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o anglo resolve o vestibular da GV-SP Direito 1 a fase novembro 2011

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Texto

(1)

Faz parte do ciclo de aprendizagem no Anglo: aula dada, aula

es-tudada, prova, diagnóstico.

Este trabalho, pioneiro, é mais que um gabarito: a resolução que

segue cada questão reproduzida da prova constitui uma

oportuni-dade para se aprender a matéria, perceber um aspecto diferente,

rever um detalhe. Como uma aula.

É útil para o estudante analisar outros modos de resolver as

questões que acertou e descobrir por que em alguns casos errou —

por simples desatenção, desconhecimento do tema, difi culdade de

relacionar os conhecimentos necessários para chegar à resposta.

Em resumo, deve ser usado sem moderação.

A seleção dos candidatos às 50 vagas do curso de graduação em

Di-reito da FGV-SP é realizada em duas fases, com o seguinte formato:

• Primeira fase — 7 provas discursivas, assim distribuídas:

1

o

DIA (4 horas de duração) QUESTÕES

PESO

1

2

3

Redação

Língua Portuguesa

Inglês

1

3

3

2

1

1

2

o

DIA (4 horas de duração) QUESTÕES

PESO

4

5

6

7

Artes Visuais

História

Geografi a

Raciocínio Lógico-Matemático

3

3

3

3

1

1

1

1

Cada prova vale dez pontos, e as notas são padronizadas

estatis-ticamente.

Estará automaticamente eliminado do processo seletivo o

candi-dato que se enquadrar em qualquer das seguintes situações:

a) obtiver nota bruta inferior a 3 (três) em qualquer uma das

seguintes provas:

Redação, Língua Portuguesa, Inglês, História e Geografi a;

b) obtiver nota zero em qualquer uma das provas;

c) faltar a qualquer uma das provas.

o vestibular

da GV-SP

Direito

1

a

fase

novembro

2011

o

anglo

resolve

Aula Estudada Aula Dada Prova Diagnós-tico

(2)

Para a segunda fase, classifi cam-se apenas cinco candidatos por

vaga, considerando-se a média ponderada das notas da primeira

fase. Havendo empate na última colocação, todos que a tiverem

atingido serão convocados para a segunda fase.

Segunda fase — Exame Oral, com duração máxima prevista de

uma hora e meia e peso 2.

Estará automaticamente eliminado do processo seletivo o

can-didato que obtiver nota bruta inferior a 3 (três) no Exame Oral.

O resultado fi nal de cada candidato é obtido por meio da média

ponderada das notas padronizadas das duas fases, aplicados os

respectivos pesos.

(3)

Texto para a questão 1 (a, b e c)

Os mecanismos constitucionais que caracterizam o Estado de direito têm o objetivo de defender o in-divíduo dos abusos do poder. Em outras palavras, são garantias de liberdade, da assim chamada liberdade negativa, entendida como esfera de ação em que o indivíduo não está obrigado por quem detém o poder coativo a fazer aquilo que não deseja ou não está impedido de fazer aquilo que deseja. Há uma acepção de liberdade — que é a acepção prevalecente na tradição liberal — segundo a qual “liberdade” e “poder” são dois termos antitéticos, que denotam duas realidades em contraste entre si e são, portanto, incompatíveis: nas relações entre duas pessoas, à medida que se estende o poder (poder de comandar ou de impedir) de uma diminui a liberdade em sentido negativo da outra e, vice-versa, à medida que a segunda amplia a sua esfera de liberdade diminui o poder da primeira. Deve-se agora acrescentar que para o pensamento libe-ral a liberdade individual está garantida, mais que pelos mecanismos constitucionais do Estado de direito, também pelo fato de que ao Estado são reconhecidas tarefas limitadas à manutenção da ordem pública in-terna e inin-ternacional. No pensamento liberal, teoria do controle do poder e teoria da limitação das tarefas do Estado procedem no mesmo passo: pode-se até mesmo dizer que a segunda é a conditio sine qua non da primeira, no sentido de que o controle dos abusos do poder é tanto mais fácil quanto mais restrito é o âmbito em que o Estado pode estender a própria intervenção, ou mais breve e simplesmente no sentido de que o Estado mínimo é mais controlável do que o Estado máximo. Do ponto de vista do indivíduo, do qual se põe o liberalismo, o Estado é concebido como um mal necessário; e enquanto mal, embora necessário (e nisso o liberalismo se distingue do anarquismo), o Estado deve se intrometer o menos possível na esfera de ação dos indivíduos.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

Noberto Bobbio, Liberalismo e democracia. São Paulo: Brasiliense, 2006.

