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Aleitamento materno em classe social privilegiada.

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Academic year: 2021

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uN|vERs|DADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE c|ENc|As DA SAÚDE

DEPARTAMENTD DE PED|ATR|A

ALEITAMENTO MATERNO EM CLASSE SOCIAL PRIVILEGIADA

José ERANc|scD TE|xE|RA

FLoR|ANóPoL|s, I9 DE JDNHD DE 1989.

L

PE

042

(2)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA

ALEITAMENTO MATERNO EM CLASSE SOCIAL PRIVILEGIADA

José FRANc|sco TE|xE|RA

(3)

AGRADECIMENTOS

Ao coRPo cLíN|co no sERv|ço DE ATENo|MENTo E cLíN|cA |NFANT|L

(sàcn).

(4)

suMÁR|O

REsuMO . . . . . . . . . . . . . . _ _ . _ . . . . . . _.. .... ... . _ . _ . . . . _.

INTRODUÇÃO _..._._.._... ..._...._._._ ..._ _.

OBJET|vOs _ . . . . . . . _.. . _ . _ _ ...__ __. . . . . _ . . . . . _.

METODOLOGIA ..._.... . . _ . . . . . .__ . . _ _ _ . . . . . . . . _ . _.

ANÃL|sE OOS OAOOS E cOMENTÃR|Os ... ...__ ___.

OONOLUSOES _..._... ._ ... _ . _ . . . ... ._

(5)

RESUMO

Foram estudadas as consultas Feitas no Serviço de Atendi- mento e Clinica lnfantil (SACI) em Tubarao - SC, a 32 recem na- tos a termo, ate o 49 mes de vida, no ano de l987. As crianças Foram divididas em 2 grupos iguais em numero: aquelas que rece-

beram leite materno exclusivamente e as que Foram alimentadas com leite artificial.

Através do presente trabalho, e possivel perceber que mes-

mo em uma classe social privilegiada, É sentido o lado negativo do não uso do leite materno.

(6)

¡NTRoDuçÃo

É de importancia Fundamental enfatizar o aleitamento mater

no, por ser o alimento indispensável, praticamente insubstitui- vel para o inicio da vida da criança.

Entre as camadas mais pobres da populaçao, o leite materno constitui o unico alimento de qualidade excepcional, capaz de responder as necessidades proteicas e caloricas do organismo em desenvolvimento. Entretanto, Müller (l974), afirmava que o lei-

te artificial em otimas condiçoes, com cuidadosa e correta pre- paraçao e higiene, poderia ser um alimento adequado.

A situaçao proposta anteriormente, so É viavel em familias

com nivel social privilegiado, que acoberta uma Pequenissima parcela da populaçao do Terceiro Mundo.

(7)

OBJETIVOS

- Determinar se ha diferença quanto a idade e atuação pro Fissional entre maes que amamentam e mães que não o Fazem, em

classe social media ou media alta.

- Determinar o ganho medio diario de peso, entre crianças

aiimentadas com leite materno e leite artificial.

- Verificar doenças infecciosas havidas ate o 49 mês de vi

(8)

METODOLOGIA

I , v n u

Foram revisados 622 prontuarios de crianças atendidas no

f . . .

f.

ano de |987, na Clinica SACI (Serviço de Atendimento e Clinica

. . .

f.

"'

Infantil), localizada no municipio de Tubarao - SC. Os dados

~ I _ I _

coletados sao de recem natos a termo, de classe social media ou

Í . Í .

media alta, acompanhados mensalmente ate o 49 mes de vida e Fo-

ram divididos em duas categorias:

I 0 1 1 ' n

a. crianças que tenham sido alimentadas ao seio no maximo

I _ _ I _ _ _ ' .

ate o |59 dia de vida e apos Fizeram uso de leite artificial;

. . _ P

b. crianças que receberam leite materno exclusivamente ate

o 49 mes de vida.

.I _ \ ~ _ ~

As variaveis no tocante as maes Foram idade e ocupaçao pro

I U ` 0 Q , O

Fissional; quanto as crianças, Foram analisadas o ganho medio

0, z O c I u , à O

diario e as doenças infecciosas adquiridas ate o 49 mes de vi- da.

(9)

ANÁL|sE nos oADos E coMENTÃR|os

A maioria das maes esta na Faixa etaria compreendida entre 20 e 30 anos, o que não constitui nenhuma particularidade. Nes- se limite de idade, de uma maneira geral, as mulheres tem seus Filhos. 75% (setenta e cinco por cento) das maes que amamenta-

ram estao na Faixa de 20 a 30 anos, contra 87,50% (oitenta e se

te virgula cinquenta por cento) que não amamentaram.(Tabela l).

Das maes que amamentaram, 68,75% (sessenta e oito virgula

setenta e cinco por cento) exerceram suas ocupaçoes no proprio

lar. Aquelas maes que não amamentaram e trabalharam em casa, perfizeram 56,25% (cinquenta e seis virgula vinte e cinco por cento).(Tabela 2). Percebe-se uma preocupação entre maes, que mesmo trabalhando Fora do lar, quiseram e puderam amamentar

seus Filhos (trinta e um virgula vinte e cinco por cento). Quan

to as maes que dispunham de tempo para amamentar e não o Fize- ram, cabe-nos perguntar, ja que não É proposito desse trabalho, o que poderia ser Feito para conscientizar as maes da importan- cia do leite materno. Talvez, se os medicos, obstetras e pedia tras em particular, atuassem mais intensamente no incentivo ao uso do leite materno ou se tentassem alterar as crenças popula- res, que de Forma errônea criticam o uso do leite materno, este quadro poderia ser revertido.

