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Olá!

Muito obrigado por baixar o nosso material. Ele foi

pensado especialmente para você que vai prestar as

provas de residência nas instituições de São Paulo – USP,

UNICAMP, UNESP, UNIFESP, SCMSP, etc. Aqui, você vai

ver 20 questões comentadas de Cirurgia da UNIFESP, em

provas de diversos anos: 2016 a 2020. Os comentários são

feitos pelo nosso time de professores que já passou por

essas provas justamente para você mergulhar na cabeça

de quem já foi aprovado.

Para obter o maior proveito do material, faça as questões

antes de ver os comentários. Responda numa folha à

parte e guarde para, só depois, acessar o gabarito e

nossos comentários. Dessa maneira, você vai conseguir

treinar e avaliar o seu próprio desempenho. Depois disso,

vai direcionar seus esforços para aqueles temas que são

seus pontos fracos e se preparar de maneira adequada

para a reta final!

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2016 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 31 2016 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 36

Paciente com cardiopatia dilatada referiu dor súbita em membro inferior direito há 3 horas da internação. Negava antecedente de claudicação. Ao exame, constatou-se ausência de pulsos em membro inferior direito e pulsos normais nos demais membros. Qual é a hipótese diagnóstica mais provável e a melhor conduta?

A) Embolia arterial aguda, cirurgia com cateter de Fogarty. B) Embolia arterial aguda, arteriografia e heparinização. C) Trombose arterial aguda, arteriografia e proteção térmica. D) Trombose arterial aguda, heparinização e proteção térmica. E) Trombose arterial aguda, arteriografia e fibrinolítico.

Paciente de 40 anos de idade relata dificuldade persistente para deglutir alimentos sólidos há um ano e para líquidos há dois meses, acompanhada de regurgitação, mas sem pirose. Refere, às vezes, desconforto retroesternal e tosse após alimentação. Nega emagrecimento, contato com barbeiro, etilismo ou tabagismo. O exame físico é normal. Qual é o provável diagnóstico e qual deve ser o primeiro exame para fins de diagnóstico?

A) Espasmo esofágico difuso e manometria esofágica. B) Esofagite eosinofílica e endoscopia digestiva alta. C) Acalásia idiopática e estudo contrastado com bário. D) Refluxo gastroesofágico e pHmetria de 24 horas. E) Disfagia lusória e angio-TC do pescoço e do tórax.

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2016 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 21 2017 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 07 2017 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 04

Logo após a indução da anestesia geral para redução de fratura de fêmur, um paciente sob ventilação mecânica apresenta queda progressiva no valor da capnometria. Qual é a causa mais provável? A) Hipotermia.

B) Embolia gordurosa. C) Cal sodada saturada. D) Ventilador desconectado. E) Hipotensão.

Em relação à anestesia infiltrativa, qual é a afirmativa CORRETA? A) A dose máxima de procaína é 14 mg/kg.

B) A dose máxima de lidocaína com epinefrina (1:200.000) é de 14 mg/kg.

C) A duração aproximada de lidocaína é de 4 a 5 horas. D) A duração aproximada de procaína é de 3 a 5 horas. E) A dose máxima de lidocaína é 7 mg/kg.

Na embolia arterial, quais são os achados arteriográficos esperados? A) Paredes lisas e estenoses.

B) Imagem em “taça invertida” e circulação colateral desenvolvida. C) Dilatações e calcificações.

D) Lesão em “ponta de lápis”.

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2017 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 12 2017 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 10

Uma mulher de 66 anos de idade, que foi submetida à transfusão sanguínea há 25 anos por mioma uterino sangrante, fazia uso de peginterferon alfa e ribavirina há 8 anos esofosbuvir há 6 meses. Os seguintes exames de acompanhamento estavam alterados: bilirrubinas, ALT, alfa-fetoproteína, antígeno cárcino-embriônico e CA 19-9. Na ressonância, observou-se nódulo hepático de 2 cm com “washout” na fase venosa e marcada hipocaptação na fase hepatobiliar. Qual é o PROVÁVEL diagnóstico da lesão no fígado? A) Carcinoma hepatocelular.

B) Metástase hepática. C) Hiperplasia nodular focal. D) Adenoma hepatocelular. E) Nódulo regenerativo/displásico.

Um homem de 78 anos de idade referiu há um dia dor abdominal intensa, inapetência, náusea e uma evacuação líquida sanguinolenta. Estava em regular estado geral, taquicárdico, com abdome plano flácido, ruídos hidroaéreos diminuídos e DB negativo. Exames iniciais mostraram leucocitose, lactato elevado e fibrilação atrial. Qual é o próximo exame a ser solicitado?

A) Colonoscopia. B) Aortografia.

C) Angiotomografia abdominal.

D) Ultrassonografia Doppler abdominal. E) Angiorressonância abdominal.

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2018 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 04 2018 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 05

Assinale a alternativa CORRETA em relação ao estado de choque: A) No choque hipovolêmico típico o débito cardíaco está elevado nas

fases iniciais, enquanto a pressão venosa central tende a estar diminuída.

B) Em geral, no choque cardiogênico típico o débito cardíaco e a resistência vascular sistêmica estão diminuídos e a pressão venosa central está elevada.

C) Habitualmente, na fase inicial do choque séptico, o débito cardíaco e a pressão venosa central estão elevados e a resistência vascular sistêmica está diminuída.

D) O estado de choque com vasodilatação grave ocorre como via final comum dos estágios tardios dos choques cardiogênico e hipovolêmico.

E) O objetivo primordial no estado de choque cardiogênico consiste em elevar a pós-carga cardíaca para aumentar a pressão arterial sistêmica.

Assinale a alternativa contendo a afirmação CORRETA em relação a dor neuropática.

A) Os três tipos mais comuns ocorrem por neuropatia pós-herpética, por neuropatia diabética e na síndrome dolorosa regional complexa. B) É caracterizada pela necessidade de evento desencadeador, não

ocorrendo espontaneamente.

