• Nenhum resultado encontrado

ACREDITAÇÃO DE ORGANISMOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE: CONCEITOS E IMPORTÂNCIA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ACREDITAÇÃO DE ORGANISMOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE: CONCEITOS E IMPORTÂNCIA"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

ACREDITAÇÃO DE ORGANISMOS DE AVALIAÇÃO DA

CONFORMIDADE: CONCEITOS E IMPORTÂNCIA

Aldoney Freire Costa (Inmetro) - afcosta@inmetro.gov.br José Rodrigues de Farias Filho (UFF) - rodrigues@latec.uff.br

RESUMO

É crescente a importância da avaliação da conformidade como instrumento regulador do mercado interno e do mercado globalizado, pois é de grande relevância para o desenvolvimento industrial, para o incentivo ao comércio interno e externo e para proteção e defesa do consumidor. Para executar a atividade de declarar objetivamente a conformidade de produtos e serviços existem os Organismos de Avaliação da Conformidade (OACs), que executam atividades que incluem a certificação, inspeção, calibração e ensaios. Para garantir às partes interessadas, autoridades regulamentadoras, comprador e cidadãos, que os OACs são competentes no desempenho de suas atividades, existe a atuação dos organismos de acreditação que, com a devida imparcialidade, verificam a competência dos organismos de avaliação da conformidade. O artigo dá uma visão geral da relevância desta atividade e os conceitos envolvidos na acreditação de organismos de avaliação da conformidade..

Palavras-chave: Acreditação; Avaliação da conformidade; Competência

ABSTRACT

It is growing the importance of the evaluation of the conformity as instrument regulator of the internal market and of the market globally , because it is of great relevance for the industrial development, for the incentive to the internal and external trade and for protection and the consumer's defense. To execute the activity of declaring the conformity of products objectively and services exist the Conformity Assessment Bodies (CABs), that they execute activities that include the calibration, certification, inspection and testing. To guarantee to the interested parts, authorities regulamentadoras, buyer and citizens, that CABs is competent in the acting of their activities, it exists the performance of the accreditation bodies that, with the due impartiality, they verify the competence of the conformity assessment bodies. The article gives a general vision of the relevance of this activity and the concepts involved in the accreditation of conformity assessment bodies

(2)

1. INTRODUÇÃO

No mundo com uma economia globalizada, uma condição para que os produtos e serviços de uma economia possam ter a liberdade de circular internacionalmente, sem a necessidade de re-ensaios ou inspeções, é a necessidade que eles possuam sua avaliação da conformidade declarada.

Para executar a atividade de declarar objetivamente a conformidade de produtos e serviços existem os Organismos de Avaliação da Conformidade (OACs), que executam atividades que incluem a certificação, inspeção, calibração e ensaios.

Entende-se por certificação a atividade desenvolvida por um OAC para avaliar a conformidade de produtos, serviços e fornecedores quanto a especificações e/ou requisitos. Como exemplo temos a certificação de sistemas de gestão da qualidade, que atesta a conformidade do modelo de gestão de fabricação e de prestadores de serviço em relação a requisitos normativos estabelecidos pela ISO 9001:2000.

Para garantir às partes interessadas, autoridades regulamentadoras, comprador e cidadãos, que os OACs são competentes no desempenho de suas atividades, existe a atuação dos organismos de acreditação que, com a devida imparcialidade, verificam a competência dos organismos de avaliação da conformidade. Este sistema, mostrado na figura 1, além de transmitir confiança ao consumidor, cidadão e órgão regulamentador, facilita o comércio entre países.

Acreditação é o reconhecimento formal por um organismo de acreditação, de que um laboratório ou um organismo de certificação ou inspeção, atende a requisitos previamente definidos e demonstra ser competente para realizar suas atividades com confiança. Segundo a norma ABNT NBR ISO/IEC 17011:2005 a definição de acreditação é “atestação de terceira-parte relacionada a um organismo de avaliação da conformidade, comunicando a demonstração formal da sua competência para realizar tarefas específicas de avaliação da conformidade”.

