UNIVERSIDADE
FEDERAL
SANTA CATARINA
CENTRO
DE
CIENCIA
AGRARIAS
A .DEPARTAMENTO
DE
FITOTECNIA
Melhoramento
Genético.
da¿Mandioca-
na
Estação
«
Experimental]
da
EPAGRI
de
Itajaí.
aAluno:
Eduardo
Alano
Vieira
\J Cham.
R
218_
Autor: Vieira, Eduardo Al ÉIIDIO dC`
IIIII II
283 I6
Ex.I UFSC BSCCA
Illll IIII
C. ¶|
II!
Título: Melhoramento genético da mandióc
A ¡44ó 8 III
Este
trabalho- é apresentadoa
o
Centro de Ciências Agráriasda
Universidade Federal de S'anta'_' Catarinacomo
um
dos requisitospara a
obtençãodo
grau de EngenheiroAgrônomo.
_ú
UNIVERSIDADE
FEDERAL
SANTA CATARINA
CENTRO
DE
CIENCIAAGRARIAS
-~DEPARTAMENTO
DE
FITOTECNIA
Melhoramento
Genético
da
Mandioca
na-z
Estação
Experimental
da
EPAGRI.
de
Itajaí.
Aluno:
Eduardo
Alano
Vieira
Orientador: Dr.
Rubens
Onofre Nodari
Supervisor:
M.Sc.
Rub.ens,.oMarschalek-
“Este trabalho é apresentado
A ao Centro de Ciências
Agrárias
da
Universidade Federal de Santa Catarinacomo
um
dos requisitospara a obtenção do grau de Engenheiro
Agrônomo.
19H62*
BANCA
EXAMINADORA:
Presidente: Prof.
Rubens
Onofre Nodari
Membro:
Prof.Antonio
Carlos
Alves
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer às pessoas
que
contribuíram para a realização.Ao
professor Dr.Rubens
Onofre Nodari, pelos conhecimentos transmitidosno
decorrer
do
curso de agronomia, por ter viabilizado a realizaçãodo
estágio e pelo auxílioprestado
no
decorrerdo
estágio.Aos
pesquisadores M.Sc.Rubens Marschalek
e Dr. Murito Ternes, pelaboa
vontade e pelo auxílio prestado
no
decorrerdo
estágio.A
todos os funcionáriosda
EPAGRI
de Itajaíque
deuma
forma ou
de outraajudaram-me
durante a realizaçãodo
estágio.*À
SUNDUO
INTRODUÇÃO
3
1.
BANCO
DE
GERMOPLASMA
5 1.1.IMPORTÂNCIA DE
UM
BANCO
DE
GERMOPLASMA
5 1.2.BANCO
ATIVO
DE
GERMOPLASMA
DE
MANDIOCA
PARA
AS
CONDIÇÕES
SUBTROPICAISDA
ESTAÇÃO EXPERIMENTAL
DA
EPAGRI
DE
ITAJAÍ 61.3.
CARACTERIZAÇÃO
DO BANCO
DE
GERMOPLASMA
7 1.4.TRABALHO
DESENVOLVIDO PELO
ESTAGIÁRIO
EM
RELAÇÃO
AO
BANCO
ATIVO DE
GERMOPLASMA
DE
MANDIOCA
PARA
AS
CONDIÇÕES
SUBTROPICAIS
DA
E.E.DE
ITAJAÍ 142.
MELHORAMENTO
GENÉTICO
DA MANDIOCA
252.1.
IMPORTÂNCIA
DO MELHORAMENTO
GENÉTICO
DE
MANDIOCA
25 2.2.FLUXOGRAMA DO MELHORAMENTO
GENETICO
DE
MANDIOCA
UTILIZADO
NA
E.E.DE
ITAJAÍ 26
2.3.
CAMPO
DE POLICRUZAMENTOS
“27
2.4.
HIBRIDAÇÃO
MANUAL
272.5. PROCEDI1vIENTOs
UTILIZADOS
NA
IIIBRIDAÇÃOMANUAL
DE
MANDIOCA
28 2.5 . 1. DISTINÇÃOENTRE
FLORESMASCULINAS
E FEMININAS 282.5.2.
ESCOLHA
DAS
FLORESMASCULINAS E
FEMININAS 28 2.5.3. POLINIZAÇÃOMANUAL
292.5 .4.
OBTENÇÃO
DE SEMENTES
312.5.5. POLINIZAÇÃO
MANUAL
REALIZADA PELO
ESTAGIÁRIO 31 2.6.SELEÇÃO DE
GENÓTIPOS
33 2.6.1.SEMENTEIRA
33 2.6.2.SELEÇÃO
DE
INDIVIDUOSF, 33 2.6.3.CAMPO
DE
OBSERVAÇÃO
33 2.6.4. ENSAIOS PRELIMINARES 34 2.6.5. ENSAIOS INTERMEDIÁRIOS 34 2.6.6. ENSAIOSAVANÇADOS
34 2.6.7.COMPETIÇÃO REGIONAL
34 2.6.8. PESQUISA PARTICIPATIVA 35 2.6.9. CRITÉRIOS UTILIZADOSNA
SELEÇÃO
37 2.7.ATIVIDADES
DE SELEÇÃO
REALIZADAS
PELO
ESTAGIÁRIO
392.8.
SELEÇÃO DE
RA1vIAs 402.8. 1.
ASPECTOS
AGRONÓMICOS
402 _ 8.2.
ASPECTOS
FITOSSANITÁRIOS 412.8.3. VISTORIAS 41
2.8.4.
ARMAZENAMENTO
DE RAMAS
41 2.8.5.TRANSPORTE DAS
RAMAS
42 2.8.6.CORTE
DE
RAMAS
423.
PRINCIPAIS
PRAGAS
E
DOENÇAS
DA
CULTURA
DA
MANDIOCA
433.1. PRINCIPAIS
DOENÇAS QUE
OCORREM
NA
CULTURA
DA MANDIOCA
433.1.1.
BACTERIOSE
433.1.2.
MANCHA
AUREOLADA (MANCHA
ANGULAR)
453.1.3.
ANTRACNOSE
451
3.1.4.
CERcosPoR1osE
453. 1.5.
SUPERALONGAMENTO
463.1.6.
PODRIDÕES
RADICULARES
46 3.1.7.DOENÇAS CAUSADAS POR
VÍRUS
47 3.1.8.DIEERENCIAÇÃO
A cAMPo
DE
EACTERIOSE EANTRACNOSE
47 3.2.PRINCIPAIS
PRAGAS
DA CULTURA DA MANDIOCA
483.2.1.
AcARos
48 3.2.2.COCHONILHAS
48 3.2.3.MoscA Do
BRoTo
49 3.2.4.FORMIGAS
50 3.2.5.MANDAROVÁ3
51coNcLUsÃo
54REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
55 21NTRoDUÇÃo
O
estágio foi realizado na Estação Experimental de Itajaí -EPAGRI
S.A,na
áreade
melhoramento
genético demandioca (Manihot
esculenta Crantz),no
período de 09/04/99 a09/os/99.