C) Não apresenta características de hiperalgesia. D) Não apresenta características de alodinia.

E) O bloqueio regional de nervos simpáticos por via intravenosa deve ser usado nas dores neuropáticas, exceto nos casos de dor por síndrome dolorosa regional complexa.

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2018 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 01 2018 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 06

Paciente, 60 anos de idade, com antecedente de infarto agudo do miocárdio há 1 ano, refere dor e esfriamento (sic) do membro inferior esquerdo há 4 horas. Nega antecedentes de claudicação prévia. Exame físico: ausência de pulso da artéria femoral esquerda para baixo e membro contralateral com pulsos normais. Qual a hipótese mais provável e a conduta?

A) Embolia arterial aguda; tratamento endovascular. B) Trombose arterial aguda; revascularização com safena. C) Trombose arterial aguda; tratamento endovascular. D) Embolia arterial aguda; heparinização.

E) Trombose arterial aguda; heparinização.

Homem, 70 anos de idade, vítima de atropelamento por moto em via de média velocidade, há 30min. A: via aérea pérvia, em uso de prancha rígida e colar cervical. B: murmúrio vesicular presente bilateral, SpO2 = 88%; FR = 22 irpm/min; forte dor e escoriações em gradil costal à esquerda. C: sem sangramento externo ativo, PA = 160 x 90 mmHg; FC = 95 bpm/min; TEC = 2s; abdome doloroso em flanco esquerdo, pelve estável. D: Glasgow 12, pupilas sem alterações, sem deficit neurológico focal. E: dorso e extremidades com pequenas escoriações. Colocada máscara de oxigênio, com melhora da saturação para SpO2= 90%. Realizada ultrassonografia à beira do leito (eFAST), que evidenciou: 1 cm de líquido livre em espaço hepatorrenal; “sinal da praia” presente e linhas B ausentes em hemitórax esquerdo. Antecedentes pessoais: fibrilação atrial em uso de warfarin. Qual a conduta mais adequada para este paciente?

A) Drenagem de tórax e laparotomia exploradora.

B) Drenagem de tórax, radiografia de tórax e tomografia de crânio e abdome.

C) Lavado peritoneal diagnóstico e tomografia de crânio e tórax. D) Radiografia cervical, tórax e pelve e tomografia de crânio. E) Tomografia de corpo inteiro.

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2018 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 09 2018 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 10

Professora, 31 anos de idade, faz dietas hipocalóricas há 4 anos, orientadas por nutricionista, caminhadas diárias e relata ter sido discriminada em função do peso durante entrevista para emprego. Já tomou sibutramina, também sem sucesso e, atualmente, o IMC é de 35 kg/m2. Ao questionar seu médico a respeito de indicação para cirurgia bariátrica, qual é a resposta CORRETA a ser dada a ela?

A) Indica-se porque tem obesidade grau III ou mórbida. B) Indica-se por inexistência de tratamento alternativo. C) Indica-se porque foi relatada uma comorbidade. D) Contraindica-se por não ter diabetes ou hipertensão. E) Contraindica-se por falta de resposta ao tratamento clínico.

Homem, procura o pronto-socorro com dor lombar direita com irradiação para fossa ilíaca direita e bolsa testicular homolateral, acompanhada de vômitos, calafrios e febre. Exames complementares: proteína C-reativa elevada, leucocitose com desvio à esquerda. Qual é o provável diagnóstico, o exame de imagem com maior sensibilidade e especificidade para a comprovação diagnóstica e a conduta indicada?

A) Pielonefrite obstrutiva, ressonância magnética e antibioticoterapia. B) Lombociatalgia, ultrassonografia, analgesia e antibioticoterapia. C) Pielonefrite obstrutiva, ultrassonografia e desobstrução das vias

urinárias.

D) Pielonefrite obstrutiva, tomografia computadorizada helicoidal, antibioticoterapia e desobstrução das vias urinárias.

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2019 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 06 2019 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 18

Mulher, 35 anos de idade refere há 3 anos dor e cansaço nas pernas, com piora no decorrer do dia. O exame físico evidencia varizes tronculares com 4 mm de diâmetro em território de safena magna e veias perfurantes insuficientes. Qual a classificação clínica do CEAP (Clinical, Etiology, Anatomical, Pathophysiology)?

A) C1 B) C0. C) C2. D) C3. E) C4.

Assinale a alternativa que contém, respectivamente, dois fatores de risco e dois fatores protetores dietéticos para a formação de cálculos urinários.

A) Proteínas e sódio; água e citrato. B) Proteínas e cálcio; oxalato e citrato. C) Citrato e cálcio; fosfato e sódio. D) Magnésio e citrato; água e sódio. E) Proteínas e citrato; oxalato e fosfato.

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2019 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 03 2019 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 20

Recém-nascido a termo apresentou insuficiência respiratória logo após o nascimento. A radiografia de tórax evidenciou imagens radioluscentes com aspecto de bolhas de diversos tamanhos no hemitórax esquerdo, com desvio contralateral do mediastino. Bolha gástrica tópica. O diagnóstico provável é:

A) Malformação adenomatoide cística. B) Hérnia diafragmática.

C) Cisto broncogênico. D) Pneumotórax.

E) Hipoplasia pulmonar.

Homem, 45 anos de idade, sem comorbidades, realiza tomografia de abdome que demonstra uma massa renal sólida, incidental, hipervascular, com 4 cm de diâmetro, no polo inferior do rim direito, distando 3 cm da via excretora. Qual é a conduta mais adequada? A) Nefrectomia radical laparoscópica ou robótica.

B) Ultrassom de alta intensidade. C) Biópsia renal percutânea.

D) Nefrectomia parcial aberta ou minimamente invasiva. E) Sunitinibe e nefrectomia radical.

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2020 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 04 2020 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 03

Mulher, 41 anos de idade, portadora de carcinoma epidermóide em couro cabeludo foi submetida a ressecção tridimensional, deixando área cruenta arredondada de 5 cm de diâmetro, preservando-se o periósteo e recoberto por enxerto de pele. Além da cobertura, quais as funções do curativo? A) Impermeabilização e assepsia. B) Assepsia e higienização. C) Imobilização e compressão. D) Antissepsia e hemostasia. E) Hemostasia e assepsia.