Questão 1

a) Considerada no contexto, a expressão “liberdade negativa” (l. 2-3) deve ser entendida como algo positivo para o indivíduo. Você concorda com essa afi rmação? Justifi que sua resposta.

b) Considerando o gênero a que pertence o texto, é adequado, do ponto de vista lógico, o emprego da ex-pressão latina “conditio sine qua non” (l. 13)? Justifi que sua resposta.

c) É correto afi rmar que os prefi xos que ocorrem nas palavras “antitéticos” (l. 6) e “anarquismo” (l. 18) têm o mesmo sentido que os prefi xos formadores, respectivamente, das palavras “antediluviano” e “amoral”? Justifi que sua resposta.

Resolução

a) Sim. A “liberdade negativa”, segundo o texto, deve ser “entendida como esfera de ação em que o in-divíduo não está obrigado por quem detém o poder coativo a fazer aquilo que não deseja ou não está impedido de fazer aquilo que deseja”. Trata-se de um algo positivo para o indivíduo, pois, por meio desse princípio, as pessoas percebem que há instrumentos para defendê-las contra o “abuso de poder”. A Consti-tuição brasileira, por exemplo, prevê no inciso II do seu artigo 5o: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar

de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Assim, a “liberdade negativa” garante que o indivíduo faça o que quer e não faça o que não quer, a não ser que uma lei, que é um instrumento de poder, limite essa liberdade.

b) Sim. Quando o enunciador afi rma “pode-se até mesmo dizer que a segunda é a conditio sine qua non da primeira”, ele emprega uma expressão latina que signifi ca “condição sem a qual não”, “condição essen-cial” para algo. Trata-se de um registro culto, formal, erudito, adequado ao gênero “divulgação científi ca”, pois o texto de Bobbio é um ensaio acadêmico, voltado para discussões na área da ciência política.

c) No caso de “anarquismo” e “amoral”, sim. Ambas as palavras são formadas pelo prefi xo “a(n)-”, que tra-duz a ideia de negação, de privação: “anarquismo” signifi ca a negação do poder, enquanto “amoral”, a privação da moral. Já no caso de “antitéticos” e “antediluviano”, os prefi xos formadores dessas palavras não têm o mesmo sentido: “ant(i)-” indica “de encontro a, contra, em lugar de, em oposição a”, enquanto “ante-” signifi ca “em frente de, antes de”: assim, “antitéticos” é o que se opõe à tese, enquanto “antedi-luviano” designa o que ocorreu antes do dilúvio.

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P

P

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O

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O

R

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T

T

T

G

G

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S

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(4)

Texto para a questão 2 (a e b)

Estes fragmentos pertencem a um Relatório escrito por Graciliano Ramos e enviado ao Governador de Ala-goas, quando o escritor ocupava o cargo de prefeito de uma cidade do interior desse estado.

“Em janeiro do ano passado, não achei no Município nada que parecesse com lei, fora as que havia na tradição oral, anacrônicas, do tempo das candeias de azeite.

Constava a existência de um código municipal, coisa inatingível e obscura. Procurei, rebusquei, esquadri-nhei, estive quase a recorrer ao espiritismo, convenci-me que o código era uma espécie de lobisomem.

Afi nal, em fevereiro, o secretário descobriu-o entre papéis do Império. Era um delgado volume impresso em 1865, encardido e dilacerado.”

