DEPARTAMENTO
DE
CIENCIAS
CONTÁBEIS
TRABALHO
DE
CONCLUSÃO
DE
CURSO
ESTUDO
SOBRE ESTOQUES
E
O
PROCESSO
DE
AVALIAÇÃO
E
CONTROLE
ROSANE DE FÁTIMA
GOMES
ROSA
DEPARTAMENTO
DE
cIENcIAs
OONTÁEEIS
ESTUDO
SOBRE ESTOQUES
E
O
PROCESSO DE
AVALIAÇÃO
E
CONTROLE
Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao
Departamento de Ciências Contábeis,
do
CentroSócio Econômico, da Universidade Federal de
Santa Catarina,
como
requisito parcial paraobtenção
do
grau de bacharelem
Ciências Contábeis.Acadêmica:
Rosane
de FátimaGomes
Rosa
Orientador: Prof”. Joisse Antonio Lorandi,
M.
ScESTUDO
SOBRE ESTOQUES
E
O
PROCESSO
DE
AVALIAÇÃO
E
CONTROLE
Autora:
ROSANE
DE FÁTIMA
GOMES
ROSA
Esta
monografia
foi apresentadacomo
trabalho de conclusãodo
Curso de Ciências Contábeisda
Universidade Federal de Santa Catarina, obtendo a
média
deícš
atribuída pela bancaconstituída pelos professores abaixo nominados.
Florianópolis, 30 de
novembro
de 2000.Prof”. Maria Denize enrique
~de,
M.
ScCoordenadora de Monografia do
De
artamento de Ciências ContábeisProfessores que
compuseram
a banca:Profe oiíše t orandi
M.
ScPresidente Prof.
L
z _ rg 1 L _ _ n .. ¬ \ . . " . Pro. llF
ie
rreira "`|AGRADECIMENTOS
Agradeço
àDeus
pela força,ânimo
e disposição, aosmeus
filhos e esposo pela paciência,carinho, atenção e compreensão, e a todas as pessoas que estiveram
ao
meu
lado durante todaasUMÁR1o
ABREVIATURAS
... .. vnRESUMO
... .. VIH 1 1.1 1.2 1.3 1.3.1 1.3.2 1.4 1.5 2 2.1 2.1.1 2.1.2 2.1.3 2.1.3.1 2.1.3.2INTRODUÇÃO
Considerações Iniciais ... 09Problema
... .. 11 Objetivos ... ._ 11 Objetivo Geral ... .. 11 Objetivos Específicos ... .. 11 Metodologia ... .. 1 1 Organizaçãodo
Estudo ... _. 13EMBASAMENTO
TEÓRICO
Estoques ... .. 15 Classificação ... _. 15 Avaliação ... .. 17Critérios de Avaliação de Estoques ... .. 18
Avaliação à Valores de Saída ... .. 18
3
INVENTÁRIO
3.1 Conceito de Inventário ... ..
3.2 Classificação ... ..
3.3 Roteiro para Levantamento
do
Inventário Físico ... ..3.4 Cut-Off de Inventário ... ..
3.5 Inventário à
Luz
da Legislação ... ..3.5.1 Diferença de Inventário ... ..
3.5.2 Indedutibilidade dos Prejuízos por Desfalque, Apropriação Indébita e Furto
3.5.3
A
Obrigatoriedadedo
Livro Registro de Inventário ... ._3.6
O
Papel do Contadorno
Levantamento do Inventário ... ..3.7 Importância
do
Inventário FísicoComo
otimizador de Resultados ... ..4
coNcLUsöEs
E
RECOMENDAÇÕES
... ..BIBLIOGRAFIA
... ..ICMS
-Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual eIntennunicipal e de
Comunicação
IPI-
Imposto sobre Produtos IndustrializadosCMV
-
Custo das Mercadorias VendidasPEPS
-
Primeiro a Entrar, Primeiro a SairUEPS
-
Último a Entrar, Primeiro a SairCFC
-
Conselho Federal de ContabilidadeIOB
-Informações
Obj etivasi`
RESUMO
O
presente trabalhotem
como
tema
um
estudo sobre estoques e o processo de avaliação e controle.Numa
economia
globalizada, a abertura de mercados e a formaçao de blocos econômicos,fazem
com
que os países aliem-seno
intuito de se fortalecerem diante da competitividade econcorrência
no
mercado.Novos
critérios estão sendo utilizados para a melhoria nos controles e redução dos custoscom
estoques, o just in time e 0 kanban, são altemativas da indústria japonesa para redução decustos
com
estoques.A
Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) detennina que os ativos deverão seravaliados pelo custo histórico
ou
pelo valor de mercado,quando
este for menor. Existem váriosmétodos
para controle e avaliação de estoquescomo
o custo médio, custo específico.PEPS
eUEPS
este último nãoqé aceito pelo fisco brasileirocomo
uma
forma de avaliação legal.O
customédio
é o critério mais utilizadono
Brasil.Nonnalmente
ocorrem diferenças entre o estoque físico e o estoque registradona
contabilidade, daí, a importância de se terum bom
controle.É
nestemomento
que ow_~
fisico surge
como
Luna forma de controle eficiente para se ter a certeza de que os estoquesnão
estão sendo subravaliados, pois isto acarretará
um
aumentono
lucro contábilou
superavaliados acarretando a diminuiçãodo
lucro contábil.Após
o término das contagens fisicas, as pessoas jurídicasdeverãocomprovar
o valor dosestoques
em
livro próprio para registro das mercadorias e produtos inventariados.Os
estoquescontinuam sendo
um
item importante e de diñcil verificação influindo diretamenteno
resultado1.1
Considerações
IniciaisA
globalização daeconomia
e asmudanças
tecnológicas, aliadas à concorrência entreas empresas nos mais diversos setores e a crescente pressão que o
mercado
vem
sofrendo,com
o surgimento denovos
concorrentes muito capacitados e organizados, estão fazendocom
que
as empresasadotem
novos procedimentos para o planejamento; avaliação eacompanhamento
das contagens físicasdo
estoque,dando maior
relevância à participação dosestoques
no desempenho da
empresa.A
abertura demercados
está derrubando as fronteiras econômicascom
afonnação de
blocos econômicos,
onde
países aliam-seno
intuito de se fortalecerem dianteda
competitividade e concorrência.