`
'
O
estágio foi realizadocom
o objetivo deacompanhar
a caracterização genéticade
espécies de
Manihot
esculentado banco
de germoplasma, a obtenção de Frs, a seleção de genótipos superiores, ensaios de competição de cultivares e outras atividades desenvolvidas na empresa.A
mandioca, éuma
espécie cuja raíztem
um
alto conteúdo de amido.É
plantadana
América
tropical há mais de5000
anos.Os
negociantes europeus,que
exploraram asAméricas,
foram
os responsáveis pela disseminação da culturada mandioca
por todoo
mundo
tropical. Atualmente, esta espécie é cultivadaem
92
países tropicais e subtropicais, entre as latitudes 30°N
e 30° S, destacando-secomo
planta de uso versátil, atendendo a subsistência e sendo fonte de recursos econômicos.*V
Uma
das hipóteses sobre a origem da mandioca, é que ela foi primeiramente cultivadano
nordestedo
Brasil. Isto devido ao grande.número
de espécies silvestres aliexistentes.
Mas
acredita-seque
a sua domesticação ocorreu simultaneamenteem
várias áreas. Assim, amandioca
poderia ser classificadano
grupo de não centricas.Tendo
como
prováveis centros de origem o Brasil, a Venezuela
ou
aAmérica
central (Albuquerque&
Cardoso, 1980). 'A
mandioca (Manihot
esculenta Crantz) pertence a família das euforbiáceas. Possuinúmero
decromossomos
2n=36, sendo a espécie consideradaum
alopoliplóide cujonúmero
básico decromossomos
é nove. Existem98
espéciesdo
gênero Manihot, sendoque
este gênero só se encontra naturalmenteno
hemisfério ocidental, desdeo
sul dos EstadosUnidos
até a Argentina.A
mandioca
éuma
espécie alógama,ou
seja,preferencialmente de fecundação cruzada
(CIAT,
1991).A
A
produção demandioca no
Brasilem
1998 foi de 16,4 milhões de toneladas(ICEPA,
1999). Deste total, as regiões nordeste, sul, norte, sudeste e centro-oesteparticiparam
com
32,20%, 26,50%,25,80%,
9,80%
e5,70%
respectivamente da produção nacional de mandioca.Em
termos da utilização da produção, na maioria dos estados,o
maiorconsumo
fica
por conta das indústrias de farinha e de fécula.Além
dessasutilizações, a
mandioca
também
é utilizada para a alimentação animal, alimentaçãohumana
(consumo
“in natura”) e para a produção deamido
e álcool(EMPASC,
1987).Em
Santa Catarina, essa culturaocupa
uma
área de cerca de 75.000 ha, sendocolhidos anualmente cerca de 55.000 ha,
com
uma
produtividade de 12t/ha(Fundação
IBGE
-Censo
agropecuário, 1996). Atualmente existem cerca de 65.000 produtoresno
estado.
Grande
parte deles são proprietários de pequenas áreas, utilizam mecanização de tração animal emecânica
e utilizam crédito rural,mas
poucos
sededicamexclusivamente
a cultura.A
cultura gera atualmente cerca de 2.000 a 2.500empregos
diretono
estado e cerca de 25.000empregos
indiretos.No
estado de Santa Catarina,no
ano de 199-8,foram
colhidas 593 mil toneladasde
mandioca.
O
estado de Santa Catarina é responsável por cerca de3,00%
daprodução
nacional de
mandioca (ICEPA,
1999) .Do
total da produção catarinensedo
anode 1996,
as regiões
do
oeste Catarinense, sul Catarinense, valedo
Itajaí, grande Florianópolis, norte catarinense e serrana participaramcom
31,41%,
28,58%, 27,9%, 6,68%,5,0%
e0,43%
respectivamente
da
produção catarinense (FundaçãoIBGE
-
Censo
agropecuário, 1996).O
plantio demandioca
é realizadoem
todoo
estado de Santa Catarina, de agosto anovembro,
concentrando-se nosmeses
de setembro-
outubro.A
colheita é realizada dos 8aos 12
meses
de idade (1 ciclo)ou
dos 17 aos22 meses
(2 ciclos), nosmeses de
abril aagosto,
com
concentração nosmeses
de junho e julho(EMPASC,
1987).O
períodode
colheita
da
mandioca o
diferenciada
maioria das culturas de expressão econômica,melhorando
a nívelde
propriedadeo
fluxo
de entrada de renda.A
cultura racionalizao
usode
mão
de
obra, conferindo a cultura grande importânciano
contextoda
exploraçãoda
propriedade rural
(EMPASC,
1987).A
importânciaeconômica
damandioca
parao
estado de Santa Catarina é indiscutível e sónão
é maior porque faltam cultivares mais adaptadas. Isto é, faltamcultivares
com
maior produtividade, baixo teor deHCN,
alto teor de matéria seca,com
características agronômicas, industriais e culinárias desejáveis, resistentesou
tolerantes a doenças (principalmente bacteriose). Neste sentido é muito importanteum
programa
demelhoramento
de mandioca, visando a obtenção de cultivarescom
tais características.No
decorrerdo
relatório, serão descritas as atividades realizadas pelo estagiário,durante o período
em
que
o
estágio foi realizado.1.
BANCO
DE
GERMOPLASMA
1.1. Importância de
um
banco
degermoplasma
A
criação deum
banco
de germoplasma,tem
como
finalidade reunirem
um
local parte da variabilidade genética deuma
espécie.O
fato de se coletar e preservar o»germoplasma
de determinada espécie previne a erosão genética e assegurauma
boa
basegenética
paraprogramas
demelhoramento
(Fukuda, 1996).~ ~
O
tenno
erosao genética refere se ao abandono, perdaou
substituiçaodo
estoque degenes
do
reservatório gênico deuma
determinada espécie.No
caso da agricultura esta perda se dá atravésdo abandono
por partedo
agricultor, de variedades primitivas locaisde
longa tradição regional,
em
favor de formas comerciais melhoradas deuma
espécie.O
grandeproblema
da erosão genética é que ela diminui a base genética da cultura, atravésda
perda de genes
(CIAT,
1991).A
erosão genéticapode
levar auma
diminuição na variabilidade genética deuma
espécie.A
variação da cultura é resultadoda
seleção natural durante a evolução da espécie, na pré e pós domesticação (Hershey citado por Fukuda, 1996).Nos
diversos ambientes, a seleção resultounuma
ampla
diversidade genética de clonescom
adaptações específicas a condições locais.O
resultado disso foi a criação emanutenção
de milhares de variedadeslocais, selecionadas, adaptadas a condições específicas de clima, solos, pragas e doenças
além
de apresentarem características desejáveis para o uso local (Fukuda, 1996).Uma
perda muito~ grandeda
variabilidade genética deuma
cultura, poderá levar a sua extinçãono
firturo. Isso porque o “pool gênico” deuma
cultura poderá estar muito reduzido e amesma
poderánão
conseguir superar detemrinada adversidade (clima, solo, pragas, doenças, entre outras).'
