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Revestimento cerâmico: procedimentos e patologias

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Revestimento cerâmico: procedimentos e patologias Dezembro/2017

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017

Revestimento cerâmico: procedimentos e patologias

Leonardo Tonhá de Oliveira – OTGYN007– leonardo.tonha08@gmail.com Gerenciamento de Obras, Tecnologia e Qualidade da Construção.

Instituto de Pós-Graduação - IPOG Goiânia, GO, 19 de março de 2017. Resumo

O presente artigo tem como objetivo dissertar sobre os procedimentos e patologias dos revestimentos cerâmicos. Atualmente com a dinamização da construção, as empresas e construtoras buscam formas de diminuir o custo e o prazo das obras, porém ao acelerar o tempo de execução, tem gerado o resultado oposto, com o atropelamento de etapas e falta de controle sobre os materiais e serviços, o que vem a resultar em uma série de patologias e prejuízos como retrabalhos e ações pós-obra. Então de acordo com essa realidade é de extrema importância o conhecimento todos os processos que envolvem a contrução civil, e nesse caso, sobre o sistema de revestimentos cerâmicos a fim de melhorar a qualidade das obras, conhecendo melhor os materiais empregados e as técnicas utilizadas para racionalizar os métodos. Além disso, no intuito de verificar o conhecimento dos profissionais da área, arquitetos e engenheiros civis, foi proposto aos mesmos um questionário com algumas perguntas a respeito do assunto.

Palavras-chave: Revestimentos cerâmicos. Construção civil. Patologias.

1. INTRODUÇÃO

Os revestimentos cerâmicos datam sua utilização de 10 a 15 mil anos atrás, com a necessidade da civilização daquela época de fazerem abrigos impermeáveis e termicamente confortáveis, características as quais eram encontradas na argila. A argila por sua vez sempre foi muito utilizada devido a sua enorme facilidade de ser encontrada na natureza, seja através de superfícies rochosas, nos veios e trincas das rochas ou em camadas sedimentares.

Na atualidade a construção tem sido dividida em grandes grupos e são eles: estrutura, vedação e instalações. No entanto é importante ressaltar que cada um desses grupos tem sua função especifica e são de extrema importância para a composição final da obra.

Neste trabalho o objetivo principal é dissertar sobre os revestimentos cerâmicos, explanando um pouco sobre sua composição, vantagens e desvantagens, boas práticas e as patologias. Além disso, através de um questionário com profissionais da área busca-se verificar o nível de conhecimento dos mesmos sobre este assunto.

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 2. REVESTIMENTOS CERÂMICOS

Os revestimentos cerâmicos são por definição da NBR 13816 (ABNT, 1997), item 3.3.1: Revestimento cerâmico: Conjunto formado pelas placas cerâmicas, pela argamassa de assentamento e pelo rejunte. NBR 13816 (ABNT, 1997) Assim é importante entender cada elemento isolado com suas respectivas características, e as interações do sistema como um todo. Desta forma, os mesmos serão abordados de modo isolado, e posteriormente a atuação conjunta do sistema com boas práticas e patologias do mesmo.

Figura 1 - Sistema revetimento cerâmico

Fonte : https://pt.slideshare.net/JosBorba/materiais-revestimentos-ceramicos acessado em 12/03/2017 3. COMPOSIÇÃO DO REVESTIMENTO CERÂMICO

1. Placas cerâmicas

A placa cerâmica é face mais externa do revestimento cerâmico, sendo utilizado tanto em ambientes internos quanto em áreas externas. Segundo a NBR 13816 (ABNT, 1997), item 3.3.2 elas são classificadas da seguinte forma:

Placas cerâmicas para revestimento: Material composto de argila e outras matérias-primas inorgânicas, geralmente utilizadas para revestir pisos e paredes, sendo conformadas por extrusão (representada pela letra A) ou por prensagem (representada pela letra B), podendo também ser conformadas por outros processos (representados pela letra C). As placas são então secadas e queimadas à temperatura de sinterização. Podem ser esmaltadas ou não esmaltadas, em correspondência aos símbolos GL (glazed) ou UGL, (unglazed), conforme ISO 13006. As placas são incombustíveis e não são afetadas pela luz. NBR 13816 (ABNT, 1997)

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Além da classificação segundo o método de fabricação, podemos classificar as placas cerâmicas quanto à absorção de água, resistência à abrasão superficial, resistência ao manchamento, resistência ao ataque de agentes químicos; esmaltadas ou não, e quanto ao aspecto superficial e análise visual.

