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Análise de testes de capacidade funcional de membros superiores em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica: revisão de literatura

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

JAILSON HIGINO FERREIRA

Análise de testes de capacidade funcional de membros superiores

em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica: Revisão de

literatura

Natal – RN

2016

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JAILSON HIGINO FERREIRA

Análise de testes de capacidade funcional de membros superiores

em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica: Revisão de

literatura

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Curso de Especialização em Fisioterapia Cardiorrespiratória da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito complementar para obtenção do título de Pós graduado em Fisioterapia Cardiorrespiratória.

Orientador: Prof Dr Guilherme Augusto de Freitas Fregonezi

Natal – RN 2016

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 9 2 JUSTIFICATIVA ... 10 3 OBJETIVOS ... 11 3.1 OBJETIVO GERAL ... 11 3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ... 11 4 MÉTODOS ... 11 5 DESENVOLVIMENTO ... 12 5.1 TESTES CLÍNICOS ... 12

5.1.1 Pegboard and ring test (PBRT) ... 12

5.1.2 The glocery shelving task (GST) ... 14

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 15

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Análise de testes de capacidade funcional de membros superiores

em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica: Revisão

de literatura

Functional capacity test analysis of upper limbs in patients with

chronic obstructive pulmonar disease: a rewiew

Jailson Higino Ferreira1

Guilherme Augusto de Freitas Fregonezi2

1

Graduado em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí / Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)(2014). Santa Cruz, RN. Pós graduando em Fisioterapia Cardiorrespiratória pela Universidade Federal do Rio grande do Norte (UFRN)(2016). Natal, RN, Brasil.

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Graduado em Fisioterapia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL)(1999). Especialização em Neurociências "Universidade Autônoma de Barcelona/Hospital de la Santa Creu i Sant Pau" (2002), Mestrado (2003) e Doutorado (2005) em Neurociências pela "Universidade Autônoma de Barcelona/Hospital de la Santa Creu i Sant Pau", Especialização em "Kinesitherapie Respiratoire et Cardiovasculaire" pela "L 'Université Paris Descartes" (2004). Cientista e Professor Associado I no Departamento de Fisioterapia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Natal, RN,Brasil.

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RESUMO: Objetivo: promover uma revisão da literatura com o desígnio de explorar

os principais testes utilizados na limitação funcional de pacientes portadores da DPOC. Nesta revisão, serão abordados apenas os testes clínicos de membros superiores usados para avaliar a capacidade funcional. Métodos: realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Medline, Lilacs, Bireme, SciELO que englobou o período de criação de cada uma delas até a quarta semana de março de 2016. Desenvolvimento: torna-se indispensável avaliar a capacidade funcional por meio de diferentes testes clínicos. A avaliação por intermédio de respostas global e agregada aos sistemas pulmonar, cardiovascular e muscular periférico, é realizado através de testes que se mostram métodos simples, reprodutíveis, confiáveis e refletem o impacto da doença. Os achados deste artigo mostraram que os testes 6PBRT e GST podem refletir melhor as atividades de vida diária. Portanto devem ser os testes de primeira escolha para medir a capacidade funcional de membros superiores. Considerações Finais: A avaliação da capacidade funcional em indivíduos portadores da DPOC é de grande valia para o acompanhamento do desenvolvimento da doença. As ferramentas de avaliação, atualmente, que se apresentam com maior aplicabilidade clínica disponíveis na literatura, são os métodos mais simples e menos custosos. Portanto, a literatura ainda carece de estudos que mostre a sua eficácia e aplicabilidade clínica em pacientes com DPOC.

Palavras-chave: Testes de capacidade funcional. Atividades de vida diária.

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1 INTRODUÇÃO

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença respiratória multicomponente debilitante (DECRAMER, M. et al., 2005), condição patológica passível de prevenção e tratamento caracterizada por limitação do fluxo aéreo que não é totalmente reversível. A limitação do fluxo de ar é geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas nocivas ou gases, primeiramente causada por fumaça de cigarro. Embora a DPOC afete os pulmões, também produz consequências sistêmicas significativas (GLOBAL INICIATIVE FOR CHRONIC OBSTRUCTIVE LUNG DISEASE, 2013).