No Brasil, o organismo que tem a autoridade para acreditar é o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, através da sua Unidade Principal, Coordenação Geral de Credenciamento – CGCRE. Tal atribuição lhe foi concedida pela a publicação da Resolução CONMETRO 08/92, em 24 de agosto de 1992, criou o Comitê Brasileiro de Certificação (CBC), atual Comitê Brasileiro de Avaliação da Conformidade (CBAC), com a função de aprovar procedimentos, critérios e regulamentos

(3)

para a acreditação de organismos de certificação. O INMETRO passava a acreditar e avaliar os organismos de certificação públicos e privados.

Figura 1 – Sistema de acreditação

Fonte: Norma ABNT NBR ISO/IEC 17011:2005 – Set/2005

Conforme o Regimento Interno do INMETRO, é da competência do Setor de Sistemas e de Treinamento (SESIT) gerenciar e executar as atividades de acreditação de organismos de certificação de sistemas e de treinamento.

A figura 2 apresenta um esquema simplificado da atividade de acreditação de organismos de certificação desenvolvida pela CGCRE/INMETRO.

Organismo de acreditação

Organismos de avaliação da conformidade

Produtos (incluindo serviços) Fornecedor Avalia a competência Avalia a conformidade

Organismos de acreditação avaliam a competência dos OAC. Eles podem facilitar o comércio, promovendo a aceitação global dos resultados de avaliação de conformidade emitidos pelos OAC acreditados. Isto é reforçado caso eles tenham sido avaliados por seus pares e sejam membros de acordos de reconhecimento mútuo entre organismos de acreditação.

Os OAC avaliam a conformidade de produtos, serviços e fornecedores quanto a especificações e/ou requisitos.

Compradores adquirem produtos (incluindo serviços) que estão em conformidade com as especificações ou compram de fornecedores que demonstram a

conformidade com requisitos específicos. Autoridades regulamentadoras podem fixar requisitos para produtos e fornecedores.

(4)

Figura 2 – Esquema de acreditação de organismos de certificação

2. METODOLOGIA

O objetivo geral desta pesquisa é o de contribuir para uma visão dos conceitos e importância envolvidos na atividade de acreditação de organismos de avaliação da conformidade.

Este estudo classifica-se como de pesquisa exploratória e descritiva, pois a pesquisa exploratória se presta a esclarecer conceitos e idéias em função de formulação de problemas mais precisos com o objetivo de proporcionar uma visão geral acerca da atividade de acreditação de organismos de avaliação da conformidade. A pesquisa exploratória também ajuda os pesquisadores a aumentar o seu grau de conhecimento sobre o tema pesquisado. Do ponto de vista da abordagem do problema, é uma pesquisa qualitativa. No delineamento do artigo, foram utilizados o referencial teórico, a análise documental e a coleta de informações, tomando-se como base o tema de acreditação de organismos de avaliação da conformidade.

3. DESENVOLVIMENTO

3.1. CONCEITO DE ACREDITAÇÃO

Oficialmente o termo acreditação foi introduzido no Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade (SBAC) através da resolução nº 5, de 10 de dezembro de 2003, do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – CONMETRO, que dispôs

Organismo Acreditador Cgcre/Inmetro

Reconhece a competência

Certificadora Certifica que a organização (empresa)

cumpre uma norma específica

Organização (empresa) Executa avaliação segundo

um Guia específico Ex.: Guia 62 ; 66

Produto/serviço Executa avaliação segundo

uma norma específica

Ex.: Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001:2000

(5)

sobre a alteração do termo “Credenciamento” para “Acreditação” para expressar reconhecimento de competência de organismos de avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO.

Tal alteração deveu-se ao fato de ser de prática internacional o uso do vocábulo “Acreditação” ao invés de “Credenciamento” e que a adoção do termo “Credenciamento” para expressar reconhecimento de competência estava trazendo dúvidas quanto ao seu significado, em razão de sua utilização para outras finalidades.