Das classificações mencionadas, a absorção de água é uma das mais importantes, pois a mesma se relaciona de forma direta com as demais características, e normalmente, quanto menor o grau de absorção, melhor será a qualidade da placa, segundo YAZIGI (2009). Sendo assim, é de extrema importancia que todas essas informações sejam informadas pelo fabricante na embalagem no produto, conforme ilustrado na Figura 2.

Figura 2 - Especificações na embalagem de placas cerâmicas

Fonte 2 : http://www.uepg.br/denge/canteiro/controle_tecnologico/revestimentos_ceramicos.htm acesso em 13/02/2017

2. Argamassa de assentamento

A argamassa de assentamento trata-se do material que irá fazer a ligação entre o substrato e placa cerâmica. Para o revestimento cerâmico será abordado à argamassa colante industrializada, devido a sua totalidade em relação ao uso e sua eficiência em relação às demais.

Atendo a definição, temos segundo a NBR 14081 (ABNT, 2005), item 3.1:

Argamassa colante industrializada: Produto industrial, no estado seco, composto de cimento Portland, agregados minerais e aditivos químicos, que, quando misturado com água, forma uma massa viscosa, plástica e aderente, empregada no assentamento de placas cerâmicas para revestimento. NBR 14081 (ABNT, 2005)

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Esse elemento de ligação pode ser classificado quanto a sua aplicação e características, sendo quanto a sua utilização definidas por:

 Argamassa colante industrializada – AC I: Uso interno, exceto para área com elevadas varrições de temperatura (saunas, churrasqueiras).

 Argamassa colante industrializada – AC II: Áreas internas e externas sujeitas ciclos de variações termoigrométricas e ação do vento.

 Argamassa colante industrializada – AC III: Apresenta a mesma função que a AC I e AC II, porém apresenta maiores valores de aderência.

Figura 3 - Argamassa colante industrializada

Fonte 3: http://pedreirao.com.br/acabamentos/como-escolher-a-argamassa-colante-passo-a-passo/ acesso em 17/03/2017

As argamassas colantes industrializadas ainda devem atender requisitos mínimos apresentados na tabela 1 da NBR 14081 (ABNT, 2005):

Figura 4 - Tabela 01 - Requisitos minimos para argamassas colantes Fonte 4: NBR 14081 (ABNT:2005)

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Uma importante característica na aplicação do revestimento cerâmico é o tempo em aberto, que definido pelo NBR 14081 (ABNT, 2005), item 3.1.5:

Tempo em aberto: Maior intervalo de tempo para o qual uma placa cerâmica pode ser assentada sobre a pasta de argamassa colante, a qual proporcionará, após um período de cura, resistência à tração simples ou direta. NBR 14081 (ABNT, 2005)

3. Rejunte

O rejunte ou argamassa de rejuntamento é um composto que tem por finalidade absorver as deformações e impermeabilizar as juntas entre as placas cerâmicas. Ele deve ser adotado de acordo com a exigência do sistema, seja quanto sua flexibilidade, retenção de água, uniformidade de textura, dureza, resistência à mancha e aspecto visual.

O mesmo geralmente tem em sua composição: cimento, agregados minerais, pigmentos, aditivo celulósico, polímeros e aditivo hidrofugantes. Além disso, ele é oferecido de diversas cores e tipos, e são eles:

 Rejunte cimenticio;  Rejunte acrílico;  Rejunte epóxi;

Outro fator de grande relevância no rejunte é o tamanho da junta, pois dependendo da espessura da mesma deve-se utilizar o rejunte apropriado para que sua função seja desempenhada em sua totalidade, como para juntas maiores (de três a dez milímetros) é recomendado o rejunte cimentício e para as juntas menores (menores que três milímetros) o rejunte acrílico ou epóxi.

