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o anglo resolve a 2ª- fase da GV-SP Economia dezembro de 2006

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(1)

o

anglo

resolve

a

2ª- fase

da GV-SP

Economia

dezembro de

2006

É trabalho pioneiro.

Prestação de serviços com tradição de confiabilidade.

Construtivo, procura colaborar com as Bancas Examinadoras em sua tarefa de

não cometer injustiças.

Didático, mais do que um simples gabarito, auxilia o estudante no processo de

aprendizagem, graças a seu formato: reprodução de cada questão, seguida da

resolução elaborada pelos professores do Anglo.

No final, um comentário sobre as disciplinas.

Para o curso de Economia, a FGV-SP realiza um vestibular anual em duas fases.

1ª- FASE

Consta de provas com testes de múltipla escolha das seguintes disciplinas:

Eliminam-se os candidatos que acertam menos de 20% das questão de

qual-quer provas.

Classificam-se para a 2

ª

fase os 200 candidatos com as melhores médias

arit-méticas simples das notas estatisticamente padronizadas. Os candidatos que

emparatem na 200

ª

posição serão todos classificados para a 2

ª

fase.

2ª- FASE

Consta de três provas discursivas (cujo número de questões não é previamente

divulgado):

A média de cada candidato na 2ª fase é a média ponderada das notas

estatis-ticamente padornizadas. Zero em qualquer das provas resulta em

desclassifi-cação.

A média final (MF) é dada pela seguinte fórmula:

MF = (0,4

×

média da 1

ª

fase) + (0,6

×

média da 2

ª

fase)

Duração

Disciplina

Peso

2 horas

Raciocínio Matemático

3

1 hora

Língua Portuguesa

1

1 horas e meia

Redação em Língua Portuguesa

1

Horário

Disciplina

Quantidade

Manhã

Matemática

30

(das 8 às 12h)

Língua Portuguesa

15

História

15

Geografia

15

Tarde

Inglês

15

(das 13 às 17h)

Química

15

Biologia

15

Física

15

(2)

Em uma pesquisa de mercado feita com 250 entrevistados, todos responderam o seguinte questionário: I. Assinale sua faixa etária:

( ) menos de 18 anos. ( ) 18 a 20 anos.

( ) mais de 20 e menos de 22 anos. ( ) 22 anos ou mais.

II. Assinale a(s) revista(s) que você já comprou em banca de revistas. ( ) Revista Olhe.

( ) Revista Era.

( ) Revista Prezados Colegas. ( ) Revista Enxame.

III. Assinale a(s) revista(s) que você tem ou já teve assinatura em seu nome. ( ) Revista Olhe.

( ) Revista Era.

( ) Revista Prezados Colegas. ( ) Revista Enxame.

Sabendo-se que todos os entrevistados assinalaram apenas uma opção na pergunta I, os gráficos a seguir mos-tram alguns dos resultados obtidos por essa pesquisa:

a) Dentre os entrevistados de 18 a 20 anos, calcule a porcentagem máxima de pessoas que poderiam ter respon-dido às perguntas II e III da seguinte forma:

Pergunta II Pergunta III

( x ) Revista Olhe ( x ) Revista Olhe

( x ) Revista Era ( x ) Revista Era

( ) Revista Prezados Colegas ( x ) Revista Prezados Colegas

( x ) Revista Enxame ( ) Revista Enxame

b) Para este item, admita que apenas 1 entrevistado de 18 a 20 anos tenha marcado tanto a revista Olhe quanto a Enxame na pergunta III.

O organizador da pesquisa pretende sortear dois dos entrevistados na faixa etária de 18 a 20 anos para dar um brinde. Um deles irá receber uma assinatura da revista Olhe, e o outro, uma assinatura da revista Enxame. Calcule a probabilidade de que nenhum dos dois sorteados receba uma assinatura de revista que assine ou já tenha sido assinante (o cálculo pode ser deixado na forma de fração).