ç
'
Um
bom
banco
de germoplasma,bem
representativo e principalmentebem
caracterizado
pode
tomar-seuma
ótima fonte de genótipos para programas de melhoramento.Um
banco
degermoplasma
é constituído por variedades antigas e novas, variedades silvestresdo
mesmo
gênero da culturaem
questão, materiais crioulos e espécies afins.As
variedades primitivas, selecionadas naturalmente por agricultores, são adaptadas a diferentes condições edafoclimáticas enormalmente
são capazes de suportar condições adversas de cultivo, o que lhes confereuma
maior estabilidade de produção (Fukuda,1996)
Justamente por causa desta seleção
que
ocorreu naturalmente, através dos anos é importante conservar estes genótipos primitivosou
crioulos. Eles já estão adaptados as condições de clima, solo e técnicas de produção da região.Podem
constituírem-seem uma
ótima fonte de materiais para programas de melhoramento.Da
mesma
forma
é importanteque
existamtambém
genótipos silvestresdo
mesmo
gênero da cultivarem
questão, isto porque elestambém
podem
se constituirem
boas fontes de genes para os melhoristas.Na
caso damandioca (Manihot
esculenta), Lefevre&
Charrier (1993) citamque
uma
possível fonte de genesque
confiram
a cultura resistência a bacteriose (piordoença
que
ataca as cultivares brasileiras)pode
estarem uma
espécie selvagemdo
mesmo
gêneroda
mandioca que
é aManz`hotglaz1`ovz`i. _~ 1.2.
Banco
ativo degermoplasma
demandioca
para as condições subtropicaisda
estaçao experimentalda
EPAGRI
de Itajaí`
O
BAG
(banco ativo degermoplasma)
demandioca da
EPAGRI
de Itajaí édo
tipocoleção ativa. Coleções ativas de germoplasma,
tem
uma
dinâmica de recebimento edistribuição de material, tanto para instituições de pesquisa,
como
para servirde
apoio básico a programas demelhoramento
(Fukuda, 1996).BAG°s,
apresentamcomo
característicaum
grandenúmero
de cultivares colecionadas (Fukuda, 1996).Em
uma
coleção ativa são feitas conservações de curta e
média
duração, ela requer multiplicação~
freqüente
do
material conservado e é destinada a uso imediatoda
instituiçao.O
BAG
demandioca
para condições subtropicaisda
E.E. de Itajaí, foi iniciadoem
1991, e conta hoje
com
1212 acessos.Os
acessos são mantidosem
parcelas de 5 plantasnum
espaçamento
deO,60m
entre plantas e1,20m
entre filas.Existem
duas coleções acampo,
uma
plantadaem
meados
de 1997,que
será colhidaem
1999,com
dois ciclos eoutra
que
foi plantadaem
1998 eque
será colhidano
ano 2000.É
importante que se tenha duas coleções para garantir a preservação de pelomenos
uma
das coleçõesem
casode
imprevistos.
Alguns
materiaisdo
banco
degermoplasma
estão sendo utilizadosno
programa
demelhoramento
genético demandioca
da instituição.Em
Itajaí,também
é feita a conservação de278
materiais “in vitro”, destes acessos“in vitro”, 19 são materiais que estavam a
campo
e morreram.Além
destes 19, 123 dos278
materiais são materiaisque nunca foram
levados a campo. Eles ainda precisam seraclimatados e levados a
campo.
A
conservação “in vitro” é feita atravésde
culturade
meristemas. Tal conservação, é muito importante para a segurança
do
banco, evitandopossíveis perdas de genótipos a campo.
A
principal finalidadedo banco
está sendo atingida, qual seja, a conservaçãodo
material genético a campo.O
banco
também
está sendo utilizadono programa
de melhoramento.A
caracterização genéticado banco
permitiráque no
futuro se façaum
melhor
uso dos acessosno melhoramento
genéticoda
cultura, poiso
melhorista teráum
conhecimento mais profiindos dos acessos.
1.3. Caracterização
do
BAG
A
variabilidade genética de mandioca, para o ecossistema subtropical,devidamente
representada e conservada
no banco
de germoplasma, constitui-senuma
etapa básica para que sejam desenvolvidos trabalhos demelhoramento
genéticoda
cultura.Mas
para tanto os acessosdo banco
necessitam de caracterizaçãoagronômica
e morfológica. «A
caracterização deuma
coleção degermoplasma
é de fundamental importância. Vistoque
uma
coleçãobem
caracterizada de mandioca,mesmo
pequena pode
setomar
bem
mais lucrativa ao pesquisadorque
uma
gigantesca coleção,mal
caracterizada, esta restrita a trabalhos de multiplicação de seugermoplasma (CIAT,
1991).Tendo
uma
coleçãobem
caracterizada, o melhoristapode
detectar possiveisduplicatas
em
sua coleção.E
além disso ele teráum
melhor
conhecimento dos acessosque
dispõem, possibilitando assim a escolha de progenitores para cruzamentos
no programa de
melhoramento
genético.A
caracterização dos acessosdo
banco, realizada pelo pesquisadorRubens
Marschalek, foi feita
com
base nos 13 descritores morfológicosmínimos
para acaracterização de
mandioca
resultadosdo
“Taller Latino-americano sobre recursos genéticos de laYuca”
(22 a 28/10/95-
Cruz
dasAlmas
-
BA).
Tive a oportunidade durante o estágio de aplicar os treze descritores morfológicosmínimos
em
três clonesdo
programa
demelhoramento
eem
dois possíveis mutantes.Descritores morfológicos são definidos
como
sendo toda caracteristica que permite diferenciar facilmente os acessos acampo,
sendoque
estes descritores geralmente apresentam alta herdabilidade e se expressamem
todos os ambientes (Jimenes citado porFukuda
&
Guevara, 1998).Uma
integração entre os descritores morfológicos e descritoresbioquimicos e moleculares,
acompanhados
com
os dados de passaporte (local, data enome
do
coletor) , constitui-seuma
ferramenta valiosa na identificação de acessos duplicados nascoleções.
Abaixo
são apresentados os 13 descritores morfológicos mínimos, utilizadosna
caracterização
do
BAG
e as variações dosmesmos, ou
seja, seus estados.Cada
estado é representado poruma
nota(um
valor).São
apresentadastambém
as figurasque
representam as variações (estados) dos descritores, a
ordem
de
apresentação das figurasdos
estados segueda
esquerda para direita.1-
Cor
da
folha apical (3) verde claro(5) verde escuro (7) verde arroxeado (9) roxo
^?M~
Figura 1. Cor da folha apical.
2- Pubescência
do
broto apical (1) presente(2) ausente
1 _
3.
Forma
do
lóbulo central(1) ovóide (6) reta
ou
linear (2) elíptica-lanceolada (7) pandurada (3) obovada-lanceolada (8) linear-piramidal (4) Oblongo-lanceolada (9) linear-pandurada (5) lanceolada (10) linear-hostatilobadaM
W
tt
Figura 3.
Fom1a
do lóhulo central.4-
Cor do
pecíolo (1) verde amarelado (2) verde (3) verdeavermelhado
(5) vermelho esverdeado (7) vermelho (9) roxo5-
Cor do
córtexdo
caule(1) amarelo (2) verde claro (3) verde escuro
Figura 5. Cor do córtex do caule.
6.
Cor
externado
caule(3) laranja (7) prateado (4) verde amalerado (8) cinza
(5) dourado (9)
marrom
escuro (6)marrom
claroL!!
NNW'l
7.