Consumidores
cada vez mais exigentes,fazem
com
que
asempresas
busquem
a melhoriana
qualidade dos seus produtos e principalmente a redução noscustos destes produtos para que se
tomem
atrativos para os clientes.Uma
das estratégias que as empresas estão usando para redução de custoscom
estoque, é a criação denovos métodos
para avaliação e controle.Além
dosmodelos
tradicionais de avaliação e controle de estoques,
PEPS,
UEPS
e CustoMédio, houve
osurgimento
do
just in time e oKanban,
como
uma
altemativa da indústria japonesa para fazerfrente à força
da
indústria americana e européia,que
hoje já não são novas formas,mas
sim
formas
pouco
difundidas de produção e controle.Isso nos mostra
que
os estoques continuam sendoum
item importante e representativo dentrodo
resultado das empresas.Devido
a esse fato, é necessário possuir controlesadequados
para suamensuração
e valorização.Num
contexto competitivo é necessário desenvolverum
plano estratégicoque
pennitade
que fonna
fazer e quais as metas a serem alcançadas.Dependendo
da forma
como
écontrolado e avaliado, o estoque
pode
ser consideradoum
dos itens mais dificeisde
verificação, pois influi diretamenteno
resultado líquidoda
empresa.As
empresas de transformação,devem
buscaruma
fonna
de reduzir os estoques, poisa matéria
prima
é valorizada por todos os custos incorridos atéque
ela esteja disponível paraprodução. Estoques
em
excessogeram
custo de oportunidade, o capital investidoem
estoquefica
parado,não podendo
ser investidoem
outrobem.
A
redução de estoques diminui os custoscom
armazenagem
fisica, que na maioria dos casos é muito alto. Esses custos sãoagregados ao preço final
do
produtoque
chega ao consumidor.Por outro lado,
de nada adiantaum
bom
método
de controle e avaliação de estoques, senão
se tiver certeza da quantidade real existenteem
estoque.O
inventário nesse contexto éum
instrumento de controleque
deve ser eficaz para mensuração, valorização e avaliação dosestoques existentes
na
organização.No
que
se refere a história da contabilidade,não
existe deforma
precisa, registro escrito sobre a suaorigem
e consequentemente sobre aorigem do
inventário físico,porém,
admite-se
que
ohomem,
jáhá
muito tempo, registrava sua riquezaem
contas,de forma
primitiva. V
_
Essas manifestações são caracterizadas
como
aorigem da
contabilidade eimplicitamente
como
aorigem do
inventário fisico,uma
vezque
este procedimento contábilquantifica os vários itens existentes
em
estoque, pois ohomem
procurava quantificar asdiferentes peças
ou
animaisque
possuía. gQuando
se falaem
inventáriono
sentido amplo, refere-se ao processo de verificaçãode todas as existências
na
empresa, eno
sentido restrito' refere-se ao processode
verificaçãodas existências dos estoques.
Na
área de vendas das empresas comerciais essas existências sãoas mercadorias, das industriais são os produtos acabados;
no
setor de transformação são asmatérias-primas e
no
setor deconsumo
tantoem
empresas comerciais, industriaiscomo
nas de serviço essas existências são os estoques de material deconsumo.
É
importanteque
os empresários e contadoresmantenham
viva a técnica de planejar eopinar sobre os estoques, utilizando-se desta peça contábil que
pode
ser consideradafundamental para
que
se tenhaum
controle de estoques realmente correto e eficaz,que
é oDevido
à todos os fatoresacima
descritos, otema
a ser desenvolvido nestamonografia
é
um
estudo sobre os estoques e o processo de avaliaçao e controle.1.2
Problema
Muitas -empresas não
mantém
um
controle de estoques através de inventário fisico,com
isso o estoque registrado pela contabilidade nessas empresas, dificilmente serácondizente
com
o controle fisico.Dentro desse contexto, esta
monografia
tem
como
problema:Demonstrar
aimportância
do
inventário ñsico-contábil (pennanente e periódico) para o controlede
estoques.
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo
Geral
' `
Omobjetivogeral consiste
em
fazerum
estudo sobre estoquesieuma
abordagem
sobreos critérios de avaliação e controle, mostrando
também
a importânciado
acompanhamento
fisico dos estoques. -
1.3.2 Objetivos Específicos
Este estudo
tem
como
objetivo específico os seguintes pontos: -Definir
e classificar os estoques.- Conceituar os
modelos
de avaliação de estoques.- Conceituar e
compreender
o inventário fisico,que
visa adequar os registros contábeisà real situação existente.
- Apresentar a importância
do
inventário fisicocomo
um
otimizador de resultados ecomo
forma
de organizaçãoem
qualquer empreendimento.Sendo
este trabalho teórico, se faz necessárioque
alguns conceitos sejam explicadospara
melhor
entendimentodo tema
proposto.Com
base nestes conceitos, se estabeleceráuma
metodologia para a realização destetrabalho, através
do
método
científico.Método
científico é assim definido porRUIZ
(1979, p.l31): “Conjuntode
etapas eprocessos a serem vencidos ordenadamente
na
investigação dos fatosou na
procurada
verdade”.Ou
seja,método
científico é usado pela ciência, para ajudar acompreender
o processo de investigação pelo qualpassam
as idéias, atéque
essas idéiasassumam
aforma de
hipótesesque
devem
ser testadas através de experiências afim
deque
sua veracidadeou
falsidade seja comprovada.
Para a
melhor
aplicaçãodo método
científico é necessárioque
se tenhaalgum
conhecimento acerca
do
assuntoque
se pretende pesquisar.O
conhecimento é construídoquando
se está diante deum
assunto agradável e interessante.Segundo
GALLIANO
(1979, p.17), conhecimento é:Estabelecer
uma
relação entre a pessoa queconhece
e oobjeto
que
passa a ser conhecido.No
processo deconhecimento,
quem
conhece acaba por, de certomodo,
apropriar-se
do
objetoque
conheceu.De
certa forma,engole o objeto que conheceu.
Ou
seja, transformaem
conceito esse objeto, reconstitui-o
em
sua mente.Tudo
oque
se sabeprovém
de informações recebidas através da educação,do
ensino,da observação dos acontecimentos e de outras formas de comunicação. Dentre estas fonnas de
comunicação
está a pesquisa.Este estudo
que
tem
como
objetivo entender as várias formas de avaliação eacompanhamento
dos estoques, tentará, atravésda
pesquisa, buscar resposta à problemáticaproposta neste trabalho.
Segundo
ANDER-EGG,
citado porMARCONI
eLAKATOS
(1990,p.15), pesquisa é:
Procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico,
que
pennite descobrirnovos
fatosou
dados, relaçõesou
leis,
em
qualquercampo
do
conhecimento formal,com
método
depensamento
reflexivo,que
requerum
tratamento científico
ese
constituino caminho
para seEste trabalho será elaborado sob a
fonna
demonografia,
assim definida porMARCONI
eLAKATOS
(1990, p.204): “Tratamento escrito deum
tema
especificoque
resulte
da
investigação científicacom
o escopo de apresentaruma
contribuição relevanteou
original e pessoal à ciência”.