Paciente com diagnóstico de melanoma cutâneo, confirmado por biópsia excisional. Qual dos parâmetros abaixo melhor orienta a próxima conduta? A) Ulceração B) Índice mitótico C) Níveis de Clark D) Crescimento vertical E) Índice de Breslow

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2020 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 12

Com relação ao tratamento cirúrgico da fissura anal crônica assinale a alternativa correta:

A) A dilatação manual dos esfíncteres é o procedimento de escolha pois não há secção de fibras da musculatura esfincteriana

B) A esfincterotomia deve ser sempre na região posterior do canal anal pois esta é uma área com pior vascularização

C) A fissurectomia e rotação de retalho de pele não é a melhor conduta pelo risco de contaminação do retalho

D) Na esfincterotomia lateral interna deve ser seccionado cerca de 70% do esfíncter anal interno e 10% das fibras do ramo subcutâneo do esfíncter anal externo

E) A esfincterotomia lateral interna é o procedimento de escolha, por apresentar melhores resultados em termos de cicatrização da fissura.

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2016 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 31

Paciente com cardiopatia dilatada referiu dor súbita em membro inferior direito há 3 horas da internação. Negava antecedente de claudicação. Ao exame, constatou-se ausência de pulsos em membro inferior direito e pulsos normais nos demais membros. Qual é a hipótese diagnóstica mais provável e a melhor conduta?

A) Embolia arterial aguda, cirurgia com cateter de Fogarty. B) Embolia arterial aguda, arteriografia e heparinização. C) Trombose arterial aguda, arteriografia e proteção térmica. D) Trombose arterial aguda, heparinização e proteção térmica. E) Trombose arterial aguda, arteriografia e fibrinolítico.

Comentário:

Questão boa para raciocinar! Temos uma síndrome de oclusão arterial aguda em membro inferior. Será que foi por um êmbolo ou por trom-bose em uma placa arterial já existente? Olha a dica, mano, paciente tem cardiomiopatia dilatada! Provavelmente uma fração de ejeção ventricular esquerda reduzida propiciou um trombo cavitário que “em-bolizou”. Outro indício de doença embólica também é a ausência de sinais de aterosclerose significativa no membro contralateral. E qual a conduta na oclusão arterial aguda por tempo menor do que 06 horas? EMBOLECTOMIA COM CATETER DE FOGARTY!

Resposta certa letra A: Embolia arterial aguda, cirurgia com cateter de Fogarty.

Visão do aprovado:

Saibam diferenciar entre EMBOLIA X TROMBOSE. Isso não só vai muito em prova, como é importante para sua prática clínica!

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2016 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 36

Paciente de 40 anos de idade relata dificuldade persistente para deglutir alimentos sólidos há um ano e para líquidos há dois meses, acompanhada de regurgitação, mas sem pirose. Refere, às vezes, desconforto retroesternal e tosse após alimentação. Nega emagrecimento, contato com barbeiro, etilismo ou tabagismo. O exame físico é normal. Qual é o provável diagnóstico e qual deve ser o primeiro exame para fins de diagnóstico?

A) Espasmo esofágico difuso e manometria esofágica. B) Esofagite eosinofílica e endoscopia digestiva alta. C) Acalásia idiopática e estudo contrastado com bário. D) Refluxo gastroesofágico e pHmetria de 24 horas. E) Disfagia lusória e angio-TC do pescoço e do tórax.

Comentário:

Irmãozinho, temos aqui um quadro de evolução bem lenta (1 ano) de disfagia progressiva, que começou com sólidos e agora está também para líquidos, além de regurgitação e desconforto retroesternal. Vamos por exclusão?

A) Incorreta. No espasmo esofagiano difuso teríamos uma disfagia associada à dor precordial e relacionada à alimentação, mas ao estresse.

B) Incorreta. A esofagite eosinofílica dificilmente atrapalha a ingestão de líquidos…

C) Correta. Acalásia idiopática e estudo contrastado com bário. D) Incorreta. DRGE por todo esse tempo certamente provocaria pirose,

além de não justificar a disfagia que esse paciente tem

E) Incorreta. Disfagia lusória é uma anomalia na origem/ trajeto da subclávia direita, de raro diagnóstico na fase adulta.

Assim, ficamos com a acalásia! Uma alteração de motilidade que vai se instalando lentamente e dá exatamente esse padrão de evolução da disfagia! Como não há relato de contato com o barbeiro, não falamos em acalásia chagásica, mas idiopática. O exame contrastado mostraria o clássico formato de “bico de pássaro” em esôfago distal.

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2016 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 21

Logo após a indução da anestesia geral para redução de fratura de fêmur, um paciente sob ventilação mecânica apresenta queda progressiva no valor da capnometria. Qual é a causa mais provável? A) Hipotermia.

B) Embolia gordurosa. C) Cal sodada saturada. D) Ventilador desconectado. E) Hipotensão.

Comentários:

Velhinho, pau quebrou ali com o anestesista!

A capnografia serve para avaliar a ventilação do paciente, quantificando a pressão de CO2 (geralmente 35-45 mmHg). Agora vamos pensar: quais são as principais causas da diminuição da PaCO2?

1) VENTILARMOS MUITO o paciente, ou seja, aumentarmos o volume corrente e/ou a frequência respiratória (diminuiremos a PaCO2, como se “lavássemos”o CO2);

2) HIPOTERMIA (a diminuição do metabolismo irá diminuir a produção de CO2 a nível celular);

3) HIPOTENSÃO, que é a MAIS FREQUENTE (tanto na indução anestésica como na perda volêmica por trauma, é a principal causa de queda na curva do capnógrafo, por isso é a resposta da nossa questão!). A embolia gordurosa causaria uma insuficiência respiratória hipoxêmica.