Faixa etária de 18 a 20 anos

já comprou em banca tem ou já teve assinatura Olhe Era Prezados coleg as Enxame Número de leitores 27 24 21 18 15 12 9 6 3 0

Faixa etária dos entrevistados

14,4% 23,2% 24,0% 38,4% menos de 18 anos 18 a 20 anos mais de 20 e menos de 22 anos 22 anos ou mais Questão 1

M

M

M

Á

Á

Á

III

C

C

C

A

A

A

E

E

E

A

A

A

M

M

M

T

T

T

T

T

T

(3)

O número de entrevistados na faixa etária de 18 a 20 anos é 38,4% ⋅250 = 96.

Nos dois itens, podemos considerar o conjunto desses 96 entrevistados como universo. a)

Sabemos que há, exatamente, 9 pessoas que têm, ou tiveram, assinatura da revista Era. Se essas 9 pessoas res-ponderam às perguntas II e III da forma mencionada, podemos concluir que temos a porcentagem máxima:

.

Resposta: 9,375%

b) Vamos dividir os entrevistados de 18 a 20 anos em quatro conjuntos disjuntos: A: assina ou já assinou a revista Olhe e não a Enxame;

B: assina ou já assinou a revista Enxame e não a Olhe; C: assina ou já assinou as revistas Enxame e Olhe;

D: não assina e nunca assinou nem a revista Enxame nem a revista Olhe. Do enunciado, temos o diagrama:

O número de maneiras de escolher dois leitores para ganhar dois brindes distintos é 96 ⋅95. Para que ne-nhum deles receba uma assinatura de revista que assine ou já tenha assinado, temos as possibilidades dadas na tabela:

Total: 7178 Logo, a probabilidade pedida é , ou seja, .

Resposta: 7178 9120 7178 9120 7178 96 95⋅ 76 17 D C B 1 2 A Olh e Enxa m e 9 96= ,9 375% Resolução Olhe 27 Banca Era 21 Enxame 12 Olhe 18 Assinatura Era 9 Prezados colegas 15

brinde: revista Olhe brinde: revista Enxame número de possibilidades

leitor de D leitor de D 76 ⋅75 = 5700

leitor de D leitor de A 76 ⋅17 = 1292

leitor de B leitor de D 2 ⋅76 = 152

(4)

Observe atentamente o padrão indicado na tabela a seguir.

a) Desenhe qual será a seta localizada no cruzamento da linha 975 com a coluna 1238, justificando o raciocínio usado.

b) Admitindo-se que a tabela tenha 23 linhas por 500 colunas, calcule o total de símbolos iguais a nas três últimas linhas dessa tabela.

Desenvolveremos um padrão possível:

a) A cada 4 linhas temos linhas com símbolos iguais e, como 975 = 4 ⋅243 + 3, podemos afirmar que a linha 975 é igual à linha 3. Assim:

A cada 8 colunas o símbolo se repete e 1238 = 8 ⋅154 + 6. Portanto, o símbolo do cruzamento da linha 975 com a coluna 1238 é o símbolo que se encontra na coluna 6 dessa linha, ou seja, .

Resposta:

b) Observando o item anterior, a linha 21 é igual à linha 1, a linha 22 é igual à linha 2, e a linha 23 é igual à 3. Os números das colunas que apresentam o símbolo formam progressões aritméticas de razão igual a 8. Observando esses números, temos;

• linha 21: a1= 1, r = 8 e an500, n ∈IN*. 1 + (n – 1) 8 500 ∴ 8 n – 7 500 ∴ n 63,375 Assim, n = 63. • linha 22: a1= 7, r = 8 e an500, n ∈IN*. 7 + (n – 1) 8 500 ∴ 8 n – 1 500 ∴ n 62,625 Assim, n = 62. • linha 23: a1= 5, r = 8 e an500, n ∈IN*. 5 + (n – 1) 8 500 ∴ 8 n – 3 500 ∴ n 62,875 Assim, n = 62.

Logo, o total de símbolos nas três últimas linhas é 63 + 62 + 62 = 187.