Neste trabalho utilizaremos o termo “acreditação”, mas ao nos referirmos a alguns títulos ou requisitos, poderemos também utilizar a palavra “credenciamento” para mantermos a fidelidade do referenciamento. Cabe também ressaltar que o prazo para a nova terminologia estar totalmente implantada é até 31 de dezembro de 2007.

A definição de acreditação contida na norma ABNT NBR ISO/IEC 17011:2005 significa que organismos independentes executam uma verificação imparcial da competência dos OACs para executarem atividades de avaliação da conformidade, transmitindo confiança para o comprador e as autoridades reguladoras sobre os produtos, processos ou serviços avaliados.

A acreditação originou-se no ambiente de laboratórios na Austrália e teve um crescimento exponencial nos anos 90. Atualmente todas as áreas de avaliação da conformidade, como certificação de sistema de gestão da qualidade, certificação de sistema de gestão ambiental, certificação de produtos, certificação de pessoas, calibração, ensaios e inspeção, têm a competência reconhecida pela acreditação. O conceito de acreditação é utilizado principalmente pela União Européia em grande intensidade, que teve uma contribuição importante para a operação de seu mercado comum. Os resultados obtidos com a acreditação são de grande importância, indicando que é um dos principais mecanismos para promover confiança e facilitar o comércio, não só regionalmente, mas também mundialmente.

A acreditação tem dois desafios importantes: primeiro, manter e fortalecer sua independência e imparcialidade, depois demonstrar que a sua utilização agrega valor ao produto, processo ou serviço avaliado. Um organismo de acreditação deve ter uma estrutura organizacional de modo a salvaguardar a objetividade e imparcialidade de suas atividades. A acreditação foi desenvolvida para reduzir avaliações e ensaios em duplicidade, pois fabricantes e consumidores estavam freqüentemente confrontados com múltiplas visitas de auditorias e inspeções, diferentes requisitos, invocando diferentes interpretações, e com a falta de aceitação de relatórios de avaliação da conformidade. Isto poderia ocorrer por falta de confiança na competência dos OACs. É desejado que a acreditação forneça aquela confiança

(6)

devido a sua função de controle. Para desenvolver sua função apropriadamente é necessário que o organismo de acreditação atue como um último nível de controle e não desempenhe funções não relacionadas diretamente com a acreditação.

O processo de acreditação não deve ignorar a evolução do mercado, mas não deve fazer parte do mercado. A acreditação deveria ser entendida como um serviço técnico à sociedade, e não deveria haver nenhuma diferenciação entre acreditação no setor voluntário e no setor regulador. Esta diferenciação conduziria, certamente, à duplicação de avaliações, produzindo assim um menor valor agregado ao produto, processo ou serviço.

3.2. NORMAS DE ACREDITAÇÃO

As normas de acreditação são elaboradas para harmonizar a exigência mundial para organizações que avaliam a competência de organismos de avaliação da conformidade, provendo um ponto de referência global para os organismos acreditadores assegurarem que eles operam de uma maneira coerente, segura e comparável aos outros OACs internacionais, provendo assim, confiança aos compradores e reguladores e facilitando o comércio exterior.

Atualmente, a norma de acreditação utilizada como referência no desempenho das atividades de acreditação do INMETRO, relativa à certificação de sistemas de gestão, é a ABNT NBR ISO/IEC 17011:2004, Avaliação de conformidade – Requisitos gerais para organismos de acreditação credenciando organismos de avaliação de conformidade. Esta norma é um guia que especifica os requisitos gerais para que um organismo seja reconhecido em nível nacional ou internacional como competente e confiável na avaliação e subseqüente acreditação de organismos de certificação de sistemas de gestão.