Ventilador desconectado causaria diminuição do drive respiratório e do volume corrente, havendo na verdade AUMENTO da PaCO2.

Resposta certa letra E: Hipotensão.

Visão do aprovado:

Questão difícil, galera, mas que já vimos cair em outras provas... Uma dica? Mnemônico DOPE: frente a um problema ventilatório em paciente intubado, cheque se há Deslocamento do tubo traqueal, Obstrução do tubo, Pneumotórax ou falha do Equipamento.

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04

2017 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 07

Em relação à anestesia infiltrativa, qual é a afirmativa CORRETA? A) A dose máxima de procaína é 14 mg/kg.

B) A dose máxima de lidocaína com epinefrina (1:200.000) é de 14 mg/kg.

C) A duração aproximada de lidocaína é de 4 a 5 horas. D) A duração aproximada de procaína é de 3 a 5 horas. E) A dose máxima de lidocaína é 7 mg/kg.

Comentário:

Questão sobre anestésicos locais, rapaziada. Vamos às alternativas. A) Incorreta. A dose máxima de procaína seria de 7 a 10 mg/kg.

B) Incorreta. A dose máxima de lidocaína com epinefrina é de 7 mg/kg! C) Incorreta. Também errada, já que sua ação vai de 1 a 2 horas... D) Incorreta. O tempo de ação da procaína é de 1 a 1 h e meia!

E) Correta. Melhor resposta. Apesar de não especificar se sem adrenalina (dose de 3 a 5 mg/kg) ou com adrenalina (dose de 5 a 7 mg/kg)...A dose máxima de lidocaína é de 7 mg/kg

Visão do aprovado:

Não briguem com a questão, pessoal... 7 mg/kg de lidocaína na presença de vasoconstrictor é correta. As outras alternativas estão erradas!

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05

2017 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 04

Na embolia arterial, quais são os achados arteriográficos esperados? A) Paredes lisas e estenoses.

B) Imagem em “taça invertida” e circulação colateral desenvolvida. C) Dilatações e calcificações.

D) Lesão em “ponta de lápis”.

E) Paredes lisas e localização em bifurcação.

Comentário:

Galera, temos aqui um quadro de embolia arterial, um evento agudo, concordam? Então pensem, o vaso que foi obstruído não necessariamente está em processo de aterosclerose com irregularidade parietal, calcificação ou formação de circulação colateral (aspectos indicativos de cronicidade da lesão). Pensando nisso, qual o local mais comum de um êmbolo agudamente se impactar? Em uma região em que o fluxo sanguíneo sofre alguma mudança, em que o calibre do vaso é alterado - ou seja, em uma bifurcação de vaso.

Resposta certa letra E: Paredes lisas e localização em bifurcação

Visão do aprovado:

Mano, o vaso aqui não necessariamente está doente, ok? E decore que o ponto de impactação clássico é em uma bifurcação.

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06

2017 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 12

Uma mulher de 66 anos de idade, que foi submetida à transfusão sanguínea há 25 anos por mioma uterino sangrante, fazia uso de peginterferon alfa e ribavirina há 8 anos esofosbuvir há 6 meses. Os seguintes exames de acompanhamento estavam alterados: bilirrubinas, ALT, alfa-fetoproteína, antígeno cárcino-embriônico e CA 19-9. Na ressonância, observou-se nódulo hepático de 2 cm com “washout” na fase venosa e marcada hipocaptação na fase hepatobiliar. Qual é o PROVÁVEL diagnóstico da lesão no fígado? A) Carcinoma hepatocelular.

B) Metástase hepática. C) Hiperplasia nodular focal. D) Adenoma hepatocelular. E) Nódulo regenerativo/displásico.

Comentário:

Vamos por partes aqui,moçada. História de transfusão sanguínea e uso de interferon e ribavirina? Temos aqui uma hepatite C. Elevação de ALT e bilirrubinas? Temos também alguma disfunção hepatocelular, nos fazendo pensar que já existe cirrose hepática. Daí combinamos esses dois fatores de risco (hepatite C e cirrose) com a elevação dos marcadores tumorais e com a clássica imagem de ressonância magnética com HIPERCAPTAÇÃO NA FASE ARTERIAL e LAVAGEM DO CONTRASTE NA FASE VENOSA “washout”. Temos claramente aqui um CARCINOMA HEPATOCELULAR!

No caso de metástases hepáticas, teríamos lesões múltiplas. Na hiperplasia nodular focal, teríamos a famosa cicatriz central. E no adenoma, teríamos uma história diferente, geralmente com relato de uso de anticoncepcional, além de imagem com tendência à heterogeneidade na fase arterial.Por último, um nódulo regenerativo não apresenta o “washout” descrito no enunciado.

Resposta certa letra A: Carcinoma hepatocelular.

Visão do aprovado:

Galera, outra informação para vocês: alfa-fetoproteína elevada > ou igual a 400 + uma imagem característica de carcinoma hepatocelular fecha seu diagnóstico, sem necessidade de biópsia!

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07

2017 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 10

Um homem de 78 anos de idade referiu há um dia dor abdominal intensa, inapetência, náusea e uma evacuação líquida sanguinolenta. Estava em regular estado geral, taquicárdico, com abdome plano flácido, ruídos hidroaéreos diminuídos e DB negativo. Exames iniciais mostraram leucocitose, lactato elevado e fibrilação atrial. Qual é o próximo exame a ser solicitado?

A) Colonoscopia. B) Aortografia.

C) Angiotomografia abdominal.

D) Ultrassonografia Doppler abdominal. E) Angiorressonância abdominal.

Comentário:

Mano, veja bem esse quadro: paciente IDOSO portador de FIBRILAÇÃO ATRIAL, agora TAQUICÁRDICO, com DIARREIA SANGUINOLENTA e HIPERLACTATEMIA, com ABDOME APARENTEMENTE INOCENTE ao exame físico. Junte todas essas informações e tenha o quadro clássico da ISQUEMIA MESENTÉRICA AGUDA! Provavelmente a FA originou um trombo na aurícula esquerda que se desprendeu em um êmbolo para a circulação sistêmica. O paciente apresenta dor abdominal intensa e súbita, porém os sinais de irritação peritoneal ao exame físico são tardios. Em um paciente estável, o que fazer? Imagem, e a angiotomografia abdominal é uma boa opção!