Segundo Hamilton et al (1995), a DPOC é caracterizada por limitação da musculatura periférica, e dispnéia; e reduzida capacidade de realizar exercícios (REGUEIRO, E.M.G. et al, 2009). Esta condição diminui a capacidade funcional (MAN, W.D. et al., 2003), comprometendo o desempenho de Atividades de Vida Diária (AVD), devido a uma redução nas reservas ventilatórias e metabólicas (VELLOSO, M. et al., 2003).

O diagnóstico da DPOC deve ser levado em consideração em qualquer indivíduo que apresente os sintomas característicos da doença como, tosse, produção de catarro e dispneia, e/ou história de exposição aos fatores de risco para a doença. O fator de risco mais importante é a fumaça de cigarro e um aumento da relação anos-maço de cigarro sugere um risco maior de desenvolver a doença (GOLD, 2013).

A DPOC é uma das principais causas de morbimortalidade em todo o mundo (CALVERLEY, P.M., WALKER, P., 2003), mesmo que permaneça em grande parte sub diagnóstica (MANNINO, D.M. et al., 2000; HILL, K. et al., 2010). Atualmente, a prevalência da doença é estimada em cerca de 10% na população de 40 anos (HALBERT R.J. et al., 2006) e poderá atingir cerca de 20% à 30% (BUIST A.S. et al., 2007; KOHANSAL, R. et al., 2009) quando incluindo doentes mais leves (VESTBO, J. et al., 2013). Em 1990, a DPOC foi considerada na 12ª posição a nível mundial como uma causa de mortalidade combinada e deficiência, mas deverá tornar-se a quinta causa no ano de 2020 (ANTO, J.M. et al., 2001).

A inflamação no trato respiratório de pacientes com DPOC parece ser uma modificação da resposta inflamatória do trato respiratório a irritantes crônicos, tais como o fumo do cigarro. Os mecanismos para esta amplificada inflamação ainda não

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está compreendida, mas pode ser determinada geneticamente. Os pacientes podem desenvolver DPOC claramente sem fumar, mas a natureza da resposta inflamatória nestes doentes é desconhecida. O estresse oxidativo e um excesso de proteinases na inflamação do pulmão modificam ainda mais. Em conjunto, estes mecanismos conduzem à característica de alterações patológicas em DOPC (COSIO, M.G., SAETTA, M., AGUSTI, A., 2009).

Os sintomas mais comuns da DPOC são tosse crônica, falta de ar, produção de secreção, chiado e aperto no peito (RABE, K.F. et al., 2007; KESSLER, R. et al., 2011). A dispneia é frequentemente pequena, mas é progressiva nas fases iniciais e ocorre mais tardiamente no curso da doença (STOLLER, J.K., ABOUSSOUAN, L.S., 2005). Sintomas da DPOC, tais como falta de ar são geralmente descrito como ''caracteristicamente persistente e progressiva'' (RABE, K.F. et al., 2007).

A disfunção muscular periférica é considerada uma principal mudança sistêmica na DPOC e contribui para a perda da capacidade de exercício, o que intervém com as atividades da vida diária (AVD) dos pacientes (GOLD, 2013; SKUMLIEN S, et al., 2006). Atualmente, a busca de métodos funcionais de avaliação da capacidade que são simples e fáceis de aplicar na prática clínica e tem ganhado destaque, uma vez avaliações laboratoriais não estão disponíveis para todos os profissionais e muitas vezes não imita fielmente situações da vida real (VILARÓ, J., RESQUETI, V.R., FREGONEZI, G.A.F., 2008; SIMON, K.M. et al., 2011). Os ensaios clínicos destinados a avaliar a capacidade funcional geralmente consistem de reproduzir as atividades comuns do cotidiano desses pacientes, impondo uma carga constante ou incremental (SKUMLIEN S, et al., 2006; ATS, 2002; SINGH, S.J. et al., 1992; CORRÊA, K.S. et al., 2011).

2 JUSTIFICATIVA

Pela escassez de estudos e vendo a crescente aplicação clínica dos testes de capacidade funcional, justifica-se a importância do presente estudo em mostrar os testes de membros superiores mais vistos na literatura. Desta forma, o presente estudo torna-se relevante uma vez que se propõe a pesquisar os estudos com uma abordagem de avaliação e inovadora na reabilitação de pacientes portadores de DPOC.

