Complicações
da anestesia
GABRIEL M N GUIMARÃES HUB/UNB, TSA-SBA, MSC. V 2018/1www.anestesiologiaunb.com.br
Complicações
Tema preferido em provas (ME, TSA)
Tema preferido em pesquisas! (TCC)
Prevenção;
Prognóstico;
Hipertermia
maligna
Induzida pela equipe de saúde
(iatrogenia);
Letalidade;
Raridade;
Apenas uma opção terapêutica
específica.
Hipertermia
maligna
Pode ocorrer até 6h do final
da anestesia; Pode recorrer; Única miopatia associada: doença do núcleo central. Duchenne e Becker: apenas hipercalemia; Capnografia é mais precoce.
Náuseas e
vômitos
pós-operatórios
Big little problem;
Ambulatoriais / custos;
• Adultos (APFEL); • Crianças;
Fatores de risco
Complicações comuns de baixo dano
Hipotensão após indução da anestesia geral;
Diminuição
retorno venoso; Cardiodepressão; simpático;Bloqueio Bloqueio
simpático extenso
ASA closed
claims
Closed Claims’ Analysis. Best
Pract Res Clin Anesthesiol
2011
Tendência: diminuir queixas de
eventos durante cirurgias.
Aumento:
Manejo da dor crônica (18%); Manejo da dor aguda (9%); Obstetrícia (8%);
Anestesia geral (10%) vs
ASA closed
claims
Closed Claims’ Analysis.
Best Pract Res Clin
Anesthesiol 2011
Complicações mais
comumente associadas a
processos:
Óbito (26%); Lesão nervosa (22%);Dano cerebral permanente
ASA closed
claims
Closed Claims’ Analysis.
Best Pract Res Clin
Anesthesiol 2011
Sequelas:
Bloqueios regionais(20%); Respiratórias(17%); Cardiovasculares (13%); Relacionado a equipamentos (10%).ASA closed
claims
Patient injuries from anestesia
gas delivery equipment: a
closed claims update.
Anesthesiology 2013
35% evitáveis pela checagem do
ventilador;
Erros
comuns na
checagem
Fata de peça / Desconexões /
conexões frouxas.
Rede de oxigênio fechada
(marcador inicialmente
normal).
Rede de ar comprimido
fechada (idem).
Esquecimento de válvula
pop-off fechada.
FGF esquecido.
Raro: erro imprevisível da
máquina. Comum: falta de
ASA closed
claims
Esophageal Injuries: A Closed
Claims Analysis.
Anesthesiology, A1081, 2012
24% das lesões de via aérea
(local mais comum);
Dificuldade de intubação (41%),
equipamento no esôfago (35%);
43% tinham DRGE ou hernia de
ASA closed
claims
Burns from Warming Devices
and Heated Materials: A
Closed Claims Update.
Anesthesiology, A1079, 2012
61% por equipamento usado
para aquecer o paciente;
Por convecção: usar sem manta
ASA closed
claims
Operating room fires: a closed
claim analysis. Anesthesiology
2013.
Ignição por eletrocautério (90%).
85% cabeça e pescoço;
Alimentação por O2 (95%);
Sistema aberto (84%);
ASA closed
claims
Liability related to peripheral
venous and arterial
catheterization: a closed
claims analysis. Anesth Analg
2009.
91% acesso venoso periférico;
Necrose (28%);
Infecções/extravasamentos(17%)
Lesão nervosa (17%);
Lesões
neurológicas
Recurso 445.845/SP. Médico residente, raqui, cesariana → paraplegia. Considerado imperícia, R$80.000.Piores
extravasamentos
Não testar acesso com:
Soluções de eletrólitos
concentrados (NaHCO3,
Gluconato,etc);
Vasoconstrictores (Inclusive
dobuta, dopa, vasopressina);
Piores
extravasamentos
Agentes hiperosmolares
(manitol, G10%, G50%,
coloides);
Agentes vesicantes (propofol,
etomidato);
Não usar em membros com
circulação linfática
prejudicada;
Após
extravasamentos
Urgência; discutir com paciente; Desconectar equipo, manter cateter; Aspirar o máximo possível pelo cateter; Desenhar (delinear) área comprometida inicial;Após
extravasamentos
Parecer para cirurgia vascular;
Anotar: momento que
aconteceu, o que foi infundido
Manter membro elevado;
ASA closed
claims
Liability related to peripheral
venous and arterial
catheterization: a closed claims
analysis. Anesth Analg 2009.