Resposta certa letra C: Angiotomografia abdominal.

Visão do aprovado:

Galera, questão bem prática do dia a dia, é exatamente desse jeito que a isquemia mesentérica aguda vai chegar para você!

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08

2018 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 04

Assinale a alternativa CORRETA em relação ao estado de choque: A) No choque hipovolêmico típico o débito cardíaco está elevado nas

fases iniciais, enquanto a pressão venosa central tende a estar diminuída.

B) Em geral, no choque cardiogênico típico o débito cardíaco e a resistência vascular sistêmica estão diminuídos e a pressão venosa central está elevada.

C) Habitualmente, na fase inicial do choque séptico, o débito cardíaco e a pressão venosa central estão elevados e a resistência vascular sistêmica está diminuída.

D) O estado de choque com vasodilatação grave ocorre como via final comum dos estágios tardios dos choques cardiogênico e hipovolêmico.

E) O objetivo primordial no estado de choque cardiogênico consiste em elevar a pós-carga cardíaca para aumentar a pressão arterial sistêmica.

Comentário:

Moçada, questão sobre choque. Vamos avaliar cada alternativa:

A) Incorreta. No choque HIPOVOLÊMICO as pressões de enchimento estão baixas, a veia cava inferior tende a estar “seca”, com baixa pressão.

B) Incorreta. Pelo contrário, no choque cardiogênico temos um AUMENTO da pressão arterial.

C) Incorreta. Mano, se o choque é distributivo a vasodilatação periférica tende a deixar a veia cava inferior com baixas pressões de enchimento...

D) Correta. Por fim, correta: na fase tardia, a vasodilatação é uma consequência comum aos tipos de choque, resultado do metabolismo anaeróbio e da inundação de mediadores inflamatórios, estado caótico! O estado de choque com vasodilatação grave ocorre como via final comum dos estágios tardios dos choques cardiogênico e hipovolêmico.

E) Incorreta. No choque cardiogênico a bomba está falhando, mano, daí você vai aumentar ainda mais o trabalho da bomba, aumentando a pós carga? Claro que não.. você vai tentar otimizar a pré-carga, aumentar a função cardíaca e tentar DIMINUIR a pós carga!

Visão do aprovado:

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09

2018 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 05

Assinale a alternativa contendo a afirmação CORRETA em relação a dor neuropática.

A) Os três tipos mais comuns ocorrem por neuropatia pós-herpética, por neuropatia diabética e na síndrome dolorosa regional complexa.

B) É caracterizada pela necessidade de evento desencadeador, não ocorrendo espontaneamente.

C) Não apresenta características de hiperalgesia. D) Não apresenta características de alodinia.

E) O bloqueio regional de nervos simpáticos por via intravenosa deve ser usado nas dores neuropáticas, exceto nos casos de dor por síndrome dolorosa regional complexa.

Comentário:

Mano, bora avaliar alternativa por alternativa sobre a dor neuropática? A) Correta. Questão conceitual, irmão! Os três tipos mais comuns

ocorrem por neuropatia pós-herpética, por neuropatia diabética e na síndrome dolorosa regional complexa.

B) Incorreta. Dor neuropática pode ocorrer sem necessidade de um desencadeador!

C) Incorreta. Pelo contrário, na dor neuropática pode ocorrer um estímulo leve e uma resposta dolorosa intensa desproporcional. D) Incorreta. Aqui, estímulos que não causam dor, agora passam a

causar!

E) Incorreta. O bloqueio pode ser usado, sim. Essa condição demanda tratamento multiprofissional e pode ocorrer após fraturas, doenças inflamatórias entre outras...

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2018 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 01

Paciente, 60 anos de idade, com antecedente de infarto agudo do miocárdio há 1 ano, refere dor e esfriamento (sic) do membro inferior esquerdo há 4 horas. Nega antecedentes de claudicação prévia. Exame físico: ausência de pulso da artéria femoral esquerda para baixo e membro contralateral com pulsos normais. Qual a hipótese mais provável e a conduta?

A) Embolia arterial aguda; tratamento endovascular. B) Trombose arterial aguda; revascularização com safena. C) Trombose arterial aguda; tratamento endovascular. D) Embolia arterial aguda; heparinização.

E) Trombose arterial aguda; heparinização.

Comentário:

Bicho, diante de um paciente com quadro de oclusão arterial aguda em membro inferior temos DUAS POSSIBILIDADES: 1) Embolia ou 2) Trombose de uma placa aterosclerótica no local. Aqui vamos ficar com o número 1. Vejam: paciente tem um histórico de IAM, então será que possui um distúrbio de condução ou alguma área de hipocinesia em ventrículo esquerdo que seja risco para formar êmbolos??? É PROVÁVEL, já que não temos claudicação prévia para pensar em aterosclerose importante e instabilidade de uma placa aterosclerótica, que falaria a favor de trombose. Então, em um caso de embolia aguda e membro viável, qual a conduta? Embolectomia com cateter de Fogarty.

Resposta certa letra A: Embolia arterial aguda; tratamento endovascular

Visão do aprovado:

Galera, sempre diferenciem entre Embolia X Trombose.. No primeiro caso em membro viável.. embolectomia endovascular com cateter de Fogarty!