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3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Neste estudo, tem-se por objetivo promover uma revisão da literatura com o desígnio de explorar os principais testes utilizados na limitação funcional de pacientes portadores da DPOC.

3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

Nesta revisão, serão abordados apenas os testes clínicos de membros superiores usados para avaliar a capacidade funcional.

4 MÉTODOS

Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Medline, Lilacs, Bireme, SciELO que englobou o período de criação de cada uma delas até a quarta semana de março de 2016. Para a busca foram utilizados os termos: testes de capacidade funcional, atividades de vida diária, membros superiores e doença pulmonar obstrutiva crônica com suas variações em língua inglesa. Não foram atribuídas restrições quanto às datas de publicação dos artigos durante a pesquisa. Consideraram-se textos publicados na língua portuguesa, inglesa e espanhola.

Os estudos selecionados para inclusão desta pesquisa foram os que abordaram os testes de propriedades psicométricas de instrumentos destinados à avaliação da capacidade funcional de pacientes com DPOC, de acordo com os seguintes discernimentos: idade superior a 40 anos; doença diagnóstica clinicamente, comprovado por exame de espirometria; ausência de doenças pulmonares além da DPOC, cardíacas ou neuromusculares; testes clínicos de membros superiores; foram excluídos da pesquisa artigos de revisão e relatos de casos.

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5 DESENVOLVIMENTO

5.1 TESTES CLÍNICOS

Um dos fatores limitantes é a disfunção muscular periférica, em que há predomínio do metabolismo anaeróbico, com maior lactacidemia, contribuindo para a hipoxemia e para a fadiga muscular (DOURADO, V.Z. et al., 2006; CASANOVA C. et al, 2008). Isso resulta em dispneia, fraqueza muscular e descondicionamento físico, e por consequência, uma condição de círculo vicioso ou espiral negativo, que gera formidáveis limitações funcionais (DOURADO, V.Z. et al., 2006; KOVELIS D. et al., 2008). Dessa forma, torna-se indispensável avaliar a capacidade funcional por meio de diferentes testes clínicos. A avaliação por intermédio de respostas global e agregada aos sistemas pulmonar, cardiovascular e muscular periférico, é realizado através de testes que se mostram métodos simples, reprodutíveis, confiáveis e refletem o impacto da doença (CASANOVA C. et al, 2008) a fim de estabelecer um programa de reabilitação pulmonar adequado às limitações e a gravidade da doença (PESSOA, B.V. et al., 2013). Os achados deste artigo mostraram que os testes 6PBRT e GST podem refletir melhor as atividades de vida diária. Portanto devem ser os testes de primeira escolha para medir a capacidade funcional de membros superiores (FERREIRA, T.J. et al., 2012). Em seguida, serão discutidos o Pegboard and ring test (6PBRT) e o The Grocery Shelving Task (GST).

5.1.1 Pegboard and ring test (6PBRT)

De modo recente, a validação e a confiabilidade de um teste de exercício de braço sem carga (Pegboard and ring tests – 6PBRT) têm sido avaliada, porém pouca informação está disponível na literatura (ZHAN, S. et al, 2006). O teste foi desenvolvido há aproximadamente 20 anos por Celli, Rassulo e Make (1986), mas ainda é pouco utilizado para avaliação de pacientes com DPOC. Dois pinos são distribuídos na altura dos ombros e os outros dois a 20 cm acima da altura do ombro. Dez aros ou anéis são colocados em cada um dos pinos inferiores, e cada argola deve pesar aproximadamente 14-17g. Os pacientes são instruídos a usar as duas mãos para mover um aro ou anel de cada vez do mais baixo para o nível mais alto. Após reposicionar todos os aros ou anéis a partir do nível mais baixo para o

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nível superior, os pacientes, em seguida, colocam os aros de volta no nível mais baixo, e assim por diante. A pontuação final foi o número total de anéis que o indivíduo transferiu durante o período de 6 minutos (CELLI, B. RASSULO, J. MAKE, B., 1986; BAULDOFF, G.S. et al., 1996). Apesar da pouco utilizado, o teste de exercício de braço sem carga demonstra possuir um grande potencial clínico e científico, uma vez que a sensação de dispnéia devido a atividades com os membros superiores é considerada um dos maiores problemas em pacientes com DPOC moderada ou grave (VILARÓ, J., RESQUETI, V.R., FREGONEZI, G.A.F., 2008).