Resposta: 187 linhas 975 ou 3: 1 ➜ 2➜ 3 4 ➜ 5 6 7 ➜8 ➜9 . . . Resolução 1 L 1 2 3 4 5 ... 2 ... 3 ... 4 ... 5 ... 6 ... 7 ... 8 ... 9 ... 10 ... 11 ... 12 ... ... ... ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ → ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ ➜ C O L U N A S ... ... ... ... ... I N H A S Questão 2

➜ ➜ ➜ ➜ ➜

(5)

O gráfico indica a relação entre y e x, ao longo de 12 meses de um ano:

a) Admita que a função f(x) = 5 + sen modele a relação de dependência entre y e x indicada com os

pontos do gráfico. Determine, através dessa função, o valor de f(x) ao final do primeiro quarto do mês de abril. b) Determine possíveis valores dos parâmetros reais a, b e c de forma que a representação gráfica da função

g(x) = a + b cos(c x) passe por todos os pontos indicados.

Do enunciado, f(x) = 5 + sen

Como sen = – cosα, temos: f(x) = 5 – cos

a) No final de janeiro x = 1, no final de fevereiro x = 2, no final de março x = 3. Assim, no final do primeiro quarto do mês de abril, x = 3 + Logo, = 5 – cos = 5 – cos = 5 – = Resposta:

b) Para que g(x) seja igual a f(x), temos que a = 5, b = – 1 e c = ±

Resposta: a = 5, b = – 1 e c = ± 2 3 π . 2 3 π. 10 3 2 – 10 3 2 – 3 2 π 6 13 6 π f 13 4 5 2 3 13 4       =       ⋅ – cos π 1 4 13 4 = . 2 3 π x         α– π 2         2 3 2 π π x – .         Resolução 2 3 2 πx – π       3 4 y = f(x) 1 2 3 4 5 6 7 x meses do ano 3 2 9 4 15 4 9 2 21 4 1 3 6 27 9 12 4 15 2 33 4 39 4 21 2 45 4 Questão 3

(6)

Uma garrafa de base e boca circulares está parcialmente cheia de água.

Com a boca tampada, a garrafa foi virada para baixo e, em seguida, a água foi derramada, sem desperdício, no interior de um recipiente esférico de volume igual ao da garrafa, como mostra a seqüência de figuras:

a) Sendo PQ a geratriz de um cilindro circular reto, calcule o volume de água contida na garrafa na situação

inicial, em cm3.

b) Sendo C o centro da circunferência da boca da garrafa, AB o diâmetro do círculo determinado pelo nível de água na esfera, e ABC um triângulo equilátero, calcule a altura h da calota de ar na esfera, em cm.

a) Sejam:

V: volume de água, em cm3, contido na garrafa;

Vg: volume da garrafa, em cm3;

Var: volume de ar, em cm3, presente na garrafa parcialmente cheia.

Da seqüência de figuras apresentada, o recipiente esférico tem raio . Assim, . Ainda, o volume de ar (Var) é igual ao volume de um cilindro circular reto de raio e altura .

Assim, Portanto, V = Vg– Var Resposta: 56 3 π ∴ V=56 3 π V =125 6 13 6 π π – Var =  Var      = ⋅ ⋅ ∴ π 5 π 2 26 75 13 6 2 26 75cm 5 2cm Vg =  Vg      = ⋅ ⋅ ∴ 4 3 5 2 125 6 3 π π 5 2cm Resolução antes de derramar r B situação inicial P Q 26 75cm 2√3 cm— após derramar 5 cm h A C

— Figura fora de escala. —Despreze a espessura das paredes da garrafa e do recipiente.

Questão 4

(7)

b) Do enunciado, temos a figura, cotada em cm, em que O é o centro do recipiente esférico.

No triângulo eqüilátero ABC, temos:

Aplicando-se o teorema de Pitágoras ao triângulo retângulo OPB, vem: (OP)2+ (PB)2= (OB)2 Assim, Resposta: 1 h=5 ∴ h= 2 3 2 1 – (OP)2 2 OP 2 2 5 2 3 2 + =      ∴ = 2 3 2 2 3 2 π ⋅ ∴ = r= 2r A B P O r r h C 2r 2 3 5 2

(8)

Texto para as questões de números 01 a 03.