“Se a iluminação da cidade custou muito, a culpa não é minha: é de quem fez o contrato com a empresa fornecedora de luz. Apesar de ser o negócio referente à claridade, julgo que assinaram aquilo às escuras. É um bluff. Pagamos até a luz que a lua nos dá.”

“Relativamente à quantia orçada, os telegramas custaram pouco. De ordinário vai para eles dinheiro con-siderável. Não há vereda aberta pelos matutos que prefeitura do interior não ponha no arame, proclamando que a coisa foi feita por ela; comunicam-se as datas históricas ao Governo do Estado, que não precisa disso; todos os acontecimentos políticos são badalados. Porque se derrubou a Bastilha — um telegrama; porque se deitou pedra na rua — um telegrama; porque o deputado F. esticou a canela — um telegrama.”

Graciliano Ramos, Relatório, in Viventes das Alagoas. São Paulo: Martins, 1967.

Questão 2

a) A leitura do texto revela algumas características do modo de administrar do prefeito Graciliano Ramos. Indique duas delas, explicando sucintamente.

b) No que toca à linguagem utilizada em sua redação, o texto corresponde ao que se espera de um Relatório administrativo padrão? Justifi que sua resposta.

Resolução

a) Em todo o fragmento, a característica mais evidente do modo de administrar de Graciliano Ramos é a aus-teridade: o prefeito mostra evidente incômodo com o elevado custo da iluminação pública, resultante de contrato fi rmado por gestão anterior, e toma medidas para conter as despesas com telegramas, criticando o hábito dos prefeitos das pequenas cidades de expedi-los a qualquer pretexto.

Além dessa característica, podem também ser listadas outras duas:

1) a preocupação com o respeito à lei, buscando maior impessoalidade no trato da coisa pública. Isso fi ca evidente no seu empenho para recuperar o código municipal e também no respeito ao contrato fi rma-do com a empresa fornecerma-dora de luz, apesar de considerá-lo danoso ao município.

2) a recusa aos formalismos típicos da burocracia e a objetividade, perceptíveis na linguagem direta e até informal empregada no relatório.

b) Não. Os relatórios administrativos padrão costumam ser caracterizados por uma linguagem ofi cialesca, ritualizada, marcada por maneirismos que tencionam criar um efeito de grandiloquência e subserviência às esferas hierarquicamente superiores, muitas vezes em prejuízo da clareza e da precisão da informação. O texto de Graciliano, ao contrário, é enxuto, claro e preciso. O prefeito dá clara preferência à linguagem corrente, expõe seus pontos de vista sem rodeios, permitindo-se, até mesmo, alguns arroubos de informa-lidade e de humor crítico, tais como: “estive quase a recorrer ao espiritismo”; “o código era uma espécie de lobisomem”; “Apesar de ser negócio referente à claridade, julgo que assinaram aquilo às escuras”, “porque o deputado F. esticou a canela — um telegrama”.

Texto para a questão 3 (a, b e c)

Este texto foi extraído de um conto de Monteiro Lobato, cujo personagem principal enlouquece, quando vê seu cafezal inteiramente destruído pela geada.

E a geada veio! Não geadinha mansa de todos os anos, mas calamitosa, geada cíclica, trazida em ondas do Sul. O sol da tarde, mortiço, dera uma luz sem luminosidade, e raios sem calor nenhum. Sol boreal, tiritante. E a noite caíra sem preâmbulos.

Deitei-me cedo, batendo o queixo, e na cama, apesar de enleado em dois cobertores, permaneci entanguido uma boa hora antes que ferrasse no sono. Acordou-me o sino da fazenda, pela madrugada. Sentindo-me enregelado, com os pés a doerem, ergui-me para um exercício violento. Fui para o terreiro.

