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Método e indicadores para avaliação de impactos ambientais do sistema de produção orgânica de hortaliças em estabelecimento familiares rurais. - Portal Embrapa

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V Congrcso de Ia SEAI: • I." Congrcso Ibcroamerícano dc A gm ciologia 341

Método e Indicadores para Avaliação de Im pactos Ambientais

do Sistem a de Produção Orgânica de Hortaliças em Estabelecim entos

Familiares R urais1

Gr r a l d o St a c h e t t i Ro d r i g u e s1, Cl a y t o n Ca m p a n h o l a1, Pe d r o Jo s é Va i.a r i n i’

1 Embrapa Meio Ambiente - Rodovia Campinas-Mogi Mirim, km 127.5 - CEP 1.1820- (XX) Jaguariúna, SP (slachctli<“>cnpma.embrapa.br)

2 Miembro CYTED. Red Iberoamericana de Agricultura.

RESUM O

O sislem a de Avaliação Ponderada de Im pacto Ambiental de alividades do Novo Rural (A POIA-NOVORURAL) consiste de um conjunto de planilhas eletrônicas (plataform a MS-Ex- cel” ) que integram sessenta e dois indicadores da perform ance ambiental de uma atividade econô­ mica no âmbito de um estabelecim ento rural. C inco dim ensões de avaliação são consideradas: i. Ecologia da paisagem, ii. Q ualidade ambiental (atm osfera, água e solo), iii. Valores sociocultu- rais, iv. Valores econôm icos, v. G estão e adm inistração. Os indicadores são construídos etn ma­ trizes de ponderação, nas quais dados quantitativos obtidos em cam po e laboratório são autom a­ ticamente transform ados em índices de im pacto expressos graficam ente. O índice de im pacto de cada indicador é traduzido a um valor de utilidade, empregando-se funções e coeficientes especi­ ficamente derivados para cada indicador. Finalmente, os valores de utilidade para todos os indi­ cadores são agregados para com por o índice de Im pacto Ambiental da atividade avaliada. Os re­ sultados da avaliação permitem: (i) ao produtor/adm inistrador averiguar quais atributos da ativi­ dade podem estar desconform es com seus objetivos de sustentabilidade; (ii) ao tom ador de de­ cisões a indicação de m edidas de fomento ou controle das atividades segundo planos de desen­ volvim ento local; (iii) finalmente, proporcionam um a unidade de medida objetiva de impacto, au­ xiliando na qualificação e certificação de atividades e produtos agropecuários. Para dem onstrar a aplicabilidade do m étodo, foi tom ado um estudo de caso - a Fazenda Sula, em Serra Negra, SP, que integra produção de hortaliças e de leite orgânico. Visando avaliar a qualidade do solo em função das práticas agrícolas adotadas, foram validados alguns indicadores físicos, quím icos e biológicos, tom ando-se esta fazenda orgânica e uma convencional (Sítio Santa Luzia).

Palavras-chave: sustentabilidade, perform ance ambiental, qualidade do solo, certificação ambiental.

IN TRO DU ÇÃ O

Uma surpreendente tendência socioeconôm ica vem ocorrendo em muitas áreas rurais do Bra­ sil - um sistem ático decréscim o do número de pessoas ocupadas em atividades agrícolas tradi­

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cionais, concom itante a um consistente acréscim o do núm ero total de pessoas ocupadas. Este fenôm eno resulta da em ergência de atividades alternativas agrícolas e não-agrícolas, em substi­ tuição aos tradicionais usos agrícolas da terra, conform ando o que tem sido denom inado de «N o­ vo Rural» (CAM PANHOLA & G RA ZIA N O DA SILVA. 2000). Observa-se tam bém, no meio rural, a em ergência de atividades agrícolas que atendem a dem andas de «nichos» de mercado, com o é o caso da agricultura orgânica.

A agricultura orgânica é um a atividade produtiva em processo de grande expansão, mas os fa­ tores que fundam entam as percepções dos agentes sociais envolvidos quanto aos seus efeitos po­ dem não ser homogêneos, além de poderem ser tanto de natureza econôm ica com o social, ou ambas. Tal problem a de pesquisa expressa a necessidade de realizar uma análise sociológica dos fatores que condicionam os valores atribuídos a esta atividade agrícola, caso contrário, corre-se o risco de reduzir ou sim plificar a questão à dim ensão m eram ente econômica.

A agricultura orgânica desponta com o um a grande oportunidade para o agricultor fam iliar fa­ ce ao aumento significativo do m ercado consum idor de alim entos orgânicos em anos recentes. O valor da produção orgânica nacional, em 1999, foi de USS 150 milhões, assum indo-se que em 2000 ele tenha atingido USS 195 - 200 m ilhões, segundo o «International Trade Center», de G e­ nebra - Suíça, e o Instituto B iodinâm ico3-4. O crescim ento da produção da agricultura orgânica no país foi de 50% em 2000 em relação a 1999 (op. cit., nota 2). Esse aumento é crescente, pois segundo a AAO, o acréscim o no consum o desses produtos, no estado de SP, foi de 10% em 1997, 24% em 1998 e de 30% em 1999.