Não comerei da alface a verde pétala Nem da cenoura as hóstias desbotadas Deixarei as pastagens às manadas E a quem maior aprouver fazer dieta.

Cajus hei de chupar, mangas-espadas Talvez pouco elegantes para um poeta Mas peras e maçãs, deixo-as ao esteta Que acredita no cromo das saladas.

Não nasci ruminante como os bois Nem como os coelhos, roedor; nasci Omnívoro: dêem-me feijão com arroz

E um bife, e um queijo forte, e parati* E eu morrerei feliz, do coração

De ter vivido sem comer em vão.

Vinícius de Moraes

* Cachaça fabricada em Parati (RJ) e, por extensão, qualquer cachaça.

Nesse poema, Vinícius manifesta-se, de maneira bem humorada, contra a prática das dietas.

a) Localize, no poema, o argumento utilizado por ele na defesa da sua tese e explique a sua natureza. b) Explique o significado de hóstias desbotadas e cromo das saladas.

a) O eu lírico acredita que fazer dietas é coisa de ”esteta / Que acredita no cromo das saladas“ e que se

ali-mentar de legumes, frutas e verduras é próprio de ”manadas“, de ruminantes e de roedores. Trata-se de um argumento de analogia, empregado pelo eu lírico para se diferenciar de ”bois“ e ”coelhos“.

b) A expressão “hóstias desbotadas” é uma metáfora de fundo religioso em que a cenoura é associada, de

modo pejorativo (devido ao adjetivo ”desbotadas“), a um dos símbolos do catolicismo. A expressão ”cromo das saladas“ é uma metáfora pictórica, usada para realçar as cores vivas, as ”estampas“ que um prato de verduras e legumes pode sugerir.

Resolução Questão 1

U

U

U

P

P

P

O

OR

O

R

R

T

T

T

G

G

G

U

U

U

Ê

Ê

Ê

S

S

S

(9)

Nesse poema, Vinícius utiliza algumas figuras de linguagem, entre elas, figuras de sintaxe. Na primeira estrofe, faz uso de um recurso bastante encontrado nos autores clássicos do século XVI, como Camões. Na última estrofe, faz uso de outra figura, desta vez, utilizada até os dias de hoje.

a) Redija o trecho que contém a figura empregada na primeira estrofe e explique a sua natureza. b) Redija o trecho que contém a figura empregada na última estrofe e explique a sua natureza.

a) A figura de linguagem empregada na primeira estrofe é o hipérbato, que consiste na inversão da ordem sintática habitual de um enunciado. Essa figura aparece claramente nos dois primeiros versos (“Não comerei da alface a verde pétala / Nem da cenoura as hóstias desbotadas”), em que os adjuntos adnominais “da al-face” e “da cenoura” aparecem antepostos aos nomes que eles determinam.

b) No primeiro verso da quarta estrofe, ocorre a repetição sistemática de uma mesma conjunção. Trata-se de uma figura chamada polissíndeto: “E um bife, e um queijo forte, e parati”.

Observe o trecho Mas peras e maçãs, deixo-as ao esteta.

a) Explique o recurso sintático de que o poeta faz uso para colocar em destaque as peras e as maçãs.

b) Se a palavra peras estivesse no singular, levaria um acento gráfico, ou seja, seria escrita pêra. Explicite a natu-reza desse acento e dê um exemplo de uma outra palavra que se acentue graficamente pelo mesmo motivo.

a) A anteposição do objeto direto em relação ao verbo, no terceiro verso da segunda estrofe, serve para destacá-lo, configurando um caso de topicalização. Esse efeito de ênfase é reiterado pelo pronome “as”, que, sintaticamente, produz um objeto direto pleonástico.

b) Trata-se de um caso de acento diferencial, que é usado para distinguir palavras homógrafas (nesse caso, distinguir a fruta, a pêra, da preposição arcaica “pera”). Outros exemplos seriam:

pára (verbo) × para (preposição) pôr (verbo) × por (preposição)

pôde (verbo no perfeito) × pode (verbo no presente)

Texto para as questões de números 04 e 05.