(5)

O relento estava de cortar as carnes — mas que maravilhoso espetáculo! Brancuras por toda a parte. Chão, árvores, gramados e pastos eram, de ponta a ponta, um só atoalhado branco. As árvores imóveis, inteiriçadas de frio, pareciam emersas dum banho de cal. Rebrilhos de gelo pelo chão. Águas envidradas. As roupas dos varais, tesas, como endurecidas em goma forte. As palhas do terreiro, os sabugos de ao pé do cocho, a telha dos muros, o topo dos moirões, a vara das cercas, o rebordo das tábuas — tudo polvilhado de brancuras, lactescente, como chovido por um suco de farinha. Maravilhoso quadro! Invariável que é a nossa paisagem, sempre nos mansos tons do ano inteiro, encantava sobremodo vê-la súbito mudar, vestir-se dum esplendoroso véu de noiva — noiva da morte, ai!…

Monteiro Lobato, O drama da geada, in Negrinha. São Paulo: Brasiliense, 1951.

Questão 3

a) Em outra passagem do conto, o narrador afi rma: “Só então me acudiu que o belo espetáculo que eu até ali só encarara pelo prisma estético tinha um reverso trágico: a morte do heroico fazendeiro”.

O que o narrador chama de “prisma estético” pode ser identifi cado no excerto aqui reproduzido? Justifi que sua resposta.

b) Tendo em vista as variedades linguísticas da língua portuguesa, justifi ca-se o emprego, no texto, de expressões como “geadinha mansa”, “batendo o queixo” e “ferrasse no sono”? Explique.

c) As frases nominais podem ser usadas nas descrições esquemáticas. Esse tipo de recurso foi usado no texto? Justifi que sua resposta.

Resolução

a) Sim. O plano do conteúdo do texto se refere à questão estética, ou seja, em olhar a geada como se fosse uma obra de arte, uma pintura. No plano da expressão, o enunciador usa a linguagem com função esté-tica, não utilitária: o modo de dizer, em outros termos, estetiza o que é dito. O recurso, por exemplo, a antítese, revela o contraste entre o “belo” e o “trágico” na manifestação da complexidade da vida.

b) O texto de Monteiro Lobato é um conto, uma espécie que pertence aos gêneros literários, nos quais a função estética predomina sobre a utilitária. Num relatório, por exemplo, a descrição da geada seria mais técnica, esquemática, formal, uma vez que este é um gênero mais rígido, com menor espaço à enunciação individual, ao estilo do autor. O conto, em contrapartida, é um gênero mais plástico, isto é, com maior abertura ao estilo pessoal do enunciador. Isso permite, por exemplo, o uso do diminutivo afetivo em “geadinha mansa”, e de expressões mais informais, como “batendo queixo” e “ferrasse no sono”. Se num relatório deve se pautar pela formalidade, aqui o gênero permite a utilização de diferentes variantes e do tom informal. c) No texto há uma série de frases nominais, como, por exemplo, “sol boreal, tiritante”, ”brancuras por toda

parte”, e “águas envidradas”. Após uma enumeração de frases nominais, uma as retoma e sintetiza: “tudo polvilhado de brancuras, lactescente”. Por fi m, tudo resumido pela frase nominal “maravilhoso quadro”. Como se percebe, não se trata aqui de uma descrição esquemática, mas de uma descrição com função estética, criando efeito de subjetividade. Se a descrição esquemática “faz ver”, esta “faz sentir”: por meio das pala-vras, é como se as frases nominais ajudassem a pintar um quadro impressionista.

(6)

CAN A COLOUR BE A TRADEMARK?

In the 20 years since Christian Louboutin made his fi rst pair of ladies’ shoes with shiny red-lacquered soles, his vertiginously heeled, sexy, colourful and nearly unwearable creations have become an object of desire for celebrities like [Jennifer] Lopez, Angelina Jolie and Madonna, who even lets her daughter Lourdes wear a metal-studded number. Today the puckish Frenchman is the biggest star in high-fashion shoe design, selling about 240,000 pairs a year in America at prices ranging from $395 for espadrilles to as much as $ 6,000 for a “super-platform” pump covered in crystals. The revenue of his company, Louboutin, is forecast at $ 135m this year.