Estima-se que a área ocupada com agricultura orgânica em todo o país seja de apenas 100 mil ha, mas se for considerado que em 1990 a área era de apenas mil hectares, o acréscim o da área lia últim a década foi de 9.900% . E im portante registrar tam bém que a evolução recente da área plantada tem sido muito rápida: os projetos acom panhados pelo Instituto Biodinâmico, que é a maior entidade de certificação do país, registraram em 2000 um aumento de cerca de 100% da área em relação a 1999, ou seja, a área aum entou de 30 mil ha em janeiro para 61 mil ha em agosto (CAM PANHOLA & V ALA RIN I, 2001), e, em 2002, cerca de 110 mil ha.

Em bora haja informações gerais sobre a im portância dessa atividade emergente para a eco­ nomia rural brasileira, pouco se conhece quanto aos seus efeitos sobre o meio am biente, bem co­ mo sobre as suas repercussões sociais e econôm icas aos níveis das propriedades e das localida­ des (CAM PANHOLA & G RA ZIA N O DA SILVA, 1999).

Profundas alterações socioeconôm icas e am bientais resultam dessas mudanças, prom ovendo tanto perspectivas quanto am eaças ao desenvolvim ento local sustentável. Com o objetivo de con­ tribuir para um melhor planejam ento dessas m udanças e assessorar produtores rurais e tom ado­ res de decisão quanto às melhores opções de práticas, atividades e formas de manejo a serem im ­ plem entadas em um dado estabelecim ento ou região, dem andam -se procedimentos para a ava­ liação de im pacto ambiental (A IA ) dessas atividades em ergentes do meio rural.

M étodos de AIA são mecanism os estruturados para a identificação, coleção e organização de dados sobre im pactos ambientais (Erickson, 1994). Inicialm ente, as AIAs foram concebidas es­ pecificam ente para o abatim ento dos im pactos, definidos com o «qualquer alteração nas caracte­ rísticas físicas, quíiriicar. biológicas rio am biente, causada por qualquer forma de matéria ou energia derivada das atividades hum anas, e que possa direta ou indiretamente afetar: a saúde, se­ gurança e o bem -estar da população, as atividades econôm icas e sociais; a biota; as condições estéticas e sanitárias; e a qualidade dos recursos naturais» (SECRETARIA DO M EIO A M ­ BIENTE DE SÃO PAULO. 1992). Portanto, é im portante incluir nas AIAs as dim ensões de (I)

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V C o n g reso de la S E A E • 1." C o n g reso Ib e ro am ericano d e A groeco log ía 343

m anutenção da capacidade suporte dos ecossistem as e (2) conservação da qualidade do am bien­ te: ainda ressaltando as dim ensões (3) socioculturais, (4) econôm icas e (5) institucionais.

Uma am pla variedade de m étodos de AIA está disponível na literatura, estando os m esm os in­ seridos em várias linhas metodológicas principais, a saber: m étodos «ad hoc»; listas de verifi­ cação e matrizes, descritivas ou escalares; sobreposição de m apas; redes de interação; diagram as de sistemas; e m odelos de simulação (RO D RIG U ES, 1998). C ada método apresenta vantagens e desvantagens, e endereça mais adequadam ente problem as e objetivos específicos, podendo-se assum ir que a seleção, adaptação e desenvolvim ento de m étodos e sistem as de AIA dependem dos objetivos da avaliação (CANTER, 1977).

Com um tal conjunto de características particulares, não se logrou obter um método com ple­ tamente satisfatório, que estivesse disponível para utilização em um program a de AIA das ativi­ dades em ergentes no Novo Rural. Por isso, optou-se por com por um sistem a dedicado, adotan­ do-se os seguintes princípios:

- deve ser aplicável a quaisquer atividades do meio rural brasileiro, indicando pontos críti­ cos para correção do manejo;

- deve atender ao rigor da com unidade científica e ao m esm o tem po perm itir o uso prático pelos agricultores/em presários rurais;

- deve contem plar de form a com preensiva os aspectos ecológicos, econôm icos e sociais em um núm ero adequado e suficiente de indicadores específicos e;

- deve ser inform atizado e prover uma m edida final integrada do im pacto ambiental da ati­ vidade.

Este últim o requisito, de prover um a avaliação geral de im pacto am biental segundo um padrão ou linha de base objetiva («benchm ark»), é essencial para perm itir a certificação am ­ biental das atividades, em atendim ento à dem anda voluntária dos proprietários rurais e de suas organizações. A certificação am biental deve contribuir com dois objetivos principais. Primeiro, em sua vertente de interesse público, garantir que recom endações obtidas em A IAs para reparar im pactos sejam efetivam ente realizadas. Segundo, em sua vertente privada, servir com o instru­ m ento de divulgação e prom oção da atividade do estabelecim ento, quando esta se qualificar co­ mo prom otora de práticas sustentáveis.