0 ganho medio diario de peso, Feito por acompanhamento men sal, apresentou um resultado ora Favoravel ao leite materno, ora ao leite artificial. (Tabela 3).

A alimentaçao com leite artificial, principalmente quando

. Í . ,

(10)

O9.

O O '

a riqueza do alimento em hidratos de carbono. Porem, o uso de

I n c n n É ` 1 i n

leite artificial, predispoe as infecçoes; a anorexia faz parte

( ' . IU I _

do quadro clinico d'uma infecçao. Logo, e de esperar-se que cri

. f . ` . .

ancas mais suceptiveis a doenças, tendo quadros infecciosos

Q , O

mais frequentemente, apresentam um menor ganho medio de peso. As propriedades antiinfecciosas do leite materno são incon

I I O I I

testaveis. Os inumeros trabalhos realizados e em andamento,mo§

tram uma enorme propriedade de defesa do leite materno, seja atraves do "fator resistance”, Iinfocitos produtores de IgA 3

, O

macrofagos com capacidade de fagocitar no colostro humano, ant¿

C .

corpos especificos, etc.

Em nosso trabalho, os resultados obtidos, mostram claramen

te uma superioridade do leite materno sobre o leite artificial I

f . . .

quanto ao auxilio na defesa do organismo. Por exemplo, as crian

Q O n 1 I 0 ¡ '

ças alimentadas com leite artificial tiveram o cobro do numero de casos de otite media aguda e o dobro de impetigo estafiloco-

cico, do que aquelas alimentadas ao seio. (Tabela 4). Tabela I

ioADE DE MÃES QuE AMAMENTARAM E MÃES QUE NÃO AMAMEN-

TARAM

4::

ioADE AMAMENTARAM i NÃo AMAMENTARAM

(ANos coMPLETos) N2 % I7 - 20 - 26 - 3I

->

l9 25 30 35 36 2 8 4 l I i2,5o 5o,oo 25,00 6,25 6,25 7 7 l 43,75 43.75 6,25 6,25

(11)

. Tabela 2

IO.

ocuPAçÃo PRoF|SS|oNAL DE MÃES QuE AMAMENTARAM E MÃES

QuE NÃo AMAMENTARAM

`ocuPAçÃo PRoF|SSioNAL EAMAMENTARAM NÃo AMAMENTARAM

E N9 % N9 % Do lar II 3 Comerciante I ' . 68.75 E I8.75 6,25 6,25 ' I Bancarua Professora I u ' Q Escrnturarla - Estudante 9 3 2 I 56.25 18.75 I2,5O 6,25 I É 6,25

TOTAL I6 IO0,00 I6 IO0,00

. Tabela 3

z zzi

GANHO MEDTO DEÃRIO DE PESO NOS QUATRO PRTMEIROS MESES DE VIDA, DE RECEM NATOS A TERMO, RESPEITANDO O CRTTERTO DE

EvoLuçÃo MENSAL PERÍooo (MESES)

; }_ PESO (G/D|A)

í AMAMENTApAS f NÃo AMAMENTADAS

o y- | |9,8o | y- 2 43,30 2 k- 3 3I,73 3 F- 4› 25,99 30,60 34,70 3I,3O 33,90

(12)

. Tabela 4

|NTERcoRRENc TR|NTA E Dol Tâoos com LE

IAS INFECCIOSAS ATE O 49 MES DE VIDA EM S RECEM NATOS A TERMO QUE FORAM ALIMEE

ITE MATERNO E DEZESSEIS CASOS COM LEITE

ARTIFICIAL

INTERCORRENCI As Í LEITE MATERNO

A

LEITE ART|E|c|AL_ NÚMERO DE cAsos NÚMERO DE câsos

Resfriado

Otíte Média Aguda Monilía Oral Impetigo Estafílo co 6 3 5 IO Ó 7 Í . coca-2 4

(13)

coNcLusõEs

Embora pertencentes a uma classe socio-economica diferen-

ciada, a conscientização das maes quanto ao aleitamento materno deixa a desejar.

Os resultados aqui obtidos, são comparáveis aqueles conse- guidos em trabalhos Feitos com maes de padrão social mais bai- xo.

Nao houve constatação de nenhum caso de gastroenterite,teQ

do em vista os cuidados com a preparação e a higiene, e o manu-

seio correto do leite artificial. Constatou-se semelhança de rg sultado com outros trabalhos no tocante a uma taxa de morbidade

por desordens de vias aereas superiores (resfriado e otite me-

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BIBLIOGRAFIA

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49-56-TCCÍ UFSC PE 0042 Ex.l NCMII1 TCC UFSC PE 0042

Autor Telxelra, José Fra

Tltulo Alextamento matemo em classe so

972815968 Ac

Referências

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