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A INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ONLINE 1

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A

INFLUÊNCIA

DAS

REDES

SOCIAIS

NO

COMPORTAMENTO

DO

CONSUMIDOR

ONLINE

1

MARTINS, Ana Cristina Cazorla

2

; SILVEIRA, Juliane Vanessa.

3

1

Iniciação Científica - UNIFRA

2

Professora do Curso de Administração do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil

3

Acadêmica do Curso de Administração do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil

E-mail: anacristina@unifra.br; julianevanessa@yahoo.com.br

RESUMO

O fenômeno da internet tem provocado mudanças de comportamento na sociedade, tanto no que se refere à comunicação e convívio social quanto no que tange à mudança no comportamento de consumo. A crescente proliferação e adoção de redes sociais pelos consumidores altera seu papel de meio de comunicação para uma ferramenta poderosa de divulgação de produtos, serviços e marcas. Assim, este trabalho aborda a relação entre o consumo on line e as redes sociais, tendo como objetivo identificar de que forma o uso das redes sociais influencia no processo de decisão de compra do consumidor online. Para tal, realizou-se uma pesquisa quali-quantitativa, dividida em duas etapas no que tange a coleta de dados: na primeira etapa realizou-se uma pesquisa exploratória do tipo bibliográfica e, na segunda etapa, estão sendo realizadas entrevistas com 250 consumidores. Os dados estão sendo coletados e, espera-se como resultado obter as características relacionadas ao perfil dos consumidores online; os fatores do ambiente online das redes sociais que influenciam seu comportamento de compra e quais redes sociais e, de que forma influenciam a compra online.

Palavras-chave: Consumo on line; redes sociais; comportamento de compra.

1. INTRODUÇÃO

Grandes impactos marcam a história das civilizações e provocam mudanças na

sociedade e o avanço das tecnologias contribui para a alteração do cenário dos negócios,

entre elas a rede mundial de computadores, a internet. Esta tecnologia altera e dinamiza

processos, estruturas e até culturas, com mudanças que oferecem um novo canal de

comunicação com o mercado (LÖBLER, VISENTINI e BOFF, 2006).

A cada dia mais pessoas têm acesso à internet e agora é possível realizar compra

e venda online, atacado ou varejo, o que significa fazer negócios com um número cada vez

maior de consumidores através do comércio eletrônico.(TEIXEIRA, 2006). Diante deste

cenário, Miranda e Arruda (2003) pontuam que as empresas modernas estão num processo

de encontrar respostas para questionamentos que dizem respeito às expectativas,

demandas, hábitos e comportamento de compra dos consumidores e, da mesma forma,

DENIS at al (2009) afirmam que o estudo do comportamento do consumidor online está

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ganhando importância devido à proliferação das compras online. Pesquisas orientadas ao

consumidor vêm examinando características psicológicas, demográficas, percepções de

risco e benefícios e, motivações para compra. A abordagem em pesquisa têm examinado

até mesmo especificações técnicas das lojas online, incluindo sua interface,

design,navegação, pagamento, informação.

A geração colaborativa do conteúdo das redes sociais, plataforma que está cada

vez mais sendo utilizada pelos consumidores, tornou-se uma importante “moeda social”, de

valor afetivo, que é o compartilhamento de experiências de compra e utilização de produtos

e serviços, difundidos livremente entre as diversas comunidades de usuários de internet, o

que traz um profundo impacto sobre os negócios das empresas. (SOUZA, 2009).

Para Costa (2002) o maior desafio do marketing é compreender o consumidor,

sendo que o aspecto de grande importância para isto é o processo de tomada de decisão

de compra do consumidor. Assim, o marketing passa a ser mais qualitativo diante da

necessidade de estabelecer diálogo interativo com o cliente.

Esta pesquisa tem como questão norteadora: de que forma o uso das redes sociais

influencia no processo de decisão de compra do consumidor online?