Comprimento
da
filotaxia. -Distância entre cicatrizes de folhas
que
estãono
mesmo
plano; deve sertomada no
terçomédio da
planta.(3) curto
(menor que
8cm)
(5)
médio
(de 8 a 15cm)
(7) longo (maior que 15
cm)
Figura 7. Comprimento da filotaxia.
8. Presença de pedúnculo nas raízes (0) sessil
(3) pedunculada (5) mixto (ambos)
l .
Figura 8. Presença de pedimculo nas raízes.
9.
Cor
extema da
raíz (1) brancoou
creme
(2) amarelo(3)
marrom
claro (4)marrom
escuro10.
Cor do
córtexda
raíz(1) branco (2) amarelo (3) rosado (4) roxo
Figura 9. Cor externa da raíz.
11-
Cor da
polpada
raíz (1) branca(2)
creme
(3) amarela (4) rosada
Figura 11. Cor da polpa da raíz.
12. Textura
da
epidermeda
raíz (3) lisa(7) rugosa
1 3.
F
lotação(0) ausente (1) presente
Figura 12. Textura da epiderme da raíz
1.4. Trabalho desenvolvido pelo estagiário
em
relação aobanco
ativo degermoplasma
demandioca
para as condições subtropicaisda
E.E. de ItajaíComo
foi citado anteriormente, já havia sido feita a caracterização dobanco de
germoplasma
para os 13 descritores morfológicosmínimos
da cultura da mandioca.O
pesquisador
Rubens
Marschalek, havia feito a caracterização, atribuindo notas a cada acessodo
BAG
para cadaum
dos 13 descritores rnínimosda
cultura.O
meu
trabalho foi sistematizar e analisar os resultados, os digitando-osem uma
planilhado
Excel.Após
a digitação dos dados, osmesmos
foram
organizados e classificados.E
foram
obtidos gráficos
que mostram
a percentagem de acessosdo banco
para cadauma
dasvariáveis de cada
um
dos descritores utilizados na caracterizaçãodo
banco. Então,com
os dados levantados foram obtidas as seguintes tabelas:Tabela 01. Cor da folha apical.
Cor
da folha apicalN°
de acessosVerde
claro 172Verde
escuro 231Verde
arroxeado482
Roxo
136Total 1021
Tabela 02. Pubescência
do
broto apical.Pubescência
do
broto apicalN°
de acessos Ausente272
Presente
749
Total 1021
Tabela 03.
Forma
do lóbulo central.F
onna
do
lóbulo centralN°
de acessosOvóide
Elíptica-
lanceoladaObovada
-
lanceoladaOblongo
-
lanceolada LanceoladaReta ou
linear Pandurada Linear-
piramidal Linear-
pandurada Linear-
hostatilobada 5 117 25 123424
13930
60
98
Total 1021Tabela 04. Cor do pecíolo.
Cor
do
pecíoloN°
de acessosVerde
amareladoVerde
Verde
avermelhadoVerde
esverdeadoVermelho
Roxo
32
46
207
289
417
30
Total 1021Tabela 05. Cor do córtex do caule.
Cor
do
córtexdo
cauleN°
de acessos ArnareloVerde
claroVerde
escuro *Extra -Roxo
30
495
494
2 Total 1021Tabela O6. Cor extema do caule.
Cor
extema
do
cauleN°
de acessosLaranja 8
Vede
amarelado 160Dourado
171Marrom
claro 156 Prateado 203 Cinza 168Marrom
escuro 155 Total 1021Tabela 07. Comprimento da filotaxia.
Comprimento
da filotaxiaN°
de
acessos Curto(menor que 8cm)
665
Médio(de 8-15cm)
342
Longo(maior que 15cm)
14Total 1021
Tabela 08. Presença de pedúnculo nas raízes. Presença
de
pedúnculo nasN°
de acessosraízes
Séssil
377
Pedunculada
537
Misto 107
Tabela 09. Cor externa da raíz.
Cor
externada
raízN°
de acessosBranco ou creme
1Amarelo
159Marrom
claro434
Marrom
escuro427
Total 1021
Tabela 10. Cor do córtex da raíz.
Cor do
córtexda
raízN°
de
acessosBranco
ou creme
797
Amarelo
1 19Rosado
102Roxo
3Total 1021
Tabela ll. Cor da polpa da raíz.
Cor
da
polpada
raízN°
de
acessosBranca
lCreme
929
Amarela
91Rosada
0Total 1021
Tabela 12. Textura da epiderme da raíz..
Textura
da
epidermeda
raízN°
de acessosLisa
249
Rugosa
772
Tabela 13.
F
loração.Floração
N°
de acessos Ausente 145 Presente876
Total 1021
Após
a análise dos dados,foram
obtidos os seguintes resultados: a maioria dos acessosdo
BAG
apresentam a corda
folha apical verde arroxeado, pubescênciano
brotoapical, lóbulo central
da forma
lanceolada, pecíolo vermelho, córtexdo
caule verde claroou
verde escuro,comprimento da
filotaxia curto, presença de pedúnculo nas raízes, raízmarrom
claroou
marrom
escura, córtexda
raíz brancoou
creme, epidermeda
raíz rugosa, corda
polpada
raíz creme, apresentam floração e quanto a cor externado
caulehouve
um
equilíbrio entre as cores exceto a laranja
que
apareceuem
menor número
que
as demais.Foram
encontradosno
BAG
dois acessosque
apresentamo
córtexdo
caulecom
a coloração roxa, coloração esta que não estava presente nos treze descritores morfológicosmínimos da
cultura.As
distribuiçõesem
percentual dos treze descritores morfológicosmínimos da
cultura encontradosno
BAG,
foram representados nas Figuras 14 a 26.I
Verde
claro
13,3%
16,8%
I
Verde
escuro
22,6%
I
Verde
47
2%
arroxeado
I
Roxo
Figura 14. Percentuais das cores da folha apical.
26,6%
I
Ausente
I
Presente
73,4%
Figura 15. Percentuais da pubescência do broto apical.
I
Ovóide
I
Elíptica- lanceoladaI
Obovada-
lanceolada5›9%¬
11,5%
I
Oblongo-
02›4%
lanceolada 2,9 Á) 12 0°/ ° °I
Lanceolada
13,6%
I
Reta
ou
linear4
1,5%
I
Pandurada
Linear- piramidalI
Linear-pandurada
I
Verde
amarelado
V
d
3,l%4
5%
I
er
e
20,3%
I
Verde
40,8%
avermelhado
I
Vermelho
esverdeado
I
Vermelho
28,3%
I
Roxo
Figura 17. Percentuais das cores do pecíolo.
2
,9°/oI
Amarelo
I
Verde
claro
I
Verde
escuro
I
Roxo
48,4%
I
LaranjaI
Verde
amarelado15,2%
03%
15,7%
ID‹›urad‹› 16,7%
I
Marrom
claro Prateado19,9%
15,3%
ECinza
I
Marrom
escuroFigura 19. Percentuais das cores externa do caule.
1,4%
I
Curto
IMédio
65,1%
I
Longo
10,5%
36,9%*
52,6%
I
Séssil
I
Pedunculada
I
1\/LixtoFigura 21. Percentuais da presença de pedúnculo nas raízes.
