MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE LETRAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS E LINGUÍSTICA ÁREA DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS
DISCIPLINA: Tópicos em aspectos socioculturais da linguagem ESTEIRA DAS RESPONSABILDIADES:
PROFESSORA RESPONSAVEL: Dra. Tânia Ferreira Rezende (PPGLL/FL/UFG) (taferez@ufg.com) PROFESSORES PARCEIROS:
Dr. Hildomar José de Lima (FL/UFG): Área de Libras e de Português para Surdos(as)
Dr. Marco Túlio de Urzêda Freitas: Área de Letramentos Queer, Letramentos do corpo e da carne Dr. Wilton Divino da Silva Jr.: Área de Letramentos entre a oralitura e a escutatória
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Estudos Linguísticos
LINHA DE PESQUISA 5
Linguagem, Sociedade e Cultura PROJETOS VINCULADOS:
Pesquisa - Práticas interculturais de letramento no pluralismo sociolinguístico Tânia Ferreira Rezende e Wilton Divino da Silva Jr. (Coords) Extensão - Práticas Interculturais de Letramento na/para a Diversidade Tânia Ferreira Rezende e Hildomar José de Lima (Coords)
CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 64 h CARGA HORÁRIA SEMANAL: 4 h Nº DE CRÉDITOS: 4
SEMESTRE/ANO: 2/2021 DIA: terça-feira HORÁRIO: manhã 8h
VAGAS PARA ESTUDANTES DO PPGLL: 10 VAGAS PARA ESTUDANTES ESPECIAIS: 5
PLATAFORMA: Google FERRAMENTAS: meet, youtube, jamboard,
classroom, podcasts EMENTA:
Tópicos sobre temas dos estudos culturais contemporâneos (tais como: raça, gênero, classe social, migrações etc.) em relação à educação linguística, cultura letrada e manifestações culturais.
OBJETIVOS Objetivos:
Geral: Girar problematizações sobre a permanência da matriz de poder que estrutura socialmente os atravessamentos interseccionados de raça/cor/etnia, gênero/sexualidade, índices de massificação social, territorialidades e linguagem.
Específicos:
Desocultar o papel da educação escolar, sobretudo da educação linguística, na manutenção da matriz colonial de poder pela formação conservadora das subjetividades.
Abrir e girar diálogos com diferentes cosmopercepções (superframes) para pensar outras maneiras de potencializar os letramentos a partir do corpo e do lugar.
Girar e promover práticas de “desobediências epistêmicas” no campo dos estudos da linguagem. COMPARTILHAMENTO E TROCAS DE CONHECIMENTOS:
GIRANDO PROBELATIZAÇÕES I: Discursivização sobre “gênero”/”sexualidade”: o lócus de enunciação transfigura os sentidos, as significações e as normatizações, possibilitando que a consciência impacte e modifique a subjetividade.
GIRANDO PROBELATIZAÇÕES II: “Não escrevemos para adormecer os da casa grande, pelo contrário, é para acordá-los dos seus sonos injustos” (Conceição Evaristo). Do mesmo modo, a nossa escrita acadêmica não é para agradar (ninar) os senhores e as sinhás da academia (a casa grande científica), ao contrário, é para incomodá-los(as) em seus pensamentos e práticas injustos. Sobre normas e modalizações na escrita acadêmica.
GIRANDO AMARRAÇÕES.
ANDAMENTO DAS GIRAS E AMARRAÇÕES: discussões em forma de giras de compartilhamento de vivências, experiências e saberes e de trocas de percepções sobre as leituras, a realidade e a vida. AVALIAÇÃO: quem participar dessas giras, estará em processo de contínuas autoavaliações, durante todas as giras. O sistema exige uma quantificação final de 0,0 a 10,0 e isso terá de ser feito. As problematizações apresentadas nas Giras serão as avaliações formais.
Bibliografia básica
COLLIN, James; SLEMBROUCK, Stef; BAYNHAM, Mike (Ed.). Globalization and language in contact. Scale, migration, and communicative practices. London: Continuum, 2009.
HANK, William F. Língua como prática social: das relações entre língua, cultura e sociedade a partir de Bourdieu e Bakhtin. São Paulo: Cortez, 2008.
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação – episódios de racismo cotidiano. (Trad. Jess Oliveira). Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
AGUIAR, Diana; LOPES, Helena (Orgs.). Saberes dos povos do cerrado e biodiversidade. Rio de Janeiro: Campanha em Defesa do Cerrado e ActionAid Brasil, 2020. Disponível em:
https://campanhacerrado.org.br/saberespovoscerrado.
ANZALDÚA, Glória. Falando em línguas: carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo. Estudos Feministas, 2000, pp. 229-236.
DUARTE, Constância Lima; NUNES, Isabella Rosado. Escrevivência: a escrita de nós – reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, Anpocs, 1984, p. 223-244.
hook, bell. Ensinando a transgredir – A educação como prática de liberdade. Trad. Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2019.
KAMBEBA, Márcia Wayna. Saberes da floresta. São Paulo: Jadaíra, 2020.
LABORIT, Emmanuelle. O grito da gaivota. Tradução de Angela Sarmento. 2. ed. Lisboa: Editorial Caminho, 2002.
MOREIRA, Adilson José. Pensando como um negro – ensaio de hermenêutica jurídica. São Paulo: Contracorrente, 2019.
NEUMANN, Eduardo. Letra de índio – cultura escrita, comunicação e memória indígena nas Reduções do Paraguai. São Bernardo do Campo-SP: Nhanduti Editora, 2015, p. 43-65.