Dessa forma, cresce a im portância em utilizar o m étodo de avaliação da sustentabilidade da horticultura orgânica em com unidades de agricultores fam iliares, perm itindo obter tanto um ín­ dice geral de sustentabilidade para estabelecim entos que praticam a horticultura orgânica, assim com o a identificação dos principais obstáculos à sustentabilidade.

M É T O D O

O sistem a A POIA -N ovo R ursl (Avaliação ponderada de im pacto am biental de atividades do novo rural) consiste dc um conjunto de m atrizes escalares form uladas de m aneira a perm itir a valoração de indicadores da perform ance ambiental de uma atividade agropecuária, consideran­ do cinco dim ensões: i) ecologia da paisagem , ii) qualidade dos com partim entos am bientais, iii) valores socioculturais, iv) valores econôm icos e v) gestão e adm inistração. O estabelecim ento rural constitui-se na escala espacial de análise e com o corte tem poral, adota-se a situação ante­

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rior e posterior à im plantação (ou a área com e sem influência) da nova atividade no estabeleci­ mento. O sistem a consta de sessenta e dois indicadores, com postos a partir de um a revisão de métodos de AIA descritos na literatura (Neher. 1992: Stockle et al.. 1994: Bockstaller et al., 1997: M cDonald & Smith. 1998; G irardin et al.. 1999: Bosshard, 2000: Rodrigues et al.. 2000; Rossi & Nota, 2000), discussões em grupos e outras fontes. Os indicadores foram selecionados, com postos e organizados de form a a cobrir a gama possível de efeitos ambientais diretam ente definidos como im pactos e aplicar-se em sua totalidade a quaisquer atividades agropecuárias. Os dados para AIA referem -se à alteração causada nos indicadores em conseqüência da efetiva im­ plantação da atividade, nas condições específicas do estabelecim ento rural avaliado. O conjunto de dim ensões e indicadores, com suas respectivas unidades de medida obtidas a cam po e labo­ ratório encontram -se na Tabela I.

Tabela I. Dimensões e indicadores de impacto am biental do sistem a APO IA-NovoRural e unidades de medida utilizadas para caracterização em levantamentos de cam po e laboratório

Dimensões e indicadores Unidades de medida obtidas a campo

e laboratório Dimensão Ecologia da Paisagem

1. Fisionomia e conservação dos habitats naturais Porcentagem da área da propriedade 2. Diversidade e condições de manejo das áreas de produção Porcentagem da área da propriedade 3. Diversidade e condições de manejo das atividades confinadas Porcentagem da renda da propriedade,

(agrícolas/não-agrícolas e de confmamento animal) excluídas atividades não confinadas 4. Cumprimento com requerimento da reserva legal Porcentagem da área averbada como reser­

va legal na propriedade

5. Cumprimento com requerimento de áreas de preservação permanente • Porcentagem da área da propriedade

6. Corredores de fauna Área (ha) e número de fragmentos

7. Diversidade da paisagem * índice de Shannon-Wiener (dado)

8. Diversidade produtiva * índice de Shannon-Wiener (dado)

9. Regeneração de áreas degradadas * Porcentagem da área da propriedade

10. Incidência de focos de doenças endêmicas Número de criadouros

11. Risco de extinção de espécies ameaçadas Número de (sub)populações ameaçadas

12. Risco de incêndio Porcentagem da área atingida pelo risco

13. Risco geotécnico Número de áreas influenciadas

Dimensão Qualidade dos C om partimentos Ambientais Atm osfera

14. Partículas em suspensão/fumaça Porcentagem do tempo de ocorrência

15. Odores Porcentagem do tempo de ocorrência

16. Ruídos Porcentagem do tempo de ocorrência

17. Óxidos de carbono Porcentagem do tempo de ocorrência

18. Óxidos de enxofre Porcentagem do tempo de ocorrência

19. Óxidos de nitrogênio Porcentagem do tempo de ocorrência

20. Hidrocarbonetos Porcentagem do tempo de ocorrência

Agua superficial

21. Oxigênio dissolvido * Porcentagem de saturação de G:

22.Coliformes fecais * Número de colônias/100 ml

23. DBOs * Miligrama/litro de 0 :

24. pH * pH

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V C o n g reso do Ia S E A E • I C o n g r e s o Ib e ro am e rican o d e A g ro eco lo g ía 345

Tabela I. Dimensões e indicadores de impacto am biental do sistem a A PO IA -N ovoR ural e unidades de medida utilizadas para caracterização em levantam entos de cam po e laboratório (continuación)

