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"03240596*Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação n° 992.06.040658-4, da Comarca de São Paulo, em que é apelante HUGO FERREIRA CÂMARA sendo apelado ENSINO SUPLETIVO ALIADO SC LTDA.
ACORDAM, em 33a Câmara de Direito Privado do
Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.
O julgamento teve a participação dos Desembargadores LUIZ EURICO (Presidente sem voto), EROS PICELI E CRISTIANO FERREIRA LEITE.
São Paulo,18 de outubro de 2010.
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SÁ MOREIRA DE OLIVEIRA RELATOR
Apelação Cível c/ revisão n° 1069857-0/2 Apelante: Hugo Ferreira Câmara
Apelada: Ensino Supletivo Aliado S/C Ltda. TJSP - 33a Câmara de Direito Privado
(Voto n° SMO 05523
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - Instituição de ensino - Aluno impedido de entrar em sala de aula sem uniforme Previsão contratual -Ausência de prejuízo ao patrimônio subjetivo do apelante - Dano moral indevido.
Recurso improvido.
Trata-se de recurso de apelação (fls. 150/166) interposto por HUGO FERREIRA CÂMARA, contra a r. sentença (fls. 217/224), proferida pelo MM. Juiz da 3a Vara Cível do Foro Regional de Santana, Dr. Elói
Estevão Troly, que julgou improcedente a ação de indenização por danos morais, movida pelo Apelante contra ENSINO SUPLETIVO ALIADO S/C LTDA.
Sustenta o Apelante ter sido exposto à situação vexatória em virtude de não estar trajando o uniforme. Afirma que não ter providenciado o uniforme uma vez que a apelada praticava preços exorbitantes e não permitia a compra dos uniformes em outros estabelecimentos. Alega, por fim, que a Apelada optou por exigir que o Apelante trajasse o uniforme apenas faltando um mês para o final do ano em retaliação à uma ação ajuizada cinco dias antes do ocorrido. Postula pelo acolhimento do recurso.
Contra-razões às fls. 246/251.
Parecer do D. Promotor de Justiça (fls. 189/192). Parecer da D. Procuradoria Geral de Justiça (fls. 255/256).
O recurso não merece provimento.
A genitora do apelante, na qualidade de responsável, firmou contrato de prestação de serviços educacionais com a apelada (fls. 69/71). Assim, nesta qualidade, obrigou-se ao cumprimento das disposições contratuais, para, em contrapartida, o apelante ter o direito de assistir às aulas oferecidas.
A o parágrafo primeiro da cláusula 17a do referido
contrato dispõe que "o uso do uniforme adotado pela ESCOLA tem caráter
obrigatório e deverá ser adquirido exclusivamente onde esta indicar, sob pena de não ser permitida a entrada do aluno nas dependências da ESCOLA".
Restou incontroverso que, até o dia 23/10/2002 - dia em que a administração da apelada comunicou os responsáveis do apelante para que estes comparecessem à instituição de ensino - o apelante não adquiriu o uniforme exigido pela apelada.
Alega o apelante ter sido exposto a situação vexatória perante os demais colegas. Contudo, não restou comprovado o dano moral sofrido. O apelante não logrou êxito em comprovar o dano capaz de gerar a indenização. O constrangimento de ter sido abordado pela administração da apelada em virtude de não estar trajado adequadamente não é suficiente a gerar indenização. Antes, a origem dos problemas experimentados pelo apelante foi a conduta de seus responsáveis que, cientes da exigência da instituição, optaram por não adquirir o uniforme para seu filho. Incontestável que a exigência de que todos os alunos estivessem uniformizados era notória, ante os termos contratuais já mencionados, o material de propaganda juntado às fls. 73/83 e o fato de que todos os demais
Em caso análogo, já decidiu esta E. Câmara neste mesmo sentido:
"No mérito, no tocante ao pedido de indenização por dano moral, o pedido não poderia mesmo ser acolhido, uma vez que os fatos articulados na inicial não configuram hipótese capaz de justificar a sua concessão. Os fatos descritos na inicial, independentemente de terem ocorrido dentro da sala de aula ou no portão de acesso à instituição ensino, embora possam ter causado à autora dissabores, não chegam a representar ofensas à sua personalidade a justificar a concessão de indenização dessa natureza. Para a concessão de indenização é necessária a ocorrência de ofensa muito mais grave, não se podendo admitir que os percalços do convívio em um ambiente escolar sejam motivos suficientes para justificar a concessão dessa indenização. Não vislumbro qualquer dor, física ou psicológica, constrangimento, sentimento de reprovação, lesão ou ofensa ao conceito social, à honra, à dignidade da autora pela ocorrência dos fatos a ensejar a pretendida indenização." (Apelação
n° 976.409-0/8 - São Paulo - 33a Câmara de Direito
Privado - Relator: Des. Cristiano Ferreira Leite - 9 04.08 - V U)
Portanto, correta a sentença, uma vez que não há que se falar em indenização por dano moral, pois, conforme acima explicitado,
não houve conduta ilícita por parte da apelada, faltando um dos pressupostos da responsabilidade civil.
No exato sentidodo exposto, nego provimento ao recurso
MDREI DE OLIVE