Figura 5 - Rejuntamento na parede com rejunte cimentício e no piso com epoxi

Fonte 5: http://www.corretanet.com.br/site/conteudos/58-fique-ligado/1220-como-escolher-o-tipo-de-rejunte-ideal-para-cada-revestimento.html

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 4. VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS REVESTIMENTOS CERÂMICOS As vantagens dos revestimentos cerâmicos quando utilizado como materiais de acabamento são a durabilidade (devido a sua composição química estável); a baixa higroscopidade; o alto desempenho em isolamento térmico; o comportamento ininflamável e o atendimento aos padrões de estética. Outra vantagem que só se percebe ao longo do tempo é o custo, pois o mesmo quando comparado com uma pintura não necessitará de uma manutenção onerosa, apenas de uma manutenção preventiva.

Já as principais desvantagens são a dificuldade em relação à reposição de peça principalmente devido à dificuldade em relação à tonalidade e dimensões; por se tratar de um material dúctil, ou seja, que pode perder a estética quando submetido ao impacto e devido ao índice de perdas para recortes ser elevado, assim aumentando o custo do sistema e o volume de resíduos na obra.

5. EXECUÇÃO DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS

Uma boa execução de serviços de revestimento cerâmicos necessita desde os materiais adequados e dentro dos padrões de qualidade, mão-de-obra especializada e orientações técnicas junto ao sistema de controle de qualidade. Com isso, enumerou-se o procedimento para execução do serviço.

5.1 Preparação da base

Na preparação da base ou substrato de aplicação deve-se garantir que a mesma esteja limpa, e pode ser utilizada uma escova com fios de aço para tal procedimento. E também é necessário garantir que a mesma encontra-se úmida para não absorver a água de amassamento da argamassa.

As etapas como contrapiso e batente de esquadrias devem estar testadas quanto aos caimentos e folgas em relação a peça cerâmica, respectivamente, segundo YAZIGI (2009).

Outro item que deve ser verificado são as tubulações hidrossanitárias, pois caso as mesmas tenham algum vazamento podem ser reparados antes da execução dos revestimentos cerâmicos, haja vista que uma possível intervenção destruiria o sistema de revestimento.

5.2 Preparação da argamassa

O cuidado com esse item do sistema vem desde o seu recebimento a estocagem, por apresentar maior vulnerabilidade à umidade.

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Para sua mistura temos duas opções: manual e mecânica. A mistura manual deve ser feita em ambiente limpo com água limpa. Na mistura mecanizada deve-se utilizar argamassadeira.

5.3 Verificação da placa cerâmica

Na aplicação da placa cerâmica deve-se primeiro verificar as especificações relativas às características do material, mas também em relação à estocagem, a qual deve evitar a presença de intempérie e umidades.

Depois de o substrato limpo e argamassa de assentamento preparada, deve-se limpar o tardoz da placa cerâmica. Em relação à aplicação da argamassa de assentamento deve-se observar a NBR 13753 (ABNT:1996) a qual diferencia o procedimento de acordo com a área da placa cerâmica.

De forma resumida adota-se a variação da desempenadeira dentada de acordo com a recomendação da NBR 13753 (ABNT:1996):

Figura 6 - Tabela 1 - áreas das placas, desempenadeiras e procedimentos Fonte 6 : NBR 13753 (ABNT:1996)

Já para situações em que as placas possuem áreas superiores a 900 cm² a aplicação da argamassa deve ser feita no substrato e no tardoz da placa, em direções opostas conforme figura 7.

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Figura 7 - Aplicação da argamassa de assentamento

Fonte 7: http://www.meiacolher.com/2014/03/passo-passo-para-colocar-assentar.html?m=1 acesso em 29/01/2017

Depois de observado tais exigências, inicia-se o assentamento com a placa cerâmica ligeiramente fora de posição sob os cordões da argamassa e provocando um pequeno esforço perpendicular à superfície de aplicação, e com posterior esforço tangente a superfícies e perpendicular aos cordões da argamassa de aplicação possibilitando assim uma aderência satisfatória da placa cerâmica.

Nesse processo deve ser utilizado elemento que possibilitem a formação de juntas entre as placas cerâmicas.