3.2.1 A ISO/IEC 17011

Em 1998, o CASCO tomou a decisão de criar uma nova norma para acreditação, pois existiam, na época, três diferentes documentos que cobriam a função acreditação, o ISO/IEC Guia 61, o ISO/IEC Guia 58 (Requisitos gerais para acreditação de laboratórios de ensaio e calibração) e a ISO/IEC TR 17010 (Requisitos gerais para acreditação de organismos de inspeção). Muitos organismos de acreditação solicitaram essa revisão, porque, em função de atividades bastante similares, eles tinham de demonstrar conformidade com dois ou três destes conjuntos de normas bastante repetitivos, mas ligeiramente diferentes, para os mesmos atributos.

(7)

Foi então lançada, em 2004, a primeira edição da ISO/IEC 17011 que cancela e substitui o ISO/IEC Guia 58, o ISO/IEC Guia 61 e a ISO/IEC TR 17010. De acordo com o IAF, os seus membros (Organismos de Acreditação) deverão implementar a adoção do novo padrão normativo em 2006.

A nova norma internacional especifica os requisitos gerais para organismos de acreditação que avaliam e concedem acreditação para organismos de avaliação da conformidade. Ela também é adequada como um documento de requisitos para o processo de avaliação de pares (peer evaluation) para acordos de reconhecimento mútuo entre organismos de acreditação.

Uma importante alteração no contexto da norma é a definição explícita dos serviços que os OACs operam, contemplada no item 1 Objetivo “...Para os fins desta Norma Internacional, OACs são organizações que provêm os seguintes serviços de avaliação da conformidade: ensaios, inspeção, certificação de sistemas de gestão, certificação de pessoal, certificação de produtos e, no contexto desta Norma Internacional, calibração. ...”

A ISO/IEC 17011:2004 é dividida em 8 (oito) partes, que são as seguintes:

• Objetivo (1); onde é descrita a finalidade de uso da norma, além de definir os serviços fornecidos pelos OACs;

• Referências Normativas (2); indica as referências de normas indispensáveis na aplicação da 17011;

• Termos e definições (3); nesta seção são definidos os principais termos utilizados na norma;

• Organismo de acreditação (4); os requisitos desta seção indicam como o organismo de acreditação deve manter sua estrutura organizacional, levando em conta a imparcialidade e confidencialidade, além de estabelecer minimamente como o organismo deve tratar suas atividades de acreditação, finanças e responsabilidade legal;

• Gestão (5); esta seção estabelece os requisitos associados à gestão do organismo acreditador, onde são avaliados, o sistema de gestão em si, o controle de documentos, a utilização dos registros, a gestão das não conformidades de suas próprias operações, as ações preventivas, auditorias internas, a análise crítica de seu sistema de gestão e o tratamento dado às reclamações;

• Recursos humanos (6); este conjunto de requisitos fornece critérios indicando como o organismo deve tratar não só o pessoal associado, mas também o pessoal

(8)

envolvido no processo de acreditação, seu monitoramento de desempenho e manutenção de registros relativos a estes recursos;

• Processo de acreditação (7); esta seção estabelece critérios gerais para efetuar a acreditação dos OACs, focando a solicitação de acreditação, análise crítica da solicitação, subcontratação da avaliação, se aplicável, a preparação para a avaliação, análise crítica de documentos e registros, a avaliação no local, análise das constatações e relatório da avaliação, tomada de decisão sobre a concessão de acreditação, apelações, reavaliação e supervisão, extensão de acreditação, suspensão, cancelamento ou redução de acreditação, manutenção de registros sobre OACs, ensaios de proficiência e outras comparações para laboratórios. Estes últimos, ensaios de proficiência e comparações, não são aplicáveis para acreditação de organismos de certificação de sistemas de gestão.

• Responsabilidade do organismo de acreditação (8); a última seção define os requisitos que devem ser exigidos como obrigações do OAC e como deve ser tratada a referência à acreditação e o uso de logomarcas.