Resolução Questão 3

Resolução Questão 2

(10)

Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe

Só levo a certeza de que muito pouco eu sei, ou nada sei. Conhecer as manhas e as manhãs

o sabor das massas e das maçãs É preciso amor pra poder pulsar É preciso paz pra poder sorrir É preciso a chuva para florir

Todo mundo ama um dia, todo mundo chora Um dia a gente chega no outro vai embora cada um de nós compõe a sua história cada ser em si carrega o dom de ser capaz e ser feliz.

(Tocando em Frente — Almir Sater e Renato Teixeira)

No último verso da primeira estrofe dessa canção, os autores inverteram a ordem verbo/objeto, para objeto/verbo: (muito pouco eu sei, ou nada sei).

a) Desfaça essa inversão, pondo os verbos antes dos objetos, fazendo as adaptações necessárias.

b) Descreva o que aconteceu com o processo da negação, depois dessa mudança na colocação das palavras.

a) Desfazendo a inversão, as frases assumem respectivamente as seguintes estruturas: eu sei muito pouco; não sei nada.

b) O pronome indefinido “nada”, anteposto ao verbo, dispensa o uso da palavra negativa “não”. Em ordem direta, com o pronome posposto ao verbo, torna-se necessária a presença do “não”. Apesar de as estruturas se-rem diferentes, os sentidos são equivalentes.

Nos dois primeiros versos da segunda estrofe, os autores utilizaram um recurso fonológico para mudar a sig-nificação das palavras.

a) Em que consiste esse recurso?

b) Dê um outro exemplo, utilizando esse mesmo recurso.

a) O recurso fonológico consiste na mudança da sílaba tônica na pronúncia. É o que ocorre entre “manhas” e “manhãs” e “massas” e “maçãs”.

b) Esse mesmo recurso é utilizado em caqui (fruta) e cáqui (cor). Outro exemplo: manga (fruta) e mangá (qua-drinho japonês).

Texto para as questões de números 06 a 08.

Menos estrelada que as edições passadas, a quarta Festa Literária de Parati acontecerá na cidade histórica do litoral fluminense entre os dias 9 e 13 de agosto.

O evento, que no passado já trouxe nomes do porte de Paul Auster, Martin Amis, Ian McEwan, Salman Rushdie e Margaret Atwood, entre outros, neste ano contará com poucas celebridades literárias internacionais. Haverá duas mesas dedicadas ao jornalismo literário que, assim como uma oficina para novos autores, serão patrocinadas pela revista “Piauí”, publicação que terá seu lançamento oficial no evento. O custo total do evento é de R$ 3,8 milhões, divididos entre patrocinadores. Quarenta por cento do valor é incentivado por meio da Lei Rouanet.

(Folha de S.Paulo, 01.07.2006) Resolução Questão 5

Resolução Questão 4

(11)

O texto em questão faz referência a um evento literário que ocorre anualmente na cidade de Parati (RJ). a) Qual o sentido da expressão menos estrelada que as edições passadas?

b) Qual a relação entre essa expressão e a segunda frase desse parágrafo?

a) A expressão “menos estrelada que as edições passadas” estabelece o pressuposto de que o quarto evento literário em Parati não contará com tantos nomes de celebridades literárias quanto os anteriores.

b) A segunda frase explica em detalhes o que foi enunciado no tópico frasal (primeira frase do mesmo pará-grafo). Para isso, enumera os nomes de celebridades literárias (Paul Auster, Martin Amis, Salman Rushdie e outros) que estiveram em Parati nos eventos anteriores.