55% após extravasamento;
Mais comum em cirurgia
cardiaca;
Menos comum em emergencias;
ASA closed
claims
Injuries and liability related to
central vascular catheters: a
closed claims analysis.
Anesthesiology 2004.
Óbito em 47%;
Embolia por fio guia ou pedaço
de cateter (18,1%);
Tamponamento cardíaco
(14,5%);
ASA closed
claims
Trends in anesthesia-related
death and brain damage: A
closed claims analysis.
Anesthesiology 2006.
SpO2 e EtCO2. 6% (1985) – 70%
(1989) – 83% (2000).
1985-2000: diminuição de
eventos respiratórios, aumento
de eventos cardiovasculares.
Proporção total igual (28%).
ASA closed
claims
Risk factors associated with
ischemic optic neuropathy
after spinal fusion surgery.
Anesthesiology 2012.
Homens (2.53); Obesos (2.83);
Apoio Wilson (4.3);
Duração (1.39 por hora);
Perda sanguínea (1.34 por litro);
Proporção de coloides (0.67 a
ASA closed
claims
Complications associated with eye
blocks and peripheral nerve blocks:
an american society of
anesthesiologists closed claims
analysis. Reg Anesth Pain Med 2008.
Anestesisas bloqueio + sedação VS
sedação: maior risco global de processos nos primeiros;
Bloqueios periféricos:
Lesões temporárias 56% (permanentes
8%);
ASA closed
claims
Injury and liability associated
with cervical procedures for
chronic pain. Anesthesiology
2011
22% dos casos de processo em
tratamento de dor crônica;
59% sofreram lesão medular:
Lesão direta pela agulha (31%); Anestesia geral ou sedaçãoASA closed
claims
Injuries associated with
regional anesthesia in the
1980s and 1990s: a closed
claims analysis. Anesthesiology
2004
71% bloqueio neuroaxial (36,6% obstetricia); Obstetrícia: 71% lesões temporárias ou benignas; PCR: 32% obstetrícia, 38% não-obsteterícia;ASA closed
claims
Liability Associated with
Medication Errors in Anesthesia:
Closed Claims Analysis.
Anesthesiology 109: A770, 2008.
Mais prevalente em crianças; 44% dose errada;
30% troca de ampola;
10% uso de droga contraindicada; 8% momento errado.
ASA closed
claims
Factors Associated With
Postoperative Respiratory
Depression: From the ASA Closed
Claims Analysis. ASA Newsletter
77(5):34-36, 2013
Terapia antalgica (42% neuroaxial,
42% PCA);
>1 medico prescrevendo 34%; SAOS 40%
Dia ou noite da cirurgia (87%), PO 1
ASA closed
claims
Liability and Risk Factors
Associated with Aspiration:
Closed Claims Analysis.
Anesthesiology A789, 2010
Pacientes idosos, ASA III-V,
emergencia abdominal;
12% anestesia regional ou sedação; Indução 60%, intraoperatório 19%,
extubação 12%.
28% pneumonite; 5% SARA; Pressão na cricoide em 45%.
ASA closed
claims
New trends in adverse
respiratory events from the ASA
Closed Claims Project. ASA
Newsletter 75(2): 28-29, 2011
Compara 1970-1989 com
1990-2007:
Menos intubação esofágica(5%),
menos pré-oxigenação inadequada (20%);
Mais intubações difíceis (25%), mais
Broncoaspiração
Estratégias de prevenção |
provável estômago cheio:
Jejum, ranitidina,
metoclopramida;
Aspirar estômago antes do
despertar;
Intubação sob sedação
consciente / sequência
rápida.
Broncoaspiração
Após aspiração: Não use corticoides, antibióticos nem lave pulmão! Cefalodeclive; Aspiração de orofaringe (laringoscopia);IOT;UTI: se estiver bem após 2h (gaso e Rx) não precisa.