3.3. O INTERNATIONAL ACCREDITATION FORUM (IAF)

O International Accreditation Forum (IAF) é uma associação mundial de Organismos de Acreditação e Avaliação da Conformidade, e outros organismos que atuam em avaliação da conformidade, nos campos de sistemas de gestão, produtos, serviços, pessoal ou outros programas similares de avaliação da conformidade. Sua função principal é o desenvolvimento de um programa único, abrangendo todo o mundo, de avaliação da conformidade, para reduzir os riscos para produtores e consumidores, garantindo que os certificados acreditados possam oferecer confiança. A acreditação garante aos usuários do sistema, a competência e a imparcialidade do organismo acreditado.

O papel principal do IAF é garantir que seus membros somente acreditem organismos que sejam competentes para realizar as atividades de certificação livres de conflitos de interesses. Outra função extremamente relevante do IAF é o estabelecimento de acordos mútuos de reconhecimento, conhecidos como Multilateral Recognition Arrangements (MLA), entre seus membros, que são acreditadores, que garantem que um certificado acreditado pode oferecer confiança em qualquer parte do mundo. Os organismos de acreditação membros do IAF são admitidos ao MLA somente após uma avaliação estrita de suas operações por uma

(9)

equipe de avaliação de pares encarregada em assegurar de que o membro candidato cumpre inteiramente com os padrões internacionais e as exigências do IAF.

A participação como membro do IAF é aberta a organismos que conduzem e administram programas pelos quais acreditam organismos (OACs) para certificar sistemas da qualidade, produtos, serviços, pessoal e sistemas de gestão ambiental. Os organismos acreditadores devem declarar suas intenções de se juntar ao MLA do IAF, reconhecendo a equivalência dos outros organismos acreditadores como similares aos seus.

3.4. INMETRO

3.4.1 VISÃO GERAL DO INMETRO

O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO - é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que atua como Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (CONMETRO), colegiado interministerial, que é o órgão normativo do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (SINMETRO).

Objetivando integrar uma estrutura sistêmica articulada, o SINMETRO, o CONMETRO e o INMETRO foram criados pela Lei 5.966, de 11 de dezembro de 1973, cabendo a este último substituir o então Instituto Nacional de Pesos e Medidas (INPM) e ampliar significativamente o seu raio de atuação a serviço da sociedade brasileira.

No âmbito de sua ampla missão institucional, o INMETRO objetiva fortalecer as empresas nacionais, aumentando sua produtividade por meio da adoção de mecanismos destinados à melhoria da qualidade de produtos e serviços.

Sua missão é promover a qualidade de vida do cidadão e a competitividade da economia através da metrologia e da qualidade.

Dentre as competências e atribuições do INMETRO destacam-se:

• Executar as políticas nacionais de metrologia e da qualidade;

• Verificar a observância das normas técnicas e legais, no que se refere às unidades de medida, métodos de medição, medidas materializadas, instrumentos de medição e produtos pré-medidos;

• Manter e conservar os padrões das unidades de medida, assim como implantar e manter a cadeia de rastreabilidade dos padrões das unidades de medida no Brasil,

(10)

de forma a torná-las harmônica internamente e compatíveis no plano internacional, visando, em nível primário, à sua aceitação universal e, em nível secundário, à sua utilização como suporte ao setor produtivo, com vistas à qualidade de bens e serviços;

• Fortalecer a participação do Brasil nas atividades internacionais relacionadas com metrologia e qualidade, além de promover o intercâmbio com entidades e organismos estrangeiros e internacionais;

• Prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO, bem como aos seus comitês de assessoramento, atuando como sua Secretaria-Executiva;

• Fomentar a utilização da técnica de gestão da qualidade nas empresas brasileiras;

• Planejar e executar as atividades de acreditação de laboratórios de calibração e de ensaios, de provedores de ensaios de proficiência, de organismos de certificação, de inspeção e de outros, necessários ao desenvolvimento da infra-estrutura de serviços tecnológicos no Brasil; e

• Coordenar, no âmbito do SINMETRO, a certificação compulsória e voluntária de produtos, de processos, de serviços e a certificação voluntária de pessoal.