0›1%
15,6%
42,5%
I
Branco
ou
creme
I
Amarelo
I
Marrom
claro
.Marrom
escuro
Figura 22. Percentuais das cores extema da raiz.10,0%
05%
11,7%
78,1%
ä
Branco
ou
creme
I
Amarelo
I
Rosado
I
Roxo
0,1%
91,0%
I
Branca
I
Creme
IAmarela
Figura 24. Percentuais das cores da polpa da raiz.
24
4%
75,6%
ILisa
I
Rugosa
Figura 25. Percentuais da textura da epiderme da raiz.
14,2%
85,8%
I
Ausente
I
Presente
A
realização deste trabalho poderá ser muito útil para a caracterizaçãodo
BAG.
Com
esses dados digitadosem
planilhas, posteriormente poderá ser feita acampo
uma
verificação dos dados levantados na primeira caracterização.A
organização dos dadosem
planilhasno
computador, facilitará achecagem
acampo
da veracidade dos dados obtidos na primeira caracterização.Posteriormente, os dados das segunda caracterização a
campo,
poderão ser utilizadosem
programas demelhoramento
etambém
serem utilizados para a determinação de possíveis duplicatas existentesno
banco.Caso
mais deum
acesso receba asmesmas
notas para todos os treze descritores mínimos, existe a possibilidade dos
mesmos
serem
duplicatas.
Algumas
características levantadas poderão ser muito úteisem
futurosprogramas
de melhoramento. Entre elas destacam-se: a presença de pedúnculo na raízes, a cor
extema
da raíz, a cor
do
córtex da raíz, a cor da polpada
raíz e a textura da epidermeda
raíz.Na
caracterizaçãodo
BAG
também devem
ser utilizados marcadores moleculares.2.
MELHORAMENTO
GENÉTICO
DA
MANDIOCA
Parte deste tópico foi desenvolvido
com
baseem
(anteprojetos e apostilas) cedidos ao estagiário pelos pesquisadoresRubens Marschalek
eMurito Temes.
2.1. Importância
do melhoramento
genético demandioca
O
melhoramento
genético de plantastem
uma
grande importância na agriculturamoderna
(Allard, 1960). Isto porque omelhoramento
genéticopode
propiciar a obtençãode variedades mais resistentes a pragas e doenças, mais produtivas,
com
melhor
arquitetura, mais adaptadas ao clima e solo, entre outras.
No
caso de mandioca, oque o melhoramento
genético busca são variedades mais resistentesou
tolerantes à doenças (principalmente bacteriose), variedadescom
maior
produtividade,
com
baixo teor deHCN,
alto teor de matéria seca,com
características agronômicas, industriais e culinárias desejáveis, tolerantesou
resistentes a pragas,com
alto teor de proteína, entre outras.A
obtenção de novas cultivares éum
dos importantes fatores responsáveis pela permanênciado
agricultor na propriedade e produzindocom
rentabilidade satisfatória.2.2.
Fluxograma do melhoramento
genético demandioca
utilizado na E.E. de ItajaíA
Figura 27, mostra ofluxograma
do melhoramento
genéticode mandioca
utilizadona
E.E. de Itajaí.
Campo
de Policmzamento, Introdução deSementes
Mutantes
por radiação eCruzamentos
dirigidosU
SEMENTEIRA
U
Avaliação
F
enotípica de PlantasF1 meio
irmãs. Inoculaçãocom
bacteriose.U
CAMPO
DE
OBSERVAÇAO
(plantas Fl)5 plantas (manivas) por planta F1.
U
sELEÇÃo PRELIMJNAR
5 plantas por genótipo; 2 repetições
U
SELEÇÃO INTERMEDIARIA
20
plantas por parcela (16 plantas úteis); 3 locaisU
SELEÇÃO
AVANÇADA
20
plantas por parcela ( 16 úteis); 3 repetições; 3 locais.U
rem
PESQUISA
PARTICIPATIVA
COMPETIÇÃO
REGIONAL
DE
CULTIVARES
2 colheitas de dois ciclos; 3 colheitas
de
1ciclo. de 1 ciclo <21tí>
RECOMENDAÇÃO
Figura 27. Fluxograma do melhoramento genético de mandioca utilizado na E.E. de Itajai.
2.3.
Campo
de policruzamentosNo
campo
de policruzamento, os genótipos usadoscomo
progenitores são selecionados levando-seem
consideração os principais caracteresagronômicos de
interesse.
Na
verdadeo
objetivo é obternovos
recombinantes.A
partirda
recombinação genética, obtida pelos cruzamentos, são praticadas seleções queprocuram
identificar possíveis genótipos superiores.Em
um
campo
de policruzamento, os progenitores são organizados de talforma que
todostenham
amesma
probabilidade de se cruzarem.O
que se procuraem
um
campo
de policruzamento são todas ascombinações
possíveis entre os progenitores selecionados.No
decorrerdo
estágio, foram coletadas sementesmaduras
do
campo
de
policruzamento. Estas serão utilizadas
no programa
demelhoramento da
empresa.2.4. I-Iibridação
manual
~
Em
mandioca
uma
das formas usadas para se obternovos
cultivares é a hibridaçaomanual (CIAT,
1985).Segundo
CIAT
(1985), a polinizaçãomanual
em
mandioca
éfacilitada pelo fato de serem facilmente distinguidas as flores masculinas e femininas, e pelo fato de
numa
mesma
inflorescência, as flores femininas,sempre
abrirem antes das flores masculinas. Estefenômeno
é conhecidocomo
protoginia.Segundo
Allard (1960), “na protoginia a maturação das anteras ocorre antesda
maturação dos pistilos”. Estemecanismo
em
mandioca
previne que as flores femininas sejam autofecundadas por flores masculinasda
mesma
inflorescência(CIAT,
1985).Na
maioria dos cultivares de mandioca, existe elevado nível de heterozigoze.No
entantouma
cultivar demandioca
écomposta
por genótiposhomogêneos,
uma
vezque
amandioca
é propagada vegetativamente através demanivas
sementes.No
entanto, ahibridação é necessária para criar novas populações
com
alta variabilidade genética(CIAT,
1985)
Osucesso
do método
de hibridação manual,depende da
escolha de progenitores adequados e dosmecanismos
de seleção utilizados(Kawano
citado porCIAT,
1985).A
seleção de progenitores é
normalmente
feita por avaliações fenotípicas de cultivares epode
ser
complementada
com
a avaliação da capacidade decombinação
destas cultivares(Hahn
et al;
Lozano
et al citados porCIAT,
1985).2.5. Procedimentos utilizados
na
hibridaçãomanual
demandioca
( Fher&
Haddley, 1980).2.5.1. Distinção entre flores masculinas e femininas
As
flores femininasnormalmente
estão localizadasna
parte basalda
inflorescênciae
ocorrem de
número
deum
a
três.Enquanto que
as flores masculinas agrupam-sena
partesuperior
da
inforescência eocorrem
em
maiornúmero
que
as femininas.A
Figura 28, mostrauma
inflorescência de mandioca,onde
claramentepodem
ser distinguidas as flores femininas abaixo eas
flores masculinas acima.É-í
›
Flores MasculinasL
Flor femininaFigura 28. Inflorescêneia de mandioca.
