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PRÁTICAS E CRÍTICAS SOBRE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS EM MACROBACIAS E MICROBACIAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÂO PAULO

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Academic year: 2021

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PRÁTICAS E CRÍTICAS SOBRE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS

EM MACROBACIAS E MICROBACIAS NA REGIÃO

METROPOLITANA DE SÂO PAULO

TRINDADE, Tânia Regina (1); SANT ́ANNA; Daniele Ornaghi (2); ROMÉRO, Marcelo de Andrade (3)

(1)Arquiteta e Urbanista, Profa. Ms. das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). humanizarq@ig.com.br

(2) Arquiteta e Urbanista, Profa. Msc. Da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI); Arquiteto e Urbanista. ornaghi@usp.br

(3) Prof. Titular e Diretor da FAU/USP – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. maromero@usp.br

RESUMO

Este trabalho visa discorrer, de modo sucinto, sobre o manejo das águas pluviais em macrobacias e microbacias na Região Metropolitana de São Paulo – no que se refere aos reservatórios – indicando as práticas mais habituais e realçando seus aspectos positivos e negativos. Para tanto, sintetiza-se estes três últimos milênios de história de manejo de águas pluviais, permeados com registros de experiências humanas; e caracteriza-se o cenário atual a luz da realidade paulistana relativa ao tema. Neste sentido, verificou-se que o crescimento urbano indisciplinado constitui um fator determinante no tirocínio do manejo das águas de chuva nas grandes cidades, enquanto seus impactos impetraram a aplicação de diferentes práticas de manipulação, oriundas de distintas finalidades.

Palavras-chave: Manejo de Águas de Chuva; Reservatórios de Detenção; Cisternas:; Macrodrenagem; Microdrenagem.

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ABSTRACT

This paper aims to argue briefly about the management of rainwater drainage in macro and micro watersheds in the Metropolitan Region of Sao Paulo – with regards to reservoirs – indicating the most common practices and highlighting its positive and negative aspects. It synthesizes the past three millennia of history in rainwater management, imbued with registers of human experiences, and characterizes the current scenario in view of the local reality in this city. In this sense, we understand that unplanned urban growth is a key factor in the training for managing of rainwater in large cities, while their impacts have demanded the application of different practices in their handling, derived from diversified purposes.

Keywords: Rain Water Management, Water Reservoirs, Water Tanks, Macro-drainage; Micro-drainage.

INTRODUÇÃO

Na antiguidade reservatórios de águas de chuva eram construídos para provimento das necessidades humanas de abastecimento, em especial em regiões nas quais os recursos hídricos eram mais escassos.

Tomaz (2005, p.25), fala da existência de reservatórios de água de chuva escavados na rocha, na região da Ilha de Creta, anteriores a 3000 A.C., e também cita a pedra Moabita, datada de 850 A.C., na qual o rei Mesha sugere que seja feito um reservatório em cada casa, para aproveitamento de água pluvial.

A Fortaleza de Masada, em Israel, possui dez reservatórios cavados nas rochas, com capacidade total de 40 milhões de litros. Na Península de Iucatã, no México, existem reservatórios que datam de antes da chegada de Cristóvão Colombo à América, e que ainda estão em uso. Na Mesopotâmia em 2750 A.C.

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já se utilizava de água de chuva. Em 1885, foi descoberto em Monturque, Roma, doze reservatórios subterrâneos com entrada superior, cada um com volume de armazenamento de 98,93 m3.(TOMAZ, 2005)

Dillaha e Zolan (1985 apud Gonçalves, 2006, p. 77), também discorrem sobre a existência de um sistema integrado de manejo de água de chuva há mais de 2000 anos, no deserto de Negev, atualmente território de Israel.

Gonçalves (2006, pg.78), contudo, destaca que essas práticas pouco a pouco perderam a força e foram esquecidas pela população, na medida em que novos e mais modernos sistemas de abastecimento público foram

disponibilizados, com a construção de barragens e a implantação das redes de distribuição. O abandono das técnicas de armazenamento de água de chuva, já tradicional em diversas civilizações, intensifica as dificuldades enfrentadas atualmente no que se refere a drenagem das águas de chuvas em áreas urbanas.