Yet all this could be at risk, says Louboutin’s lawyer, if Yves Saint Laurent (YSL), another fashion fi rm, continues to gain the upper hand in a legal dispute between the two companies. On August 10th a district court in New York refused to grant a preliminary injunction stopping YSL from selling shoes with a red sole that Louboutin says infringe its trademark. The judge did not believe that a designer could trademark a colour. He asked both parties to appear again in court on August 19th to decide how to proceed with the case.

“We don’t like it,” says Harley Lewin of McCarter & English, an American law fi rm which is representing Louboutin. The judge has overreached, according to Mr Lewin, by making this a case about the justifi cation of Louboutin’s trademark rather than a ruling on a request for a temporary injunction prohibiting the sale of red-soled YSL shoes. He intends to appeal against the decision.

Louboutin sued YSL alleging that several of its rival’s shoes infringed Louboutin’s trademark on women’s shoes with a red outsole, which was granted to the company in 2008 by America’s Patent and Trademark Offi ce. Louboutin identifi es the shade it uses as “Chinese red”, but argues that any confusingly similar shade would infringe the trademark. YSL’s offending shoes are red all over.

In denying the request for an injunction the judge said that in the fashion industry colour serves ornamental and aesthetic functions vital to robust competition, so Louboutin was unlikely to be able to prove that its brand was entitled to trademark protection. He acknowledged that courts had recognised the use of colour in trademarks in the fashion industry before, but only in patterns with multiple designs such as the Louis Vuitton logo or Burberry check. Trademarks have been given to single colours for industrial products, such as yellow for Post-it notes.

Louboutin retorts that granting a trademark to one or several colours, such as Gucci’s stripes, is the same. Moreover, it maintains that Christian Louboutin was the fi rst to use red outsoles. Not true, says its opponent, who claims that King Louis XIV had red-heeled dancing shoes in the 18th century and Dorothy danced in ruby slippers in “The Wizard of the Oz”.

The judge has made up his mind that no fashion designer should be allowed a monopoly on colour because as artists they all need to be able to use the full palette. To make this point, he imagined Picasso taking Monet to court over the use of blue in his painting of water lilies, because it was the same or close to the distinctive shade of indigo, the “colour of melancholy” he used in his Blue Period.

Moreover, unlike patent law, trademarks are never about granting monopolies, argues David Bernstein, a lawyer for YSL at Debevoise and Plimpton. Trademarks are merely the right to indicate the origin of a product or service.

Susan Scafi di of Fordham University School of Law in New York says that the judge sidestepped the important question by boiling the argument down to aesthetic functionality. The true challenge of the case, says Ms Scafi di, is to determine when the use of colours on a portion of apparel is a design element and when it is a trademark. It will now be the job of an appeal court to rule on the matter.

And if Louboutin loses again, the company says it will take its case all the way to the Supreme Court.

–- Adapted from The Economist August 20th 2011

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(7)

Introduction

This article from The Economist discusses a legal dispute between two rival fashion companies. Read the text and answer the questions below. You are advised to read the questions carefully and give answers that are of direct relevance and written in English. Copying from the article is unacceptable.

In answering the questions, you may use American English or British English, but you must be consistent throughout.

(This question tests your understanding of the text, as well as your ability to identify and paraphrase the relevant pieces of information.)

Questão 1

Two major fashion companies, Christian Louboutin and Yves Saint Laurent (YSL) have gone to court because of a controversy involving shoe design. In your own words, what caused this controversy? What are the facts of the case and what are the two opponents’ main arguments? What did the judge decide and how did he justify his decision? What examples did he use?

Resolução

The controversy was caused over a demand on a trademark colour. Christian Louboutin claims to have the right to use red-soled women’s shoes, whereas Yves Saint Laurent states that there is no exclusivity over the use of such colour in shoes.

Louboutin claims to have the patent and therefore any hue of red would be an infringment of it.

Louboutin also retorts that the granting of a trademark to one or many colours as in Gucci’s articles is no different from the present case. Furthermore Louboutin claims to be the fi rst one to use red outsoles.

On the other hand, YSL stated that king Louis XIV had red-heeled dancing shoes centuries before and that a character from “The Wizard of the Oz” had danced in red slippers.