Avulsão
dentária
Encaminhar para dentista, avisar paciente. Fixa dente reimplantado;
Reimplantar em até 30min!
Lavar cuidadosamente com SF 0,9%; Não esfregar dente;
Bloqueio
neuromuscular
residual
Monitorar TOF é imperativo, não
é lei por motivos econômicos.
Cuidado com re-curarização:
baixas doses de sugammadex,
descurarização precoce de
pancurônio;
Desfecho agudo: dessaturação /
reintubação;
Desfecho crônico: pneumonia
TRALI e
TACO
Complicações pulmonares da
hemotransfusão;
TRALI – Imune; TACO – hipervolemia aguda; TACO: EAP; 01 CH é suficiente se for
infundido rápido!
TRALI parece TACO, TACO é mais comum.
Fatores de risco TACO:
Feminino, ICC, ventilação PP, vasopressores, hipervolemia;
Sem fatores de risco: 84-200ml/h. Com
Edema
agudo
pulmonar
Ex-vacum
Suporte ventilatório com
PEEP/CPAP elevados;
Menor infusão possível de
líquidos;
Bloqueio simpático: opioides,
bloqueios;
Diuréticos;
Atelectasias
Evitar é mais fácil que
tratar;
Complicação em
pacientes ASA-1:
dessaturação;
Coronariopatas: IAM;
Atelectasias
Profilaxia:
induzir com FiO2 baixa,
máscara bem acoplada e
com PEEP;
Usar menor FiO2 possível; Não
seletivar intubação;
Usar PEEP acima do ponto de
inflexão;
Extubação acordado durante
Broncoespasmo
Tratar:
O2 100% Salbutamol 4mcg/kg (ideal com espaçador)
Aumentar tempo expiratório, PEEP
baixo;
Descartar: anafilaxia, pneumotórax, falência VE;
Checar: tubo, traqueias, pressões de vias aéreas;
Broncoespasmo
Considerar:
adrenalina 0.1 a 1
mcg/kg
Hidrocortisona
1-2mg/kg
UTI.
Toxicidade
por AL
Interromper administração de AL;
ACLS usando baixa dose de
adrenalina e evitando
vasopressina;
Convulsões: propofol,
midazolam;
Assistolia: intralipid 20% 100ml em
adultos a cada 5min (máx 3x);
Reposição de sódio: exemplo
Cefaléia
pós-raqui
Saber diagnosticar; Grave: incapacitante. Infiltração peridural de sangue autólogo. Moderada: internação, suporte (hidratação, analgesia, antieméticos). Leve: orientar e medidas de suporte. Persistente: infiltração peridural; Diagnóstico diferencial: infiltração peridural com soro.Falha de
bloqueio de
neuroeixo
Várias causas, principal é erro
humano;
Problemas com lotes: lenda fácil
de aceitar?
Saber limitar número de
tentativas, pesar custo-benefício
de técnicas alternativas.
Paciente
não
desperta
Principal causa é excesso de
opioides ou de relaxante muscular;
Descartar pseudocolinesterase
atípica, curarização residual, efeito residual de opioides, intoxicação por AL.
AVE é causa rara, de exclusão. Se suspeitar solicitar UTI e TC.
Falha de
extubação
Guidelines de extubação;
Risco de broncoaspiração,
edema agudo de pulmão,
Lesão renal
aguda
Principal fator de risco:
hipovolemia com hipotensão.
Vasopressores não aumentam
se não houver hipotensão.
Outras medidas (manitol,
Consciência
intraoperatória
BIS baixo não garante; Halogenado não garante; Midazolam não garante.Reações
anafiláticas /
anafilactoides
Saber diferenciar anafilactoides de
anafiláticas: não são causadas por IgE.
Interromper possíveis causas;
ACLS iniciado com ajuda e
adrenalina (1mcg/kg);
Preparar-se para usar muitas
ampolas de adrenalina.
Insistir na RCP prolongada;
Hidrocortisona 200mg IV;
Controversos: bloqueadores H1 e
E na vida real?
1-Estudar (profilaxias refinadas);
2-Usar recurso CRM – Crisis Resource Management.