Na segunda linha do segundo parágrafo, a concordância do verbo ser (serão) tanto pode ser entendida como feita com o sujeito mesas dedicadas ao jornalismo literário como com um sujeito composto (mesas dedicadas ao

jornalismo literário e uma oficina para novos autores).

a) Como você redigiria corretamente a frase que contém o verbo ser, se o trecho oficina para novos autores fos-se substituído por encontro para novos autores?

b) Como ficaria a redação da primeira frase do parágrafo (Haverá duas mesas dedicadas ao jornalismo

literá-rio), se o verbo haver fosse modificado pelo verbo auxiliar poder?

a) Haverá duas mesas dedicadas ao jornalismo literário que, assim como um encontro para novos autores,

serão patrocinados pela revista “Piauí”, publicação que terá seu lançamento oficial no evento.

Sendo o primeiro elemento do sujeito composto o pronome relativo que, que retoma um sintagma nominal feminino plural, e o segundo elemento um sintagma nominal masculino singular (um encontro

para novos autores), o verbo continuará no plural, mas o particípio da locução verbal passiva deverá ir para

o masculino, que é o gênero que prevalece.

Evidentemente, se a concordância for feita apenas com o que (= mesas dedicadas ao jornalismo literário), a troca de “Uma oficina para novos autores” por “um encontro para novos autores” em nada afetaria a concordância “serão patrocinados”.

b) Poderá haver duas mesas dedicadas ao jornalismo literário...

Comentário: O auxiliar que modifica um verbo impessoal torna-se também impessoal.

Na última frase do texto — Quarenta por cento do valor é incentivado por meio da Lei Rouanet. — o verbo

ser encontra-se no singular.

a) Esse verbo poderia estar também no plural? Por quê? b) Como ficaria a concordância se o sujeito fosse 1%?

a) Um número percentual é geralmente seguido de um elemento especificador. O verbo pode concordar com o elemento especificador ou com o número percentual. No caso, o verbo está no singular, concordando com o elemento especificador “do valor”, mas poderia também ir para o plural, concordando com o número percentual “quarenta por cento”.

b) 1% do valor é incentivado por meio da Lei Rouanet.

Justificativa: quando o número percentual é 1 e o especificador está no singular, o verbo fica

obrigatoriamen-te no singular. Resolução Questão 8

Resolução Questão 7

Resolução Questão 6

(12)

Texto para questão de número 09.

O Datafolha demonstrou com números a tese de que, de fato, a propaganda sozinha muda muito pouco a intenção de voto do eleitor: só 6% dos eleitores disseram ter mudado de candidato por causa dela. E a maio-ria absoluta dos eleitores nem mesmo a assistiu.

(Folha de S.Paulo, 02.08.2006 )

No texto acima, na última frase, a concordância verbal está feita de acordo com a norma culta, mas a regência verbal, não.

a) Encontre uma outra alternativa para concordância verbal, dentro da norma culta, explicando o que a torna possível.

b) Redija novamente a última frase do texto (com qualquer uma das concordâncias possíveis), corrigindo a regência do verbo.

a) Só 6% do eleitorado disse ter mudado de candidato por causa dela.

A concordância no singular tornou-se possível pela substituição do especificador no plural pelo especi-ficador no singular, já que o verbo pode concordar com o especiespeci-ficador.

b) Só 6% dos eleitores disseram ter mudado de candidato por causa dela. E a maioria absoluta dos eleitores

nem mesmo assistiu a ela.

Texto para a questão de número 10.

O trecho foi retirado de uma música intitulada Um Samba no Bexiga, cujas letra e música são de autoria do com-positor e cantor paulista Adoniram Barbosa, filho de imigrantes italianos. Seu nome verdadeiro era João Rubinato. a) Na primeira estrofe, há o emprego de uma regência diferente da norma culta. Identifique essa construção,

transcrevendo-a, e reescreva a frase de acordo com a norma culta.

b) Na segunda estrofe há uma palavra modificada por um fenômeno fonético que, embora tenha origem muito antiga, é comum na fala coloquial não-escolarizada do Brasil. Identifique e explique esse fenômeno.

a) É “nós fumus num samba nu Bixiga” a frase em que aparece a construção com uma regência diferente da-quela da norma culta. Trata-se do emprego do verbo “ir” com a preposição “em”, quando a norma culta pede a preposição “a”: Nós fomos a um samba no Bixiga.

b) A palavra em questão é avuava. Trata-se do imperfeito do indicativo do verbo voar que, por um fenômeno chamado “prótese”, foi acrescido de um fonema (no caso, “a”) no seu início. Fenômeno idêntico se deu, por exemplo, com as palavras levantar, ruído, navalha, que são pronunciadas na fala não-escolarizada como

ale-vantar, arruído, anavalha...