Enfim,
amonografia
consisteem
um
trabalhomais
elaborado, sobreum
tema
especifico, afim
de se atingir os objetivos propostos e ampliar aindamais
o conhecimento.Para a realização deste estudo será utilizada a pesquisa bibliográfica para se fazer o
levantamento dos materiais produzidos a respeito
do
assunto,buscando
assimfi1ndamentação
teórica para o
bom
desempenho do
trabalho.Para
MARCONI
eLAKATOS
(1990, p.66) pesquisa bibliográfica:Abrange
toda a bibliografia játomada
públicaem
relação~
ao
tema
de estudo, desde publicaçoes avulsas, boletins, jornais, revistas, livros etc., atémeios
decomunicação
orais: rádios, gravações
em
fita magnéticas e audiovisuais:filmes
e televisão.Sua
finalidade é colocar o pesquisadorem
contato diretocom
tudo oque
foi escrito, ditoou
filmado
sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debatesque
tenham
sido transcritos por.alguma fonna, quer publicadas, quer gravadas.
A
pesquisa bibliográfica é o levantamento que o pesquisador deverá fazer acercado
tema
a ser pesquisado, considerando todo o materialque
poderá ser consultado e aproveitado durante a pesquisa.1.5
Organização
do
Estudo
Este trabalho está estruturado da seguinte fonna: _
No
capítulo 1 está a introdução fazendouma
abordagem
geraldo
trabalho, o problema, os objetivos geral e específicos e a metodologia aplicada.O
embasamento
teóricodo
trabalho estáno
capítulo 2 mostrando o conceitode
estoques, sua classificação e as formas de avaliação.O
inventário, sua classificação, roteiro para levantamentodo
inventário, corte daslivro registro de inventário, o papel'
do
contadorno
levantamentodo
inventário e aimportância
do
inventário fisico serão apresentadosno
capítulo 3.2.1
Estoques
A
forte concorrênciano mercado
e a modernização daeconomia
estão fazendocom
que
as empresasbusquem
novas formas para melhorar 0 seudesempenho
etambém
garantirsua
permanência no
mercado.A
competitividade fazcom
que
as empresasadotem
modernas
estratégias de produção,
na
tentativa de diferenciar-seuma
das outras,buscando
a redução doscustos e principalmente a melhoria dos serviços. .
Para isso é necessário que a
empresa mantenha bons
controlesem
todos os setores e osestoques são
um
dos pontos mais atingidos pela falta de controle, poisnem
sempre
recebem
adevida atenção.
Segundo
ALMEIDA
(1985, p.l4l):Estoques são bens destinados à
venda ou
à fabricação,relacionados
com
os objetivos e atividadesda
empresa.Eles são importantes
na
apuraçãodo
lucro líquido de cadaexercício social e
na
detenninaçãodo
valordo
capital circulante líquidodo
balanço patrimonial.Estoques são bens de propriedade da
empresa
adquiridosou
fabricados por ela,que
sedestinam à
venda ou
à sua utilização eque tenham
relaçãocom
seus objetivosou
com
suaatividade.
Estoque fisico definido por
LOPES
DE
SÁ
(1994, p.l99). “Existênciade
bensverificadas por inventário ñsico,
ou
seja, porcontagem
direta.É
habitual verificarem-seEntende-se por estoque fisico, a existência de bens verificada através
de
inventáriofisico,
ou
seja, através decontagem
direta;Normalmente ocorrem
diferenças entre o estoquefísico e o estoque registrado
na
contabilidade, daí, a importância de se terum
bom
controle. 2.1.1 Classificaçãosegundo
IUDICIBUS,
MARTINS
eGELBCKE
(1995, p.153)zO
Modelo
de Plano de Contas apresenta o subgrupoEstoques
no
Ativo Circulante, classificado após ossubgrupos Disponivel, 'Clientes, Outros Créditos e
Investimentos Temporários, seguindo o conceito
de
liquidez , sequência essa
que
também
deve
ser adotadano
balanço de publicação.
Os
estoques serão classificadosno
Ativo Circulante pois supõe-seque
serãotransfonnados
em
dinheiro dentro deum
anoou
dentrodo
ciclo operacionalda
empresa,porém,
pode
ocorrer de os estoques não serem realizados neste período e ultrapassarem oexercício seguinte, neste caso deverão ser classificados
no
RealizávelLongo
Prazo.,Os estoques são considerados ativos não monetários, pois os valores a serem recebidos
~
ainda
dependem
das futuras vendasque
serão realizadas enao
se sabequando
serão recebidas.Numa
empresa
industrial, o subgrupo estoques é apresentado pelas seguintes contas,obedecendo
aordem
de liquidez.IUDICIBUS,
MARTINS
eGELBCKE
(1995, p.153):ESTOQUES
Produtos acabados
Mercadorias para revenda
Produtos
em
elaboração bMatérias-primas
Materiais de acondicionamento e
embalagem
Materiais auxiliares
Manutenção
e suprimentos geraisImportações
em
andamento
Almoxarifado
Adiantamentos a fornecedores
Provisão p/ redução a valor
mercado
(conta credora) Provisão p/ perdasem
estoques (conta credora)Produtos acabados
-
são os produtos que já passaram por todo o processo de fabricação, eMercadorias para revenda
~
refere-se aos produtos adquiridosde
terceirosque não
passaram
pornenhuma
transformaçãona
empresa.Produtos
em
elaboração,em
fabricaçãoou
em
andamento
-
são os produtosque
ainda seencontram
em
fase de fabricação,ou
seja, ainda não estão prontos.Matéria-prima
-
são os materiaisque
participam diretamentena
fabricação deum
produto ese destinam a ser transfonnados
em
produtos acabados.Materiais
de acondicionamento
eembalagem
-
são materiais destinados àembalagem
do
produto e acondicionamento para remessa, não
devem
ser classificadosna
contade
matéria-prima. _
Materiais auxiliares
-
são itens depequeno
valorque
podem
ser apropriados direto aoproduto,
não
tendo valor significativono
custodo
produto, sendo dificil identificá-losfisicamente
no
produto.Materiais
de
manutenção
esuprimentos
gerais-
refere-se aos materiais estocados paramanutenção
e consertos de máquinas, equipamentos e instalações.Importação
em
andamento
-
refere-se aos custos relativos à importaçõesem
andamento
bem
como
das mercadoriasem
trânsito.Almoxarifado -
no
almoxarifado reúne-seuma
variedade de itens deconsumo
em
geral,como
material de escritório, produtos para alimentação de pessoal.Adiantamento
a fornecedores-
materiaiscomprados que
serão incorporados aos estoques,mas
que
ainda nãoforam
recebidos, deverão ser registrados nesta conta.Provisão
para redução
ao valorde
mercado -
é conta redutorada
conta estoques, etem
por objetivo registrar itensque tenham
custo superior ao de mercado.Provisão
para perdas
em
estoque-
é conta redutora da conta estoques, sendo dedutívelpara
fins
fiscais, registra as perdas referentes a estoquesmorosos
ou
obsoletosou
para cobrirdiferenças nos estoques fisicos. A
2.1.2
Avaliação
Avaliação definida por
LOPES
DE
SÁ
(1990, p.39) é: “Justo valorque
se atribui aum
bem,
um
crédito,um
débito, etc., ou, ainda, amedida do
elemento patrimonial,sempre
em
moeda
(paraque
possua unidade)”.O
bom
desempenho do
controle de estoquesdepende
dos critérios adotados para suaA
ResoluçãoCFC
n° 750/93 dispõe:“Am
7°I
-
a avaliação doscompenentes
patrimoniaisdeve
serfeita
com
base nos valores de entrada, considerando-secomo
tais os resultantesdo
consensocom
os agentesextemos ou da
imposição destes.”O
artigoacima mencionado
refere-se à base paramensuração
doscomponentes do
patrimônio,que
devem
ser registrados pelo seu valor de aqusição, não importando se o preçoresultou de livre negociação
ou
se foi imposto pelos agentes externosou
pela entidade, paraque
seja seguidoum
critério uniforme e objetivona
elaboração das infonnações úteis tantopara usuários internos quanto extemos.