5.4 Rejuntamento

Na etapa de rejuntamento deve observar primeiro o tipo de rejunte a ser utilizado e a quantidade necessária para execução do serviço.

Para iniciar essa etapa, o primeiro serviço é a limpeza das juntas entre as placas cerâmicas.

Figura 8 - Limpeza da superficie para inciar o rejuntamento

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Após a limpeza, deve-se fazer a mistura do rejunte com água, conforme orientação do fabricante. Essa etapa só deve iniciar 72 horas após a aplicação da placa cerâmica na argamassa de assentamento, garantindo que o mesmo já tenha passado pelo processo de cura, e caso este período seja atropelado, algumas patologias podem surgir posteriormente.

Figura 9 - Limpeza final após o rejuntamento

Fonte 9: Livro - Técnicas de construção civil e construção de edifícios, p186

5.5 Controle de qualidade

No intuito de garantir que o sistema de revestimento cerâmico esteja com desempenho satisfatório, pode-se utilizar de técnicas simples, como o teste a percussão que consiste na execução de batidas com um martelo de borracha sobre a placa cerâmica a fim de identificar algum ponto de som oco, ou seja, ponto onde não houve a aderência da argamassa a placa cerâmica e assim fazer o reparo.

Figura 10 - Teste a percussão com martelo de borracha Fonte 10: http://solaralpinismopredial.com.br/3.html em 19/03/2017

Outro teste que pode ser feito é da verificação da estanqueidade do rejunte, para isso é preciso espalhar água sob o revestimento e verifica-se visualmente o aparecimento de manchas ou mudança de tons seja na placa cerâmica ou no próprio rejunte.

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 6. PATOLOGIAS

A patologia na construção civil pode ser entendida pela situação na qual o edifício ou parte dele, em um dado momento da sua vida útil, não apresenta o desempenho previsto. Ainda de acordo com SEMENSATO e SABATINI (2001) as patologias se evidenciam:

“O problema é identificado, de modo geral, a partir das manifestações ou sintomas patológicos que traduzem-se por modificações estruturais e/ou funcionais no edifício ou na parte afetada, representando sinais de aviso dos defeitos surgidos. SEMENSATO e SABATINI (2001)”

As patologias são:

 Congênita: originadas por não observância das normas técnicas, concepção inadequada dos revestimentos e especificação inadequada de materiais. São exemplos: especificação incorreta de argamassa, placas cerâmicas com resistência inferior ao exigido pelo ambiente.

 Construtivas: sua origem está relacionada à fase executiva, no caso, a não aplicação dos processos adequados e até vícios de mão-de-obra não capacitada.

Figura 11 - Aplicação inadequada da argamassa

Fonte 11: http://www.jmonte.com.br/dicas.php?id=353 acesso em 19/03/2017

 Adquiridas: são aquelas causadas ao longo da vida útil da edificação e são geradas a partir da ação intempéries, ação humana, agentes químicos etc. A figura 12, mostra uma fachada com um típico caso de eflorescência, na qual sistema de revestimento cerâmico apresentou porosidade que possibilitou com o tempo a entrada de água no mesmo, resultando em uma reação do cimento comum e água, gerando óxido de cálcio.

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Figura 12 – Eflorecência

Fonte 12: http://www.performance.eco.br/produto/10/limpa-facil-eflorescencia/ acesso em 16/03/2017  Acidentais: são caracterizadas por fenômenos atípicos, tais como solicitações incomuns, recalques na estrutura, incêndios dentre outros. A figura 13 mostra um sistema cerâmico com estufametno das placas devido a um recalque estrutural.

Figura 13 - Patologias devido a recalques e flexas excessivas

Fonte 13: http://100pepinos.com.br/para-o-piso-nao-soltar/ acesso em 16/03/2017

7. PESQUISA COM PROFISSIONAIS SOBRE REVESTIMENTOS CERÂMICOS Para verificar como está o conhecimento de profissionais da área, engenheiros civis e arquitetos, sobre os revestimentos cerâmicos, foi realizada uma pesquisa virtual com profissionais de diversos estados. Assim segue as perguntas e seus respectivos resultados.