The judge has determined that no one in fashion should monopolise colours. To highlight his point of view, he cited Picasso and Monet in a dispute over the use of blue.

He exemplifi ed the use of blue in Monet’s water lillies as not being a monopoly of Picasso’s use of blue.

(This question tests your ability to express yourself in a manner that is clear, precise, and relevant. You should write about 100 words.)

Questão 2

As mentioned in the last paragraph of the article, Fordham University law professor Susan Scafi di believes that the judge failed to address the most important issue in the case of Christian Louboutin vs. YSL. Identify and discuss that issue. Keeping in mind that the fashion industry, along with many other consumer product industries, is supported by a fundamental aesthetic component, discuss the potential consequences of Ms. Scafi di’s point of view. Is her point of view the right one? Give reasons and examples to support your opinion.

Resolução Colour as:

1) Design element — as an ornament;

— freely used, it cannot be patented; — fulfi llment of aesthetics;

— an element of a whole. 2) Trademark

— granted right of use offi cially; — colours mean brand identifi cation; — fi rst come, fi rst serve;

— jurisprudence.

Potential consequences of Ms. Scafi di’s point of view: — creativity annihilation;

(8)

(This question tests your ability to construct a balanced, considered, and fl uent argument in the form of a short composition. The quotation below highlights one aspect of an important U.S. commercial law. Read the quote and answer the question. You should write about 120 words.)

The Sherman Antitrust Act, passed in 1890, prohibits “unreasonable restraints upon and monopolization of trade in interstate and foreign commerce.”

(Source: Barron’s Law Dictionary)

Questão 3

In answering this question, take the Sherman Antitrust Act into account and consider the following statement: If someone steals your car, you no longer have your car, but if someone steals your idea, you still have your idea.

With all of this in mind, discuss whether Christian Louboutin’s complaint against YSL is justifi able from a legal or any other standpoint. Looking at the larger picture, you may examine the importance of brand and quality and take into account factors such as aesthetic freedom, the creativity needed in order to produce great fashion, the monetary loss or gain that might result from a “stolen” idea, and the intensely personal nature of consumer fashion preference. Is fashion art or business?

Resolução

— Colour is attached to a logo, it becomes part of its identifi cation; — the respect for authorship;

— freedom in order to create outstanding fashion; — ideas are costly;

— preferences are unquestionable;

(9)

Redação

Leia com atenção os seguintes textos:

Texto I

O fi lósofo brasileiro Paulo Arantes apresenta e discute uma tendência sociológica — corrente nos Esta-dos UniEsta-dos e em países europeus desenvolviEsta-dos — que acredita que está ocorrendo uma “brasilianização do mundo”. Segundo essa opinião, o Brasil estaria se convertendo em um modelo social para o mundo, mas um modelo negativo: nas últimas décadas, até países ricos estariam apresentando um quadro “brasileiro”, cujos traços principais seriam: favelização das cidades, insegurança generalizada, precarização (“fl exibilização”) do trabalho, distanciamento maior entre centro e periferia, “jeitinho” (brasileiro) para negociar com a norma etc.

Assim, para a referida tese da “brasilianização”, o Brasil seria “o país do futuro”, só que de um futuro que promete mais regressão e anomia social.

Paulo Arantes. “A fratura brasileira do mundo”. Zero à esquerda. S. Paulo, Conrad, 2004.