2.1.3 Critérios
de
Avaliaçãode
Estoque
O
critério básico para avaliação dos ativos, segundo a Lei 6.404/76, ç Lei dasSociedades por Ações,
no
item IIdo
artigo 183 é o seguinte:Os
direitosque
tiverem por objeto mercadorias e produtosdo
comércioda
companhia, assimcomo
matérias-primas,produtos
em
fabricação e bensem
almoxarifado, serãoavaliados pelo custo de aquisição
ou
produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado,quando
este for inferior. '
Este critério
definido
por custoou
mercado, dos dois o menor, é a avaliação feita nosinventários, a
fim
de retirar dos estoques os custosque
não serão recuperados.Ou
seja, osbens serão avaliados pelo critério usado habitualmente pela empresa, para depois, se
houver
necessidade,
serem
ajustados a valor de mercado, se este formenor
. Assim, as perdas porobsoletismo, deterioração e redução
na
estrutura de preços devenda
serão reconhecidasno
exercício
em
que
ocorrerem.Os
bensem
estoques são controlados por processos de avaliaçãoque
podem
ser osvalores de saída e os valores de entrada.
V
Segundo
IUDÍCIBUS
(1981, p.180) “existem três tipos de avaliação a valores de saída para os estoques: recebimentos descontados de caixa, preços correntes devenda
e valoresrealizáveis líquidos.”
Os
recebimentos descontados de caixa nãotêm
muita aplicação devido ao fatode
que
para
que
seja possível sua aplicação deverá se conhecer os prazos e os valores aserem
recebidos pelas futuras vendas,
como
isso dificilmente é possível,não há
muita aplicação destaforma
de avaliação.Os
preços correntes devenda
serão aplicadosquando não houver
grande variação nospreços dos estoques e
quando
as despesascom
vendas não forem muito significativas. Essaforma
de avaliaçãotambém
tem pouca
aplicabilidade.IUDÍCIBUS
(1981, p.l80)define
como
valor realizável líquido “a entrada esperadapela venda,
menos
todos os custos incrementais previstos e despesas relativas ao acabamento,venda, entrega e cobrança
do
produtoem
questão.” .Esta
forma
de avaliação a valoresde
saída é amais
usada e consisteem
retirardo
preço de venda, as despesas incorridas para sua fabricação.
2.1.3.2 Avaliação a Valores
de
Entrada
As
principais formas de avaliação registradas a valores de entrada são: custo históricocomo
base de valor, custo históricocomo
base de valor corrigido, custos correntes dereposição e custos correntes de reposição corrigido.
*
Custo
HistóricoComo
Base de Valor
ANDERSEN
(1994, p.51)menciona
o Princípiodo
Custo Históricocomo
Base de
Valor:O
custo de aquisição deum
ativoou
dosinsumos
necessários para fabricá-lo e colocá-loem
condições degerar beneficios para a Entidade representa a base
de
valor para a contabilidade, expressoem
termosde
moeda
depoder aquisitivo constante...
Este é o
mais
antigo princípio da contabilidade e é consideradouma
conseqüênciado
interessar à contabilidade seria o valor de realização dos ativos,
uma
vezque há
intenção decontinuar as atividades, portanto, haverá continuidade, o
que
interessa são os valoresde
entrada, pois
na
contabilidade o valor de entrada é oque mais
seaproxima
do potencialde
geração de beneficios futuros.
IUDÍCIBUS
(1981, p.181) “...devemos
dizerque
.osmétodos
de identificaçãoespecifica, das médias ponderadas,
PEPS,
etc. são todos variantesdo
mesmo
princípiodo
custo histórico.” Isto quer dizerque
todos osmétodos acima mencionados
terãocomo
base os custos históricos.Abaixo
serão conceituados osmétodos
de avaliação de estoques variantesdo
custohistórico
como
base da valor:0
PEPS
confonne
ALMEIDA
(1985, p.l45):PEPS
ou
FIFOA-
do
inglês First In, FirstOut
~
nestemétodo
as quantidadesque
ficam
em
estoque, são valorizadas pelos últimos custos unitários e asque
saem
são valorizadas pelos primeiros custos unitários.
Neste
método
édado
baixa nas primeirascompras que
entraramno
estoque, àmedida
que
as mercadorias vão sendo vendidas,ou
seja, vende-se primeiro as mercadoriasmais
antigas, desta
forma
o estoquesempre
será avaliado pelos custos das aquisiçõesmais
recentes e oCMV
será baseado nas aquisiçõesmais
antigas. Ficha de controlede
estoques pelométodo
PEPS
no
anexo 2, fonteIUDÍCIBUS
(1993, p. 104) Contabilidade Introdutória.0
UEPS
segundo
ALMEIDA
(1985, p.l45):UEPS
ou
LIFO
-do
inglês Last In, FirstOut
-
nestemétodo
as quantidadesque
ficam
em
estoque, são valorizadas pelos primeiros custos unitários e asque
saem
são valorizadas pelos últimos custos unitários.