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2018 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 06

Homem, 70 anos de idade, vítima de atropelamento por moto em via de média velocidade, há 30min. A: via aérea pérvia, em uso de prancha rígida e colar cervical. B: murmúrio vesicular presente bilateral, SpO2 = 88%; FR = 22 irpm/min; forte dor e escoriações em gradil costal à esquerda. C: sem sangramento externo ativo, PA = 160 x 90 mmHg; FC = 95 bpm/min; TEC = 2s; abdome doloroso em flanco esquerdo, pelve estável. D: Glasgow 12, pupilas sem alterações, sem deficit neurológico focal. E: dorso e extremidades com pequenas escoriações. Colocada máscara de oxigênio, com melhora da saturação para SpO2= 90%. Realizada ultrassonografia à beira do leito (eFAST), que evidenciou: 1 cm de líquido livre em espaço hepatorrenal; “sinal da praia” presente e linhas B ausentes em hemitórax esquerdo. Antecedentes pessoais: fibrilação atrial em uso de warfarin. Qual a conduta mais adequada para este paciente?

A) Drenagem de tórax e laparotomia exploradora.

B) Drenagem de tórax, radiografia de tórax e tomografia de crânio e abdome.

C) Lavado peritoneal diagnóstico e tomografia de crânio e tórax. D) Radiografia cervical, tórax e pelve e tomografia de crânio. E) Tomografia de corpo inteiro.

Comentário:

Mano, questão que quer te pegar! Mas vamos entendê-la! Temos um politraumatizado com:

A: resolvido (via aérea pérvia e coluna imobilizada).

B: temos uma taquidispneia, 90% de SpO2 após oxigênio suplementar, com fratura costal, sem hemotórax e sem pneumotórax (USG de tórax mostra sinal da praia, que é normal, e sem linhas B, o que exclui conteúdo líquido no interstício ou alveolar significativo). Então no “B” vamos pensar que essa dessaturação pode ser por contusão pulmonar devido às fraturas ou perda sanguínea...Ok,

C: trauma fechado, FAST +, mas com estabilidade (PA de 160 x 90 mmHg) D: sem indicação de via aérea definitiva que seria Glasgow < que 9. Beleza... Qual a conduta, então? Não podemos drenar o tórax, já que não temos hemotórax ou pneumotórax! Não vamos marcar a letra C porque não temos motivo de realizar lavado peritoneal se o FAST já é positivo. Em termos de imagem é melhor fazer uma tomografia de corpo inteiro que também irá cobrir abdome e pelve, tendo em vista a necessidade de avaliar víscera oca, já que o FAST é POSITIVO.

Resposta certa Letra E: Tomografia de corpo inteiro.

Visão do aprovado:

Galera, questão importante para vocês treinarem o raciocínio no trauma! Leiam atentamente o comentário! Abraços.

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12

2018 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 09

Professora, 31 anos de idade, faz dietas hipocalóricas há 4 anos, orientadas por nutricionista, caminhadas diárias e relata ter sido discriminada em função do peso durante entrevista para emprego. Já tomou sibutramina, também sem sucesso e, atualmente, o IMC é de 35 kg/m2. Ao questionar seu médico a respeito de indicação para cirurgia bariátrica, qual é a resposta CORRETA a ser dada a ela?

A) Indica-se porque tem obesidade grau III ou mórbida. B) Indica-se por inexistência de tratamento alternativo. C) Indica-se porque foi relatada uma comorbidade. D) Contraindica-se por não ter diabetes ou hipertensão. E) Contraindica-se por falta de resposta ao tratamento clínico.

Comentário:

Brother, estamos falando aqui de indicações de cirurgia bariátrica… O clássico mesmo é indicar quando OBESIDADE GRAU III, ou seja, IMC maior ou igual a 40 kg/m2. Mas em pacientes com IMC > que 35 kg/ m2 e uma comorbidade importante podemos indicar a cirurgia. Vejam que esta professora, jovem, está sofrendo “bullying”, ou seja, agressões psicológicas, e já fez uso de SIBUTRAMINA, sem sucesso… Podemos indicar a cirurgia sim para ela diante de tudo isto! “Ahhh mas ela tem o IMC de 35 e não maior que…” - galera, tenham bom senso, provavelmente houve um deslize aqui da banca.. mas na tua vida prática tu ia deixar de indicar a cirurgia porque ela tem um IMC cravado em 35 e não maior que? Diante de tudo isso? Não…

Resposta certa letra C: indica-se porque foi relatada uma comorbidade

Visão do aprovado:

Bicho, IMC maior que 35 e uma comorbidade significativa pode justificar uma cirurgia bariátrica!

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13

2018 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 10

Homem, procura o pronto-socorro com dor lombar direita com irradiação para fossa ilíaca direita e bolsa testicular homolateral, acompanhada de vômitos, calafrios e febre. Exames complementares: proteína C-reativa elevada, leucocitose com desvio à esquerda. Qual é o provável diagnóstico, o exame de imagem com maior sensibilidade e especificidade para a comprovação diagnóstica e a conduta indicada?

A) Pielonefrite obstrutiva, ressonância magnética e antibioticoterapia. B) Lombociatalgia, ultrassonografia, analgesia e antibioticoterapia. C) Pielonefrite obstrutiva, ultrassonografia e desobstrução das vias

urinárias.

D) Pielonefrite obstrutiva, tomografia computadorizada helicoidal, antibioticoterapia e desobstrução das vias urinárias.

E) Pielonefrite não obstrutiva, radiografia e ureterolitotripsia.

Comentário:

Paciente com dor lombar com irradiação para bolsa escrotal é típico de litíase renal, não é, mano? Mas como ele também está com febre, calafrios e leucocitose, será que não estamos diante de uma LITÍASE COMPLICADA, ou seja, também com PIELONEFRITE? Pode ser… E para confirmar devemos lançar mão de uma tomografia computadorizada em fases sem e com contraste! O tratamento deverá ser feito com antibioticoterapia para a pielonefrite e desobstrução da via urinária causada pela litíase, com cateter duplo J.

Resposta certa letra D: Pielonefrite obstrutiva, tomografia computadorizada helicoidal, antibioticoterapia e desobstrução das vias urinárias.

Visão do aprovado:

Clínica de litíase renal + sinais de pielonefrite = pensar em litíase obstrutiva com infeção alta… vamos fazer imagem (TC), antibiótico e desobstruir com cateter duplo J, beleza? Raciocínio importante esse!