Visando responder à questão de pesquisa, apresenta-se como objetivo geral

identificar de que forma ocorre a influência das redes sociais na decisão de compra dos

consumidores online e, com o propósito de alcançar o objetivo geral do projeto e a sua

complementação de acordo com as etapas consecutivas, os objetivos específicos deste

estudo são: levantar as características relacionadas ao perfil sócio-econômico dos

consumidores online; identificar os fatores do ambiente online que influenciam o

comportamento do consumidor em estudo; e, conhecer de que forma e quais redes sociais

influenciam a compra online.

A relevância deste estudo deve-se à atualidade do tema: a inserção das redes

sociais leva a um contexto em que a rede deixa de ser utilizada somente para diversão e

passa, muitas vezes, a ser vista como um elemento credenciador e confirmador de

qualidade e confiabilidade de marcas e empresas, o que merece ser estudado e

compreendido, em primeiro lugar pela academia; para que se possa contribuir com o meio

empresarial disseminando os resultados da pesquisa e, para as próprias organizações; a

medida que se torna essencial que monitorem e atuem junto às redes sociais, como forma

de preservar sua imagem e manter relacionamentos com consumidores e demais públicos.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

Entender o comportamento do consumidor na era digital é vital para maior

compreensão da tomada de decisão de compra e de seus agentes influenciadores. É de

grande valia para os profissionais de marketing no desenvolvimento de estratégias de

segmentação e posicionamento, bem como para todos os elementos do composto de

marketing (produto, promoção, preço e distribuição). A importância que a internet assume

neste contexto somada ao seu potencial impacto nos negócios, é de tal forma significativa

que seu crescimento não pode passar despercebido a nenhum profissional de marketing e

comunicação. No caso do marketing, que conta com uma nova mídia e também com um

novo canal de vendas, ambos interativos e sobre a qual ainda se sabe muito pouco, torna-se

essencial melhor compreender o fenômeno da compra online .

Morgado (2003) afirma que o papel da internet no marketing cria quatro espaços

para o desenvolvimento de atividades de marketing: espaço virtual de informação, onde a

empresa divulga e coleta informações para seus clientes e parceiros; espaço virtual de

comunicação, a empresa estabelece os relacionamentos entre empresas e clientes; espaço

virtual de distribuição, onde a empresa realiza entrega de produtos e serviços que podem

ser digitalizados ou não; e, espaço virtual de transação, a empresa realiza negociações e

vendas.

O avanço tecnológico, segundo Kimura, Basso e Martin (2008) cria diferentes perfis

de usuários de produtos, implicando na necessidade de implementação de novos

mecanismos de sensibilização do consumidor, criando novos desafios para a área de

marketing, no sentido de entender estes perfis diferentes de consumidores, com o que

corrobora Barth (2004, p.14) quando afirma que “o entendimento das atitudes e percepções

de como os consumidores utilizam o comércio eletrônico para efetuar suas compras são

informações úteis para a formulação de estratégias de marketing eficientes”.

Para Sheth, Eshghi e Krishnan (2002) a internet como veículo e ambiente de

marketing tem características peculiares que a distinguem de ambientes comerciais

tradicionais: é um ambiente virtual de hipermídia que incorpora atividades com pessoas e

máquinas. Não é uma simulação de um ambiente do mundo real, mas uma alternativa para

ambientes do mundo real.

2.1. Comércio Eletrônico

O processo de compra, venda e troca de produtos, serviços e informações por

redes de computadores ou pela internet, é definido por Turban e King (2004) como comércio

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eletrônico (CE). Este comércio é a combinação entre a tecnologia de informação, processos

e estratégias de empresas que facilita a troca de informações, produtos e serviços.

No Brasil, conforme Zakabi (2004), os primeiros sites de comércio eletrônico

surgiram no final da década de 90 e foram encarados com espanto e desconfiança mesmo

por quem já navegava pela internet: Para Miranda e Arruda (2004) esse novo tipo de

relacionamento mercantil caracteriza-se pelo fato do consumidor não necessitar se deslocar

de sua residência até o ponto de venda para pesquisar preço, escolher o produto, efetuar a

compra e até mesmo realizar o pagamento. O e-commerce é um fator globalizante, sem

fronteiras e capaz de interligar consumidores e fornecedores por meio da rede mundial de

comunicação.