É
considerado ilegal pela legislação brasileira, pois nestemétodo há
uma
tendenciade
o lucro ser sub-avaliado e consequentemente a tributação
também, ou
seja, quantomais
baixofor o lucro
menores
serão os impostos pagos pela empresa, sendobom
para aempresa
mas
nada
bom
para o fisco.O
CMV
será baseado nas entradasrmais recentes, e o estoque final nasentradas
mais
antigas. Ficha de controle de estoques pelométodo
UEPS-no
anexo 2, fonte0 Custo
Médio
conforme
ALMEIDA
( 1985, p.l45):Custo
Médio
-
nestemétodo
as quantidadesque
ficam
em
estoques e as
que saem
são valorizadas pelo custo unitáriomédio
de aquisiçãoou
fabricação.É
ométodo
mais
utilizadono
Brasil e consistena
valorizaçãodo
estoque pelo customédio
de aquisição apuradosempre que
entrar material, levandoem
consideração aquantidade e o valor unitário. Ficha de controle de estoques pelo
método do
CustoMédio
no
anexo 2, fonte
IUDÍCIBUS
(1993, p.l05) Contabilidade Introdutória.Pode
ser customédio
permanente
e customédio
mensal.Custo
médio
permanente-
toda entrada a custo unitário de aquisição diferentedo
custo
médio
anterior, resultano
ajustedo
custo médio.Custo
médio mensal
-
as baixas dos produtos vendidos são registradassomente no
final
do
mês, sendo avaliadas pelo customédio que
se verificarno
mês.Somente no
finaldo
mês
éque
se verificará a reduçãono
valordo
estoque e consequentemente a altado
custo dasmercadorias
ou
produtos vendidos. Este critério é muito útil nas empresasque tenham
granderotatividade de estoques. ›
0 Identificação Específica segundo
ALMEIDA
(1985, p. 145):Identificação Específica
-
nestemétodo
é identificado ocusto inconido individualmente de cada unidade. Ele é
utilizado principalmente
em
empresasque
trabalham sob oregime de
encomenda.
Na
maioria dos casos éeconomicamente
inviável oemprego
desse método.Este
método
refere-se ao custo unitário de cada mercadoria, geralmente valor elevado,que
possa ser controlado por unidade vendidaou
comprada,ou
seja, o custo é determinadopelo valor específico de cada unidade
em
estoque. Ficha de controle de estoques pelométodo
do
Custo Específicono
anexo 2, fonteIUDÍCIBUS
(1993, p. 103) Contabilidade Introdutória.*
Custo
HistóricoComo
Base de Valor
CorrigidoSegundo
IUDÍCIBUS
(1981, p.l 15) “... a avaliação a custos corrigidosnada mais
édo
reposição,
mas
apenas restabelecer os custos incorridosem
transações passadasem
termos depoder aquisitivo da
moeda
deuma
data base.”Pode-se entender
que
o custo histórico corrigido seriauma
atualizaçãodo
custohistórico,
sem
transforma-loem
custo de reposição,mas
apenas atualizar- os valores pelas variaçõesdo
poder aquisitivo.*
Custos Correntes de Reposição
ç
Conforme
IUDÍCIBUS
(1981, p.l 14) “... custo correntede
um
ativo, hoje,no
estadoem
que
se encontra, seria o somatório dos custos correntes dosinsumos
contidosem
um
bem
igual ao originariamente adquirido
menos
sua depreciação.”Custo corrente de reposição é a avaliação a valores correntes de
um
ativomais
antigo.Seria o quanto se gastaria para repor
um
bem.
Os
custos correntes de reposição apresentam algumas vantagens descritas porIUDÍCIBUS
(1981, p.182):
1.
Permitem
o confronto de receitas correntescom
despesas correntes;
2.
É
possível identificar as perdasou ganhos
pelamanutenção
de estoques;3.
Estimam
os valores correntes dos estoquesno
finaldo
período se a
firma
estiver ainda adquirindonormalmente
tais
insumos
e senão pudermos
aplicarou
senão forem
aplicáveis os valores realizáveis líquidos;
4.
Superam
as falhas dos custos históricos,que
setomam
defasados
com
o decorrerdo
tempo;5.
Permitem
aplicar a propriedade aditiva aos inventários; 6.Se
os preços correntes tiverem sido obtidos dequotações correntes de compra, os valores são verificáveis
e relativamente objetivos;
7.
Dispensam
recorrer aalguma
base presumida defluxo
fisico dos bens, necessária nos
métodos
mais tradicionais,como
PEPS,
UEPS
eMédia
Ponderada.Dentre todas essas vantagens, a mais significativa é o confronto entre receitas e
despesas correntes ocorridas
no
mesmo
intervalo de tempo,fomecendo
infonnações ideais*
Custos
Correntesde Reposição
CorrigidoIUDÍCIBUS,
(1981, p.l 16)comenta
:“É
omais
completo conceito de avaliaçãode
ativos a valores de entrada, pois
combina
as vantagensdo
custo correntecom
asdo
custohistórico corrigido.”
Seria a multiplicação
do
valor corrente deuma
determinada data, pelo coeficiente devariação de preços, para que se possa
comparar
com
os ativos avaliados a custos correntesem
data presente. "
Não
sepode
mudar
de critério a cada mês,no
entanto, se houvermudança
de
critériode
um
ano
para outro, o contador deverá, parafins
fiscais, adicionar ao lucro para efeitode
tributação a diferença não dedutível.
2.1.3.3
Métodos
de
Avaliaçãode
Acordo
com
a LegislaçãoArtigo
292 do Regulamento do
Imposto de Renda/99:“Ao
final de cada periodode
apuração
do
imposto, a pessoa jurídica deverápromover
o levantamento e a avaliação dosseus estoques.”
O
levantamento e a avaliação dos estoques são obrigações aque
as pessoas jurídicasestarão submetidas
no
finaldo
periodo.Boletim
IOB
n° 49/99, (Caderno Imposto deRenda
e Legislação Societária)No
caso de levantamento de balançosou
balancetesde
suspensão
ou
redução dopagamento do
imposto mensal,para
fins
de apuraçãodo
resultadodo
periodo seránecessário levantar e avaliar os estoques existentes
pelo confronto
com
acontagem
fisica, sendo dispensada aescrituração
do
Livro Registro de Inventário.Quando
aempresa
suspender opagamento do
Imposto deRenda
ou
mesmo
reduzir opagamento,
compensando
com
o que foipago
a maior, nestes casosnão
será necessário aescrituração
do
livro registro de inventário,mas
deverá ser feita acontagem
fisica.Os
estoques
podem
ser controlados através de registros periódicosou
registros permanentes.Registro periódico de estoques segundo
ANDERSEN
(1994, p.l53). “... os estoquessão detenninados
no
final do periodoou
em
data específica, através decontagem
física.Sua
avaliação dá-se `a base dos preços das últimas
compras
(PEPS
ou FIFO) ou do
valorde
No
registro periódico nãohá
um
controle a cada entradaou
saída de produtodo
estoque,com
isso oCMV
só poderá ser apurado apóscontagem
fisica ,onde
será levantadaadiferença entre o total de mercadorias disponíveis para
venda
e o estoque final (apuradoextracontabilmente).