Dimensões e indicadores U nidades de medida obtidas a campo

e laboratório

26. Fosfato * Miligrama P20 5/litro

27. Sólidos totais * Miligrama sólidos totais/litro

28. Clorofila a * Micrograma clorofila/litro

29. Condutividade * Micro ohm/cm

30. Poluição visual da água Porcentagem do tempo de ocorrência

31. Impacto potencial de pesticidas Porcentagem da área tratada

Água subterrânea

32. Coliformes fecais * Número de colônias/100 ml

33. Nitrato * Miligrama NO,/litro

34. Condutividade * Micro ohm/cm

M anutenção da capacidade produtiva do solo

35. Matéria orgânica Porcentagem de matéria orgânica

36. pH * pH

37. j? resina * Miligrama P/dm^

38. K trocável * Milimol de carga/dm^

39. Mg (e Ca) trocável * Milimol de carga/dm-^

40. Acidez potencial (H + Al) * Milimol de carga/dm-^

41. Soma de bases * Milimol de carga/dm^

42. Capacidade de troca catiônica * Milimol de carga/dm^

43. Soma de bases * Porcentagem de saturação

44. Potencial de erosão Porcentagem da área

Dimensão Valores Socioculturais

45. Acesso à educação * Número de pessoas

46. Acesso a serviços básicos A cesso a serviços básicos (1 ou 0)

47. Padrão de consumo A cesso a bens de consumo (1 ou 0)

48. Acesso a esporte e lazer Horas dedicadas por semana

49. Conservação do patrimônio histórico, artístico, arqueológico Número de monumentos/eventos do pa

e espeleológico trimônio

50. Qualidade do emprego Porcentagem dos trabalhadores

51. Segurança e saúde ocupacional Número de pessoas expostas

52. Oportunidade de emprego local qualificado Porcentagem do pessoal ocupado

Dimensão Valores Econômicos

53. Renda líquida do estabelecimento Tendência de atributos da renda (1 ou 0)

54. Diversidade de fontes de renda Proporção da renda domiciliar

55. Distribuição de renda Ten Jência de atributos da renda (1 ou 0)

56. Nível de endividamento corrente Tendência de atributos da renda (1 ou 0)

57. Valor da propriedade Proporção da alteração de valor

58. Qualidade da moradia Proporção dos residentes

Dimensão G estão e Administração

59. Dedicação e perfil do responsável Ocorrência de atributos (1 ou 0)

60. Condição de comercialização Ocorrência de atributos (1 ou 0)

61. Reciclagem de resíduos Ocorrência de atributos (1 ou 0)

62. Relacionamento institucional Ocorrência de atributos (1 ou 0)

(* ) In d ic ad o r e x p re sso c m d u a s m ed id as, q u a is seja m . ín d ic e de im p acto e variaçü o p e rc e n tu a l, p ro p o rc io n a l, o u relativa; c a d a q u al com seu re sp ectiv o valor de u tilidade.

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G rande parte das inform ações constitui-se de conhecim ento tácito do proprietário ou re s­ ponsável e é obtida diretam ente com o auxílio de um questionário. O utros indicadores re­ querem a avaliação sensorial do responsável, balizada por atributos dos indicadores, cons­ truídos nas m atrizes de avaliação. Em todos os casos os dados com põem -se de unidades quantitativas contínuas, tais com o: porcentagem da área ou do tem po de ocorrência, núm ero de pessoas, hectares ou horas sem anais, por exem plo. Em com plem ento, realizam -se tam bém vistorias locais.

A lgum as variáveis de qualidade da água devem ser analisadas no local por m eio de kit de diagnóstico, enquanto para outras variáveis de qualidade da água e do solo, am ostras devem ser coletadas e encam inhadas a laboratório para análise. Com o o objetivo é verificar a influência da nova atividade na qualidade da água e do solo, no caso da água vai-se retirar um a am ostra antes e depois do local de influência da atividade, e no caso de solo, vai-se retirar uma am os­ tra ou mais am ostras do cam po cultivado e uma am ostra de um a área natural (m ata nativa ou pastagem ). Todas as variáveis consideradas, contudo, são tipicam ente de rotina, e não dem an­ dam capacidade laboratorial ou instrum ental especial. No caso específico dos parâm etros bio­ lógicos/bioquím icos (biom assa m icrobiana em C, polissacarídeos, atividades enzim áticas de hi- drólise do FDA e desidrogenase) em validação, as análises são conduzidas nos laboratórios da E m brapa M eio A m biente, em Jaguariúna, SP, utilizando-se m etodologia descrita em Frighetto & Valarini (2002).

As m atrizes de av aliação são c o n stru íd as em p latafo rm a M S-Excel- de form a a p o n d erar au to m aticam en te os in d icad o res e seus atrib u to s e ex p ressar graficam en te o índice de im ­ pacto re su ltan te (F ig u ra 1). E ste índice de im pacto do in d icad o r é tran sfo rm ad o p o r um a função de valor que o relacio n a com a perfo rm an ce am b ien tal da ativ id ad e em um a escala de u tilid ad e (B IS S E T , 1987) q u e varia de 0 a 1, a exem plo do que foi utilizad o p o r D ee et al. (19 7 3 ), C an ter & H ill (19 7 9 ), A ndreoli & T ellarini (2000) e G irard in et al. (2000). V in­ te e q u atro dos sessen ta e dois in d icad o res são expressos em duas m edidas, quais sejam , o índice de im pacto p rim ário referen te ao in d icad o r e a variação p ercen tu al, p roporcional, ou relativ a in d u zid a p ela atividade a g ro p ecu ária; cada qual com seu respectivo v alo r de u tili­ dade.