Por conta da escassez generalizada dos mananciais, principalmente nos grandes centros urbanos, nos quais a recarga de aqüíferos é dificultada, a demanda por água potável é crescente e os níveis de contaminação

alarmantes, e desta forma, o tema do aproveitamento de água de chuva volta a assumir posição de destaque mundial, sendo enfatizado pela literatura técnica internacional com experiências em programas e pesquisas em países

desenvolvidos, como a Alemanha, Reino Unido, Japão, Cingapura, Hong Kong, China, Indonésia, Tailandia, Índia, Austrália, EUA, e muitos outros, além de alguns países da África (Gonçalves, 2006, pg.78).

Encontra-se na literatura inúmeras descrições de experiências sobre armazenamento de água de chuva para mitigação de inundações urbanas, datadas dos séculos XIX e XX, naturalmente após o advento da Revolução Industrial, a formação dos conglomerados industriais e o desenvolvimento urbano, com todas as alterações profundas produzidas no ambiente natural.

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soluções engenhosas aos problemas de drenagem e inundações, desde a segunda metade do século XIX e século XX. Depois que um surto de cólera, tifo e disenteria contraídos em um manancial contaminado, dizimou 12 % da população da cidade em 1885, Chicago estabeleceu o Distrito Sanitário Metropolitano da Grande Chicago, que durante um século de atuação coordenou o sistema de controle de enchentes, drenagem e tratamento de esgotos.

Assim, a cidade possui um sistema combinado de águas pluviais, esgotos e usa bacias de contenção localizadas em várzeas por toda a cidade, para armazenar as águas de chuvas antes que elas atinjam os esgotos, junto com um extenso sistema de profundos túneis para estocar o transbordamento do sistema de esgotos, antes que esse possa ser tratado.

O Reservatório Melvina, com capacidade de armazenamento de 203,5 mil m3 de água, é uma das grandes bacias de retenção operadas pelo Distrito Sanitário Metropolitano, e é utilizada tanto para o controle de enchentes como para recreação. (SPIRN, 1995, pg. 165)

Na atualidade as demandas por armazenamento de água de chuva excedem esse requisito básico, e sugerem que as práticas de manejo resultem além da ferramenta de mitigação de enchentes, mas também de eficiência do uso da água e de controle da poluição difusa.

De maneira isolada, as práticas de armazenamento concebidas para a escala da macrobacia urbana são geralmente direcionadas ao amortecimento de deflúvios, inviabilizando desta forma sua utilização para consumo e demais finalidades (como lazer), em face do seu alto grau de contaminação.

Águas contaminadas, maculadas por sedimentos e por detritos carreados para os reservatórios causam apreensão e ressalvas no que se refere às comunidades residentes próximas. Além da contenção de esgoto e lixo, já pernicioso para a população moradora, tal fato favorecesse a

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MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS NO BRASIL

Segundo Gonçalves (2006, pg. 81) o primeiro registro brasileiro de aproveitamento de água de chuva é provavelmente o da Ilha de Fernando de Noronha, cujo sistema foi construído pelo exército Norte Americano em 1943. Todavia, o autor entende que a prática do aproveitamento de água de chuva não acompanha o desenvolvimento do país, e somente nas últimas décadas é que sua aplicação vem se destacando principalmente na região do semiárido nordestino.

Nesta região é que se apresentam as mais expressivas experiências brasileiras no aproveitamento da água pluvial, onde as práticas assumiram a abrangência de implantação em programas governamentais, há

aproximadamente três décadas, quando em 1975 criou-se o Centro de Pesquisas Agropecuárias do Trópico Semi Árido (CPTASA) que objetivava dentre outras ações, a construção de cisternas para coleta e armazenamento de água de chuva para consumo. (Gonçalves, 2006, pg.81)

Destaca-se ainda como ação mais recente o Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semi-Árido: Um Milhão de Cisternas Rurais (P1MC), lançado em 2000 por iniciativa da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA), que reúne 750 organizações não governamentais, sindicais, comunitárias, eclesiásticas, com o apoio do governo federal.

(SALATI, LEMOS E SALATI, 2006, pg. 53).

PRÁTICAS E CRÍTICAS SOBRE MANEJO DE ÁGUAS

PLUVIAIS NO BRASIL

A ESCALA URBANA

A prática mais adotada na Região Metropolitana de São Paulo é a: construção de reservatórios de retenção de águas pluviais – os denominados piscinões.