3.4.2. ESTRUTURA DO INMETRO

O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO - é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O INMETRO tem uma estrutura organizacional composta por Diretorias e Coordenações, que respondem diretamente à Presidência do Instituto. Estes órgãos são os responsáveis pela condução das atividades que constituem as atribuições do INMETRO. A atual estrutura organizacional está descrita na portaria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, nº 116, de 9 de julho de 2003, que publicou o Regimento Interno do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, com a estrutura demonstrada na figura 3.

(11)

Figura 3 – Estrutura organizacional do INMETRO

Fonte: Página da WEB do INMETRO. Disponível em: <http://www.desenvolvimento.gov.br>. Acesso em: 12 dez. 2005.

A unidade organizacional do INMETRO encarregada de planejar e executar as atividades de acreditação de laboratórios de calibração e de ensaios, de provedores de ensaios de proficiência, de organismos de certificação, de inspeção, de treinamento e de outros é a Coordenação Geral de Credenciamento (CGCRE), e tem suas atribuições definidas no art. 13º do Regimento Interno do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, com a seguinte redação:

Art. 13º - À Coordenação-Geral de Credenciamento compete planejar, dirigir, orientar, coordenar e executar as atividades de credenciamento e, especificamente: I - atuar como órgão credenciador de organismos de certificação, de inspeção, de verificação de desempenho, de treinamento e de provedor de ensaios de proficiência, bem como órgão credenciador de laboratórios de calibração e de ensaios e de outros organismos necessários ao desenvolvimento da infra-estrutura de serviços tecnológicos no País;

II - coordenar as ações de reconhecimento internacional e regional relacionadas às atividades de credenciamento; e

(12)

III - participar de Foros Internacionais e Regionais relacionados às atividades de credenciamento.

Para executar suas atividades, a Cgcre possui uma estrutura composta de duas divisões, uma que trata de acreditação de laboratórios, Divisão de Credenciamento de Laboratórios (Dicla) e outra que operacionaliza as acreditações de organismos de certificação e inspeção, Divisão de Credenciamento de Organismos (Dicor), como mostrado na figura 4.

No âmbito da Dicor, com a finalidade de acreditar organismos de certificação de sistemas de gestão, existe o Setor de Sistemas e Treinamentos (Sesit), que é o setor responsável pela execução das atividades que são objeto desta pesquisa.

Figura 4 – Estrutura organizacional da CGCRE

Fonte: Página da WEB do INMETRO. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/inmetro/estrutura/ estruturaCgcre.asp>. Acesso em: 12 dez. 2005.

3.4.3. OS TIPOS DE ACREDITAÇÃO DO INMETRO

O INMETRO acredita organismos de avaliação da conformidade baseado no cumprimento dos requisitos estabelecidos nas seguintes Normas Internacionais para os diferentes tipos de avaliação da conformidade:

(13)

• NBR ISO/IEC 17025 para Laboratórios de Ensaios e Calibração;

• ISO 17020, e em critérios estabelecidos pela Coordenação Geral de Credenciamento (CGCRE), para Organismos de Inspeção;

• NBR ISO / IEC Guia 65 para Organismos de Certificação de Produtos;

• NBR ISO / IEC Guia 62 para Organismo de Certificação de Sistemas de Gestão da Qualidade;

• NBR ISO / IEC Guia 66 para Organismo de Certificação de Sistemas de Gestão Ambiental;

• ABNT NBR ISO /IEC 17024 para Organismos de Certificação de Pessoas;

4. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

O artigo teve a intenção de contribuir com informações que demonstram a relevância da atividade de acreditação de organismos de avaliação da conformidade que é desenvolvida no Brasil através do Inmetro.