Novos hábitos de consumo surgem com o rápido avanço da tecnologia que

proporciona um fortalecimento do poder do consumidor à medida que se torna mais fácil

chamar sua atenção. Assim, o universo digital estabelece um modo de vida completamente

diferente: o fluxo de informações se transforma com o manuseio de um conjunto de

ferramentas de comunicação como televisão, internet, mensagens instantâneas,

comunidades virtuais, vídeos online, rádios, revistas, marketing viral e games online

(BERTONCELLO e CRESCITELLI, 2009).

Drucker (2000) apud Maya e Otero (2002, p.74)

reforçam o exposto afirmando

que:

[...] no comércio eletrônico não existem empresas locais nem geográficas distintas. Onde produzir, onde vender e como vender vão continuar sendo decisões importantes para as empresas. Mas é possível que, dentro de vinte anos, elas não mais determinem o que a empresa faz nem como ou onde faz.

O marketing bem-sucedido nesse novo ambiente envolverá uma organização única

de comunicações, um alto grau de envolvimento com o cliente e, muito mais integração

entre marketing e operações. Haverá uma utilização mais eficiente de recursos do

marketing, aumentando a pressão na transmissão de mais valor e maior fidelização de

clientes “desejáveis” (SHETH, ESHGHI e KRISHNAN, 2002). Assim, para Hoffman e Novak

(1996) apud Costa (2002, p.50) com o advento da internet as práticas de marketing devem

ser reconstruídas para que se adaptem a nova realidade competitiva que se cria onde o

consumidor passa ater maiores oportunidades de interagir com seus fornecedores.

A revolução que o negócio eletrônico está causando ameaça os fundamentos dos

negócios “tradicionais” e as empresas que souberem reconhecer e aproveitar a

oportunidade que a internet vem proporcionando poderão estabelecer sua presença online

como um eficiente modelo de negócios que servirá de alicerce para elas (MAYA e OTERO,

2002).

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5

2.2 Comportamento do Consumidor

Blessa (2006) afirma que o comportamento de consumo é definido como

comportamento de procura, compra, uso e avaliação de produtos ou serviços. E esse

comportamento pode ser descrito como uma atividade física, mental e emocional realizada

na seleção, compra e uso de produtos ou serviços para satisfação de necessidades de

desejos.

Em entrevista a Alonso (2010) John Quelch, especialista em marketing e professor

da Harvard Business School, afirma que as preferências dos consumidores mudam com a

instabilidade econômica: há queda na confiabilidade e aversão ao risco, quem podem levar

ao adiamento das decisões de compra. Então, os profissionais de marketing devem investir

em estratégias de comunicação que visam oferecer respostas à importância da

funcionalidade do produto e do valor que o cliente vai obter em troca de seu dinheiro; ao

risco a ser enfrentado na confiabilidade dos produtos e na credibilidade da

empresa e em

quais produtos investir e os locais que estão menos preocupados com os temas mundiais.

Samara e Morsch (2005) afirmam que compreender o consumidor é uma função

essencial do marketing para que ele possa cumprir plenamente seus objetivos no

desenvolvimento, na produção e na colocação no mercado de bens e serviços apropriados e

capazes de satisfazer as necessidades e os desejos dos consumidores, contribuindo assim,

efetivamente para o sucesso do negócio. É nessa função primordial que se inicia todo o

processo de administração mercadológica e é em torno do consumidor que giram todas as

atividades de marketing da empresa.

As características do comprador sejam elas culturais, sociais, pessoais ou

psicológicas, levarão os consumidores a decidir a escolha dos produtos, da marca, do

revendedor, a freqüência e o montante da compra. Por isso, é importante entender as os

fatores que afetam o comportamento do consumidor e o que se passa na cabeça destes,

entre o momento dos estímulos externos e a decisão de compra (BERTONCELLO e

CRESCITELLI, 2009).