A com posição das curvas de correspondência entre os indicadores e a perform ance am bien­ tal definida em valores de utilidade baseou-se em testes de sensibilidade e de probabilidade, ca- so-a-caso para cada indicador (G IRARD IN et al., 1999). No teste de sensibilidade define-se, de acordo com o objetivo do sistem a de avaliação (desenvolvim ento local sustentável, vide Intro­ dução), o significado e a im portância da alteração causada pela atividade. O significado perm i­ te ju lg ar se uma alteração é aceitável ou não (se é positiva ou negativa) e a im portância deter­ m ina a extensão na qual a alteração contribui (ou prejudica) o atingim ento do objetivo. No tes­ te de probabilidade estabelece-se a relação de valor entre indicador e perform ance, segundo co­ rrespondência entre a escala de ocorrência e o padrão ou «benchm ark», perm itindo definir a função de transform ação (G IRARD IN et al., 1999).

As curvas de correspondência entre índices de impacto dos indicadores e valores de utilidade foram expressas em equações m ulticoeficientes, derivadas caso-a-caso, com ajustes mínimos co- rresoondcntcs a r2- 0,95 (HYAM o, 19Sj). As equações e coeficientes foram inseridos nas m a­ trizes de ponderação e vinculadas aos índices de impacto, traduzindo-os diretam ente em valores de utilidade para expressão gráfica e cálculo do índice de im pacto am biental da atividade agro­ pecuária (Fig. 1).

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V C o n g reso d e Ia S E A L • I C o n g r e s o Ib e roam erican o d e A gro ecolo gía 347

Tabela de porcentafem de área atingida pelo risco Risco de

incêndio Fator de ponderação da ^ 2 causa k1 £ í= 0 -o Clctj 1 2 5= O V 3 CC 0) o 1 2 S *2-5 g. E s 2 ■- a M~ •— S*c i £ 5 ■> tu —T3 . £ >

Fator de ponderação do dano k2

0.1 0.1 0.25 0.5 0.5 0.75 0.9 Au m en to uso intencion al de fogo 1 Au m en to acúm ulo com b u stíve l 0.5 Inalterado 0

R edução elim inaçã o

com b u stíve l -0.5 R edução elim inaçã o uso in te n cio n a l de fogo -1 Indice R isco de incéndio=

IR in c 0.00 100 0 80 0 40 0.01 20 0,05 10 0,1 0 0.25 -1 0,7 -10 0.8 100 1

^

1

0.00

\

' V .-

w w -100 -50 0 50 100 indic* Risco

<Je

mcènd.0

Equação de m elhor ajuste para Utilidade Ajuste senosóide: y=a+b*cos(cx+d) Coeficientes: a = 0.49 b = 0,50 c = 0,02 d = 1.56 U-IRinc= 0,00

Figura I. Exemplo de m atriz de ponderação para indicador de avaliação de impacto ambiental do sistema APOIA-No- voRural, contendo atributos do indicador (dano e causa), fatores de ponderação (k l e k2), expressão de cálculo do ín­ dice de impacto, tabela de correspondência entre índice de impacto e performance ambiental em valores de utilidade, expressão gráfica da performance da atividade avaliada, equação e coeficientes para conversão do índice de impacto do indicador em valor d e utilidade. Na extrema direita a coluna de averiguação confere o dado inserido na matriz, que no exemplo deve corresponder à porcentagem da área sob risco de incêndio na propriedade (averiguação= 1009c)

O s resultados da avaliação são apresentados em uma planilha de AIA da atividade agrope­ cuária, expressos graficam ente para cada dim ensão considerada, perm itindo averiguar a perfor­ mance da atividade para cada indicador com parativam ente ao «benchm ark» estabelecido. Esta avaliação pontual refere-se aos indicadores propriam ente ditos (62), bem com o àqueles que re­ presentam a tendência da alteração causada pela atividade, segundo a variação relativa (24), em um total de oitenta e seis indicadores individuais.

O resultados são então agregados pelo valor m édio de utilidade para o conjunto de indicado­ res prim ários em cada dim ensão e expressos em um gráfico-síntese de im pacto am biental da ati­ vidade nas cinco dim ensões. Finalm ente, o valor m édio de utilidade para os 62 indicadores pri­ mários expressa o índice de im pacto ambiental da atividade em avaliação. Assim, o procedi­ m ento geral para A IA de uma atividade consiste nas etapas seguintes:

a) Identificação doc limircs espaço/tem porais da atividade, aplicação do questionário/ visto­ ria a cam po, coleta de dados e am ostras para análise laboratorial.

b) Inserção dos dados nas matrizes de avaliação, obtenção dos índices de im pacto referen­ tes aos indicadores e conversão para valores de utilidade.