Resolução Questão 10

Dumingu nós fumus num samba nu Bixiga na rua Major

na casa do Nicola À mezza note o’clock saiu uma baita duma briga era só pizza que avuava juntu qu’as brajola

Resolução Questão 9

(13)

Leia os textos a seguir.

Texto 1

Em uma passagem por São Paulo, o escritor Mia Couto brindou sua platéia com pérolas moçambicanas. O autor de O Outro Pé da Sereia observou que seus conterrâneos têm dificuldade para dizer não, como se a negação repre-sentasse uma forte desavença. Certa vez perguntou a um pescador se a maré estava a subir e colheu a seguinte evasiva: “Sim, está a subir, mas já começou a descer”. D’outra ocasião, exercia atividades de biólogo em uma praia e avis-tou um pássaro. Interessado, pergunavis-tou a um nativo próximo: “Qual o nome daquele pássaro?”, ao que o interlocutor respondeu: “A esse pássaro nós aqui chamamos de sapo”. Em um terceiro evento, perguntou a um produtor, bene-ficiado por uma determinada política pública, se sua vida havia melhorado, ao que o dito produtor retornou: “Está a melhorar a vida, mas está a melhorar muito mal”. Moçambique não tem apenas a língua e a colonização portuguesa em comum com Pindorama. Os habitantes daqui e d’acolá parecem intimida-dos pela possibilidade de terem de dizer não. Nos trópicos sul-americanos, como na África Austral, dizer não parece ser um convite ao constrangimento. Se não for acompanhada de mesuras e compensações, a temerária conduta poderá colocar em risco amizades e relações profissionais, ou despertar sentimentos de vingança. Qual é a raiz? A primeira hipótese, obviamente, é o passado colonial. Sociedades coloniais são assimétricas. Moçambique livrou-se do jugo há três décadas; Pindorama, há quase dois séculos, mas ainda não se emendou.

“O projeto estará pronto até o fim do mês?” “Certamente.” “O carro estará reparado até o fim da semana?” “Sim, sem sombra de dúvida.” Naturalmente, não se pode tomar tais respostas por seu valor de face. Tais res-postas significam que, findo o prazo, os assuntos apenas começarão a ser considerados. A chance de os traba-lhos serem terminados no momento prometido é, como se sabe, remota ou nula.

(Thomas Wood Jr. A Terra do Não. Em Carta Capital, junho de 2006)

Texto 2

Conte quantas vezes você fala “sim” e “não”. O sim é pouco usado. Pois as línguas já são naturalmente afirmativas. Mas a negação precisa ser explícita. O francês nega usando duas palavras — “ne pas”. O inglês pede ajuda a um verbo — “do not”. Quem fala, afirma. Se quiser soar democrático, usa os cansativos “na minha opinião” ou “eu acho que” para disfarçar o autoritarismo do dis-curso. Jornalistas escondem a assertividade* implícita nas perguntas usando o “aí”. “O que o senhor tem a dizer aí sobre o mercado na semana passada?”. Como se a indicação de lugar-aí-abrisse várias possibilidades de resposta. Há quem use o “pô” mal educado como vírgula ou pedido de desculpas, da mesma forma que alguns americanos usam o “you know”.

Não adianta — a língua revela despudoramente a pretensão de saber ou poder de quem fala. Por outro lado, discursamos apenas sobre o que é discutível ou falso. “Eu sou honesto”. Na turbulência, a aeromoça afirma: “A situação é normal”. O evidente e o óbvio passam em silêncio.

(João Sayad, Pas du tout, Folha de S.Paulo, 29.05.2006) *assertividade = capacidade de dizer aquilo que se pensa, que se julga correto.