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14

2019 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 06

Mulher, 35 anos de idade refere há 3 anos dor e cansaço nas pernas, com piora no decorrer do dia. O exame físico evidencia varizes tronculares com 4 mm de diâmetro em território de safena magna e veias perfurantes insuficientes. Qual a classificação clínica do CEAP (Clinical, Etiology, Anatomical, Pathophysiology)?

A) C1 B) C0. C) C2. D) C3. E) C4.

Comentário:

Tá achando que isso aqui é só alegria? Só “hahaha” e “hehehe”? Tá muito enganado! Questão que envolve uma decoreba e de um assunto bem específico. A dica aqui é: conheça suas bancas favoritas! A UNIFESP, por exemplo, adora vascular. Então se tem algumas bancas que te interessam mais, foque nas provas delas e já vão separando os assuntos mais específicos que se repetem pra olhar com mais cuidado, beleza? A classificação de CEAP diz respeito à doença varicosa e leve em consideração a clínica, a etiologia, a anatomia e a fisiopatologia, sendo mais cobrada a classificação clínica, que vai de C0 a C6, vamos relembrar: • C0: não tem sinais clínicos de doença, mas pode se queixar de sintomas

(dor, “cansaço” em MMII).

• C1: telangiectasias ou veias reticulares • C2: veias varicosas/tronculares

• C3: presença de edema

• C4: presença de alteração na pele/subcutâneo: alteração de cor, eczema, prurido

• C5: presença de úlcera cicatrizada, ou história prévia de úlcera • C6: presença de úlcera ativa

Assim, já dá pra ver que nossa paciente é C2.

Visão do aprovado:

MANO... se você não conhecia.. aproveita para se familiarizar com a classificação CEAP, faz um lembrete, cola na parede, e relembra de revisar! Vai cair de novo.

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15

2019 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 18

Assinale a alternativa que contém, respectivamente, dois fatores de risco e dois fatores protetores dietéticos para a formação de cálculos urinários.

A) Proteínas e sódio; água e citrato. B) Proteínas e cálcio; oxalato e citrato. C) Citrato e cálcio; fosfato e sódio. D) Magnésio e citrato; água e sódio. E) Proteínas e citrato; oxalato e fosfato.

Comentário:

Principalmente em paciente que apresentam nefrolitíase crônica e recorrente por cálculos de sais de cálcio, são indicadas algumas alterações dietéticas para tentar minimizar a formação de cálculos. O aumento do consumo de água reduz a concentração dos cristais na urina, diminuindo a formação de cálculos. Da mesma forma, o citrato se liga ao cálcio formando o citrato de cálcio, que é uma substância solúvel, o que também reduz a formação de cálculos. Já o metabolismo de proteínas formam ácidos, que podem ser tamponados pelo metabolismo ósseo, liberando cálcio na corrente sanguínea, que acaba aumentando também na urina e aumenta a formação de cálculos. Além disso, a redução do consumo de sódio altera a reabsorção tubular, levando a reabsorção tubular de cálcio, o que também diminui a calciúria. Assim, dieta rica em sódio e proteínas são fatores de risco para formação de cálculos de sais de cálcio, enquanto que hidratação e citrato são fatores que diminuem essa formação. Dica extra: Reduzir a ingesta de cálcio na dieta pode na verdade aumentar a chance de cálculos. O motivo é o seguinte: Parte do oxalato da dieta é ligado ao cálcio da dieta, e desta forma não são absorvidos. Quando se restringe o cálcio de dieta, sobra mais oxalato livre para ser absorvido, e isso vai contribuir para a formação de oxalato de cálcio nos rins (o cálcio não vai faltar, nem que o organismo precise tirá-lo do osso).

Resposta: A

Visão do aprovado:

Mano, essa questão tem uma pegadinha clássica! Tem que lembrar que não adianta diminuir a ingesta de cálcio para diminuir a formação cálculos de sais de cálcio, e sim diminuir o consumo de sódio! Lembrando esse detalhe, a questão fica fácil, mesmo se tratando de um assunto um pouco mais específico.

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16

2019 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 03

Recém-nascido a termo apresentou insuficiência respiratória logo após o nascimento. A radiografia de tórax evidenciou imagens radioluscentes com aspecto de bolhas de diversos tamanhos no hemitórax esquerdo, com desvio contralateral do mediastino. Bolha gástrica tópica. O diagnóstico provável é:

A) Malformação adenomatoide cística. B) Hérnia diafragmática.

C) Cisto broncogênico. D) Pneumotórax.

E) Hipoplasia pulmonar.

Comentário:

Estamos diante de um quadro de insuficiência respiratória logo ao nascimento associado a imagens radioluscentes no RX de tórax. Vamos ver as alternativas:

A - Correta. Malformação adenomatóide cística é uma malformação pulmonar rara caracterizada por crescimento excessivo dos bronquíolos terminais, resultando na formação de cistos de variados tamanhos, além de uma deficiência de alvéolos, que resulta em uma imagem radiográfica exatamente como a descrita na questão. São observados cistos que podem levar a um desvio mediastinal contralateral, por compressão...

B - Incorreta. A hérnia diafragmática pode ser descartada pelo fato de a bolha gástrica estar tópica. Imagine uma hérnia diafragmática esquerda que leve a desvio contralateral do mediastino. Neste caso, o estômago também teria herniado.

C - Incorreta. Cisto broncogênico é uma malformação da árvore brôn-quica que costuma formar uma imagem única no mediastino, e não múltiplas imagens.

D - Incorreta. Pneumotórax até pode ter imagem radioluscente, mas não com diversas bolhas.

E - Incorreta. Hipoplasia pulmonar dá hipotransparência no RX.

Visão do aprovado:

Questão difícil, mas que com atenção dá pra matar. Só pela descrição de várias imagens, as alternativas C, D e E já estão fora. A hérnia diafragmática realmente é o principal diagnóstico diferencial da MAC, e a diferenciação é justamente vendo se a bulha gástrica está tópica ou não. Então, mesmo sendo uma condição rara, com certa “malandragem” dá pra chegar na resposta.