2.5.2. Escolha das flores masculinas e femininas
Com
relativa facilidade, consegue-se determinar quaisas
flores femininasque
estão aptas parareproduçãoem
umdeterminado
dia. Esta determinação é feita demanhã.
Se
pela.parte
da manhã,
for possível se detectaruma
gota de néctar na basedo
pistilo éporque
estaflor
vai abrirna
parteda
tarde.Depois de
detectar quais flores vão abrir naquele dia, deve- se retirarcom
um
estiletebem
afiado
as flores masculinasda
inflorescência e as folhasda
mesma.
.Após isto a inflorescênciadeve
ser cobertacom
um
sacode
filó, para evitarque
estaflor
após aberta seja fecundada por outra planta,que
não
a
de interessedo
mclhorista.O
fatode
se cobrira
inflorescência selecionadacom
um
saco
de filóé
muito importanteno
sentidode
se evitar queocorram
hibridações indesejadas. Istoporque
naturalmentea
polinização de flores demandioca
é feita por insetos (vespas e abelhas).Raramente ocorrem
hibridações atravésdo
vento, porque os grãos de pólende
mandiocasão grandese
pegajosos.As
flores masculinas abertasdevem
ser colhidas nas primeiras horasda
tarde earmazenadas
para posterior híbridação manual.Normalmente
uma
flor
masculinapode
serutilizada para
a
polinização de três flores femininas.A
Figura 29, mostrauma
flor
femininacom
a
gotade
néctar.I .
.W
__.- _-,_¬,-_.._.2.5.3. Polinização
manual
Nas
primeiras horasda
tarde, deve-se colher as flores masculinasrecém
abertas e então pode-secomeçar
as hibridaçõesA
hibridaçãomanual
é fácil, rápida enão
requerequipamentos
especiais.Basta que
com
o. auxfliode
uma
pinça coloque-seem
contato o estigmada
flor femininacom
os estamesda flor
masculina, possibilitando desta forma apassagem do
pólen deuma
flor para outra. Então o pólenfica
sobre o estigma, germina e fecunda aflor
feminina.Após
feita a polinização manual, a inflorescênciadeve
ser coberta
novamente
com
o saco de filó, para evitar cruzamentos indesejáveis. Istoporque, após a abertura
da flor
feminina seu estigmapermanece
receptivo por24h
e o pólen secopermanece
viável por 6 dias. Para ocorrer a fertilização são necessáriasde
8 a19 horas.
Após
polinizada, cada inflorescência recebe tuna identificação, através de numeração.Após
a identificação,em uma
planilha deve-se marcar onúmero do
cruzamento feito, a data
do
cruzamento, os parentais femininos e masculinos utilizadosno
cruzamento
e
onúmero
de
flores hibridizadasna dada
inflorescência- Istoé
de fundamental importância parao
programada
melhnramento.Devido
a facilidade de execução dos cruzamentos,uma
pessoabem
treinadapode
polinizar cerca de 150 flores femininas por dia.
A
Figura30
mostraos
flores femininas abertas cobertas pelo saco de filó, a Figura 31 mostrao
momento
da
polinização manual, e a Figura32 mostra
com
detalhede
umaflor
feminina já polinizada.Figura 30. Flores femininasabertas cobertas pelo saco de filó.
uv ' ' ' " 1' ' "n" ' """"¬'*¬
5.1 ' ' "J" I ' """"'
2.5.4.
Obtenção
de sementesApós
a polinizaçãomanual
a inflorescência deve continuar cobertacom
o sacode
filó, isto para proteger o
jovem
frutoformado do
ataque demoscas
e para que o saco segure as sementesmaduras que
por venturavenham
a cair naturahnente.Após
a polinização pode-se passarum
fungicida sobre a inflorescência, para evitar que amesma
seja atacada por fungos.Uma
flor
feminina polinizadapode
produzir até 3 sementes.Porém
é dificil se obterem
média
2 sementes porflor
feminina.Uma
semana
após a polinização, as floresdesenvolvem
um
formato redondo,que
possibilita ao melhorista identificar as floresque
reahnente pegaram. Cerca de três
meses
após a polinização, os fi'utosracham
e as sementesmaduras
podem
ser colhidas.Os
fiutosmaduros
deverão ser coletados, secosem
estufa a40°C, para obtenção das sementes
que
serão utilizadasno programa
de melhoramento.2.5.5. Polinização
manual
realizada pelo estagiárioNo
decorrerdo
estágio, tive a oportunidade de realizar alguns cruzamentos.Os
cruzamentosforam
feitos seguindo os passos citados a cima.O
pesquisadorRubens
Marschalek, orientou-me nas diversas etapas dos cruzamentos. Especificamente auxiliou
na
diferenciação visual das flores masculinas e femininas,na
seleção de flores femininas que apresentavam a gota de néctar,na
coleta de flores masculinas,na
emasculação,na
retirada das folhas
da
inflorescência eno
ensacamentoda
mesma,
na
polinizaçãomanual
com
o auxilio deuma
pinça,enfim
em
todos os passosda
polinização manual. Realizei 17 cruzamentos envolvendo 31 flores femininas,como
é mostradona
Tabela 14.Tabela 14. Cruzamentos realizados pelo estagiário.
Cruzamentos
Número
da Progenitor etiqueta feminino Progenitor masculinoNúmero
de flores polin_Data
1Mico
2Pernambucana
3 Mantiqueira4
Mantiqueira 5 Mantiqueira 6Pernambucana
7Cub
36
8Cub
36
9Cub
36
10Mico
1 1Pemambucana
12Pemambucana
13Pemambucana
14Pemambucana
1 5Pemambucana
16 Taquari 17Cub
36
Machado
Machado
Machado
Machado
Machado
Machado
Machado
Machado
Machado
Machado
Machado
Machado
Machado
Machado
Machado
Machado
Taquari2
14
1 l 1 l 1 6 2 1 2 1 2 2 2 1 23/04/99 23/04/99 23/04/99 23/04/99 26/04/99 26/04/99 26/04/99 26/04/99 26/04/99 26/04/99 26/04/99 26/04/99 26/04/99 26/04/99 26/04/99 26/04/99 27/04/99 Total 31Após
a realização destes cruzamentos, não obtivenenhum
cruzamento
viavel. Isto devido a épocado
anoem
que foram
realizados os cruzamentos.O
melhor
seriaque
estes cruzamentos fossem realizados mais cedo,numa
época mais quentedo
ano.Mas
mesmo
sabendo das dificuldades de se obter cruzamentos viáveis,o
estagiário realizou os cruzamentos paranão
perder a oportunidade de realizá-los.Em
cruzamentos realizados Fukuda, citado porCIAT
(1985), relatou ter encontradouma
média
de80%
de pega,mas
em
contra partidaAlbuquerque
citado porCIAT
(1985) eConceição citado por
CIAT
(1985), relatam ter encontradouma
média
desomente
15 a20%
depega
em
cruzamentos realizados.0‹.2€'3./€/
'Â'1
âtacrâcâ
2.6. Seleção de genótipos
2.6.1. Sementeira
Na
sementeira sãosemeadas
as sementes oriundas dos cruzamentos sexuaisrealizados
no programa
de melhoramento.As
sementesgerminam
e as plântulas lápermanecem
até atingiremem
tomo
de20cm
de altura,quando
são transplantadas diretamente para ocampo.