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Inicialmente foram questionados quais deles executa ou já executou o revestimento cerâmico em suas obras e como resultado, 91,67% responderam que sim, 8,33% que não.

Figura 14 - Grafico da pergunta 01

Fonte 14: Pesquisa realizada entre os dias 25/01/2017 a 18/03/2017 com profissionais da área de construção Diante da resposta quase totalitária, vemos que a atividade de revestimento cerâmico é bastante corriqueira e já esteve presente no cotidiano de quase todos profissionais

Pergunta 02: Você acha importante na obra ter um projeto de revestimento cerâmico com instruções e especificações?

Em sequência perguntou-se se eles consideravam importante na obra ter um projeto com instruções, especificações e detalhamentos para a execução dos revestimentos cerâmicos, segue na figura 15o resultado obtido para esta enquete.

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Figura 15 - Grafico da pergunta 02

Fonte 15: Pesquisa realizada entre os dias 25/01/2017 a 18/03/2017 com profissionais da área de construção Pergunta 04: Você já notou alguma patologia em obra relacionada a revestimentos cerâmicos?

Essa pergunta traz a realidade da execução de revestimentos cerâmicos no Brasil, na qual temos um alto índice de patologias no sistema, o que é evidenciado por 75% das respostas afirmativas e 25% negativas.

Pergunta 05: Este questionamento é um complemento do anterior, se a resposta no item 04 foi sim, favor citar a patologia notada.

Nessa pergunta evidecnia-se as patologias que estão presentes no cotidiano da construção civil. O desplacamento vem com 46% das patologias notadas, o que pode indicar desde a especificação errada da argamassa de assentamento, até o método de execução equivocado e fora dos padrões de norma. Em segundo lugar destaca-se a aparição de manchas.

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 Fonte 16: Pesquisa realizada entre os dias 25/01/2017 a 18/03/2017 com profissionais da área de construção

8. CONCLUSÃO

Ao fim deste trabalho, pode concluir-se que, mesmo com toda dinâmica atual da construção civil, a competitividade do mercado, a busca por redução de custo e prazos, existem métodos construtivos que são de extrema importância para o conjunto da obra, e que os mesmos quando não executados geram patologias que afloram na face mais externa, o revestimento, gerando assim um aspecto negativo para a obra como um todo.

Além disso, percebe-se que o sistema de revestimento cerâmico mesmo sendo constituído de três itens apresenta uma complexidade em relação as suas especificações de materiais e métodos, e que parte desse conhecimento não está chegando a obras, o que se pode ser evidenciado na pesquisa pelo número de profissionais que notam patologia no sistema.

Assim, para se encaixar na atualidade das construções é necessário continuar executando todas as etapas construtivas seguindo todos os procedimentos e boas práticas, buscando técnicas e materiais que podem vir a proporcionar a redução de custo e prazos tão desejados por todos sem perder na qualidade da obra.

9. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14081: Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Requisitos. Rio de Janeiro, 2005.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14084: Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas - Determinação da resistência de aderência à tração. Rio de Janeiro, 2005.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13816: Placas cerâmicas para revestimento - Terminologia. Rio de Janeiro, 1997.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13817: Placas cerâmicas para revestimento - Classificação. Rio de Janeiro, 1997.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13818: Placas cerâmicas para revestimento – Especificação e métodos de ensaios. Rio de Janeiro, 1997. ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13753: Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com argamassa colante – Procedimento. Rio de Janeiro, 1996.

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01 dezembro/2017 ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13755: Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante – procedimento. Rio de Janeiro, 1996.

MACIEL, L.L., BARROS, M.M.S.B., SABBATINI, F.H., Apostila recomendações para a execução de revestimentos de argamassa para paredes de vedação internas e exteriores e tetos. São Paulo: 1998

MILITIO, José Antônio, Técnicas de construção civil e construção de edifícios. Sorocaba. SEMENSATO, M.M., SABBATINI, F.H., Apostila Produção de revestimentos cerâmicos para paredes de vedação em alvenaria: diretrizes básicas. São Paulo: 2001.

YAZIGI,Walid. A técnica de edificar. São Paulo: Pini: Sinduscon, 2009 Constução Passo-a-Passo / Organização da editora. São Paulo: Pini: 2009

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