Registro permanente de estoques segundo
ANDERSEN
(1994, p.l54): “... amovimentação
dos estoques é controlada regularmente através de fichas, livros, registrosmagnéticos e outros, permitindo a determinação de seu saldo e, conseqüentemente, o custo
das mercadorias vendidas,
em
qualquer data, por outros critérios talcomo
custo médio...”No
registro permanente os estoques são controlados deforma
contínua, a cada entradae saída de mercadorias, logo, o valor
do
CMV
é apuradoem
qualquermomento
que
entreou
saia mercadoriado
estoque. Este controlepode
ser feitoem
fichas, livrosou
registromagnético,
conforme modelo
apresentadono
anexo 1.Boletim
IOB
n° 49/99,(Cademo
Imposto deRenda
e Legislação Societária):Se
aempresa
possuir registro permanentede
estoques, integrado e coordenadocom
a contabilidade,somente
estará obrigada a ajustar os saldos contábeis, pelo
confronto
com
acontagem
fisica, ao finalde
cada anocalendário
ou no
encerramentodo
períodode
apuração,nos casos de incorporação, fusão, cisão
ou
encerramentode atividades.
Quando
na empresa
houver registro pennanente de estoques, integrado ecoordenado
com
a contabilidade, estará dispensada de fazer o levantamento ñsico dos estoques porocasião dos balanços
ou
balancetes de suspensãoou
reduçãodo pagamento do
impostomensal. Para esse
fim,
prevalecerá o valor dos estoques constantedo
registro pennanente.Conforme
o artigo 294, parágrafo 2°,do Regulamento do
Imposto de Renda,/99considera-se sistema de custo integrado e coordenado
com
a contabilidade aquele que,cumulativamente: -
I - “seja apoiado
em
valores originados da escrituraçãocontábil (matéria-prima, mão-de-obra direta e gastos
gerais de fabricação);
-~
II - permita a detenninaçao contábil, ao
fim
de
cadamês,
do
valor dos estoques de matéria-prima e outros materiais,produtos
em
elaboração e produtos acabados;III - seja apoiado
em
livros auxiliares,ou fichas
,ou
tidos
em
boa
guarda e de registros coincidentescom
aqueles constantesda
escrituração principal;IV
- pennita avaliar os estoques existentesna
data deencerramento
do
período de apropriaçãode
resultadossegundo os custos efetivamente inconidos”.
Havendo
sistema de custo integradocom
a contabilidade, tudo o que forusado na
fabricação
do
produto, terá reflexosna
contabilidade,no
mesmo
momento
poderá serreconhecido
como
custo incorridona
formaçãodo
produto. VAs
pessoas jurídicasque
nãomantiverem
sistemasde
custos integradocom
acontabilidade deverão proceder a avaliação dos estoques da seguinte forma,
conforme
o artigo296 do Regulamento
para Imposto de Renda/99:I
-
os de materiaisem
processamento, poruma
vez emeia
o maior custo da matéria-primas adquiridas
no
periodo deapuração,
ou
em
oitenta por centodo
valor dos produtosacabados, determinados de acordo
com
o inciso II;II
-
os dos produtos acabados,em
setenta por centodo
maior
preço devenda
no
período de apuração.Parágrafo 1° - Para aplicação
do
dispostono
inciso II, ovalor dos produtos acabados, deverá ser detenninado,
tomando
por base o preçode venda,
sem
exclusãode
qualquer parcela a título de
ICMS.
Parágrafo 2° -
O
disposto neste artigo deverá serreconhecido
na
escrituração comercial.O
valordo
estoque nas empresas que nãomantiverem
registro de estoques integradocom
a contabilidade deverá ser avaliado seguindo os procedimentosacima
descritos,3.1
Conceito de
Inventário.
O
inventário éuma
fonna
de controle de estoquesque
garanteque
os registros feitospela contabilidade sejam condizentes
com
as contagens físicas.LOPES
DE
sÁ
define
inventário (1994, p.2ó9)zš
O
inventário é o levantamento ordenado dos elementosdo
patrimônio de
uma
dada aziendaou
deuma
sua porção,em
dado
momento
para finalidades diversas.A
determinação plena dos
componentes
deum
patrimônioparticular
em
um
dado
instanteou
deuma
partede
taiscomponentes,
ou
deum
agregado qualquer de benseconômicos que
devem
poruma
razão qualquerconsiderar-se reunidos
em
um
todo.O
inventário éum
procedimentoque
visa confrontar, através de apuração periódica, osaldo dos dados registrados na contabilidade
com
os saldo fisicos dos elementos realmenteexistentes
em
determinada ocasião.Inventário fisico segundo
LOPES
DE
SÁ
(l995, p.270):Inventário realizado tendo-se
como
base o própriocomponente
não os registros de suamovimentação.
O
inventário fisico processa-se indo-se às prateleiras, aos
depósitos, etc, e fazendo a
contagem
dos bens diretamente.Os
inventários fisicosdevem,
depois, confrontar-secom
os contábeisou
apresentados pela fichasou
livros.A
contagem
fisica dos estoques éuma
conveniência dos administradoresda empresa
tendo
em
vista as diferenças dos registrosem
relação aos saldos realmente existentesem
um
3.2 Classificação
O
inventário apresenta várias classificaçõesdependendo
dos motivosque
levaram a/\_
sua preparação.
Segundo
VERTES
(1991, p.29), o inventário se classificaem
:l -
Quanto
aos fins: inventáriodo
exercícioou da
gestão,de instalação
ou
constituição, de liquidação, de fusão,de
consignação, de transferência, de transformação,
de
cessãoe outros.
2
-
Quanto
à extensão: inventário geralou
total einventário parcial. .
3
-
Quanto
à forma: inventário analíticoou
descritivo einventário sintético.
4
-
Quanto
à periodicidade: inventários ordinários e extraordinários.5
-
Quanto
ao aspecto legal: inventários obrigatórios, estatutáriosou
contratuais e livres.6
-
Quanto
às fontes: inventários fisicos,de
fato, reais,extracontábeis, contábeis e mistos.
7
-
Quanto
à matéria: inventário de bens patrimoniais, debens e valores de terceiros, de cartas,
de documentos
eregistros.