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c) Agregação dos índices de im pacto por análise multiatributo, em todas as dim ensões com ­ ponentes. D esse m odo, obtém -se um índice geral da contribuição da atividade para a sus­ tentabilidade do estabelecim ento rural.

d) A nálise dos resultados gráficos e identificação dos indicadores que mais restringem a sus­ tentabilidade, averiguação da desconform idade com o «benchmark».

e) Indicação de m edidas corretivas, recom endação de adequação tecnológica e de manejo para abatim ento dos im pactos ambientais negativos.

O sistem a passou por um a validação prelim inar em estabelecim entos selecionados, de várias escalas, dedicados a atividades de horticultura orgânica diversificada, horticultura convencional especializada (tomate), produção orgânica integrada horticultura e leite, hidroponia e agroturis- mo (incluindo pesques-pagues). Com base nesta fase de validação, indicadores foram incluídos e ajustados, e o sistem a concluído para aplicação experim ental em campo.

No item seguinte, serão m ostrados alguns resultados obtidos no estudo de caso realizado na Fazenda Sula, localizada em Serra Negra, SP, utilizando o método formulado. Projetos coopera­ tivos de pesquisa e m onitoram ento com utilização do sistem a A POIA-NOVORURAL podem ser propostos em contato direto com os autores.

R ESU LTA D O S E D ISC U SSÃ O

O sistema de Avaliação Ponderada de Impacto Ambiental de atividades do Novo Rural (APOIA- NOVORURAL) consiste de um método abrangente, suficiente para aplicação a campo na avaliação do impacto de atividades agropecuárias e não-agropecuárias. O método integra as dimensões eco­ lógicas, sociais e econômicas, inclusive aquelas relativas à gestão e administração, proporcionando uma medida objetiva da contribuição da atividade agropecuária ou não-agropecuária para o desen­ volvimento local sustentável. O método é de aplicação relativamente simples, mas deve contar com avaliadores devidamente treinados. Permite ativa participação dos produtores/responsáveis, e serve para a comunicação e arm azenamento das informações sobre impactos ambientais de atividades de interesse. A plataforma computacional é amplamente disponível, passível de distribuição e uso a baixo custo, e perm ite a emissão direta de relatórios em forma impressa de fácil manuseio.

A apresentação gráfica dos resultados de performance am biental da atividade para cada indi­ cador individual oferece um diagnóstico para o produtor/adm inistrador, apontando a situação de conform idade com padrões ambientais em cada aspecto do im pacto da atividade nas condições do estabelecim ento. A dicionalm ente, vários indicadores, tanto de natureza ambiental com o so- cioeconôm ica, incluem um a m edida da variação relativa, perm itindo averiguar a tendência tem ­ poral do impacto im posto pela atividade.

A Figura 2 m ostra exem plo de como os resultados dos indicadores são apresentados, utili­ zando-se o estudo de caso realizado na Fazenda Sula. O centro indica utilidade igual a «0» e o limite estabelecido pelo poliedro externo refere-se à utilidade «1».

E a Figura 3 resume os resultados gerais obtidos na avaliação de impacto ambiental, inclusive a composição de um índice agregado de impacto. No caso da Fazenda Sula, o íuuice gerai de impac­ to ambiental obtido foi de 0,57. Como o valor máximo possível para esse índice é I, pode-se ainda in­ troduzir medidas de melhorias que diminuam o impacto ambiental das atividades avaliadas. Para is­ so, deve-se analisar os índices parciais de cada indicador, nas diferentes dimensões, de modo a se iden- tificar aqueles que mais restringem a sustentabilidade das atividades conduzidas no estabelecimento.

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V C o n g reso de Ia S E A E • I." C o n g reso Ib e ro u m en c an o d e A g ro ecolo gía 349

Conservação Habitais

□ “ Baseline" □ Utilidade □ Variação percentual Valores de Utilidade dos indicadores de Ecologia da

Paisagem

Figura 2. Gráfico representativo dos resultados obtidos para cada indicador avaliado, na dimensão «Ecologia da Pai­ sagem» (Exemplo: Fazenda Sula)

Figura 3. Gráficos com apresentação da média dos valores de utilidade das dimensões de avaliação e do índice geral de impacto ambiental (Faz. Sula)

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Em resum o, os gráficos agregados dos resultados para as diferentes dim ensões ambientais proporcionam aos tom adores de decisão um a visão das contribuições positivas ou negativas da atividade, visando ao desenvolvim ento local sustentável e facilitando a definição de medidas de prom oção ou controle da atividade no âm bito da comunidade.