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chuva, visando o amortecimento do pico das inundações urbanas, no Brasil destaca-se a experiência mais recente e ainda em fase de implantação pelo governo do Estado de São Paulo, por meio do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) da Secretaria de Saneamento e Energia. Trata-se do Plano Diretor de Macro Drenagem do Alto Tietê (PDMAT), onde se distinguem as bacias de retenção.

Diante da necessidade de urgentes providências no sentido de se adaptar o sistema de drenagem para as grandes precipitações, o DAEE deu início em 1998 ao Programa de Combate às Inundações da Bacia do Alto Tamanduateí, como parte do PDMAT. Esse programa baseou-se num convênio firmado entre o Estado e as prefeituras da região das cabeceiras do

Tamanduateí, visando ações conjuntas para solução dos problemas de drenagem que acometiam a bacia. Esta parceria consistiu basicamente na doação ou desapropriação de terrenos por parte dos municípios para a instalação por parte do governo do estado, de reservatórios de detenção de enchentes. A construção dos reservatórios é feita em pontos estratégicos dos corpos hídricos, visando deles absorver o volume excedente de água, antes que os mesmos transbordem causando os alagamentos. (REVISTA ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA, 1998)

Diferentemente do reservatório implantado no Vale do Pacaembu na Praça Charles Miller, os piscinões do PDMAT foram concebidos, em sua maioria segundo a experiência de Bordeaux, na França, onde as áreas

destinadas ao armazenamento de deflúvios poderiam ser utilizadas no período de estiagem como espaço de lazer. (REVISTA ÁGUAS E ENERGIA

ELÉTRICA, 1998)

Contudo, nota-se que esta finalidade, com frequência, não tem sido cumprida. A experiência de alguns dos reservatórios implantados pelo Plano Diretor de Macro Drenagem do Alto Tietê constata que os mesmos têm assumido a função única de amortecimento do pico de cheias, não se

observando a utilização das grandes áreas para lazer. Isto se deve certamente à má qualidade desses espaços no aspecto paisagístico, ao grande acúmulo

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de sedimentos e lixo arrastados pelo sistema de drenagem, que demandam onerosos e demorados serviços de manutenção, e ao provável estado de contaminação destas áreas, mesmo após o esgotamento das águas, por conta dentre outros, do despejo de lixo e esgotos in natura no sistema de drenagem, o que torna temerosa a utilização desses espaços no período de estiagem. A qualidade das águas desses reservatórios tem gerado discussões sobre o potencial dos mesmos para o desenvolvimento de fauna de mosquitos e roedores, potenciais transmissores de patologias

Segundo Canholi (2005, pg. 273), o controle das inundações na bacia hidrográfica do Alto Tietê representa uma das principais ações do governo do Estado de São Paulo e fundamenta-se no princípio básico de que os principais cursos d’água que compõem o denominado sistema de macrodrenagem da bacia - rios Tietê, Pinheiros e Tamanduateí - não comportam tipo algum de escoamento que supere as capacidades atuais ou as previstas nos projetos que se encontram em implantação. Em outras palavras, o autor afirma que não se pode imaginar uma nova ampliação da calha do rio Tietê, ou do rio

Tamanduateí, dadas as severas restrições e interferências impostas pelo meio urbano, sem mencionar os insuportáveis custos que tais medidas implicariam. (CANHOLI, 2005, pg.273)

Nesse contexto, direcionam-se questionamentos quanto à pertinência desta atual estratégia de combate às enchentes urbanas na Região

Metropolitana de São Paulo, cuja prática predominante e expressiva se fundamenta na execução dos reservatórios de retenção de enchentes.

Canholi (2008), afirma que os resultados obtidos até o momento na redução dos riscos às aluviões indicam que a solução apresenta expressiva efetividade.

A adoção das obras de reserva, em substituição às práticas de canalizações e retificações de córregos, resulta de uma visão integrada do plano diretor de macrodrenagem, que tornou possível priorizar obras e ações corretivas e preventivas, evitando-se intervenções pontuais que simplesmente

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deslocavam os pontos de enchente.

Entretanto, a presença de áreas críticas sujeitas a inundações permanece significativa, e os déficits de soluções para mitigá-las ainda são enormes, demandando ações estruturais (obras) complementadas por ações de educação ambiental e medidas não estruturais, visando sua

sustentabilidade (CANHOLI, A. P.; SANTOS, A. R.; 2008).

