos multicondutores, instalados ao ar, lado a lado, em camada simples Quadro 52-E1;

– Ao m´etodo de referˆencia D ´e aplicado o fator de corre¸c˜ao para agrupa-mentos de cabos enterrados em esteira horizontal, distanciados de, pelo menos 0,20 m - Quadro 52-E2;

– Aos m´etodos de referˆencia A, A2, B, B2, C, E, F e G s˜ao tamb´em aplica-dos fatores de corre¸c˜ao para agrupamento de condutas com condutores, instaladas ao ar, enterradas ou embebidas no bet˜ao, em fun¸c˜ao da sua disposi¸c˜ao (horizontal e vertical) - Quadro 52-E3;

– No m´etodo de referˆencia E, ´e aplicado o fator de corre¸c˜ao para agrupa-mento de diversos circuitos de cabos multicondutores, instalados ao ar, lado a lado, em camadas simples Quadro 52-E4;

– Ao m´etodo de referˆencia F aplica-se Fator de corre¸c˜ao para agrupamento de diversos circuitos de cabos monocondutores, instalados ao ar, lado a lado, em camada simples Quadro 52-E5.

Por fim os fatores de corre¸c˜ao relacionados com a resistividade do solo, Fc3, podem ser consultados nas RTIEBT, nos anexos da parte 5, quadro 52-E6, onde:

– Ao m´etodo de referˆencia D ´e aplicado um fator de corre¸c˜ao aplic´aveis 46

(71)

a cabos enterrados em fun¸c˜ao da resistividade t´ermica do solo Quadro 52-E6;

4.4

Resultados

Neste subcap´ıtulo apresentam-se alguns exemplos, ser˜ao simulados alguns ca-sos de estudo, diferindo valores entre eles, de forma a que se possa validar o funcionamento desta aplica¸c˜ao nas diversas op¸c˜oes existentes. ´E importante referir que s´o ´e poss´ıvel realizar o c´alculo depois de todos os campos estarem preenchidos pelo utilizador.

4.4.1

Caso de Estudo 1

Para o primeiro caso de estudo4.15 foram escolhidos os seguintes parˆametros: – Potˆencia - 40000 Watts;

– Comprimento do cabo 39 metros;

– Queda de tens˜ao m´axima permitida na canaliza¸c˜ao 3%; – Fator de potˆencia 1;

– Alimenta¸c˜ao - Trif´asica (400v); – Alma Condutora - Cobre; – Isolamento - PVC;

– M´etodo de referencia - D;

– Prote¸c˜ao - Disjuntor curva tipo C; – FC1 0,95;

– FC2 0,78; – FC3 1,13;

(72)

Figura 4.15 – Resultado do 1o

Caso de Estudo.

4.4.2

Caso de Estudo 2

Para o segundo caso de estudo, representado na 4.16 foram escolhidos deter-minados parˆametros:

– Potˆencia - 40000 Watts;

– Comprimento do cabo 39 metros;

– Queda de tens˜ao m´axima permitida na canaliza¸c˜ao 1%; – Fator de potˆencia 1;

– Alimenta¸c˜ao - Trif´asica (400v); – Alma Condutora - Cobre; – Isolamento - PVC;

(73)

– M´etodo de referencia - D;

– Prote¸c˜ao - Disjuntor curva tipo C; – FC1 0,95; – FC2 0,78; – FC3 1,13; Figura 4.16 – Resultado do 2o Caso de Estudo.