Finalmente, o índice de Impacto Ambiental configura-se em uma unidade padrão de performan­ ce ambiental da atividade, podendo ser utilizado como uma medida objetiva para a qualificação e certificação das novas atividades agropecuárias e não-agropecuárias do meio rural brasileiro.

Uma nova etapa de desenvolvimento com plem entar do método acima apresentado envolve a va­ lidação dos indicadores biológicos/bioquímicos. Para tanto, um a análise integrada dos resultados foi realizada, considerando os parâmetros físicos e q jím icos do solo de um a propriedade orgânica (Fazenda Sula) em relação a uma convencional (Fazenda Santa Luzia, em Serra Negra, SP).

Os resultados apresentados na Tabela II mostraram que no sistem a orgânico (SO), apesar dos valores dos indicadores quím icos serem inferiores aos do SC, com o são os casos do pH, V% e CTC, nota-se uma m aior disponibilidade do macronutriente K (fundam ental para o m etabolism o da planta de tom ate) e dos m icronutrientes Fe, B e Zn, em detrim ento do Ca e Mg. Isto é resul­ tante do fornecim ento de nutrientes, no SO, via estím ulo à m ineralização da m atéria orgânica por m icrorganism os através do uso do Bokashi (rico em K), Bokashi 2 (rico em P) e Bokashi 5 (rico em N) e EM (m icrorganism os eficazes) no solo, o que se contrapõe ao sistem a convencio­ nal (SC), onde se utilizaram altas doses de fertilizantes quím icos N PK altam ente solúveis. Se o tom ate é mais exigente em K. o excesso de N total disponível, com o observado no SO, é preju­ dicial por tornar as plantas mais atrativas e suscetíveis às pragas e doenças. Entretanto, com a utilização de cobertura morta e da adubação verde com m ilheto, por exemplo, a im obilização do N excedente foi favorecida. Em bora a relação C/N nos dois sistem as de manejos sejam estreitas (C/N £ 12) (M ello et al., 1987), o que m ostra que os solos estão em estabilidade, a quantidade e a diversidade da m atéria orgânica no SO é significativamente superior, propiciando uma maior atividade microbiana, indicada pelas análises bioquím icas em relação ao SC. Somado a esse m a­ nejo, a aplicação de extratos oriundo da ferm entação de resíduos de plantas mais solo de mata por 16h, e do EM associada ao uso de quebra-ventos estrategicam ente dispostos (sansão do cam ­ po) são práticas agrícolas que contribuem para a m anutenção de doenças e pragas abaixo do ní­ vel de dano econôm ico, diferentem ente do SC, que utiliza os agrotóxicos como principal práti­ ca agrícola de controle fitossanitário.

Em relação aos indicadores físicos, no SO, apesar do solo apresentar um a m aior capacidade de cam po (CC), a relação C C/PM P é mais estreita e por ser um solo mais argiloso, os manejos inadequados da irrigação e do preparo do solo poderiam provocar um a rápida compactação. En­ tretanto, este fenôm eno não foi observado no SO, com o mostram os resultados das análises de argila dispersa e de m atéria orgânica, utilizou-se o cultivo m ínim o e a irrigação por gotejamen- to e/ou m icroaspersão, enquanto que no SC utilizou-se um preparo pesado do solo, com o re- volvim ento e quebra da sua estrutura, e a irrigação por gravidade em sulco. Também, a conduti- vidade elétrica (CE) no SO foi inferior à do SC, m ostrando que a alta disponibilidade de sais no últim o dificultou o equilíbrio nutricional e a absorção de nutrientes pela planta.

C om relação aos parâm etros biológicos e bioquím icos, o manejo orgânico apresentou sempre valores significativam ente superiores de biom assa em C, polissacarídeos, atividades enzim áticas de desidrogenase e FDA em relação ao manejo convencional. Esses resultados mostram que o m anejo orgânico, está direcionado para a obtenção dos m esmos níveis desses indicadores en­ contrados em solos de mata nativa.

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V C o n g reso de Ia S E A E • I C o n g r e s o Ib e ro am e rican o d e A gro eco lo g ía 351

A análise integrada, considerando a relação C/N estreita, com a intensa atividade microbioló- gica no solo, associada ao cultivo m ínim o e à m aior quantidade de matéria orgânica m ineraliza- da por m icrorganism os (HU et al., 1995; LIEBIG & DORAN . 1999) resultaram em melhorias nas propriedades físicas e quím icas do solo (H UA NG et al., 1995; VALAR1NI et al., 2002), maior equilíbrio nutricional da planta e m aior resistência às doenças da parte aérea (m anchas fo- liares - septoriose, altem ariose, requeima), aos patógenos do solo (Pythium spp e Rhizoctonia so- lani) e às pragas (pulgão, broca do fruto, vetores transm isores do vírus vira-cabeça) no SO em relação ao SC. A partir dos resultados obtidos, conclui-se que o manejo orgânico contribui para uma m aior diversidade biológica; resultando em um m elhor equilíbrio nutricional da planta e, por conseguinte, em um a m aior resistência às doenças e pragas. O s princípios da nutrição de plantas, o conhecim ento da etiologia dos patógenos e da fisiologia das pragas são aplicados no SO de for­ ma a m axim izar a produtividade das culturas, contribuindo para um ambiente mais equilibrado, para a produção de alimentos mais saudáveis. livres de resíduos de agrotóxicos e com menores custos ambientais de produção. Em suma, um a nova abordagem é aplicada no SO para resolver problemas, utilizando-se um manejo preventivo, com enfoque sistêm ico e interdisciplinar, en­ quanto que no SC utiliza-se um manejo curativo em ergencial, com enfoque pontual.