Como
o -objetivo deste trabalho é demonstrar a importânciado
inventário fisicobaseado
no
levantamento das quantidades físicas existentesem
estoque,não
serão abordadosos
demais
conceitos, restringindo-se somente à classificaçãodo
inventário dos estoques dentro dos itensacima
descritos. Classifica-se em:I
1 - Inventário
do
exercício, poistem
por finalidade a demonstraçãoda
situaçãoeconômica da
empresa;2 - Inventário parcial por
que
se refere à somenteuma
partedo
patrimônio;3 - Inventário analítico pois os elementos serão levantados individualmente;
'
4
- Inventário ordinário devido ao fato deque
será realizado aomenos
uma
vez ao ano;5 - Inventário obrigatório
obedecendo
a legislação;6 - Inventário físico referindo-se ao levantamento dos estoques realmente existentes;
7 - Inventário de bens patrimoniais
que
tem
por finalidade registrar os bens3.3 Roteiro
Para Levantamento
do
Inventário' FísicoCada
etapano
arrolamentodo
inventáriotem
a sua importância.Às
vezesplanejamento e instruções de inventários
bem
elaborados resultamem
fracasso, pois aspessoas designadas para a
tomada
fisica nãoderam
a importância enem
entenderam
aresponsabilidade
que
lhes foi atribuída.Para
que
se tenhaum
bom
resultadono
levantamento fisico, é necessárioque
sejamtomadas algumas
providências antes de se iniciarem as contagens.Conforme
oGuia
de TreinamentoProgramado
à Distância daIOB
(1983, p.55) .“Os
grupos de
contagem
anotarão as quantidades e informações necessárias nas etiquetasde
contagens
que
serão requisitadas pelos setores inventariantes e afixadas antes dos inventáriosnos respectivos lotes.”
Serão distribuidas etiquetas de inventário, antes
do
início das contagens, nos setoresem
que
haverá contagem. Estas etiquetas serão afixadas nos itens aserem
.inventariados edepois de contados, o inventariante rubrica o canhoto e anota as quantidades nas etiquetas
de
inventário.
As
etiquetas serão controladas pelo coordenadordo
inventário,conforme
apresentado nos anexos 3 e 4.
De
acordocom
oGuia
de TreinamentoProgramado
à Distânciada
IOB
(1983, p.55).“A
empresa
deverá preparar as listagens as quais deverão ser colocadas à disposiçãocom
bastante antecedencia demodo
a permitir a inclusão das quantidadesem
estoquessegundo
osregistros, antes
do
inventário,No
finaldo
inventário, as quantidades constantesda
etiquetasdeverão ser transcritas nas listagens para valorização e ajustes
com
a contabilidade.”As
listagens serão usadas paraque
sejam anotados os saldos dos estoques registrados pela contabilidade antesdo
inventário, e após o términodo
inventário será feito o confrontoentre os saldos da contabilidade e os saldos das contagens, será feita a avaliação e os ajustes necessários. Estas listagens estão
no
anexo 5.Conforme
mencionado no Guia
de TreinamentoProgramado
à Distânciada
IOB
(1983, p.49)que
diz: “Primeiramente deve-se terem
conta osmétodos
de operaçãoda
empresa, pois diferentes tipos de materiais
exigem
diferentes procedimentosde
contagensTendo
em
vista a complexidade e o dificil acesso aos itens cada setor deverámanter
os materiaisem
ordem, arrumadosem
lotes, divisõesou
prateleiras e providenciarque
as áreasfiquem
livres para amovimentação
dos inventariantes.É
aconselhávelque
se tenha dois grupos paraque
sejam feitas duas contagensgarantindo, assim, que' todos os itens sejam inventariados e
que
esses grupos sejamformadas
preferencialmente, por pessoas que nãofaçam
partedo
controle de estoques.Conforme
mencionado no Guia
de TreinamentoProgramado
à Distânciada
IOB
(1983, p.50)que
diz: “Para assegurar a exatidão da contagem, cada item deverá ser contadoduas vezes, de preferência por equipes independentes de
empregados
não responsáveisnormalmente
pelo controle de estoques.Recomenda-se que
osegundo
grupo nãoconheça
os resultadosdo
primeiro.”Para
que não
haja irregularidadesna
comparação
das duas contagens, é aconselhávelque
a segunda equipenão
tome
conhecimento dosnúmeros
inventariados pela primeiraequipe, pois o
segundo
grupopode
anotar amesma
quantidadeda
equipe anterior, ao passoque
senão
tiver conhecimento da contagem, deverá realizar acontagem ou
anotaráum
número
qualquer, evidenciando, assim, o procedimento irregular. Assim, a segundacontagem
será anotada nas fichas de recontagem,
confonne
anexo 6.No
términodo
inventário será feita a coleta das etiquetas de inventário e a verificaçã-odas quantidades contadas pelas equipes,
no
caso de divergências sera procedidanova
contagem.
3.4
Cut-Off de
Inventário (Corte dasOperações)
O
cutt-offde
inventário representa, a dataem
que
devem
ser interrompidas asoperações
da
empresa. Antes decomeçar
o inventárionenhum
material poderá ser recebido,transferido
ou
despachado.Deverão
ser anotadas as últimas compras, as últimas requisições, as últimas notas de transferênciasou
devoluções e as últimas notas de vendas,conforme
anexo 7.
O
Guia
de TreinamentoProgramado
à Distânciada
IOB
(1983, p.53),define
osobjetivos
do
cutt-off:“O
cutt-offtem
por objetivo verificar se todos os produtos das últimas notas fiscais de vendas foram baixados das fichas de estoque e se foram contabilizadoscomo
vendas
no
período antes do inventário e se os materiais das últimas notas fiscais decompras
cujos itens, recebidos antes das contagens, foram corretamente registrados nas
fichas
econtabilizados nas datas corretas e anteriormente à data
do
inventário.” -O
controle demovimentação
de entrada e saída de materiaisou
produtosno
períododa
contagem
é muito importante, evitando que itens saídos antesda contagem
enão
inventariados sejam contabilizadoscomo
venda
depois da contagem, resultandonuma
aparente falta de inventárioou
itens entrados antesda contagem
sejam contabilizadoscomo
compras
depoisdo
inventário, resultandoum
aparente acréscimono
inventário.Muitas vezes, devido à este corte nas operações, os inventários serão realizados
em
finais
de semana
paraque
não haja paralisação das atividades, poisocusto
de paralisação éelevado e inconveniente. “
3.5
O
Inventário àLuz
da
LegislaçãoOs
aspectos legais referentes ao inventário serão aqui apresentadossomente
sob oponto de vista
do Regulamento do
Imposto de Renda, não serão abordados os aspectosreferentes a legislação
do
ICMS.
3.5.1 Diferença
de
Inventário FísicoA
diferença apuradano
confronto entre o inventário fisico e o saldo registradona
contabilidade está sujeita à respectiva tributação.
Como
muitas vezes não será possível identificar aorigem
dessa diferença seria conveniente a emissão deuma
nota fiscalsem
necessidade de se preencher o cabeçalho, pois o Fisco poderá interpretar
como
uma
saídade
mercadoria
sem
nota. _No
corpo da nota deverá ser feita a seguinte observação: nota emitida parafins de
acerto de estoque.
O
preço a ser atribuído deverá ser o correnteno mercado
e se o produtoestiver sujeito à tributação, será incluído o IPI e o
ICMS
correspondente e a naturezada
operação será baixa de estoque.