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17

2019 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 20

Homem, 45 anos de idade, sem comorbidades, realiza tomografia de abdome que demonstra uma massa renal sólida, incidental, hipervascular, com 4 cm de diâmetro, no polo inferior do rim direito, distando 3 cm da via excretora. Qual é a conduta mais adequada? A) Nefrectomia radical laparoscópica ou robótica.

B) Ultrassom de alta intensidade. C) Biópsia renal percutânea.

D) Nefrectomia parcial aberta ou minimamente invasiva. E) Sunitinibe e nefrectomia radical.

Comentário:

Lesões sólidas volumosas no rim devem já ser consideradas malignas mesmo sem biópsia pré-operatória para confirmação, já indicando a conduta cirúrgica, que em geral é a nefrectomia radical. Em casos de lesões de até 4 cm, distantes da via excretora, pode ser proposta a nefrectomia parcial, na tentativa de preservar a função renal. Esse procedimento pode ser feito por via aberta, videolaparoscopia ou robótica.

Resposta: D

Visão do aprovado:

Questão difícil e bem específica. Para responder com segurança, tinha que ter algum conhecimento de estadiamento e tratamento de lesões renais. Então sobrando um tempinho tenta dar uma olhada, porque de vez em quando aparece uma questão desse tema e passa rasteira em muita gente boa. Associem, massa renal menor ou igual a 4 cm com boa distância do hilo renal = cirurgia parcial, ok???

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18

2020 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 04

Mulher, 41 anos de idade, portadora de carcinoma epidermóide em couro cabeludo foi submetida a ressecção tridimensional, deixando área cruenta arredondada de 5 cm de diâmetro, preservando-se o periósteo e recoberto por enxerto de pele. Além da cobertura, quais as funções do curativo? A) Impermeabilização e assepsia. B) Assepsia e higienização. C) Imobilização e compressão. D) Antissepsia e hemostasia. E) Hemostasia e assepsia.

Comentário:

Olha que interessante, paciente realizou ENXERTO para fechar uma área cruenta... OK... e qual a importância de um bom curativo após essa enxertia??? VEJAM... a principal causa de falha do enxerto é formação de HEMATOMA (lembre que enxerto não tem pedículo vascular e sua oxigenação é por difusão, então uma barreira de sangue vai atrapalhar). OK!!! Além disso, o enxerto tem que continuar no local certo, ou seja, um bom curativo irá imobilizá-lo. Beleza? Agora ficou fácil?

Resposta certa letra C: Imobilização e compressão

Visão do aprovado:

Enxerto não tem pedículo vascular. Se tiver hematoma, tem chance de as células do enxerto morrerem, e seu deslocamento do sítio não é interessante! Um bom curativo nos ajuda a combater estes aspectos...

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19

2020 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 03

Paciente com diagnóstico de melanoma cutâneo, confirmado por biópsia excisional. Qual dos parâmetros abaixo melhor orienta a próxima conduta? A) Ulceração B) Índice mitótico C) Níveis de Clark D) Crescimento vertical E) Índice de Breslow

Comentário:

Galera o parâmetro mais importante após a biópsia excisional no melanoma é o ÍNDICE DE BRESLOW!!!! Que nos mostra espessura vertical. É importantíssimo para decidirmos o quanto ampliar de margem e também sobre pesquisa de linfonodo sentinela.

A ampliação de margens da lesão primária varia conforme a profundidade de invasão em milímetros (Índice de Breslow):

Melanoma in situ -> Margens de 0,5 a 1 cm Breslow até 1 mm -> Margens de 1 cm

Breslow de 1,1 mm a 2 mm -> Margens de 1 a 2 cm Breslow acima de 2 mm -> Margens de 2 cm Resposta certa letra E: Índice de Breslow.

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20

2020 • UNIFESP CIRURGIA QUESTÃO 12

Com relação ao tratamento cirúrgico da fissura anal crônica assinale a alternativa correta:

A) A dilatação manual dos esfíncteres é o procedimento de escolha pois não há secção de fibras da musculatura esfincteriana

B) A esfincterotomia deve ser sempre na região posterior do canal anal pois esta é uma área com pior vascularização

C) A fissurectomia e rotação de retalho de pele não é a melhor conduta pelo risco de contaminação do retalho

D) Na esfincterotomia lateral interna deve ser seccionado cerca de 70% do esfíncter anal interno e 10% das fibras do ramo subcutâneo do esfíncter anal externo

E) A esfincterotomia lateral interna é o procedimento de escolha, por apresentar melhores resultados em termos de cicatrização da fissura.

Comentário:

Pessoal, quadro de fissura anal crônica para vocês, quando o quadro já se estende por mais de 06 semanas...

A) Incorreta. Nesta situação você pode lançar mão de pomadas que relaxam o esfíncter anal interno como a base de NIFEDIPINA ou DILTIAZEM (bloqueadores do canal de cálcio). Mas vejam, POMADA e não oral! E por que isso?? A fisiopatologia da fissura anal crônica seria uma hipertonia do esfíncter anal interno causando uma isquemia naquele local, impedindo sua correta cicatrização... Quando as medidas comportamentais e medicamentosas falham, podemos seguir com a cirurgia padrão para fissura anal crônica: ESFINCTEROTOMIA LATERAL INTERNA.

B) Incorreta. A esfincterotomia na região posterior do canal anal deve ser evitada, pois apresenta na verdade pior vascularização

C) Incorreta. A fissurectomia e rotação de retalho de pele apresentam resultados piores do que a esfincterotomia lateral interna

D) Incorreta. Nesta técnica, cerca de 30% das fibras são seccionadas (D incorreta)

E) Correta. A esfincterotomia lateral interna é o procedimento de escolha, por apresentar melhores resultados em termos de cicatrização.

Visão do aprovado:

Galera, mais de 6 semanas, pensar em quadro crônico, trabalhar no combate à hipertonia do esfíncter, primeiro com pomadas, se refratário, cirurgia!

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