Tabela II. Resultados de análises de am ostras de solo de Serra Negra com plantio de tom ate, SP

Sifila

Determ inações

Descrição Unidade LT

AM O STRA DE SOLOS

LP SM SP ST

M.O . Mat. Orgânica g/dm’ 24.0 18.0 38.0 41.0 43.0

C org. Carbono orgânico g/dnr 13,26 10,71 29,08 30.10 29.42

N-total Nitrogênio total mg/Kg ' 1443,0 1211,0 3025,0 2472.0 2769.0

C/N Razão C/N 9,19 8.77 9.61 12.18 10.62 pH Solução em CaCh 6.4 6,70 4,60 4.20 5.20 P Fósforo Resina mg/dm’ 71,0 91.0 9.0 12,0 77,0 K Potássio mmolc/dm’ 2,2 3.0 1,2 1.6 3,8 Ca Cálcio mmolc/dm’ 87,0 79.0 27,0 10,0 42,0 Mg Magnésio mmolc/dm’ 21.0 23.0 8.0 4.0 15,0

S.B. Soma Bases mmolc/dm’ 110.2 105,0 36,2 15.6 60,8

CTC Cap.Troca Catiônica mmolc/dm3 125.2 118.0 94.2 104.0 103,1

V Sat. Bases % 88.0 89.0 38,4 15.1 59,1 B Boro mg/dm’ 0.16 0.37 0,23 0.31 0,95 Cu Cobre mg/dm’ 4.9 4.6 2,2 1.7 3.1 Fe Ferro mg/dm' 38,0 27,0 44.0 122.0 118.0 Mn Manganês mg/dm' 35.1 24,9 17,9 3.2 4.8 Zn Zinco mg/dm' 4,9 5.1 3,0 3.6 8.1 Condulividade Elétrica(CE) mS/cm 556.0 117.0 45,0 72,6 112.0 CC 30 kPa kPa 0.26 0,23 0,27 0.27 0,28 PMP 1500 kPa kPa 0.13 0.10 0,23 0.23 0,23 CC/PMP - 0,13 0,13 0,04 0,04 0,05 Ra/ào de dispersão - 0.26 0.30 0.05 0,05 0,08

Classificação lexiuralj**) - Franco- Franco- Argiloso Argiloso Argiloso

argilo arenoso

Rioma^sa microbinn.i He C ITig C/g s u lo 39.47d 117 49o S 7 6 .ll' 684.00a 231.85b

Polissacarídeos mg/g 1.82b 1,12c 3.99- 3,06a 3,27a

Hidrolise Diacet. Fluoresceína mg FDA/g 0.83c 0.82c 4.321 4,41a 2.76b

solo/min

Atividade desidrogenase mg/g 1.54c 1,79c 3.19* 3.23a 2.44b

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V C o n g reso d e Ia S E A E • I .* C o n g reso Ib e roam erícan o d e A gro cco lo g ía 353

NOTAS

1 Trabalho realizado com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP. Conselho Na­ cional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Em- brapa.

2 Jornal «Gazeta Mercantil Latino-Americana». Produtos orgânicos ganham mais espaço. 2-8/10/2000, p. 5. Revista

«Isto E». Alimentos e produtos orgânicos, livres de agrotóxicos, garantem lugar na mesa do consumidor brasileiro. 24/11/2000.

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F d ito rc s :

Enrique D ap en a de la Fuente J o sé Luis Porcuna C oto

C o la b o r a d o r e s:

José A n g el D ía z G arcia M arcos M inarro Prado

M aria D o lo res B lá zq u ez N o g u ero

A C T A S D E L V C O N G R E S O D E L A S E A E - I C O N G R E S O IB E R O A M E R I C A N O La agricultura y ganadería e c o ló g ic a en un m arco de d iv ersifica ció n y d esarrollo solidário.

A ct is d ei V C o n g reso de la S ea e - I C o n g reso Iberoam ericano, celeb ra d o en G ijón, 16 al 21 d e sep tiem bre de 2 0 0 2 .

L o s autores se respon sabilizan de la in form ación co n ten id a en lo s artículos.

Edita: SERIDA, SEAE Depósito legal: As-3.632/02 Imprime: Asturgraf (Granda, Siero)

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