Nesta fase, as plântulas são inoculadas artificialmentecom
bacteriose.Cada
indivíduo obtido através das sementes, é na verdadeum
ser geneticamente diferente dos demais pois é resultadoda
recombinação gênica oriunda daformação
de gametas nos progenitoresuma
vezque
osmesmos
são heterozigotos. Desta fonna, cada zigoto éuma
nova
recombinação.2.6.2. Seleção de indivíduos F1 _
Esta seleção é feita
com
plântulas provenientesda
sementeira. Plantas F1 são indivíduos provenientes de sementes resultantesdo
cruzamento de dois indivíduos geneticamente diferentes.Como
amandioca
éuma
planta alógama, de fecundação cruz¡ada, os progenitores utilizados nos cruzamentos são altamente heterozigotos.Em
vista disso, a segregação ocorre na primeira geração após a hibridação, épocaem
que
são selecionados os genótipos superiores(Bueno
citado porCIAT,
1985).A
mandioca
ainda apresenta a peculiaridade de ser propagada vegetativamente,o que
facilita afixação
dos genótipos epossibilita a seleção já
na
F1.As
avaliações feitas são subjetivas, sendo elas tipo de planta, considerando a arquitetura da parte aérea,número
de hastes e produção demanivas
sementes.Também
é feitano
momento
da colheitauma
avaliaçãodo
sistema radicular,onde
se considera principalmente o tamanho,o
número, a forma,o comprimento
e as constrições das raízes.Portanto, cada indivíduo selecionado já constitui-se
num
genótipo fixo que passará agora para os outros níveis de seleção, sendo propagado vegetativamente.2.6.3.
Campo
de observação .No
campo
de observação são avaliadas as plantas selecionadasno
ensaio anterior.Cada
clone é representado por cinco plantas,numa
única parcela.São
incluídas três testemunhasque
se repetem ao longodo
ensaio, consideradas referência para permitiremuma
seleção mais eficiente.No
início eno
fim
de cada parcela é incluídauma
cultivar suscetível a bacteriose para aumentar a pressão de inóculo sobre plantas F1.2.6.4. Ensaios Preliminares
Nos
ensaios preliminares são incluídos os clones selecionadosno
campo
de observação.Os
três locais de avaliação são Itajaí, Jaguaruna e Ituporanga. Nestes ensaios são utilizadas duas repetições,com
parcelas de cinco plantas. Igualmente é incluídauma
planta de
uma
cultivar suscetível à bacterioseno
início de cada parcela, paraaumentar
a ~pressao de inóculo.
2.6.5. Ensaios intermediários
Os
clones selecionados nos ensaios preliminares são avaliados nos ensaiosintermediários.
Os
locais de avaliação são Itajaí, Jaguaruna e Ituporanga. Nestes ensaios são utilizadas parcelas contendo20
plantas por clone,sem
repetição.Em
cada local sãoincluídas as cultivares de adaptação específica, selecionados
no
ensaio anteriorem
cada local.2.6.6. Ensaios avançados
Os
locais de avaliação são Itajaí, Jaguaruna e Ituporanga. Utiliza-seo
delineamento experimental de blocos completos casualizadoscom
três repetiçõesem
parcelas contendo20
plantas.Em
cada local de avaliação são incluídas aszcultivares de adaptação específica.2.6.7.
Competição
regionalExperimentos são realizados nas quatro regiões agroclimáticas
onde
se cult-iva íamandioca: Sul
do
estado, Litoral de Itajaí, Alto Valedo
Itajaí e Oeste Catarinense.Os
ensaiospossuem
parcelas contendo seis filas de seis plantas cada (totalizando 36 plantas),das quais são utilizadas 16 plantas úteis (centrais) para avaliação da colheita.
Oada
experimento contano
máximo
com
14 cultivares, estando entre estasuma
cultivar representativada
região.São
feitas duas colheitas de dois ciclos e três colheitas deum
ciclo para efetuar a análise conjunta. Verifica-se assim a estabilidadeda
cultivar e assim proceder arecomendação
para plantio._
'
Os
experimentos são observados. através de visitas mensais durante o ciclo de cultivo e as características avaliadas são: data de plantio, data de emergência(50%
emergidas), estande inicial, vigor (notas de O-5), ocorrência de pragas e doenças (notas de O a 5; O
=
sem
sintomas), estandena
colheita, peso fresco das raízes/parcela útil,número
deraízes boas e podres/parcela útil,
tamanho médio
das raízes, teor deamido
nas raízes pelo\
método
deGrossman
e Freitas (amostra composta), rendimento de farinha, formato dasraízes, análise de
HCN
pelométodo
de Willians eEduards
modificado
peloCIAT.
No
experimento cujo objetivo é a seleção de aipins paraconsumo
humano,
conduzido
no
litoral de Itajaí,além
das características descritas anteriormente são avaliadostambém: tempo
de cocção(máximo
de30
minutos), sabor (notas de 1 a 3),rendimento de raízes comerciais (diâmetro
>
4
cm), período de cocção (época de colheita), plasticidade (notas .de 1 a 3), conservação pós-colheita (tempo) e facilidade de destaquedo
córtex (notas de l a 3).2.6.8. Pesquisa participativa
A
pesquisa participativa, éuma
metodologiaque
visa obterdo
agricultor subsidios paraum
melhor
direcionamento da pesquisa.O
agricultor,tem
desta maneira, a oportunidade de interferir diretamenteno
processo de busca de novas variedades,uma
vezque lhe é
dado
a oportunidade de avaliar as cultivares,dando
notas:bom, médio ou
ruim.Essas notas são dadas à cada cultivar
em
teste e para cada caráterem
questão,Os
caracteres usados são aqueles
nominados
pelos agricultores de cada região, de acordocom
a importância
que
os agricultores atribuam a eles.A
unidade é conduzida na propriedadedo
agricultor ecom
a tecnologia que estetem
adotado. Para comparações, sempre se incluino
ensaio de pesquisa participativauma
ou
duas cultivares testemunhasdo
agricultor.Os
critérios de seleção de mandioca,devem
levarem
consideração as caracteristicas desejadas pelos agricultores, paraque
eles então selecionem e realmenteadotem
as novas cultivares, caso estas sejam melhoresque
as suas.Seqüência de procedimentos:
* Escolha
do
Agricultor* Escolha dos genótipos que participarão
da
unidade (estadual) * `Plantio
*_ Avaliação inicial (dz
60
dias): brotação(emergência) e vigor. * V Avaliação de pragas e doenças ‹* Avaliação de Parte Aérea: (+ ,`:l:
,
-
) pelosAGRICULTORES
Í
Produção
deManivas
f
vw
Í
Número
de hastesÍ
Diâmetro
das hastesÍ
Estado FitossanitárioÍ
Altura da plantaÍ
* Forma.ç1_arplantaÍ
Brotação `Í
`Média
de.manivas.p.oLplantaColheita e
pesagem da
parte aéreaAvaliação das Raizes: (+ ,
i
, -) pelosAGRICULTORES
Í
Rendimento
de raízes frescasÍ
'_Engrossamento da
raízÍ
* *AmidoA(o,u matéiliaseca)Í
` "Facil_idade.dedes,pencaÍ
Cordapolpa
Í* 'Cor
dapelículaÍ
Presença defiapo
Í
Facilidade de descascamentoÍ
Cor
do
córtexÍ
Facilidade de colheitaÍ
Rendimento
e qualidade defarinhaÍ
Pragasna
raízÍ
_ Classificação geral;
ordemede
preferênciaAyaliacão
da
raíz_es:_ pelosTÉCNICOS
Í
NúmeL‹1.deplantas_cQlhidaSÍ
Facilidade de colheitaÍ
` _Comprimento.