Costa e Larán (2003) afirmam que estudos acerca do comportamento de consumo

têm dado grande atenção à busca de maior compreensão do processo de tomada de

decisão de compra. O entendimento de suas etapas e de seus fatores influenciadores

constitui-se de grande valia pra os profissionais de marketing no desenvolvimento de

estratégias de segmentação e posicionamento, assim como para todos os elementos do

composto do mix de marketing.

O “Modelo de Comportamento do Consumidor no Comércio Eletrônico” proposto

por Turban e King (2004), apresentado na figura 02, mostra que o processo de decisão de

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compra é ativado por reações do cliente a estímulos, pelas características dos compradores,

pelo ambiente de compra, a tecnologia, a logística do comércio eletrônico como também por

outros fatores como psicológicos, sociais, entre outros.

Figura 02– Modelo de comportamento do consumidor no comércio eletrônico. Fonte: Turban e King (2004).

Bertoncello e Crescitelli (2009, p.10) salientam que o “mercado consumidor é

composto por diversos grupos sociais, econômicos e culturais, não se definindo um perfil

padrão, homogeneizado, em que de uma única e simples maneira e informação será

penetrante sua interpretação será a mesma para todos”.

Samara e Morsch (2005) reforçam que, influenciado principalmente pelas novas

possibilidades de consumo, progresso das tecnologias de informação e comunicação, e

concorrência acirrada entre os fornecedores de bens e serviços o comportamento do

consumidor está em constante alteração. O grande desafio para as organizações é estar

atentas às recentes solicitações e anseios de seus consumidores.

2.2.1 Consumidor On Line e Redes Sociais

A emergência do varejo on-line, segundo

Kalakota e Whinston (1997) apud Samara

e Morsch (2005), representada principalmente pela internet, tem atraído a atenção nos

últimos anos devido a seu potencial e suas implicações para consumidores e vendedores. O

consumidor passa a usar seu tempo de forma mais eficiente, o que combinado ao maior

sortimento e volume de informações, permite comparações de preços e maior conveniência

pois. As restrições de tempo e espaço, comuns às lojas tradicionais, tendem a desaparecer.

PROCESSO DE DECISÃO Características pessoais

Idade, sexo, grupo étnico, educação, estilo de vida, características psicológicas, conhecimento, valores,

Estímulos Marketing Outros Preço Promoção Produto Qualidade Econômico s Tecnológic os Políticos Características ambientais Sociais, culturais da comunidade, outras (jurídicas, institucionais, regulamentações governamentais)

Decisões dos compradores Comprar ou não comprar O que comprar

Onde (loja) Quando Quanto gastar Compras regulares Sistemas de responsabilidades das empresas vendedoras Suporte logístico Suporte técnico Atendimento ao cliente

Pagamentos, entrega

Projetos Web, agentes inteligentes

Perguntas e respostas mais freqüentes (FAQs), e-mail, centrais de atendimento um-a-um

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A mudança nos hábitos de consumo e das formas de relacionamento entre o varejo

e os consumidores é motivada pela adoção de tecnologias digitais como a internet e as

redes sociais, formando um consumidor digital, multicanal e global, que tem perspectivas

internacionais para seu consumo. É um consumidor mais maduro, crítico e racional, onde a

internet se caracteriza por exercer grande influência na escolha de produtos e serviços, à

medida que permite comparações e informações sobre características, preços e condições,

serviços garantias, formas de uso e tudo o mais que possa importar em uma decisão de

compra (SOUZA et al, 2010).

Lafuente e Gomes (2010) afirmam que o comportamento de compra das pessoas

mudará mais nos próximos cinco anos do que nos últimos cem. Os fatores econômicos em

escala mundial, a inovação tecnológica, a imensa quantidade de opções e o

superdimensionamento dos estabelecimentos de varejo, abriram a porta a uma nova era do

consumo que está redefinindo os mercados de todos os setores. Não são mais as

organizações que fixam as prioridades e sim os clientes.

A pesquisa de Souza et al. (2010) mostra que os neoconsumidores respondem

atualmente entre 3% e 7% das vendas do varejo brasileiro, percentual que terá forte

expansão nos próximos anos, sendo que 88% dos entrevistados na pesquisa afirmaram já

comparar preços e características de produtos na internet antes de realizar uma compra.