No
levantamento doinventário poderão ser encontradas peças quebradas, estragadasou
fora de uso por obsolescência, tais itens deverão ser relacionados durante a apuração dasquantidades finais a serem confrontadas
com
os registros de estoques paraque
sejam feitos osajustes devidos.
Para
que
estes ajustes sejam integrados ao custoda
mercadoria vendida deverá seobservar o artigo 291, inciso II
do Regulamento
para o Impostode
Renda/99,que
diz:Integrará
também
o custo o valor:I
~ Das
quebrasou
perdas razoáveis,de
acordocom
a naturezado
bem
eda
atividade, ocorridasna
fabricação,no
transporte e manuseio;II - das quebras
ou
perdas de estoques por deterioração,obsolescência
ou
pela ocorrência de riscosnão
cobertospor seguros, desde
que
comprovadas:a) por laudo
ou
certificado de autoridade sanitáriaou
desegurança,
que
especifique e identifique as quantidadesdestruídas
ou
inutilizadas e as razõesda
providência;b) mediante laudo de autoridade fiscal
chamada
acertificar a destruição de bens obsoletos, invendáveis
ou
danificados,
quando não
houver valor residual apurável.A
dedutibilidadedo
ajuste por peças quebradas, estragadasou
faltade
uso porobsolescência, só será aceita nas condições especificadas
no
artigo mencionado.Para
que
a destruição dos estoques possa ser dedutível para fins fiscais, aempresa
deverá
comunicar
a fiscalizaçãodo
Imposto deRenda
a data e a hora da destruição e solicitara presença
de
um
auditor para lavrarum
termo de destruiçãocom
esclarecimento dos critériosadotados. Fora esses procedimentos, não será admitida qualquer dedução por destruição dos
estoques.
3.5.2 Indedutibilidade dos Prejuízos
por
Desfalque,Apropriação
Indébita eFurto
Na
realização das contagens poderão ser encontradas diferenças nas quantidadesapuradas
em
relação às quantidades registradas, diferenças estas oriundas de desfalques,apropriação indébita e furto. Nestes casos, deverá se proceder o lançamento contábil
de
ajuste.O
Regulamento do
Imposto de Renda/99, artigo 364, determina:Somente
serão dedutíveis,como
despesa, os prejuízos pordesfalque, apropriação indébita e fiirto, por
empregados
ou
terceiros
quando houver
inquérito instauradona
legislação trabalhistaou quando
apresentada queixa perante a autoridade policial.Às
vezes não é possível identificar deonde
vem
a diferença ajustada.Quando
isso acontecer, deverá ser feito o ajusteno
estoquecom
um
lançamento a créditoda
contaEstoques e a débito de
uma
conta de Ajuste de Inventário e as despesas provenientes desteajuste deverão ser
somadas na
apuraçãodo
lucro fiscal afim
deque
seja atendido o artigoem
questão. Isso acarretará
uma
reduçãodo
lucro contábildo
período.No
caso de os estoquesestarem registrados a
menor
em
relação às quantidades apuradas, deverá ser feitoum
lançamento inverso, a débito da conta Estoques e a crédito de
uma
conta de Ajustede
Inventário. Este lançamento aumentará o lucro contábil
do
período.A
Receita Federalnão
admite a exclusão desta receita afim
de apurar o lucro fiscal,sendo ela tributada
como
receita não-operacional.3.5.3
A
Obrigatoriedade
do
Livro
Registrode
InventárioA
lei fiscal determinouque além
dos livros de contabilidade previstosem
leis eregulamentos, as pessoas jurídicas deverão possuir
um
livro para registro de inventáriode
mercadorias, dos produtos manufaturados, das matérias-primas, dos produtos
em
fabricação edos bens
em
almoxarifado existentesna
datado
balanço.O
Regulamento do
Imposto deRenda/99
estatuiem
seu artigo 260, inciso II:A
pessoa jurídica,além
dos livrosde
contabilidadeprevistos
em
leis e regulamentos, deverá possuir osseguintes livros:
-_
I
-
para registro de inventário .« II-(...)
Além
do
livro Diário eRazão que
são obrigatórios pela legislação para as pessoasjurídicas
que mantiverem
escrita contábil estarão obrigadas a proceder a escrituraçãodo
LivroRe
8
istro de Inventário ›no
finaldo
en'odo de a ura ão,conforme
demonstradono anexo
8.O
parágrafo 2° dessemesmo
artigo determina que:Os
livros deque
tratam os incisos I e II,ou
as fichasque
os substituírem, serão autenticados e registrados pelo
Departamento Nacional de Registro
do
Comércio,ou
pelasJuntas Comerciais
ou
repartições encarregadasdo
registrodo
comércio, equando
se tratar de sociedade civil, peloRegistro Civil de Pessoas Jurídicas
ou
pelo Cartóriode
Registro de Títulos eDocumentos.
Os
Livros Diário,Razão
e Registro de Inventário deverão ser registradosna
JuntaComercial
do
Estado equando
se tratar de sociedade civil e associações o registro deverá serfeito
no
Cartório de Titulos eDocumentos
até a data de entregada DIPJ
(Declaraçãode
Impostos
de
Pessoa Juridica).Também
o artigo 261do
mesmo
regulamento diz:No
livro de inventário deverão ser arrolados,com
especificações, as mercadorias, os produtos
manufaturados, as matérias-primas, os produtos
em
fabricação e os bens
em
almoxarifado existentesna
datado
balanço patrimonial levantado aofim
de cada períodode apuração.
O
Livro Registro de Inventário deverá ser escriturado, a partir dos saldos levantadosno
finaldo
período, através decontagem
fisicaque
é afonna mais
segurade
se terum
levantamento realmente confiável,
mas
muitas empresas escrituram os livros a partirdo
controle das notas de entrada e saída de mercadorias, sendo esta última a
forma mais
usadapara apuração de saldos
em
estoques. `O
artigo 190, parágrafo único, IIdo Regulamento do
Imposto deRenda/99
estabelece:Parágrafo
Único
-
A
microempresa
e aempresa
depequeno
porte estão dispensadas de escrituração comercialdesde
que
mantenham
em
boa
ordem
e guarda e enquantonão decorrido o prazo decandencial e
não
prescritaseventuais ações
que
lhes sejam pertinentes.I
-
(...)II
-
Livro Registro de Inventário,no
qual deverão constarregistrados os estoques existentes
no
términode
cada ano-calendário;
As
pessoas jurídicas não obrigadas à escrituração contábil,como
é o caso dasmicro
epequenas empresas,
também
estarão obrigadas a proceder a escrituraçãodo
Livro Registrode
Inventário,
no
finaldo
período de apuração.Também
referente à tributação pelo regime de 'lucro presumido o artigo527 do
Regulamento do
imposto deRenda/99
dispõe:A
pessoa jurídica habilitada àopção
peloregime de
tributação