Ao apresentar a conceituação de acreditação e a sua importância na atividade de avaliação da conformidade, fazendo parte de uma estratégia competitiva para a participação do Brasil no comércio internacional, o artigo pretende incentivar a busca de atividades de avaliação da conformidade com a competência reconhecida através da acreditação, pois isto assegura a qualidade dos seus produtos, processos ou serviços, beneficiando-se com a melhoria da produtividade e aumento da competitividade, e tornando a concorrência mais justa, na medida em que indica, claramente, os produtos, processos ou serviços que atendem aos requisitos especificados.

5. REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT ISO/IEC Guia 2: normalização e atividades relacionadas. Vocabulário geral. Rio de Janeiro, 1998.

_________. ABNT ISO/IEC Guia 61: requisitos gerais para avaliação e credenciamento de organismos de certificação/ registro. Rio de Janeiro, 1997.

_________. ABNT ISO/IEC Guia 62: requisitos gerais para organismos que operam avaliação e certificação/ registro de sistemas da qualidade. Rio de Janeiro, 1997.

(14)

_________. NBR ISO 9000: Sistemas de gestão da qualidade. Fundamentos e vocabulário. Rio de Janeiro, 2000.

_________. NBR ISO 9001: Sistemas de gestão da qualidade. Requisitos, Rio de Janeiro, 2000.

_________. NBR ISO 14001: Sistemas de gestão ambiental. Especificação e diretrizes para uso. Rio de Janeiro, 1996.

_________. NBR ISO/IEC 17011:2005: Avaliação de conformidade – Requisitos gerais para organismos de acreditação credenciando organismos de avaliação de conformidade, 2005. COOPER, Donald R. & SCHINDLER, Pamela S. Métodos de pesquisa em Administração. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.

INMETRO. Informações institucionais e diversas. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br>. Acesso em: 12 dez. 2005

INTERNATIONAL ACCREDITATION FORUM. Informações institucionais e diversas. Disponível em: <http://www.iaf.nu>. Acesso em: 14 out. 2005

INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. ISO/IEC 17011: 2004. General requirements for accreditation bodies accrediting conformity assessment bodies, 2004.

KERREBYN, Joan Brough M.Sc. Independency & impartiality, cornerstones for designing an accreditation body, essential requirements for accreditation body. In: ILAC/IAF CONFERENCE. Berlim, Alemanha, 2002.

PORTER, Michael E. Competição: estratégias competitivas essenciais. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

_____. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1996.

SILVA, Edna Lúcia, MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. 3. ed. Florianópolis: EPS/UFSC, 2001.

SINHA, Madhav; WILBORN, Walter. The management of quality assurance. New York:John Wiley, 1985.

Referências

Documentos relacionados

Como resultado, os entrevistados disseram que identificam a necessidade de irem ao supermercado quando são atraídos por promoções, que realizam uma compra através

Figura 52 - Variação entre valores observados e valores estimados da série IRI – Idade para a secção 1060

Os profissionais de marketing devem desenvolver campanhas de modo que suas ações sejam apontadas e continue na memória do consumidor realizando influência no seu

Durantes nove dias, 30 de abril a 11 de maio, a CEDEAO for- mou em Eurotrace SQL quatro colaboradores do INE, dois do sexo feminino e dois do sexo masculino, um do Depar- tamento

Homem é detido por pegar o celular da esposa para ver mensagens do zap-zap.. Ele desconfia de traição da campanheira

 Marcha Atáxica Espinhal ou Tabética Perturbação da sensibilidade propioceptiva Ao tentar andar, o pé do paciente levanta-se demasiado, sendo atirado para o solo com força

– a associação entre os escores Carter-Rowe, da UCLA e de Constant-Murley com as variáveis clínicas (idade, gênero, tipo de lesão e posição da cirurgia) foi avaliada pelo teste

6.2 O(a) Pesquisador(a) que não cumprir as formalidades de entrega do relatório final, correspondente à projeto aprovado em qualquer dos editais BPA do período anterior,