de raízÍ
Pedúnculo
Í
Cor
da pelícnla'
f
'Corda
polpa-/
Cor
do
cortex\/ Cintas (c_onstri_ç_ões)
\/
Número
de raízes comerciaisf
`Porcentagelnderraízespodres
\/
Peso
total das raízesÍ
g*›I,>,ercen_tagemdeMS (bal_anç_a_ h_idrost_át_ica)
Í
`Teor.deHCN
(acid/o_.c‹iar,1ídrico)~/
Peso
das raízes comerciais2.6.9. Critérios utilizados
na
seleçãoEntre os diversos critérios e caracteres já citados, e~
que
são avaliados durante todoo programa
demelhoramento
genético, encontram-setambém
os seguintes:Estande
número
Arranquio 1
=
fácil; 2; 3=
ruimComprimento
raiz 1=
curta. \2
=
intermediária V 3=
longa Pedúnculo 1=
Ocm
2=
até 5 1cm
f _ 3=
>
5cm
Película 1=
branca 2=
intermediário 3=
marrom
4
=
(outra cor) Polpa 1=
branco 2=creme
3=
rosa claro 4=
irregular Cortex 0=
branco ~- 1, 2 , 3=
"arroxeado" l 37Forma
da raíz 1=
cô/nica 2=
cônica cilíndrica 3=
cilíndrica4
=
irregular_ Constrições 1=
sem
2=
intermediário) 3=
muitas constriçõesN°
raízes Comerciais:Não
comerciaisPeso
dasCepas
Kg
Peso
RaízesKg
Percentagem
de matéria seca '%
%
MS
=
158,3 . (peso ar / peso ar-peso água) - 142Produtividade de Raízes/ha
Produtividade de
MS/ha
Nota
de RaizNota da
Pane
aéreaton/ha
ton M[S/ha
0a5
Oa5\
IC
(índice de colheita) (peso raízesx
l00)+peso raízes+
peso parte aérea(obs.
o
índice de colheita eo
peso da parte aérea são negativamente correlacionados,ou
seja, o desenvolvimento exagerado da parte aérea
compete
com
o armazenamento
de amido.)onde:
Rend
1=
rendimento considerandoo
peso de raízes na área colhida, corrigida para ha.Rend
2=
rendimento considerando o pesomédio
por planta colhida corrigido parao
estande potencial,
em
funçãodo
espaçamento utilizado.Bacteiiose O
=
sem
sintomas1
=
manchas
angulares nos folíolos\2
=
necrose de partedo
folíoloou murcha
das folhas 3=
exsudação nos pecíolos\4
=
exsudaçãorama
e mortedo
ponteiro5
=
necrose rama, morte descendente,Antracnose, viroses e
mosca
do
broto:Notas
deO
a 5.Nota
O para plantassem
sintomas e nota 5 para plantas severamente atacadas.Teor
deHCN
(ácido cianídrico)2.7. Atividades de seleção realizadas pelo estagiário
No
que
diz respeito a seleção, tive a oportunidade de realizar avaliação do nívelde
danos
de
doenças. (bacteriose, antracnose. e viroses) e de praga(Mosca do
Broto)em
clonesdo
campo
de observação,da
seleção preliminar e da competição de cultivares(em
Agrolândia).
Também
fiz
avaliaçõesda
parte aérea,dando
notas (de 1 a 5=nota mínima), istoem
clones
do
campo
de observação, da seleção preliminar e da competição de cultivares(em
Agrolândia).
Além
disso,também
medi
a alturada
planta eda
primeiraramificação
em
clones
do
campo
de observação, da seleção preliminar eda
competiçãode
cultivares(em
Agrolândia).
Recebi importante ajuda
do
pesquisadorRubens
Marschalek,na
realização de todas estas atividades,sem
essa ajuda,com
certeza0
estagiárionão
teria condições de realizar estas tarefas. ÍTambém
acompanhei
duas avaliações deum
experimento conduzido pelo pesquisador Dr. MuritoTemes, onde
foram avaliados aipins paraconsumo
humano.
Nesteforam
avaliados:tempo
de cocção(máximo
de30
minutos), sabor (notas de l a 3),rendimento de raízes comerciais (diâmetro
>
4
cm), período de cocção (época de colheita), plasticidade (notas de 1 a 3), conservação pós-colheita (tempo) e facilidadede
destaquedo
córtex (notas de 1 a 3).
V
Outra atividade desenvolvida , foi a confecção de
um
texto sobre seleção deramas
de
mandioca
para a obtenção demanivas
sementes. Este material foi distribuído pelopesquisador
Rubens Marschalek
a agricultoresem
um
encontro regional da culturada
mandioca
realizadoem
Maripá no
estadodo
Paraná.Abaixo
é apresentada a revisão sobre o assuntoque
realizei.Na
confecçãodo
texto,recebi grande ajuda
do
pesquisador Dr. MuritoTemes
2.8. Seleção de ramas
Para se obter altas produções, é necessário selecionar
manivas
deboa
qualidade.A
seleção de
ramas tem
uma
grande importância, paraque
se consigaboa
uniformidade ez"
maior produtividade
do
mandiocal.As
estacasdevem
apresentarum
bom
estadofitossanitário. Pois elas
podem
ser portadoras de pragas e doenças» PA
mandioca
éuma
culturaque
se propaga vegetativamente pormeio
de manivas,portanto, a qualidade da
rama
éum
fator importante, apresentando relação diretacom
aboa
brotação e vigor
da
planta, consequentemente influenciando na produçãoda
planta.Para haver
uma
boa
seleção de materiais é preciso levarem
conta os seguintes aspectos agronômicos e fitossanitários:2.8.1. Aspectos
Agronômicos
. l0 Variedade:
Levar
em
consideração as característicasda
variedadeque
se desejapropagar. Existem diferenças entre variedades quanto a capacidade de enraizamento, brotação,
número
degemas
por metro linear, diâmetro da rama, distância entre gemas,vigor das plantas originadas, etc.
Recomenda-se
o plantio de cultivares distintasem
lotesseparados.
0. Idade da
p
lanta: importante selecionarramas maduras,
porque as ramas verdes são dedificil conservação devido ao alto teor de água e alta suscetibilidade ao ataque de pragas e
doenças.
As
ramas normalmente
estãomaduras
entre 8 e 10meses
de idade. Isto se verificaquando
as folhasamarelecem
e caem.Quando
o ciclo da planta é nonnal,sem
doenças, asfolhas