O estudo realizado por Zhan S. et al (2006), teve como objetivo avaliar a confiabilidade e validade do 6PBRT em 27 pacientes ambulatoriais e 30 indivíduos do grupo controle. Os resultados do estudo fornecem suporte para a confiabilidade e validade do teste, o teste apresenta grande semelhança com AVDs de membros superiores (MARTINEZ, F.J., et al., 1993; O’HARA, W.J., LASACHUK, K.E., MATHESON, P. 1984). Foi observado também que o 6PBRT torna-se um teste atraente em termos de simplicidade e custo baixo, além de ser um teste válido e confiável para medir a capacidade funcional de membros superiores em pacientes com DPOC (ZHAN, S., et al., 2006).

Os autores, Ferreira T.J. et al (2011), realizaram um estudo que teve como objetivo investigar os efeitos de um tipo específico de treinamento de membros superiores. Procurou-se avaliar o efeito de um programa de treinamento de resistência de extremidade superior sem suporte de 6 semanas para pacientes com DPOC na dispneia durante AVDs, a função e a capacidade de exercício de membros superiores. Trinta e seis indivíduos participaram do estudo, sendo divididos em grupo controle (n=19), com 7 mulheres e 12 homens, idade média de 67 anos, e grupo intervenção (n=17), com 8 mulheres e 9 homens, idade média de 67 anos. A magnitude da mudança na função do braço, através do 6PBRT, foi maior no grupo de intervenção em comparação com o grupo de controlo. Os pacientes que participaram do programa de treinamento de membros superiores foram capazes de executar melhor durante este teste, sem qualquer aumento em seus sintomas. (FERREIRA, T.J., et al., 2011).

Com o objetivo de avaliar o efeito do exercício resistido em membros superiores no ganho de força muscular e capacidade funcional em DPOC, Ike e colaboradores (2010), realizaram um estudo com 12 indivíduos com DPOC moderada a grave, com faixa etária de 50 a 82 anos (69 ± 8 anos), sendo 9 homens

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e 3 mulheres. Os resultados distinguiram que, embora não tenha apresentado diferença significativa na capacidade funcional de ambos os grupos, o treino de força muscular mostrou-se de suma importância na reabilitação dos pacientes com DPOC moderado a muito grave. E que, apesar do 6PBRT se tratar de um teste validado, simples e de baixo custo, apresenta um grande potencial clínico e científico (IKE, D. et al., 2010). Sendo desta forma, o teste com mensuração da capacidade funcional de membros superiores utilizados em pacientes com DPOC mais mencionado na literatura.

Costi, S. et al (2009), estudaram o efeito de 15 sessões de treinamento de extremidade superior sem suporte (6PBRT) em 50 pacientes com DPOC, na capacidade funcional, na capacidade de realizar as AVDs e os sintomas percebidos durante as atividades com os membros superiores. Estudo randomizado que consistiu em três semanas de reabilitação pulmonar hospitalar, comparando os efeitos de curto prazo do treinamento sem suporte acrescido reabilitação pulmonar no grupo de intervenção, e aos do grupo controle que realizavam apenas reabilitação pulmonar. Foi observado que o grupo de intervenção corrobora a eficácia do treinamento sem suporte com o 6PBRT, em melhorar especificamente a capacidade funcional do DPOC. Além disso, fornece evidências de que essa modalidade pode melhorar e manter a autonomia do paciente.

O 6PBRT tem como vantagem: Fácil de realizar; requer equipamento simples e barato; reflete AVDs; dados disponíveis sobre validade e confiabilidade em pacientes com DPOC; alguns dados sobre a capacidade de resposta. E como desvantagem: Envolve apenas flexão do ombro; requer uma boa destreza dos dedos FERREIRA, T.J. et al., 2012).