Proposta de Redação

Com base na leitura dos textos apresentados, escreva um texto dissertativo que deverá ter como tema: COMO CONCILIAR, NA VIDA PROFISSIONAL, ASSERTIVIDADE E BOM RELACIONAMENTO? Sua redação deverá ser escrita em prosa e obedecer aos padrões da norma culta do português do Brasil.

O

O

O

R

R

R

E

E

E

D

D

D

A

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Mia Couto

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Análise da proposta

Solicitou-se ao candidato a elaboração de um texto dissertativo em prosa, escrito conforme os “padrões da norma culta do português do Brasil”, que levasse em conta dados de dois fragmentos subsidiários para explorar um tema explícito, apresentado na forma de uma pergunta:

Como conciliar, na vida profissional, assertividade e bom relacionamento?

O primeiro texto, comparando a conduta de moçambicanos e brasileiros no que se refere à “dificuldade para dizer não”, propõe a hipótese de que estaria no passado colonial a raiz das preferências por evasivas e falsas promessas, quando a franqueza poderia desagradar ao interlocutor. Por um lado, dada a assimetria das relações, não convém contrariar frontalmente os detentores do poder (autoridades, clientes, contratantes de serviços, por exemplo); por outro, a concordância com eles só tem “valor de face”, isto é, limita-se a me-canismos lingüísticos, não se traduzindo em atos. Em síntese, usa-se a língua como ferramenta para mascarar a pouca intenção de cumprir compromissos — pois, nesse quesito, o brasileiro, embora livre dos colonizadores, “ainda não se emendou”.

O segundo texto, por sua vez, procura desmascarar as manobras lingüísticas desse tipo, afirmando que, apesar delas, “a língua revela despudoradamente a pretensão de saber o poder de quem fala” e que “discur-samos apenas sobre o que é discutível ou falso” — o que é certo, verdadeiro, nem precisa ser declarado.

Como se vê, a resposta dada à questão apresentada como tema deveria obrigatoriamente tratar da lin-guagem.

Encaminhamento possível

Uma possibilidade de encaminhamento seria defender que a assertividade não precisa ser sinônimo de en-frentamento: o bom conhecedor da língua sabe que existem inúmeros recursos para formular suas idéias com franqueza, sem perder a elegância e o respeito pelo interlocutor, despertando sua boa vontade e contrapro-postas igualmente respeitosas.

Seria importante, contudo, mencionar que a assertividade é prerrogativa de quem honra os compromissos profissionais — devendo-se evoluir da cultura do adiamento, do “jeitinho”, da conciliação da boca para fora para a da busca da competência, necessária até para que o país seja visto com outros olhos no mercado inter-nacional.

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A escolha das questões por parte da Banca examinadora obedeceu a critérios de abrangência e afinidades com a área a que se destina. O número reduzido de questões, associados às dificuldades apresentadas pelas mesmas, poderá, no entanto, dificultar o processo de seleção.

Este exame da segunda fase da FGV-Economia repetiu alguns dos equívocos da primeira fase. A despeito de a escolha dos textos propostos para análise ter sido muito feliz, a Banca não soube explorá-los com profun-didade. Em geral, foram questões antiquadas, pouco criativas, repetitivas (25% dos itens são exclusivamente sobre concordância), que avaliaram aspectos pouco significativos do funcionamento da língua. Tome-se como referência o item b da questão 3, que fez um questionamento descabido sobre os acentos diferenciais. Ressal-vas sejam feitas ao item b da questão 1, ao item a da questão 3 e ao item a da questão 6, exemplos de como é possível articular conhecimentos semânticos e sintáticos para desvendar o sentido de um texto.

Por fim, ainda há que perguntar por que a FGV, nos vestibulares de seus três cursos superiores (Direito, Economia e Administração), propõe exames de Português com concepções tão distintas. Será que o exercício pro-fissional de um jurista, de um economista ou de um administrador de empresas justifica diferenças tão gritantes?

Português Matemática

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E

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III

Referências

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