Já Santos (2008), considera o piscinão um atentado urbanístico, sanitário e ambiental, em detrimento dos riscos de assoreamento de

sedimentos, lixo, e pelo perigoso e elevado grau de contaminação das suas águas.

O autor chama a atenção para que se tenha um melhor entendimento da equação básica do fenômeno das enchentes, que é sustentada pela cultura tecnológica da impermeabilização e da erosão. Essa questão é que deveria ser atacada como objetivo de ordem complementar, mas tem sido relegada pela administração pública.

No controle às práticas de impermeabilização do solo e erosão, Canholi e Santos (2008) menciona um rol de dispositivos, constituídos por pequenos e médios reservatórios domésticos e empresariais de água de chuva,

estacionamentos, praças, quintais, calçadas, valetas, pátios e tubulações drenantes, poços e trincheiras de infiltração, somados ao intenso plantio de árvores e de bosques florestados.

A ESCALA DO LOTE

Diferentemente das práticas de controle do escoamento concebidas para a escala da macro bacia sugeridas por Canholi, as práticas sugeridas por

Santos são concebidas para a escala da micro bacia ou do lote, e carregam em si o benefício de possibilitar concomitantemente o aproveitamento da água, o amortecimento dos picos de enchentes, e o controle da poluição difusa, além

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de propiciarem a recarga de aqüíferos.

Analisando as proposições dos dois autores, há ponto de consenso no fato de que o controle do escoamento é necessário nas bacias urbanas, para minimizar impactos danosos sobre o manejo das águas de chuva.

Todavia, entende-se que as práticas do PDMAT (SÃO PAULO, 1999) concebidas para a macro bacia, ou seja, a predominante implantação dos piscinões, surgiram em um contexto no qual as obras demandavam resultados imediatos, por conta de grandes danos causados anualmente pelas inundações na Região Metropolitana.

Surgiram como medida principalmente corretiva numa condição já instalada de alagamentos em níveis insustentáveis. É importante salientar que a preocupação com o controle da impermeabilização do solo é também

premissa do PDMAT, que apresenta propostas nessa linha como medidas não estruturais, a serem implantadas pelas prefeituras, junto a um gradativo

trabalho de educação ambiental com as comunidades (SÃO PAULO, 1999).

As práticas concebidas para a escala da micro bacia, sugeridas por Canholi e Santos (2008) constituem ações de aspecto preventivo, bem como de remediação, mas com previsão de resultados a médio e longo prazos, já que são inseridas de forma distribuída na bacia, e com a participação da comunidade, demandando assim um trabalho prévio de educação ambiental. Constitui no seu âmago uma importante mudança no padrão de ocupação do lote, no que se refere ao controle da impermeabilização do solo, e que deve ser aculturada pela população e pelos profissionais da construção civil.

Tucci (2006,pg. 418) menciona que as principais medidas de controle do escoamento na fonte, constituem aquelas localizadas no lote, estacionamentos, parques e passeios. Ele as classifica de acordo com a disposição do

escoamento, em duas situações, a saber:

• O aumento de áreas de infiltração e percolação.

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telhados.

Quanto ao armazenamento temporário, a solução adotada por diversos municípios da RMSP são os reservatórios no lote – também comumente

conhecidos como piscininhas – que retardam o escoamento das águas pluviais para o sistema coletor público.

Para Canholi (2005, pg. 51) as obras de detenção in situ compreendem reservatórios implantados para controlar áreas urbanizadas restritas, tais como condomínios, loteamentos e distritos industriais. As áreas de reserva são normalmente incorporadas aos projetos de paisagismo e recreação,

propiciando a formação de lagos ou a instalação de quadras de esportes nas partes secas, que são atingidas apenas pelas enchentes maiores. Todos os princípios hidrológicos e hidráulicos aplicados para o projeto de bacias de detenção são adotados para esses reservatórios.