Texto II

O antropólogo brasileiro Roberto da Matta assim reagiu a essas teses da “brasilianização do mundo”: “O uso da expressão brasilianização para exprimir um estado de injustiça social me deixa ferido e preocu-pado. De um lado, nada tenho a dizer, pois a caracterização é correta. De outro, tenho a dizer que o modelo de Michael Lind exclui várias coisas. A hierarquia e a tipifi cação da estrutura social do Brasil indicam um modo de integração social que tem seus pontos positivos. Nestes sistemas, conjugamos os opostos e aceitamos os paradoxos da vida com mais tranquilidade. Seria este modo de relacionamento incompatível com uma socie-dade viável em termos de justiça social? Acho que não. Pelo contrário, penso que talvez haja mais espaço para que estes sistemas híbridos e brasilianizados sejam autenticamente mais democráticos que estas estruturas rigidamente defi nidas, nas quais tudo se faz com base no sim ou no não. Afi nal, entre o pobre negro que mora na periferia e o branco rico que mora na cobertura há muito confl ito, mas há também o carnaval, a co-mida, a música popular, o futebol e a família. Quero crer que o futuro será mais dessas sociedades relacionais do que dos sistemas fundados no confl ito em linhas étnicas, culturais e sociais rígidas. De qualquer modo, é interessante enfatizar a presença de um estilo brasileiro de vida como um modelo para os Estados Unidos. É sinal de que tem mesmo água passando embaixo da ponte.”

Idem. p. 60. Adaptado.

Texto III

Por sua vez, o compositor e escritor Jorge Mautner posicionou-se, quanto à mesma questão, da seguinte maneira:

A minha trajetória de vida me faz interpretar o Brasil pela forma radical da amálgama. Essa é a pedra fundamental do século 21. A amálgama é miscigenação, mas vai além: é ela que possibilita ao brasileiro rein-terpretar tudo de novo em apenas um segundo, e mais ainda, a absorver pensamentos contrários, atingindo o caminho do meio, que era o sonho de Lao Tsé, do Buda e de Aristóteles.

É por causa dessa importância tremenda que teremos a Olimpíada e a Copa aqui. Ou o mundo se brasilifi -ca ou vira nazista. Até o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal, é amálgama também: ele já foi pai de santo, faz descarrego. É quase umbanda!

Depoimento a Morris Kachani. Artur Voltolini. (Colaboração para a Folha de S.Paulo). Adaptado.

Tendo em conta as ideias acima apresentadas, redija uma dissertação em prosa sobre o tema Brasil: um

modelo positivo ou negativo para o mundo?, argumentando de modo a deixar claro seu ponto de vista. Obs. Releia as instruções na capa deste caderno.

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Análise da proposta

O vestibular da GV manteve a tendência das provas anteriores e apresentou um tema pertinente ao uni-verso de referências dos candidatos, permitindo vários tipos de abordagem e níveis diferentes de complexi-dade. A proposta baseou-se em três fragmentos que tratavam explicitamente do tema: Brasil: um modelo

positivo ou negativo para o mundo?

O primeiro texto apresenta a tese do fi lósofo Paulo Arantes de que o Brasil é um modelo negativo para o mundo. O pensador retoma o conceito do sociólogo Michael Lind, segundo o qual ocorre no Brasil um pro-cesso de separação radical entre as classes sociais, o que se observa, por exemplo, nos condomínios de luxo que se apartam do restante da sociedade. Para Lind, os países desenvolvidos estariam trilhando o mesmo caminho do Brasil, importando o paradigma de aceitação passiva desse tipo de convivência social segregacio-nista. Paulo Arantes, ao retomar o conceito de Lind, enfatiza os seguintes traços caracterizadores do processo de “brasilianização”: “favelização das cidades, insegurança generalizada, precarização (‘fl exibilização’) do trabalho, distanciamento maior entre centro e periferia e ‘jeitinho’ (brasileiro) para negociar com a norma”.

No texto seguinte, o antropólogo Roberto da Matta expõe opinião frontalmente contrária. Para ele, a visão de Lind e Paulo Arantes simplifi caria demais a representação do Brasil como paradigma para outros países. Na verdade, concomitante à separação entre classes sociais, há, sobretudo na área da cultura, uma tendência a misturas, como se pode observar no seguinte trecho: “há muito confl ito, mas há também o car-naval, a comida, a música popular, o futebol e a família”. O antropólogo acredita que, nesse sentido, o Brasil poderia servir como modelo de uma sociedade relacional em que os sistemas étnicos e culturais não são tão rígidos e, portanto, convivem em relativa harmonia.