PRECIADO, Paulo B. Um apartamento em Urano – crônicas da travessia. Tradução de Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Zahar, 2020
QUERINO DA SILVA, JOÃO PAULO (Juão Nyn). Tybyra: uma tragédia indígena brasileira. São Paulo: Selodoburro, 2020.
RICH, Adrienne. The burning of paper instead of children.
https://www.angelfire.com/poetry/philosophyofkate/recommendpoets/adriennerich/burning.html
RODRIGUES-TAPUIA, Eunice Moraes da Rocha. Narrativas Tradicionais do Povo Tapuia. 2020. 130 f. (Dissertação de Mestrado) – Faculdade de Ciências Sociais, Universidade Federal de Goiás, 2020.
SILVA, Pedro Ivo. Narrativas afrobixas. Curitiba: Appris, 2020.
URZEDA-FREITAS, Marco Túlio de. Letramentos queer na formação de professorxs de línguas: complicando e subvertendo identidades no fazer docente. 2018. 283 f. Tese (Doutorado em Letras e Linguística) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2018. Disponível em:
http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/8444
VILHALVA, Shirley. O despertar do silêncio. Rio de Janeiro: Arara Azul, 2004. GIRANDO COMPARTILHAMENTOS DE SABERES
Período Leituras indicadas/sugeridas
GIRANDO PROBELATIZAÇÕES I
Discursivização sobre “gênero”/”sexualidade”: o lócus de enunciação transfigura os sentidos, as significações e as normatizações, possibilitando que a consciência impacte e
modifique a subjetividade.
Na gira: QUERINO DA SILVA, JOÃO PAULO (Juão Nyn). Tybyra: uma tragédia indígena brasileira. São Paulo: Selodoburro, 2020.
agosto setembro
hook, bell. Ensinando a transgredir – A educação como prática de liberdade. Trad. Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2019, p. 223-233.
KAMBEBA, Márcia Wayna. Saberes da floresta. São Paulo: Jadaíra, 2020, p. 39-40. KILOMBA, Grada. (Trad. Jess Oliveira). Memórias da plantação – episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019, 47-69.
KATÚ MIRIM. RÁDIO YANDÊ. #AbrilIndígena. Live 10: Indígenas LGBT. Disponível em: https://www.facebook.com/radioyande/videos/1073052486384140/.
LIMA, Hildomar José de. Interpretação transemiótica de práticas escritas em português por pessoas surdas. 2020. 191 f. (Tese de Doutorado) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, 2020.
MOREIRA, Adilson José. Pensando como um negro – ensaio de hermenêutica jurídica. São Paulo: Contracorrente, 2019, p. 21-27, 75-151.
NEUMANN, Eduardo. Letra de índio – cultura escrita, comunicação e memória indígena nas Reduções do Paraguai. São Bernardo do Campo-SP: Nhanduti Editora, 2015, p. 43-65.
ODARA, Thiffany. Pedagogia da desobediência: travestilizando a educação. Salvador: Devires, 2020, p. 97-113.
PRECIADO, Paulo B. Um apartamento em Urano – crônicas da travessia. Tradução de Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Zahar, 2020, p. 19-30, 31-42, 43-48, 204-206, 220-222, 243-245, 282-284.
RICH, Adrienne. The burning of paper instead of children.
https://www.angelfire.com/poetry/philosophyofkate/recommendpoets/adriennerich/burning.h tml
URZEDA-FREITAS, Marco Túlio de. Letramentos queer na formação de professorxs de línguas: complicando e subvertendo identidades no fazer docente. 2018. 283 f. Tese (Doutorado em Letras e Linguística) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2018.
GIRANDO PROBELATIZAÇÕES II
Sobre normas e modalizações na escrita acadêmica.
“Não escrevemos para adormecer os da casa grande, pelo contrário, é para acordá-los dos seus sonos injustos”. (Conceição Evaristo)
Do mesmo modo, a nossa escrita acadêmica, não é para agradar (ninar) os senhores e as sinhás da academia (a casa grande científica), ao contrário, é para incomodá-los(as) em
outubro-novembro
Na gira: DUARTE, Constância Lima; NUNES, Isabella Rosado. Escrevivência: a escrita de nós – reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020.
Girando conversas com:
AGUIAR, Diana; LOPES, Helena (Orgs.). Saberes dos povos do cerrado e biodiversidade. Rio de Janeiro: Campanha em Defesa do Cerrado e ActionAid Brasil, 2020. https://campanhacerrado.org.br/saberespovoscerrado
ANZALDÚA, Glória. Falando em línguas: carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo. Estudos Feministas, 2000, pp. 229-236.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, Anpocs, 1984, p. 223-244.
LABORIT, Emmanuelle. O grito da gaivota. Tradução de Angela Sarmento. 2. ed. Lisboa: Editorial Caminho, 2002.
ODARA, Thiffany. Pedagogia da desobediência: travestilizando a educação. Salvador: Devires, 2020, p. 97-113.
PRECIADO, Paulo B. Um apartamento em Urano – crônicas da travessia. Tradução de Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Zahar, 2020, p. 19-30, 31-42, 43-48, 204-206, 220-222, 243-245, 282-284.
SILVA, Pedro Ivo. Narrativas afrobixas. Curitiba: Appris, 2020, p. 65-112.
RODRIGUES-TAPUIA, Eunice Moraes da Rocha. Narrativas Tradicionais do Povo Tapuia. 2020. 130 f. (Dissertação de Mestrado) – Faculdade de Ciências Sociais, Universidade Federal de Goiás, 2020.
VILHALVA, Shirley. O despertar do silêncio. Rio de Janeiro: Arara Azul, 2004. novembro Girando amarrações com as conversas