4.4.3

Caso de Estudo 3

Para o terceiro e ultimo caso de estudo, representado na 4.17foram escolhidos os seguintes parˆametros com o objetivo de obter uma queda de tens˜ao mais elevada que o permitido, deforma a obrigar a aplica¸c˜ao a corrigir a sec¸c˜ao:

(74)

– Potˆencia - 40000 Watts;

– Comprimento do cabo 50 metros;

– Queda de tens˜ao m´axima permitida na canaliza¸c˜ao 0.5 %;

– Fator de potˆencia = 0.9;

– Alimenta¸c˜ao - Trif´asica (400v);

– Alma Condutora - Cobre;

– Isolamento - XLPE;

– M´etodo de referencia - B;

– Prote¸c˜ao - Fus´ıvel - aM;

– FC1 1.17;

– FC2 0.78;

– FC3 n˜ao aplic´avel a este m´etodo; 50

(75)

Figura 4.17 – Resultado do 3o

(76)
(77)

5

Conclus˜oes e Trabalhos Futuro

Neste cap´ıtulo s˜ao apresentadas as conclus˜oes do trabalho desenvolvido, al-can¸cadas ao longo das diversas fases do projecto da disserta¸c˜ao, e tamb´em, aspectos a desenvolver ou pass´ıveis de melhoramento para um futuro desen-volvimento da aplica¸c˜ao.

5.1

Conclus˜

oes

Ao longo da elabora¸c˜ao deste trabalho foi tido sempre presente a preocupa¸c˜ao de criar uma ferramenta capaz de auxiliar o projetista no dimensionamento de uma canaliza¸c˜ao el´etrica de BT.

Esta aplica¸c˜ao n˜ao pretende, de nenhuma das maneiras substituir o projetista apenas oferece uma proposta de solu¸c˜ao para um problema. Com a entrada em vigor das RTIEBT h´a necessidade de dimensionar as canaliza¸c˜oes segundo o modo de instala¸c˜ao que indicam qual o m´etodo de referˆencia a adotar. Estes m´etodos de referˆencia a que devem obedecer as canaliza¸c˜oes das instala¸c˜oes el´etricas do Tipo C (instala¸c˜oes abastecidas a partir da rede p´ublica de baixa tens˜ao; instala¸c˜oes de car´acter permanente com produ¸c˜ao pr´opria em baixa tens˜ao at´e 100 kVA, se de seguran¸ca ou de socorro) estabelecem as correntes

(78)

m´aximas admiss´ıveis na canaliza¸c˜ao. Estes m´etodos de referˆencia implicam que o projetista, ao dimensionar as canaliza¸c˜oes, necessite de consultar cons-tantemente diferentes tabelas com um elevado volume de informa¸c˜ao, que de-pois de realizar os c´alculos dever˜ao satisfazer um conjunto de condi¸c˜oes. ´E sabido que o dia-a-dia de um projetista de instala¸c˜oes el´etricas para al´em da elabora¸c˜ao do projeto acompanha trabalhos em obra. ´E aqui, em obra, que uma aplica¸c˜ao dispon´ıvel em dispositivos m´oveis, que realize estes c´alculos autom´aticos, sem o uso de papel, se torna ´util.

Atrav´es da an´alise dos conceitos te´oricos subjacentes ´a mat´eria em que este trabalho se incide, conseguiu-se de uma forma capaz, construir a aplica¸c˜ao pretendida, correspondendo as exigˆencias propostas inicialmente.

5.2

Prespectivas Futuras

A perspectiva futura ´e de fornecer a aplica¸c˜ao de forma a que os t´ecnicos proje-tistas possuam uma ferramenta que permita ajudar no c´alculo das canaliza¸c˜oes de uma forma simples, r´apida, eficaz e principalmente de uma forma port´atil. Outra perspectiva ´e ampliar o programa permitindo mais op¸c˜oes, nomeada-mente, novas op¸c˜oes de c´alculo, gravar o relat´orio no dispositivo, transferir as tabelas a que a aplica¸c˜ao recorre durante o c´alculo, para uma base de dados interna, por exemplo, a base de dados mysql que o SO escolhido utiliza. A inser¸c˜ao de uma ferramenta de CAD (desenho assistido por computador) para dimensionar e desenhar canaliza¸c˜oes el´etricas poderia ser muito ben´efico.

Imagem

Tabela 2.1 – Principais do Cobre e do Alum´ınio.
Figura 2.1 – F´ ormula molecular do PVC.
Figura 2.2 – F´ ormula molecular do XLPE.
Tabela 2.3 – Excerto do quadro 52-C30 [1].
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