O último texto, de Jorge Mautner, escritor com forte infl uência do movimento tropicalista, defende que a característica marcante do Brasil — o amálgama, a miscigenação, o caminho do meio — deve servir como modelo de inspiração para outras nações. Segundo o pensador, “ou o mundo se brasilifi ca ou vira nazista”.

Possibilidades de encaminhamento

O tema exige que o candidato se posicione com clareza diante dos dois pontos de vista polêmicos. Entre as possibilidades de desenvolvimento do texto, pode-se destacar:

• Brasil, modelo positivo. Para fundamentar a argumentação, o candidato poderia retomar e ampliar os argumentos de da Matta/Mautner:

a) o amálgama cultural (no carnaval, é comum observar patrões e empregados desfi larem juntos na

mes-ma escola de samba);

b) a aceitação étnica (embora o negro sofra certa discriminação no Brasil, nunca existiu aqui o apartheid

observado em outros países; ao contrário, a história do país foi marcada pela miscigenação);

c) a capacidade de absorver opostos (pessoas de classes menos favorecidas, ligadas à cultura tradicional,

rapidamente se interessam por inovações tecnológicas/culturais e as incorporam ao seu imaginário ou, quando possível, ao seu cotidiano).

• Brasil, modelo negativo. Uma boa opção para o candidato desenvolver sua argumentação aparece na enumeração feita por Paulo Arantes do que seriam os traços da “brasilianização”:

a) “favelização das cidades”: elas não são mais percebidas como um problema a ser resolvido, mas como

um dos resultados do processo normal do crescimento das cidades (as políticas públicas atuais se vol-tam para a urbanização das favelas e não para a eliminação dessa forma de moradia);

b) “insegurança generalizada”: o brasileiro médio assimilou a violência urbana (acha normal existir

segu-rança privada);

c) “precarização (‘fl exibilização’) do trabalho”: em nome da criação e manutenção de empregos, os

tra-balhadores se submetem a condições trabalhistas desfavoráveis (nos últimos anos, algumas leis traba-lhistas foram fl exibilizadas, com perdas para os trabalhadores);

d) “distanciamento entre o centro e periferia”: os espaços da cidade apresentam nítidas formas de

se-gregação (tanto nas favelas como nos condomínios de luxo só circulam os moradores locais, de mesma classe social);

e) “’jeitinho’ (brasileiro) para negociar com a norma”: numa sociedade em que o Estado de Direito é

pre-cariamente reconhecido, as pessoas se valem de prestígio pessoal para conquistar direitos (corrupção passiva, comum tanto entre políticos como entre os cidadãos quando pagam propina para ter acesso a algum serviço público mais rapidamente).

• Outras combinações. Seria possível construir um raciocínio concessivo, em que a sustentação do modelo positivo, por exemplo, fosse relativizada, mencionando-se uma característica negativa de menor peso ar-gumentativo (apesar de no Brasil a favelização ser uma característica inegável, a miscigenação cultural é um valor a ser exportado).

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Língua Portuguesa

As oito questões da prova, bem elaboradas, basearam-se em três textos bem escolhidos: o primeiro per-tencente ao gênero científi co; o segundo, ao gênero relatório (com infl exões de caráter literário); o terceiro, fragmento de um conto de Monteiro Lobato.

Chamaram a atenção questões que cobraram explicações e comentários sobre infl exões da linguagem destinadas à adequação ao gênero. Outras questões versaram sobre apreensão do signifi cado do texto ou de partes dele, todas elas úteis para medir competências reveladoras de bom desempenho linguístico.

Inglês

A prova da GV-Direito apresentou as mesmas características de anos anteriores. Um texto longo, extra-ído da revista “The Economist” (Agosto de 2011), cujo assunto era o direito de patente de uma cor e uma disputa judicial.

As três questões seguiram as mesmas orientações: primeira questão de acordo com o texto, e as pró-ximas exigindo maior elaboração por parte dos alunos, indo além do que o texto apresenta, exigindo um posicionamento.

A prova não deve ter causado problemas para os alunos que se prepararam para essse tipo de exame.

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III

Referências

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