Essas mudanças são resultado da revolução digital que deve continuar a crescer, alterando

as formas como os consumidores interagem com o conteúdo, estabelecendo assim um

ambiente muito mais interativo, personalizado e conectado.

Maya e Otero (2002) afirmam que o surgimento de comunidades virtuais, agrega

pessoas com interesses comuns e cria efeitos que alteram as relações de consumo e que

são sentidos pelos profissionais de marketing e vendas, que deverão se adaptar a essas

mudanças. A forma como os consumidores eram focados antes do advento da internet está

perdendo o sentido: o consumidor da era online é melhor informado, tem mais opções de

escolha e independência para comprar. Por isso as organizações devem reagir a essa nova

realidade se quiserem perdurar no mercado, onde 14% dos consumidores do mundo,

conforme Lafuente e Gomes ( 2010) fazem suas compras a partir de dispositivos móveis.

Albernaz e Meira (2010) afirmam que as relações humanas e sociais são estudadas

há muito tempo, fazendo com que os conceitos de redes sociais não sejam novos. Cada

indivíduo, nas redes sociais, tem uma função e identidade cultura. A relação com outros

indivíduos vai formando um todo coeso que representa a rede. De acordo com a temática

da organização da rede é possível a formação de configurações diferenciadas (VALE e

GUIMARÃES, 2010). As redes sociais, para Kimura, Basso e Martin (2008) são uma

representação das relações e interações entre indivíduos de um grupo e possuem um papel

importante como meio de propagação de informações, ideias e influências. Para

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(HERCHEUI, 2011) essas redes afetam a estrutura da comunicação: antes, as redes sociais

tinham mais controle sobre seus canais de comunicação, hoje, elas precisam interagir em

espaços não mais sob seu controle.

Stanley (2009) afirma que o comportamento e as expectativas das pessoas estão

sendo moldados pela web e, o crescente desejo das pessoas de compartilhar suas opiniões,

experiências e aspirações dá às empresas uma oportunidade de ouro para captar, medir e

conectar dados e depois utilizá-los no desenvolvimento do marketing das redes sociais.

3 METODOLOGIA

A pesquisa se caracteriza por ser uma pesquisa quali-quantitativa. Para Minayo et

al.( 1996,p.22) o conjunto de dados quantitativos e qualitativos não se opõe. Ao contrário, se

complementa, pois a realidade abrangida por eles interage dinamicamente, excluindo

qualquer dicotomia. Já quanto aos objetivos, é classificada como descritiva, a qual, segundo

Gil (1999) tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada

população ou fenômeno ou, ainda, o estabelecimento de relações entre variáveis.

A pesquisa foi dividida em duas etapas. Na primeira, foi realizada uma pesquisa

exploratória bibliográfica que, para Oliveira (2001) tem por finalidade admitir diferentes

formas de apoio para as pesquisas científicas que é um hábito para pesquisadores que

estejam em constante atualização. Lakatos (2003) afirma que este é o primeiro passo, pois

encontrará trabalhos referentes ao assunto desejado, permitindo que esta teoria ajude na

elaboração dos resultados. Já na segunda etapa , se propõe a entrevistar consumidores on

line , selecionados aleatoriamente em um shopping da cidade de Santa Maria. Estes

consumidores estão sendo questionados sobre sua participação em redes sociais e sobre

compras on line, se as duas repostas são afirmativas, estes são convidados a participar da

pesquisa, sendo que o instrumento de coleta de dados apresenta três etapas: a primeira tem

a finalidade de delinear o perfil sócio-econômico do participante; a segunda; identificar os

fatores do ambiente online que influenciam o comportamento do consumidor em estudo e a

terceira conhecer de que forma e quais redes sociais influenciam a compra online.

Até o momento foram entrevistados 134 consumidores, e espera-se obter dados

que possam ser tabulados e interpretados de forma a atender os objetivos propostos neste

estudo.

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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