5.1.2 The grocery shelving task (GST)

Este teste foi criado com a intensão de avaliar o desempenho dos membros superiores replicando as AVD’s. Para realizá-lo é preciso uma prateleira, ajustada a 15 cm de altura dos ombros do indivíduo em pé; uma mesa de suporte com 90 cm de altura e 30 cm de largura colocada em frente a prateleira; 20 latas pesando 420 g cada, posicionadas em duas sacolas colocadas no chão, uma em cada lado da mesa de suporte; e uma cadeira posicionada a 1 m a frente da prateleira. O indivíduo é orientado a levantar da cadeira e guardar as latas na prateleira, uma de

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cada vez, o mais rápido que conseguir, sem segurar mais de uma lata em cada mão ao mesmo tempo, nem colocar as sacolas direto na prateleira. O sujeito pode descansar se for necessário, sem que haja interrupção na contagem do cronômetro (HILL,C.J. et al, 2008).

Os autores Hill C. J. et al (2008), relataram a necessidade de realizar um teste para familiarizar, e mais dois subsequentes testes para que o efeito de aprendizado seja minimizado. A sua reprodutibilidade foi estudada em dez indivíduos com DPOC estáveis clinicamente, sendo 5 homens e 5 mulheres com idade média de 75,4 ± 5,9 anos e VEF1 44,3 ± 14,7% do previsto, e este se demonstrou reprodutível, variando 0,7 segundos entre os dois testes. Para validação do estudo, foram 25 pacientes com DPOC, com 11 homens e 14 mulheres, idade média de 69,9 ± 7,2 anos, apresentando VEF1 37,1 ± 16,1% do previsto. E no estudo para responsividade, participaram 47 sujeitos com DPOC, 21 homens e 26 mulheres, com idade média de 71,7 ± 8,7 anos, e VEF1 46 ± 23,4% do previsto. Foi visto que o GST também se considera responsivo quanto a um programa de reabilitação pulmonar de seis semanas, em que se observou 8% de melhora no tempo de execução do teste nestes indivíduos (HILL,C.J. et al, 2008).

Os autores, Ferreira T.J. et al (2012), apontaram as vantagens e desvantagem deste teste, respectivamente: Fácil de realizar; requer equipamento simples e barato; dados disponíveis sobre validade, confiabilidade e capacidade de resposta em pacientes com DPOC; reflete AVDs; teste global, pois envolve não só a flexão de ombro, mas também curvando-se, chegando a sobrecarga, e levantar objetos. Pode ser difícil de medir com precisão as alterações, como o teste é de curta duração (menor que 1 minuto, e as alterações seriam em segundos).

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A avaliação da capacidade funcional em indivíduos portadores da DPOC é de grande valia para o acompanhamento do desenvolvimento da doença e para planejamento de estratégias terapêuticas eficazes com intuito de criação de novas técnicas e formas de reabilitação. Selecionar os instrumentos para avaliação deve ser considerado aqueles que consigam atingir os importantes aspectos relacionados à doença e ao impacto que esta causa nos pacientes. As ferramentas de avaliação, atualmente, que se apresentam com maior aplicabilidade clínica disponíveis na

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literatura, são os métodos mais simples e menos custosos. Portanto, a literatura ainda carece de estudos que mostre a sua eficácia e aplicabilidade clínica em pacientes com DPOC.

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Functional capacity test analysis of upper limbs in patients with

chronic obstructive pulmonar disease: a rewiew

ABSTRACT: Objective: to promote a literature review with the purpose of exploring the 8principais tests used in the functional limitation of patients with COPD. In this review we will discuss only the clinical trials of upper limbs used to evaluate functional capacity. Methods: conducted a literature review in Medline, Lilacs, Bireme, SciELO which included the period of creation of each one until the fourth week of March 2016. Development: it becomes necessary to evaluate the functional capacity through different clinical trials. The comprehensive review by the aggregate and pulmonary, cardiovascular and peripheral muscle systems responses, is performed through tests that show simple methods, reproducible, reliable and reflect the impact of disease. The findings of this paper show that the 6PBRT and GST tests may better reflect the activities of daily living. So should be the test of choice for measuring functional capacity of the upper limbs. Final Considerations: Evaluation of functional capacity in individuals with COPD is of great value for monitoring the development of disease. The assessment tools currently presenting with most clinical applications available in the literature, are the simplest methods and less costly. Therefore, the literature still lacks studies that show its effectiveness and clinical applicability in patients with COPD.

Key words: functional capacity tests. Activities of daily living. Upper limbs. Chronic obstructive pulmonary disease.

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REFERÊNCIAS

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Referências

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