O condomínio residencial Swiss Park, localizado em São Bernardo do Campo constitui um exemplo desta forma de detenção dos escoamentos. Ocupando área aproximada de 900.000 m2, o Swiss Park preserva em suas dependências três lagoas com lâmina d água constante, onde é lançada e disposta no local toda a micro drenagem do condomínio. Vertedores

posicionados em meio a lamina d água funcionam como extravasores quando o volume de armazenamento ultrapassa determinado limite. Trata-se de um sistema que possibilita a absorção completa dos impactos gerados por impermeabilização do solo na escala da micro bacia, não permitindo a

ampliação dos picos naturais ou anteriores à urbanização. Ressalta-se ainda a valorização paisagística proporcionada pelas lagoas ao condomínio, resultando num espaço agradável de convivência e contato com a natureza.

CONCLUSÕES

Dessa forma, entende-se que não haveria como aplicar as práticas sugeridas por Santos visando uma remediação e resultados imediatos, já que

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isso dependeria da adesão e de investimentos prontos, para intervenções em lotes individualizados na bacia. Há que se considerar ainda as dificuldades técnicas a serem enfrentadas quando as ferramentas de manejo devem ser inseridas em situações já consolidadas de ocupação, visando resultados em áreas já densamente urbanizadas.

Entende-se por fim, que apesar dos seus efeitos negativos, os reservatórios de detenção de enchentes ainda constituem a solução para resultados em curto prazo e de grande amplitude, e que não deve ser descartada como alternativa.

Nas áreas consolidadas, é fundamental aplicar um misto de ações de mitigação concebidas para a escala da macro e da micro bacia urbana

concomitantemente. Uma prática não descarta a outra, de maneira alguma, em função do tempo diferenciado dos resultados obtidos com as mesmas, e do monitoramento que só é possível com os dispositivos implantados para a macro bacia.

Acredita-se, portanto, que sejam pertinentes as críticas hoje dirigidas aos piscinões, cabendo uma revisão de concepção quanto aos impactos negativos que carregam. Por esses impactos, é recomendável que sejam de fato evitados, e para isto, há que se promover uma ocupação mais sustentável do solo, sobretudo para as novas áreas a serem urbanizadas.

A preservação de várzeas e encostas e o controle da impermeabilização do solo, da erosão, constituem as principais ações que devem ser praticadas rigorosamente num novo paradigma. Estas por sua vez devem ser seguidas de práticas para uma melhor disposição dos resíduos e para redução da

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Figura 16: Condomínio Residencial Swiss Park Fonte: Foto aérea EMPLASA, 2007

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www.swisspark.com.br

REFERÊNCIAS

REVISTA ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA: Drenagem Urbana no ABCD Paulista. São Paulo: Divisão de Comunicação Social do Daee, 1998.

SALATI, Eneas; LEMOS, Haroldo Mattos de; SALATI, Eneida. Água e o desenvolvimento sustentável. In: REBOUÇAS, Aldo da C.; BRAGA, Benedito;

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TOMAZ, Plinio. Infiltração e balanço hídrico. Guarulhos: Plinio Tomaz, 2007. 206 p. Livro Eletrônico.

TOMAZ, Plinio. Curso de manejo de águas pluviais. Guarulhos: Plinio Tomaz, 2009. 1420 p. Livro Eletrônico.

GONÇALVES, Ricardo Franci (Org.). Uso racional da água em edificações. Rio de Janeiro: Abes, 2006. 352 p.

CANHOLI, Aluísio Pardo. Drenagem Urbana e Controle de Enchentes. São Paulo: Oficina de Textos, 2005. 301 p.

TUCCI, Carlos Eduardo Morelli. Água no meio urbano. In: REBOUÇAS, Aldo da C.; BRAGA, Benedito; TUNDISI, José Galizia. Águas Doces no Brasil: Capital

Ecológico, uso e Conservação. 3. ed. São Paulo: Escrituras, 2006. Cap. 12, p. 399-432.

SÃO PAULO. DAEE. Departamento de Águas e Energia Elétrica. governo do Estado de São Paulo. Plano Diretor de Macro drenagem da Bacia do Alto Tiete: Bacia Superior do Ribeirão dos Meninos. Diagnostico geral e ações recomendadas. 1999. Disponível em:

<http://www.sigrh.sp.gov.br/sigrh/basecon/macrodrenagem/meninos/Arquivos_Men/Ind ice_Men.html>. Acesso em: 27 jun. 2010.

CANHOLI, A. P.; SANTOS, A. R. A atual estratégia de combate a enchentes urbanas na região metropolitana de São Paulo é adequada? Folha de São Paulo, São Paulo, 27 dez. 2008.

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